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O caminho certo Vale a pena seguir pelo cami- nho da espiritualidade – recomen- da Luiz de Mattos em doutrinação feita na Casa-Chefe. Pág. 11 A RAZÃO CRIANÇA Reuniões públicas A corrente fluídica formada nas irradiações preliminares beneficia todos nas reuniões públicas das ca- sas racionalistas cristãs. Pág. 10 Verdade Platão transformou a verdade numa atividade da razão humana. Com a filo- sofia platônica, nascia a chamada “ra- zão ocidental”. Pág. 14 A Razão Jornal do Racionalismo Cristão ANO CII – Nº 2656 – Fevereiro / 2018 – PREÇO: R$ 2,00 Fundado em 19/12/1916 por Luiz de Mattos e Luiz Thomaz Força de vontade e disciplina Em sua política da privilegiar os depoimentos dos leitores, destacan- do suas solicitações de aconselha- mento para problemas espirituais que estejam enfrentando, o que fa- zem por meio da seção Fale Conos- co, A Razão traz nesta edição res- postas para algumas manifestações de desconforto ou desagrado. Com base nos ensinamentos do Raciona- lismo Cristão, A Razão oferece so- luções para os problemas apresen- tados, mas cobra dos reclamantes força de vontade e disciplina, sem os quais de nada valerão as palavras. Seguem, então, pedidos e orien- tações, sempre na esperança de que uma resposta possa satisfazer mais de uma pessoa que esteja às voltas com casos semelhantes. Você é alcoólatra porque quer Se você tem consciência do mal que a bebida alcoólica está lhe causando, por que ainda não parou? É fácil e prático culpar os outros pelos próprios erros, mas isso não resolve o problema. O que o faz beber é a falta de von- tade para reagir. Revista-se de força de vontade e coragem, e tome a firme decisão de não mais ingerir qualquer bebida alcoólica. Pág. 6 Pense em quantas decisões co- rajosas tomou. É isso que tem con- dições de pensar, não se ligando a situações passadas de insucessos que fizeram parte do caminho e o conduziram a temer tantas coisas. Esta é uma atitude positiva que precisa manifestar. Não fique afli- to e exclua do seu vocabulário a palavra medo. Pág. 7 Nada de aflição ou medo Não tente prever o futuro Não tente prever um futuro som- brio, consequência de sua ansieda- de. Estudante do Racionalismo Cris- tão sabe que “pensar é atrair”, é criar imagens. Então, por que não imaginar sua prole lhe dando netos que você ajudará a criar com todo amor? Se quer pensar no futuro, pense positivamente, e viva o pre - sente com otimismo. Pág. 8 Festa na Filial Vitória Reunião cívico-espiritualista e palestra sobre Liberdade e espi- ritualidade marcaram as comemo- rações do 16º aniversário da nova sede da Filial Vitória (Espírito San- to) do Racionalismo Cristão. Os trabalhos foram conduzidos pela representante da Casa-Che- fe nos Estados do Rio de Janeiro e Espírito Santo, Lucy Gonçalves da Costa. Na foto, Dona Lucy fazendo sua palestra. Pág. 3 Na conversa estão as soluções O Racionalismo Cristão orien- ta-nos a buscarmos resolver nossos problemas de desentendimento com um diálogo franco e honesto. A con- versa deve desenrolar-se em clima de harmonia e ambos devem esfor- çar-se para falar com tranquilida- de, expondo o que está acontecen- do, sem usar palavras agressivas, acusações ou repreensões. Pág. 9 Diálogo entre pais e filhos Febre amarela O país está à beira do desespero, em filas extensas de pessoas em bus - ca de vacinas contra a febre amarela. Descaso das autoridades. Pág. 12 O professor Ivan Siqueira, da Escola de Comunicações e Ar- tes da Universidade de São Pau- lo, idealizou o projeto Outono da Infância, lançado no final de 2017. Por meio de um CD, ele chama ao diálogo entre pais e filhos. Por que a necessidade desse diálogo? Porque não gostou, quando dava aulas para o 6º ano do ensino fundamental, que crianças de 10 anos lhe respondessem com o silêncio quando lhes perguntava o que elas tinham feito com os pais no fim de semana.

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Page 1: Jornal do Racionalismo Cristãoarazao.org/novo/wp-content/uploads/2018/07/Fevereiro-2018.pdf · Francisco Buarque Silva ... Do livro Racionalismo Cris-tão, 45ª ed., ... baixa a

O caminho certoVale a pena seguir pelo cami-

nho da espiritualidade – recomen-da Luiz de Mattos em doutrinação feita na Casa-Chefe. Pág. 11

A RAZÃO

CRIANÇA

Reuniões públicasA corrente fluídica formada nas

irradiações preliminares beneficia todos nas reuniões públicas das ca-sas racionalistas cristãs. Pág. 10

VerdadePlatão transformou a verdade numa

atividade da razão humana. Com a filo-sofia platônica, nascia a chamada “ra-zão ocidental”. Pág. 14

A RazãoJornal do Racionalismo Cristão

ANO CII – Nº 2656 – Fevereiro / 2018 – PRE ÇO: R$ 2,00 Fun da do em 19/12/1916 por Luiz de Mat tos e Luiz Thomaz

Força de vontade e disciplinaEm sua política da privilegiar os

depoimentos dos leitores, destacan-do suas solicitações de aconselha-mento para problemas espirituais que estejam enfrentando, o que fa-

zem por meio da seção Fale Conos-co, A Razão traz nesta edição res-postas para algumas manifestações de desconforto ou desagrado. Com base nos ensinamentos do Raciona-

lismo Cristão, A Razão oferece so-luções para os problemas apresen-tados, mas cobra dos reclamantes força de vontade e disciplina, sem os quais de nada valerão as palavras.

Seguem, então, pedidos e orien-tações, sempre na esperança de que uma resposta possa satisfazer mais de uma pessoa que esteja às voltas com casos semelhantes.

Você é alcoólatra porque querSe você tem consciência do mal que

a bebida alcoólica está lhe causando, por que ainda não parou? É fácil e prático culpar os outros pelos próprios erros, mas isso não resolve o problema.

O que o faz beber é a falta de von-tade para reagir. Revista-se de força de vontade e coragem, e tome a firme decisão de não mais ingerir qualquer bebida alcoólica. Pág. 6

Pense em quantas decisões co-rajosas tomou. É isso que tem con-dições de pensar, não se ligando a situações passadas de insucessos que fizeram parte do caminho e o

conduziram a temer tantas coisas. Esta é uma atitude positiva que precisa manifestar. Não fique afli-to e exclua do seu vocabulário a palavra medo. Pág. 7

Nada de aflição ou medo

Não tente prever o futuroNão tente prever um futuro som-

brio, consequência de sua ansieda-de. Estudante do Racionalismo Cris-tão sabe que “pensar é atrair”, é criar imagens. Então, por que não

imaginar sua prole lhe dando netos que você ajudará a criar com todo amor? Se quer pensar no futuro, pense positivamente, e viva o pre-sente com otimismo. Pág. 8

Festa na Filial VitóriaReunião cívico-espiritualista e

palestra sobre Liberdade e espi-ritualidade marcaram as comemo-rações do 16º aniversário da nova sede da Filial Vitória (Espírito San-to) do Racionalismo Cristão.

Os trabalhos foram conduzidos pela representante da Casa-Che-fe nos Estados do Rio de Janeiro e Espírito Santo, Lucy Gonçalves da Costa. Na foto, Dona Lucy fazendo sua palestra. Pág. 3

Na conversa estão as soluçõesO Racionalismo Cristão orien-

ta-nos a buscarmos resolver nossos problemas de desentendimento com um diálogo franco e honesto. A con-versa deve desenrolar-se em clima

de harmonia e ambos devem esfor-çar-se para falar com tranquilida-de, expondo o que está acontecen-do, sem usar palavras agressivas, acusações ou repreensões. Pág. 9

Diálogo entre pais e filhos

Febre amarelaO país está à beira do desespero,

em filas extensas de pessoas em bus-ca de vacinas contra a febre amarela. Descaso das autoridades. Pág. 12

O professor Ivan Siqueira, da Escola de Comunicações e Ar-tes da Universidade de São Pau-lo, idealizou o projeto Outono da Infância, lançado no final de 2017. Por meio de um CD, ele chama ao diálogo entre pais e filhos. Por que a necessidade desse diálogo? Porque não gostou, quando dava aulas para o 6º ano do ensino fundamental, que crianças de 10 anos lhe respondessem com o silêncio quando lhes perguntava o que elas tinham feito com os pais no fim de semana.

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A RAZÃO2 FEVEREIRO / 2018

PresidenteGilberto Silva

Representante Regional na Região NorteEdiel Oliveira de Matos

Representante Regional na Região NordesteFrancisco Buarque Silva

Representante Regional na Região SulVilson Vieira

Representante Regional na Região Centro- OesteSilvana Benevides Ferreira

Representante Regional no Estado de Minas GeraisLília Rodrigues da Silva Paiva

Representante Regional nos Estados do Rio de Janeiro e Espírito SantoLucy Gonçalves da Costa

Representante Regional no Estado de São PauloHerval Tavares de Campos

Representante Regional em PortugalAntónio Lino Pinto dos Santos

Representante Regional no Norte da EuropaVitorino Chantre

Representante Regional nos Estados UnidosEmmanuel Santiago

Representante Regional nas Ilhas de São Vicente, Santo Antão e São Nicolau, em Cabo VerdeAntero Filipe dos Santos

Representante Regional em Cabo Verde, exceto nas ilhas de São Vicente, Santo Antão e São Nicolau Tomé Cipriano Barreto Monteiro

RACIONALISMO CRISTÃO A Razão Empresa Jornalística Ltda.CNPJ.: 28 345 494/0001-65

Fundadores: Luiz de Mattos e Luiz Thomaz

Diretor: Gilberto SilvaE-mail: [email protected]

Editor: João Batista AntunesE-mail: [email protected]

Redação, Administração e Publicidade:Rua Jorge Rudge, 119, Vila Isabel, Rio de Janeiro. CEP 20.550-220 - Telefone: (21) 2117-2102

A Redação não se responsabiliza pelos conceitos emitidos em artigos assinados e não devolve originais, publicados ou não. Para a reprodução de artigos e reportagens, favor consultar a direção.

Olá, caro leitor

A formação do caráterGilberto SilvaPresidente do

Racionalismo Cristão

“O caráter do ser humano é representado pela soma das qua-lidades morais, em que se desta-cam as virtudes e o conjunto de valores espirituais conquistados paulatinamente no decorrer de múltiplas existências, e pelas con-dutas que podem ser aferidas pela firmeza e retidão com que procede em seus atos cotidianos.”

Do livro Racionalismo Cris-tão, 45ª ed., pág. 120)

Cada reencarnação representa para o espírito uma oportuni-dade a mais de adquirir novos aprendizados e conviver com

as diferenças evolucionais, que servirão para ampliar os valores morais latentes. Todo aprendizado é mantido pelo espíri-to no corpo fluídico e constituirá seu acer-vo de boas condutas durante a trajetória evolutiva. Os relacionamentos humanos oferecem vasto campo para a manifes-tação das capacidades do espírito en-carnado. Nesse cenário, o indivíduo que procede com firmeza e retidão nos atos cotidianos se destaca, dá exemplos e atrai para junto de si pessoas que, do mesmo modo, almejam o bem comum.

A transparência nas relações pro-fissionais é postura que inequivocamen-te revela uma virtude do ser humano. No entanto, o bom caráter, escorreito, cala mais fundo e pode ser demonstra-do, por exemplo, nos atos de repulsa às ações que degradam a moral, tais como, entre outras, a covardia, a des-lealdade, a inveja e a desonestidade.

Considerada atributo mestre do es-pírito e orientadora dos demais, a inte-

ligência é a base do raciocínio. Quando bem empregada, proporciona maior discernimento espiritual, exercendo fun-ção de orientação e apuro ao contribuir para a elucidação das vicissitudes e o reconhecimento das falhas humanas. O dinamismo da vida na Terra oferece vasto campo para o exercício da inte-ligência em todas as atividades huma-nas e as experiências vivenciadas pelo ser humano são oportunidades para seu desenvolvimento espiritual e progresso material. No entanto, as lições apenas proporcionam bom proveito quando há esforço, vontade direcionada para a autossuperação e assimilação dos fatos da vida sob a ótica de uma consciência esclarecida. Assim, sua insurgência con-tra os maus hábitos, as mazelas morais e as imperfeições humanas demonstra o esclarecimento adquirido depois de incontáveis desenganos e ingratidões, de vivências injustas, quando, então, cansado de sofrer, se convence do seu verdadeiro estado espiritual e de suas obrigações evolutivas neste mundo.

No contexto social que os seres hu-manos vivenciam, cabe aos pais, profes-sores e educadores o inadiável dever de estimular nobres sentimentos às presentes gerações, através da inigualável lingua-gem do exemplo, em que a vida deve ser considerada como preciosa opor-tunidade de evolução, que não pode ser desprezada em nome de interesses mesquinhos e egoísticos. Ensinar aos filhos os reais valores da vida e lhes mostrar quanto é importante evitar erros são deveres inescusáveis dos pais e respon-sáveis. Quando se fala em educação, é necessário ter conhecimento claro e pro-

fundo do ser humano integral (espírito, corpo fluídico e corpo físico), a fim de que o processo educativo possa contem-plar as demandas dessa unidade.

O educador imbuído de valores morais e consciente da necessidade de disseminá-los vai além da instrução pe-dagógica, pois compreende a vida em seu aspecto mais profundo, possibili-tando ao educando o desenvolvimento de suas potencialidades morais, a com-preensão do seu papel no mundo e o entendimento de que deve exercer sua cidadania com ética e sabedoria.

O caráter é modelado e enriqueci-do através de ações criteriosas, éticas, dignas e virtuosas, que se estampam no respeito próprio e pelo semelhan-te. Caráter íntegro reflete esforço con-tinuo em subjugar ímpetos e empenho constante em estabelecer convívio pro-longado com pensamentos elevados. O meio-termo deve ser sempre buscado na definição da linha de equilíbrio das relações humanas, para que o caráter se fortaleça e haja bem-estar individu-al e coletivo. O equilíbrio se estabe-lece quando a pessoa, ao se afastar das curtas visões individualistas e das ideias coletivas extremadas, procura manter-se equidistante desses limites e caminha com inteligência e segurança na escala ascendente da evolução.

A filosofia racionalista cristã ensi-na que a condição natural da evolu-ção para todos os seres humanos é a relação mútua, a interação entre eles. Quando o indivíduo adota um compor-tamento contemplativo, de cunho ado-rativo, perdendo a noção de conjunto, acaba por subjugar suas iniciativas,

aliena a vontade, baixa a autoestima, perde a confiança em si mesmo, e, des-sa forma, retarda sua evolução. O sen-timento de inferioridade conduz muitos indivíduos à resignação exagerada em flagrante anulação do próprio va-lor. Essa letargia os leva a total perda de confiança em si mesmos. É urgente a necessidade de esclarecimento espi-ritual para a interpretação e o enten-dimento das ocorrências da vida, sem o qual a existência humana mergulha numa completa falta de sentido.

O ser humano forja o caráter e evo-lui mediante a lapidação dos seus atri-butos e das suas faculdades espirituais. Conhecer essa verdade defendida pelo Racionalismo Cristão é um grande bem para ele, cujo efeito se produz ao uti-lizar sua força interior no domínio das imperfeições, em um trabalho incessante para eliminar da estrutura fluídica traços impróprios. Faculdades e atributos espi-rituais desenvolvidos representam impor-tantes riquezas morais conquistadas, pois nunca se perdem. O ser humano espiri-tualmente esclarecido expressa grande sentimento de bem-querer pelo seme-lhante, engaja-se na luta pelas causas humanitárias, deixa belíssimos exemplos de honradez, dignidade e valor, pois percebe seu papel no núcleo familiar, no meio social e no ambiente profissional, desenvolvendo forças para tudo fazer com maestria. O bem que pratica e os sentimentos nobres que alimenta fazem despertar o raciocínio lúcido dos demais indivíduos, contribuindo para a espiritua-lização da humanidade.

Boa Leitura!

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A RAZÃO3 FEVEREIRO / 2018

Reportagem

Sede do RC em Vitória faz 16 anosO 16º aniversário da nova sede

da Filial Vitória (Espírito San-to) do Racionalismo Cristão, em Bento Ferreira, foi comemorado

em 24 e 25 de novembro de 2017 com reunião cívico-espiritualista e palestra da representante regional da Doutrina para os Estados do Rio de Janeiro e do Espírito Santo, Sra. Lucy Gonçalves da Costa.

No dia 24, sexta-feira, a Sra. Lucy presidiu a reunião cívico-espiritualista, que foi iniciada com a leitura da car-ta de congratulações do presidente do Racionalismo Cristão, Gilberto Silva. Em seguida, o presidente da Casa ani-versariante, Dr. Wilion Fernando Boa-to, agradeceu a presença de todos, e, em seu discurso, enalteceu o dinamismo do casal Luiz Antonio dos Santos e Be-nedita Maria dos Santos, que tiveram a iniciativa de fundar um núcleo da Dou-trina no Bairro Argolas, em 25 de abril de 1928. Esse núcleo foi que deu ori-gem ao Correspondente que veio a se tornar a Filial Vitória do Racionalismo Cristão, que vem trazendo benefícios a quem dela se aproxima.

Bússola. Disse ainda Wilion Fer-nando Boato que “a doutrina raciona-lista cristã oferece, aos estudiosos da espiritualidade a bússola que norteia a vida real, que é a vida do espíri-to. Seus princípios doutrinários reúnem orientações esclarecedoras e conselhos úteis, que facilitam o viver terreno das pessoas. De posse desses conhecimen-tos, estarão aptas a cumprir suas obri-gações, agindo com prudência, mo-

deração, valor e justiça”. Acrescentou o presidente: “Nossos agradecimentos aos militantes desta Filial, que não medem esforços para que os estudos espiritualistas sejam cada vez mais profícuos e benéficos para todos os as-sistentes, cuja presença nesta Filial no decorrer destes últimos 16 anos agra-decemos”.

Na sequência o militante da Casa Dr. Alexandre Severiano Duarte desta-cou: “Por aqui passaram espíritos que tiveram a oportunidade de conhecer os ensinamentos doutrinários explanados pelo Racionalismo Cristão e aplicá-los no seu viver, outros chegaram mais lon-ge, podemos assim dizer, trabalharam em vida física nesta Casa e já partiram para novas jornadas em plano astral,

deixando em nós militantes saudades pelos momentos de convívio e compa-nheirismo nas reuniões públicas e de desdobramento, mas a certeza de que estamos no caminho certo a seguir.” Concluiu afirmando que a Casa conti-nuará sua missão de explanar a filo-sofia racionalista cristã, a fim de que o ser humano possa libertar-se e alcan-çar voos mais altos em suas respectivas trajetórias evolutivas.

Encerrando a série de discursos, a Sra. Lucy ressaltou a grande satisfação de estar novamente na Filial Vitória, agora comemorando mais um ano de sua nova sede, realizando trabalho em prol dos nossos semelhantes, dirimindo suas dúvidas a fim de superarem suas dificuldades e seus reveses. Disse que:

“notamos em situações como esta que a amizade é o sentimento nobre que direciona os seres humanos a unirem-se em busca de um grande ideal. Esse grande ideal foi vivenciado pelos co-dificadores da nossa filosofia, Luiz de Mattos e Luiz Thomaz, na divulgação dos salutares princípios do cristianismo autêntico”.

A Sra. Lucy fez referência aos jo-vens: “Neste momento de confraterniza-ção queremos enaltecer também a pre-sença dos jovens racionalistas cristãos, mostrando para eles a importância da liberdade bem utilizada na formação moral, da dignidade e do caráter”. Ao término de suas palavras a represen-tante regional parabenizou o presiden-te Gilberto Silva pelo trabalho de divul-gação do Racionalismo Cristão a nível mundial, juntamente com a Casa-Chefe e todas as demais casas racionalistas cristãs, que a seu lado cooperam pelo progresso do esclarecimento espiritual da humanidade. Parabenizou também o presidente Wilion Fernando Boato, e todos os militantes, que a seu lado tra-balham por um mundo melhor. E deu por encerrada a reunião.

Palestra. Na manhã de 25 de no-vembro, sábado, teve início a palestra proferida pela Sra. Lucy Gonçalves da Costa com o tema Liberdade e Espiritu-alidade. Após seus sábios ensinamentos, assistentes e militantes indagaram-na acerca de assuntos relacionados ao tema proposto, e os questionamentos a respeito dos ensinamentos do Racio-nalismo Cristão foram respondidos.

O presidente Wilion Boato, entre Alexandre Duarte e Lucy Gonçalves da Costa

A RazãoCriança

Leia e recomende

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A RAZÃO4 FEVEREIRO / 2018

Reportagem

Na hora do discurso, esqueça a inibição.Conte com a ajuda de

GRACY MORENO

Se você tem dificuldade em se expressar, ou deseja melhorar a sua performance na faculdade

ou no trabalho, venha preparar-se conosco.

Preparação para oratóriaTrabalho vocal e corporal

Atendo individualmente ou em grupo

Email: [email protected]: 21 967442971

Casa do RC comemora 77 anosA Filial Vicente de Carvalho (Rio

de Janeiro) do Racionalismo Cristão comemorou 77 anos de fundação da Doutrina na sua

região, com reunião cívico-espiritualis-ta realizada em 24 de novembro.Após o término da reunião espiritual come-çou a parte cívica, com o discurso da presidente da Filial, Sra. Vanda Couti-nho Pandolpho, que ressaltou a discipli-na como pilar de sustentação da filoso-fia racionalista cristã, pois todos que a ela chegam são convidados a discipli-narem-se de acordo com os princípios codificados por seu fundador, Luiz de Mattos.

Vanda Coutinho Pandolpho citou

ainda o início do Racionalismo Cristão como Correspondente na região de Vi-cente de Carvalho, em 1940, e desta-cou que, através dos reveses, os seres encarnados despertam para a espiri-tualidade, citando o exemplo do fun-dador da Filial Vicente de Carvalho, José André, que conheceu o Raciona-lismo Cristão em virtude do sofrimento da esposa e dos filhos.

Citou ainda o exemplo de raciona-lista cristão autêntico que foi o presi-dente astral da Filial Vicente de Car-valho, Manoel Garcia, que se tornou grande amigo e fiel companheiro de Antonio Cottas e sua família, sobretu-do nos momentos difíceis que passaram

para manter a integridade do Racio-nalismo Cristão. Encerrou o discurso destacando o júbilo do início do Racio-nalismo Cristão em uma região que cul-mina com a fundação de uma casa ra-cionalista cristã, e agradeceu a todos os assistentes e militantes presentes.

Em seguida discursou o militante Fabio Mesquita Franco, que discorreu sobre a importância dos trabalhos em uma casa racionalista cristã, propor-cionando bem-estar, leveza, confiança e certeza da próxima vinda. Lembrou ainda os antecessores que “também abriam nossas Casas, envolvidos pelo mesmo sentimento de amor ao próximo e fraternidade, e que de seus mundos

nos enviam força para continuarmos”.O secretário da filial, João Joa-

quim da Silva, lembrou José André, que, intuído pela plêiade do Astral Superior, junto com abnegados amigos espiritualistas, sentiu a necessidade da abertura da filial na região de Vicente de Carvalho, com recursos próprios e na qual chegam pessoas necessitadas de amparo espiritual e enfrentando problemas inerentes à Terra e que da-qui saem fortalecidas espiritualmente.

João Joaquim da Silva citou ainda que muitos pensam que ser militante da Doutrina é muito difícil, mas não é, pois o benefício que nos é proporcionado é muito grande.

LUA R R E P R E SE N TAÇ ÕE SVisite o site do RC

e conheça a DoutrinaSe você, leitor, ainda não conhece o Racionalismo Cristão, visite

nosso site na internet e tenha acesso a informações básicas sobre a Doutrina, sua origem e seu propósito.

www.racionalismocristao.net

No site você encontrará os endereços de todas as casas racio-nalistas cristãs, no Brasil e no exterior, com a identificação dos respectivos presidentes, e os horários das reuniões públicas de limpeza psíquica.

Com um clique você saberá, e poderá entender, o que é limpeza psíquica e para que serve.

Você encontrará, também, extensa relação de livros editados pela Casa-Chefe do Racionalismo Cristão, entre eles os três essenciais, de leitura mais do que recomendada: Racionalismo Cristão, Prática do Racionalismo Cristão e A vida fora da matéria.

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A RAZÃO5 FEVEREIRO / 2018

Reportagem

Coleção Clássicos do Racionalismo Cristão

Maria CottasO ter cei ro vo lume da co leção Clás sicos do Raciona lismo Cris tão ho me nageia a escritora Ma­ria Cot tas. O li vro, seleção de crô ni­cas publicadas em A Razão e dedou trina ções dadas em reuniões pú blicas da Casa­Chefe, está disponível, ao preço de R$ 23,00, na Casa­Chefe e filiais, pelo telefone (21) 2117­2100 e e­mail casa [email protected].

O texto biográfico Antonio Cottas, uma lição de vida vem a lume para integrar o acervo da bi blioteca de cada um de seus leitores, que irão guardar da vida de An tonio Cottas, o consolidador do Ra cionalismo Cristão, verdadeira li ção, gra ças ao agora cele brado biógrafo Dr. Gal dino Rodri gues de Andra de.

Cada exemplar custa R$ 28,00 ou US$ 10.00 (dólares americanos) ou, ainda, € 9.00 (euros).

Pedidos podem ser feitos à Casa­Chefe pelo telefone (21) 2117­2102 ou pelo e­mail [email protected]

Antonio Cottas,uma lição de vida

Correspondente faz 20 anosNa manhã de sábado, 11 de

novembro de 2017, com auto-rização do presidente Gilber-to Silva, realizou-se a reunião

cívico-espiritualista comemorativa do 20º aniversário de fundação da Doutrina em José Bonifácio São Pau-lo, através de seu Correspondente, em 16 de novembro de 1997, e do 6º aniversário de inauguração oficial da sede própria, em 19 de novem-bro de 2011, solenidade que teve a presença de Gilberto Silva.

Presentes todos os militantes do Correspondente José Bonifácio e presidentes e militantes das casas ra-cionalistas cristãs de São José do Rio Preto, de Marília, de Quintana, de Tupã, de Fernandópolis e de Assis, todas do Estado de São Paulo, além de militantes de Neves Paulista e Mi-rassol, os trabalhos foram conduzidos por Wilson Carnevalli Filho, membro da Diretoria de Ação Doutrinária que abriu a reunião cívica chamando para falar o presidente do Corres-pondente José Bonifácio, Benedicto Floriano de Lima.

Congratulações. O presiden-te da Casa aniversariante pediu à secretária do Correspondente, dona Vera Lúcia Dias, que lesse a carta da Casa-Chefe, assinada pelo presiden-te Gilberto Silva, congratulando com dirigentes, militantes e assistentes pela data, e desejando progresso da Casa e o contínuo trabalho na es-piritualização da humanidade, sendo aplaudida por todos os presentes.

Benedicto Floriano de Lima re-lembrou os 20 anos e o árduo tra-balho de todos no aprimoramento e cumprimento dos Princípios raciona-listas cristãos.

Dando continuidade, Wilson Car-nevalli Filho pediu a presença de Edneu Viscardi, presidente da Fi-lial Fernandópolis do Racionalismo Cristão, que leu o seu discurso, após abertura de praxe.

Em seguida, Wilson Carnevalli Fi-lho cedeu a palavra Nelson Ferreira da Costa Filho, presidente da Filial Marília do Racionalismo Cristão, que, de improviso, disse que todos estão

de parabéns, lembrou do passado de 20 anos, quando cumpriu o primeiro compromisso como presidente da Fi-lial Marília, participando da funda-ção da Doutrina em José Bonifácio.

O orador seguinte, de improviso, foi Francisco Sucena Branco, presi-dente da Filial São José do Rio Preto, que discursou, mostrando a beleza do Racionalismo Cristão, no contex-to da evolução através dos reinos da natureza.

Depois discursou Maria Cristina Dias, presidente do Correspondente Assis do RC, que elogiou, de improvi-so, o trabalho de 20 anos que acom-

panhou em diversas ocasiões.Finalmente Wilson Carnevalli Fi-

lho, de improviso, fez seu pronuncia-mento encerrando os trabalhos da reunião.

Palestras. Todos passaram ao salão, onde aconteceram três pales-tras: Carlos Eduardo B. Marconi, da Filial Marília; Wilson Carnevalli Fi-lho e Nelson Ferreira da Costa Filho, presidente da Filial Marília – encer-rando todo o acontecimento, onde to-dos receberam nosso fraternal abra-ço de paz, progresso, alegria, saúde e evolução.

Nelson Ferreira da Costa Filho e Wilson Carnevalli Filho na reunião Francisco Sucena Branco

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A RAZÃO6 FEVEREIRO / 2018

Frequento uma casa racionalista cris-tã, faço irradiação, oiço a Rádio A Ra-zão, e isso me ajuda. Sinto-me bem nessa Casa, adoro estudar a Doutrina, que me faz bem. Muita coisa mudou na minha vida, no meu modo de pensar e de agir. Sinto-me um pouco triste porque perdi o meu emprego, agora não sei o que eu faço com essa conjuntura difícil, mercado saturado, praticamente a minha família dependia muito de mim. Agora estou triste, sem trabalho, não sei como faço para me sustentar até encontrar um novo emprego. Não tenho economias, porque o dinheiro que ganhava não dava para guardar muito.

Tem outra questão: não sei por que as pessoas me odeiam tanto, muita gente não gosta de mim, sempre me apunha-lando pelas costas, e eu fico triste porque não faço mal a ninguém. Sempre há al-guém que me quer mal.

Resposta: Prezada, quando se de-seja algo de correto, de proveitoso, coerente com as nossas possibilidades, deve-se ter persistência, coragem e de-terminação para alcançar os objetivos planejados. Algumas pessoas trilham caminhos mais fáceis, outras percorrem caminhos mais difíceis, mas todas conse-guem o que almejam, quando mantêm a vontade forte e os pensamentos firmes e otimistas.

Elimine da sua mente qualquer pen-samento negativo ou pessimista, para não se prejudicar e tornar o seu caminho mais difícil e espinhoso. Entenda que o sucesso ou o fracasso depende das decisões que tomamos no dia a dia, e por isso devemos refletir muito perante nossas escolhas.

Afaste da sua mente esse pensamen-to de que todos a odeiam, pois isto lhe é muito prejudicial. Tenha bons sentimen-tos por qualquer pessoa, não desejando mal a ninguém. Você será feliz ou infe-liz, de acordo com a maneira que usar o seu livre-arbítrio, independentemente do modo de pensar dos outros.

Mantenha a calma, a paciência, a perseverança e a vontade inabalável de reverter essa situação, procurando anali-sar, com equilíbrio e tranquilidade, o mo-mento presente e empenhando-se brava-mente na busca de novo emprego.

Erga a cabeça, mantenha o entusias-mo e a esperança por dias melhores, con-fie em si e nas Forças Superiores, cumpra a disciplina recomendada por esta Dou-trina, principalmente a prática diária da limpeza psíquica no lar.

Dizem que tenho um encosto que me faz consumir muita bebida al-coólica. Pode ser verdade? Se for verdade, o que devo fazer? Peço

ajuda porque não consigo parar de con-sumir e sei que é mau para a minha vida e saúde. Obrigada

Prezada, se você tem consciência do mal que a bebida alcoólica está lhe cau-sando, por que ainda não parou? É fácil e prático culpar os outros pelos próprios erros, mas isso não resolve o problema. O que a faz beber é a falta de vontade para reagir, é a submissão a falanges de espíritos já desencarnados, com desejos iguais aos seus, sugando a sua vida aní-mica e a incentivando a beber cada vez mais, levando-a para o abismo moral e espiritual.

Revista-se de força de vontade e co-ragem, e tome a firme decisão de não mais ingerir qualquer bebida alcoólica, e todos os dias, em todos os momentos, diga para você mesma: “eu não vou beber, por-que eu sou forte e decidida!”

É um acordo que você estará fazen-do com a sua própria consciência, e você vai honrar esse acordo, para superar esse difícil momento e prosseguir no seu escla-recimento espiritual, determinante para o sucesso de sua jornada terrena.

Recomendamos, também, a prática correta da disciplina racionalista cristã, principalmente a limpeza psíquica no lar.

A limpeza psíquica é uma prática de higiene mental, uma forma de se obter equilíbrio interior e tranquilidade espi-ritual, recomendada pelo Racionalismo Cristão. Consiste nas irradiações, cuja fi-nalidade é estabelecer contato com as Forças Superiores.

As irradiações não são um agrupa-mento de palavras para serem repetidas automaticamente, mas encerram um ele-vado sentido espiritual e concentram, na sua essência, um resumo doutrinário do Racionalismo Cristão. Não seria possível dizer mais em tão poucas palavras, para que possam ser conservadas na memória. Faça-se, na vida prática, o que elas indi-cam, e tudo irá bem. Quando as irradia-ções se elevam com convicção, atingem, invariavelmente, a meta, e o Astral Supe-rior, ao qual são dirigidas, capta as suas vibrações. Conquanto não sejam rezas nem orações, são, no entanto, manifesta-ções de almas que procuram correspon-der-se.

Todos os dias, nos mesmos horários, as pessoas devem reunir-se para fazer as ir-radiações. Devem escolher um horário pela manhã e outro à noite, de preferência, às 7 horas da manhã e às 8 horas da noite, seguindo as instruções contidas no folheto explicativo que pode ser obtido gratuita-mente em qualquer casa racionalista cristã ou através do site racionalismocristao.net/limpeza-psiquica/.

É possível acompanhar a limpeza

psíquica pela Rádio A Razão, ou a qual-quer momento, através de um áudio da limpeza psíquica, com duração de 7 mi-nutos, disponível na página citada. Esse áudio ajuda muito a compreender melhor o processo da limpeza psíquica. Também é gratuito.

Momentos antes do horário das irra-diações, as pessoas devem preparar-se, de preferência num lugar silencioso, elevar os pensamentos, vibrá-los positivamente, com firmeza e entusiasmo, com confiança de que tudo na sua vida vai sair da melhor maneira possível, com convicção nos efeitos benéficos da limpeza psíquica, e iniciar as suas irradiações com o pensamento liberto de todas as coisas materiais, sem pensar em ninguém, em nenhum problema, aten-do-se apenas ao significado das palavras que estão sendo pronunciadas.

Ao terminar a limpeza psíquica, esta-rão aptas a realizar as suas tarefas diá-rias com alegria e entusiasmo, confiantes de que a vida é maravilhosa para aque-las que sabem usufruir dela, que sabem tirar proveito de tudo de bom que ela oferece.

A filosofia racionalista cristã aconse-lha todas as pessoas a terem equilíbrio espiritual e físico, por meio de um viver disciplinado, metódico e consciente, e ad-verte que o indispensável preparo mental, conseguido através da limpeza psíquica é tão necessário ao espírito quanto a higiene física é para o corpo.

Você é alcoólatra porque quer; sem essa de encosto!

Seja corajosa,persistente edeterminada

Aconselhamento

Page 7: Jornal do Racionalismo Cristãoarazao.org/novo/wp-content/uploads/2018/07/Fevereiro-2018.pdf · Francisco Buarque Silva ... Do livro Racionalismo Cris-tão, 45ª ed., ... baixa a

A RAZÃO7 FEVEREIRO / 2018

Aconselhamento

Preciso de umas palavras de apoio, porque estou ficando com medo de tudo que vem acontecendo. Desde que mi-

nha mediunidade começou a mostrar sinais tem sido grande a luta com dias amenos e dias mais pesados. O que mais me incomoda têm sido as intuições. Uma amiga me chamou para irmos a um centro ver uns pro-dutos e almoçar fora. Após irradiar, fiz minhas obrigações de casa, como de costume, e fomos. Pouco depois de embarcar no ônibus, veio uma sensação horrível de que eu devia gritar, sair correndo e de que eu tinha síndrome do pânico, que não devia ficar perto das pessoas. Eu fi-quei com medo. Às vezes dá medo de ficar louca, apesar de saber que isso são intuições.

Na verdade o meu medo é de um dia seguir essas intuições, perder meu domínio. Como posso combater esse medo que surge toda vez que esse tipo de intuições surgem? Se eu irra-diei pela manhã não era para estar bem assistida? Essa mediunidade tem atrapalhado muito minha vida, reco-

nheço que por minha causa, que não estou sabendo como agir. O que devo fazer?

Resposta: Prezada, viver e lutar pela sobrevivência já são atitudes co-rajosas. Pense em quantas e quantas decisões corajosas tomou para que chegasse até a idade que chegou. É isso que tem condições de pensar, não se ligando a situações passadas de insucessos que fizeram parte do ca-minho e a conduziram a temer tantas coisas.

Esta é uma atitude positiva que precisa manifestar. Por isso exclua do seu vocabulário a palavra medo, acreditando em si; que é capaz de assumir a sua coragem.

Poderá escrever para si própria textos em que, quando afirmar: “‘te-nho medo”, possa escrever: “Sim, te-nho medo, mas estou antepondo a coragem de que sou capaz”, e acal-mar-se com esta afirmação positiva.

Sugerimos utilizar a segunda fra-se na sua mensagem atual, em que cada vez que escreveu a palavra medo irá anulando os efeitos negati-

vos que esse sentimento provoca em você. Este é o motivo da atração que exerce. Procure não ter medo de es-píritos desencarnados, pois eles nada poderão fazer contra você ao dispor-se mentalmente a enfrentá-los e enca-minhá-los aos seus mundos de estágio nas suas irradiações amigas; é preciso opor ao medo a sua coragem, um atri-buto espiritual que está adormecido e precisa ser fortalecido.

Tenha persistência, otimismo e con-fiança em você; enfrente com bravura as suas atribulações e continue resis-tindo na certeza que sairá vitoriosa.

Ao lhe ocorrerem esses pensamen-tos persista em afirmar mentalmente que eles não lhe pertencem e que em nada lhe irão afetar, estabelecendo com valor o enfrentamento.

Por possuir mediunidade bastante aflorada, leia com atenção e procure seguir rigorosamente a disciplina re-comendada no livro Prática do Racio-nalismo Cristão, página 64.

Temos confiança em você e por isso esperamos que consiga combater com a força espiritual que possui seu principal inimigo: o medo.

Como explicar as mortes trágicas, brutais?

Resposta: Prezado, são contingên-cias da Terra, um planeta-escola. O livro Racionalismo Cristão, em sua 45ª edição, assim se expressa sobre esses tipos de desencarnações:

“Muitos fatores na Terra, tais como poluição ambiental, mudanças bruscas de temperatura e insalubridade de certas regiões, abalos sísmicos, sur-tos epidêmicos, abundantes meios de contaminação, vícios de toda espécie, inclusive de drogas, e, ainda, a influ-ência perniciosa dos espíritos do astral inferior contribuem para o falecimen-to prematuro das pessoas. Além disso, deve-se considerar a existência de de-terminados fenômenos sociais gerado-res de conflitos, como a insegurança ur-bana e as guerras. De qualquer modo, a desencarnação antes da época pró-pria representa sempre um lapso na evolução, e um meio de repará-lo é a reencarnação.”

Para o Racionalismo Cristão o que chamamos de morte significa apenas a passagem de um plano denso para ou-tro plano mais sutil.

Se esses ensinamentos lhe desper-taram interesse, eles podem estar à sua disposição com o comparecimen-to à casa racionalista cristã próxima a sua residência e com a leitura de nossas obras, que são postas à dis-posição para minutos antes de uma reunião pública de limpeza psíquica, prática realizada nos primeiros sete minutos da reunião, para o encami-nhamento aos seus mundos de estágio, de espíritos desencarnados de forma violenta, ainda presos às materialida-des da Terra, interferindo na vida dos encarnados.

É realizada numa comunhão de pensamentos de todos ali presentes, mas pode ser feita no lar, às 7 horas da manhã e às 8 horas da noite, ou em horário de sua disponibilidade, desde que seja mantido como disciplina.

As reuniões públicas nas casas ra-cionalistas cristãs são realizadas às segundas, quartas e sextas-feiras. Co-meçam às 20 horas e terminam às 21 horas. Entrada franca. Procure infor-mações mais detalhadas sobre a prá-tica da limpeza psíquica, no site www.racionalismocristao.net.

Se o Astral Superior não interfere no livre-arbítrio das pessoas, como o as-tral inferior consegue interferir? Por que a pessoa fica obsedada, dominada?.

Minha mediunidade está afloran-do, estou lendo e indo às reuniões, mas são poucas pessoas, não ocorre comu-nicação mediúnica. As intuições têm me incomodado bastante, vêm sensações como se eu fosse surtar, como se fos-se ficar louca. Nem eu mesma entendo, são pensamentos que invadem com o intuito de me prejudicar. É uma sensa-ção horrível, e quanto mais eu leio as obras do RC, parece que vai aflorando mais. Eu gostaria de conseguir bloque-ar de vez, porque ainda falho nessa reação ao controle do que chega.

Certa vez estava no supermercado e senti uma sensação com pensamento chegando de que não era normal eu estar bem, respirando. Às vezes vem angústia muito grande, vêm pensamen-tos para eu surtar. E eu me pergunto: isso nunca vai parar?

Como um médium que não trabalha no RC pode manter-se limpo das inves-tidas? Eu não quero perder minha evo-lução desse jeito, sofrendo por causa de uma mediunidade não controlada.

Resposta: Prezada, a liberdade absoluta de escolha, de pensar e de agir, ou seja, o livre-arbítrio, é prer-rogativa do espírito encarnado e ne-nhum espírito desencarnado pode dominar, exercer supremacia sobre os pensamentos alheios quando eles es-tão voltados para a prática do bem, ocupados com coisas úteis que exerçam atração positiva.

Quando a pessoa se deixa levar pelos pensamentos negativos que lhe são intuídos, é necessário estabelecer uma reação contrária e reconhecer que eles não lhe pertencem, pois você agora está associada a correntes posi-tivas de pensamentos e isto só lhe pode trazer confiança em si, convicção; mas se, ao contrário, se deixa dominar pelo

desespero, pela insegurança, pelo pânico, pelas ideias de que não tem capacidade para reagir, logicamente demorará a atingir o sucesso desejado.

Por isso, tenha confiança em si e nas Forças Superiores; elas estão presentes em todas as casas racionalistas cristãs, não importa se são filiais ou correspon-dentes, se têm ou não médiuns. O que importa é a concentração de pensa-mentos das pessoas dedicadas a pra-ticar o bem, e você, mesmo com suas dificuldades a serem vencidas, também é uma delas, um polo benéfico de atra-ção. Continue, portanto, com seu esfor-ço em modificar os seus pensamentos e associar-se a essas correntes do bem, pela leitura das obras, com a prática da limpeza psíquica e tenha a convic-ção de que está no caminho certo para a sua recuperação.

O sofrimento não faz ninguém per-der a evolução; serve muitas vezes para despertar e empreender uma mudança na maneira de pensar e agir.

Combata a aflição do medo com pensamentos positivos

Reaja às intuições negativas

Fatoresda Terra explicam as mortes brutais

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A RAZÃO8 FEVEREIRO / 2018

Aconselhamento

Descobri que alguém está fazendo mal para mim. Como posso afastar esse mal? Sou frequentadora do RC.

Resposta: Prezada, nenhum mal psí-quico resiste aos bons pensamentos, aos sentimentos valorosos e positivos, às boas ações e ao uso correto do livre-arbítrio. Por isso a nossa recomendação é: apren-da a pensar.

Use a sua força de vontade e deter-minação para expulsar da sua mente es-ses pensamentos indesejáveis que a estão perturbando e prejudicando a sua jor-nada terrena, sem medo, sem indecisões, sem insegurança. Com decisão e coragem você vai ultrapassar essas dificuldades e voltar a ter paz e tranquilidade, retoman-do o seu equilíbrio psíquico.

Pratique a limpeza psíquica no lar, diariamente, nos horários disciplinares. Habitue-se a ler as obras editadas por esta Doutrina e frequente as reuniões pú-blicas em uma casa racionalista cristã.

Se você tiver dificuldade em livrar-se desses maus pensamentos, mantenha a calma, não tenha medo, vibre os seus pensamentos nas correntes do bem, com confiança em si e nas Forças Superiores, e vá cumprir as suas obrigações diárias com entusiasmo e alegria, na certeza de que tudo na sua vida será sempre bem resolvido.

Ao emitir pensamentos positivos, natu-ralmente você não poderá ter pensamen-tos negativos, porque somente podemos estar em uma corrente: a do bem ou a do mal. Opte sempre pela corrente do bem.

Sou de uma família raciona-lista cristã, mas, mesmo fre-quentando as reuniões, es-tou passando por momentos

difíceis, crises de ansiedade, e por conta desses problemas emocionais desenvolvi um problema no intesti-no, sinto muito mal-estar e gosta-ria de saber como posso me livrar desses sintomas. Logo depois que tive minha filha tenho sentido mui-to medo de morrer, e isso me apa-vora mais. Gostaria de conselhos para lidar com tudo isso.

Resposta: Prezada, você está querendo prever o futuro, mas um futuro sombrio imaginando uma morte prematura, daí a causa da sua ansiedade.

Como estudante do Racionalismo Cristão sabe que “pensar é atrair”, é criar imagens. Então, por que não imaginar sua filha já casada, lhe dando netos que você também aju-dará a criar com todo amor?

Se quer pensar no futuro, pense positivamente, mas viva o presente com confiança, com otimismo, consul-tando o médico para tratar de sua saúde sempre com a convicção de que achará uma solução para sanar o seu mal físico e, ao cuidar de sua filha, irradie para vocês duas pen-samentos de saúde e harmonia.

No livro A vida fora da Matéria, 24ª edição, procure na página 78 a ilustração 11 e medite bastante so-bre o texto referente à imagem.

Se está frequentando as reuni-ões, procure, antes de iniciá-las, ler o capítulo Pensamento, do livro Ra-cionalismo Cristão, 45ª edição.

A Doutrina lhe oferece muitas ou-

tras opções como os livros de Olga Brandão e Maria Cottas, que trans-mitem mensagens de grande oti-mismo. Ao lê-los, estará ligando-se automaticamente a esses valorosos espíritos e recebendo boas intuições para lidar com a sua ansiedade e os problemas de saúde. É isto que almejamos para você e sua filha.

Irradie por seus filhos e não tente prever o futuro

Eis a ilustração (ao lado) e o texto que a explica (abai-xo), recomendados para a consulente e que vale para todas as mães que nutrem in-certezas quanto ao futuro de suas crianças:

“Quando a mãe é conscien-te de seu papel, preocupando-se com a criação e educação do filho, de modo a torná-lo um adulto útil à coletividade, está, com tal disposição, sob boa assistência astral, como a ilustração mostra. O ambiente em que mãe e filho convivem será espiritualmente límpido e a criança crescerá com saúde física e psíquica, de modo a superar com valor e coragem os desafios naturais do viver terreno.”

Males psíquicos não resistem abons pensamentos

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RÁDIO A RAZÃO

Aproveite para fazer a limpeza psíquica no lar,

acompanhando as irradiações que são transmitidas pela Rádio A Razão às 5h e 7h da manhã, e às 18h e 20h

(horários de Brasília).

www.radioarazao.com.br

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A RAZÃO9 FEVEREIRO / 2018

Aconselhamento

A disciplina do Racionalismo Cristão recomenda a limpeza psíquica como forma primordial de limpar psiquicamente o am-biente em que nos encontramos, afas­tando­ influências­ negativas­que possam prejudicar nosso humor,­ nossas­atividades,­ nossa­vida,­enfim.

A limpeza psíquica se dá por meio de irradiações, que devem­ ser­ feitas­ em­ horários­determinados, pela manhã e à noite.­A­Irradiação­A­deve­ser­feita­ uma­ vez­ e­ a­ Irradiação­B­ deve­ ser­ repetida­ por­ cin-co­minutos;­ao­final,­uma­ Irra-diação B ao Astral Superior e outra ao Presidente Astral do Racio nalismo Cristão, Humber-to­Rodrigues.­

Irradiação AAo Astral SuperiorGrande Foco! Força Cria-

dora!Nós sabemos que as leis

que­regem­o­Uni­verso­são­na­turais­ e­ imutáveis,­ e­ a­ elas­tudo­está­sujeito.

Sabemos também que é pelo estudo, raciocínio e cresci-mento,­derivado­da­luta­contra­os maus hábitos e as imperfei-ções, que o espírito se esclare-ce­e­alcança­maior­evolução.

Certos do que nos cabe fazer, e pondo em ação o nosso­ livre­arbítrio­ para­ o­bem, irradiamos pensamentos aos Espíritos Superiores para que­eles­nos­envolvam­na­sua­luz e fluidos, fortificando-nos para o cumprimento dos nos-sos­deveres.

Irradiação BGrande­Foco!­Vida­do­Uni-

verso!Aqui estamos a irradiar

pensamentos às Forças Superio-res para que a luz se faça em nosso espírito, e tenhamos cons-ciência­de­nossos­erros,­a­fim­de­evitá­los­ e­ nos­ fortalecer­ para­praticar­o­bem.

Limpeza psíquica

A disciplina do Racionalismo Cristão recomenda a limpeza psíquica como forma primordial de limpar psiquicamente o am-biente em que nos encontramos, afas­tando­ influências­ negativas­que possam prejudicar nosso humor,­ nossas­atividades,­ nossa­vida,­enfim.

A limpeza psíquica se dá por meio de irradiações, que devem­ ser­ feitas­ em­ horários­determinados, pela manhã e à noite.­A­Irradiação­A­deve­ser­feita­ uma­ vez­ e­ a­ Irradiação­B­ deve­ ser­ repetida­ por­ cin-co­minutos;­ao­final,­uma­ Irra-diação B ao Astral Superior e outra ao Presidente Astral do Racio nalismo Cristão, Humber-to­Rodrigues.­

Irradiação AAo Astral SuperiorGrande Foco! Força Cria-

dora!Nós sabemos que as leis

que­regem­o­Uni­verso­são­na­turais­ e­ imutáveis,­ e­ a­ elas­tudo­está­sujeito.

Sabemos também que é pelo estudo, raciocínio e cresci-mento,­derivado­da­luta­contra­os maus hábitos e as imperfei-ções, que o espírito se esclare-ce­e­alcança­maior­evolução.

Certos do que nos cabe fazer, e pondo em ação o nosso­ livre­arbítrio­ para­ o­bem, irradiamos pensamentos aos Espíritos Superiores para que­eles­nos­envolvam­na­sua­luz e fluidos, fortificando-nos para o cumprimento dos nos-sos­deveres.

Irradiação BGrande­Foco!­Vida­do­Uni-

verso!Aqui estamos a irradiar

pensamentos às Forças Superio-res para que a luz se faça em nosso espírito, e tenhamos cons-ciência­de­nossos­erros,­a­fim­de­evitá­los­ e­ nos­ fortalecer­ para­praticar­o­bem.

Limpeza psíquica

A RAZÃO

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Estou há dois anos num relacio-namento e, apesar de não ser-mos casados, moramos juntos e temos­ um­ bebê­ de­ 10­ meses,­

mas­desde­o­ nascimento­do­ nosso­fi-lho as coisas mudaram drasticamente, ele não é mais companheiro como an-tes,­ só­pensa­ nele­e­ no­ trabalho.­ Ele­trabalha de manhã à noite e não me auxilia­no­dia­a­dia­com­o­nosso­filho,­nem­ financeiramente,­ nem­ de­ outra­forma.­

Não posso contar com ele para nada.­Por­exemplo,­se­tiver­uma­con-sulta­para­levar­o­bebê­nunca­vai,­diz­que não tem tempo para essas coisas, o­que­me­deixa­triste.­Trabalho­e­te-nho que cuidar de tudo, das despesas da­casa,­do­bebê,­sem­o­apoio­dele,­financeiro­ou­presencial.­Por­isso­pen-so que o caminho é a separação, mas antes­gostaria­de­enviar­essa­mensa-gem­ para­ receber­ palavras­ esclare-cedoras.­ Sei­ que­ tenho­meu­ livre­ar-bítrio e a decisão cabe a mim, assim como­as­consequências­que­vierem.

Prezada,­ é­ lamentável­ que­ seu­companheiro não assuma as respon-sabilidades que contraiu ao formar uma­família.­Antes­de­qualquer­outra­decisão,­ procure­ resolver­ seu­ desen-tendimento­com­ele.

Seguem­algumas­orientações.O Racionalismo Cristão orienta-

nos­a­buscarmos­resolver­nossos­pro-blemas de desentendimento com um diálogo­franco­e­honesto.­Se­deseja­construir­algo­consistente­e­duradou-ro com seu companheiro, procure-o em um momento em que esteja cal-

ma­ e­ converse­ com­ ele­ a­ respeito­dos problemas que ambos estão en-frentando.

A­conversa­deve­desenrolar­se­em­clima­de­harmonia­e­ambos­devem­es-forçar-se para falar com tranquilida-de, expondo o que está acontecendo, sem­ usar­ palavras­ agressivas,­ acu-sações­ ou­ reprimendas.­ Também­ não­procurem­ justificar­se.­Cada­um­deve­estar­disposto­a­ouvir­até­o­fim­o­que­o outro tem a dizer, sem interromper, sem­dizer­que­não­concorda­etc.

É preciso ter claro em mente o que lhe­está­causando­insatisfação­e­veri-ficar­ se­ele­ tem­possibilidade­de­ lhe­oferecer­ o­ que­ está­ cobrando­ dele.­De­preferência­procurem­marcar­uma­hora­após­a­limpeza­psíquica.

A busca de entendimento propi-ciará condições para atração de as-sistência­astral­superior,­que­os­intuirá­de­forma­positiva.

Brigas­ e­ discussões­ atraem­ assis-tência­ astral­ inferior.­ Esses­ espíritos­que­ ficam­ apegados­ à­ Terra­ diver-tem­se­ com­as­agressões­mútuas­que­espíritos­do­astral­ inferior­provocam,­e que nós, intuídos por eles, realiza-mos.

Busquem as razões dos desenten-dimentos.­ Procure­ interessar­se­ dos­motivos­ que­ o­ companheiro­ apresen-tar­a­você.­Dê­atenção­ao­que­ele­diz­para­saber­o­motivo­das­reações­que­ele­apresenta.

Você,­ igualmente,­ deve­ procu-rar localizar e expor as razões pe-las­quais­se­tem­deixado­levar­pela­desesperança­ ­ e­procure­ refletir­ so-bre­ o­ fato­ de­ estar­ ­ entregando­se­

a­intuições­negativas­que­apenas­nos­causam­mal.

Como­ dissemos,­ a­ conversa­ deve­ser­equilibrada­e­ambos­devem­mos-trar­ esforço­ para­ chegar­ a­ entendi-mento.­Se­assim­se­conduzirem,­não­se­deixando­levar­por­impulsos­negativos­que­podem­surgir­durante­a­conversa,­estarão construindo um ambiente fa-vorável­à­ação­das­Forças­Superiores,­que­serão­atraídas­pela­boa­vontade­do casal e pelo desejo de superarem suas­dificuldades.

É importante que ambos tomem consciência­ de­ que­ está­ ao­ alcance­do casal construir no lar um ambien-te­mais­propício­à­evolução­espiritual­dos dois, um ambiente em que ambos possam­ conviver­ em­ harmonia,­ um­aprendendo com o outro, um ajudan-do­o­outro­a­crescer,­a­evoluir.

Façam a limpeza psíquica juntos, nos­horários­indicados.­Vocês­seguem­essa prática aconselhada pelo Racio-nalismo Cristão? A limpeza psíquica deve­ser­feita­duas­vezes­ao­dia,­às­7­horas­e­às­20­horas,­mas­não­en-care as irradiações como rezas, pois não­o­são.

Se­você­não­compreende­o­verda-deiro­significado­das­irradiações,­elas­não­surtem­efeito­algum.

A limpeza psíquica, como as pró-prias­palavras­explicam,­ limpam­psi-quicamente o ambiente em que nos encontramos.­ Procure­ compreender­ o­verdadeiro­ significado­ dessa­ práti-ca.­Você­tem­o­Folheto­explicativo­da­Limpeza­Psíquica?­Se­não­tiver,­basta­entrar­no­site­da­Doutrina:­www.racio-nalismocristao.net

Na conversa estão as soluções

A espiritualidade ao alcance de todosO que é o Racionalismo Cristão

O Racionalismo Cristão é uma doutrina filosófica de caráter espiritualista, esteada no cristia nismo e, de forma objetiva, nos ensina a viver melhor, para obtermos nossa evolução espiritual. A Doutrina valoriza o pensamento, a vontade, a disciplina, o tra-balho, a moral, e não discrimina raça nem tem cor política. Pre-para o ser humano para, consciente de suas responsabilidades, tornar-se útil a si, à família, à pátria e à humanidade.

Rua Jorge Rudge, n° 119, Vila Isabel, Rio de Janeiro, RJCEP 20550-220 – Telefone (21) 2117-2100

Reuniões às segundas, quartas e sextas-feiras, das 19h30min. às 20h30min.

Visite o Racionalismo Cristão na internetwww.racionalismocristao.net

Rádio A Razão – Música e informação www.radioarazao.com.br

Assista a Tv A Razão www.tvarazao.com.brENTRADA FRANCA

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A RAZÃO10 FEVEREIRO / 2018

Nota

SábiaS palavraS

Doutrinações

Maria CottasEscritora

Tentar corrigir as pessoas para que modifiquem o temperamento, a manei-ra como encaram a vida, os problemas que enfrentam achando que estão er-radas quando elas pensam que estão certas, é perda de tempo. Tentar resol-ver casos às vezes desagradáveis por meio de censura, de palavras ásperas é concorrer ainda mais para os fatos se agravarem.

O que deve ser feito para ajudar quem quer que seja é aconselhar, é es-perar a oportunidade adequada para dizer palavras corretas e justas, a fim de haver compreensão e entendimen-to mútuo. É o que se ensina nas casas racionalistas cristãs, onde se aconselha constantemente as pessoas a serem moderadas, ponderadas, justas e va-

lorosas. Infelizmente, muitas delas ig-noram essas recomendações e levam a vida a seu bel-prazer, ignorando as leis evolutivas, às quais estão sujeitos todos os seres humanos.

O temperamento varia de indiví-duo para indivíduo, pois reflete o grau de evolução espiritual de cada um. As reações emocionais de uma pessoa mu-dam de acordo com as faculdades e os atributos espirituais já desenvolvidos em muitas existências e com o nível de instru-ção conquistado e a educação de berço recebida, sobremaneira importantes.

Neste mundo, tão cheio de mal-en-tendidos, perversidades e inconstân-cias, também existem muitas coisas boas e agradáveis de se ver e ouvir. Logo, é interessante que as pessoas detenham olhos e ouvidos no que está à volta de cada uma com bastante atenção, sem se envolverem demais com o que é ter-

ra a terra, para sentirem o que há de realmente belo e deixarem passar o que perturba e maltrata o caráter, que torna agressivo o temperamento.

As amizades devem ser bem esco-lhidas, embora se queira bem a toda gente. Boa amizade é companheira da virtude, nunca do vício. Logo, é preciso que as pessoas encarem a vida como ela se apresenta, com indivíduos bons e ruins, e ficarem atentas, para não se envolverem com amizades prejudiciais.

Lembrem-se que cada indivíduo usa o livre-arbítrio a seu modo, tem sua maneira certa ou errada de ver os fa-tos e de avaliar os semelhantes. Não é com censura que se modifica o que vai por aí de melhor ou pior, mas com sere-nidade e disciplina no viver, para que se elevem acima das misérias humanas e as possam compreender.

O estudo da espiritualidade faz

com que as pessoas melhorem o tem-peramento ao usarem o raciocínio e o bom senso nas escolhas entre o bem e o mal, a verdade e a mentira, a luz do espiritualismo esclarecedor e as trevas do materialismo envolvente, no simbo-lismo dessas comparações. A leitura dos livros editados pela Casa-Chefe do Racionalismo Cristão ajuda muito nas escolhas das ações, dos hábitos, das atitudes.

Portanto, respeitem os semelhantes, estejam eles certos ou errados, pois cada um assume a responsabilidade dos seus atos, conforme impõem as leis evolutivas, indiferentes a quem acha que as possa enganar. Cedo ou tarde, todos terão de resgatar suas faltas, sem qualquer exceção.

Esperamos que compreendam e aceitem nossas palavras de esclareci-mento e incentivo pessoal.

O valor das reuniões públicasHumberto RodriguesPresidente Astral do Racionalismo Cristão

Muitas pessoas que comparecem às reuniões públicas da Ca-sa-Chefe e das filiais do Ra-cionalismo Cristão acham que

não lhes é dada a devida atenção, porque ninguém pergunta detalhes de suas vidas pessoais. Algumas delas, ao constatarem que seus pensamentos não foram captados por médiuns na mesa do estrado, como ocorreu com outras, também acham que as angústias por que passam não serão superadas.

São pensamentos equivocados que os assistentes têm, especialmente os que chegam pela primeira vez às nos-sas Casas, inclusive aos Corresponden-tes do Racionalismo Cristão, pois ainda desconhecem o método disciplinar utili-zado durante os trabalhos espiritualis-tas realizados.

Por já estar formada uma corrente fluídica fortíssima desde as irradiações preliminares que antecedem o acesso das pessoas às reuniões públicas, todas são beneficiadas tão logo adentram suas portas, devido à ação vibracional

das Forças Superiores que coordenam os trabalhos em campo astral, inclusive arrebatando de imediato espíritos que acompanham as que estão psiquica-mente perturbadas.

Os militantes – pessoas que pres-tam colaboração espontânea nas casas racionalistas cristãs e entram em conta-to direto com o público – têm por de-ver ser educados e tratar os assistentes de reuniões públicas com urbanidade, consideração e delicadeza, limitan-do-se, se de primeira vez, a pergun-tar seu nome e explicar os trabalhos de que irão participar e os benefícios decorrentes dessa participação, bem assim responder às indagações feitas, informando, se for o caso, que há um atendimento personalizado, destinado a tirar dúvidas de cunho doutrinário e dar orientações de natureza espiritual.

Durante as reuniões públicas, os assistentes são convidados pelos dou-trinadores à cabeceira da mesa dos estrados a ler os livros publicados pela Casa-Chefe do Racionalismo Cristão, pois o estudo de nossa filosofia es-piritualista faz com que a vida seja compreendida com maior clareza. Os estudiosos da espiritualidade passam

a entender os problemas por que pas-sam e a acreditar na própria capa-cidade de os resolver, ao passo que os desconhecedores da vida fora da matéria física acham que precisam de alguém que os ajude a superar suas di-ficuldades, como são por eles vistos os pressupostos julgadores divinos.

Em nossas Casas, os assistentes das reuniões públicas são estimulados a colocar a força de vontade em ação, porque todos a possuem. Infelizmente, as pessoas não têm conhecimento do poder que a força de vontade guar-da como expressão de valor. Julgam-se fracas perante as dificuldades que encontram no cotidiano. Se pensassem e raciocinassem com clareza, iriam descobrir que na maioria das vezes os problemas só ficaram maiores porque não foram resolvidos quando eram pe-quenos. Por falta de vontade, vão em-purrando suas agruras para cá e para lá, porque não se conhecem como espí-ritos em evolução, possuidores de atri-butos e faculdades inatas capazes de tudo resolver se acionados de forma corajosa. Daí os problemas se avolu-marem cada vez mais, como avalanche de neve montanha abaixo.

Então, quem comparece pela pri-meira vez às casas racionalistas cristãs deve prestar muita atenção aos tra-balhos realizados, às orientações dos doutrinadores em resposta aos pen-samentos de assistentes captados por médiuns na mesa dos estrados, às ma-nifestações dos presidentes astrais de cada Casa. Como os problemas abor-dados são muitas vezes comuns a vá-rias pessoas presentes, tudo é tratado em tese, sem nominar quem quer que seja, preservando o devido e necessá-rio anonimato.

À medida que as pessoas se escla-recem espiritualmente, elas valorizam seus pensamentos, passam a ter mais confiança nelas mesmas, pois reconhe-cem que pensamentos de fraqueza acabam por atrair vibrações negativas de igual teor e intensidade, que tornam maiores os problemas enfrentados.

Portanto, é importante que os assis-tentes participem das reuniões públicas realizadas em nossas Casas, se possível com frequência assídua, e ponham em prática o que ouvem e estudam. Terão a satisfação de constatar que o êxito chegou em suas vidas, porque passa-ram a confiar neles próprios.

O conselho é dado no momento certo

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A RAZÃO11 FEVEREIRO / 2018

Doutrinação / Artigo

“ Todos na Terra são imperfeitos, têm muito a aprender e aprimorar uns com os outros.”

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Siga pelo caminhoda espiritualidade

Lições de vida

Antonio CottasConsolidador do Racionalismo Cristão

Espíritos do Astral Superior sentem-se motivados a continuar o traba-lho que fazem pelo bem da huma-nidade quando observam pessoas

portadoras de pensamentos elevados, que demostram alto grau de abnegação, tolerância e sensibilidade com os seme-lhantes, seja por uma palavra amiga, um bom conselho ou gesto de solidariedade. Ao mostrarem sentimentos positivos, des-pertam nas demais o interesse pela espi-ritualidade, sem nada esperar em troca. Esse bem tem valor inestimável, não tem preço, como se costuma ouvir. Qualquer ato de bondade contribui para uma hu-manidade melhor, e essa é a imagem do racionalista cristão convicto.

Por outro lado, há indivíduos que conservam no âmago sentimentos nega-tivos. Desejam mal ao próximo, achando que podem escapar aos efeitos dos seus atos. Se soubessem que o mal maior que fazem é a si mesmos, agiriam de forma diferente, pois a lei evolutiva de causa e efeito é imutável, livre, portanto, de qualquer interferência. Ao terem senti-mentos de ódio, de vingança, criam em torno de si péssimo ambiente astral, que propicia o aparecimento de doenças fí-sicas e perturbações psíquicas, gerando preocupações, desavenças, desordens e

tantas outras mazelas humanas observa-das ao redor.

Logo, o chamado mundo espiritual não pode ser ignorado por ninguém. As pessoas que não despertaram para a espiritualidade, que ainda não se sensi-bilizaram com o universo fenomênico que aponta para a existência de parcelas da Inteligência Universal em evolução, como são elas próprias, estão mais sujeitas aos efeitos dos maus ambientes astrais em que vivem e trabalham, particularmente as que possuem maior sensibilidade, no-tadamente a mediúnica.

A verdade da vida espiritual que o Racionalismo Cristão defende e divulga não pode ser ignorada, e, por isso, re-quer estudo, para que os seres humanos não continuem a esperar por milagres que resolvam seus problemas ou a pe-dir perdão pelas faltas que cometem, porque milagre, perdão, destino, sorte e azar não existem, são invenções huma-nas. O que não quer dizer que devam lamuriar-se ou ter sentimento de culpa pelos malfeitos, mas reconstruírem suas

vidas a cada dia, respeitando a realida-de das leis evolutivas.

Haverá momentos de rupturas pas-sageiras certamente, mas nada que não possa ser reerguido com valor, coragem e sem perda de tempo. A existência na Terra é valiosa para o espírito, pois a trajetória evolutiva é lenta e longa, não dá saltos. Nenhum espírito sai do seu mundo de estágio com nível acima do grau da escala evolutiva adequado a este mundo de escolaridade. A não ser que venha com a missão específica de despertar a humanidade para o espi-ritualismo.

Assim, os seres humanos devem ter humildade. Todos que estão na Terra são imperfeitos, têm muito a aprender e aprimorar uns com os outros. Para isso, é preciso estudar, ter autoconhecimento, observar seu interior, refletir sobre seus atos. Os que só enxergam imperfeições em terceiros perdem a oportunidade de aprimorar-se, como fazem os que man-têm bons pensamentos e sentimentos, os que seguem pela estrada reta do espi-ritualismo, onde regalia e discriminação, riqueza e pobreza, beleza e feiura, no sentido figurado das comparações, não são importantes ou sequer necessárias, pois todos são iguais, diferindo entre si apenas quanto ao nível de evolução es-piritual. Vale a pena seguir pelo cami-nho da espiritualidade

Não transmita o que de mal lhe foi legadoJorge A. FaresPresidente da Filial Santos

Quais as responsabilidades que tem a pessoa ou grupo de pessoas, que transmitem para outras gerações concei-tos e condutas errôneas?

Se não desse continuidade ao que possa ter aprendido errado em casa ou no ambiente em que vive, o mundo não seria melhor? Se não desse continuidade ao preconceito, qualquer que seja (raça, sexo, opção sexual etc...); ao ódio ao seu semelhante, à vingança, à inferiorização e submissão das mulheres, à desonesti-dade que possa ter ocorrido em sua fa-mília para obter poder e dinheiro; aos maus hábitos e conduta inferior...

O segredo ao meu ver é: não trans-mita para as próximas gerações o que está errado. Se passou por humilhações, falta de carinho, incentivo ou traumas em qualquer fase de sua vida, mostre o seu valor e não repita a mesma conduta quando formar sua família. Ao se tornar adulto, tem a opção de não repetir o que sofreu.

Vemos que isto é possível. Exemplos: pessoas que sofreram abuso na infância não repetiram a conduta, ou sofreram com pais com problemas com o alcoolis-mo, não repetiram o comportamento e não deram continuidade, não ensinando às pessoas com quem convivem.

Se eram filhos de corruptos, não se tornaram um deles; ou não deram conti-nuidade a rixas de famílias, interrompen-do os assassinatos de ambos os lados. Se cada um fizer a sua parte, tenho certeza, erradicaremos na maioria dos lugares na Terra, as injustiças.

Convivência. Quando duas pesso-as se casam, cada uma levou da família de seu cônjuge a jóia mais preciosa e se no futuro não der certo, “devolva” à fa-mília de origem com o mesmo brilho ou mais, sem avarias, procure cuidar do seu cônjuge como gostaria que cuidassem dos seus filhos ou filhas. Mereça a con-fiança depositada em você para cuidar de uma jóia preciosa. Evite turbulên-cias emocionais e financeiras e, se elas vierem, contem um com o outro para superá-las pois quando existe amor e respeito tudo passa, e quando chega a bonança fica feliz por ter conseguido passar e continuar a vivenciar o que tem de bom na vida: a família, as realiza-ções, o trabalho bem feito, os amigos e parentes.

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A RAZÃO12 FEVEREIRO / 2018

Artigos

Olga Brandão Cordeiro de Almeida

Aqui estamos, os professores, sen-sibilizados por esta delicada manifestação. Sentimos, neste mo-mento em que vocês nos procuram

para agraciar-nos com flores e carinho, o testemunho da amizade e do respeito que ainda merecemos.

Sendo educadores e amigos, não poderíamos agradecer com um simples aperto de mão, mas com palavras para cujo sentido devem dirigir suas melhores iniciativas. Como briosos estudantes bra-sileiros, é preciso que se encorajem para

vencer todas as dificuldades.A emancipação progressiva que tan-

to desejam só poderá ser alcançada com o justo equilíbrio de suas forças morais. A liberdade é como a fortuna: só tem valor nas mãos de quem sabe dirigir-se.

É tempo de pensarem na sua própria formação como bons brasileiros; é tempo de atinarem no que necessitam para que se realizem, tornando-se colaboradores eficientes na construção de uma grande pátria – O Brasil!

Nunca houve notícia de que uma Na-ção ou família conservasse estabilidade sem alicerces morais. Se o lar e a escola

são planos diferentes da própria vida, urge transformá-los em verdadeiras ofici-nas onde se possam realizar experiências para aquisição de uma existência de alto valor. Mas para isso é necessário que vo-cês cultivem sentimentos positivos.

Jovens que são, precisam crer, ter ideais, mas como poderão crer sem reali-zar algo de bom, de nobre, de elevado? Ninguém pode crer sem realizar, mas para realizar alguma coisa é indispen-sável antes de tudo, a disciplina.

(Trecho de discurso a estudantes.)

Publicado em 8 de dezembro de 1962

Nossa razão de sereditorial

O valor da disciplina

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Sofre o povo, sofremos nós – ou não somos o povo? Bem, há de se levar em conta que na igualdade constitucional uns são mais iguais que outros; por ana-logia, uns são mais povo que outros. De modo simples e objetivo, numa análise rápida, podemos concluir que povo é a parcela dos habitantes deste Brasil que vota; consequentemente, os que são vo-tados integram outra categoria de gen-te. Talvez marciana, quem sabe?

O objetivo destas linhas não é apedrejar os políticos, cuja maioria está dispensada desse tratamento ca-rinhoso que lhe dedicam os eleitores quando se dão conta de que foram en-ganados, nem os alienígenas, que nem têm consciência do que se passa aqui.

Abrimos este trabalho, tão artigo quanto crônica, com uma lamúria. Há teóricos de comunicação social em pa-pel que conseguem fazer a distinção garantindo que um é um e outra é ou-tra. Acreditamos que um e outra po-dem confundir-se e adquirir definição no humor do leitor. Um texto poderá ser artigo para uns ou crônica para ou-tros. De qualquer forma, esse profundo e transcendental conhecimento nada acrescenta: trata-se de elucubração pseudointelectual que não resulta em um centavo a mais no bolso e numa só estrelinha no currículo.

Lá se foram três parágrafos de blalablá. Voltemos ao início: sofre o povo, sofremos nós. De que sofremos? De tudo, ou de quase tudo. Sofrem os sem-sítio em Atibaia, os sem-tríplex no Guarujá, os sem-apartamento em New York, os sem-mansão de praia em Mangaratiba... Sofremos nós, comuns mortais, com o sofrimento desses nossos irmãozinhos.

O que temos mais a lamentar? A inércia, o descaso, a incapacidade ou desinteresse de previsão dos fatos. Aí está o país de norte a sul atormenta-do, à beira do desespero, como nos mostram as filas extensas de pessoas em busca de vacinas. O que fizeram as autoridades sanitárias que não con-tiveram o cinturão de segurança da febre amarela silvestre? Por que não recomendaram a vacinação de forma intensa, mas ordenada, para evitar a correria que está levando o povo (o que vota) ao desespero. O povo tem pouca memória, mas sabe o que sig-nificou a epidemia de febre amarela no Rio de Janeiro e outras cidades no início do século passado.

Febre amarela, novo velho item

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A RAZÃO13 FEVEREIRO / 2018

Artigos

Caruso SamelEscritor, militante da Filial Butantã (SP)

Neste nosso artigo vamos voltar nossa atenção para dois aspec-tos que definem com certa pre-cisão o que é subjetividade e o

que é objetividade. Estes dois conceitos estão sempre presentes na vida de to-dos nós, o primeiro sob o ponto de vista pessoal ou individual, e o segundo sob o ponto de vista relacional ou coletivo.

Etimologicamente, a palavra subje-tividade tem a mesma raiz que sujeito ou indivíduo, aquele que comanda suas ações, o verdadeiro dono da ação. Então, subjetividade é tudo aquilo que é próprio do sujeito ou que a ele se refere. É algo que tem por base a in-terpretação individual e, portanto, próprio de cada ser humano. A sub-jetividade abrange a ação da nossa própria consciência ao interpretar um fato ou evento do cotidiano, de acor-do com a bagagem de conhecimento ou acervo acumulado durante a nossa experiência de mundo. E, como não há duas pessoas exatamente iguais nesse nosso mundo-escola, dessas diferenças essenciais resultam as diferentes opini-ões ou pontos de vista sobre um mesmo assunto, quando nos relacionamos pela palavra ou por escrito.

Sendo mais enfáticos, podemos di-zer que a subjetividade é tudo aquilo que pertence ao domínio de nossa pró-pria consciência, que nos é intrínseco como indivíduos que somos, que nos é inerente, peculiar ou pertinente. Na sub-jetividade predominam as opiniões, que provêm de nosso íntimo; já na objetivi-dade, entra em jogo o que é real para todos, que é palpável e impessoal. No campo da subjetividade opera, entre outras doutrinas, a Filosofia e, no campo da objetividade, temos a Matemática e todas as Ciências que operam no campo da observação e da experimentação.

Assim, subjetivo é, de certa forma, o oposto de objetivo. Um conhecimento subjetivo é aquele que depende do pon-

to de vista pessoal, individual, que não é fundado no objeto, mas condicionado somente por pensamentos, sentimentos, emoções e afirmações arbitrárias do sujeito. Um conhecimento objetivo é sem-pre fundado na observação imparcial, é independente das preferências individu-ais; ou seja, uma questão objetiva é sem-pre direta e permite unificar as respostas para uma mesma compreensão de todos.

Vamos, então nos aprofundar um pouco mais nesses conceitos de grande valor – subjetividade e objetividade – para sermos compreendidos e compre-endermos os nossos semelhantes.

Subjetividade. Como vimos, a sub-jetividade está presente toda vez que interagimos com outras pessoas e as respostas dependem tão somente dessa pessoa para conosco, cada um de nós atuando de acordo com nossas crenças, conhecimento e convicções.

Sob o ponto de vista da Filosofia, aplica-se o conceito de subjetividade nas definições e na busca das verdades eternas para descobrir o verdadeiro sentido da vida no planeta Terra e com-preender a existência do Universo como Fonte Inteligente de Tudo e de Todos. Foi o filósofo alemão Immanuel Kant (1724 – 1804), considerado como o principal filósofo da era moderna, que operou, através da epistemologia, uma síntese entre o racionalismo dedutivo de René Descartes (1596 – 1650) e a tradição inglesa de David Hume (1711 – 1776) que valorizava o conhecimento por via indutiva e experimental. Dessa forma, podemos asseverar que Kant foi quem melhor trabalhou o conceito de subjeti-vidade com o objetivo de compreender a dualidade entre os conceitos de sub-jetividade e objetividade. Segundo suas conclusões, a palavra objetivo indicava o conhecimento científico que deve ser justificável e dependente de prova se-gundo as regras da ciência, não caben-do opiniões e achismos, estes, próprios da subjetividade.

Enfatizando, subjetividade é o que

cada um de nós temos em nosso íntimo (mundo interno) que se relaciona com o que está fora de nós mesmos (mun-do externo ou social), disso resultando padrões específicos que intervêm na formação da personalidade do indi-víduo em termos de crenças e valores que podem ser compartilhados dentro de um mesmo grupo ou entre grupos diferentes de pessoas. É neste conceito de subjetividade que se funda a Psico-logia Social, deixando claro que a sub-jetividade é o mundo interno de todo e qualquer ser humano, mundo este que é composto por pensamentos, sentimentos e emoções. É nesse conceito de subjetivi-dade que a pessoa constrói, em termos de amizade, um espaço relacional com o “outro” ou os “outros”, nossos seme-lhantes em essência.

Objetividade. A própria palavra objetividade nos induz a pensar que ela subentende e representa a quali-dade daquilo que é objetivo, que está fora de nossa consciência, ou seja, inde-pendentemente das nossas preferências individuais, ela é o resultado da obser-vação imparcial de fatos e fenômenos que ocorrem ao nosso redor.

Invocamos aqui, em nosso socorro, o conceito de epistemologia, já mencio-nado acima, mas ainda não definido, como sendo a teoria do conhecimento, que nos possibilita a reflexão geral em torno da natureza, das etapas e limites do conhecimento humano, especialmente nas relações que se estabelecem entre o sujeito, sempre indagativo (subjetivida-de) e o objeto inerte (objetividade), as duas polaridades tradicionais do pro-cesso cognitivo do saber humano, como se fosse uma ponte entre as duas. É ela, a objetividade, que limita ou expande os diferentes ramos do saber científico, suas teorias e práticas dentro do para-digma científico.

Assim é que, ainda segundo a epis-temologia, o conceito de objetividade caracteriza a validade ou não de um conhecimento ou de uma representação

relativa a um objeto. Isso equivale dizer que temos como saber se um conhecimen-to científico é real ou não, bem como, se é verdadeiro o que se conclui a respeito da realidade. É claro que isso depen-de, por um lado, do conceito do objeto alvo da atenção e, por outro, das regras normativas próprias da especialidade científica de que estamos tratando. Daí, ser possível, sem sombra de dúvidas, concluir-se que, do ponto de vista epis-temológico, a objetividade não é sinôni-mo de verdade, mas sim algo que nos leva a ter confiança na qualidade dos conhecimentos e representações obtidos. É certo, também, que a objetividade não traduz um compromisso de fidelidade ao objeto ou à realidade. É preciso, portan-to, levar-se em conta certo cuidado ao considerar o uso do termo objetividade para significar qualquer coisa externa à nossa consciência, pois as regras norma-tivas que permitem distinguir o que é ob-jetivo do que não é são bem definidas, em cada contexto, em termos de para-digmas, pelos membros de cada comuni-dade científica especializada no assunto.

Invocando novamente o filósofo Immanuel Kant, agora no campo da Ci-ência, para ele a objetividade é algo que tem validade universal e ela não depende de crenças e religiões, nem da cultura, época ou lugar em que está sen-do praticada, e, ainda, que esse con-ceito se opõe à doutrina do relativismo.

Portanto, no campo científico, ob-jetividade é a propriedade que têm as teorias científicas de estabelecerem afirmações inequívocas que podem ser testadas independentemente dos cien-tistas que as propuseram. Ela está di-retamente relacionada ao atributo dos experimentos científicos de que deve ser possível reproduzi-los. Para ser conside-rada objetiva, uma teoria, hipótese, as-serção ou proposição deve ser passível de ser transmitida de uma pessoa para outra, demonstrável por e para tercei-ros, bem como, representar um avanço no entendimento do mundo real ou utili-dade no nosso cotidiano.

Subjetividade e objetividade

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A RAZÃO14 FEVEREIRO / 2018

Artigos

J. A. Martins Militante da Filial São Paulo

Platão, diz a filósofa Marilena Chauí, transformou a verdade numa ativi-dade da razão humana. Ele chegou a suas conclusões por argumentação

filosófica, com total independência, portan-to, de mitologias, misticidade e sobrenatu-ralismo. Com a filosofia platônica, comenta Chauí, nascia a chamada “razão ocidental”.

Em sua extensa e variada obra, dedica-se Platão, com insistente frequência, a citar, exa-minar, analisar, criticar, discutir ou comentar os escritos de grandes pensadores pré-socráticos, bem como os de seus contemporâneos da es-cola sofística. Tornou-se assim o depositário fiel das ideias essenciais desses importantes filóso-fos, salvando, por consequência, um precioso patrimônio da cultura ocidental, uma vez que esses escritos deixados pelos pré-socráticos e pelos sofistas viriam a se perder – todos eles – ainda na Antiguidade.

Graças também a Platão, foi preser-vada para a posteridade a filosofia de Sócrates, que nada escreveu. Mas, feliz-mente, Platão, seu maior discípulo e querido amigo, assumiria, após a morte do mestre, o compromisso, que realmente cumpriu, de dedicar a vida ao ensino e à divulgação das verdades socráticas.

Platão – maior dos filósofos e mestre supremo na arte de dialogar – foi o pri-meiro pensador grego a produzir uma obra que abrange todos os campos da cultura humana e, afortunadamente, chegou – in-tacta – aos nossos dias.

“Nela”, diz o historiador Will Durant, “encontraremos seu racionalismo, sua metafí-sica, seu espiritualismo, sua ética, sua psicolo-gia, sua pedagogia, sua política e sua teoria da arte. Encontraremos problemas de sabor moderno e contemporâneo: comunismo e so-cialismo, feminismo, defesa de práticas anti-conceptivas, eugenia, os problemas de Niet-zsche sobre a moralidade e a aristocracia, os de Rousseau sobre o retorno à natureza e a educação livre, o ‘élan vital’ de Bergson e a psicanálise de Freud – tudo.”

Excrescência. Em seus estudos cosmológi-cos, no entanto, comete Platão uma redundân-cia ao enumerar um elemento a mais na com-posição do Cosmo. Segundo ele, o Universo é constituído de três elementos fundamentais: Alma Universal, Matéria e Deus, ou Sumo Bem. Aliás, Allan Kardec, codificador da Doutrina Espírita, lendo pela mesma cartilha de Platão, viria também, mais tarde, a declarar serem três os elementos básicos constituintes do Cos-mo: Força, Matéria e Deus.

Divergindo, porém, de Platão e Kardec, o Espiritualismo Racional e Científico, codifi-cado por Luiz de Mattos, considera uma ex-crescência o terceiro elemento preconizado por Platão e Kardec e afirma que o Universo é composto tão somente de Força e Matéria.

Influência do platonismo. O comu-nismo platônico não parece diferente do adotado no século XX em alguns países. A influência das concepções políticas de Pla-tão, observa o filósofo Bryan Magee, foi, “por séculos a fio”, realmente imensa, e não haveria de ser menor nas filosofias utópicas e totalitárias, quer de esquerda, quer de direita, do século passado.

Sua filosofia e a de seus seguidores do-minariam o pensamento filosófico ocidental durante sete séculos, ou seja, até o terceiro depois de Cristo, quando, com a ascensão da filosofia e da teologia católicas, findaria essa era de predomínio do pensamento pla-tônico. Mas Platão, assim como Aristóteles, será bem conhecido e valorizado na Idade Média e, depois, idolatrado na Renascença.

Platão, diz o historiador da filosofia Fé-licien Challaye, exerceu profunda influência em todos os pensadores racionalistas poste-riores, a começar por seu discípulo Aristóte-

les, e inspirou, por meio dos neoplatônicos, doutrinas de caráter espiritualista. Segundo Challaye, a cabala judia, o sufismo maome-tano e o chamado “misticismo alemão” es-tão “saturados” de pensamentos de Platão.

Algumas passagens de sua obra são evocadas por pessoas de variados misteres: a Alegoria da Caverna, por psicólogos; a Ideia do Belo Absoluto, por estetas; o Esta-do platônico, por governantes; a luta entre o bem e o mal, por moralistas; o diálogo “Mê-non”, pelos lógicos; e a teoria da reminiscên-cia e os “topos uranos”, por espiritualistas em geral. (“Topos uranos”, de acordo com Pla-tão, é o lugar em que vivem as almas antes de encarnar; “lugar” a que o Racionalismo Cristão dá o nome de “mundo de estágio”).

Filósofo e poeta. Entre os entusiastas do extraordinário talento literário de Pla-tão, encontram-se inclusive seus críticos. “Era um filósofo e um poeta fundido numa só alma”, segundo um desses crí-ticos. “Seu estilo”, observa um historia-dor do pensamento filosófico, “é todo centelhas e efervescência, e nunca, até hoje, a filosofia assumiu tanto brilho.” Shelley, grande poeta do Romantismo inglês e admirador de Platão, disse:

“Ele casa a lógica cerrada e sutil com o arroubo típico da poesia; funde-os no esplendor de seus períodos em irresistí-vel torrente musical, que nos empolga o espírito em impetuosa irrupção”.

Platão não acordou. Conta Will Durant que um dos jovens discípulos do mestre, “arrostando o grande abismo chamado casamento”, convidou-o para a festa nupcial.

No dia do casório, lá estava Platão e, “não obstante seus 80 anos”, partici-pava alegremente dos folguedos entre os convidados folgazões e nem perce-bia as horas passar naquele ambiente jovial e festivo. Em dado momento, po-rém, já cansado, o velho filósofo pediu ao noivo que o levasse a um cômodo sossegado da casa onde pudesse “tirar uma soneca”.

Ao raiar da aurora, tendo a fes-ta terminado, os fatigados convivas e o não menos derreado noivo foram acordar o mestre. E então viram que, durante o alegre transcorrer do baru-lhento festejo, ele passara sem alarde, serenamente, de “uma soneca para o sono chamado morte”.

História do racionalismo – 61

Verdade: uma atividade da razão

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A RAZÃO15 FEVEREIRO / 2018

Artigos

Valdir AguileraFísico

Os elementos fundamentais do Universo são Força e Matéria. A Força e, portanto, o Universo estão em constante evolução. A evolução

da Força ocorre com a ação dela sobre Matéria de diferentes densidades, que de-finem categorias. Estas são essenciais, como campos de manifestação de Forças, para oferecer as condições necessárias para sua evolução.

Atuando em campos de manifestação diferentes, a Força faz aflorar e desenvol-ve atributos, que traz em estado potencial, passando por várias etapas evolutivas, em conformidade com a Lei da Evolução, talvez a lei mais importante do Universo. É essa lei que determina e organiza as etapas. Uma Força não desenvolve qualquer atributo sem antes estar preparada para isso. “A natureza não dá saltos”, princípio enun-ciado pelo filósofo e matemático alemão Gottfried Wilhelm Leibniz (1646-1716). É conhecido como princípio da continuidade. Foi mencionado por Darwin na formulação da sua teoria da evolução das espécies. Naqueles campos, a Força constitui corpos com propriedades determinadas pela ca-tegoria da matéria local. No plano físico a matéria se diz densa e esses corpos se apresentam no estado sólido, líquido, gaso-so ou plasmático. Em planos astrais, os cor-pos são de natureza fluídica.

Da ação da Força sobre Matéria, ati-vidade que é ininterrupta, encontra-se o Universo em uma constante transformação. Não há repouso ou inatividade em qual-quer ponto dessa imensidão. Tudo nele está constantemente se transformando. Parafra-seando John Frances Welch Jr., um execu-tivo norte-americano, se há algo constante no Universo, esse algo é mudança. No pla-no terreno, as transformações ocorrem nos reinos da natureza. Cada reino tem seus campos específicos para manifestação da Força.

Reino mineral. “O que está em cima é como o que está embaixo”, afirmou Her-mes Trismegisto por volta de 1.330 a.C. As

transformações que observamos em todos os objetos do cosmo ocorrem também com os átomos. Nenhum desses objetos, cósmico ou microcósmico, mantém sua forma eterna-mente. Há alguns átomos que mantêm sua estrutura por apenas um par de horas.

Atuando em matéria densa, organi-zando átomos e moléculas, a Força desen-volve atributos físico-químicos. Os corpos que compõe são classificados com base na sua composição química e na sua estrutura cristalina – a forma em que os átomos ou moléculas são dispostos espacialmente. A Força evolui no reino mineral organizando estruturas cada vez mais complexas.

Reino vegetal. Terminada sua passa-gem pelo reino mineral, a Força começa uma nova jornada pelo reino vegetal. Aí vai encontrar enorme variedade de espé-cies de arbustos, ervas, plantas, árvores etc., em que passa a desenvolver processos orgânicos, mais sofisticados do que os do reino mineral.

É no reino vegetal que a Força manifes-ta vitalidade, que vai ser essencial quando atuar no reino animal. Sem vitalidade, não pode haver locomoção, uma das caracterís-ticas que mais se destacam no reino animal. A sensibilidade, comum aos animais, já se manifesta rudimentarmente em algumas plantas, que são capazes de reagir ao to-que e à luz.

Reino animal. Observando os animais, notam-se diferenças comportamentais. Al-guns deles demonstram coragem, lealdade e gratidão, e outros não. Essas característi-cas são adicionadas à Força por meio de atuações dela em diversas espécies, que detêm os campos apropriados para a ma-nifestação da Força nesse reino. Se uma força atuante no reino animal chegou a uma situação em que a coragem deve ma-nifestar-se, ela não vai atuar no corpo de um passarinho. Um dos animais mais ade-quados seria um leão. Se está em condições de desenvolver a gratidão, não vai atuar no corpo de um escorpião.

A Força não precisa atuar em todas as espécies de animais para alcançar a condição de espírito. Nesse reino, como em

todos os outros, há trajetórias específicas para diferentes objetivos a serem atingidos. Cada força tem um papel a desempenhar no Universo, um objetivo, definido pela Lei da Evolução. Trajetórias diferenciadas exis-tem até nos mundos astrais. Os passos nessa caminhada evolutiva pelo reino animal são dados com a morte do corpo físico. Após uma morte, a Força que atuava no animal se desprende dele e permanece na atmos-fera fluídica da Terra até haver condições para atuar em outro corpo.

A evolução se processa em uma es-cala gradual de espécies, promovendo a Força alterações na estrutura física do ani-mal utilizando-se de matéria de categoria adequada encontrada nos diversos campos de manifestação encontrados na atmosfe-ra fluídica do planeta Terra. Essa atividade permite obter, a cada nova vida, maiores condições de aperfeiçoamento do cérebro do novo corpo. A possibilidade de locomo-ção permite, também, acumular experiên-cia e, consequentemente, uma mais rica situ-ação evolutiva.

Toda essa dinâmica do reino animal não permite, ainda, desenvolver atributos espirituais, embora em alguns, como os do-mésticos, o instinto já está desabrochando em forma de raciocínio rudimentar.

Os criadores da teoria da evolução das espécies, Darwin e Wallace, assevera-ram que os animais seriam a última etapa de uma trajetória evolutiva que termina no reino hominal. Em nossa linguagem, todas as trajetórias disponíveis para a Força que atua no reino animal cumprir as diversas etapas da evolução convergem a um mes-mo ponto: o reino hominal. Mas não termi-nam aí, deve-se acrescentar.

É interessante mencionar o que disse o poeta-místico persa Jalalu Rumi (1207-1273):

“Morri como mineral e me tornei vege-tal;

morri como vegetal e me tornei animal;morri como animal e me tornei homem.Por que deveria temer [a morte]?

Quando foi que me tornei menos morrendo?”

Reino hominal. O termo hominal foi cunhado por Aristóteles. Nesse reino, e nas

etapas seguintes da evolução, a Força pas-sa a ser denominada espírito.

Como ocorre no reino animal, a evo-lução do espírito ocorre com a ação dele em vários corpos. A esse processo se dá o nome de encarnações. Em cada uma delas, o espírito traz um repertório de atributos manifestados e desenvolvidos nas etapas anteriores.

A faculdade mais lembrada do ser hu-mano é sua capacidade de raciocinar. O homem não é chamado de animal racional? É esperado dele que aprimore essa capaci-dade, aprendendo a raciocinar com acerto. Há outros atributos a serem desenvolvidos, conforme informa o Racionalismo Cristão.

É na condição de espírito que a Força manifesta a faculdade do livre-arbítrio tor-nando-a responsável pelos seus atos.

Reino espiritual. A evolução do espíri-

to é eterna. Após completar sua passagem pelos reinos aqui mencionados, o espírito prossegue sua caminhada em mundos as-trais desenvolvendo novos atributos e fa-culdades que sequer conseguimos imagi-nar. Também não sabemos quais as tarefas que lhe cabe executar na trajetória que o conduz a ocupar seu lugar e suas funções na dinâmica do Universo. Sabemos, porém, que muitos deles decidem trabalhar nas correntes formadas pelas casas racionalis-tas cristãs.

Convidamos o leitor a interpretar sob as luzes dos ensinamentos racionalistas cris-tãos os seguintes versos do mesmo poeta, Rumi:

“Desde que chegaste ao mundo do ser,uma escada foi posta diante de ti, para

que escapasses.Primeiro foste mineral,depois te tornaste planta,e mais tarde, animal.Como pode isto ser segredo para ti?Finalmente foste feito homem,com conhecimento, razão e fé.Contempla teu corpo – um punhado de

pó – vê qual perfeito se tornou!Quando tiveres cumprido tua jornada,

decerto hás de regressar como anjo;depois disso, terás terminado de vez

com a Terra.

Evolução da Força

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A RAZÃO16 FEVEREIRO / 2018

Artigos

Carlos Alberto PandolphoMilitante da Filial Vicente de Carvalho

É muito triste vermos pássaros pre-sos em gaiolas, fico pensando. Que crime cometeu aquela ave para ficar aprisionada em uma

gaiola?Algumas pessoas, além de os prender, ainda cobrem a gaiola com uma capa Quanta maldade! Causa aborrecimen-to e tristeza. E a pobre ave, mesmo as-sim, canta, emite um canto triste.Geralmente os criadores e comercian-tes de pássaros alegam que é lindo e gratificante o cantar dessas aves em cativeiro. Isso, porém, demonstra a fal-ta de espiritualidade dessas pessoas que estão contrariando as leis naturais e imutáveis, pois essa parcela da Força necessita de liberdade no seu processo evolutivo.Certa vez ouvi o depoimento de uma pessoa que, por mau uso do livre-ar-bítrio, cometeu um ato que resultou em permanecer encarcerado pelo período de doze meses. Ela relatou que, ao ser libertada e chegar a sua residência, o

primeiro ato que cometeu foi libertar os diversos pássaros que criava em gaio-las.Como é lindo vermos os pássaros livres cantando felizes no alto das árvores!Meu amigo, você que tem pássaros

presos em gaiolas, viveiros, pare para pensar ao ler essa matéria, liberte es-sas aves e seja feliz. Se você estivesse preso numa cadeia, teria coragem de cantar feliz e contente? Claro que não. Pois pense nisso.

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Reflexões

O sábio sabe que ignora.Victor Hugo

Ninguém pode avaliar quantos desas-tres ocorrem motivados pela negligência; quantos valores se perdem, quantas vidas são prematuramente ceifadas, quantos desvios morais na educação da mocida-de, quantos desmoronamentos de lares, quanta infelicidade, miséria e sofrimento!

Luiz de Souza Façamos todo o nosso trabalho com

gosto, satisfação e carinho, elementos, estes, integrantes do zelo, inclusive quando tivermos que arcar com servi-ços difíceis e penosos.

Caruso Samel

O tempo vale o que a gente faz com ele.

Anônimo

Procurem viver em paz, sentindo a tranquilidade e o bem-estar que têm as pessoas fiéis aos seus compromissos, leais nas suas atitudes e francas nas suas falas, qualidades dos seres huma-nos esclarecidos.

Luiz de Mattos

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A RAZÃO17 FEVEREIRO / 2018

Reportagem

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A Casa-Chefe do Ra cio-nalismo Cristão mantém um ser-viço de atendimento pessoal ao público, às quartas e sextas-fei-ras, das 16h30min. às 17h30min., e aos sábados, das 9h às 10 ho-ras, com a fi nalidade de prestar esclarecimentos sobre a Dou trina e orientação para problemas existenciais.

Casa-Chefe: Rua Jor ge Rudge, 119, Vi la Isa bel, Rio de Ja neiro, Brasil. CEP: 20.550-220 - Telefo ne (21) 2117-2100

Edison AlexandreMilitante da Filial São José do Rio Preto (SP)

Temos duas maneiras de nos comportar quando recebemos ofensas ou acusações; agindo ou reagindo. Quando reagi-

mos damos ênfase ao nosso instinto, na maioria das vezes com agressão ou defesa, nos privando de pensar e ra-ciocinar sobre a atitude a ser colocada em pratica.

Apenas devolvemos o que recebe-mos com potencialidade, com rapidez, sem mesmo analisar o efeito desta ati-tude. Não importa se ofendemos ou maltratamos o semelhante muito mais do que fomos agredidos, apenas re-agimos. Agora, se tivermos a capaci-dade de pensar o porquê da atitude

alheia, raciocinar sobre o mal causado e o mal que podemos causar, estare-mos agindo de acordo com a nossa vontade, colocando nossos sentimentos acima de qualquer reação imediata, nos poupando de nos fazer mal.

Devemos entender que os outros podem nos fazer ofensas, maldades e acusações, mas não nos tornam seres maus, só seremos maus se reagirmos com a mesma intensidade.

Nessa hora que devemos agir com ponderação, usando nossa capacidade de raciocínio, analisar as consequên-cias, se preciso for, nos calarmos.

A melhor ação, necessariamente não precisa ser de reação, mas sim de entendimento, de compreensão, pois se queremos ser melhores a cada dia, é nestas ocasiões que demonstramos o que realmente somos e nossa capaci-dade de aprendizado.

Nossa vida é a alavanca de nossa evolução, é a única ferramenta que te-mos para conquistar o crescimento espi-ritual. Somente vivendo com inteligência, colocando nossos atributos espirituais em ação permanente, direcionando nos-sas atitudes sempre para o bem, é que estaremos fortifi cando a mais valiosa

ferramenta de que dispomos. Nós pre-cisamos somente agir com os sentimen-tos elevados que possuímos e sempre reagir contra os maus sentimentos que ainda temos. A cada atitude acertada, a cada ação elevada e reação contida, nossa ferramenta se torna mais efi ciente e a capacidade de enfrentarmos as di-fi culdades se fortalecem.

Temos tudo que precisamos para ser melhores a cada dia; Inteligência, Raciocínio, Ponderação, Capacidade de Percepção e principalmente... o li-vre-arbítrio para decidir se agimos conforme nossa vontade ou reagimos diante do que ocorre sem usar os atri-butos de que dispomos. Não desperdi-ce sua alavanca com atitudes impensa-das, que irá se arrepender mais tarde, use sua ferramenta com sabedoria e terá a satisfação do dever cumprido.

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A RAZÃO18 FEVEREIRO / 2018

Artigos

ObituáriOFOrnO e FOgãO

Maria Tereza Gomes, Secretária da Casa-Chefe

Marlene MoraesCosta, 60 anos

Faleceu em 16 de novembro de 2017, aos 60 anos, na capital pau-lista, Marlene Moraes Costa. Natu-ral de São Paulo, nasceu em 4 de dezembro de 1956.

Conduzida pelos pais, militan-tes da Filial São Paulo, Benedicto Geraldo de Moraes e Piedade Fer-nandes de Moraes, conheceu e fre-quentou a Doutrina desde menina.

Horas depois do falecimento, numa reunião de desdobramento da Filial São Paulo, se manifestou espiri-tualmente, dizendo-se muito feliz por ter conhecido o Racionalismo Cristão ainda menina e por ter conduzido o esposo à Doutrina, e expressou a vontade de que os filhos também passem a frequentar e a pautar sua vida nos ensinamentos do RC.

Muito querida entre os militan-tes da Filial São Paulo, participou de muitos grupos de estudos, co-laborava com a culinária desde o início de fundação do jornal Brasil Raiz, tinha grande vocação para o artesanato.

Deixou três filhos, dois netos e o esposo. Lutou até o fim de sua vida física “com dignidade”, como expres-sou dias antes ao filho mais velho, contra um câncer de rim e fígado.

IngredientesMassaQuatro ovosDuas xícaras (chá) de açúcarTrês xícaras (chá) de farinha de trigoUm copo (americano) de suco de laranjaUm colher (sopa) de fermento em pó

CoberturaUma garrafa pequena de leite de cocoUma garrafa de leite (utilize a mesma garrafa do leite de coco como medida)Uma lata de leite condensadoUm pacote de coco ralado sem açúcar

Modo de preparoMassa

Em uma batedeira, bata as claras em neve acrescentando o açúcar aos poucos e bata por 3 minutos. Adicio-ne as gemas, o trigo, o suco e continue

batendo até formar uma massa homo-gênea. Por último, adicione o fermento e bata por mais 40 segundos na menor velocidade da batedeira. Despeje a massa em uma forma média e untada. Asse em forno preaquecido em tempe-ratura média de 180°C por 40 minutos ou até dourar

CoberturaEm uma tigela, misture o leite de

coco, o leite, o leite condensado e re-serve. Após 40 minutos, retire o bolo do forno e fure toda a sua superfície com um garfo para facilitar a penetração da cobertura. Com o bolo ainda quen-te, despeje a cobertura sobre ele e sal-pique por cima o coco ralado. Leve à geladeira por três horas, depois corte o bolo em quadrados do tamanho que preferir e embrulhe com papel alumínio. Conserve na geladeira

Macarrão de panela de pressão

IngredientesUma cebola pequena picadaDois dentes de alho picadosUm pacote de macarrão (500 gra-mas) parafuso ou penneMeio quilo de carne moída para o re-cheio ou 300g de presunto picadinho, ou ainda uma calabresa picada300g de queijo mussarela picadinhoUma lata de creme de leiteUma lata de molho de tomateUm tablete de caldo de galinha

Modo de prepararNa panela de pressão refogue a

cebola o alho até ficar dourada. Jun-te a carne moída e frite, se preferir usar a calabresa frite bem junto com a cebola e o alho. Acrescente o mo-lho de tomate, o caldo de galinha e o creme de leite, e mexa. Coloque sal e os temperos.

Junte o macarrão e em seguida coloque água suficiente para cobrir o macarrão, mexa e tampe a panela. Espere ferver

Quando a panela começar a sol-tar o vapor, conte um minuto e desli-gue, deixe até soltar todo o vapor e abra.

Bolo molhado

Rose MonteiroAssistente da Filial Santos

Somos protagonistas da nossa própria história revelando talen-tos nas atitudes e posicionamen-tos em acertos ou erros em cami-

nhos percorridos. Se pudéssemos voltar no tempo, com experiências armazena-das nas fases vividas, evitaríamos erros cometidos, repaginando o curso da exis-tência física.

Os capítulos da nossa trajetória ter-rena começa no transcorrer das quatro fases de vida – na pureza da infân-cia com ausência de atavismo, sonhos e anseios na adolescência, projetos de vida na mocidade, realização pesso-al na maturidade e, por fim, reflexão e sabedoria na velhice. São valores complementares de um cabedal de ex-periências, entrelaçadas em sucessos e fracassos, mas pertinentes aos objetivos traçados.

A autorreflexão é fator relevante ao cotidiano da vida real, e o raciocínio posto em ação irá revelar o crescimento que adquirimos em estudos e aprendiza-do através, das lições assimiladas e pos-tas em prática.

As ilusões terrenas são um entrave à evolução do ser encarnado, tornando-o alheio aos deveres a cumprir e à ver-dadeira finalidade do viver na Terra. O esclarecimento da vida fora da matéria auxilia as criaturas a refletir e posicio-nar-se como partícula do Todo Universal, construindo o progresso material e espi-ritual em seu próprio benefício.

Experiência. O ser humano experimenta todas as emoções que a vida material oferece, vivenciando períodos de rique-za ou pobreza, mas se não os souber administrar com sabedoria irá estacio-nar em seu viver terreno.

A vida não é como se quer, mas como se apresenta...

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A RAZÃO19 FEVEREIRO / 2018

Comemorações e solenidades em casas racionalistas cristãs em fevereiro de 2018

Eventos

Dia 1Filial Coolhaven – 36º aniversário da funda-çãoSede – Sítio no Coolhavem, 140/142ARotterdã, HolandaPresidente – João Ricardo Lopes

Filial Passarão – 5º aniversário de fundação; ascensão a Filial em 17/2/2014Sede – Rua da Calheta, 116 (junto à primeira parada de autocarro) nº 10Ribeira da Caraquinha, Região de Passarão,Ilha de São Vicente, Cabo VerdePresidente – Manuel Conceição Ramos Lopes

Dia 2

Filial São José do Rio Preto – 83º aniversário da ascensão a FilialSede – Rua Boa Vista, 735, Boa Vista São José do Rio Preto, São Paulo, BrasilPresidente – Francisco Sucena Branco

Dia 9Filial Piracicaba – 79º aniversário da funda-çãoSede – Rua Floriano Peixoto, 512 Piracicaba, São Paulo, Brasil Presidente – Lucilla Martins de MelloPresidente em exercício – Antonio Ferreira de Lima Jr.

Dia 13

Filial Cachoeiro do Itapemirim – 34º aniver-sário da nova sedeRua Anacleto Ramos, 25/27, FerroviáriosCachoeiro de Itapemirim, Espírito Santo, BrasilPresidente – Nelcino Bittencourt MirandaPresidente em exercício – Antonio Carlos de Carvalho

Dia 16Filial Belém – 78º aniversário da ascensão a FilialSede – Avenida Gentil Bittencourt, 1734, São BrazBelém, Pará, Brasil Presidente – Ediel Oliveira de Matos

Filial Campinas – 54º aniversário da ascen-são a FilialSede – Avenida Brasil, 310, Vila LaneCampinas, São Paulo, Brasil Presidente – Eduardo Henrique Rodrigues

Filial Ilha da Boa Vista – 11º aniversário da ascensão a FilialSede – Avenida 4 de Julho, Vila de Sal-ReiBoa Vista, Cabo Verde Presidente – Serapião Antonio Oliveira

Dia 22Filial Montes Claros – 81º aniversário da fundaçãoSede – Rua Tiburtina, 1 246, Centro Montes Claros, Minas Gerais, BrasilPresidente – Valdomiro Ferreira do Rosário

Correspondente Olímpia – 79º aniversário da fundaçãoSede – Rua Coronel Francisco Nogueira, 759, CentroOlímpia, São Paulo, Brasil Presidente – Levino Gilmar dos Santos

Dia 23

Filial Muriaé – 80º aniversário da FundaçãoSede – Rua José Augusto de Abreu, 379-A, Safi ra Muriaé, Minas Gerais, Brasil

Presidente – Airton José do Carmo

Dia 25Filial Cantagalo – 58º aniversário de funda-çãoSede – Rua Leonídia Correa da Silveira, 224, Santo. AntonioCantagalo, Rio de Janeiro, BrasilPresidente – Jomar Benedito Bard da Silveira

Dia 26

Filial Santo André – 40º aniversário da nova sedeSede – Avenida das Nações, 386, Parque Novo OratórioSanto André, São Paulo, Brasil Presidente – Carlos André Perez Martines Dávila

Filial Porto Novo – 2º aniversário da ascen-são a FilialSede – Avenida Amilcar CabralPorto Novo, Cabo VerdePresidente – Francisco José da Silva Amaral

Dia 28

Filial Bela Vista – 4º aniversário de ascensão a FilialSede – Estrada de acesso à Baia das Gatas, junto à ponte de ligação Bela Vista-Lombo Tanque, lado direitoMindelo, Cabo VerdePresidente – Manuel Nascimento Lopes Pinheiro

Filial São Sebastião da Grama – 22º aniver-sário da fundação e 21º da ascensão a FilialSede – Rua Antonio Rodrigues, 313, CentroSão Sebastião da Grama, São Paulo, Brasil Presidente – Nelson Modena

Assine A RAZÃOSolicite ainda hoje sua assinatura de A RAZÃO ou presenteie. Assinale seu pedido: Nova assinatura Renovação Nome ................................................................................................................Endereço...........................................................................................................CEP ................................... Cidade .................................................................Estado................................ País................................. CPF..............................Assinatura anual: Brasil – R$ 50,00 (cinquenta reais)Europa – € 30.00 (trinta euros)Demais localidades – US$ 35.00 (trinta e cinco dólares)Assinaturas no Brasil: pagamento por boleto bancárioAssinaturas fora do Brasil: consulte-nosMais informações:Rua Jorge Rudge, 119, Vila Isabel, Rio de Janeiro, BrasilTelefone (21) 2117-2100 CEP – 20.550-220E-mail: [email protected]

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A RAZÃO20 FEVEREIRO / 2018

Comentário internacional

Clecy RibeiroJornalista, professora das Faculdades Integradas Hélio Alonso, RJ

Começa a impor-se o conceito in-ventado nos anos 2000, bem ao gosto de fatos como o Brexit e Trump. “Vivemos atualmente a

era da pós-verdade, na qual a verda-de perdeu seus valores de referência no debate público, em benefício de crenças e emoções suscitadas ou encorajadas pe-las notícias falsas tornadas virais, graças às redes sociais”.

Se levado aos acontecimentos polí-ticos, que papel teriam os pontos ce-gos, a partir desse conceito, conforme análise do pesquisador e economista Fréderic Lordon?

Na versão original – post-truth poli-tics – abre-se uma segunda via, agora. Katharine Viner (The Guardian) dá como exemplo o Brexit. Os eleitores, diz, en-ganados pelas notícias falsas, votaram pelo Brexit, ao mesmo tempo que as mídias favoráveis ao sim expunham, em colunas e outros formatos, os fatos que deveriam convencê-los a votar “fique”. Assim exposta, a mídia seria responsá-vel pelo efeito do que dissemina? Sim e não. Pode estar ‘desconectada’, mercê dos jornalistas independentes, pode es-tar ‘ligada’ a interesses.

A pós-verdade entra em choque com a verificação de fatos? Mostra o pensamento editorialista, políticos e seus eleitores? Ou fecha o público em bolhas de filtro que lhe dão o que tem vontade? É ainda Lordon que tenta explicar: “A pós-verdade é uma vaga gigante, um tsunami que carrega tudo, até os impedimentos metódicos da ve-rificação de fatos e do jornalismo ra-cional...” O público acredita – não im-porta em que ou em quem – e depois espuma de cólera por ter-se rendido às piores mentiras.

O frenesi da verificação de fatos assume que o mundo é uma coleção de fatos e que os fatos não mentem. Mas, ao mesmo tempo, “começam” alguma coisa, pois não falam por si, precisam mediação, esquemas interpretativos e, quando se trata de política, ideologia. Segmentando a questão a eleições pre-sidenciais (nosso tema), a bem da ver-dade, o surgimento de novos meios de difusão e informação aumentou o núme-

ro de expostos às notícias falsas. Não é arriscado dizer, portanto, que, na Amé-rica Latina, o sistema político como um todo recebe, em cheio, o impacto das novas formas de comunicação.

“A mídia tem uma importância po-lítica que não tinha”, escreveu, já em 1995, Alain Touraine. Que o digam os presidentes latino-americanos. Dentre os atuais, vários obtiveram mandatos ou reeleições fazendo campanha con-tra a mídia. Evo Morales, Lula, Chris-tina Kirchner, Ortega, Chávez (antes) e Maduro (agora) são exemplos. Na vice-versa, quando a mídia se coloca a serviço do governo, temos o presi-dente hondurenho reeleito (novembro 2017), Juan Orlando Hernández Al-varado, e sua campanha aberta aos negócios, após a remilitarização do país e intimidação flagrante ao ‘ini-migo’: 18 candidatos e militantes opo-sicionistas assassinados e criação de uma nova guarda pretoriana, a Polícia Militar da Or-dem Pública.

Na Argentina, o ne-oliberal Mauricio Macri (eleito em 2015) tam-pouco pestanejou. Me-didas de choque, sob a forma de decretos, visando sobretudo à im-prensa, marcam o pri-meiro mês de mandato. Restabelecem o velho método consistente em

subordinar a regulamentação da mídia ao presidente da República, criam obs-táculos (econômicos) à mídia de opo-sição e disposições anticoncentração. Tudo como dantes no reino de Abrantes: lucro máximo e intervenção política. Às mídias ditas independentes carecem al-ternativas.

E o México, de imprensa historica-mente limitada ao papel de transmitir propaganda governamental? Em julho, haverá eleições de resultado talvez imprevisto. Difícil – mas nada é impos-sível –, alijar do poder o PRI, Partido Revolucionário Institucional, e sua alian-ça oportuna com a mídia fiel. Recepto-ra de generosos subsídios, em troca de coberturas sugeridas e promocionais, esta exerce influência aberta até no Judiciário e Legislativo. E já lá se vão 76 anos... Ano passado, onze jornalistas, assassinados “pelo crime organizado”,

investigavam a corrupção política. Lei em vigor permite, entre outras cláusulas, espionar cidadãos, jornalistas e advo-gados inclusive, usando dispositivo-es-pião comercializado pelo (israelense) Grupo NOS.

Muda radicalmente o panorama na Venezuela, de governo socialista e im-prensa privada de oligopólio. O Grupo Cisneros está presente em 39 países, com a televisão, e a mídia impressa, de pro-priedade corporativa, é extremamente crítica do chavismo. Ninguém, no conti-nente ou fora dele, parece preocupar-se com a ameaça de Trump de intervenção militar no país.

Apesar de tudo, quantidade suges-tiva de estudos sobre as últimas cobertu-ras eleitorais na América Latina, por ve-zes com financiamento de observadores internacionais, oferece provas empíricas que reduzem a propalada onipotência da mídia. Em ano eleitoral também no Brasil, entra em xeque, ainda, a Inter-net – e como ali se retrata a política, com suas implicações de pós-verdade e verificação de fatos. Segundo o think tank brasileiro ‘Plataforma Democráti-ca’, analisando o processo eleitoral no país, a centralidade da Internet é re-conhecida por parte das principais li-deranças nacionais. O eleitor brasileiro, mesmo ausente do jogo político-parti-dário, atua por meio da Internet e sites de redes sociais. É um cidadão inter-conectado – e como! Para os otimistas, as tecnologias de comunicação abrem novas possibilidades, como canais al-ternativos de informação, que permitem emitir opinião própria. Para os pessimis-tas, a tecnologia ajuda a quebrantar a verdade. Seria negativo o impacto da Internet quanto à política e cultura, po-larizando o debate.

No espaço midiático há pelo menos três décadas, outro fator de influência na opinião pública são os “óculos espe-ciais” ou “oráculos dos tempos moder-nos”: as sondagens. Seus produtores, pesquisadores e institutos pretendem contribuir, coletivamente, para impor uma forma de ideologia dominante. O que não é alvo de sondagem tenderia a não ser percebido como digno de aten-ção; logo, não existe.

Palco armado, outubro não tarda. Já com atores em cena, outros prestes a en-trar. E os bastidores, então...

A verdade dos fatos, inclusive das eleições

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De Walt Disney

Lá bem perto do finzinho do mundo, no Polo Sul, onde os verões são mais frios que

os nossos invernos, morava um jovem pinguim, chamado Pauli-nho. Ele era bem diferente dos outros: ficava sempre dentro do iglu, pertinho de seu amigo mais querido, João Fumaça, um aquecedor a lenha. Com o frio que sentia, Paulinho passava o dia todo, virando o corpo junto ao aquecedor: frente, costas, frente, costas, frente, costas... Coitado!

O sonho dele era morar em uma ilha tropical, toda cheia de palmeiras e cocos. Ali, passaria o resto de seus dias, tomando ba-nhos de sol e olhando para o céu azul. Para isso se tornar realida-de, Paulinho calçou seus sapatos de neve, despediu-se de todos, inclusive de João Fumaça, e saiu caminhando pela neve fofa e pro-funda, em direção ao norte e ao

calor do sol.Não tinha andado muito quan-

do um vento frio soprou forte e fez com que Paulinho petri-ficasse e caísse duro, rolando morro abaixo. Enquanto rolava, ia acumulando mais neve e, logo, o nosso pinguim se transformou em uma imensa e redonda bola de neve. Enfim, chocou-se no iglu onde morava, dando de cara com João Fumaça, que exclamou:

- Quem sabe agora você de-siste dessa ideia maluca e fica quieto aqui no lugar onde nasceu!

Mas ele não conhecia Pauli-nho. No dia seguinte, o pinguim já estava de partida, todo cheio de bolsas de água quente: na barri-ga, nas costas, nos pés...

- Vou conseguir o que quero.Depois que caminhou um bo-

cado, parou para consultar um mapa e nem percebeu que as bolsas de água quente derre-tiam o gelo do chão. De repente, abriu-se um buraco e – tchibum! – Paulinho afundou na água que

havia por baixo. Foi salvo por uns amigos pinguins que passavam naquele instante e o levaram de volta ao iglu.

Durante muito tempo, Pauli-nho sossegou. Seus vizinhos até pensaram que ele tinha desisti-do da ilha tropical, mas o jovem, destemido e persistente, estava era tentando bolar um plano para sair do Polo Sul. Um dia, saiu gri-tando:

- Achei! É lógico! Como não pensei nisto antes? Vou cons-truir um barco!

Trabalhando febrilmente, Paulinho serrou uma enorme fa-tia de gelo em forma de barco. Colocou um mastro, uma vela e todas as coisas que iria precisar durante a viagem: comida, água, mapas de navegação, um guarda-chuva, uma banheira e, natural-mente, o seu amigo João Fumaça.

Finalmente, chegou a hora. Paulinho içou a vela e partiu à procura da ilha de seus sonhos. O vento frio que soprava do sul em-

purrava o barquinho de gelo em direção às terras do norte. Um dia, Paulinho viu que, bem perto, havia terra a bombordo. Depois, percebeu mais terra a estibordo e pensou como era possível que um oceano tivesse dois litorais tão próximos um do outro. Viu o mapa e percebeu que estava navegando pelo estreito de Magalhães.

- Sensacional! Isto que é aventura! Atravessou o estreito e, depois, rumou para o norte, navegando ao longo da costa do Chile, e com a brisa suave, che-gou às costas do Peru.

- Desse jeito, acho que logo vou cruzar o Equador, pensou.

Assim, ele foi navegando até bater na linha do Equador. E não é que o barco quase afundou?

É que, para atravessar aquela linha que separa os hemisférios norte e sul, o nosso pinguim pre-cisaria obter uma autorização es-pecial de Netuno, o rei dos mares.

Continua na página 2.

O pinguim que não gostava do frio

A RAZÃO CRIANÇAPÁGINA 1 FEVEREIRO / 2018

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A criança já acorda e liga o celular para jogar. Na mesa do restauran-

te, os adultos conversam, e o mais jovem está no celular, jogando. Na hora de dormir, é aquela agonia para desligar os aparelhos. Cenas comuns, não é? Pois, agora, a Organização Mundial da Saúde (OMS) está sendo pressionada por médi-cos e acadêmicos a classificar o vício em videogames e de-mais jogos eletrônicos como um transtorno psiquiátrico. Ou seja, como um problema de saúde.Para saber se o hábito virou vício, é fácil. Responda Sim ou Não à pergunta: o hobby de jogar está interferindo nas outras atividades cotidianas e, com isso, ocasiona prejuízos como reprovação na escola, afastamento dos amigos ou brigas com a família? Sim ou Não?

A OMS afirma que as consul-tas e evidências apresenta-das levaram à proposta atual de que o transtorno do jogo possa ser uma síndrome “reco-nhecível e significativa asso-ciada à angústia ou à interfe-rência com funções pessoais”. Há essa interferência? Então, é hora de repensar a quan-tidade de tempo e energia dedicados aos joguinhos.A proposta de incluir a ativi-dade na Classificação Interna-cional de Doenças (CID) quan-do ela chega a esse patamar está em discussão nos comitês

que cuidam da revisão da CID – um manual publicado pela OMS e que traz a definição e os códigos das patologias e serve de parâmetro para o trabalho de médicos de todo o mundo. A 11ª edição do documento deverá ser lançada no próximo ano. Fiquemos

atentos!Para saber mais: O Instituto Delete pesquisa, desde 2008, o impacto das tecnologias no comportamento huma-no. No site (institutodelete.com), você pode aprender, por exemplo, que o uso ex-cessivo das mídias digitais, como celular ou tablet, tem causado obesidade, hérnia de disco, problemas na coluna e lesão por esforço repetitivo. Lá, você também pode fazer testes e assistir a vídeos que ilustram o problema. Ac.

Ao ouvir a batida, Netuno abandonou o conforto do seu pa-lácio no fundo do mar, para ver o que estava acontecendo.

Paulinho explicou que bateu na linha por mero acidente e o que queria mesmo era atravessá-la para chegar a uma ilha tropical, onde sempre houvesse sol, flores e céu azul.

- Terei muito prazer em aju-dá-lo, meu filho, disse Netuno, mansamente. Como uma das mãos, o poderoso rei levantou a linha e orientou Paulinho a chegar até a sonhada ilha. E assim foi: Paulinho navegando, curtindo o sol que já irradiava sobre o barco e... ops! O barco era feito de gelo. Na sua alegria, Paulinho esqueceu deste detalhe, mas o barquinho come-çou a derreter e derreteu todo, até sobrar só a banheira.

Desesperado, Paulinho olhou para todos os lados e conseguiu adaptar um chuveiro, que havia trazido, ao ralo da banheira. Aí, conforme a água subia pelo cano, ia sendo despejada para trás pelo chuveiro, o que impulsionou a ba-nheira a navegar a uma velocida-de incrível! Finalmente, o barco-banheira foi arremessado a uma praia de areia branca e macia. Emocionado, Paulinho saltou e foi logo pegando punhados de areia fina e deixando que os grãos es-corregassem por entre os dedos.

- Estou numa verdadeira ilha tropical, gritou ele, feliz.

O nosso pinguim friorento te-ceu uma rede e, todos os dias, se refestelava sob aquele sol tropi-cal, comendo as frutas mais sa-borosas e tomando água de coco. Paulinho deveria ser o pinguim mais feliz do mundo. Mas, às ve-zes, enquanto se balançava na rede, aquecido pelo sol generoso, dava suspiros de saudade...

É que ele não conseguia deixar de pensar naquele frio imenso, na neve alva e brilhante e no gelo claro e esverdeado de seu antigo lar, no longínquo Polo Sul.

O pinguim que nãogostava do frio

O vício dos jogos eletrônicosDivulgação / imagem meramente ilustrativa

A RAZÃO CRIANÇAPÁGINA 2 FEVEREIRO / 2018

u B i K l ç Fm a n g W r oD s u s H P çC Q Y D g v tF u t e B o lv e F o t l YB t v m Q e Jo e B e l i KC o r r i D a

19 de fevereiro é Dia do Esportista. Parabéns a todos os atletas e amantes do esporte!!

No diagrama abaixo, encontre cinco modalida-des desta área:

Dia do Esportista

Preguiça morre de sede dentro d’água.

Quando o mar briga com a praia, quem apanha é o caranguejo.

Quem tem rabo de palha não senta perto do fogo.

Suspiro de rato não derruba queijo.

Fonte: Armazém do Folclore, de Ricardo Azevedo. Editora Ática.

Ditados populares

Respostas: futebol, basquete, corrida, remo e vôlei.

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Duas dicas de filmes bem bacanas. Quer assistir?

ViVa – a Vida é uma festa

Vencedor do Globo de Ouro 2018 como melhor animação, o filme é uma pro-dução da disney-Pixar e conta a história de miguel, um garoto que sonha em ser um músico famoso, mas precisa lutar pelo direito de cantar, já que a família o desapro-va. No caminho, quando se vê em um mundo que não é o dele, aprende valiosas lições sobre perdão e legado. Quem viu diz que há, pelo menos, uma cena em que o choro é garantido. Com diversas homenagens à cultura mexicana e inspirado no Día de Muertos – feriado no México em que se celebram os mortos –, a animação é dirigi-da por Adrián Molina e Lee Unkrich, que ganhou o Oscar de melhor animação por Toy Story 3, em 2010. Viva é um filme premiado, que também vale a pena assistir.

A RAZÃO CRIANÇAPÁGINA 3 FEVEREIRO / 2018

DIVE

RSÃO

O tOurO ferdinandO

Pense num touro que só gosta de ficar sentado, quietinho, cheirando as flores, em vez de dar cabeçadas nos outros da mesma espécie. Pois este é Fer-dinando, novo personagem da animação norte-americana, dirigida pelo brasileiro Carlos Saldanha e que estreou no mês passado. O bovino pacifista foi inspirado num livro infantil do século passado – de 1936! –, publicado no Brasil pela edi-tora Intrínseca. Lá pelas tantas, Ferdinando é acolhido por uma menininha que incentiva a paixão do animal pelas flores. Já adulto, o touro se vê obrigado a enfrentar o seu destino. Essa é a parte do filme que questiona as touradas, que ocorrem até hoje na Espanha, e ainda o consumo de carne. Vale a pena assistir.

Olha o carnaval aí, gente!

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A RAZÃO CRIANÇAPÁGINA 4 FEVEREIRO / 2018

Tharsila Pratesjornalista, coordenadora do A Razão Criança

Um CD com 14 músicas para estimular o diálogo entre pais e filhos. Foi com esse

objetivo que o professor Ivan Siqueira, da Escola de Comuni-cações e Artes da Universidade de São Paulo, idealizou o projeto Outono da Infância, lançado no final de 2017.

Ao Jornal da USP o pro-fessor explicou que uma crian-ça que ouça o disco sozinha, talvez, não se interesse. Mas, se os pais se lembrarem das brincadeiras, músicas e pro-gramas aos quais as canções remetem, podem querer mos-trar aos filhos e conversar com eles sobre as temáticas apresentadas, entre elas brin-cadeiras, filmes, programas de TV e até reflexões sobre a maneira como os pais lidam com a morte de um filho e a realidade de crian-ças que vivem em orfa-natos.

Na música que dá nome ao CD, a letra faz referência a brincadei-ras do passado, subs-tituídas hoje, muitas vezes, pelos jogos ele-trônicos ou outras mais modernas. Roda pião?!/ Já não sei rodar/ Es-conde-esconde/ Por que

se escondeu?/ Amarelinha/ Quem te amarelou?/ Pega-pe-ga/ Quem te pegou? Tempo, tempo, tempo. A faixa pode ser ouvida em: https://www.youtube.com/watch?v=4lRg-0-KQMFY.

Siqueira se inspirou no outono japonês, no período em que esteve em Kyoto, para elaborar o projeto, compondo lá a maioria das faixas. Ele diz que os temas escolhidos são assuntos sobre os quais gosta-ria que os pais conversassem com seus filhos.

E por que a necessidade desse diálogo? Siqueira con-tou ao Jornal da USP que, quando dava aulas para o 6º ano do ensino fundamental a crianças com cerca de 10 anos de idade, costumava pergun-tar o que elas tinham feito com os pais no fim de semana. “A resposta, geralmente, era silêncio. Se os pais não passam

tempo com seus filhos nessa idade, quando vão passar?”, questiona o educador, que é membro da Câmara de Educa-ção Básica do Conselho Nacio-nal de Educação (CNE).

Aproveitando o trabalho do docente, que pode ser confe-rido no site www.ivansiqueira.com, vamos reler trechos de ensinamentos da grande escri-tora e racionalista cristã que foi Maria Cottas. Ela fala so-bre as responsabilidades dos pais na educação dos filhos e sobre a importância do diálogo honesto entre eles.

“Quando os que têm o dever de educar deixam de cumprir sua tarefa, quem vai educar é o mundo. E o mundo não educa com amor, da forma como os pais devem educar.” – Maria Cottas (Não deixe o mundo educar seus filhos), Clássicos do Racionalismo Cristão, Volume 3.

“Infelizmente, com a vida atribulada de hoje, muitos pais não cumprem o primor-dial dever de educar os filhos e transferem essa obrigação para a escola. Enganam-se pais e mães que assim pensam. Cabe aos professores a for-mação intelectual, o que já é grande encargo. É tolice dos pais imaginar que, ao pagar a pessoas credenciadas para que olhem por seus filhos, dão a eles o que precisam. Dão conforto e cuidados, sim, mas a formação moral da criança e do jovem precisa vir do berço, do seio familiar, é responsa-bilidade indelegável dos pais.” – Maria Cottas (Orientar os filhos é dever dos pais), Clás-sicos do Racionalismo Cristão, Volume 3.

“Sabendo viver, todos po-dem ser felizes e fazer feli-zes seus filhos, que jamais se desviarão dos padrões éticos

e sociais, por terem pais compreensivos e amigos pela vida afora, não os deixando aban-donados, entregues a si mesmos, motivo único dos casos dolorosos ob-servados ultimamente e que tanto afligem as famílias” (Tratamento dos problemas educa-cionais), Clássicos do Racionalismo Cristão, Volume 3.

Diálogo entre pais e filhos