jornal do guará 741
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11 a 17 de julho de 2015TRANSCRIPT
ANO 33 • EDIÇÃO 741 DISTRIBUIÇÃO GRATUITA11 a 17 de julho de 2015
jornaldoguara.com
O Guará é a cidade mais suja do Distrito Federal
E A CULPA É DOS PRÓPRIOS MORADORES
É lixo e entulho para todo lado. A situação se agrava com a redução da estrutura para recolhimento de entulho, jogado
por moradores e carroceiros nas áreas públicas em volta da cidade, denominadas “áreas de transbordo”. Sem fiscalização
e sem campanhas de conscientização, sujões estão cada vez mais ousados. Governo garante que vai punir quem jogar lixo
e entulho em áreas inapropriadas (Páginas 8 e 9).
Incêndio criminosoVingança contra um morador de residencial na
QE 38 provocou a morte de uma inocente. Fogo ateado contra carro de ex-síndico atingiu outros dois carros vizinhos e provocou pânico entre os morado-res - alguns tiveram que ser hospitalizados. Alvo da vingança responde a 42 inquéritos (Página 5).
Reforma do Estádio
do CaveSecretária de
Esportes e Lazer, Leila Bairros, negocia liberação de recursos
para a reforma do Estádio do Cave. Maior
parte do dinheiro vem da União (Página 11).
Miss Guará disputa Miss DF neste sábadoBruna Rayane concorre com outras 26 representantes da beleza de regiões do DF (Página 2).
Morreu pioneira Tereza MaltesePrimeira diretora do GG ficou conhecida por promover grandes festas na escola (Página 2).
11 A 17 DE JULHO DE 2015 JORNAL DO GUARÁ2
Palavra Franca
ISSN 2357-8823Editor: Alcir Alves de Souza (DRT 767/80)Reportagem: Rafael Souza (DRT 10260/13)
Endereço: EQ 31/33 Ed. Consei Sala 113/114 71065-315 • Guará • DF
O Jornal do Guará (tiragem comprovada de 8 mil exemplares) é distribuído gratuitamente por todas as bancas de jornais do Guará; em todos os estabelecimentos comerciais, clubes de serviço, associações, entidades; nas agências bancárias, na Administração Regional; nos consultórios médicos e odontológicos e portarias dos edifícios comerciais do Guará. E, ainda, através de mala direta a líderes comunitários, empresários, autoridades que moram no Guará ou que interessam à cidade; empresas do SIA, Sof Sul e ParkShopping; GDF, Câmara Legislativa, bancada do DF no Congresso Nacional e agências de publicidade.
Circulação
OPINIÃO
JORNAL DO GUARÁ
ALCIR DE SOUZA
jornaldoguara.com /jornaldoguara61 33814181 61 96154181
&Poucas BoasRota 156, uma boa ideia
Sou morador do Guará deste o século pas-sado, e gostei muito do projeto Guará na Rua (Rota 156), uma proposta bem atual, que é a ocupação dos espaços urbanos pelo seus mora-dores. Também pode colaborar para mudarmos um triste notícia veiculada pela impressa, que é uma realidade: “Guará como a cidade mais suja do DF”.
Já tive a oportunidade de ir em outras cida-des do Brasil que são limpas e que só foi possível com uma campanha educativa intensa e perma-nente, onde envolvia as escolas, comerciantes, moradores e o poder público. A proposta está lançada. Podemos lutar por uma cidade mais limpa.
Ricardo Pinelli
Descaso no Parque Gostaria de deixar aqui minha indignação
com os administradores do parque ecológico do Guará.
Sou praticante de futevôlei, e dia 9/7/2015, após os jogos, fomos tomar banho na ducha, mas, para surpresa de todos, tiraram o registro do chuveiro. Para usar, teríamos que pedir per-missão na secretaria do Parque. É um absurdo em se tratando de um lugar público e de uma área de diversas atividades físicas.
Outro ponto é com relação aos refletores da quadra de areia que não funcionam há anos, o que torna a prática do futevôlei e do vôlei quase que uma missão impossível após as 18 horas.
Gostaria que Administração do Guará en-trasse em contato com Ibram, que é o órgão responsável pelo parque, e solicitasse os devidos reparos e manutenção da área
Rodrigo Dartanhã
Guará, capital da culturaTida e havida ‘’Capital da Cultura’’, o Guará
deu demonstração de sua intelectualidade nas três edições da Coletânea Poética do Guará, da qual participam escritores e poetas renomados, além de iniciantes com veias de um Guimarães Rosa, Olavo Bilac e Gonçalves Dias. Mas no gênero musical, a banda Forró & tal, sob regên-cia do professor Aderson, tem, em seus poucos meses de apresentação em salões de festas, resi-dências e igrejas, demonstrado domínio nos ins-trumentos e vozes de seus musicatas, cantores e intérpretes, deixando a imaginar-se ter surgido outro Guido D’Arezzo na sonorização das notas dó ré mi fá sol lá si, pela habilidade de seus com-ponentes.
E mais: um oficial de alta patente das For-ças Armadas, um médico e três empresários da cidade abraçam com amor e profissionalismo a chamada a primeira arte universal. São eles: Anderson, acordeon; Agostinho, violão e voz; Júnior, violão, baixo e voz; Luís, voz e triangulo; Valdir, bateria. Contatos: Aderson 61 9961 7976 e Agostinho 61 8110 3166 .
Celso Dionísio
Miss Guará no Miss DFA Miss Guará, Bruna Rayane, concorre
a Miss Distrito Federal 2015, neste sábado, 11 de julho, a partir das 21h, no auditório Máster do Centro de Convenções Ulysses Guimarães. São 23 candidatas representando o Plano Piloto e as regiões administrativas.
Quem quiser assistir basta levar uma lata de leite em pó, que será doada a instituições de assistência credenciadas pela coordenação do evento.
Agência do TrabalhadorDepois de um período de pouco movimento, a nova Agência do Trabalhador, inaugurada
no mês passado na Administração do Guará, está sendo bastante procurada. Também porque melhorou a estrutura, com mais funcionários.
Pontão do CaveE aí, o governo vai ou não resolver a
situação do Pontão do Cave? Depois da operação da Polícia Militar
que flagrou tráfico e consumo de drogas, e prostituição, o vice-governador Renato Santana prometeu que o governo agilizaria a regularização da área. Mas não se falou mais nisso. Vamos continuar cobrando aqui.
Bazar das MeninasAcontece neste sábado, 11 de julho,
mais uma edição do Bazar das Meninas, na praça da QE 17, das 14h às 22h.
AtrevimentoVeja a que ponto chegou a ousadia dos
ladrões. Foi furtado um barco que estava estacionado em frente à uma casa da QE 46. Com o reboque e tudo.
Food truckCada vez aumenta mais o movimento
dos food truck às quartas-feiras à noite no estacionamento do Ginásio Coberto. É uma boa opção de gastronomia.
Quem não está gostando são os donos de restaurantes da cidade, por causa da concorrência que consideram desleal, porque os food trucks não pagam impostos e não tem custo de aluguel e outros insumos.
Reforma dos terminais
Foram iniciadas as obras da reforma dos terminais rodoviários do Guará. Vai aumentar e muito o conforto e a funcionalidade para os trabalhadores e dos usuários do transporte coletivo.
Mais prédiosA União vai licitar 13 lotes de projeções
residenciais na QI 33 do Guará II, dos dois lados da pista – entre os edifícios Bela Vista e Via Calábria e do lado do edifício Pedro Teixeira.
Cada edifício pode ter até 12 andares. Vem mais congestionamento nas vias do
Guará.
E a duplicação?Prometida para ser iniciada em
agosto, a duplicação da via entre o Guará e o Núcleo Bandeirante continua atrasada, mas, surgiu uma luz. O Diário Oficial do DF desta semana publicou a destinação de R$ 600 mil para a obra. Não dá para muita coisa, mas já é um início.
A previsão da obra é gastar R$ 25 milhões, dinheiro emprestado pelo Banco do Brasil, negociado no ano passado pelo Governo Agnelo. Inclui a construção de um nova ponte no córrego Vicente Pires, dois viadutos entre o Lar dos Velhinhos e acesso ao Park Way, e a duplicação da via desde a ponte até os dois viadutos.
A previsão é que fique pronta até o primeiro semestre de 2016.
11 A 17 DE JULHO DE 2015JORNAL DO GUARÁ 3 OPINIÃO
&Poucas Boas
Posse no Rotary GuaráAlberto Carlos Cabral (esquerda) é o novo presidente do Rotary Cl ub do Guará,
sucedendo a José Tarcizio da Silva (direita), para o ano rotário 2015/2016.
Morreu Tereza Maltese
Morreu nesta sexta-feira, 10 de julho, a professora Tereza Maltese,
a primeira diretora de escola pública do Guará. Ela foi responsável pelo
período áureo do Ginásio do Guará, o GG, famoso por suas festas e
confraternizações entre alunos e professores.
A professora vinha lutando contra diabetes há alguns anos e
estava internada há dez dias. O sepultamento será neste sábado, ás
16h, no Campo da Esperança.
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11 A 17 DE JULHO DE 2015JORNAL DO GUARÁ 5 SEGURANÇA
FOGO NA MADRUGADA
Vira e mexe e a cidade do Guará está nas páginas policiais com algum cri-
me violento. O da vez foi o incên-dio num edifício residencial na QE 38, ao lado da via Guará-Nú-cleo Bandeirante, em que provo-cou a morte de uma moradora. O carro de um ex-síndico do bloco foi incendiado proposital-mente, segundo a polícia, provocando estragos e terror entre os moradores.
O incêndio começou às 3h30 da manhã de quarta-fei-ra, e rapidamente a fumaça subiu pelas escadarias e apar-tamentos. Alguns moradores tiveram que ser retirados pe-las janelas dos apartamentos por escadas pelo Corpo de Bombeiros. Onze pessoas foram levadas para o hospital com into-xicação pela fumaça e outras por que estavam muito nervosas.
De acordo com o delegado da 4ª Delegacia de Polícia do Guará, Rodrigo Larizzatti, não há dúvidas de que o incêndio foi criminoso e teria sido provocado por alguém que queria se vingar de um mo-rador e ex-síndico do bloco. As câmeras da garagem filmaram um homem colocando um colchão embaixo da caminhonete Dodge Dakota de Gilver Frossard Mota, que tem um histórico de desaven-ças com moradores do prédio, e depois ateado fogo. As chamas atingiram também um Sandero, que ocupava a vaga vizinha à ca-
minhonete. Quem incendiou o carro do ex-síndico tinha o con-trole remoto do portão do prédio. Nas imagens, aparece um homem vestindo jaqueta preta e com capa-cete, jogando gasolina no colchão e depois ateando fogo e fugindo num veículo Gol.
Depois de prestar depoimen-to na delegacia, o próprio Gilver disse que suspeita de vingança de algum vizinho do prédio. A polícia investiga as informações forneci-das por ele para tentar chegar aos responsáveis pelo crime.
Quando as chamas e a fumaça se propagaram pelo prédio, a mo-radora Francisca das Chagas de Castro, 43 anos, conhecida como Fafá, proprietária do Sandero,
desceu para ver o que estava acontecendo, porque já sabia que o carro de Gilver já havia sido mo-tivo de incêndio outras duas vezes. Mas, ao inalar a fumaça, desmaiou e teve o corpo carbonizado pelo fogo.
Histórico de confusõesOs moradores do Edifício
Tunis acusam Gilver de provocar muitas confusões no prédio. "Ele vive aqui há uns oito anos e ar-ranja confusão com todo mundo. Está respondendo por tentativa de homicídio e tentou matar outro morador, em outro condomínio", diz o morador Cristian Alejandro. “Todos os casos registrados na polícia dizem respeito a proble-
mas de vizinhança, como injúrias, ameaças, lesões corporais. Isso demonstra que efetivamente ele tinha problemas com grande parte dos moradores do edifício", afirma o delegado Rodrigo Larizzatti.
De acordo com a polícia, Gil-ver Mota tem 42 termos circuns-tanciados por crimes de menor potencial ofensivo, 8 inquéritos – um deles por tentativa de homi-cídio – e cumpre pena de prisão
em regime aberto por injúria e ameaça.
Uma das ocorrências informa que em 2012 Gilver se envolveu em uma discussão com o zelador do prédio e o teria agredido com uma marreta. Imagens filmadas por um motorista também regis-tra uma briga dele no trânsito, com chutes no retrovisor do ouro carro e tentativa de agressão ao motorista.
INCÊNDIO CRIMINOSO Polícia conclui que foi vingança contra morador de prédio da QE 38. Moradora morreu carbonizada
Muito queridaA vítima do incêndio era muita conhecida no Guará e uma
das líderes da Folia do Divino e participava ativamente das ativi-dades da Paróquia Divino Espírito Santo. “Era uma pessoa linda de alma, religiosa e caridosa”, afirma Nívea Bessa, coordenadora da folia no Guará. “Era uma das pessoas mais doces que conheci. Não merecia uma morte trágica como essa”, lamenta o radialista Luciano Lima.
Fogo foi ateado de madrugada. Corpo de
Bombeiros teve que retirar moradores pela janela.
Após queimar a camionete, o fogo chegou ao carro de
Fafá ao lado
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11 A 17 DE JULHO DE 2015JORNAL DO GUARÁ 7 OPINIÃO
JOEL ALVES Guará vivo
Ponto de redeA Ex-Jogadora da Seleção Brasileira e Secretária de Esportes do DF,
Leila do Vôlei, marcou um importante ponto esta semana ao visitar o Guará e principalmente se mostrar interessada na reforma do Estádio do Guará. A bola estourou no peito do Guaraense. Política se faz com gestos.
Posse no Rotary do Guará
Alberto Carlos Cabral assume a Presidência do Rotary do Guará, com a presença de amigos e da turma boa do Rotary. Eles têm inúmeros serviços prestados voluntariamente a nossa comunidade.
O Guará agitadoExposições, atividades esportivas, shows,
bailes, bazares, feijoadas, ensaios de escola de samba, festas juninas e promoções beneficentes estão a movimentar nossa cidade cada vez mais. Difícil conseguir visitar todos nesses finais de semana. E tem muito mais vindo por ai. O segundo semestre é repleto de eventos e promete.
EcopontoNo Guará temos uma empresa
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O Tribunal de Contas do Distrito Federal sus-pendeu, a pedido do Ministério Público, a prova para a escolha dos novos conselheiros tutelares do Distrito Federal, realizada no domingo passado. A alegação é que o GDF não promoveu tomada de preços para a contratação da empresa responsável pela prova, privilegiando a Fundação Getúlio Var-gas.
A dispensa de licitação foi publicada na edição de 29 de junho de 2015 do Diário Oficial do DF.
De acordo com a representação do Ministé-rio Público de Contas do DF,a proposta da FGV foi mais cara do que a apresentada pelo Instituto Americano de Desenvolvimento (IADES), que foi descartada, segundo o órgão, por não atender a um requisito relacionado ao processo eletivo e não ao processo seletivo.
No Guará, foram mais de 1.500 candidatos, atraídos pelo salário de R$ 4.600.
Suspensa prova de Conselheiro Tutelar
11 A 17 DE JULHO DE 2015 JORNAL DO GUARÁ8 OPINIÃO
Guará: a cidade mais suja do DF
Um levantamento do Ser-viço de Limpeza Urbana do Distrito Federal ele-
geu o Guará a cidade mais suja en-tre as 31 regiões administrativas. Não que seja a cidade que mais gere lixo ou a cidade onde menos se recolha, mas onde os cidadãos mais despejam dejetos em locais inapropriados. São praças, áreas verdes, esquinas, terrenos baldios, ruas e calçadas tomadas por sacos de lixo, entulho, restos de comida e até carcaças de animal. E quem joga toda esta sujeira é o próprio morador da cidade.
A responsabilidade de reco-lher o lixo é do Governo do Dis-trito Federal, obrigação custeada com imposto próprio, chamado Taxa de Limpeza Pública. Este serviço tem passado por inúme-ras falhas ao longo dos últimos anos, não apenas na coleta do lixo domiciliar, mas principalmente na falta de políticas de gestão de entulho e nas áreas de transbordo do Guará.
Lixo Doméstico O lixo doméstico nas quadras
residenciais não é o maior proble-ma do Guará. A coleta feita pelos caminhões é regular e os mora-dores estão acostumados com a rotina e horários, mantidos há muitos anos. A grande questão do lixo doméstico recai sobre as áreas que se tornaram residenciais recentemente, como o Polo de Moda, QE 40 e Setor de Oficinas. Diferente dos prédios residenciais do Guará I, II e Lúcio Costa, que tem lixeira em local apropriado, síndicos e um calendário estabe-lecido de coleta, estas novas áreas sofrem as consequências do aden-samento demográfico irresponsá-vel. As ruas estreitas e cheias de
carros estacio-nados impedem a passagem dos caminhões. A instalação de contêineres e lixeiras, não pre-vista no planeja-mento original, é um impasse entre os proprie-tários dos pré-dios e o poder público. Há casos em que a própria Agência de Fiscalização do Distrito Fede-ral multou quem instalou contêi-neres em área pública, obrigando os moradores a jogarem o lixo no chão. Como muitos saem de casa cedo para o trabalho, são obriga-dos a deixar o lixo de casa fora do horário estabelecido para a coleta, que é espalhado pelas ruas.
Coleta SeletivaAnunciada no último ano com
grande alarde, a coleta seleti-va não pegou. A irregularidade do serviço desa-nimou os mora-dores, que viram todo o trabalho de separar o lixo orgânico do seco dentro de casa ser desfeito na falta do cami-nhão da coleta seletiva. É o ca-minhão da cole-ta regular que acaba recolhendo todo o lixo, o orgânico e o reciclá-vel (que fica o dia inteiro, ali, na calçada). Com a regularização do serviço, será preciso investir em
campanhas de conscientização dos moradores para que o progra-ma retome seu caminho.
EntulhoQuem realiza obras em casa
ou no comércio, sejam elas gran-des ou pequenas, é responsável pela destinação do entulho. Deve contratar um serviço de caçamba, devidamente autorizado, para re-colher o entulho e coloca-lo no
local adequado. Muitos morado-res preferem contratar carroceiros ou outros transportes irregulares que acabam por jogar o entulho em qualquer lugar. O mesmo
acontece com móveis velhos e outros matei-ras descartados. Grande áreas va-zias, como as no-vas quadras, ou a Cidade do Ser-vidor (atrás da QE 38) e região do Cave, acabam por receber dia-riamente tonela-das de entulho, que dificilmente serão recolhidas
pelo poder público por estarem espalhadas em uma grande exten-são de terra. A falta de caminhões da Administração Regional é ou-tro fator que dificulta a coleta.
Áreas de TransbordoExtraoficialmente, o Guará
possui áreas de transbordo, que seriam locais para despejo provi-sório de entulho onde os mora-dores deixariam restos de cons-
trução, móveis e lixo seco, que se-riam posterior-mente recolhi-dos pelo SLU ou pela Administra-ção do Guará e levados ao aterro sanitário da Es-trutural ou outro local adequado. A existência des-tas áreas é ques-tionada pelo Mi-nistério Público e pela Delegacia
do Meio Ambiente por estarem próximas a áreas de preservação ambiental. Na verdade, as áreas de transbordo não passam de pe-quenos aterros sanitários ilegais,
já que além de entulho, são des-pejados ali todo tipo de lixo orgâ-nico, trazendo incômodos, como mau cheiro e pestes para os mora-dores das proximidades. Diversos projetos para substituir as áreas de transbordo por pontos de coleta de entulho, ou ecopontos, foram anunciado nos últimos anos, mas nenhum saiu do papel. A situação é a mesma há décadas.
CarroceirosO maior símbolo da inércia
do Estado é a presença dos carro-ceiros no Guará. Proibidos por lei de trânsito a circular em vias de grande tráfego de veículos, como a avenida contorno do Guará II, os carroceiros desfilam livremen-te pela cidade. Como não existe área rural no Guará, a presença de carroças na cidade não se justifica. Eles fazem o serviço de coleta in-formal de entulho na cidade e são um dos principais causadores da sujeira em áreas públicas. Ao cole-tarem restos de poda, jardinagem, construção ou lixo, acabam des-pejando tudo no local mais próxi-mo. A própria Administração Re-gional ajudou na construção do curral público, próximo à QE 36 há cerca de 6 anos, e tentou me-didas paliativas, como emplaca-mento, vacinação e cadastramen-to dos carroceiros. Nenhuma das medidas (ilegais) surtiu efeito. Hoje, o governo prefere ignorar a existência das carroças nas ruas.
LixeirasO problema do Guará não é
apenas a falta de lixeiras, mas o uso que é feito delas. A maioria é muito pequena e é esvaziada com pouca frequência. Não são desti-nadas a receber sacos de lixo, mas apenas embalagens, garrafas e pe-
A CULPA É DE QUEM?
Moradores mal educados e um governo ausente por décadas são a causa do título mais vergonhoso da história da região administrativa. Nem mesmo medidas paliativas estão previstas para os próximos anosPOR RAFAEL SOUZA
11 A 17 DE JULHO DE 2015JORNAL DO GUARÁ 9 OPINIÃOquenos volumes que precisam ser descartados pelos passantes. Sem manutenção, as lixeiras de metal se deterioram rapidamente e não são trocadas. Uma licitação para a compra de 23 mil unidades está em curso na Novacap, sem data para terminar. Uma solução seria a exploração de publicidade em troca da manutenção das lixei-ras, o que acontece em boa parte do Guará. Mas, curiosamente, as mensagens publicitárias nas lixei-ras são constantemente trocadas e o mesmo não acontece com os sa-cos de lixo no interior das lixeiras, algumas nem possuem a armação de metal que deveria segurar o lixo. A Administração do Guará não soube informar se há contra-to vigente para a exploração do espaço publicitário e quais são as obrigações da empresa que vende os anúncios.
Áreas Verdes e PraçasO Guará é uma das cidades do
Distrito Federal com maior quan-tidade de áreas verdes e praças.
O que é excelente para os gua-raenses, torna-se um problema quando estas áreas são tomadas por lixo e entulho. Uma forma de evitar que áreas ociosas se trans-formem em depósitos de lixo é o ajardinamento. Iniciativas interes-santes têm sido propostas em ou-tros locais, como em Santa Maria, onde a Administração Regional busca parceira com a comunidade local para criar jardins em antigas áreas de transbordo. Além de em-belezar a cidade, inibe a ação de quem suja a cidade.
Sem soluçãoAinda que a situação tenha
chegado em seu estado mais crí-tico na última década, não há ne-nhum plano traçado pelo governo para contorná-la. Além de opera-ções pontuais de recolhimento do lixo e do entulho, não há um pro-jeto traçado para dar fim às áreas de transbordo. A Administração Regional não sabe, e não planeja saber em um futuro próximo, o que será feito com os carroceiros,
o mesmo acontece com as neces-sárias lixeiras do Polo de Moda e QE 40. Nenhuma reunião está marcada com os representantes dos prédios para discutir a situa-ção. As áreas verdes continuarão desocupadas e livres para recebe-rem todo tipo de sujeira, e o pla-nejamento urbano em pauta, na Lei de Uso e Ocupação do Solo por exemplo, não prevê soluções. Campanhas educativas, multas, fiscalização... nada disso parece fazer parte da pauta dos gover-nantes. Podemos apenas aguardar e confiar que os professores e pais estejam preparando uma geração melhor, que saiba cuidar de onde vivem.
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11 A 17 DE JULHO DE 2015JORNAL DO GUARÁ 11 ESPORTE
Se a promessa do então governador Agnelo Queiroz fosse cumprida, o es-tádio do Cave seria hoje um dos mais
modernos do Distrito Federal. A prometi-da reforma, anunciada no início de 2013 pelo ex-secretário da Secretaria Extraordi-nária da Copa (Secopa), Cláudio Monteiro, incluiria a troca do gramado, construção de novos alambrados, vestiários, salas de mus-culação, mais três cabines de imprensa, e assentos individuais. A obra custaria cerca de R$ 9 milhões, que chegaram a ser dis-ponibilizados pela União, que arcaria com 80%, e a contrapartida do GDF, de R$ 1,8 milhão.
A proposta era criar uma arena multiu-so, que seria utilizada por algumas seleções que disputaram a Copa de 2014em Bra-sília, que depois seria transformada num apêndice do Estádio Mané Garrincha para ser utilizada em eventos ou jogos de até 10 mil pessoas. Mas, mesmo com o projeto pronto e os recursos disponibilizados, a obra sequer foi iniciada. Como os recursos foram incluídos no orçamento do GDF e do Ministério dos Esportes, tinham que ser utilizados até junho deste ano, o que não aconteceu.
Mas, o governo ainda tenta recuperar parte do prejuízo e fazer uma reforma mais
modesta no estádio do Cave. Em visita à Administração do Guará nesta quarta-feira, a secretária de Esporte e Lazer, Leila Bar-ros, informou que está negociando com o Ministério dos Esportes o repasse de pelo menos 25% do recurso inicialmente pre-visto, ou seja, R$ 1.6 milhão mais R$ 400 mil do GDF, com chances de chegar até R$ 3 milhões no total.
“Estivemos reunidos esta semana duas vezes com representantes do Ministério e estamos acreditando que vamos conse-guir”, afirma a secretária Leila Barros. Com este recurso, pode ser possível a troca do gramado, a reforma dos vestiários, e talvez a troca da iluminação.
Corrida contra o tempoLeila Barros diz que, desde janeiro,
quando assumiu a Secretaria, tem tentado viabilizar os recursos para a reforma do Cave. “O problema é que encontramos a Secretaria sem estrutura e tivemos que ar-rumar a casa primeiro, o que atrasou todas as outras providências”.
Durante o encontro com o chefe de Ga-binete da Administração do Guará, Márcio Rogério, com a participação dos represen-tantes do Clube de Regatas Guará, Fabrizio Costa e Samuel Granato, a secretária afir-
mou que “a reforma do Cave vai acontecer, mesmo que não seja possível agora”.
O Estádio do Cave está interditado para jogos com público desde o ano passado e estava interditada também para treinos desde o início do ano pelo Corpo de Bom-beiros por falta de segurança para atletas e
torcedores. Depois da reunião, o estádio foi liberado para os treinos do time de juniores do Guará que está disputando as semifinais do Campeonato Brasiliense da categoria e será utilizado pelo time profissional que vai disputar a segunda divisão dos profissio-nais a partir de setembro.
Estádio pode ser reformadoSecretária de Esporte Leila Barros busca recursos no governo federal para a obra
CAVE
Lelia na reunião com Márcio Rogério e os representantes do CR Guará
11 A 17 DE JULHO DE 2015JORNAL DO GUARÁ 13 CULTURA
Ensaio Geral neste domingoA praça do Xinxa (entre as
QEs 4, ,6, 8 e 10 do Gua-rá I) recebe neste domin-
go mais uma edição do Ensaio Geral, em comemoração ao Dia Mundial do Rock. Apresentam-se gratuitamente, à partir das 14h, as bandas Land of Lies, Heróica, The Barbiras (foto), Os Cabeloduro,
CorteSeco du Cerradis, Planalto Central, Diferencial Zero, Mad Dog e My Last Bike, além da par-ticipação de 20 bateristas do Bate-ras Beat.
O evento é gratuito e terá a presença de foodtrucks. A reali-zação é da Bolachões Produções e da Rock Phd.
A região administrativa do Setor de Indús-tria e Abastecimento (
SIA), que voltou a pertencer ao Guará, completa 55 anos na terça-feira ( 14 de julho ). Para a comemora ção do aniversário da cidade, a Rdministração Regio-nal oferecerá café da manhã na entrada principal da Feira dos Importados.
O SIA nasceu antes mesmo da capital ser inaugurada. Era na região que os construtores da ci-dade armazenavam material para as obras. Aos poucos, as empre-sas foram se instalando n a região .
Em 1967, foi cedida uma parte do SIA para a construção do Guará. O governo resolveu construir a área habitacional para abrigar justamente os trabalha-
dores da região, além de funcio-nários públicos e moradores de invasões e núcleos provisórios. Foi assim que, no dia 21 de abril de 1969, Brasília foi oficialmente inaugurada .
Em 14 de julho de 2005, a partir do decreto nº 3618, o Setor de Indústria e Abasteci-mento ganhou sua primeira Ad-ministração, que é responsável pelos trechos de 1 a 17, o Setor de Inflamáveis (SIN) e o Setor de Transporte Rodoviário de Car-gas (STRC).
O SIA é responsável por 56% da arrecadação de ICMS do DF. São mais de 8 2 mil trabalhado-res, 4.347 empresas de grande, médio e pequeno porte. Cerca de 300 mil pessoas circulam pelo SIA diariamente.
Região administrativa comemora 55 anos no próximo dia 14 . Em comemoração será servido café da manhã aos moradores e comerciantes
SIA comemora 55 anos
wServiçoANIVERSÁRIO
DO SIA14 DE JULHO - 10H
Na entrada principal da Feira dos Importados
Siena EL 1.0 2015/2015 básico com pintura sólida por apenas R$ 32.990,00 à vista ou entrada de R$ 5.900,00 + 48 parcelas de R$ 798,00. Valor total financiado R$ 44.204,00. Taxa de 1,45% a.m. Palio fire 2 portas 2015/2016 básico com pintura sólida por apenas R$ 26.990,00 à vista ou entrada de R$ 1.990,00 + 48 parcelas de R$ 698,00. Valor total financiado R$ 35.494,00. Taxa de 1,19%a.m. Taxas de Cadastro e Registro do Detran, no valor total de R$ 788,00, NÃO estão inclusas no financiamento. Cadastro sujeito à aprovação de crédito. Fotos ilustrativas. Promoção válida até 10/08/2015.
SIA TRECHO 3 61 3362 6230
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11 A 17 DE JULHO DE 2015JORNAL DO GUARÁ 15 CULTURA
JOSÉ GURGELumas e outras
LUCIANO LIMAÉ PaPo Firme!
Fafá eternaNós, moradores do Guará
e Foliões do Divino, perdemos uma grande amiga na terra, mas ganhamos uma grande e amada amiga no céu. Fafá vai morar eternamente no altar de nossos corações. Não quero questionar os desígnios do Pai, mas queremos que seja feita a justiça dos homens. A morte de Fafá não foi acidental. Quem cometeu o crime repleto de intolerância, brutalidade e de total desrespeito à vida humana, assumiu o risco de matar. A comunidade do Guará confia no trabalho e na competência do delegado Rodrigo Larizzatti e espera ansiosamente a prisão do culpado ou dos culpados.
Ciclovia e CooperviaOs moradores do Guará II adeptos do
pedal e das caminhadas sonham com o término das obras da ciclovia e da coopervia em torno da Avenida Contorno. Poderíamos sonhar também com as ciclofaixas por toda a cidade?
Estádio do CAVEO Estádio do Cave, ou menos conhecido
como Estádio Antônio Otoni Filho, já foi palco de jogos históricos do campeonato brasiliense. Hoje, está praticamente abandonado e sem a devida atenção do poder público. Por que não repassar a administração do Estádio do Cave para a iniciativa privada? É isso mesmo! Estou propondo a privatização do Estádio.
Novo LixãoUm novo espaço no Guará II está
sendo utilizado por quem não tem nenhum respeito por nossa cidade. A área verde ao lado do Posto de Saúde em frente a QE 17 está repleta de entulho e lixo. Com a palavra, a Administração Regional do Guará.
Velho LixãoO lixão em frente a QE 36 do Guará
II, carinhosamente chamado de “área de transbordo”, continua ativo, sem fiscalização e mais forte que nunca. E mais: com muitos moradores invadindo a área do Parque do Guará e com suspeitas de venda e consumo de drogas.
De madrugadaLá no “Porcão”, o quiosque mais sujo
e amado da cidade, encontrei o Caixa Preta para colocar os assuntos em dia, saber das novidades e beber uma bem gelada, pois afinal ninguém é de ferro.
O velho Caixa estava com uma cara de poucos amigos. Resolvi não cutucar a onça com vara curta, fiquei ouvindo o motivo de tal inquietação do cabra.
Estava revoltado com uma notícia de um jornal da nossa capital tratando de um assunto muito chato e ninguém gosta nem de comentar: sujeira!
A nossa cidade, dentro do padrão de limpeza, é considerada como uma das mais “porcalhonas” do DF, refletindo de maneira bastante significativa no bem-estar da população.
Guaraenses precisam tomar vergonha para reverter esse quadro terrível, onde os mais prejudicados somos nós mesmos.
Segundo o Guerrilheiro do Cerrado, as nossas calçadas estão cobertas de fezes de cachorros, pois as madames levam seus “dogs” para passear e não ligam quando os mesmos “descarregam” nos gramados, calçadas, deixando rastros indesejáveis por onde quer que passem.
Pequenos gestos, como deixar de jogar papelzinho pela janela do carro, entulhos em áreas públicas como sofás, geladeiras, móveis velhos e outras tranqueiras vão ajudar e muito em transformar o Guará, na cidade dos nossos sonhos, limpa, bonita... deixando de ser alvo de “chacota” nos noticiários locais e elevando o nosso nível de cidadania.
Se você não sujar, muito vai ajudar!
Coletivo 156No Guará tem gente com boas idéias,
pena que poucas são realmente aproveitadas pois muitas vezes têm conotação política e vem sempre acompanhada de algum outro interesse que não o de beneficiar a população,e que muitos puxa-sacos querem enfiar goela abaixo nos moradores da cidade.
Mas falemos das boas intenções. No dia 26 dejulho, domingo, das 8h até 17hs, graças a alguns bravos moradores, teremos o nosso “Eixão do Lazer”,q ue irá se chamar “Guará na Rua-Rota156” ,com a interdição da faixa central do Guará II, desde a 4ª DP até o Edifício Consei.
Acredito que o evento será um sucesso, passando a fazer parte do nosso calendário natural, numa proposta arrojada de ocupação dos nossos espaços urbanos, que acredito vai criar um envolvimento maior da população com os problemas que nos afligem, inclusive o de convivência pacífica e ordeira voltada para o bem comum.
Vamos aproveitar esse grande encontro para discutirmos a defesa do nosso meio ambiente, que inclui o nosso Parque Ezechias Heringer(Parque do Guará), da REBIO-Reserva Biológica do Guará,c om suas nascentes e vegetação diversificada.
Tudo isso pode ser feito, desde que tenha o envolvimento de todos, desde escolas,c omerciantes, nós moradores e um grande parceiro que é o poder público.
Vamos nos divertir,a proveitar o sol e um pouco do frio para botar o papo em dia com os amigos, conhecer novos amigos, andar de bicicleta, patins, skates, namorar...enfim aproveitar o nosso “eixão”.
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