jornal do dia 02-03/09/2012

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NA I NTERNET www.jdia.com.br - REDAÇÃO 3217.1117 - COMERCIAL [email protected] 3217.1100 - DISTRIBUIÇÃO 3217.1111 - ATENDIMENTO 3217.1110 Domingo e Segunda R$ 3,50 • Terça a Sábado R$ 1,50 Macapá-AP, Domingo e Segunda, 02 e 03 de Setembro de 2012 - Ano XXV Fundado em 04 de Fevereiro de 1987 Seletor permite deixar o Punto mais nervoso ou econômico. nD1 NOVO PUNTO Lançamento tem até DNA Confira nesta edição. A re- vista não pode ser vendida separadamente. NOSSA GENTE O que há de melhor para você PROPAGANDA ELEITORAL Promessas e acusações são as armas mais frequentes na conquista do voto A estratégia empregada em cada programa pode ser uma arma po- derosa para fazer com que olhos e ouvidos do eleitor estejam atentos aos potenciais de cada candidato. Histórias de vida, apelo a políticos influentes, acusações, ataques e muitas promessas fazem parte das estratégias utilizadas pelos candidatos para tentar atrair os eleitores na disputa rumo a Prefeitura de Macapá. nE2 e E3 Ontem, agentes penitenci- ários cruzaram os braços em frente ao Iapen em Marcapá em Macapá. HEVERTON MENDES REALIDADE Pescado é vendido sem higiene nas feiras da capital Mau cheiro, moscas e até ratos dividem espaço com os ven - dedores que cobram melhores condições de trabalho . nB1 DIVULGAÇÃO RACHA TUCANO Rilton Amanajás anuncia saída do PSDB Presidente da Câmara ainda não definiu futura legenda, mas disse que tem paixão pelo PV. nB3 ACIDENTES DE TRÂNSITO Cresce o número de indenizações pagas pelo seguro DPVAT Comandante bi- color minimizou as cobranças ain - da em Belém e defende a situação do Paysandu, consi- derada por ele ain- da boa . nA6 BRASILEIRÃO: HOJE SÉRIE C DIRCEU Tenta evitar condenação Advogados buscam alternativas para de- fendê-lo. nA4 O número de indenizações pagas pelo DPVAT cresceu 31% no primeiro semestre desse ano. Em média são registrados cerca de 10 a 15 acidentes por dia em Macapá, sendo que a maioria das vitimas envolvem motos. n B2 Estande atrai um público de pessoas com idades diversificadas. Os adultos pela ousadia da mistura e as crianças pela doçura do mel. nB2 O piloto da McLaren foi o mais rápido do treino clas- sificatório de ontem e ficou com a primeira colocação, seguido do japonês Kamui Kobayashi (Sauber). n A7 JORNAL DO DIA A operadora Oi publicou as cidades onde os orelhões mantidos pela concessionária já deixaram de fazer cobrança por ligações lo- cais. No Amapá, se pode fazer ligações locais gratuitas em Macapá, Ferreira Gomes, Ama- pá, Laranjal do Jari e Vitória do Jari. nB1 Centro de Reabilitação do Amapá (Creap) atendeu no ano de 2011 um total de 196 pacientes vítimas de acidentes NO AMAPÁ Cinco municípios já podem fazer ligações gratuitas COISAS TUCUJUS Mistura de mel com cachaça é destaque na 49ª Expofeira FÓRMULA 1 Button conquista a pole para o GP da Bélgica X Flamengo e Internacional Corinthians e Atlético Paysandu e Luverdense X X

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Jornal do Dia 02-03/09/2012

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Page 1: Jornal do Dia 02-03/09/2012

NA INTERNET www.jdia.com.br - REDAÇÃO 3217.1117 - COMERCIAL [email protected] 3217.1100 - DISTRIBUIÇÃO 3217.1111 - ATENDIMENTO 3217.1110

• Domingo e Segunda R$ 3,50 • Terça a Sábado R$ 1,50 Macapá-AP, Domingo e Segunda, 02 e 03 de Setembro de 2012 - Ano XXV

Fundado em 04 de Fevereiro de 1987

Seletor permite deixar o Punto mais nervoso ou

econômico. nD1

NOVO PUNTOLançamento

tem até DNA

Confira nesta edição. A re-vista não pode ser vendida separadamente.

NOSSA GENTEO que há de melhor para você

PROPAGANDA ELEITORAL

Promessas e acusações são as armas mais frequentes na conquista do votoA estratégia empregada em cada programa pode ser uma arma po-derosa para fazer com que olhos e ouvidos do eleitor estejam atentos aos potenciais de cada candidato. Histórias de vida, apelo a políticos

influentes, acusações, ataques e muitas promessas fazem parte das estratégias utilizadas pelos candidatos para tentar atrair os eleitores na disputa rumo a Prefeitura de Macapá. nE2 e E3

Ontem, agentes penitenci-ários cruzaram os braços em frente ao Iapen em Marcapá em Macapá.

HEVERTON MENDES

REALIDADE

Pescado é vendido sem higiene nas feiras da capitalMau cheiro, moscas e até ratos dividem espaço com os ven-dedores que cobram melhores condições de trabalho. nB1

DIVULGAÇÃO

RACHA TUCANORilton Amanajás anuncia saída do PSDBPresidente da Câmara ainda não definiu futura legenda, mas disse que tem paixão pelo PV. nB3

ACIDENTES DE TRÂNSITO

Cresce o número de indenizações pagas pelo seguro DPVAT

Comandante bi-color minimizou as cobranças ain-da em Belém e defende a situação do Paysandu, consi-derada por ele ain-da boa. nA6

BRASILEIRÃO: HOJE

SÉRIE C

DIRCEUTenta evitar

condenaçãoAdvogados buscam alternativas para de-fendê-lo. nA4

O número de indenizações pagas pelo DPVAT cresceu 31% no primeiro semestre desse ano. Em média são registrados

cerca de 10 a 15 acidentes por dia em Macapá, sendo que a maioria das vitimas envolvem motos. nB2

Estande atrai um público de pessoas com idades diversificadas. Os adultos pela ousadia da mistura e as crianças pela doçura do mel. nB2

O piloto da McLaren foi o mais rápido do treino clas-sificatório de ontem e ficou com a primeira colocação, seguido do japonês Kamui Kobayashi (Sauber). nA7

JORNAL DO DIA

A operadora Oi publicou as cidades onde os orelhões mantidos pela concessionária já deixaram de fazer cobrança por ligações lo-cais. No Amapá, se pode fazer ligações locais gratuitas em Macapá, Ferreira Gomes, Ama-pá, Laranjal do Jari e Vitória do Jari. nB1

Centro de Reabilitação do Amapá (Creap) atendeu no ano de 2011 um total de 196 pacientes vítimas de acidentes

NO AMAPÁCinco municípios já podem fazer ligações gratuitas

COISAS TUCUJUSMistura de mel com cachaça é destaque na 49ª Expofeira

FÓRMULA 1Button conquista a

pole para o GP da Bélgica

X

Flamengo e Internacional

Corinthians e Atlético

Paysandu e Luverdense

X

X

Page 2: Jornal do Dia 02-03/09/2012

A2JD Macapá-AP, domingo e segunda, 02 e 03 de setembro de 2012OpiniãoEditor: Fabrício Costa - [email protected]

Opinião - A2, A3Especial - A4, A5Geral - A6Sociedade - A8Dia Dia - B1, B3, B4Polícia - B2

Classidia - 12 Pag.

Esportes - C1, C2Atualidades - C3Diversão&Cultura - C4Carro e Moto - D1, D2, D3Social Click JD - D4Economia - E1, E2, E3, E4

Índice

Edição número7996

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Diretor Executivo: Marcelo Ignacio da RozaDiretora Corporativa: Lúcia Thereza Pereira GhammachiAssessoria Jurídica e Tributária: Américo Diniz (OAB/AP 194)Eduardo Tavares (OAB/AP 27421)Editor-Chefe: Janderson Carlos Nogueira CantanhedeGerente Comercial: Andrew Gustavo Cavalcante dos Santos

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Passadas as primeiras duas semanas do ho-rário gratuito no rádio

e na televisão para os par-tidos políticos e as coliga-ções fazerem a divulgação dos seus candidatos aos cargos de prefeito, vice--prefeito e vereador, os eleitores já começaram a analisar cada candidato e alinhavar as suas primei-ras decisões.Agora o eleitor vai juntar

o que viu e ouviu com as imagens que estão distri-buídas pela cidade sob a forma de cartazes, minido-or e cavalete, com as tiras, faixas e cartazes adesivos nos carros, com os jingles em forma de música que passa pela frente das casas, todos os dias, chamando para aderir à campanha, em uma espécie de “siga--me se gostar”.Até agora o que está sur-

preendendo é falta de cria-tividade e a baixa qualida-de das propagandas levadas ao eleitor pelo rá-dio e pela televisão. Aliás, a propaganda no rádio fica

ainda mais sem expressão, prejudicando a motivação, pois, na grande maioria, são os mesmos programas levados pela tv, natural-mente sem a imagem.As dificuldades que os

candidatos e os coorde-nadores de campanha aparentam estar passan-do já mostraram algumas correções nos programas de sexta e de ontem, sá-bado, procurando motivar os eleitores a anotar as propostas que estão sen-do apresentadas, princi-palmente pelos candida-tos a prefeito.A constatação é que não

há novidades. Aliás, para alguns a novidade é a fal-ta de qualidade dos pro-gramas.Os candidatos, com raras

e notórias exceções, estão tendo dificuldades para encontrar o mote de sua campanha. Estão atirando para todos os lados, em uma espécie de procura in-cessante por um rumo.A maioria dos candida-

tos a vereador, se não

aparecesse na televisão ou falasse no rádio, pode-riam até acumular alguns votos, mas essa maioria aparece e para cada apa-rição tem a confirmação do eleitor de que “esse está despachado”.As enquetes sobre os

programas, que é impor-tante fazer, estão deixan-do os coordenadores completamente tontos. Nenhum deles ainda não descobriu o “caminho das pedras” e segue tateando, pedindo para o tempo acabar, ao contrário do comportamento comum que é sempre reclamar que “o tempo não deu”.Os candidatos, todos eles,

não se constituem em ne-nhuma novidade. Isso quer dizer que os eleitores já sa-bem, mais ou menos, em quem não votam de jeito nenhum e naqueles que não deixariam de votar nunca. Ou seja, em um ce-nário assim, a campanha pelo rádio e pela televisão perde a sua importância e funciona apenas como uma espécie de manuten-ção das conquistas.Com os candidatos a pre-

feito de Macapá são “figu-

rinhas carimbadas” o elei-tor já os conhece, como também conhece os pon-tos fortes e os pontos fra-cos; o que é e o que não é capaz de fazer; se está ou não em condições de assu-mir a responsabilidade de ser prefeito de Macapá.O fato é que tudo perma-

nece nas mãos dos eleito-res que, no dia 7 de outu-bro, ignorando todas as pressões e, lembrando dos pontos fortes e fracos dos candidatos, vai digitar e demorar, em média, 4 se-gundo para definir os seus preferidos, votando para prefeito e vereador.Não convém dispor-se a

anular o voto ou a votar em branco, essa decisão acaba favorecendo o vencedor que, ou perde o voto do eleitor que anulou ou vo-tou em branco, ou não tem esse voto contado na colu-na do outro que poderia ser decisivo para a eleição.O eleitor no dia 7 de ou-

tubro precisa ir às urnas, não pode entrar para a lis-ta dos faltosos ou ficar imaginando que pagar a multa o redime do com-promisso que tem com a democracia.

A quebra do contratoRODOLFO [email protected]

Vida privada – Questões conjugais mal resolvidas costumam dar dores de ca-beça para figuras públicas. Clécio Luis (PSOL) que o diga. Mas ele não foi a pri-meira e nem será a última vítima de assuntos dessa natureza.

Bomba - Agora mesmo, a mulher de uma persona-gem pública amapaense, da esfera estadual, está com o pavio aceso e pode explodir a qualquer mo-mento. Se ninguém conse-guir impedir a detonação, vai provocar um espetáculo daqueles.

Todos querem - É nesta segunda-feira, 3, a sessão itinerante que a Assem-bleia Legislativa fará no município de Oiapoque. População dos outros mu-nicípios fica na expectativa de também ser lembrada pelos senhores e senhoras do Parlamento estadual. Problemas para discutir é que não faltam.

Debate - Nesta segunda--feira, 3, Associação Comer-cial e Industrial do Amapá (Acia), promove debate com prefeito Roberto Góes (PDT), candidato à reelei-ção (veja matéria no Cader-no Eleições 2012, nesta edi-ção do JD).

Objetivo - Demais candida-tos que concorrem à Prefei-tura de Macapá também participarão do evento, que será realizado sempre às segundas-feiras. Objetivo da Acia é permitir contato da classe empresarial com aqueles que pretendem ad-ministrar Macapá.

Controle – A sociedade vem aperfeiçoando cons-tantemente seus mecanis-mos de controle sobre o uso de recursos públicos no Brasil. O aumento dos casos conhecidos de cor-rupção é fruto desse siste-ma que se aperfeiçoa e que tende a avançar ainda mais.

Fato - Administrações mu-nicipais, estaduais e fede-rais que ficaram para trás, com fama de idôneas, te-riam enfrentado sérios pro-blemas legais, se submeti-das aos controles mais rigorosos de hoje. Esse é um fato que não se discute.

Alvo - A partir desta segun-da-feira Detran, com apoio de órgãos de segurança, deve começar a fiscalizar trânsito com mais intensida-de. Proprietários de veícu-los com IPVA em atraso – e que por isso não regulari-zam licenciamento dos mesmos - estarão na alça de mira.

Hora-Hora

Editorial

Como anda a tempera-tura da campanha eleitoral em Macapá?

Pelos termômetros dispo-níveis, dá para perceber, até o momento, um bom desempenho, em diversas frentes, do prefeito Rober-to Góes (PDT), que busca a reeleição.

A começar pela fonte que quase todos tomam como referência, a despei-to de algumas eventuais mancadas que tenha dado pelo caminho: a pesquisa do Ibope. Nela, Roberto aparece em primeiro, com 13 pontos de vantagem sobre a segunda colocada, Cristina Almeida (PSB).

Nova pesquisa está sen-do aguardada para breve, quando será possível verifi-car como os números se comportaram desde a data da primeira divulgação (10 de agosto). Vale lembrar que de lá para cá, a campa-nha esquentou muito, in-clusive com o início do ho-rário eleitoral de rádio e TV, que costuma influenciar no humor dos eleitores.

Outra frente em que o prefeito Roberto vem le-vando vantagem é na cam-panha de rua. A presença da turma do azul nas ruas é intensa, com alguns mo-mentos que impressionam, como a bandeirada realiza-da na última sexta-feira, 31, na Rua Leopoldo Machado.

No horário eleitoral gra-tuito de rádio e TV, Rober-to também começou bem, com programas bem pro-duzidos, ocupando bem os 11 minutos a que sua coligação tem direito – um tempo enorme, em se tra-tando de TV. Pecando, contudo, nas doses das promessas, como, por exemplo, o anúncio de que irá construir 12 mil ca-sas se for reeleito.

Apesar do começo vaci-lante, os programas dos

dois concorrentes mais di-retos do prefeito – Cristina Almeida (PSB) e Clécio Luis (PSOL) – vem melhorando nos últimos dias. Aumen-tando, inclusive, o tom dos ataques ao prefeito. Uma tática que nem sempre dá certo, mas a qual os dois não podem furtar-se.

Nas entrevistas à impren-sa, outra importante frente das campanhas eleitorais, até aqui não houve grandes surpresas. Até porque os formatos adotados, que privilegiam perguntas ge-neralizantes, em detrimen-to de abordagens mais par-ticulares para cada candidato, acabam indu-zindo a um desempenho insosso e linear.

Os debates também são momentos importantes das campanhas. Até aqui, apenas a faculdade Fabran promoveu um, ignorado pelos candidatos, a exce-ção de Clécio, único a comparecer, transforman-do o evento num bate--papo com alunos e pro-fessores da faculdade.

Na maioria dos casos, porém, as regras dos de-bates, estabelecidas entre os veículos de comunica-ção e as assessorias dos candidatos, também os estão engessando de tal modo que dificilmente têm surgido, neles, fatos que provoquem mudan-ças de rumo significativas no processo eleitoral.

Além dos elementos tra-dicionais que influenciam nas campanhas, existem também os fatores surpre-sas, que podem ser decisi-vos e virar a disputa pelo avesso. Como aconteceu em 2010, com a Operação Mãos Limpas, da Polícia Fe-deral, e também na presen-te campanha, com o im-bróglio entre Clécio Luis e sua ex-esposa, Cleidenira, via Twitter.

Termômetro da campanha

Ouço, com espanto, Ana Maria Braga fa-lar que “não importa

se a pessoa é solteira, cató-lica, evangélica” numa con-fusão de situações --casos não muito diferentes dos encontrados na primorosa série de reportagens de “O Globo” sobre o último Cen-so do IBGE (2010).Para a população brasilei-

ra hoje, as informações e os arranjos familiares são tão diversos que, como dizia um amigo meu, “não há o que não haja”. Um homem pode estar casado com ou-tro homem, a mulher sol-teira pode ser casada há anos e o ca-sal recém--casadinho pode ter vá-rios filhos.As mulhe-

res já assu-mem a res-ponsabilida-de por 38,7% dos lares (há dez anos, a chefia femi-nina era em 24,9%). E o interessante é que elas se c o l o c a m como chefes de família

não só quando não existe um cônjuge, mas quando ele existe e ela ganha mais ou conduz o negócio fa-miliar. Isso é novo e mere-ce mais atenção.A diversidade é tal que

podemos dizer que o Cen-so 2010 captou uma gigan-tesca mudança, que é a ponta de um iceberg de novos arranjos familiares ainda não estudados.O IBGE não mede casados

em casas separadas e filhos que moram, em guarda compartilhada, em duas re-sidências. No entanto já sa-bemos a existência de 60

mil casais gays formados, em sua maioria, por mu-lheres (53,8%).Temos também o sur-

preendente número de netos morando com avós e a família chamada “mo-saico” (a do meu, do seu e dos nossos filhos). Assim como amigos que moram juntos sem laços de pa-rentesco (400 mil) e os “Dinks”, sigla em inglês referente à dupla renda e nenhum filho, que somam dois milhões de casais.Menos filhos, mais inde-

pendência e renda femini-na foram fatores decisivos para essas modalidades que prenunciam um sécu-lo diferente.O caldo cultural acumula-

do na segunda metade do século 20, que permitiu a separação sem marginali-zação social, a pílula anti-concepcional, o divórcio e o maior acesso ao estudo (na TV, a novela “Gabriela”, baseada no livro de Jorge Amado, nos lembra direiti-nho como era a condição da mulher e sua posição na família), foi motor para o que hoje acontece. E ainda não temos a dimensão da influência da globalização e da internet.Falou-se que a família ia

acabar, tal como os conser-vadores disseram quando a mulher conquistou o di-reito ao voto. Entretanto a família se adapta. Ela se re-nova, mas os laços afetivos

continuam prepon-derantes.Concluindo, a pes-

quisa indica que a fa-mília tradicional já não é mais maioria no Brasil. Ela corres-ponde a 49,9%. E agora Congresso? Não dá mais para ig-norar o mundo dinâ-mico no qual vive-mos nem permitir que setores conser-vadores inviabilizem a votação de leis que incorporem o que a sociedade já vive ple-namente. (esta colu-na foi publicada inte-gralmente na Folha On Line)

Brasil, olha a tua caraMARTA SUPLICYColunista Folha on Line

Page 3: Jornal do Dia 02-03/09/2012

A3JD GeralEditor: Fabrício Costa - [email protected]

Macapá-AP, domingo e segunda, 02 e 03 de setembro de 2012

“Piraram - Como diz o meu filho, “as minas piraram” sexta-feira na abertura da Expofeira com o show de Fernando e Sorocaba.

Pela metade - Loucura mesmo foi quando viram um engarrafamento que começava pouco antes do Iepa (sentido Macapá/Fa-zendinha) até o parque de exposições. Teve gente que pegou o show pela metade.

Sem perder tempo - Não faltaram as caras conheci-das da política, que entre uma música e outra apro-veitavam para conseguir os votinhos camaradas dos eleitores indecisos e fãs da dupla Fernando e Soroca-ba.

Pesquisas - Faltando 36 dias para as eleições, os nú-meros divulgados até en-tão pela pesquisa do Ibope pelo visto já estão comple-tamente alterados.

Disputa - Há quem diga que o primeiro continua em primeiro, o segundo passou para o terceiro lu-gar e o terceiro pulou para a segunda colocação, com grandes expectativas de ir para o segundo turno.

Ataques - A militância do primeiro lugar não está vendo com bons olhos um eventual segundo turno, pois é bem provável que todos os candidatos que

”fazem oposição se unam em uma frente partidária para derrubá-lo. Vai ser bri-ga de foice...

Sentença - Servidores do Ibama, empresários e pes-soas ligadas a madeireiras terão de devolver aos co-fres públicos mais de R$3 milhões. A sentença, resul-tado de ação do Ministério Público Federal no Amapá (MPF/AP), foi proferida neste mês.

Ilegalidade - O montante corresponde ao valor obti-do por eles com a comer-cialização ilegal de Autori-zações de Transporte de Produto Florestal (ATPFs) para venda irregular de madeira.

Pegou mal - Não foi vista com bons olhos a tentativa do Batalhão Ambiental tentar apreender carros sons utilizados na manifes-tação política do PDT, ocorrida na última sexta--feira, na Leopoldo Macha-do.

Briga - Por coincidência ou não, essa é a segunda vez somente esta semana que o braço policial do governo do PSB vai para cima da prefeitura, que tem Rober-to Góes (PDT) como candi-dato à reeleição. Até quan-

[email protected]

JANDERSON CANTANHEDEJornalista

Entre Aspasdo essa briga vai continuar?

Sensatez - Da mesma for-ma, Roberto ficou feio na foto ao fechar uma empre-sa de comunicação que di-zem ser apoiadora do go-verno do Estado. O mais sensato seria deixar a lei do olho por olho, dente por dente lá para trás...

Corrupção - A corregedo-ra nacional de Justiça, Elia-na Calmon, voltou à im-prensa fazendo comentários ácidos contra a própria magistratura. Dis-se que a corrupção no Po-der Judiciário não diminuiu nos dois anos em que de-nunciou irregularidades. Segundo ela, a corrupção apenas ficou mais exposta.

Em discussão - A Associa-ção Comercial e Industrial do Amapá (Acia) inicia nes-ta segunda-feira uma ro-dada de debates com os candidatos à Prefeitura de Macapá.

Plano - O empresariado quer saber em detalhes o que cada um dos candida-tos tem para oferecer à Macapá.

Presença - Já confirmaram presença Roberto Góes (PDT), Clécio Luis (PSOL) e Davi Alcolumbre (DEM).

Bom domingo...

Siga: @cantanhede_APEmail: [email protected]

Eu não seiDORIEDSON ALVESProfessor

Às vezes a vida parece desafiar o bom senso, principalmente quan-

do tudo parece estar irre-mediavelmente fora do seu santo lugar. Os lugares são inapropriados, os sonhos se assemelham a pesadelos, e a existência parece cami-nhar solitária para o fim. Tal-vez não o que se espera (na melhor das hipóteses), mas ainda assim um termo. É como se o tempo depuses-se contra todas as coisas, e a incerteza (ou certeza) do trágico fosse à única coisa coerente a esperar. Enquan-to isso, a temporalidade da vida não para, um único ins-tante, de passar por nós. Ele se comporta como um fiel carrasco que se compraz em causar sofrimento pelo medo da finitude. Porém, a angústia maior está em ver a existência perder todo e qualquer sentido, por mais tênue que seja. É como se a grande ampulheta da vida fosse colocada, proposita-damente, de ponta cabeça. E não houvesse mais nenhum sentido a procurar, nenhum sorriso a dar, nenhuma boca imunda a beijar. Surge, en-tão, o nada se descortinan-do, desafiador, assombroso e repleto de vazio, com seu largo e amarelo sorriso. Mas não qualquer vazio: é a escu-ridão do fim que tano nos atormenta. Ele (Cronos) afronta nossa racionalidade, zombando de nós de ma-neira escancarada.

Continuamos olhando o tempo, perplexos com sua fluidez. Ele nunca irá parar, mesmo se a ele rogarmos preces santas, súplicas hu-milhantes ou, quem sabe até, pranto vertido em san-gue puro (fruto de nossas lamentações covardes). Aquele sujeito representan-te da pureza que a muito perdemos – quando como crianças esvaziadas do de-sespero, nos perdíamos en-tre as brincadeiras de um mundo inocente a acariciar nossa consciência ingênua – fora roubado de nós. Doce

ele (o mundo) era, sobretu-do pelo odor de uma exis-tência ainda tão incipiente. O seu encantamento heroi-co nos tornava imbatíveis: eram os sonhos de uma alma andarilha pelas terras amenas da imaginação pue-ril. Contudo, a muito toda inocência fora usurpada pela violência a nos torna homem-mulher, numa di-cotomia tão fugaz quanto os laços que nos unem em nossas relações afetivas. Ora! Já não resta muita coisa desse período, a não ser va-gas lembranças do amor da mãe que a vida levará pela morte, na sua nadificação. Então, as crianças-velhas correrão pelas lembranças perdidas no tempo da ino-cência, em busca daquilo que as tornavam realmente felizes. A alegria ainda se pode ouvir ecoar pela me-mória já tão cansada e casti-gada pelas amarguras de um ser que a pouco, acaba-ra de nascer órfão da alegria de ver o sol submergir no horizonte, enquanto espera sua hora derradeira.

Agora, nesse momento de agonia finita, se aproxima um novo dia. As coisas vol-tam a parecer novas, embo-ra tudo seja como antes, como velhas recordações ignoradas. Até mesmo os palitos de fósforo acessos, jogados ao chão após o uso desprezado, desfilam sua inutilidade. Queimaram o gás, mas o combustível con-tinua ali, bem perto do co-meço e do fim, onde a paz de espírito já não passa de mera, turva, apavorante lembrança, jogada ao chão também, bem próximo do palito queimado, asfixiado pela imposição categórica de ter de arder em chamas, mesmo em pequenas incur-sões da realidade. Ele (o es-pírito-palito) representa o homem atirado à sarjeta da existência vazia, vaga, opri-mida, sendo o último alento a certeza de não ser o que nem ele mesmo queria ser. Pois é na dúvida que ele se

liberta do determinismo existencial, quando se é programado para simples-mente viver o que não se deseja. Mas as perturba-ções são tantas que o sen-tido parece não ter sentido algum. Entretanto, lá se encontram as amarras de um existir fútil, desinteres-sado, exaurido na obriga-toriedade de ser alguém, não se querendo ser abso-lutamente nada, a não ser um anônimo e vago indiví-duo descompromissado com o mundo da vida.

Entretanto, quem terá fô-lego de herói-bandido para se impor diante do improviso do mundo? Não precisa ser um doente em estado terminal, basta es-tar vivo. Tem de ser aquele desinibido homem que foge as rotinas massifican-tes da vida ordinária. A mesma a impor a rigorosa dinâmica da repetição, como se a existência fosse uma série de botões pro-gramáveis, destinados a fazer do sujeito seu mario-nete predileto, jogando-o numa realidade sem o me-nor sentido humano, onde tudo parece repetir rigoro-samente o dia que passou, e as emoções só precisas-sem ser reencenadas, sob as diretrizes de um roteiro fadado ao marasmo de um ser diluído entre as diver-sas falsas apresentações que teve de encenar, ao se vê crucificado a uma pare-de de papel coberto por retalhos de pano velho, personificando o mundo vazio na perda de sentido, cujo fim último é a morte pela mágoa de não ser al-guém. Enfim, agora nós não sabemos. Simples-mente perdemos o que nunca achamos, mas sabe-mos que perdemos. Estava lá perto daquele lugar. Não sabemos bem onde. Ah! São as glórias da espe-rança que o fizeram per-der. Já não há mais espaço na caixa de Pandora. Tudo foi ficando, ficando... Espe-ro que a vida nos leve. Mas ai nos vem o medo e, logo em seguida, a pergunta: para onde iremos nós?

DOM PEDRO JOSÉ CONTIBispo de Macapá

Remorso e vingança

O adivinho disse:- Certa vez você

largou um ho-mem achando que esta-va morto.

O homem confirmou mexendo a cabeça, sem dizer uma palavra.

– Você o jogou num poço como se estivesse morto.

– Ele me procura? – perguntou o homem tremendo de medo.

- O procurou por mui-to tempo.

– Vivi dez anos nas montanhas para me es-conder dele e com o co-ração atormentado.

O adivinho olhou bem no seu rosto.

– Ele me procura ain-da?

- Não, agora não mais.- Se me encontrasse,

talvez, seria melhor do que viver como uma alma penada.

Era quase meia-noite quando o adivinho vol-tou para casa. A mulher o aguardava e quis sa-ber o motivo do atraso:

- Você parece preocu-pado, o que foi que aconteceu? Após terem jantado, o marido con-tou:

- Hoje tirei um peso da minha consciência. Ao longo desses anos to-dos, pensei como podia me vingar e hoje ele veio ter comigo, sem sa-ber quem eu era.

A mulher engoliu um grito de horror:

- Você o matou?- Não – respondeu

calmo o adivinho – Ele já estava morto.

Remorso e vingança não deixam o nosso co-ração em paz. Podem nos acompanhar por muitos anos, porque es-tão dentro de nós, an-dam por onde nós an-damos. Quanto mais enraizados, mais difícil é arrancá-los. Exterior-mente podemos apa-

rentar sorrisos, mas a erva daninha não para de crescer.

Jesus, aproveitando de uma disputa com os fariseus, a respeito de lavar- ou não- as mãos, foi muito claro quando alertou sobre os males que prosperam “dentro” de nós.

O “impuro” que pode contaminar o nosso co-ração não será a sujeira dos pratos ou dos co-pos, nem a comida em si, mas os pensamentos maus que encontram terreno fértil em quem os acolhe e os cultiva. Entendemos que de-vem existir leis obrigan-do a manter limpa uma cidade como também normas de higiene pes-soal que os pais ensi-nam aos seus filhos e que se tornam costume desde criança. No en-tanto não existem “nor-mas” para a “limpeza” dos nossos sentimen-tos. Somente cada um de nós pode decidir por onde orientar o que passa pela sua cabeça. Se dermos asas às boas intenções, provavel-mente enxergaremos com bons olhos, tam-bém, as pessoas que encontramos e imagi-naremos também coi-sas boas com elas e para elas. Se não for as-sim, talvez, olharemos os outros pensando como roubá-los, enga-ná-los, dominá-los. Se tivermos sede de amor e estivermos dispostos a buscar a paz, também estaremos inclinados ao perdão, à reconcilia-ção, ao diálogo. Do contrário, iremos atrás de confrontos, disputas, revanches.

No evangelho deste domingo, encontramos uma lista das tantas coi-sas ruins que, se não to-marmos cuidado, vez

por outra, passam pela nossa vida. Podemos também chamá-las de tentações, mas cabe a nós fugir delas e não fomentá-las.

Surge, então, uma espontânea pergunta – que está bem por baixo dessa página do evangelho: como ali-mentar bons pensa-mentos e boas inten-ções? Com quem aprender a cultivar o bem? Nós cristãos po-demos responder logo: com Jesus pão--palavra e pão-euca-ristia! Com efeito, a discussão começou porque os discípulos comiam “pão” sem la-var as mãos. Agora en-tendemos: para nos alimentarmos, de ver-dade, com Jesus “pão da vida” não serve a limpeza exterior, é pre-ciso zelar pela pureza do coração. A Palavra e a Eucaristia podem produzir frutos bons somente na vida de quem não deixa brotar na sua consciência as sementes do mal.

Jesus proclamou: fe-lizes os “puros de co-ração” porque verão a Deus. “Verão” porque os olhos deles já estão abertos para enxergar o bem e a bondade acima de tudo. Perde-mos tanto tempo para apontar os defeitos e o malfeito dos outros – e os outros falam do nosso – quando, na re-alidade, deveríamos estar treinando para reconhecer e espalhar as virtudes e o benfei-to, sem o ciúme e a in-veja que cegam nossos olhos.

Não esperemos mais tempo para tirar pesos da nossa consciência. Pensamos estar vivos e na realidade estamos mortos, enterrados no fundo das nossas má-goas. Vamos deixar que Jesus nos liberte e nos faça viver.

Estamos prestes a com-pletar dois anos da “Operação Mãos Lim-

pas” deflagrada pela Polí-cia Federal em setembro de 2010, que revelou as ramificações de um pode-roso esquema de corrup-ção instalado no aparelho do Estado amapaense, no maior escândalo da nossa história.

A quadrilha estava disse-minada no Executivo Esta-dual e Municipal; no Tribu-nal de Contas do Estado e na Assembleia Legislativa, além de corrupção ativa em empresas fornecedo-ras de bens e serviços para o poder público. Foram conduzidos ao presídio da Papuda, em Brasília, deze-nas de autoridades esta-duais e municipais, além de agentes privados que teriam desviado algo em torno de dois bilhões de reais, segundo o processo que está prestes a concluir pelo Ministro do STJ, José Otávio de Noronha.

O momento traz à tona uma pergunta: Qual é cus-to que esta mazela impõe aos cidadãos? Em 2005, o economista Marcos Fer-nandes, da escola de eco-

nomia da Fundação Getú-lio Vargas de São Paulo e autor do livro “A Economia Política da Corrupção no Brasil”, fez esta conta e chegou a números impres-sionantes. Em seu estudo foi comprovado que a cada ano é desviada uma cifra de aproximadamente R$ 380 bilhões, impactando em uma redução do cresci-mento econômico de até dois pontos percentuais no PIB. Para efeito de compa-ração, o Produto Interno bruto do Amapá situa-se em R$ 7 bilhões.

No caso específico do Amapá, onde 46% de toda a nossa economia é gerada pela Administração Públi-ca; praticamente 70% dos salários são oriundos das folhas de pagamento de servidores e um em cada três empregados é funcio-nário público, a situação se agrava. Aqui, o ralo da cor-rupção causa um impacto devastador na economia local, uma vez que os gas-tos públicos são os princi-pais responsáveis pelo di-namismo das demais atividades.

Além de desvios de re-cursos, a corrupção afeta

O custo da Corrupção

CHARLES CHELALAEconomista

de maneira profunda o ambiente de negócios, inibindo decisões de in-vestimentos privados, pois a base institucional não inspira credibilidade. Assim, as empresas op-tam por carrear suas in-versões financeiras para outros lugares onde há maior estabilidade.

A corrupção é um pro-blema nacional, talvez o maior deles a ser enfrenta-do pela sociedade. Na mi-nha visão otimista, esta-mos vencendo-o, ainda que lentamente. As opera-ções da Polícia Federal, a atuação decidida do Minis-tério Público Federal e Es-taduais são exemplos des-ta afirmação. O julgamento do esquema do “mensa-lão” e a condenação de políticos e empresários im-portantes pela mais alta corte do país acalenta esta sensação de avanço. A re-cente decisão judicial que condenou o Ex-Senador Luiz Estevão a devolver meio bilhão de reais aos cofres públicos, e sua acei-tação em fazê-lo, é outro exemplo notável.

As eleições que se apro-ximam talvez sejam um bom momento de prosse-guir na assepsia cada vez mais necessária à política no Brasil e no Amapá.

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A4JD Macapá-AP, domingo e segunda, 02 e 03 de setembro de 2012GeralEditor: Pablo Oliveira - [email protected]

Pressionado pelas sen-tenças e votos duros dos ministros do Su-

premo Tribunal Federal, o ex-ministro José Dirceu vai apresentar uma nova defe-sa na próxima terça-feira, 4. A peça rebaterá “com tintas carregadas”, segundo seu advogado, a última petição de dez páginas distribuída pelo procurador-geral da República, Roberto Gurgel, no dia 16 de agosto. O documento memorial

será dirigido aos magistra-dos, que surpreenderam a defesa de Dirceu quando flexibilizaram a necessidade da “materialidade de pro-vas” na hora de considerar os réus culpados. Será o terceiro memorial entregue aos ministros. Advogado do ex-chefe da Casa Civil, José Luis de Oliveira Lima afirma que não mudará em nada a linha de defesa do réu, até porque não se pode apresentar nenhum fato novo pelo memorial. “A nova petição vai bater pesado na última, apresen-tada por Gurgel”, adiantou ele a reportagem.O cerne do documento

encaminhado ao Supremo pelo procurador-geral foi reiterar a validade de de-poimentos de testemunhas como provas para os cri-mes de formação de qua-drilha e corrupção ativa, dos quais Dirceu é acusado. O discurso de Gurgel tem

se mostrado afinado até com o voto de magistrados que eram incógnitas, como a ministra Rosa Weber. Mais nova ministra no STF,

indicada pela presidente Dilma Rousseff, ela patroci-nou uma tese que repercu-tiu na Corte: “Nos delitos de poder, quanto maior o po-der ostentado pelo crimi-noso, maior a facilidade de esconder o ilícito. Esque-mas velados, distribuição de documentos, aliciamen-to de testemunhas. Disso decorre a maior elasticida-de na admissão da prova de acusação”, afirmou.

Irritação Um interlocutor próximo

a Dirceu avalia que a sen-

tença proferida ao ex-de-putado não chegou a sur-preender. “A surpresa negativa foi a dureza dos votos, mas teremos que es-perar o desenrolar do jul-gamento para consolidar nossas expectativas.” Ele conta que Dirceu alterna momentos de calma e irri-tação. “Menos pelo julga-mento e mais por certas coisas que saem na im-prensa, porque ele lê tudo e vê o noticiário da TV.”Outra pessoa próxima diz

que o ex-chefe da Casa Ci-vil ficou “muito triste com

a condenação de João Paulo, porque eles são amigos e também porque é muito difícil para qual-quer petista ver um ex--presidente da Câmara ser condenado. “Não era um Zé Mané no partido”. O mesmo companheiro afir-ma que Dirceu continua sereno. “Mesmo caindo a tese de caixa dois, isso não tem nada a ver com ele, não terá nenhum impacto no julgamento”, apostou.O escritor Fernando Mo-

rais, que é amigo de longa data do ex-guerrilheiro,

recebeu-o para um jantar em casa esta semana. Acompanhado da namora-da Evanise Santos, Dirceu levou uma garrafa de vi-nho. Segundo o anfitrião, ele se manteve descontraí-do durante a bacalhoada preparada pela cozinheira da casa. A televisão ficou desligada durante o Jornal Nacional e o horário elei-toral. “Falamos apenas so-bre amenidades, como ba-tatas e peixes e sobre meu novo projeto de criar um mega site internacional só com notícias políticas.”

Ainda não houve convite formal, mas o escritor acredita que “certamente ele será meu colabora-dor”. Morais, que aguarda o fim do julgamento para retomar as entrevistas e continuar a escrever a bio-grafia de Dirceu, fez sua avaliação sobre o estado de espírito do colega: “Posso te garantir que para mim ele pareceu muito tranquilo, sereno e confiante. Mas sabe como é, né? Ele sempre foi mui-to discreto. É impossível chegar à alma do Zé”.

Advogados do ex-ministro vão entregar novo documento de defesa aos ministros do STF a fim de “bater pesado” nos argumentos do procurador-geral da República

Ex-ministro José Dirceu “carrega nas tintas” para evitar sua condenação

Ministro da Justiça vai pedir que AGU mantenha suspensão de portaria sobre terras indígenas

Dirceu alterna momentos de calma e irritação ao ler e ver noticiário, diz interlocutor

O ministro da Justiça, José Eduardo Car-dozo, prometeu a

líderes indígenas que vai pedir à Advocacia-Geral

da União (AGU) para man-ter suspensa a Portaria nº 303 até que o Supremo Tribunal Federal (STF) jul-gue os pedidos de escla-

recimento – os chamados embargos de declaração – a respeito das 19 condi-cionantes estabelecidas pela Corte em 2009, para aprovar a manutenção da demarcação em terras contínuas da Terra Indíge-na Raposa Serra do Sol, em Roraima.A informação foi divul-

gada pelo Ministério Pú-blico Federal (MPF), em nota sobre o resultado da reunião da última sexta--feira (31), no auditório do Ministério da Justiça, em Brasília. Além do mi-nistro e de líderes indíge-

nas de Mato Grosso e Rondônia, participaram do encontro a vice-procu-radora-geral da Repúbli-ca, Débora Duprat, a pro-curadora da República Marcia Brandão Zollinger e representantes da AGU, da Fundação Nacional do Índio (Funai) e do MPF.A imprensa não teve

acesso à reunião, e o mi-nistro José Eduardo Car-dozo não falou com os jornalistas ao fim do en-contro. Procurada, a as-sessoria do Ministério da Justiça disse que não ti-nha detalhes sobre a con-versa. O Ministério Públi-co, porém, informou que foi aprovada a criação de um grupo de trabalho com representantes dos índios, do Ministério da Justiça, da AGU e da Fu-nai, para estudar meios de demarcar terras indí-genas sem gerar tantos conflitos. Segundo o MPF, Cardozo deve enviar em breve à AGU documento com as propostas.A Agência Brasil apurou

que, durante a reunião, os representantes dos índios não só criticaram a AGU, mas também prometeram intensificar os protestos que, nas últimas semanas, vem ocorrendo em várias partes do país, com o blo-queio de estradas e a in-vasão de prédios públicos, caso a portaria não seja integralmente revogada.“Temos que ser consul-

tados sobre qualquer me-dida que possa afetar nossas terras e nossas vi-das. E esta portaria prati-camente decreta nossa morte. Então, por que não consultaram os povos in-

dígenas antes? Agora não precisa mais consultar. Se for preciso apanhar da Polícia Federal, da Força de Segurança Nacional, das polícias militares, dos caminhoneiros, nós va-mos apanhar. Vai haver guerra, mas vai ser uma guerra desigual”, desaba-fou o índio Genilson Pare-ci, de Mato Grosso.Genilson classificou de

“covardes” o governo e a sociedade brasileira por permitirem a publicação de uma portaria e de ou-tras iniciativas que, segun-do ele, prejudicam os po-vos indígenas e contrariam a legislação. “Eu não sabia que a AGU tinha autorida-de para fazer leis, mas esta portaria estabelece políticas e diretrizes sobre o direito dos índios à ter-ra. Estou vendo que, hoje, a AGU tem mais autorida-de do que o Congresso Nacional. Será que esta situação está correta?”, questionou.Mais tarde, ao participar

da cerimônia de posse do novo presidente do Supe-rior Tribunal de Justiça (STJ), Félix Fischer, o mi-nistro da Justiça disse apenas que a negociação com os líderes indígenas tem avançado. Cardozo espera o desfecho do im-passe em “curto prazo”. Para o ministro, ainda não se tenha solução, já foi ini-ciado um processo de en-tendimento. O advogado--geral da União, Luís Inácio Adams, já admitiu a possibilidade de adiar no-vamente a entrada da portaria em vigor.Publicada no dia 17 de

julho, com o objetivo de

ajustar a atuação dos ad-vogados públicos à deci-são do STF no julgamento da Raposa Serra do Sol, a Portaria nº 303 ainda não está em vigor. Com a po-lêmica suscitada pela nor-ma, a AGU decidiu aten-der a um pedido da Funai e suspendeu até o próxi-mo dia 24 a entrada em vigor da portaria, que es-tende a todos os proces-sos demarcatórios de ter-ras indígenas as 19 condicionantes, que proí-bem, entre outras coisas, a ampliação de áreas indí-genas já demarcadas.A AGU justifica a iniciati-

va alegando que as condi-ções estipuladas pelo STF representam um marco constitucional no trata-mento das questões de demarcação e de adminis-tração das áreas indígenas e que “todos os procedi-mentos que estão em vio-lação àquelas condicio-nantes são desconformes ao direito”. No entanto, especialistas, líderes indí-genas, organizações indi-genistas e ambientalistas consideram a norma in-constitucional e resultado de uma interpretação equivocada da decisão do Supremo que, para eles, aplica-se específica e ex-clusivamente à Raposa Serra do Sol.Segundo fontes ouvidas

pela reportagem, o presi-dente do STF, ministro Ayres Britto, disse, em reunião na quinta-feira (30), que as condicionan-tes não se aplicam com-pulsoriamente a outros processos demarcatórios e que a interpretação da AGU é um equívoco.

Imprensa não teve acesso à reunião, e o ministro José Eduardo Cardozo não falou com os jornalistas ao fim do encontro

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A5JD Macapá-AP, domingo e segunda, 02 e 03 de setembro de 2012GeralEditor: Pablo Oliveira - [email protected]

Estudo aponta veículos mais indicados para transporte nas grandes cidades brasileiras

Desembargador do DF suspende processo do caso Cachoeira

BRT, VLT e monotrilho. As duas siglas e a pala-vra monotrilho repre-

sentam não apenas meios, mas sistemas de transpor-tes que podem amenizar as dificuldades do trânsito nas grandes cidades. Hoje, os efeitos negativos vão além da qualidade de vida da-queles que, diariamente, perdem horas tentando se locomover entre a casa e o trabalho ou a escola.Um estudo da Confedera-

ção Nacional da Indústria (CNI) mostra que os pro-blemas de deslocamento dos moradores nas gran-des cidades afetam “direta-mente” a produtividade do trabalhador e a competiti-vidade do setor produtivo. De acordo com o estudo Cidades: Mobilidade, Habi-tação e Escala, no Brasil, a situação tem piorado, já que, entre 2003 e 2010, o tempo médio gasto pelo brasileiro em deslocamen-tos urbanos aumentou 20%. A solução para o pro-blema pode estar nas siglas BRT e VLT e no monotrilho, diz o diretor do Sindicato da Arquitetura e Engenha-

ria (Sinaenco), José Rober-to Bernasconi. A primeira delas, bus rapid transit, re-fere-se a um sistema de ônibus com faixa exclusiva, no qual a tarifa é paga an-tes do embarque, ainda na estação. A segunda sigla – veículo leve sobre trilhos – é usada para uma versão moderna dos antigos bon-des. Para situações onde há menos espaços na superfí-cie, a solução pode estar alguns metros acima do solo: o monotrilho, sistema de transporte que, em ge-ral, é feito sobre vigas.“A escolha do sistema

ideal depende de fatores como o tamanho da de-manda e as condições da cidade”, disse à Agência Brasil o diretor do Sinaen-co. “O veículo com maior capacidade de transporte é o metrô, que consegue transportar 80 mil passa-geiros por hora em cada sentido. O problema é o alto custo de construção e as dificuldades de imple-mentá-lo em cidades já constituídas”, ressaltou Bernasconi. Ele destacou, porém, que, para boa parte

das cidades brasileiras, o transporte de superfície mais eficiente é o BRT.Segundo o diretor Ber-

nasconi, apesar de ter me-nor capacidade – 30 mil passageiros por hora em cada sentido –, o BRT é um sistema muito eficiente “e com metodologia total-mente brasileira”. O siste-ma foi implantado pela pri-meira vez em Curitiba e, atualmente, é usado em diversos países, tanto na Europa quanto na Ásia e nas Américas.Já o VLT tem capacidade

para transportar 40 mil passageiros por hora em cada sentido. “Do ponto de vista ecológico, este bonde moderno é o melhor siste-ma de transporte. Além de ser agradável de andar, é bastante silencioso. Isso ajuda a evitar, também, a poluição sonora, muito co-mum em ambientes urba-nos”, explicou o especialis-ta. Para localidades onde não haja espaço na superfí-cie, o mais indicado é o monotrilho. “Quem já foi a Miami ou à Disneylândia conhece bem este sistema.

É como se fosse um VLT, só que elevado [por vigas]. É um transporte caro, e há questionamentos quanto aos efeitos que ele causa na paisagem. Mas há tam-bém muita gente que o acha bonito”. O monotrilho tem capacidade para trans-portar 50 mil passageiros por hora em cada sentido.De acordo com Bernasco-

ni, o monotrilho tem tam-bém suas vantagens. “Além de poder atingir mais velo-cidade em áreas complica-das, permite um passeio bonito, com paisagens vis-tas do alto. Isso ajuda a criar, no cidadão, o hábito de querer usar o transporte público [e deixar o carro na garagem].”“Ainda que ter carro seja

um direito, é por causa deste tipo de veículo que as cidades estão com pes-soas cada vez mais aborre-cidas por causa de trânsito. O problema é que não há, no Brasil, uma cultura de uso do transporte público, a exemplo do que aconte-ce em vários países euro-peus. Lá, é hábito usar veí-culos particulares apenas nos finais de semana, ge-ralmente para pegar rodo-vias. Somado a isso, há o fato de, por aqui, carro es-tar associado a status”, acrescentou Bernasconi.Segundo o estudo da CNI,

o Brasil teve crescimento demográfico de 13% entre 2003 e 2010. No mesmo período, o número de veí-culos em circulação au-mentou 66%. Conforme o estudo, a consequência é que cada morador das 12 metrópoles brasileiras (Rio de Janeiro, São Paulo, Belo Horizonte, Salvador, Brasí-lia, Belém, Curitiba, Forta-leza, Goiânia, Manaus, Porto Alegre e Recife) gas-ta, em média, uma hora e quatro minutos para se lo-comover. Nas cidades mé-dias, que têm entre 100 mil e 500 mil habitantes, as pessoas gastam, em mé-dia, 31 minutos em seus deslocamentos.

O desembargador Tourinho Neto, do Tribunal Regional

Federal (TRF) da 1ª Re-gião, determinou a sus-pensão do processo refe-rente à Operação Monte Carlo, que investiga as atividades do contraven-

tor Carlos Augusto Ra-mos, o Carlinhos Cacho-eira. Enquanto estiver valendo a determinação do desembargador, o juiz responsável pelo proces-so, Alderico Rocha San-tos, fica proibido de to-mar qualquer decisão

sobre o caso. A suspen-são, entretanto, não leva à libertação de Cachoei-ra, preso desde 29 de fe-vereiro.O processo ficará para-

do até que as empresas de telefonia, responsá-veis pelas linhas que fo-

ram grampeadas pela Polícia Federal, forneçam extratos telefônicos deta-lhados sobre quando e quais dados foram aces-sados pelos policiais du-rante as investigações que levaram à prisão de Cachoeira.

Ministro KassabOs congressistas do PT e PSD dão como certa a

entrada do novo partido no governo Dilma Rousse-ff. As conversas vão avançar após a eleição em São Paulo, independentemente do resultado. Presidente do PSD, o prefeito Gilberto Kassab, que deixa o car-go em Janeiro, deve assumir um ministério. ‘Ele não quer falar nisso agora porque aumentaria seu des-gaste’, diz um membro da Executiva do PSD. Um integrante da cúpula do PT adianta: ‘Será ministro, está cotado para Comunicações’.

Coluna

ESPLANADA POR LEANDRO MAZZINI JornalistaTwitter @leandromazzini

Pais aflitosNem dinheiro resolve.

Em Petrolina (PE) afunda a candidatura do filho do ministro da Integra-ção, Fernando Bezerra (PSB), cujo vice é filho do deputado Gonzaga Pa-triota.

Jatinho na pistaLula decidiu o roteiro.

Subirá até o final do mês nos palanques dos petis-tas em São Paulo, BH, Salvador e Recife. Não necessariamente nesta ordem.

Compadrio ambientalTem aval político a invasão imobiliária no

belo parque do Jardim Botânico no Rio. Anos atrás, o então secretário de Ambiente do go-verno, Carlos Minc, fazia operação com a po-lícia para retirada de moradores quando rece-beu uma ligação. Era o deputado federal Edson Santos, cuja mãe estava sendo desalo-jada.

Voltas do mundoOutras famílias inva-

diram o parque e agora o diretor do Jardim Botânico está demissionário porque o governo quer regu-larizar as posses. Coi-sa do destino: aliados no PT, Minc e Santos tornaram-se minis-tros do governo Lula.

Na corda bambaEntre a cruz e a es-

pada o ex-governa-dor Joaquim Francis-co (PE). Aliado de Geraldo Júlio (PSB) no Recife, é suplente do senador Humberto Costa (PT) e pode as-sumir a vaga no Con-gresso caso o petista vença. Mas homem de palavra, apoia o primeiro.

Dois ladosPelo menos cinco

vereadores da coliga-ção PSDB-PSD de Serra estão neutros, já a trabalho para Russomanno (PRB), em especial os com reduto eleitoral na classe C.

Nas ondasAgências de Comu-

nicação nacionais fi-zeram um consórcio e cotam empresas de rádio no Distrito Fe-deral.

MP x MPA liminar a favor do

procurador-geral da República, Roberto Gurgel, que barra in-vestigação dele no Conselho Nacional do Ministério Público, suscitou o debate da PEC 75, em tramita-ção no Senado: ela dá poder de demissão ao CNMP.

Lá e cá‘Vem em boa hora.

Ela tira a vitaliciedade do cargo (de promo-tores e procurado-

res)’, diz o conselhei-ro do MP, Almino Afonso, egresso da OAB. ‘É assim na Itália e Portugal, onde um conselho investiga as cortes superiores’.

Planejamento Tabajara

Acuado em meio a denúncias de envol-vimento com Cacho-eira, o governador do DF Agnelo Queiroz quis mostrar trabalho e mandou pintar fai-xas exclusivas para ônibus. Mas resolveu recapear as vias e a pintura será refeita.

Bancada ruralEmpresários do

agronegócio se quei-xam da ação da ban-cada ruralista no Có-digo Florestal. Há muita lavoura em jogo a ser perdida. Alguns nomes do Centro-Oeste vão se candidatar em 2014 em vez de bancar os deputados e senado-res.

ExpansãoEm tempos de avan-

ço online, o Diário de S.Paulo mostra capi-laridade nacional também nas bancas. Passa a circular em 230 cidades dos esta-dos do Rio, Paraná e DF.

Alô, aposentadoO presidente da Câ-

mara, Marco Maia (PT-RS), deu sua pa-lavra a líderes de que a mudança no Fator Previdenciário será votada ainda este ano.

Ponto FinalVirou moda em al-

gumas capitais: mu-lheres aderem à ci-rurgia plástica na... vulva, a ninfoplastia. Só em João Pessoa são seis por mês.

www.colunaesplanada.com.br [email protected]

Troca-trocaNo script do PT, o ministro Paulo Bernardo iria para

a Casa Civil, e Gleisi Hoffmann voltaria para o Sena-do a fim de fortalecer sua campanha ao governo do Paraná.

Page 6: Jornal do Dia 02-03/09/2012

A6JD EsporteEditor: Pablo Oliveira - [email protected]

Macapá-AP, domingo e segunda, 02 e 03 de setembro de 2012

Desde 2008, a dele-gacia da Federação Internacional de

Educação física no Ama-pá (FIEP) vem realizando cursos com o intuito de incentivar os profissio-nais de educação física a aderir novas técnicas na área da educação física. Visto isto, a delegacia no Amapá realiza no perío-do de 6 a 9 de setembro de 2012 na quadra da es-cola Santa Bartolomeia, o 3º Congresso de educa-ção física com palestras de professores interna-cionais com o objetivo de proporcionar informa-ções modernas aos aca-dêmicos de educação fí-sica, e aos professores que trabalham com ensi-no infantil. Valdeci Barbosa, profes-

sor e titular da delegacia regional Amapaense o evento já tem apoio das instituições educacionais que ensinam a área da educação física no estado. No primeiro curso realiza-do em 2008, foi criado o projeto Educação Física sem Fronteira, na oportu-nidade, participaram da-

quele evento, cerca de 600 acadêmicos.“Em 2011, realizamos o

2º congresso e hoje, moti-vados pelo sucesso destes eventos convidamos os acadêmicos e profissio-nais da educação física para participarem do 3º congresso a ser realizados em Macapá” convidou o

titular da FIEP, Valdeci Barbosa. Confirmados os professores, Almir Adolfo Gruhn, Presidente Mun-dial da FIEP. Professor, Jorge Dias Otanez, Vice Presidente para América do Sul. Professor, Valdeci Barbosa, Delegado Regio-nal no Amapá.A programação será

desenvolvida iniciando pelo credenciamento dos participantes no dia 6 de setembro com ho-rário das 18 as 19:30. O Congresso se transcorre-rá nos dias 7, 8, e 9 no período da manhã das 8 as 12 horas,a tarde das 15 as 18 e 30h, e a noite das 19h30 as 20h30.

A delegação amapaen-se de alunos-atletas, que irão participar

das Olimpíadas Escolares de 2012 na faixa de 12 a 14 anos, em Poços de Caldas (MG), já tem dia e hora marcada para viajarem. As Olimpíadas Escolares de 2012 começam no dia 5 de setembro. A programação de vôos para os alunos--atletas amapaenses foi di-vulgada pelo Comitê Cen-tral Organizador (CCO) da Sedel. O CCO repassou as informações para os pais e ao professores das modali-

dades esportivas individu-ais que iniciaram as compe-tições. As categorias de 12 a 14 anos competem na ci-dade de Poços de Caldas (MG), até o dia 16 de se-tembro. De acordo com o cronograma pré-estabele-cido pelo Comitê Olímpico Brasileiro (COB), as delega-ções viajam em duas tur-mas: atletas de esportes in-dividuais e equipes de esportes coletivos. Os re-presentantes do Amapá nas OE foram definidos nos Jogos Escolares Ama-paenses, que ocorreram de 16 de abril a 2 de junho. A disputa contou com a participação de quase 3

mil atletas de 52 escolas do Estado com estudantes de 12 a 14 anos, que dis-putaram 12 modalidades (Atletismo, Basquetebol, Badminton, Luta Olímpica, Karatê, Ciclismo, Capoeira, Futsal, Handebol, Judô, Natação, Tênis de mesa, Voleibol e Xadrez) ressal-tando que as modalidades Capoeira e Karatê serão disputadas no segundo semestre, pois ambas não são inseridas nas OE. Das 52 escolas, 23 classifi-

caram-se para a fase nacio-nal, sendo: 11 estaduais, 10 particulares e 2 municipais. Mais de 300 profissionais, entre professores, técnicos,

presidentes de federações, entre outros estiveram en-volvidos no evento. 98 árbi-tros de todas as modalida-des atuaram na competição.A reunião aconteceu no

auditório da Secretaria de Estado do Desporto e Lazer (Sedel), na presença do se-cretário, Rogério Salvador que recebeu os pais, e res-ponsáveis dos alunos-atle-tas que estarão represen-tando o Amapá nas Olimpíadas. Além dos pais, também estavam presentes os professores de Educação Física e Coordenadores das escolas classificadas para o maior evento esportivo-es-colar do Brasil.

FIEP realiza 3º Congresso de educação física no APO objetivo é oferecer novas informações aos alunos do curso de educação física

Da Reportagem

Elcio Barbosa

Coordenador do 3º Congresso Internacional de Educação Física no Amapá Valdeci Barbosa

Escola Carmelita se destacou no futsal feminino Time de futsal feminino da escola Alexandre Vaz Tavares garantiu vaga nas Olimpiadas Nacionais

González resolveu problemas particulares e poderá jogar pelo Flamengo

González está confirmado no Fla para jogo com Internacional; Adryan não viaja

Papão viaja com a convicção de que pode trazer três pontos

Sedel apresenta viagens da delegação amapaense rumo a Poços de Caldas

PositivoNo período de 6 a 9 SET, Macapá sedia Congres-so da FIEP – Federação Internacional de Educa-ção Física. O encontro será coordenado pelo profº Valdeci Barbosa.

NegativoA 120 dias de encerrar vínculo com o Flamen-go, Bruno perde R$ 5 mi. Contrato encerra em 31 DEZ, e ex-camisa 1 não recebe salário desde sua prisão, em julho de 2010.

Futebol Sub-19Domingo de futebol com Independente x São José, 09h30, Gigante da Favela. Confira!

IntermunicipalCampeonato de lealda-de, disciplina e organiza-ção. O interior dá exem-plo para a capital.

Papão da AmazôniaPaysandu encara este domingo o líder Luver-dense e precisa vencer em Mato Grosso.

Jogos IndígenasRola a fase classificatória e a etapa final acontece de 23 a 25 Nov na Aldeia Izabel.

FutlamaA partir de 2013, o Cam-peonato Municipal será transformado em Esta-dual. Boa ideia!

BrasileirãoCorinthians x Atlético/MG, Inter x Flamengo e Botafogo x Coritiba agi-tam o domingo.

Atletismo IDia 09 SET acontece em Macapá inédita Meia Maratona com 21,5 km de extensão.

Toque de PrimeiraColunista ANTONIO LUIZ

[email protected]

Atletismo IICorrida em parceria en-tre o SESC e a federação tucuju comandada por Wallena Amaral.

Copa do MundoFIFA nega alteração em tabela e Seleção Brasilei-ra só jogará no Rio se for à final.

FutsalPromoção “Futsal Soli-dário” continua nas de-cisões. Ação em favor de pessoas carentes.

BoxeNelson dos Anjos ficou feliz com o resultado do torneio promovido no bairro Congós.

Mais Querido I

Flamengo aniversaria dia 15 Nov e José Caxias re-aliza a “Festa do Men-gão” na ASEEL

Mais Querido IIPresença do campeão mundial rubro-negro, ex-atacante Nunes, e sorteio de camisas.

Basquete IEvento simples, mas sin-gelo marcou a inaugura-ção do Centro de Treina-mento da FAB.

Basquete IIFormato do CT inédito no Norte/Nordeste e as-sinala parceria com a ini-ciativa privada.

Brasileiro Sub-20Ocorre de 02 OUT a 15

DEZ e reúne 32 equipes. Os clubes do norte fica-ram de fora!

Fenômeno AzulClube do Remo começa a fase mata-mata enca-rando fora de casa o pe-rigoso Mixto-MT.

JudôFederação amapaense deslancha o ‘Projeto Judô Para Todos’, um le-gítimo caça talentos.

Você Sabia?Seleção Brasileira volta a jogar no Brasil e em 7 SET encara a África do Sul no Morumbi (SP). Dia 10 SET será a vez de en-frentar a China no Arru-da, Recife-PE.

Da ReportagemElcio Barbosa

Após desfalcar o Fla-mengo no empate por 1 a 1 com o Sport,

devido a problemas parti-culares, o zagueiro Marcos González embarcou nor-malmente com a delegação rubro-negra para Porto Ale-gre e está confirmado para o duelo contra o Internacio-nal, no domingo.O jogador pediu dispensa

na última quinta-feira por conta de problemas com sua esposa, mas resolveu tudo a tempo de viajar com o grupo para a capital gaú-cha. Enquanto o titular está confirmado para o jogo, o reserva Marllon, que o subs-tituiu contra o Sport, nem sequer ficará relacionado para a partida de domingo. Ele foi substituído na lista pelo jovem Thiago Medei-ros. Outro que está vetado do confronto contra o Inter-nacional é o meia Adryan.

Querido pela torcida e con-siderado uma das grandes apostas do clube, o jogador foi barrado pelo técnico Dorival Júnior e nem sequer viaja para Porto Alegre. No seu lugar, embarcará o meia Mattheus, filho do tetra-campeão Bebeto.

Adriano confirmadoMesmo sem poder atuar,

o grande destaque do em-barque rubro-negro na tar-de desta sexta foi o atacan-te Adriano. Após realizar atividades físicas na praia pela manhã, o Imperador se juntou aos companheiros no Aeroporto Internacional do Rio de Janeiro e atraiu a curiosidade de quem pas-sava pelo local. Em Porto Alegre, ele irá dar sequência ao trabalho de recondicio-namento físico, além de as-sistir ao jogo contra o Inter-nacional.

Com dois dias de ante-cedência, a delegação bicolor deixou na últi-

ma sexta pela manhã Belém e chegou a Lucas do Rio Verde (MT) à noite. Ontem de manhã, o técnico Givanil-do Oliveira leva o elenco para o último treinamento antes do confronto de hoje à noite com o Luverdense, líder isolado do grupo A da Série C do Campeonato Brasileiro. Na bagagem para o interior mato-grossense, os alviazuis levaram muita esperança e confiança num bom resultado, mesmo o LEC ostentando um aprovei-tamento de 100% nos qua-tro jogos que disputou como mandante. Ainda que parte da torcida tenha pro-testado nos últimos dias, jo-gadores e comissão técnica apostam em voltar à capital paraense com pontos.

‘A gente sabe da nossa qualidade. Se estivéssemos na lanterna, não jogando nada, aí sim poderia ter pro-testo. Mas não é assim. Nós nos cobramos demais para que essa bola entre. Temos que ter tranquilidade lá na frente, não só os atacantes, mas todos’, disse Leandri-nho, que mostrou confiança no que Givanildo propôs durante a semana. ‘Temos que assimilar o que o pro-fessor está orientando para que tudo ocorra bem dentro

de campo’.O comandante bicolor mi-

nimizou as cobranças ainda em Belém e defende a situa-ção do Paysandu, conside-rada por ele ainda boa. No entanto, Givanildo não exi-me o time de defeitos e co-bra uma melhora já amanhã, mesmo encarando o líder fora de casa. ‘O Luverdense está mostrando por que é o líder. Não perdeu em casa e tem vencido fora. Mesmo que fosse o lanterna tam-bém seria complicado. Fute-bol tem dessas coisas e o pensamento é de vitória, mesmo sabendo da força do adversário’, afirmou o trei-nador, que comentou sobre as conversas que teve com o grupo nos últimos dias, em especial no treino da quinta--feira, o último na Curuzu antes da viagem.

Com cinco jogos fora e quatro dentro nesse returno da primeira fase, a obriga-ção não é mais apenas ven-cer em Belém, mas também trazer pontos como visitan-te. Até aqui, o aproveita-mento bicolor longe de Be-lém é bom, com cinco de doze pontos possíveis. Quando conquistou os títu-los mais importantes no Paysandu, Givanildo Oliveira celebrizou-se por sempre fazer valer o mando e rou-bar pontos fora, feito que terá que ser repetido.

Page 7: Jornal do Dia 02-03/09/2012

A7JD EsporteEditor: Pablo Oliveira - [email protected]

Macapá-AP, domingo e segunda, 02 e 03 de setembro de 2012

Campeão paraolímpico tem acesso de fúria após desclassificação: ‘Arruinaram minha vida’

O ciclista britânico Jody Cundy, atual campeão paraolímpico, foi o cen-tro das atenções no encerramento do segundo dia dos Jogos Paraolímpi-cos de Londres. Último a competir na categoria C4-5 e um dos favoritos na prova de 1 km no velódromo, o atleta da casa foi desclassificado por um erro na largada.

Revoltado, Cundy atirou garrafas de água no chão e discutiu com os árbitros e com seu técnico. “Eu desperdicei quatro anos da minha vida. Você sabe o que é dedicar quatro anos da sua vida... eu nem consigo explicar com palavras”, gritou o britânico em meio a palavrões. Sua equi-pe culpou uma falha no equipamento e Cundy, logo após o início da pro-va, rapidamente levantou o braço direito, indicando um erro e que preci-saria de outra tentativa. Os árbitros não aceitaram e negaram uma segunda chance ao ciclista. Quando o telão mostrou a informação de tempo de Cundy como “não terminou”, uma sonora vaia dos 6 mil presen-tes no velódromo foi ouvida.

“Vocês arruinaram minha vida. Eu nunca mais vou ter essa oportunida-de de novo. Nunca. O que eu devo fazer?”, continuou Cundy, que preci-sou ser contido por outros ciclistas. Cundy e a equipe britânica pediram que a UCI revisse o lance pela TV, mas a entidade máxima do ciclismo mundial disse que não admitiria outras evidências.

Enquanto isso...

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O inglês Jenson But-ton largará na pole position no Grande

Prêmio da Bélgica de Fór-mula 1. O piloto da McLa-ren foi o mais rápido do treino classificatório de ontem e ficou com a pri-meira colocação, seguido do japonês Kamui Ko-bayashi (Sauber) e do ve-nezuelano Pastor Maldo-nado (Williams). O brasileiro Felipe Massa lar-gará na 14ª posição, en-quanto Bruno Senna ficou com o 17º lugar no grid.L í -

der do Mundial de pilotos, o espanhol Fernando Alonso conquistou a sexta colocação no treino classi-ficatório. Já os carros da Red Bull não tiveram um bom sábado. O australiano Mark Webber obteve o sé-timo lugar, mas perdeu cinco posições por trocar o câmbio e largará em 12º. Já o alemão Sebastian Vet-tel, que sequer passou para o Q3, ficou com a 10ª colocação.A primeira parte do treino

contou com a liderança do venezuelano Pastor

Maldonado, da Williams, que registrou 1min48s993. Jenson Button, Nico Hulkenberg e Fernando Alonso vieram em seguida. Massa obteve o sétimo tempo e Bruno Senna fi-cou em 16º. Rosberg, Ko-valainen, Petrov, Glock, De La Rosa, Pic e Karthikeyan foram os eliminados no Q1. Os brasileiros ficaram pelo caminho na segunda parte do treino. Com de-sempenho decepcionante, Felipe Massa ficou apenas em 14º com o tempo de 1min49s147. Bruno Senna terminou em 17º com 1min50s088. Vettel,

Hulkenberg, Schumacher, Verge e Ricciardo também ficaram da etapa seguinte. O mais rápido foi Jenson Button, seguido por Sergio Perez, Kimi Raikkonen, Mark Webber e Lewis Ha-milton. Os 10 classificados para o Q3 deixaram para registrar suas voltas ape-nas no fim da sessão. But-ton dominou a sessão com 1min47s573, seguido pelo surpreendente Kobayashi com 1min47s871. Maldo-nado também teve bom desempenho e terminou com a terceira colocação, seguido por Raikkonen, Perez, Alonso e Hamilton.

Líder do Mundial de pilotos, o espanhol Fernando Alonso conquistou a sexta colocação no treino classificatório

Button conquista a pole para o GP da Bélgica; Felipe Massa larga em 14º

A situação do técnico Oswaldo de Oliveira piora a cada dia no

Botafogo. Após a goleada sofrida para o São Paulo por 4 a 0, na última quinta--feira, o treinador foi pres-sionado pela diretoria pela terceira vez na temporada, mas a demissão ainda é descartada pela cúpula do futebol alvinegro. Sem o mesmo prestígio do início do ano, o treinador segue à frente da equipe neste do-mingo quando o Glorioso receberá o Coritiba, no En-genhão.Oswaldo de Oliveira foi

contratado no início do ano com pompas de trei-nador de ponta e muito elogiado pelo currículo vencedor. No Campeonato Carioca, a equipe apresen-tou um futebol eficiente, mas manchou seu desem-penho ao ser goleado pelo Fluminense por 4 a 1 na fi-nal da competição. Neste momento, o técnico manti-nha o prestígio intacto e sobrou para o então vice de futebol, André Silva. O cargo foi acumulado pelo presidente Maurício As-sumpção desde então.Sem abrir mão do seu es-

quema tático, Oswaldo de

Oliveira contribuiu para a saída de Loco Abreu do Botafogo, o que o deixou com mais responsabilidade diante da torcida, revoltada com a perda de um ídolo. A situação do treinador piorou com a eliminação da equipe na Copa do Bra-sil, ainda na segunda fase pelo Vitória, no Engenhão. A competição era vista com bons olhos pela dire-toria, que tem como princi-pal objetivo fazer com que o Botafogo volte à Copa Libertadores após 16 anos.Após superar a fase ruim,

o treinador teve o respaldo

da diretoria por estar próxi-mo ao G-4 no Brasileiro e ter vencido adversários de respeito, como Internacio-nal e Corinthians, por exemplo. Mas o Botafogo voltou a oscilar e teve ape-nas uma vitória nos últimos seis jogos da competição. No último deles, o Glorioso sofreu uma sonora golea-da de 4 a 0 para o São Pau-lo e a diretoria mais uma vez pressionou Oswaldo de Oliveira.Inicialmente, os dirigentes

não têm a intenção de fa-zer uma troca no comando da equipe. O discurso é o

mesmo da temporada pas-sada, quando Caio Júnior contava com o prestígio, mas não resistiu à queda de produção e deixou o cargo. No momento, Oswaldo

de Oliveira está com o em-prego garantido, mas a si-tuação pode mudar caso não haja uma melhora no rendimento do time. O Bo-tafogo volta a campo neste domingo, às 18h30, quan-do enfrentará o Coritiba, no Engenhão. Com 28 pontos, o Alvinegro ocupa a oitava colocação do Bra-sileiro.

Oswaldo sofre pressão pela 3ª vez no ano, mas demissão ainda é descartada no Botafogo

José Aldo já pensa em nova estratégia para Edgar e prevê estresse de rival no UFC Rio 3

Depois de fazer todo o trabalho de divulgação, gravar vídeos, tirar fo-tos, e – principalmente – iniciar o treinamento, José Aldo foi surpreendido na última sexta-feira com a mudança de adversário no UFC Rio 3, em 13 de outubro. Sai Erik Koch, lesionado, entra Frankie Edgar, ex-campeão dos leves e que tinha acabado de anunciar sua ida para os penas.

Ciente de seu novo desafio, o manauara radicado no Rio de Janeiro já começou a pensar no que terá de mudar em seu treino para enfrentar Edgar. “Fiquei feliz com a notícia. Acho que será um grande desafio e vamos treinar muito para que dê tudo certo.”

“A estratégia mudou um pouco porque estávamos nos preparando para outro tipo de luta. Mas Edgar tem características de wrestler como outros que já enfrentei, como Chad Mendes. Já fiz esse jogo várias vezes.”, com-pletou José Aldo.

Mas o brasileiro tem uma arma secreta para essa preparação. Assim como já aconteceu antes de sua luta no UFC Rio 2, em janeiro, ele trará para seu camp o norte-americano Gray Mainard, especialista em wres-tling que, além disso, já enfrentou Frankie Edgar duas vezes pelo cinturão dos leve, tendo empatado a primeira luta. “Estou treinando chão, movi-mentação, wrestling, e já tinha o Gray Maynard vindo novamente para me ajudar.”

Sobre a descida de peso de Edgar dos leves para os penas, o campeão do UFC não prevê muitos problemas, apenas um estresse natural desse tipo de mudança. “Acho que não será um grande problema para ele, ele vai ter que cortar peso como eu corto.”

“Só pode vir a atrapalhar porque ele vai ter que se preocupar com a dieta deste tipo de corte pela primeira vez. Além disso, pode estar um pouco estressado por ter lutado há pouco tempo, mas há tempo hábil”, explicou.

Sharapova solteira, dancinha de Djokovic e trapa-lhadas marcam a 6ª no Aberto dos EUA

Sorte no jogo, azar no amor. Assim pode ser resumida a última sexta-feira de Maria Sharapova. Em quadra, a tenista russa massacrou Mallory Burdette e se classificou para as oitavas de final do Aberto dos EUA. Na vida pessoal, porém, a musa confirmou que está solteira.

Os boatos de que o relacionamento entre Sharapova e o jogador de basquete Sasha Vujacic estava com problemas ficaram mais fortes no começo desta semana. Os dois iriam se casar em novembro, na Tur-quia, mas a cerimônia foi cancelada.

Após a tranquila vitória sobre a norte-americana com um duplo 6-1, Sharapova confirmou o fim de seu noivado com o esloveno. A justifica-tiva dada foi a mesma usada por outros casais famosos: a incompatibi-lidade de agendas.

Quem também teve uma vitória fácil foi Novak Djokovic. O brasileiro Rogério Dutra Silva não foi páreo para o sérvio, que venceu por 3 sets a 0 e com direito a uma ‘dancinha’ na quadra após a classificação para a terceira rodada.

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O técnico Tite percebeu que o elenco corin-tiano tem sofrido

com desgaste físico por causa da recente maratona de jogos. Ele assegurou que, contra o Atlético, hoje, às 16h, no Pacaembu, vai usar força máxima e escalar to-dos os titulares possíveis.

Mas o treinador avisou que para os próximos dois jogos, contra Figueirense e Grêmio, deve promover mudanças no time por questões físicas.

“Para o domingo, é força total”, disse Tite, an última sexta-feira. “Depois, vamos ver se vão ter mudanças para os jogos seguintes. Não dá para jogar sempre com a mesma equipe, até conversei com a diretoria sobre isso. Você não conse-gue manter o grau de inten-sidade, então vai ter que ser utilizada uma grande quan-

tidade jogadores”, comple-tou o treinador gaúcho.

O atacante peruano Paolo Guerrero, continuará sendo desfalque, já que não se re-cuperou de lesão muscular. Ausente do duelo contra o

Fluminense, o argentino Martinez treinou nas sexta, mas ainda é dúvida para do-mingo.

Já o zagueiro Paulo André cumpriu suspensão na últi-ma rodada e voltará à equi-

pe titular. Contra o líder do Brasileiro, o Corinthians deve ir a campo com Cassio; Alessandro, Chicão, Paulo André e Fábio Santos; Ralf, Paulinho, Douglas e Danilo; Emerson e Romarinho.

Tite escala Corinthians com força máxima contra líder, mas já pensa em poupar time de maratona

Tite pensativo, durante treino do Corinthians no CT Joaquim Grava (20/7/2012)

Oswaldo terá mais tempo para ajustar a equipe, mas foi pressionado pela diretoria

Page 8: Jornal do Dia 02-03/09/2012

Aline LimaEditor: Pablo Oliveira - [email protected]

Sociedade [email protected]

Macapá-AP, domingo e segunda, 02 e 03 de setembro de 2012

Público presente na inauguração do Planeta Shake

PLANETA SHAKE fica localizado na Av. Padre Júlio, Próx. a Orla de Macapá

Público presente na inauguração do Planeta Shake

Eder, Fabiane e Lelita

João Batista e Nina Pariz

Ana Adriele, Marcos e Karine Convidados saboareando o milk shake do Planeta Shake

Inaugurou na última semana em grande estilo PLANETA SHAKE com 140 sabores diferenciados de milk shake. A colunista esteve no evento e registrou os melhores momentos. Confira!!!

Criançada Aprovou Shake Kids

José Oliveira e Délcio

No Planeta shake você pode deixar seu recadinho especial Délcio, Giulia e Shirley

Sócios proprietários Denise dos Santos e Marcos

Empresárias Denise dos Santos e Vanessa Besognim em entr evista ao Programa Balada Fashion

Page 9: Jornal do Dia 02-03/09/2012

CadernoBMacapá-AP, domingo e segunda, 02 e 03 de setembro de 2012Editor: Pablo Oliveira - [email protected]

DiaDia

Única maneira que os feirantes encontram para vender seus produtos e não sair no prejuízo, é comercializar praticamente invadindo a rua

Outro fator preocupante é o fato da carne, por exemplo, ficar exposta sob poeira e moscas no local

Punida pela Anatel, Oi publica lista de cidades com orelhões que fazem ligação local gratuitaA operadora Oi publi-

cou em seu site as de cidades brasilei-

ras onde os orelhões mantidos pela concessio-nária já deixaram de fazer cobrança por ligações lo-cais. No Amapá, se pode fazer ligações locais gra-tuitas em Macapá, Ferrei-ra Gomes, Amapá, Laran-jal do Jari e Vitória do Jari.

Por não cumprir os ob-jetivos do Plano de Revi-talização da Telefonia de Uso Público, a Agência Nacional de Telecomuni-cações (Anatel) e a Oi ajustaram, no último dia 24, um acordo que prevê

a gratuidade desse tipo de ligação em cerca de 2 mil municípios do país. De acordo com a Anatel, a medida irá beneficiar cerca de 29% da popula-ção brasileira.

Na quinta-feira (30) venceu o prazo para a Oi efetivar a gratuidade em pelo menos 90% dessas localidades. Para obter a gratuidade, o usuário não precisará usar cartão. Bas-ta apenas digitar o núme-ro do telefone fixo.

A gratuidade deverá ser mantida até pelo menos o final de 2012 em 742 municípios com densida-

de de orelhões abaixo da meta de quatro aparelhos a cada mil habitantes. Nos demais 1.278 municí-pios que registraram as piores condições de fun-cionamento dos orelhões, o prazo da gratuidade vai pelo menos até o próxi-mo dia 30 de outubro.

Para voltar a cobrar pe-las ligações após essas datas, a empresa terá que garantir, conforme o município, o funciona-mento de pelo menos 90% dos aparelhos – ou 95% onde não há serviço individual de telefonia – , ou ainda cumprir a pro-

porção mínima de apare-lhos por habitante. Em 446 municípios a Oi terá que se adequar a ambas as metas.

Procurada pela reporta-gem, a Oi informou, por meio de nota, que opera mais de 700 mil orelhões em cerca de 4 mil municí-pios brasileiros. Segundo a empresa, o cronograma de melhorias dos telefo-nes públicos foi prejudi-cado pelo atraso na en-trega de equipamentos por fornecedores e in-tempéries climáticas. “A Oi optou por uma forma de compensação pública

e voluntariamente ofere-ceu gratuidade no uso de orelhões [em ligações lo-cais para telefones fixos] nos municípios que não puderam ser atendidos no prazo acordado, como forma de reparação aos usuários dessas localida-des”, diz a nota. A Oi in-forma ainda que 252 mil aparelhos serão trocados até 2013.

A Anatel, por meio de sua assessoria de impren-sa, garantiu que o órgão está fiscalizando o cum-primento do acordo. Já a Coordenadoria Estadual de Proteção e Defesa do

Consumidor do Paraná (Procon-PR) disse que abrirá reclamações se al-gum consumidor denun-ciar o não funcionamento dos telefones públicos ou a “queima” de crédito. O Procon-PR ainda não re-gistrou nenhuma recla-mação a respeito.

Em uma ação similar, no último mês de abril, a Anatel determinou a gra-tuidade das chamadas in-terurbanas para telefones fixos originadas de ore-lhões da Embratel. A me-dida, que em geral atinge áreas remotas do país, vale até o final do ano.

Mau cheiro, moscas e até ratos dividem espaço com os vendedores que cobram melhores condições de trabalho

Pescado é vendido sem nenhum tipo de higiene nas feiras da capital do AP

Um ambiente higiêni-co, com produtos de qualidade e preços

acessíveis a todos. Esta deveria ser a descrição ideal para uma feira livre, principalmente aquelas que lidam com pescado, porém na maioria dos lu-gares que comercializam este tipo de produto em Macapá acontece total-mente o contrário.

O que menos se vê na maioria das feiras que co-mercializam pescado em Macapá é limpeza e orga-nização. De longe se sente o mau cheiro e também a presença de moscas e até ratos, além disto, em al-guns pontos há esgotos que passam bem ao lado das barracas.

É o caso dos feirantes que vendem principal-mente camarão e peixe ao lado da feira do produtor do Buritizal, que dividem espaço com o esgoto, po-eira e comercializam os produtos praticamente no meio da rua.

Segundo informações dos feirantes, eles iriam ser remanejados para um espaço que fica atrás da Feira do Produtor, mas até o momento isto não aconteceu. Enquanto isto não acontece, eles conti-nuam trabalhando em péssimas condições.

Em decorrência disso, os consumidores estão insa-tisfeitos e reclamam da omissão do poder público e da falta de ações da vigi-lância sanitária. “Quem passa ao lado de feiras li-vres em Macapá pode pre-senciar a falta de higiene. Moscas e outros tipos de insetos se tornaram algo normal, o que não pode acontecer. É muito difícil a gente presenciar a atuação da vigilância sanitária nes-

tes locais e a Prefeitura não faz nada para melho-rar”, lamentouautônoma Giordanna Silva.

IrregularidadesAlém do mau cheiro e da

falta de higiene,aspectos como o tempo de armaze-nagem e refrigeração ina-propriadas, manipulação e preparação inadequadas, podem favorecer a prolife-ração de microrganismos. Esses fatores podem estar presentes em toda a ca-deia de processamento desde a captura ou des-pesca, passando pelo ponto de venda, até a mesa do consumidor, tor-nando-se assim um risco para a saúde.

Nas feiras dificilmente há também instalações sa-nitárias e é normal que a mesma água seja utilizada para a limpeza do pesca-do, utensílios e mãos, já que falta água corrente para lavagem dos produ-tos. Os feirantes também manipularam o peixe e di-nheiro ao mesmo tempo, o que pode ocasionar con-taminação do alimento.

Quanto à proteção nos cabelos, foram observados feirantes usando cabelos compridos e sem prote-ção, sendo que alguns usam boné, mas o que não é o suficiente para prote-ger. Eles também nau utili-zam luvas e avental.

Quando perguntados se a Vigilância Sanitária ins-peciona o local, os feiran-tes informaram que este tipo de ação geralmente acontece somente antes ou durante a semana san-ta, já que neste período há uma grande procura por pescado.

BalançasOutro problema denun-

ciado pelos consumidores são as balanças que não pesam os produtos de for-

CINTHYA PEIXEDa Redação

ma correta. “A gente per-cebe que as balanças já não apresentam condi-ções de uso, sempre estão enferrujadas e velhas. Com isso quem perde é a gente, já que geralmente a gente compra, por exemplo, 2 kg de peixe e sabe que na sa-cola não tem essa quanti-dade”, falou a dona de casa Silvana Costa.

A última inspeção reali-zada pelo Instituto de Pe-sos e Medidas (Ipem) aconteceu no primeiro se-mestre deste ano. Durante a ação, as balanças repro-vadas por apresentar erro e prejuízo ao consumidor foram interditadas.

Para que o consumidor tenha certeza que o peso está correto, basta verificar se balança passou pela ve-rificação do Ipem obser-vando se ela contém o la-cre do Inmetro.

Caso o consumidor te-nha alguma suspeita sobre a aferição da balança, pode procurar o Ipem para

que o instrumento seja ve-rificado pelos fiscais. A fis-calização de balanças usa-das nas atividades comerciais é regulamenta-da pela Portaria 236/94 do Inmetro.

Obras paralisadasAlém das barracas de

pescado ao lado da Feira do Produtor do Buritizal, outra feira que funciona de forma improvisada é a Feira de Pescado da Ana Nery, no bairroPérpetuo Socorro.

Esta feira funciona há cerca de três anos de for-ma improvisada, entretan-to a promessa era que em pouco tempo eles fossem transferidos para a Feira do Pescado, local que seria construído para dar mais condições para os comer-ciantes, entretanto as obras estão paralisadas.

Os feirantes reclamam das más condições dos lo-cais. “Está cada vez mais

difícil desempenhar os ser-viços nesses boxes relati-vamente pequenos. Além disso, o mau cheiro do ca-nal esta atrapalhando nas vendas, pois as pessoas que tem maior poder aquisitivo começam a evi-tar o local, pois a limpeza é um pedido dessa clientela” contou Juvenal Melo, ven-dedor de peixe há mais de sete anos.

No início do ano, o Se-cretário de Infraestrutura, Joel Banha, disse que as obras estavam avançadas, e que Seinf já havia solici-tado a empresa responsá-vel pela construção e aca-bamento da nova feira do pescado, um aumento no número de trabalhadores.

Segundo as últimas notí-cias repassadas aos ven-dedores que serão agra-ciados com a obra, só falta o pagamento de indeniza-ções à pessoas que estão com seus empreendimen-tos em um local, que deve-

rá ser o estacionamento da feira.

Segundo o site de notí-cias do Governo a obra deve ser entregue nos próximos dias aos comer-ciantes cadastrados. “A obra, que faz parte do Pro-grama de Obras e Ações para Mudar o Amapá (Pro-amapá), está 95% concluí-da, dependendo apenas de alguns detalhes técni-cos para ser entregue à comunidade. No espaço que contempla a feira ain-da existem 12 famílias apenas aguardando a atu-alização do cálculo das in-denizações para a definiti-va desocupação da área”, diz a assessoria.

A nova feira do pescado vai ter 166 boxes que vão ser ocupados por feirantes que trabalham com a ven-da de peixe, banana e ou-tros produtos. Além dos restaurantes da Praça Bei-ra Rio que serão transferi-dos para o espaço.Enquanto a nova feira do pescado não fica pronta, população reclama do mau cheiro na maioria das feiras

FOTOS HEVERTON MENDES

Page 10: Jornal do Dia 02-03/09/2012

B2JD Macapá-AP, domingo e segunda, 02 e 03 de setembro de 2012GeralEditor: Fabrício Costa - [email protected]

Com um grande índice de acidentes de trânsitos diários, a Seguradora Líder DPVAT ainda não divulgou os números exatos do Amapá

Parque do Tumucumaque inaugura Centro Rústico de Vivência na região

O Parque Nacional Montanhas do Tu-m u c u m a q u e

(PNMT), situado entre o estado do Pará e Amapá, inaugurará no dia 4 de se-tembro (quarta-feira), o Centro Rústico de Vivência (CRV), que é um acampa-mento montando num dos principais acessos à Unida-de de Conservação, em Serra do Navio. Esta ativi-dade marcará a celebração dos 10 anos do PNMT, en-volvendo conselho consul-tivo, poder público e a so-ciedade civil dos municípios do entorno do Parque, tais como: Oiapoque, Laranjal do Jari, Serra do Navio, Pe-dra Branca do Amapari, Calçoene e Almerim.

O Centro Rústico de Vi-vência (CRV) é o “embrião” de um possível Centro de Interpretação da Natureza.

“Centros de Interpretação da Natureza são espaços destinados a apresentar as características de uma uni-dade de conservação ou de áreas naturais para o público em geral”, afirma o analista ambiental Paulo Russo, que é Coordenador de Articulação Institucional e Comunitária & Educação Ambiental do PNMT.

No dia 5 de setembro, Dia da Amazônia, estão previstas a realização de atividades culturais, como uma retrospectiva dos principais fatos relaciona-dos à história do Tumucu-maque e uma apresenta-ção do grupo Raízes do Bolão – que vai exibir um número de Marabaixo.

Também ocorre neste mesmo dia o passeio den-tro de uma trilha que leva-rá os convidados até as

margens do rio Feliz, onde está situada uma das mais belas paisagens da entrada do Parque Nacional Mon-tanhas do Tumucumaque.

Para chegar ao local das comemorações, os convi-dados sairão de Macapá até o município de Serra do Navio, e de lá irão para o acampamento em “voa-deiras”. A viagem ao longo do rio deve durar cerca de 4 horas. Estão envolvidos na mobilização a equipe do Parque Nacional, cola-boradores da região e o 34ª Batalhão da Infantaria de Selva.

Para a realização deste evento o Parque Nacional Montanhas do Tumucu-maque tem o apoio da or-ganização não governa-mental, WWF Brasil, e do Programa Áreas Protegi-das da Amazônia (ARPA).

Mistura de mel com cachaça é destaque no Parque de Exposições da Fazendinha

Apicultores comer-cializam pelo quar-to ano consecuti-

vo, no Espaço Rural da 49ª Expofeira Agropecu-ária do Amapá, o tão fa-moso mel puro e mistu-rado com cachaça. Como nos anos anteriores, o estande atrai um público de pessoas com idades diversificadas agradan-do a todos. Os adultos pela ousadia da mistura e as crianças pela doçura do mel.

O espaço onde o pro-duto é comercializado tem um nome familiar “Apirio Nove” e é admi-nistrado por um casal de apicultores, moradores de

Porto Grande, que vive exclusivamente da venda do produto e acredita no sucesso de vendas duran-te todo o período de feira.

O apicultor proprietário do estande, Veríssimo Vieira Filho, explica que a cada ano o número de pessoas a procura do mel aumenta, o que facilita a venda. “Todos os produ-tos oferecidos são pro-duzidos artesanalmente por minha família. Nós começamos a produzir o mel comercializado aqui na feira com bastante an-tecedência, cerca de 3 meses antes, para poder atender a todos. Nossa expectativa de venda

para este ano é de 200 kg do produto. Nós investi-mos no mel por acredi-tarmos no sucesso de vendas”, diz Veríssimo.

No ato da compra os visitantes poderão visuali-zar por meio de vídeo ca-seiro as técnicas de extra-ção do mel, como a fermentação natural por um período de 18 a 36 horas, entre outras. É im-portante ressaltar que to-dos os produtos comer-cializados poderão ser encontrados após a Expo-feira na Cooperativa de Apicultores do município de Porto Grande e na Fei-ra do Agricultor do Buriti-zal, em Macapá.

Proposta pretende facilitar transporte de agentes de saúde

A Câmara analisa projeto que isenta do imposto sobre

produtos industrializa-dos (IPI) bicicletas e mo-tociclistas de até 125 ci-lindradas quando adquiridas por agentes comunitários de saúde. A proposta também reduz a zero as alíquotas do Pis/Pasep e da Cofins para os mesmos produ-tos quando comprados por esses profissionais.

Pela proposta (PL 3603/12), de autoria do deputado Chico D’Angelo (PT-RJ), o agente comuni-tário que vender o bem adquirido com benefício tributário a pessoas que não preencham os requi-sitos previstos em regula-mento ficará sujeito a pa-gar os tributos corrigidos. Poderá ainda ser punido com multa e juros.

De acordo com Chico

D’Angelo, apesar da im-portância do trabalho dos agentes de saúde, seus sa-lários são, em geral, muito baixos. O deputado lem-bra também que o exercí-cio de suas atividades exi-ge que se desloquem constantemente, seja para áreas rurais ou periferia das cidades, o que acarre-ta problemas com trans-porte. De acordo com o deputado, os benefícios tributários concedidos poderão baratear em até 25% bicicletas e motoci-cletas para os agentes. Com isso, segundo afirma, “proporciona-se uma al-ternativa de transporte para a categoria”.

A proposta foi enviada para análise conclusiva das comissões de Seguri-dade Social e Família; de Finanças e Tributação; e de Constituição e Justiça e de Cidadania.

Maioria dos acidentes são causados por falta de atenção, tendo como consequência colisões de várias naturezas

Cresce o número de indenizações pagas pelo seguro DPVAT às vítimas de acidentes

O número de indeni-zações pagas pelo DPVAT cresceu 31%

no primeiro semestre des-se ano em todo o Brasil, em comparação com o primeiro semestre de 2011. Foram 216 mil casos nos primeiros 6 meses de 2012, o que corresponde a 1.200 por dia. No Amapá não existem dados refe-rentes ao período.

Com um grande índice de acidentes de trânsitos diários, a Seguradora Lí-der DPVAT ainda não di-vulgou os números exatos do Amapá. Durante uma semana, a reportagem do Jornal do Dia entrou em contato com a seguradora, porém, a mesma não pos-sui números locais.

Para os órgãos de trânsi-to, em média são registra-dos cerca de 10 a 15 aci-dentes por dia em Macapá, sendo que a maioria das vitimas estão de motos. As vítimas dessas ocorrências representam 41% do total. Os dados mostram tam-bém que a maioria dos acidentes são causados por falta de atenção, re-presentando 84%, tendo como consequência coli-sões de várias naturezas. Carros e caminhões lide-ram o topo desta lista com 63%, e no que diz respeito ao tempo a maioria dos

acidentes acontecem du-rante o dia.

De acordo com dados do Departamento Estadual de Trânsito (Detran) os aci-dentes são causados pelas condições de estado psi-cológico do condutor.

Em janeiro de 2010, o ín-dice de acidentes para cada 10 mil veículos era 35,2, ou seja, para cada 10 mil carros ocorriam aproxi-madamente 35 acidentes. No mesmo período de 2011, esse índice diminui, chegando a 27,36. Em fe-vereiro de 2010, o índice representava 34,2, e em 2011 diminui para 21,58.

De acordo com a média nacional, no 1º semestre de 2012, as indenizações pagas pelo Seguro DPVAT registraram crescimento de 31% ante mesmo perí-odo de 2011.

Os casos de Invalidez Permanente representa-ram a maioria das indeni-zações pagas pelo Seguro DPVAT no período, 66%, mantendo o mesmo com-portamento observado no 1º semestre de 2011. Contudo, o maior cresci-mento percentual foi re-gistrado nos Reembolsos de Despesas Médicas, que aumentaram 41% em relação ao mesmo perío-do de 2011.

Os pagamentos das in-denizações referem-se às ocorrências no período e em anos anteriores, ob-

FRANK FIGUEIRADa Redação

servado o prazo prescri-cional de 3 (três) anos para solicitar o benefício do Seguro DPVAT.

Os números comprovam o que já se percebe no dia a dia. O risco é bem maior sobre duas rodas. Sete em cada 10 indenizações di-zem respeito a acidentes envolvendo motocicletas.

No 1º semestre de 2012, mantendo o mesmo com-

portamento do 1º semes-tre de 2011, a motocicleta representou a maior parte das indenizações, 69% dos pagamentos, sendo o anoitecer o período de maior incidência de aci-dentes indenizados, segui-do pela tarde.

AcidentesEm 2011, o Departa-

mento Estadual de Trân-

sito do Amapá (Detran/AP) registrou 3.692 aci-dentes de trânsito, 1.831 deles foi envolvendo mo-tociclistas. Os números alertam, o acidente de moto é mais grave do que o automobilístico. O risco da pessoa ter fratu-ras mais graves em aci-dente envolvendo moto é muito maior, pois o ca-pacete é o único aparato

de proteção.O Centro de Reabilita-

ção do Amapá (Creap) atendeu no ano de 2011 um total de 196 pacientes vítimas de acidentes de trânsito. Neste primeiro semestre de 2012, esse número já chega a 115. O custo de um paciente fra-turado para o Sistema Único de Saúde (SUS) é de 2 a 6 mil reais.

Apesar da importância do trabalho dos agentes de saúde, seus salários são, em geral, muito baixo no país

HEVERTON MENDES

HEVERTON MENDES

Page 11: Jornal do Dia 02-03/09/2012

B3JD Macapá-AP, domingo e segunda, 02 e 03 de setembro de 2012DiaDiaEditor: Fabrício Costa - [email protected]

Apesar de ter decidido não disputar a reeleição para a vereança, Rilton adiantou que continuará trabalhando politicamente nos bastidores

O objetivo da utilização do etillômetro é realizar fiscalizações repressivas e combater condutores embriagados

Detran entrega etilômetro ao Batalhão de Policiamento de Trânsito

O Departamento Es-tadual de Trânsito do Amapá (Detran/

AP) entregou ao Batalhão de Policiamento de Trân-sito (BPTRAN) onze etilô-metros, conhecidos como bafômetros. O objetivo é realizar fiscalizações re-pressivas e combater con-dutores embriagados.

A ação faz parte do con-vênio de Cooperação Téc-nica firmado com a Polícia Militar. Esteve presente na entrega o diretor-presi-dente do Detran, Sávio Pinto, o comandante da Polícia Rodoviária Federal, Aldo Balieiro, o capitão Antônio Rodrigues, repre-sentando o comandante do BPTRAN, coronel Josias Carvalho e a secretária de Estado da Justiça e Segu-rança Pública em exercí-cio, Katiúcia Pinheiro.

Na oportunidade foi en-tregue também à Polícia Rodoviária Federal um aparelho de aferir pelícu-

las. “Agradeço ao governo do Estado, pois não tínha-mos esse aparelho ainda, devido estar em processo de licitação em âmbito na-cional para adquirirmos até o final do ano. Tínha-mos uma dificuldade em relação a fiscalizar essa si-tuação, uma vez que re-gistramos um certo abuso no uso de películas em nossa área de atuação e esse equipamento vai re-forçar nossa fiscalização, pois para o uso da película existe lei e tem que ser respeitada”, disse o co-mandante Aldo Balieiro.

O diretor-presidente do Detran, Sávio Pinto, infor-mou que as fiscalizações contra os condutores im-prudentes irão ficar mais rígidas. “Na próxima terça, 4 de setembro, iremos reunir com os delegados plantonistas de Macapá e Santana, promotores de justiça, a Delegacia de Aci-dentes (Deatran) e um re-

presentante da Polícia Ro-doviária Federal e um do BPTRAN, pois nossa inten-ção é unificar o ataque contra esse mal que atin-ge a sociedade brasileira, que é o condutor dirigin-do um veículo com sinto-mas de embriagues”. “Va-mos discutir a medida cautelar do artigo 295 do Código de Trânsito que trata sobre a suspensão cautelar do direito de diri-gir, temos que combater de maneira mais enérgica essas atitudes reprováveis de algumas pessoas que não tem o devido com-portamento adequado para conduzir veículo”, pontuou Sávio Pinto.

O capitão Antônio Ro-drigues informou que os etilômetros já estarão fun-cionando a partir da data em que foram entregues, sendo que um será enca-minhado para Laranjal do Jarí, outro para Oiapoque e dois irão para Santana.

Partido Verde deve ser a próxima legenda a qual presidente da Câmara de Vereadores de Macapá tentará filiação

Rilton revela descontentamento com ideologia tucana e quer mudar de partido

O presidente da Câ-mara de Vereadores de Macapá, Rilton

Amanajás (PSDB), confir-mou que vai mudar de le-genda. Apesar de não ter adiantado para qual parti-do vai, disse que sua von-tade é assinar filiação no Partido Verde (PV).

Apesar de ter decidido não disputar a reeleição para a vereança, Rilton adiantou que continuará trabalhando politicamente nos bastidores. “Não te-nho apego político. Cum-pri meu mandato, porém, não ficarei de fora da polí-tica”, comentou.

Rilton deixa a Câmara de Vereadores em um mo-mento de mudança. No Censo 2010, realizado pelo IBGE, apontou-se que Ma-capá poderia aumentar o número de vagas para ve-readores. Esse número pu-lou de 16 para 23. Porém, Rilton foi um dos poucos que votou contra esse au-mento. “Do ponto de vista constitucional o aumento é legal. Do meu ponto de vista político acredito que não há necessidade de au-

mentar o número de va-gas, mas respeito a deci-são da maioria”, disse.

PSDB no APDistante um ano e meio

das atividades do seu ain-da atual partido (PSDB), Rilton demonstrou vonta-de de mudar por simples ideologia política. “Não me vejo mais comungan-do com as convicções ide-ológicas dos tucanos. Não tenho nada contra os líde-res do PSDB, mas não me enquadro mais no perfil do partido”, ponderou.

Mesmo sem ter decidido com qual partido vai assi-nar filiação, Rilton revelou ter paixão pelo Partido Verde (PV). “É um partido com uma ideologia que me chama muito a aten-ção, mas infelizmente ain-da não vi interesse de seus dirigentes para assinarmos a ficha de filiação. Estou esperando terminar meu mandato para assina a fi-cha de desfiliação com o PSDB”, comentou.

Nos últimos anos, o tu-cano conseguiu com a maioria dos 16 vereadores manter harmonia com o poder público municipal.

“Sempre acreditei que os Poderes precisam ter bom diálogo. Qualquer tipo de conflito quem perde é a sociedade. Tivemos um bom trabalho e fizemos

grandes mudanças. Mu-damos o horário das ses-sões para que o povo e a imprensa pudessem parti-cipar, montamos uma agenda com a população

e os servidores públicos, discutimos o Plano de Cargos, Carreiras e Salá-rios dos servidores da Saúde, da Educação, da Guarda Municipal, aprova-

mos a criação da CTMac, aprovamos o novo Plano Diretor de Macapá, enfim, tivemos bons projetos nesses últimos anos no plenário”, finalizou.

DA REDAÇÃOHEVERTON MENDES

HEVERTON MENDES

Projeto reduz valor da taxa de instalação cobrada de provedores de internet

Tramita na Câmara o Projeto de Lei 3655/12, do deputa-

do Eduardo Barbosa (PS-DB-MG), que reduz o va-lor da Taxa de Fiscalização de Instalação (TFI) cobra-da pela Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) de empresas de serviços de comunicação multimídia (SCM), como os provedores de internet.

Segundo o autor, a me-dida pretende corrigir dis-torções provocadas pelo fato de esses serviços ain-da estarem submetidos às mesmas taxas do Serviço Móvel Celular. “Não se pode admitir que o Servi-ço de Comunicação Multi-mídia, constituído há mais de 10 anos e com mais de 3.000 empresas autoriza-das pela Anatel, ainda es-teja sendo tributado pro-visoriamente com os mesmos valores aplicados ao Serviço Móvel Celular”, sustentou o autor.

Pela proposta, a TFI co-brada das prestadoras de

SCM deixaria de ser equi-parada aos valores do Serviço Móvel Celular (base e repetidora R$ 1.340,80 e móvel R$ 26,83) para ter valores similares aos já previstos para o Serviço Limitado Privado, ou seja, cerca de R$ 134,08 nos casos de base e repe-tidora de R$ 2,68 para móvel.

Fomento da Radiodifusão

O projeto também re-duz os valores cobrados das prestadoras de SCM a título de Contribuição para o Fomento da Ra-diodifusão Pública; e de Contribuição para o De-senvolvimento da Indús-tria Cinematográfica Na-cional (Condecine), a fim de que o valor dessas contribuições, que passa-ram a ser constituídas também por uma por-centagem da TFF, não ul-trapasse 50% da TFI. Para esses casos, tabela apre-sentada no projeto define

os seguintes valores:

Contribuição para o Fomento da

Radiodifusão Pública - base R$ 6,70 - repetidora R$ 6,70 - móvel R$ 1,34

Contribuição para o Desenvolvimento da

Indústria Cinematográ-fica Nacional (Condeci-

ne) - base R$ 16,00 - repetidora R$16,00 - móvel R$3,22A TFI é paga, uma única

vez, quando do licencia-mento da estação que oferecerá o serviço. A Anatel, no entanto, cobra anualmente das prestado-ras de SCM também a Taxa de Fiscalização de Funcionamento (TFF), que corresponde atualmente a 33% da TFI. Ambas as ta-xas foram criadas pela Lei 5.070/66 como uma con-traprestação ao Poder Pú-blico pela fiscalização so-bre os serviços de

telecomunicações e de uso de radiofrequência.

Em 2008, a TFF foi redu-zida de 50% para 45% da TFI e a diferença, de 5%, foi direcionada para a Contribuição para o Fo-mento da Radiodifusão Pública. Em 2011, outra lei reduziu a TFF de 45% para os atuais 33% da TFI. A di-ferença de 12% foi dire-cionada para a Condecine.

Isenção às microempresas

Por fim, o projeto con-cede isenção dessas taxas e contribuições a micro-empresas e empresas de pequeno porte e a esta-ções utilizadas na presta-ção de SCM classificadas como “sem uso de radio-frequência”, inclusive as operadas mediante fibra ótica. “No caso das micro e pequenas empresas ve-rifica-se que o valor reco-lhido hoje é exatamente o mesmo das demais em-presas, o que confronta o Princípio da Capacidade

Contributiva”, afirmou Barbosa. “Já no caso das estações ‘sem uso de ra-diofrequência’, não se jus-tifica a cobrança de uma taxa de fiscalização pelo simples fato de que elas não representam absolu-tamente nenhum poten-cial nocivo”, completou o autor.

TramitaçãoO projeto tramita nas

comissões de Ciência e Tecnologia, Comunicação e Informática; de Finanças e Tributação (inclusive no mérito); e de Constituição e Justiça e de Cidadania; em caráter conclusivo.

Page 12: Jornal do Dia 02-03/09/2012

B4JD DiaDiaEditor: Fabrício Costa - [email protected]

Macapá-AP, domingo e segunda, 02 e 03 de setembro de 2012

A prioridade do MEC (Ministério da Educação) continua sendo a reposição integral das aulas

1,4 milhão de crianças de 4 e 5 anos ainda estão fora da escola

Até 2016, o Brasil tem a obrigação de in-cluir todas as crian-

ças de 4 e 5 anos na escola. A tarefa não será fácil: de acordo com relatório lan-çado hoje (31) pelo Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef), há 1.419.981 crianças nessa faixa de idade que não es-tão matriculadas no siste-ma de ensino. Uma emen-da constitucional aprovada em 2009 ampliou a faixa etária em que a frequência à escola é obrigatória. An-tes, apenas a população de 7 a 14 anos tinha que estar necessariamente matricu-lada no ensino fundamen-tal, mas a partir de 2016 o ensino obrigatório irá co-brir desde a pré-escola até o ensino médio (dos 4 aos 17 anos).

O relatório Todas as Crianças na Escola em 2015 – Iniciativa Global pe-las Crianças Fora da Escola – baseou-se em estatísti-cas nacionais, como a Pes-quisa Nacional por Amos-tra de Domicílios (Pnad), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), de 2009. O estudo é uma parceria do Unicef com a Campanha Nacional pelo Direito à Educação.

No total, cerca de 3,7 mi-

lhões de crianças e adoles-centes entre 4 e 17 anos estão fora da escola no Brasil. A maior defasagem é na pré-escola e no ensi-no médio, já que entre os brasileiros de 6 e 14 anos o grupo que não frequenta a escola é menor, cerca de 730 mil.

Entre os brasileiros de 4 e 5 anos que não estão matriculados nos sistemas de ensino, a maior parte é negra – 56% do total. A renda também é um fator que influencia o acesso à educação. Enquanto 32% das crianças de famílias com renda familiar per ca-pita de até um quarto do salário mínimo estão fora da escola, apenas 6,9% da-quelas oriundas de famílias com renda superior a 2 sa-lários mínimos per capita estão na mesma situação. Os números indicam que a frequência ainda insufi-ciente de crianças de 4 e 5 anos está relacionada, muitas vezes, à falta de va-gas na rede pública. Por isso, no grupo com renda um pouco maior (dois salá-rios per capita), o percen-tual de crianças fora da es-cola é menor, já que nesse caso a família acaba optan-do por pagar uma escola particular.

Para Maria de Salete Sil-va, coordenadora do Pro-grama de Educação do Unicef no Brasil, o desafio é grande, mas algumas ini-ciativas governamentais, como o Proinfância, que tem a meta de construir 6 mil creches em todo o país até 2014, são respostas in-teressantes ao problema. “A última política do go-verno, o Brasil Carinhoso, prioriza as família abaixo da linha da pobreza no acesso à escola e ataca exatamente essa desigual-dade”, aponta.

A representante do Uni-cef ressalta, entretanto, que o maior desafio está “na outra ponta” da educa-ção básica. O relatório diz que 1.539.811 adolescen-tes entre 15 e 17 anos es-tão fora da escola. Nesse caso, os problemas de fre-quência não estão tão rela-cionados à falta de vagas, mas ao desinteresse da população nessa faixa etá-ria pelo ensino médio. Para muitos jovens já envolvi-dos com o mercado de tra-balho, a escola é pouco atrativa.

“Isso requer uma mu-dança muito grande no ensino médio. Estamos com a maior população de adolescentes da história do

Brasil, a gente não pode perder isso e esperar para resolver na próxima gera-ção porque está conde-nando o país a ter milhões de adultos sem formação escolar”, avalia Salete.

Segundo ela, não será necessário apenas ampliar as vagas para incluir os jo-vens que estão fora da es-cola, mas torná-la mais atrativa para a realidade deles. “Você precisa trazer o aluno e incorporar na es-cola aquilo que é parte do projeto de vida deles. A es-cola está longe da vida dos adolescentes”, aponta.

Para incluir toda a popu-lação de crianças e jovens ainda fora da escola, o es-tudo aponta como uma das medidas necessárias a ampliação dos recursos para a área. O Unicef apoia a meta de investimento de 10% do Produto Interno Bruto (PIB) em educação, prevista no Plano Nacional de Educação (PNE) que está em debate no Con-gresso Nacional.

“A gente discorda de quem acha que o proble-ma da educação no Brasil não é dinheiro, mas ges-tão. Nós temos problemas sérios de gestão, mas só com os recursos que te-mos hoje não consegui-

mos fazer tudo que é ne-cessário: incluir todos na escola, ter qualidade, pro-fessor bem remunerado e capacitado, escola com boa infraestrutura. O desa-fio é enorme”, argumenta.

O secretário de Educação Básica do Ministério da Educação (MEC), César Callegari, destaca que o governo federal tem lança-do diversas ferramentas para ampliar o acesso de crianças à pré-escola. Entre elas, cita o Programa Na-cional de Reestruturação e Aparelhagem da Rede Es-colar Pública de Educação Infantil (Proinfância), que prevê a construção de 5,5 mil creches e pré-escolas, o Brasil Carinhoso, que refor-ça a transferência de renda e fortalece a educação com aumento de vagas nas cre-ches, e o Programa Nacio-nal de Educação do Cam-po (Pronacampo), que oferece apoio técnico e fi-nanceiro aos estados e municípios para imple-mentação da política de educação do campo.

Callegari lembra que en-tre as preocupações do governo também está o aumento da qualidade do ensino para tornar a escola mais atrativa a jovens e adolescentes. Lembra ain-

da que o MEC investe anu-almente mais de R$ 1,5 bi-lhão em material didático, livros e jogos para melho-rar o suporte educacional a essa faixa etária.

O secretário informou que a pasta está elaboran-do uma proposta de inova-ção curricular para aumen-tar o interesse de jovens de 15 a 17 anos que ainda es-tão no ensino fundamen-tal e acabam abandonan-do as salas de aula porque, por terem repetido o ano, têm que conviver com crianças mais novas. Se-gundo ele, as medidas, que ainda serão discuti-das com estados e muni-cípios, só devem ser anun-ciadas no ano que vem.

O secretário defendeu a ampliação dos investimen-to em educação, principal-mente com a utilização de recursos provenientes dos royalties do pré-sal. “Eles serviriam para valorizar e remunerar melhor os pro-fessores, melhorar as con-dições físicas das escolas, com laboratórios e biblio-tecas, e o atendimento a crianças e jovens com defi-ciência”. A educação bási-ca conta hoje com repas-ses que correspondem a 4,3% do Produto Interno Bruto (PIB).

Trabalho infantil ainda é causa significativa do abandono escolar

O relatório Todas as Crianças na Escola em 2015 – Iniciativa

Global pelas Crianças Fora da Escola, divulgado no úl-timo dia 31, pelo Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef), alerta para a persistência do tra-balho infantil entre as crianças em idade escolar, o que prejudica o direito dessa população à educa-ção. De acordo com o le-vantamento, 638 mil crian-ças entre 5 e 14 anos estão nessa situação, apesar de a legislação brasileira proibir o trabalho para menores

de 16 anos. O grupo re-presenta 1,3% da popula-ção nessa faixa etária, mas para o fundo não pode ser desconsiderado porque o trabalho infantil é uma “causa significativa” do abandono escolar. O estu-do é uma parceria do Uni-cef com a Campanha Na-cional pelo Direito à Educação.

Segundo o secretário de Educação Básica do Minis-tério da Educação (MEC), César Callegari, o estudo do Unicef traz uma foto-grafia importante dos de-safios que o Brasil tem

pela frente: garantir a edu-cação para todas as crian-ças e jovens brasileiros, in-cluindo não só essa parcela da população, mas favorecendo sua perma-nência na escola. Ele res-saltou, no entanto, que o país conquistou avanços significativos principal-mente na útlima década.

“Se olharmos não ape-nas a fotografia, mas o fil-me dos últimos anos, vere-mos que o Brasil conseguiu incluir nos últimos 12 anos mais de 5 milhões de crianças e jovens que esta-vam fora da escola. Tínha-

mos 8,7 milhões, entre 4 e 17 anos, nessa situação em 1997 e agora são 3,69 milhões”, disse Callegari. Ele citou a criação do Fun-do de Manutenção e De-senvolvimento da Educa-ção Básica e de Valorização dos Profissionais da Edu-cação (Fundeb) como um dos mecanismos mais im-portantes para esse avan-ço, ao viabilizar “recursos firmes e mensais” para que cada município e estado garanta a matrícula de crianças na pré-escola e de jovens no ensino médio.

Estudos mostram que os

índices de trabalho infantil caíram nas últimas déca-das, mas ficaram estagna-dos nos últimos cinco anos. O levantamento do Unicef inclui tanto crianças e jovens que desenvolvem atividades econômicas, quanto aqueles que se ocupam de serviços do-mésticos com duração su-perior a 28 horas sema-nais. A coordenadora do Programa de Educação do Unicef no Brasil, Maria de Salete Silva, vai detalhar o estudo em entrevista ao jornal Repórter Brasil, que vai ao ar hoje, às 21h, na

TV Brasil.Para ela, o momento

econômico que o Brasil vive tem feito crescer o nú-mero de meninos e meni-nas responsáveis pelas ta-refas do lar. “Quando temos uma situação de oferta de emprego gran-de, isso pode acarretar au-mento do trabalho infantil doméstico para as meni-nas, que substituem a mãe que foi para o mercado de trabalho. Essas meninas fi-cam com a responsabilida-de de cuidar dos irmãos, lavar louça, arrumar a casa”, explica Salete.

Professores são contra critérios de progressão e querem que os aposentados se beneficiem mais com os reajustes

Universidade Federal do Amapá deverá repor aulas perdidas durante a greve

O ministro da Educa-ção, Aloizio Merca-dante, quer a reposi-

ção integral das aulas interrompidas pela greve dos professores nas insti-tuições federais de ensino superior (Ifes), mas não or-denará aos reitores das universidades e diretores dos institutos que cortem o ponto dos docentes que não retomarem as ativida-des. “Isso compete ao Mi-nistério do Planejamento e à Advocacia-Geral da União (sobre corte do ponto)”, disse o ministro à Agência Brasil. Mercadante lembrou que “havia uma liminar que impedia o corte de ponto dos servidores” e que “a li-minar caiu”. Segundo o mi-nistro, o presidente do Su-perior Tribunal de Justiça (STJ), (Ari Pargendler), reco-mendou o corte do ponto.“Ele disse que é fun-damental que seja feito (corte do ponto), mesmo que a greve seja legal e jus-ta, porque não se prestou o serviço”, disse.

Apesar da referência à decisão da Justiça, Merca-dante adotou postura con-ciliatória. “Nós lutamos para que haja esse enten-dimento para que haja uma política de reposição. É muito importante que os alunos não paguem um preço que já pagaram. A

prioridade do MEC (Minis-tério da Educação) conti-nua sendo a reposição in-tegral das aulas.”

O ministro abriu a reu-nião ordinária do Fórum Nacional de Educação, for-mado por representantes do Poder Público e da so-ciedade civil. Ao chegar ao encontro, grupo com dez manifestantes pediu ao ministro que o governo re-tome a negociação com os professores e melhore a proposta.

Conforme Aloizio Mer-cadante, “não há a menor possibilidade de negocia-ção porque o orçamento (da União) já foi encami-nhado ao Congresso” e que “nem há possibilidade institucional porque nós não podemos negociar nada para o ano que vem que não tenha previsão orçamentária.”

Para Mercadante, os ser-vidores das Ifes receberam “o melhor reajuste de to-dos os servidores públicos do Brasil, e talvez de todas as categorias.” “Eles vão re-ceber, no mínimo,13% em março do ano que vem, e a média é 16,5%. O que eles vão receber em março é mais que todo o resto do funcionalismo vai receber em três anos. Além disso, eles vão continuar rece-bendo, no mínimo, 25% até

40% de reajuste.”Os professores diver-

gem do governo por cau-sa dos critérios de pro-gressão na carreira e querem que os aposenta-dos se beneficiem mais com os reajustes. “Eles

(professores) querem que a progressão seja só por tempo de serviço e que os aposentados progridam na carreira. Os aposenta-dos estão protegidos por-que todo o ajuste dado aos professores da ativa

será extensivo aos profes-sores aposentados, mas não há progressão da car-reira para aposentado em nenhum lugar do mundo e em nenhuma outra pro-fissão no Brasil”, disse o ministro.

Em conversa com os manifestantes, o ministro disse que a proposta dos grevistas traria gastos de R$ 10 bilhões, acima do impacto de R$ 4,1 bilhões projetados pelo governo com o reajuste concedido.

DIVULGAÇÃO

Page 13: Jornal do Dia 02-03/09/2012

Editor: Pablo Oliveira - [email protected]

CadernoC AtualidadesMacapá-AP, domingo e segunda, 02 e 03 de setembro de 2012

CotidianoInternet

Empreendedorismo

Banda larga no Brasil depende de alavancas para o investimento

A massificação da banda larga no Brasil vai exigir R$ 167 bilhões em investimentos em infraestrutura até 2020, de acordo com estudo apresentado pela consultoria LCA no 56º Painel Telebrasil. Esses aportes permitiriam à banda larga alcançar 103 acessos para cada grupo de 100 pesso-as, em 2020, somando 211 milhões de conexões de inter-net de alta velocidade.

Os valores projetados, segundo o estudo, implicam em expansão da oferta no mesmo compasso que a demanda. Ou seja, ocorreria uma expansão de mercado e não ape-nas de infraestrutura. A premissa, nesse contexto, é de máxima eficiência em infraestrutura, com compartilha-mento pleno, sem sobreposição de redes.

O estudo considera um cenário referenciado, que per-mite uma redução das elevadas desigualdades entre as áreas brasileiras de maior e menor demanda. Mas para isso, são necessárias alavancas fundamentais para poten-cializar os investimentos privados.

Sem alavancas, os investimentos das empresas tendem a se concentrar nas áreas em que a demanda viabiliza a infraestrutura. Neste caso, as diferenças entre áreas se-riam de 11 vezes em 2020, mas poderiam ser reduzidas para quatro vezes com a implantação de alavancas.

AlavancasPara impulsionar esses investimentos, o estudo aponta

para a necessidade de ações públicas e privadas alinha-das com o objetivo comum de massificação do uso da banda larga. Essas ações devem ser articuladas de forma compatível com as diferentes características geográficas e socioeconômicas de cada região, estimulando tanto a oferta quanto a demanda pelo serviço.

O foco prioritário dessas políticas seriam as áreas de me-nor demanda, já que nas regiões onde a penetração é alta, a demanda é atendida por soluções do próprio mer-cado.

O estudo mostra que o governo já tem sinalizado com diversas ações de apoio e incentivo ao setor, como a uni-ficação das legislações municipais para instalação de in-fraestrutura e as desonerações de equipamentos e servi-ços.

As alavancas necessárias se concentrariam, então, em aspectos jurídico-regulatórios capazes de garantir am-biente de negócios propício à expansão de investimentos. Nesse contexto, se insere o Marco Civil da Internet que precisa se atentar para a questão da neutralidade de rede; a adoção da Análise de Impacto Regulatório (AIR) pela Anatel; o adequado tratamento à reversibilidade de ativos vinculados às concessões de telefonia fixa e a destinação da faixa de 700 MHz para serviços móveis.

Para as áreas de baixa demanda, são necessárias alavan-cas adicionais, como a expansão da Banda Larga Popular, com maior adesão dos Estados à desoneração de ICMS; subsídios para acessos residenciais e públicos; e desen-volvimento de parcerias público-privadas com, por exem-plo, modalidades de leilão reverso, a partir de recursos públicos, para expansão da infraestrutura.

Cinco aspectos a considerar para empreender

O vírus do empreendedorismo está no ar. Abrir um ne-gócio próprio ou uma startup é, mais do que nunca, um sonho - especialmente para os jovens.

O consultor em administração de tempo e produtivida-de, Christian Barbosa, aborda questões como a falta de capital para investir em algo, entre outras, limitam as pes-soas a buscarem seu sonho em cinco pontos principais:

1. Empreender não é para todos – Não tem nada de errado em ser funcionário. Muito pelo contrário. A maior parte dos empreendedores quebra no primeiro ano, pois simplesmente não tem o perfil. Ser funcionário tem certa estabilidade, benefícios e um volume menor de preocupa-ções. Empreender não é fácil, é preciso ter paciência, per-sistência e gostar de adrenalina, pois o começo é bem di-fícil. Se o seu emprego te traz realização, estabilidade financeira e bem estar, repense bem antes de querer em-preender.

2. Dinheiro para começar – A maior parte das empresas de serviço requerem um investimento mínimo de capital inicial e permitem crescer aos poucos. Por outro lado, fran-quias, empresas de varejo, indústrias, etc exigem um volu-me de capital maior para começar. Avaliar o capital neces-sário é o primeiro passo para saber se dá ou não para entrar de cabeça. Se a verba é muito curta, tome cuidado, pois os negócios não crescem do dia para a noite e a maior parte deles fecha por problemas de fluxo de caixa. Dinhei-ro faz dinheiro, não importa se é muito ou pouco, o impor-tante é saber usar nas coisas certas.

3. Como achar o MEU NEGÓCIO? – Não existe uma fórmula para achar o negócio certo, mas se você ainda não sabe o que fazer é preciso ligar as antenas. Primeiro iden-tifique claramente o que gosta de fazer e o que não gosta. Isso ajuda a ter maior clareza e a focar apenas no que re-almente te dá prazer. Feito isso, comece a priorizar as coi-sas que gosta e comece a investigar o mercado dessas coisas. Tem clientes para comprar ou é apenas um hobby pessoal? Quais os concorrentes? O que eu posso inovar para me diferenciar? Qual o custo de início? É um mercado em crescimento? Para achar um bom negócio precisa ca-çá-lo literalmente. Vá a feiras, assista cursos, invista em re-vistas sobre negócios, faça viagens, seja curioso. O merca-do está cheio de oportunidades, mas precisa literalmente caçá-las. Quando você menos esperar vem aquele estalo.

4. Cuidado com o Palestrante Consultor LTDA – Te-nho muitos amigos saindo de seus empregos e investindo no mercado de pequenas consultorias, treinamentos e pa-lestras. Infelizmente 95% deles quebram depois de dois ou três anos. Parece fácil, glamoroso dar palestras, fazer um blog, escrever um livro e vender consultoria para empre-sas. Porém o que acontece é que no dia a dia a coisa não é bem assim.

5. O sonho deve ser compartilhado – Se você quer em-preender, é casado e tem filhos ou mora com sua família, é importante envolvê-los de alguma forma nesse sonho. No começo a dedicação ao novo negócio é maior e quan-do a família está junta, ajuda a manter o barco. Se logo de começo a família não te suportar, o fardo fica ainda mais difícil. Por isso estimular todos a sonharem juntos é muito importante.

“Se você tem o perfil, empreender é um excelente cami-nho nos dias de hoje. Se eu quebrar todas as minhas em-presas, no dia seguinte eu vou empreender novamente. É um estilo de vida, é contagiante.Nunca desista dos seus sonhos, eles podem demorar a acontecer, mas não po-dem deixar de ser feitos”, finaliza o consultor.

Conforme resolução do IBGE, a forma de fazer a projeção do tamanho da popu-lação no próximo ano será modificada, com novas informações demográficas

População brasileira chega a 194 milhões, estima IBGE

Em 1º julho deste ano, a população brasileira alcançou 193.946.886

de pessoas, segundo esti-mativa do Instituto Brasi-leiro de Geografia e Esta-tística (IBGE) publicada na última (31) pelo Diário Ofi-cial da União.Segundo a projeção, a

população cresceu 1,57 milhão (0,81%), em rela-ção a julho de 2011. Pela projeção, o estado de São Paulo é o mais populoso, com 41,9 milhões de pes-soas (21,6% do total de habitantes do país).Depois de São Paulo, Mi-

nas Gerais é a unidade da Federação mais populosa (19,8 milhões), seguida do Rio de Janeiro (16,2 mi-lhões), da Bahia (14,1 mi-lhões), do Rio Grande do Sul (10,7 milhões), Paraná (10,5 milhões), de Pernam-buco (8,9 milhões) e do Pará (7,7 milhões).O município de São Paulo

continua sendo a cidade mais populosa do Brasil com aproximadamente 11,4 milhões de pessoas (27% dos residentes no es-tado e 5,86% do total da população brasileira).A divulgação das estima-

tivas populacionais está prevista em lei, e os dados estatísticos são usados para o cálculo de indica-dores econômicos e so-ciodemográficos do go-verno federal, além de servir de parâmetro para a repartição de recursos das políticas públicas e para a distribuição do Fundo de Participação de Estados e Municípios.Conforme resolução do

IBGE, a forma de fazer a projeção do tamanho da população no próximo ano será modificada. “Deverá incorporar novas informa-

ções relacionadas à dinâ-mica demográfica local e incluir procedimentos me-todológicos alternativos, como aqueles que fazem uso de variáveis econômi-cas, sociais e demográficas em nível municipal”, diz o texto. Em 2013, o chamado Sistema de Projeções da População do Brasil, será atualizado com as infor-mações do Censo Demo-gráfico 2010, das pesqui-sas por amostragem mais recentes (Pnad), bem como dos registros administrati-vos (de cadastros públicos) referentes ao ano de 2010.

Segundo a projeção, a população cresceu 1,57 milhão (0,81%), em relação a julho de 2011

O Instituto Internacio-nal da Água de Es-tocolmo divulgou

um relatório que relaciona escassez de água e o desa-fio agrícola. O trabalho alerta para que a produção de alimentos se torne mais eficiente e seja possível proporcionar água e comi-da à população mundial.O estudo “Alimentando

um mundo sedento: Desa-fios e oportunidades para a segurança alimentar e hídrica” foi elaborado por um grupo de especialistas da Organização das Na-ções Unidas para a Agri-cultura e Alimentação (FAO) e do Instituto Inter-nacional de Gerenciamen-to de Água (IWMI).A publicação garante

que, se a produção mun-dial continuar a se desen-volver dentro dos modelos atuais, haverá escassez e a disputa por recursos hídri-cos será cada vez mais in-tensa. Mesmo com um aumento na produção per capita, ainda existem atu-almente 900 milhões de pessoas passando fome e outros dois bilhões de pessoas subnutridas.Outro ponto que acende

o sinal de alerta é a enor-me quantidade de água destinada ao uso agrícola. Hoje, 70% de toda a água doce utilizada tem como fim a agricultura. Se nas próximas três décadas a população mundial for acrescida em mais dois bi-lhões, é possível que haja uma pressão muito gran-

de sobre a água e tam-bém sobre a terra.O editor do relatório, Dr.

Anders Jägerskog, exalta a necessidade de uma mu-dança. “Vamos precisar de uma nova receita para ali-mentar o mundo no futu-ro”, declarou.Os autores destacam

uma série de desafios es-senciais e amplamente ignorados. Para eles, a dedicação pode ajudar a

garantir a segurança ali-mentar de uma popula-ção global crescente, com os recursos hídricos disponíveis. Entre os te-mas citados estão: me-lhoria na eficiência e ex-ploração de água, redução das perdas e desperdícios na cadeia de suprimentos de alimen-tos, sistemas de alertas para emergências agríco-las, entre outras coisas.

O relatório ainda analisa o impacto do recente in-vestimento estrangeiro em arrendamentos de terra nos países em de-senvolvimento e o impac-to disso sobre os sistemas hídricos locais e regionais, um fenômeno que exige uma regulamentação mais rigorosa para garan-tir que os direitos da água e da terra nas comunida-des sejam respeitados.

Estudo alerta para escassez de água e comida

Se a produção mundial continuar a se desenvolver dentro dos modelos atuais, haverá escassez e a disputa por recur-sos hídricos será cada vez mais intensa

Page 14: Jornal do Dia 02-03/09/2012

C2JD GeralEditor: Pablo Oliveira - [email protected]

Macapá-AP, domingo e segunda, 02 e 03 de setembro de 2012

O estudo é uma parceria do Unicef com a Campanha Nacional pelo Direito à Educação

O relatório Todas as Crianças na Escola em 2015 – Iniciativa

Global pelas Crianças Fora da Escola, divulgado no úl-timo (31) pelo Fundo das Nações Unidas para a In-fância (Unicef), alerta para a persistência do trabalho in-fantil entre as crianças em idade escolar, o que preju-dica o direito dessa popu-lação à educação. De acordo com o levanta-

mento, 638 mil crianças en-tre 5 e 14 anos estão nessa situação, apesar de a legis-lação brasileira proibir o trabalho para menores de 16 anos. O grupo represen-ta 1,3% da população nes-sa faixa etária, mas para o fundo não pode ser des-considerado porque o tra-balho infantil é uma “causa significativa” do abandono escolar. O estudo é uma parceria do Unicef com a Campanha Nacional pelo Direito à Educação.Segundo o secretário de

Educação Básica do Minis-tério da Educação (MEC), César Callegari, o estudo do Unicef traz uma foto-grafia importante dos de-safios que o Brasil tem pela frente: garantir a edu-cação para todas as crian-ças e jovens brasileiros, in-cluindo não só essa parcela da população, mas favorecendo sua perma-nência na escola. Ele res-saltou, no entanto, que o país conquistou avanços

significativos principal-mente na útlima década. “Se olharmos não apenas

a fotografia, mas o filme dos últimos anos, veremos que o Brasil conseguiu in-cluir nos últimos 12 anos mais de 5 milhões de crian-ças e jovens que estavam fora da escola. Tínhamos 8,7 milhões, entre 4 e 17 anos, nessa situação em 1997 e agora são 3,69 mi-lhões”, disse Callegari. Ele citou a criação do Fundo de Manutenção e Desen-volvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb) como um dos mecanismos mais impor-tantes para esse avanço, ao viabilizar “recursos firmes e mensais” para que cada município e estado garanta a matrícula de crianças na pré-escola e de jovens no ensino médio.Estudos mostram que os

índices de trabalho infantil caíram nas últimas déca-das, mas ficaram estagna-dos nos últimos cinco anos. O levantamento do Unicef inclui tanto crianças e jo-vens que desenvolvem ati-vidades econômicas, quan-to aqueles que se ocupam de serviços domésticos com duração superior a 28 horas semanais. A coorde-nadora do Programa de Educação do Unicef no Brasil, Maria de Salete Silva, vai detalhar o estudo em entrevista ao jornal Repór-

ter Brasil, que foi ao ar on-tem, às 21h, na TV Brasil.Para ela, o momento eco-

nômico que o Brasil vive tem feito crescer o número de meninos e meninas res-ponsáveis pelas tarefas do lar. “Quando temos uma situação de oferta de em-prego grande, isso pode acarretar aumento do tra-balho infantil doméstico para as meninas, que subs-tituem a mãe que foi para o mercado de trabalho. Es-sas meninas ficam com a responsabilidade de cuidar dos irmãos, lavar louça, ar-rumar a casa”, explica Sale-te. Para a representante do Unicef, uma das principais barreiras para superar es-sas práticas é cultural. Em muitas famílias, o trabalho desde a infância é conside-rado normal e importante para o desenvolvimento. Além das tarefas do lar, outro “nicho” do trabalho infantil está na zona rural, onde logo cedo jovens aju-dam a família no trabalho do campo.“O trabalho agora é locali-

zar essas famílias e enten-der o que leva aquela criança a trabalhar e o que pode ser feito para con-vencer a família de que aquele trabalho não é ade-quado”, aponta Salete. A questão socioeconômica também tem grande peso no ingresso precoce no mercado de trabalho. O re-latório mostra que mais de

40% das crianças de 6 a 10 anos, de famílias com ren-da familiar per capita até um quarto de salário míni-mo, trabalham. Esse per-centual cai para 1,2% no grupo de famílias com ren-da superior a dois salários mínimos por pessoa.Do total de crianças de 5 a

14 anos que trabalham, 93% estudam. O relatório mostra o trabalho infantil como uma grande barreira tanto para as crianças que estão fora do sistema de ensino, quanto para aque-las que frequentam a esco-la. Mesmo quem está regu-larmente matriculado terá o desempenho escolar pre-judicado pelas outras tare-fas que desempenha.“Essa questão interfere de

fato na qualidade do ensi-no, já que a criança que tra-balha tem menos condição de aprendizagem porque fica cansada e desatenta. E se ela não está na escola, dificilmente vai largar o tra-balho para estudar”, ressal-ta Salete.De acordo com o relató-

rio, 375.177 crianças na fai-xa de 6 a 10 anos estão fora da escola – o que corres-ponde a 2,3% do total des-sa faixa etária. Dessas, 3.453 trabalham (0,9%) e, nesse grupo, a maioria é negra (93%). O número de crianças de 11 a 14 anos que só trabalham é cerca de 20 vezes maior que na faixa anterior: 68.289.

Segundo levantamento, 638 mil crianças entre 5 e 14 anos estão nessa situação, apesar de a legislação brasileira proibir o trabalho para menores de 16 anos

DIVULGAÇÃO

Unicef alerta para trabalho infantil como causa significativa do abandono escolar

JD MundoEUA

Crise política

Na Indonésia

Após provocação, Obama responde a Clint Eastwood: “Esta cadeira está ocupada”O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, res-pondeu na última sexta-feira (31) a uma provocação feita ontem pelo ator e diretor Clint Eastwood durante a convenção republicana, que está sendo realizada em Tampa, na Flórida, e nomeou o candidato Mitt Romney à presidência. Obama é candidato à reeleição.Durante boa parte de sua fala no evento, Eastwood conversou com um “Obama imaginário”, sentado em uma cadeira ao seu lado. “Como você lida agora com as promessas que você fez durante a campanha de 2008? Como você explica para as pessoas o que aconteceu?”, perguntava, enquanto a plateia ria. O ato fazia referên-cia ao que ele considerou um governo ausente.Em resposta, Obama postou hoje uma foto em seu per-fil no Twitter. Na imagem, ele aparece sentado dentro de uma sala de reuniões e o texto abaixo afirma: “Esta cadeira está ocupada”.

Reação nas redes sociaisA fala de Eastwood gerou reação e o republicano virou tema de “memes” (conceito ou ideia que satiriza uma situação e tem grande repercussão na internet) nas re-des sociais.Uma das sátiras, que está circulando principalmente no Facebook e Twitter, mostra a imagem modificada de um personagem do seriado “Os Simpsons”. O original é um recorte de jornal com a chamada “Old man yells at cloud” (Idoso grita com nuvem), que foi modificada para “Old man yells at chair” (Idoso grita com cadeira), fazendo referência ao momento em que Eastwood gri-tou com o “Obama imaginário”.

Lugo é eleito líder da coalizão de esquerda do ParaguaiDestituído do poder há mais de dois meses, o ex-presi-dente do Paraguai Fernando Lugo foi eleito ontem (31) o novo líder da coalizão de esquerda no país. A escolha envolveu representantes de 20 partidos políticos. A pri-meira reunião da coalizão está marcada para o dia 2 (domingo), em Assunção, capital paraguaia.A pauta do encontro inclui o processo de impeachment que levou à saída de Lugo do governo, o projeto polí-tico da esquerda paraguaia e a campanha para as elei-ções de 21 de abril de 2013. Lugo indicou que pretende lançar-se candidato ao Senado. A Justiça Eleitoral do Paraguai, no entanto, ainda vai decidir se ele está proi-bido de concorrer à Presidência da República.A coalizão será comandada por Lugo e a direção con-tará com mais seis integrantes. O conselho da coalizão pretende promover reuniões regulares a cada duas se-manas e um comitê político será permanente.A destituição de Lugo do poder levou a uma reação dos líderes políticos sul-americanos. O Paraguai foi suspenso do Mercosul e da União de Nações Sul-Ame-ricanas (Unasul) até as eleições de 2013. Os líderes re-gionais consideram que o ex-presidente não teve tem-po para se defender no processo de impeachment, que foi decidido em menos de 24 horas. (Com Prensa Latina)

Sobrevivente de naufrágio ficou quatro dias na água sem colete ou boteUm sobrevivente de um naufrágio na Indonésia relatou o pânico que enfrentou após o incidente em alto mar, quando passou quatro dias sem colete ou bote. Ele es-tava a bordo de uma pequena embarcação, com outras 150 pessoas, entre afegãos e iranianos que buscavam asilo na Austrália.Até a manhã da última sexta-feira 50 pessoas haviam sido resgatadas e um corpo havia sido encontrado. Seis pessoas estão em estado crítico.A governo da Austrália tem tentado impedir a chegada de imigrantes, que arriscam a vida para atravessar os mares para ir da Ásia para o país.

Servidores das agências reguladoras encerram greve

Os 2.527 servidores das agências regula-doras que estavam

em greve vão retomar as atividades na próxima se-gunda-feira (3), informou na última (31) o diretor jurí-dico do Sindicato Nacional dos Servidores das Agên-cias Nacionais de Regula-ção (Sinagências), Nei Job-son. Os funcionários decidiram encerrar o movi-mento grevista mesmo com a rejeição da proposta de reajuste do governo de 15,8%, escalonado em três anos, a partir de 2015.“Vamos voltar por consci-

ência, porque tem muito trabalho represado. Não vale a pena continuar a greve, mas estamos extre-mamente decepcionados com o governo, que ten-tou enfiar a tabela goela abaixo, de forma definitiva e sem conversa”, reclamou. Segundo o sindicato, 97,8% da categoria rejeita-

ram a proposta do gover-no na íntegra.O Sinagências represen-

ta dez agências regulado-ras. Dados do Ministério do Planejamento apon-tam que, das dez áreas com maior percentual de paralisação, oito eram agências reguladoras. A Agência Nacional de Vigi-lância Sanitária (Anvisa), teve maior adesão à greve, com 33% do quadro de funcionários parados.Segundo o representan-

te sindical, a proposta do governo apresentou dis-torções salariais. “A tabela destoou muito do aumen-to de 15,8%. Com as dis-torções nas remunerações, alguns servidores teriam aumento de 0,46% no pri-meiro ano. Achamos que as agências [reguladoras] foram desprestigiadas pelo governo”, disse. A ca-tegoria estava em greve desde o dia 16 de julho.

Com o fim da greve, a Anvisa decidiu alterar a resolução que trata da im-portação de produtos, de modo a agilizar a libera-ção de medicamentos e produtos para saúde que ficaram retidos durante a greve. Para atender à de-manda dos locais com maior quantidade de pro-dutos a serem liberados, serão mobilizados no mí-nimo, 45 servidores de outras unidades.Por meio de nota, o ór-

gão informou que, para reduzir mais rapidamente o estoque de importações retidas, as ações ocorre-rão prioritariamente nos aeroportos Internacional de Guarulhos, na Grande São Paulo; Internacional de Viracopos, em Campi-nas (SP); de Congonhas, na capital paulista; e Inter-nacional Galeão - Tom Jo-bim, no Rio de Janeiro; e também nos portos de Itajaí (SC), Santos (SP) e Mauá (RJ).

Page 15: Jornal do Dia 02-03/09/2012

C3JD Macapá-AP, domingo e segunda, 02 e 03 de setembro de 2012Informe Publicitário

Page 16: Jornal do Dia 02-03/09/2012

C4JD Diversão&CulturaEditor: Franck Figueira - [email protected]

Macapá-AP, domingo e segunda, 02 e 03 de setembro de 2012

O cantor Caetano Ve-loso fará o show “Primavera Carioca”

junto de Chico Buarque no dia 11 de setembro, no Oi Casa Grande, no Rio. A renda obtida com a apre-sentação será revertida para a campanha do can-didato à prefeitura do Rio de Janeiro Marcelo Freixo (PSOL-RJ). Marcelo Yuka é o vice-candidato da chapa.O show também terá a

participação do trio Pre-to+1. Os ingressos custa-rão R$ 360 e R$ 180 (meia--entrada), e podem ser comprados na bilheteria do Oi Casa Grande. Em seu blog, Caetano conta por-que resolveu apoiar o can-didato: “Essa campanha se ampara no empenho dos

que sabem de sua relevân-cia, já que não conta com muito tempo na TV nem tem o apoio dos podero-sos. Considero aconteci-mento de grande signifi-cação que Chico Buarque e eu estejamos pela pri-meira vez atuando na campanha de um mesmo candidato, o que também prova o significado único da candidatura de Freixo”.Caetano também diz que

Chico irá interpretar um clássico da MPB “como nunca ninguém viu”: “Terei ainda a presença do meu incrível colega Chico Buar-que, que nunca se apre-senta sozinho ao violão, fazendo um clássico da canção brasileira como nunca ninguém viu ao

Renda obtida com a apresentação será revertida para a campanha do candidato à prefeitura do Rio de Janeiro Marcelo Freixo (PSOL-RJ)

Caetano Veloso e Chico Buarque fazem show em apoio ao candidato Marcelo Freixo

Caetano Veloso e Chico Buarque participam de reunião de apoio a Marcelo Freixo (centro)

Arnaldo Antunes (esq.) e a banda BNegão & Seletores de Frequência (dir.)

Agência Amapá

Festival gratuito de 24h em Brasília traz teatro, mostras e shows de Arnaldo Antunes

A primeira edição do festival “Satélite 061 - 24h no ar” teve ini-

cio em Brasília entre as 18h de ontem (1º) e as 18h de hoje (2). O evento busca reunir as produções cultu-rais independentes das áreas de música, artes plás-ticas, cênicas, cinema, dan-ça, audiovisual, cultura po-pular e arte urbana num mesmo momento.Entre as atrações musi-

cais, que ocorrem em dois palcos montados no Com-plexo Cultural da Repúbli-ca, os destaques ficam para o grupo BNegão & Seleto-res de Frequência e o can-tor Arnaldo Antunes, que se apresentam respectiva-mente às 00h15 e às 17h45 do domingo no Palco Re-nato Russo.Também se apresentam

Edgard Scandurra (às 21h45 do sábado, no Palco Renato Russo), Curumin (às 21h45 do sábado, no Palco Cássia Eller), Thiago Pethit (às 15h15, no Palco Cássia Eller) e Siba (18h do do-mingo, no Palco Cássia El-ler). Entre as atrações lo-

cais, GOG (19h15 do sábado, no Palco Renato Russo) e Satanique Samba Trio (19h15 do sábado, no Palco Cássia Eller).Uma mostra de arte ur-

bana ao ar livre e obras “skatáveis” (pensadas para a prática do skate) tam-bém estão na programa-ção. O foyer da Sala Mar-tins Penna do Teatro Nacional vai receber uma mostra coletiva com obras de Cirilo Quartim, Leandro Mello, Nina Coimbra e Re-nato Rios.As atrações teatrais in-

cluem companhias locais como a Cia. Instrumento de Ver, As Caixeiras Cia. de Bonecas e Serpentes que Fumam, além de grupos de dança, acrobatas e ma-nipuladores de bonecos. Destaque para o “Coisas de Mulher”, às 13h do do-mingo na área externa do Teatro Nacional, espetácu-lo no qual três bonequei-ras, em três caixas separa-das, contam três histórias diferentes em dois minu-tos, cada, e para um es-pectador por vez.

Gracyanne BarbosaSobre vitória de Vivi Araújo em A FazendaA atual mulher de Belo pare-ce mostrar que quer cada vez mais viver em paz com o marido e com sua ex-mu-lher, Viviane Araújo, com quem alguns jornais e revis-tas insistem em criar intrigas.Mesmo tendo declarado abertamente que torcia por Nicole Bahls, Gracyanne Bar-bosa comentou a vitória de Vivi no reality show A Fazen-da 5.“Se ganhou é porque fez por onde. Sabe, bobeira isso de briga, vamos viver em paz”, escreveu em seu Twitter.

Hebe CamargoDeseja boa sorte para Vitor Belfort A apresentadora Hebe Camargo postou na última sexta (31) em sua pági-na do Facebook uma foto em que aparece de luvas de luta e “nocauteia” Vitor Belfort. A foto foi tirada em agosto de 2011.O brasileiro irá enfrentar o campeão do UFC na categoria meio pesado,

Jon Jones. “Dia 22 de s e t e m b r o tem luta di-fícil para o nosso queri-do Vitor Bel-fort no UFC, aqui vai uma p e q u e n a h o m e n a -gem para ele”, escre-veu Hebe.

Marcelo FariaPagamento da 2ª parcela do acordo feito com segurança que agrediuMarcelo Faria atrasou o paga-mento da 2ª parcela do acordo feito com o segurança Fabrício Lopes. O ator se comprometeu a pagar R$19 mil de indeniza-ção ao rapaz, dividido em duas vezes. Segundo Fabrício, a 1ª parcela, no valor de R$9.500, foi paga corretamente. Já a 2ª, de mesmo valor, ficou de ser depositada na conta do segu-rança na última quinta-feira (30) e não foi feito o depósito.

Celebridades

Resumo das NovelasMalhação Amor Eterno Amor

Cheias de Charme Avenida Brasil

Ju aceita namorar Dinho. Rafael acaba rasgando a foto de Rita que estava com Orelha. Lia vê Ju e Dinho juntos

e estranha ao se perceber incomodada com a cena. Nando sai do hospital. Rita conta para Rafael que Mathias pode ser seu pai. Marcela não percebe a irritação de Gil com os vídeos sobre ela na TV Orelha. Mário mostra a “mansão do terror” para Nando, que se interessa. Gil destrata Rita. Após um mergulho na praia, Dinho constata que suas roupas foram roubadas e decide ir embora com Ju assim mesmo. Pi-lha fica feliz quando Fatinha chega à casa de Orelha. Gil se esconde ao ver Rita, Mathias e Robson passarem.

Elisa/Amparo conversa com Rodrigo. Miriam diz a Fernando que Elisa é uma farsante e conta o

que descobriu sobre o assassinato de Zenóbio. Amparo entrega a carta de Angélica para Rodrigo. Priscila fica sensibilizada com o pedido de Kléber para que ela fique no Brasil. Melissa afirma que sairá ilesa de seus crimes por falta de provas. Hamilton incentiva Tobias a reatar com Jacira. Regina culpa Valdirene por ter perdido seu emprego e avisa que deixará Michele com ela. Eduardo con-vence Laís a se entender com Marlene. Regina faz Michele se sen-tir culpada por ter que morar com Valdirene. Gracinha leva alguns de seus pertences para a casa de Pedro.

Tufão afirma a Muricy que vai se separar de Car-minha e Nina comemora. Carminha se faz de ví-

tima para convencer Ivana de que está sofrendo. Nina comenta com Jorginho que acredita que a decisão de Tufão de se separar tenha a ver com a mulher por quem está apaixonado. Durante um jogo amistoso de futebol, Adauto se sai muito bem e surpre-ende a todos. Nina afirma a Jorginho que pedirá férias no traba-lho. Adauto se recusa a voltar para o time do Divino. Alexia se enfurece com Cadinho ao saber de sua falência. Carminha pro-cura Jorginho. Carminha tenta envenenar Jorginho contra Nina.

Rosário aceita a explicação que Inácio/Fabian lhe dá para cantar usando playback. Penha obriga

Jurema a contar o que sabe sobre o suposto envolvimento de Sandro e Branca. Sarmento coage Marisette para que ela teste-munhe a seu favor. Elano e Stela veem Marisette com Sarmento. Rosário diz a Sidney que está apaixonada por Fabian. Chayene fica impressionada com o empenho de Socorro. Marisette confessa a Elano que foi coagida por Sarmento. Penha vê Branca dar dinheiro para Sandro e não gosta. Ruço, Jiló, Mofado e Jurema afirmam a Penha que Sandro não se aproveitou de Branca.

Áries (21 mar. a 20 abr.)Brinde o mês com al-tas doses de carinho e

hospitalidade - o sinal está ver-de para você reunir em casa pessoas queridas. É o prazer de viver, que ganha de tudo o mais. Expansividade afetiva e compreensão sem palavras com seu amor.

Touro (21 abr. a 20 mai.)Um ótimo papo com aquele irmão com quem você anda mal

vai liberar uma dose de afeto que está represada. Mostre o que você sente pelos mais pró-ximos, e programe algo diverti-do com o pessoal do clube. Carisma e amor..

Gêmeos (21 mai. a 20 jun.)Boas novas e sucesso em empreitadas que

reúnam senso estético, criativi-dade, dom pessoal e muita ambição. Você tem de encon-tra um sentido para muita coi-sa que está vivendo também. Seu poder de síntese deve ser acionado.

Câncer (21 jun. a 21 jul.)Seu poder de sedu-ção está altíssimo hoje! Aproveite para

combinar momentos de pura sensualidade e romance com seu parceiro. E se não tiver um, trate de sair e se divertir, pois há alguém que irá sucumbir à sua simpatia.

Leão (22 jul. a 22 ago.)Os mistérios da vida e da morte serão mais atraentes hoje.

Ou qualquer tema que tenha a ver com sentir os propósitos e os sentidos - seus, do grupo em que vive ou dos outros. Um dia para se retirar da agitação e meditar bastante.

Virgem (23 ago. a 22 set.)Sua vida social ganha um impulso podero-

so hoje, e é bom aproveitar essa onda para encontrar pes-soas queridas, estar com quem entende seus sonhos e an-seios. O amor e a amizade es-tão ligados, um levará ao ou-tro. Você anda muito pop!

Libra (23 set. a 22 out.)Parece que seu sába-do está envolvido

com atividades de trabalho. E você vai brilhar nisso! Reuniões familiares darão a você todo o conforto que precisa. Além de muitas ideias para fazer mais com sua criatividade. Realiza-ção afetiva.

Escorpião (23 out. a 21 nov.)Setembro começa com um forte apelo à

ação e à emoção. Você é da turma que não se deixa levar por aparências, mas tem o co-ração mole com seus queridos. Filhos e amores dão sentido a suas lutas mais ousadas. Prove isto hoje também.

Sagitário (22 nov. a 21 dez.)A ideia boa para este comecinho de mês é

ficar em casa. Bem informal, e receptivo para os poucos privi-legiados que compartilham de seus momentos de devaneios e loucuras privadas. Hoje você não tem porque ter medo de mostrar emoções.

Capricórnio (22 dez. a 20 jan.)Fortalecido com a companhia de seus sonhos e de poucos

amigos que não estão para brincadeiras, você encontra neste sábado a empatia tão al-mejada. E há o amor, que pode acontecer, suave e sem alardes.

Aquário (21 jan. a 19 fev.)Preguicinha boa neste domingo, mas não exagere! Caminhe um

pouco, não devore doces como se não houvesse amanha. Ele haverá, e mostrará na balança seu excesso. As pessoas estão mais apegadas a valores e me-nos racionais.

Peixes (20 fev. a 20 mar.)Ótimo domingo para você brilhar com sua arte, seu ca-

risma e seu jeito misterioso que atrai tanta gente! A Lua em seu signo envia ótimo as-pecto a Vênus, reforçando la-ços com alguém muito queri-do. Haja tempo para tanto amor!

Horóscopo

vivo. Sua simples presen-ça, mesmo que ele ficasse calado, já significaria mui-to, poder tê-lo cantando e me acompanhando numa

obra-prima será experiên-cia única para nós dois e para quem vá ao Oi Casa Grande no dia 11 de se-tembro.”

Page 17: Jornal do Dia 02-03/09/2012

CadernoDEditor: Pablo Oliveira - [email protected]

Carro&MotoMacapá-AP, domingo e segunda, 02 e 03 de setembro de 2012

Punto com DNA especialSigla que significa Dinâmico, Normal e Autonomia é um seletor no console permite ao motorista deixar o Punto mais nervoso ou econômico

Veloster turbo é lançado por R$ 70.500 na Inglaterra

Primeiras unidades do EcoSport chegam em 15 dias

Citroën lança linha 2013 do C3 Picasso

Nova geração do Nissan GT-R chega em 2018

Enquanto isso, versão 1.6 aspirada é vendida por R$ 83 mil no Brasil

Minivan ganha novas motorizações e mudanças estéticas semelhantes às do C3

Enquanto o sucessor do Godzilla é preparado, modelo atual terá um facelift no final de 2013

Já estamos (infelizmente) acostumados a saber que os carros comerciali-

zados no Brasil têm preços mais altos que na Europa. Ainda assim, esse caso cha-ma atenção: a versão turbo do Hyundai Veloster será lançada no Reino Unido, em

24 de setembro. Com mo-tor 1.6 a gasolina turbinado e capaz de produzir 188 cv, o hatch-cupê será vendido por 21.995 libras esterlinas, o equivalente a R$ 70.500. Por enquanto, a versão não virá ao Brasil. Aqui, o mo-delo normal, com motor

1.6 e câmbio automático, é oferecido a partir de R$ 83.000. Ou seja, mais caro que o turbinado na “Terra da Rainha”.Na Europa, o Veloster tur-

bo usa transmissão manual de seis marchas e atinge a velocidade de 100 km/h em

apenas 8.4 segundos. Pi-sando mais no acelerador, é possível chegar aos 214 km/h. O esportivo ainda re-cebe bancos forrados em couro, painel de sete pole-gadas para sistema de na-vegação de satélite e câme-ra de ré – tudo de série.

Durante o lançamen-to oficial da nova geração do EcoS-

port, no início deste mês, a Ford fez questão de res-saltar que os consumido-res teriam que esperar para ver o utilitário reno-vado exposto nas con-cessionárias. A fabricante se limitou a informar que o jipinho chegaria às lojas

no mês de setembro, mas não se arriscou a mencio-nar uma data específica.

A nova informação rela-cionada ao assunto é que, a partir da próxima se-gunda-feira (27), as pri-meiras unidades do novo EcoSport entrarão em processo de faturamento para os consumidores que adquiriram o veículo

por meio da ação de pré--venda, realizada em me-ados de julho. Na ocasião, estes clientes deram R$ 5 mil de sinal para garantir que seriam proprietários dos primeiros exemplares do veículo no Brasil. Vale lembrar que durante o fi-nal de semana de pré--venda a Ford somou 2.600 pedidos do jipinho.

Preços e versõesO novo EcoSport é ofe-

recido em cinco versões. O modelo de entrada, S 1.6 l parte de R$ 53.490 e traz airbag duplo, freios ABS, faróis com leds, di-reção elétrica, ar condi-cionado, vidros diantei-ros, travas e espelhos elétricos. A configuração mais cara, batizada de Ti-

tanium, conta com um bloco maior, de 2.0 l, e sai por R$ 70.190. Neste caso, há rodas de liga medindo 16 polegadas, bancos em couro, airba-gs laterais e de cortina, ar condicionado digital, en-tre outros equipamen-tos. Veja as primeiras im-pressões ao dirigir o EcoSport aqui.

Depois de lançar o novo C3, a Citroën começa a atualizar os demais

modelos à venda no país. A montadora francesa anun-ciou a chegada da linha 2013 do C3 Picasso. Além de aparecer em duas novas motorizações, ele recebe um pacote mais generoso de itens de série e mudan-ças estéticas que lhe dão ar de maior esportividade.A linha 2013 abandona o

motor 1.6 flex de 113 cv para dar lugar a duas novas configurações. Agora, o C3 Picasso será oferecido com motor 1.5i flex, de 93 cv de potência. O torque máximo

é de 14 kgfm disponíveis a 3.000 rpm, isso quando o carro é abastecido com eta-nol. Outro propulsor do ve-ículo é o 1.6 Vti 120 flex start, de 16 válvulas e 122 cv. Nele, o torque máximo é de 16 kgfm a 4.000 rpm, também com o derivado da cana. Essa motorização eli-mina o reservatório de ga-solina sob o capô, o famoso “tanquinho” que costumava auxiliar nas partidas a frio. Aos motores, pode vir aco-plada uma caixa de câmbio manual com cinco marchas. Há também a opção de câmbio automático se-quencial.

Os fãs do GT-R podem ficar felizes, embora seja melhor come-

morarem sentados. Com a volta do engenheiro-chefe e especialista no supercar-ro, Kazutoshi Mizuno, a próxima geração do Go-dzilla já está em andamen-to. O problema é que ela só deve dar as caras em 2018, já que o modelo ainda está no início do desenvolvi-mento. Enquanto o novo monstro da Nissan não chega, a marca prepara mais uma reestilização para a geração atual, que deve estrear no final de 2013.Mizuno deixou a Nissan

meses atrás, por motivos de saúde. Com sua saída, o futuro do supercarro era in-certo. Os engenheiros até tentaram convencer a cú-pula da empresa a iniciar o desenvolvimento, mas Car-los Ghosn, o chefão da em-presa, não dava o sinal ver-de para a nova geração. Mizuno voltou à Nissan há pouco mais de um mês, no-vamente como chefe de desenvolvimento do GT-R e ajudou na vitória do su-percarro nas 24 Horas de

Nürburgring.Por mais que os fãs de

carteirinha estejam acostu-mados a esperar por novas versões do GT-R - foram cinco anos entre o fim da produção do Skyline GT-R R34 e o GT-R R35 -, aguar-dar mais seis anos pela nova geração é muito tem-po. Para ajudar a passar o tempo mais rápido, a Nis-san prepara um facelift do modelo atual para o final de 2013. Não foram divul-gados detalhes sobre o que irá mudar, mas o site Inside Line descobriu que os para--choques e faróis serão re-desenhados, enquanto o motor deve receber mais uma preparação.Fontes do Inside Line di-

zem que Mizuno e sua equipe estão olhando aten-tamente para o Acura NSX, principalmente para a in-formação que circula den-tro da rival, de que o espor-tivo híbrido vai bater o tempo do GT-R em Nür-burgring. Esse interesse da Nissan pelo NSX pode levar a uma versão híbrida da próxima geração do Go-dzilla.

Ao contrário das op-ções convencionais do Fiat Punto reesti-

lizado, que parecem não ter agradado a todos com seu visual semelhante ao do Palio, a versão T-Jet ca-tivou com suas feições ar-rojadas.O hatch ficou muito mais

invocado graças a deta-lhes como saias e faixas laterais, ponteira dupla central de escapamento cromada e pinças de freio vermelhas. Além disso, in-corporou soluções para dosar ou abusar do poder oferecido pelo já conheci-do motor 1.4 turbo a ga-solina, de 152 cv.Batizado de DNA (sigla

para Dinâmico, Normal e Autonomia), um seletor no console permite ao motorista alte-rar o mape-a m e n t o da cen-tralina,

deixando o Punto mais nervoso ou econômico.O recurso pode ser acio-

nado com o carro em mo-vimento (embora acima de 120 km/h o modo D não entre por questões de se-gurança) e a mudança de comportamento é nítida.A opção D é a mais di-

vertida, especialmente ro-dando em estrada, além de útil em retomadas, si-tuação que vem acompa-nhada de um vigoroso ronco do motor.O câmbio manual ajuda a

garantir uma boa tocada, graças às relações mais longas e aos engates cur-tos. No entanto, ao andar a 120 km/h, o motorista sen-te que o Punto pede uma

s e x t a

marcha, que não existe!A vida a bordo é muito

boa e confortável para os ocupantes, apesar de o isolamento acústico da ca-bine não ser nada satisfa-tório. De qualquer manei-ra, para quem curte esportividade, o T-Jet é di-versão garantida!

As três faces do novo T-JET

Novo componente pre-sente no console da versão esportiva, o seletor DNA muda o mapeamento da centralina para alterar ocomportamento do Pun-

to. No modo D (Dinâmico), as respostas do motor são mais rápidas, privilegiando o desempenho do Fiat, com direito a uma ilustra-ção da turbina no painel.

No N (normal), o P u n t o

m a n -tém

as características padrão. Já no modo A (Autono-mia), o modelo prioriza o baixo consumo de com-bustível, exibindo um eco-nômetro.

Seu bolsoPreço real: R$ 55.740Desvalorização (1 ano): 9,1%Garantia: 1 anoFinanciamento (a.m.): 1,1%Parcela: R$ 973(50% de entrada + saldo em 36 vezes)Seguro: R$ 2.4211ª revisão: R$ 232No lado passional, não há

como deixar de ser seduzi-do pelo T-Jet. Mas seja também racional para ob-servar os altos valores do seguro do hatch, por exemplo. Outra ressalva vai para a lista de equipa-mentos. Embora seja bem completo, o Punto fica de-vendo alarme, ar digital e airbags laterais.

Page 18: Jornal do Dia 02-03/09/2012

D2JD Carro&MotoEditor: Pablo Oliveira - [email protected]

Macapá-AP, domingo e segunda, 05 e 06 de agosto de 2012

ImpostosA comparação dos pre-ços dos carros entre os Estados Unidos e o Bra-sil, nos diversos mes-mos modelos, é uma afronta ao consumidor tupiniquim. O nosso maior problema é a ex-cessiva carga de impos-tos embutidos nos pre-ços dos carros nacionais, que vai ali-mentar a máquina insa-ciável do governo com os gastos desnecessá-rios. Por um preço de um automóvel por aqui, com alguma eco-nomia,, daria para com-prar dois nos EUA.

PreçosVejamos: Nos EUA um BMW 3.0 Série 1 custa US$ 31,200 (R$ 63 mil), enquanto no Brasil sai por R$ 113.37 mil; Che-vrolet Camaro 6.2 US$ 32,280 (R$ 65 mil) e pasmem R$ 203 mil por aqui; Chevrolet Malibu 2.4 US$ 22,390 (R$ 45 mil) e R$ 99,9 mil; Che-vrolet Cruize 1.8 por apenas US$ 16,800 (R$R$ 33 mil) e R$ 62.43 mil; Chevrolet Sonic 1.8 hatch US$ 14,765 (R$ 29 mil) e R$ 46,2 mil e o sedã 1.8, US$ 13,865 (R$28 mil) e R$ 49,9 mil aqui.

Mais...Já o Jeep Grand Che-rokee 3.6 custa nos EUA US$ 27,195 (R$ 55 mil) e no nosso Brasil, ab-surdos R$ R$ 209,9 mil, enquanto o Jeep Wran-gle 3.6 sai nos EUA a US$ 22,045 (R$ 44 mil), aqui sobe para R$ 129 mil. Outros: o VW Jetta 2.0 custa US$ 16,675 (R$ 33 mil) e R$ 61,17 mil; a Toyota HAV4 2.5 por US$ 22,65 mil (R$ 45 mil) e R$ 119,35. Para finalizar, o Ford Fusion 2.5 custa US$ 28,35 mil (R$ 57 mil) e no Brasil sai da loja por R$ 84,5 mil.

PerigoO combustível “batiza-do” – isto é, fora dos padrões de consumo – pode causar danos irre-versíveis ao motor do veículo e não é coberto pela garantia, pois, tra-ta-se de “mau uso”. No

motor normal, a com-bustão de quatro tem-pos, a mistura ar-com-bustível entra pelas válvulas – ai a impor-tância dos carros 16 ou 24 válvulas – de admis-são, é comprimida pe-los pistões e detonada pela centelha produzi-da pelas velas. Os gases são recolhidos pelas válvulas de escape fe-chando o ciclo.

“Batizada”Usando combustível “batizado” o motor, na pré-detonação, conhe-cida pelos mecânicos como “batida de pino”, a explosão na câmara ocorre antes da cente-lha das velas e assim, o combustível ruim força o propulsor a produzir uma taxa de compres-são excessiva, tanto a gasolina e pior ainda, com etanol – taxa de compressão maior –, ocorrendo maior des-gaste e até quebra da máquina.

VoltaNos anos 80 já foi o taxi preferido, carro de polí-cia e um sonho de con-sumo da classe média. O VW Santana tem ano certo para está de volta as ruas deste País: 2013. Trata-se do VW Santa-na, que vem para subs-tituir o Polo Sedã, um pós-venda dos mais complicados da mon-tadora alemã, agravado com as chegadas do Chevrolet Cobalt e do campeonissimo Nissan Versa. A joint-venture (associação) entre a VW e a chinesa Shangai será a responsável pela montagem do carro.

EmpréstimoO VW Santana NF, que já tem até o número de código (VW253), vai ao vácuo do empréstimo de R$ 342 milhões que a Volks emprestou do BNDES. Alem dele, a VW vai produzir o com-pacto Up! um veículo competitivo e com pre-ço mais barato que o Gol. Vai ser montado na mesma plataforma do Polo Sedã, daí a cer-teza da desconfiança na volta do Santana.

Recebi e agradeço a visita do médico trau-mato-ortopedista José Rassy, leitor assíduo da coluna, juntamente com a esposa. Os fi-lhos que cursam medicina em Natal leem via online. –x-x-x-x- Rodovia Duca Serra com nova pavimentação e sinalização. Faltam elimi-nar os buracos da BR 210, as proximidades da Ilha Redonda, devidamente tapada com terra. Dos males o menor. –x-x-x-x- O que a cons-trutora que pavimenta o trecho Calçoene/Cassiporé está fazendo com o Rio Carnot é algo inacreditável, mesmo tendo licença ambiental para tal. Depois de retirar uma enorme quantidade de areia, agora, resol-veu aterrar parte do leito do rio. Equivale aquela “licença para matar” do James 007 Bond. Ali é licença para acabar com o rio. –x-x-x-x- Cruzamento da Rua Paraná com a Av. Cora de Carvalho, no bairro de Santa Rita, so-mente esta semana foi palco de seis acidentes de trânsito, um dos quais envolveu três veícu-los. Necessita de urgente sinalização de solo e vertical. -x-x-x-x- Vale lembrar que a Rua Pa-raná é a mais desmoralizada no quesito transgressão as regras do trânsito. Apesar de intensamente sinalizada com a proibição do tráfego de caminhões no horário comer-cial, é por onde eles mais andam. –x-x-x-x- “Cada dia a natureza produz o suficiente para nossa carência. Se cada um tomasse o que lhe fosse necessário, não havia pobreza no mundo e ninguém morreria de fome”. (Mahatma Gan-dhi). –x-x-x-x- Freando... e torcendo para que não “matem” de vez o Rio Carnot. –x-x--x-x- Mesmo assim: Bom Domingo!

Auto Pista

Pista livreJOSÉ ARCANGELOColunista

Novo Renault Clio estará no Salão de São PauloAlém do novo Clio, a Renault também terá mais duas novidades no maior evento do setor automotivo da América Latina

Novo Honda Accord dá as caras

De acordo com uma fonte ligada à Renault do Brasil, o novo Clio

(reestilização do atual mo-delo de entrada vendido no Brasil) será mostrado no Sa-lão do Automóvel de São Paulo. O hatch será oficial-mente lançado no mercado nacional até o final do ano e terá o objetivo de concorrer com os novos concorrentes que nos próximos meses, como o Toyota Etios e o Chevrolet Ônix.Além do novo Clio, a Re-

nault também terá mais duas novidades no maior evento do setor au-tomoti-v o d a

América Latina. O Fluence Turbo com motor 2.0 de 180 cavalos de potência, também está confirmado na amostra. Além dele será apresentada uma nova ver-são do SUV Duster, que pas-sará a oferecer um sistema de multimídia avançado controlado por uma tela LCD no painel. Segundo a fonte, outros modelos da marca, como Sandero e Lo-gan, também receberão

este acessório.

Novo Clio já está sendo produzido

No mês passado, a Re-nault da Argentina divulgou que começou a produzir a reestilização do compacto Clio. O modelo, chamado de Clio Live, também será vendido no Brasil e já foi fla-grado por algumas revistas rodando em testes pelas ro-dovias nacionais (vale o re-gistro que a atual geração do modelo vendida por aqui também é produzido no país vizinho).Para atender a demanda, a

montadora fran-cesa in-

v e s -

tiu cerca de R$ 180 milhões na unidade fabril da cidade de Córdoba. O aporte é para a ampliação e moder-nização da linha de produ-ção do Clio Live, visando atender a nova demanda que será gerada com a atu-alização do produto. Por lá também são produzidos os sedãs Symbol e Fluence, além do comercial Kangoo.Segundo jornais argenti-

nos, a Renault pretende produzir 70 mil unidades do Clio por ano e espera que 80% desse volume sejam exportados para os países vizinhos, incluindo o Brasil. O Clio Live será apresentado oficialmente no final deste ano, e as vendas devem co-

meçar logo nos primeiros meses de 2013.

Renault pretende produzir 70 mil unidades do Clio por ano e espera que 80% desse volume sejam exportados

Apenas com o motor elétrico, o carro poderá fazer trajetos de até 24 km a uma velocidade de 100 km/h

A Honda dos Estados Unidos revelou as pri-meiras imagens do

sedã e do cupê do Accord. O modelo atinge a sua 9ª geração com o visual reno-vado, no entanto, não che-ga a surpreender. A versão cupê ficou bem parecida com o conceito apresenta-do no Salão de Detroit no início do ano. Segundo a marca, o espaço interno está maior e a aerodinâmi-ca também foi aperfeiçoa-da. De cara, é possível per-ceber a nova grade que está mais ousada, em forma de colmeia e em harmonia com os vincos do capô.A traseira ganhou novo

conjunto óptico, o para--choque é maior e há duas saídas de escape, que refor-çam a esportividade. Ape-sar de não divulgar ima-gens internas, a Honda afirma que o painel rece-beu mudanças e está mais agressivo. Outros detalhes foram incrementados na li-nha 2013 do Accord. O car-ro agora traz luzes diurnas de LED. Para diminuir o consumo, a fabricante ado-

tou soluções aerodinâmi-cas como o vidro do para--brisa quase nivelado e o limpador embutido. Nos Estados Unidos, o Honda Accord 2013 será equipado com motores 2.4 de 181 cv com câmbio CVT e V6 3.5 de 271 cv com transmissão manual ou automática. Além desses dois propulso-res, há a expectativa de que o modelo ganhe uma ver-

são híbrida 2.0 de 161 cv.Apenas com o motor elé-

trico, o carro poderá fazer trajetos de até 24 km a uma velocidade de 100 km/h. A Honda afirma que ainda não há programação para o lançamento no Brasil, tam-pouco confirma se o novo modelo virá. Entretanto, ela pode adotar a famosa es-tratégia de trazer o carro para o Salão Internacional

do Automóvel, em outubro, para testar a sua receptivi-dade entre os brasileiros.

Não há nas concessionárias

No site da Honda do Bra-sil, o Accord atual ainda fi-gura no portfólio da marca. No entanto, há um aviso dizendo que o carro está indisponível na rede de concessionárias.

O utilitário esportivo da Nissan ganha novos complemen-

tos, em edição atualizada para a Europa. A monta-dora japonesa incluiu no X-Trail um sistema de câ-meras Around View Moni-tor, que capta a visão ao redor do carro e exibe em uma tela LCD. O outro di-ferencial é o Nissan Con-nect, equipamento insta-lado para oferecer navegação e conectivida-de multimídia ao motoris-ta, também a partir do monitor digital.A dupla de acessórios

extras estará disponível nos modelos comprados a partir de setembro. Ela virá de série em uma edi-ção especial, acompanha-

da de rodas de liga leve de 18 polegadas e teto de vidro. Ainda não foram divulgados preço e ima-

gem deste novo X-Trail. Pode-se ter como base a variante lançada recente-mente no Reino Unido,

chamada de Platinum, que é comercializada por 35.000 euros (equivalente a R$ 88.819).

No Reino Unido, está sendo vendido o Platinum - edição limitada similar ao lançamento da Nissan

Nissan lança edição atualizada do X-Trail na Europa

Page 19: Jornal do Dia 02-03/09/2012

D3JD Macapá-AP, domingo e segunda, 02 e 03 de setembro de 2012Carro&MotoEditor: Pablo Oliveira - [email protected]

Ministério da Fazenda, que regula o setor automotivo, reduziu os juros e taxas para financiamentos e aumentou o prazo das parcelas

IPI reduzido dobrou venda de alguns automóveis

Chevrolet Kadett

Fiat Tempra

Lançado em 1989, foi um marco de moderni-dade na história dos modelos fabricados no Brasil. Tinha a parte aerodinâmica bem

avançada, o que era facilmente percebido por detalhes como os vidros colados e rentes à car-roceria e as rodas traseiras parcialmente cober-tas. Na lista de equipamentos disponíveis, o Chevrolet Kadett; tinha computador de bordo, sistema pneumático na suspensão traseira e check control (luzes espias usadas para monito-rar itens como pastilhas de freio e o nível do reservatório do lavador de parabrisa). Estreou a injeção eletrônica monoponto em 1992 nas versões SL e SL/E e multiponto na esportiva GSi. Também teve uma opção conversível, feita em conjunto com o estúdio Bertone. Saiu de linha em setembro de 1998, dando lugar ao Astra.

A Fiat resolveu entrar na briga entre os sedãs médios de luxo nacionais com este sedã bastante estiloso no fim de

1991, quando o Tempra foi lançado no mer-cado brasileiro. Traseira bem alta, frente em forma de cunha e detalhes modernos impres-sionaram no lançamento do primeiro carro do gênero da fabricante no Brasil. O começo foi difícil, já que o sedã ainda tinha carburador e os concorrentes já partiam para a injeção eletrônica. Além disso, foi preciso trocar a re-lação de diferencial para dar mais agilidade. Mas logo tudo foi se acertando, inclusive com a chegada de versões bem sofisticadas e po-tentes, como a Stile e a Turbo, ambas com 165 cavalos. Passou a bola para o Marea no final de 1998, mas apesar dos problemas ini-ciais, teve mais êxito que o sucessor.

Aston Martin encerra produção do VirageO Aston Martin Virage vai se aposentar. Apresentado há 18 meses, no Salão de

Genebra de 2011, o carro não conseguiu conquistar o coração do público - desde sua estreia, foram vendidas pouco mais de mil unidades das versões cupê e conver-sível, cada uma custando 149.995 libras (R$ 484.783). Equipado com um motor 6.0 V12 de 649 cv e 58,1 mkgf de torque, o Virage era capaz de ir de 0 a 100 km/h em menos de cinco segundos, ocupando a lacuna entre o DB9 e o DBS. A vaga do Vi-rage será preenchida pela nova geração do DB9, que irá herdar as linhas e agres-sividade do falecido. O preço deve ficar por volta das 150 mil libras, bem acima do DB9 atual e sua etiqueta de 128 mil libras (R$ 413.913), mas bem distante das 190 mil libras (R$ 614.403) do novo Vanquish.

Suzuki mostra Grand Vitara renovadoO utilitário esportivo Suzuki Grand Vitara recebe novos detalhes estéticos. O car-

ro está sendo apresentado no Salão de Moscou (Rússia) com grade dianteira rees-tilizada, faróis escurecidos, detalhes cromados e novas opções de rodas de aros 17 ou 18 polegadas. Além disso, o protetor da parte de baixo do para-choque dianteiro passa a ser feito de uma espécie de plástico 10% mais leve que o convencional, desenvolvido pela própria fabricante japonesa. Também faz parte das novidades, a versão especial Vitara X-Adventure, que vem com alguns itens exclusivos. Entre os principais está a pintura marrom metálica e os vidros fumês. Por dentro, há revesti-mento de couro nos bancos, volante e alavanca de câmbio como item de série. Veja mais imagens do Grand Vitara na galeria acima.

Ferrari vai criar versão especial para indiano chamada SP Arya

Ter uma Ferrari é o sonho de qualquer criança. E era o sonho do indiano Cheerag Arya, quando viu uma F40 em uma revista esportiva. Agora com 32 anos, Arya con-ta com uma coleção invejável de Cavalinhos Rampantes. Sua garagem conta com os melhores exemplares da casa de Maranello, F430 Scuderia, Enzo, 575M, 365 GTB/4 Daytona, 599XX, 599 GTO, SA Aperta, e o seu sonho, a F40. Como se não bastasse, Arya vai dar mais um passo em seu sonho. Depois de muitas conversas, o magnata do ramo petrolífero conseguiu convencer a galera da Ferrari a construir um modelo especial, só para ele.

Gumpert declara falênciaEm época de crise europeia, as pequenas fabricantes, principalmente as que fa-

zem parte de nichos de mercado, acabam não resistindo. Foi o caso da marca de supesportivos Gumpert GmbH, conhecida por fabricar o modelo Apollo, com dese-nho agressivo, portas abertas para cima e motor V8 biturbo para acelerar de 0 a 100 km/h em meros 3,1 segundos. Fundada em 2004 por um executivo que trabalhou na Audi, a Gumpert está com um advogado companhando o processo de falência, mas também à espera de algum investidor interessado em reerguer a empresa. Segundo analistas, é bem possível que a marca seja vendida. Mesmo em sérias di-ficuldades, continua produzindo em pequena escala.

Lamborghini prepara último GallardoA carreria do Gallardo está mesmo no fim. Segundo a C/D norte-americana, a

Lamborghini já tem quase pronta a última versão do supercarro. Será uma edição especial com mais marcante que outras várias lançadas ao longo dos quase 10 anos de produção do esportivo, lançado em 2003. Tudo indica que a série derradeira será a Super Trofeo Stradale Spyder. O Gallardo é a base da fabricante sediada em Sant´Ágata Bolongnese (Itália). Foi o primeiro carro da marca com motor V10 e chegou a ser considerado pela revista Car Design News um dos dez modelos mais belos do mundo. No final de 2004, fez parte da frota da polícia rodoviária italiana, tornando-se um dos carros policiais mais rápidos do mundo, capaz de atingir 318 km/h e acelerar de 0 a 100 km/h em meros 4,2 segundos. Veja acima a galeria de fotos das séries especiais mais importantes da história do Gallardo.

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FOTOS DIVULGAÇÃO

Em detalhes

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O mercado brasileiro de automóveis não vive um bom mo-

mento em 2012, apesar dos bons números. Extre-mamente dependente do governo, que alivia a barra para as montadoras quan-do a situação aperta, as fabricantes conseguiram manter suas vendas em um patamar comparável aos de 2011 e 2010 graças ao “sprint” iniciado em 21 de maio, quando o IPI, o Imposto sobre Produtos Industrializados, foi zerado para carros populares e re-duzido para outras cate-gorias. Além disso, o Mi-nistério da Fazenda, que regula esse setor, reduziu os juros e taxas para finan-ciamentos e aumentou o prazo das parcelas.Como resultado, as mon-

tadoras voltaram a colher bons resultados de vendas, especialmente nos últimos dois meses, quando o volu-me de emplacamentos re-tomou o fôlego do ano pas-sado. Mas não é só isso. Em contrapartida, as montado-ras também se comprome-teram a vender seus carros com descontos moderados e a manter empregos no se-tor, o que foi exigido pelo governo ao lançar o novo pacote de impostos, que acabou sendo prorrogado até 31 de outubro – a vigên-cia anterior era até 31/8.Para mostrar como o mer-

cado cresceu neste período basta comparar os resulta-dos dos três meses anterio-res à redução do imposto - março, abril e maio -, que

tiveram forte queda de ven-das, com o período em que o incentivo vigorou, entre junho e agosto. A variação de alguns veículos específi-cos impressiona ao superar os 100% de crescimento de vendas ou ao ficar muito próximo disso.O carro cujas vendas

mais cresceram desde que a nova regra do IPI entrou em vigor foi o Fiat Siena, com impressionantes 114% de alta. Durante os três meses de recessão o modelo somou 15.313 emplacamentos contra 32.915 no período de cres-cimento. O modelo da marca de origem italiana, todavia, teve o trunfo da chegada de u m a nova

geração – o Grand Siena – que colaborou bastante para o aumento.Outros destaques são a

picape Toyota Hilux, com variação de 97,4%, e o com-pacto Volkswagen Cross-Fox, cujas vendas subiram 86,7% com IPI reduzido. O desempenho do Fox “stan-dard” também chama aten-ção, principalmente pelo volume acumulado nos dois períodos de compara-ção. Nos meses de baixa a VW vendeu 29.647 unida-des do compacto, número que subiu para 50.133 na retomada, diferença de

69,1% ou 20.486 car-ros.

Caminho inversoSe alguns modelos se be-

neficiaram claramente das novas regras do governo, outros experimentaram uma queda brusca, mesmo mais baratos. A picape Ran-ger, da Ford, por exemplo, caiu quase 73% em vendas nesse intervalo, mas um bom motivo - o modelo acaba de mudar de geração e começou a chegar às con-cessionárias mais tarde. Já outro modelo da Ford não tem desculpa: a versão do sedã do Focus perdeu 55% dos emplacamentos apesar dos descontos. O chinês Face, da Chery, foi outro que vendeu bem menos, quase metade do que em-

placou entre março e maio.

O carro cujas vendas mais cresceram desde que a nova regra do IPI entrou em vigor foi o Fiat Siena, com impressionantes 114% de alta

Clássicos da semama

Page 20: Jornal do Dia 02-03/09/2012

D4JD Macapá-AP, domingo e segunda, 02 e 03 de setembro de 2012Carro&MotoEditor: Pablo Oliveira - [email protected]

Escolha a forma de financiar seu carro e evite problemas

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Em duas rodas

O mercado brasileiro vem atingindo re-corde atrás de recor-

de nas vendas de automó-veis. Hoje em dia, somos o quinto país que mais com-pra veículos no mundo, perdendo apenas para Chi-na, Estados Unidos, Japão e Alemanha.A facilidade que o consu-

midor passou a ter em ad-quirir um veículo, princi-palmente agora com a redução do IPI que, inclu-sive, deve ser prorrogada para carros populares, em parte justifica isso. Outro fator foi o acesso facilitado ao financiamento de veí-culos. Entre os mais co-muns estão o parcelamen-to direto com o banco – o famoso Crédito Direto ao Consumidor ou simples-mente CDC –, o leasing e o consórcio.Só para se ter ideia, de

acordo com dados da Anef – Associação Nacional das Empresas Financeiras das Montadoras -, no primeiro trimestre deste ano o sal-do de crédito para aquisi-ção de automóveis finan-ciados por pessoas físicas correspondeu a 4,8% do PIB (Produto Interno Bru-to) brasileiro.Mas quais são as “regri-

nhas” básicas de cada uma dessas modalidades? O que elas oferecem de van-tajoso e desvantajoso? Qual é a melhor opção para ter um carro? Se vocês estão pensando em adqui-rir um automóvel financia-do para aproveitar a redu-ção de IPI, mas essas e outras questões ainda não estão esclarecidas, iG Car-

ros explica como funciona cada uma dessas modali-dades e aponta em quais situações elas podem ser usadas.

Para quem prefere alu-gar antes de comprar:

LeasingEmbora utilizado como

meio de financiamento, o leasing é na verdade uma espécie de locação finan-ceira ou arrendamento mercantil. Entre as modali-dades de compra no mer-cado, essa é a menos utili-zada – cerca de 3% das compras hoje em dia são realizadas dessa forma, se-gundo a Anef.Mais utilizado por pesso-

as jurídicas, o leasing fun-ciona da seguinte maneira: a instituição financeira compra o carro que o inte-ressado ou a empresa es-colheu e cobra todos os meses um “aluguel” para que o veículo seja usado. Durante este período, o automóvel fica no nome da instituição. Ao final do contrato existem três al-ternativas: ou o veículo pode ser comprado pela pessoa, ou o contrato pode ser renovado ou o bem pode ser devolvido à instituição financeira.Por oferecer menor risco

de inadimplência, o leasing possui taxas menores que o CDC e é livre de IOF (Im-posto sobre Operações Fi-nanceiras). Mas, em contra-partida, como o carro fica no nome do banco, exis-tem certas burocracias como a dificuldade para trocar, vender ou até mes-mo antecipar a liquidação

da dívida do automóvel an-tes do final do prazo pré--estipulado de “locação”, além do seguro, que pode se tornar um item obriga-tório. Também pode ser exigido um contrato com prazo de permanência mí-nima de 24 meses.

Para quem pode se pro-gramar: consórcio

O consórcio é o segundo meio mais utilizado pelos brasileiros para comprar um carro. Ele surgiu na dé-cada de 1960 e era consti-tuído por funcionários do Banco do Brasil. A lógica dessa forma de compra é antecipar a aquisição de bens. No entanto, ele é mais indicado para quem não tem pressa e pode programar a sua compra.Funciona da seguinte ma-

neira: um grupo de pesso-as paga mensalmente um determinado valor, que so-mado é igual ao preço co-brado pelo automóvel. Normalmente, todo mês duas pessoas são contem-pladas: uma por sorteio e outra por leilão – nesse úl-timo, ganha quem der o lance mais alto. Ao final do contrato, todos os inte-grantes desse grupo esta-rão com os seus automó-veis em mãos.De acordo com Elaine

Gomes, gerente do de-partamento jurídico da Abac (Associação Brasilei-ra de Administradoras de Consórcios), no consórcio, as taxas são baseadas no valor requerido pelo clien-te, e no geral são mais baixas que as do leasing e do CDC. Mas vale ressaltar

a importância de ler o contrato, pois nele cons-tam os valores que serão cobrados pela instituição financeira.Outro ponto positivo é

que, diferentemente do leasing, o documento do carro fica no nome do proprietário, então não haverá problemas buro-cráticos na hora de vender ou trocar de veículo.

Para quem tem pressa: CDC – Crédito Direto ao

ConsumidorTalvez por ser a modali-

dade mais simples e sem muita burocracia, o CDC (Crédito Direto ao Consu-midor) seja a forma de fi-nanciamento mais procu-rada pelos brasileiros. Segundo a Anef, 52% das compras efetuadas no pri-meiro semestre deste ano foram realizadas dessa forma.Por meio do CDC o con-

sumidor pode parcelar o seu carro diretamente com a instituição financeira de acordo com o que ele pre-cisa e com o que o banco pode oferecer. A vanta-gem é que, caso aprovado, o carro fica no nome do proprietário e, além disso, caso o dono do automóvel queira, pode antecipar a qualquer momento a liqui-dação total da dívida.A desvantagem é que os

juros estão entre os mais altos do mercado. De acordo com a Anefac (As-sociação Nacional de Exe-cutivos de Finanças, Admi-nistração e Contabilidade), no mês de julho a taxa fi-cou em 1,8% ao mês.

Cada modalidade tem suas vantagens e desvantagens por isso pesquise e veja qual dessas modalidades é a melhor para você e seu bolso

Tentamos explicar como funcionam o consórcio, o leasing e o CDC e apontamos as vantagens e desvantagens de cada um

NC 700X é a nova proposta de moto urbana

Chega enfim ao Brasil a Honda NC 700X, uma das três motos da linha NC, composta ainda pela street NC 700S e pelo scooter Integra. A versão chamada de crossover pela marca chega com apelo aventureiro e um bicilíndrico de concepção moderna, mas sem a opção pelo avançado câmbio automático de dupla embreagem.

A parte mais interessante dessa nova família de motos é o motor de dois cilindros paralelos (em linha) inclinado a 62º para frente com refrigeração líqui-da. Longe de ser nervoso como o da Hornet 600, ele tem torque praticamente igual ao do quatro-em-linha, 6,4 kgfm contra 6,53 kgfm. Mas enquanto a espor-tiva oferece tudo a elevadas 10500 rpm, a crossover entrega o que tem a apenas 4750 rpm. A potência, por outro lado, é bem diferente: são 52,5 cv a 6250 rpm na NC e 102 cv a 12000 rpm na 600. Segundo a Honda, esse motor de 669 cm³ é até 40% mais econômico que similares no mercado europeu.

O câmbio de seis marchas acionado por pedal será a única opção no Brasil, ao menos por enquanto. Na Europa é possível comprar a versão equipada com transmissão automática DCT por um preço 16% maior que o da versão equi-pada com ABS. Mas esse detalhe passará despercebido diante da grande novidade da NC 700X: o bagageiro. No lugar onde seria o tanque há um com-partimento capaz de acomodar um capacete ou outro objeto de tamanho simi-lar, como na Biz. O tanque fica sob o assento e comporta 14,1 litros de gaso-lina

No visual da NC 700X se destacam o “bico de pato” abaixo do farol, o pára--brisa, as rodas com cinco raios em Y e a lanterna traseira próxima da placa de licença. Como em boa parte dos lançamentos da Honda, o quadro de ins-trumentos é totalmente digital, incluindo o conta-giros. O assento parece bem confortável para viagens.

Mais uma vez comparando com a Hornet, a NC 700X é mais comprida (2,20 m contra 2,15 m) e pesada (202 kg contra 188 kg nas versões sem ABS). Os preços, contudo, serão menores que os da esportiva; mas não tão baixos quanto deveriam. A versão sem ABS sairá por R$ 27.490 e a com a ABS, por R$ 29.990.

Suzuki lança GSR 125 e GSR 125S A Suzuki lançou no dia 31 duas variações da GSR para complementar a li-

nha de entrada e substituir a Yes 125, que enfim deixará as concessionárias quando acabarem os estoques. No entanto, as novas motos não mostram evoluções em desenho ou mecânica.

A GSR 125 e a GSR 125S são produzidas na China pela Haojue, empresa que envia ao Brasil os modelos Burgman 125, Yes, Intruder e GSR 150i, além de Smart e Riva para a Dafra. A aparência das novas motos é praticamente a mesma da 150, com variações na GSR 125S, uma versão pseudo-esportiva com guidão diferente, velocímetro digital, spoiler sob o motor e farol com car-caça aerodinâmica. Há ainda a versão Cargo.

Apesar do estilo antiquado, o ponto fraco é mesmo a mecânica. O pequeno motor é alimentado por um carburador e “sufocado” pelo catalisador. O resul-tado é 8 cv a 9000 rpm e 0,95 kgfm a 6000 rpm, ante 12 cv a 9000 e 1,14 kgfm a 6000 rpm da Yes, uma perda de 33% em potência e de 16,5% em torque. O câmbio é de cinco marchas.

Para dar uma ideia da pequena potência da GSR 125, algumas nacionais para comparação:

•Crypton 115 (carburador): 8,2 cv a 7500 rpm e 0,88 kgfm a 5500 rpm;•Riva 150 (carburador): 12,1 cv a 8250 e 1,11 kgfm a 6600 rpm;•Fan 125 (carburador): 11,6 cv a 8250 rpm e 1,06 kgfm a 6000 rpm;•Biz 125 (injeção): 9,1 cv a 7500 rpm e 1,01 kgfm a 3500 rpm;•Fan 150 ESi (injeção): 14,2 cv a 8500 rpm e 1,32 a 6500 rpm.A J. Toledo não divulgou os preços das novas motos.

Peugeot apresenta novo conceito de bicicleta elétricaA Peugeot Cycles, divisão de bicicletas do grupo PSA, apresentou nesta

quarta-feira (28) seu mais novo protótipo elétrico eBike Concept eDL122 em re-des sociais na internet. Segundo a montadora, trata-se de um veículo “compac-to, urbano e inovador”.

A bicicleta elétrica sustenta um design arrojado, com destaque para a forma do guidão, que preserva as linhas características dos carros da montadora fran-cesa. A bateria que aliemta o motor elétrico da bike é removível e facilmente transportável. A peça fica acomodada em um comportimento de alumínio esco-vado no quadro da bicicleta.

VW Fox ganha novo motor 1.0 TEC

A Volkswagen do Brasil oficializou na última sexta-feira (31) o lan-

çamento do Fox com o novo motor 1.0 8V TEC, si-gla para “Tecnologia para Economia de Combustível”. Segundo a fabricante, que já aplicou o mesmo propul-sor nos modelos Gol e Voyage 2013, o bloco é até 3% mais eficiente na eco-nomia de combustível em relação ao 1.0 VHT anterior. O preço do carro começa em R$ 29.490.O rendimento, todavia,

não muda. O motor TEC gera até 76 cv e 10,6 kgfm de torque máximo com etanol. Abastecido com ga-solina os números vão para 72 cv e 9,7 kgfm.Segundo explicação da

VW, a melhora no consu-mo foi alcançada graças a utilização de recursos mais eficientes, como os novos bicos injetores e coletor de admissão. A montadora

também atualizou a pro-gramação da ECU – a cen-tral de gerenciamento ele-trônico do motor – e diminuiu o atrito entre as peças móveis no interior do bloco.Com o novo motor da fa-

mília TEC, o Fox acelera do 0 aos 100 km/h em 14,1 se-gundos e atinge até 160 km/h de velocidade máximo (desem-penho obtido com eta-nol). A

Volks, entretanto, não di-vulga dados sobre consu-mo médio de combustível.

Motor 1.6O Fox ainda é oferecido

com o motor 1.6 EA111 VHT, de até 104 cv. Com esse propulsor, o Fox poder s e r

equipado com o câmbio I--Motion. A versão 1.6 conta também com a versão BlueMotion, que – graças a uma série de modificações – traz benefício de econo-mia de combustível supe-riores a 10%.

Com recursos mais eficientes, pro-

pulsor é até 3% mais econômico que o VHT an-terior

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Page 21: Jornal do Dia 02-03/09/2012

CadernoEEditor: Fabrício Costa - [email protected]

Eleições 2012Macapá-AP, domingo e segunda, 02 e 03 de setembro de 2012

Os números estão fechados e estão habilitados a votar, em todo o Estado, 447.963 eleitores, um aumento de 16,4%

Eleições no Amapá poderão ter 17% de abstenções, votos nulos e brancos

Em todo o Estado do Amapá estão habilita-dos a votar nas elei-

ções municipais deste ano 447.963 eleitores, correspondendo a um au-mento de 16,4% sobre os 384.825 eleitores que es-tavam aptos para as elei-ções de quatro anos atrás, em 2008.

Macapá, com 56,55% (253.310 eleitores) é o maior colégio eleitoral do

Estado, quase quatro vezes o número de eleitores do segundo colégio eleitoral, Santana, que concentra 14,8% de todo o eleitorado estadual, contanto em 2012 com 66.311 eleitores habilitados a votar.

A maior concentração de eleitores em um mes-mo local de votação está na 12º Zona Eleitoral, na Escola Estadual Professora Maria Cristina, em Porto Grande, onde estão 15 se-ções eleitorais, com um total de 5.850 eleitores. A escola está na Avenida 8 de agosto, no Centro da sede do Município.

A seção eleitoral com maior número de eleitores é a 197, com 491 eleitores, da 10ª Zona Eleitoral que funciona na Escola Maria Ivone de Menezes, no Bair-ro de Nossa Senhora do Perpétuo Socorro, em Ma-capá. Neste local funcio-nam 10 seções eleitorais, a maioria com mais de 480

eleitores, somando 4.698 eleitores inscritos.

A Seção 32, da 11ª Zona Eleitoral (Município de Pe-dra Branca do Amapari), que funciona na Perimetral Norte (BR-210), na aldeia indígena Waiãpi, tem ape-nas 1 eleitor inscrito.

Eleições majoritárias – Prefeito

Até agora são 75 os can-didatos com pedido de re-gistro a prefeito protoco-lado no Tribunal Superior Eleitora, sendo que dentre eles, pelo menos 2 (dois) terão seus recursos julga-dos pelo Pleno do Tribu-nal Regional Eleitoral, de-vido o enquadramento na Lei da Ficha Limpa.

Estima-se que sejam apurados pelo menos 367.612 votos válidos para prefeito em todo o Estado, o que corresponderia a uma perda, entre absten-ção, voto nulo e voto em branco, em próximo dos

17,92%.Em Macapá, o maior co-

légio eleitoral do Estado, por ter superados a marca dos 200 eleitores inscritos e aptos a votar, é o único município onde pode ha-ver o segundo turno de vo-tação no dia 28 de outu-bro, se no dia 7 de outubro, nenhum dos concorrentes alcançarem a marca dos 50% mais um voto, o que lhe daria a vitória no pri-meiro turno.

Segundo o comporta-mento do eleitorado do Município de Macapá nas 4 últimas eleições para prefeito, na eleição de 2012, para que um candi-dato vença no primeiro turno, ele teria que fazer mais de 104.580 votos.

Em Santana, onde são 5 os candidatos que estão disputando a cadeira de prefeito municipal, o ven-cedor sai no dia 7 de ou-tubro, e deve fechar um quadro próximo de

22.291 votos.

Eleições proporcionais – Vereador

São mais de 1.700 candi-datos a vereador em todo o Estado do Amapá, dispu-tando as 168 vagas nas 16 câmaras municipais, uma média de mais de 10 can-didatos por vaga. A maior disputa está em Macapá, que também tem a maior oferta de vagas, 23. Aqui na Capital são 16 candida-tos para uma vaga.

De todas as seis câmaras que tinham margem para aumentar o número de vereadores, apenas a de Laranjal do Jari não conse-guiu completar o processo e ficou com as 9 vagas que já tinha. Poderia ter che-gado a 13. Macapá (23), Mazagão (11), Porto Gran-de (11), Oiapoque (11) e Santana (13) foram as câ-maras que alteram o nú-mero de vagas.

São 11 unidades partidá-

rias que disputando as 23 vagas na Câmara Munici-pal de Macapá, 8 coliga-ções e 3 partidos, estes concorrem “solteiros”, en-tre os que atingirem o quociente eleitoral, que fi-cará próximo de 9.185 vo-tos, estarão sendo dividi-das as 23 vagas.

As 8 coligações e seus respectivos partidos são: Macapá mais Forte (PP/PSC/PHS/PT do B); Prá Ma-capá Seguir Crescendo (PDT/PMDB/PSDC/PSD); Amor por Macapá (PTN/PSB); Melhora Macapá (PT/PPL); Democrata e Traba-lhista (PTB/DEM/PRP); União Popular (PPS/PRTB/PMN/PTC/PV); Unidade por Macapá (PCB/PSOL); Amapá que Queremos (PRB/ PC do B). Os três par-tidos que concorrem soltei-ros são: PSDB, PR e PSTU.

A estimativa é que sejam apurados 373.086 votos vá-lidos no dia 7 de outubro.

(Rodolfo Juarez)

Page 22: Jornal do Dia 02-03/09/2012

E2JD Macapá-AP, domingo e segunda, 02 e 03 de setembro de 2012

Editor: Pablo Oliveira - [email protected]ções 2012

Histórias de vida, apelo a políticos influentes, acusações, ataques e muitas promessas fazem parte das estratégias utilizadas pelos candidatos para tentar atrair os eleitores na disputa rumo a Prefeitura de Macapá

Na busca do voto, candidatos fazem promessas e trocam acusações para atrair eleitores

De acordo com o Có-digo Eleitoral brasi-leiro, o Horário Elei-

toral obrigatório serve para mostrar as propos-tas de cada candidato. A estratégia empregada em cada programa pode ser uma arma poderosa para fazer com que olhos e ouvidos do eleitor este-jam atentos aos poten-ciais de cada candidato, tanto a prefeitos quanto a vereadores.

Mas são as mesmas es-tratégias utilizadas no rá-dio e na TV, que se em-pregadas incorretamente, ao invés de informar a po-pulação, podem arruinar a campanha de um candi-dato. As propostas apre-sentadas, o jingle utiliza-do durante o horário eleitoral e até mesmo os bordões adotados tor-nam-se motivo de discus-são e geram comentários.

Nesta edição, JD prepa-rou um resumo dos pro-gramas eleitorais dos principais candidatos à prefeitura de Macapá. Histórias de vida, partici-pação da população, ape-lo a políticos influentes, acusações, ataques e mui-tas promessas fazem par-te das estratégias utiliza-das pelos candidatos.

Cristina Almeida (PSB) A coligação Frente Po-

pular, encabeçada pela candidata Cristina Almei-da (PSB), conhecida pela militância nos movimen-tos sociais, defensora dos direitos das mulheres e dos afrodescendentes, marcou o início da Propa-ganda Eleitoral Gratuita da majoritária falando so-bre sua história de vida e fez uso de depoimentos de outros políticos in-fluentes em sua carreira política, como a deputada federal Janete Capiberibe e o senador João Alberto Capiberibe, para confir-mar seu compromisso caso seja eleita.

A pré-candidata ressal-tou a força do gênero fe-minino para reforçar a responsabilidade com o município. Com ataques à atual gestão do PDT, Cris-tina Almeida lembrou de fatos noticiados na mídia local e nacional envolven-do o governo PDT.

“Você não vai me ver no Fantástico ou no Jor-nal Nacional causando vergonha para a popula-ção, você me verá nas ruas, nos postos de saú-de, você vai me ver tra-balhando, porque Maca-pá precisa ser cuidada” disse a candidata.

Além disso, acusou a atual administração de perder tempo brigando com o Governo do Esta-do. “Eu não vou ficar bri-gando com o governador Camilo Capiberibe, vou dividir responsabilidades, o que é da Prefeitura é da prefeitura, o que é do Go-verno é do Governo, isso é parceria para fazer Ma-capá avançar” palavras utilizadas no programa.

Em seu programa, Cris-tina Almeida se aproveita de ações do Governo, que afirma atualmente estare-xecutando mais de R$ 500 milhõesem obras,para complementar suas pro-postas de trabalho. “Cris-tina Almeida vai botar or-dem na prefeitura e trabalhar em parceria” completa o governador Camilo Capiberibe. Tudo para que a população perceba a aproximação pacífica com o Governo do Estado.

Evandro Milhomen (PC do B)

O programa “A Macapá que Queremos” do candi-dato Evandro Milhomen vem trabalhando em tor-no da experiência adquiri-da em quatro mandatos como deputado federal. Com um discurso voltado à regionalidade amapa-ense, inclusive sem abrir mão das produções musi-cais de compositores lo-cais, o candidato atribui a sua identidade com esta terra, o sucesso de seus compromissos, caso seja eleito prefeito da capital.

Personagens da popu-lação, através do recurso chamado “Fala Povo”, apresentaram algumas dificuldades enfrentadas pelo município, utilizadas pelo candidato antes de informar suas propostas. Mas destaque, quem está tendo de fato, no progra-ma, são os políticos do mesmo partido no Con-gresso Nacional. Os de-poimentos de Alice Por-tugal (PCdoB-BA), Daniel Almeida (PC do B-BA), Inácio Arruda (PC do B-CE) são utilizados para afirmar o compromisso do candidato.

“Quero ser prefeito para realizar as mudanças que Macapá precisa. Não que-ro apenas o seu voto, quero você comigo nesta grande caminhada de res-gate a nossa autoestima, para juntos reconstruir-mos a Macapá que queremos”,são palavras de Milhomen durante a propaganda.

Clécio Luiz (PSOL) O programa da coliga-

ção Unidade Popular tem confundido o eleitor. Não se sabe se o candidato é o Clécio Luiz ou o senador Randolfe Rodrigues, que desde a primeira inserção aparece como persona-gem principal.

Mesmo com a intenção de demonstrar a proxi-midade e a parceria com a bancada federal, para facilitar a resolução dos problemas do município, há quem questione que o candidato precisa ter mais expressividade em seu próprio programa eleitoral.

Em algumas inserções, o senador Randolfeabre o programa,referindo-se aos problemas enfrenta-dos pelos moradores em Macapá. Fala sobre o abandono da saúde, pro-fissionais mal remunera-dos e equipamentos su-cateados, um ataque a atual gestão.

“Macapá não tem asfal-to, porque tem gente que não quer. Acho que é pre-guiça! Há mais de seis li-nhas de crédito para as-faltamento, mas não existe planejamento para liberar o dinheiro”, ataca Randolfe Rodrigues.

Como meta, Clécio Luiz diz que quer implemen-tar, na cidade, soluções criativas e assumir o desa-fio de governar junto com o povo. Logo no primeiro programa, comprome-

teu-se a oferecer oportu-nidades para os jovens, criando a Secretaria e o Conselho Municipal de Juventude, oferecendo qualificação e crédito para jovens empreendedores.

“Vamos fazer o que é necessário, com soluções certas e criativas. Vamos juntos reconstruir a Maca-pá que amamos.Nosso papel é fazer o melhor por você e por toda população”,afirmou Clé-cio Luiz.

Roberto Góes (PDT) O candidato à reeleição,

da coligação Construindo e Gerando Emprego, Ro-berto Góes, não dispen-sou a superprodução e com o lema “Mais cons-trução, mais qualidade de vida” utiliza das ações já promovidas por sua ges-tão para chamar a aten-ção do eleitor.

Nas inserções, Roberto Góes tenta mostrar o tra-balho desenvolvido por sua administração no mu-nicípio, enquanto prefei-to. Habitação, qualidade de vida, incentivo à cons-trução civil, geração de emprego, saúde para o povo, construção de es-colas, construção de hos-pital, atendimento huma-nizado e sistema eficiente de transporte são bandei-ras do candidato.

Ao falar dos dados do Ibope, que o colocam com 29% nas intenções de voto, Roberto Góes faz questão de falar sobre as cinco mil famílias, que pretende ajudar com me-lhoriashabitacionais, e cita as unidades de Mucajá, Bairro Forte, Parque dos Buritis, Cuba de Asfalto, Zelito como referencias de sua gestão, trabalho que rendeu premiação da Secretaria Nacional de Habitação.

“Não basta ser apenas a casa própria, tem que ser a casa dos sonhos. Sinto--me orgulhoso por estar realizando o sonho des-sas cinco mil famílias. Se no meu primeiro manda-to construí tanto, imagine o que vem por aí no se-gundo mandato”, afgir-ma Roberto Góes, ao pe-dir o voto.

Outro trunfo do candi-dato é a criação da Lei 077/2011 do novo Plano Diretor, que, segundo Góes, mudou o conceito imobiliário de Macapá e injetou ânimo à econo-mia local.

Davi Alcolumbre (DEM)

O programa Macapá Melhor do candidato a prefeito da capital Davi Alcolumbre tem enfatiza dois elementos. As falas “espontâneas” do candi-dato e o jingle. O candi-dato é o único que ainda não foi objetivo com a população em termos de apresentação de suas propostas de trabalho à frente do Executivo mu-nicipal.

Iniciou as inserções fa-lando sobre o descon-tentamento com a atual gestão de Macapá e a descrença da população com os políticos que hoje administram a cida-de. E abusou do tom emocional, para pedir o voto do eleitor. Segundo o candidato, sua experi-ência na vida pública o credencia para governar essa cidade.

Davi Alcolumbre faz questão de pedir à popu-lação que procure saber sobre sua história de vida, afirmando ter compro-misso, respeito e humil-dade para olhar com cari-

ANDREZA SANCHESDa Redação

Promessômetro Acusômetro

Cristina Almeida (PSB)• Prefeitura vai sair do SPC e ficar com

nome limpo• Buscar os recursos disponíveis para obras

e programas• Trabalhar para resolver problemas e não

para criá-los• Fazer a parceria com Governo Federal, Es-

tadual e com a população• Mais postos de saúde • Informatização na marcação de consultas

nos postos de saúde• Construção de creches• Garantir asfalto e sinalização eficiente

• Lembrou dos fatos noticiados na impren-sa nacional, envolvendo candidato do PDT

• Lembrou as atuais desavenças entre pre-feito e governador

• Péssimo atendimento na saúde municipal • Obras paradas, como Hospital Metropoli-

tano, Estádio Glicério Marques, Cuba de Asfalto, Restaurante Popular, Creche da Cidade Nova, Parque Zoobotânico e Shopping Popular

• Orçamento da prefeitura precisa ser me-lhor gerenciado

Promessômetro Acusômetro

Clécio Luiz (PSOL)• Planejamento viário • Pavimentação com blocos de concreto

nas ruas de menor fluxo, gerando emprego no próprio bairro.

• Asfalto de boa qualidade, com duração mínima de dez anos

• Aumentoda cobertura dos Programas de Saúde da Família.

• Valorizaçãodo servidor da saúde, com elaboração do plano de cargos e salários para to-das as categorias

• Realização de concurso público.• Acessoa programas do Governo Federal

disponíveis para o município.

• Senador Randolfe Rodrigues ressaltou sete postos de saúde parados.

• Prefeitura não se credencia para buscar recursos do Governo Federal.

• “Macapá não tem asfalto porque tem gente que não quer. Acho que é preguiça”, acusa o senador Randolfe Rodrigues.

Promessômetro Acusômetro

Roberto Góes (PDT)• Planejamento viário • Contemplar mais de 12 mil famílias com

habitação, construindo três mil unidades habita-cionais por ano.

• Regularizar o lote de 36 mil famílias e dar de graça o documento dos imóveis que essas pessoas ocupam.

• Distribuir kit de material de construção para que as famílias carentes possam melhorar suas casas.

• Implementar o Programa Primeiro Empre-go para os jovens (parceria com empresas em troca de isenção de parte dos tributos).Em 2013, um mil jovens já serão contemplados com Pro-grama Primeiro Emprego

• Haverá escolas com tempo integral com bibliotecas e salas de informática

• Os pais das crianças receberão, às sextas--feiras, cardápio da merenda escolar da próxima semana.

• Haverá creches nas zonas Sul, Norte, Les-te e Oeste

• Qualificação profissional às mulheres por meio de cursos de iniciação digital, culinária, téc-nico em agricultura, artesanato

• Construção do Centro de atendimento à saúde da mulher.

• Estagnação da economia local, por causa do Governo do PSB, na administração estadua.

• 345 empresas fecharam em 2011, atingi-das pela mudança da nova Lei Tributária, promo-vida pelo Governo do Estado.

• IBGE registrou volume de vendas no Brasil de 1,4% e o Amapá registrou único resultado ne-gativo do país.

Promessômetro Acusômetro

Evandro Milhomen (PC do B) • Trabalhar em parceria com a população,

estando nos bairros discutindo e resolvendo em conjunto os moradores.

• Criar e implantar o Conselho Municipal das Cidades

• Modernizar o sistema de atendimento ao público.

• Ruas e avenidas esburacadas• Escolas abandonadas • Coleta de lixo sem regularidade• Falta de sinalização eficiente • Transporte coletivo caótico.

nho e atenção por cada cidadão macapaense.

“Mesmo sabendo que a partir do ano que vem os desafios serão muitos, tenho força, vontade e garra para superar. As pessoas terão orgulho de dizer que são maca-paenses, porque acredi-tam que o amanhã pode ser melhor do que hoje” diz Davi Alcolumbre em seu discurso.

Os membros da família, como esposa, pai, mãe e irmãos falaram sobre seu projeto de ser político e sobre sua atuação. O pro-

grama também vem con-tando com a participação especial de Lucas Barreto, como estratégia para afir-mar o compromisso de Davi Alcolumbre.

Ao que se observa, o eleitor terá muito trabalho para escolher o represen-tante da Prefeitura. Para ajudar nos debates e dis-cussões, o JD também destacou algumas pro-messas e acusações dis-paradas pelos candidatos.

Genival Cruz (PSTU) Os cuidados técnicos

não fazem parte das pre-

ocupações do PSTU, ao preparar o programa de seu candidato à Prefeitura de Macapá, Genival Cruz. Muitas vezes fica difícil ouvir as declarações do candidato, porque o som ambiente ou a música de fundo superam o volume de sua voz.

Mantendo a tradição de uma linha política mais radical do PSTU, Genival faz questão de mostrar que não tem la-ços com os demais can-didatos e se apresenta como uma alternativa real para a população,

especialmente para os que enfrentam maiores dificuldades na luta pela sobrevivência. “Os Góes e os Capiberibes não são alternativas para você”, afirma ele.

O candidato se apre-senta como uma pessoa próxima da população, que anda de ônibus e que mora em bairro de periferia, onde os pro-blemas do município são mais gritantes. Como proposta, Genival Cruz afirma que irá municipa-lizar o sistema de trans-porte público.

Page 23: Jornal do Dia 02-03/09/2012

E3JD Macapá-AP, domingo e segunda, 02 e 03 de setembro de 2012Editor: Pablo Oliveira - [email protected]

Eleições 2012

Associação Comercial entrevista candidatos à Prefeitura

Você sabe quem são os vices nessas eleições?

A Associação Co-mercial e Indus-trial do Amapá

(Acia) inicia nesta se-gunda-feira (3), uma série de entrevistas com os candidatos à Prefeitura de Macapá.

O primeiro a reunir com os candidatos será o atual prefeito Roberto Góes (PDT). No dia 10 será a vez de Clécio Luis (PSOL). No dia 17 Davi Alco-

lumbre (DEM) e no dia 24 Evandro Milhomen (PCdoB). A candidata Cristina Almeida (PSB) e o candidato Genival Cruz (PSTU) ainda não confirmaram a data.

Nessas reuniões, os empresários terão oportunidades de ti-rar dúvidas e conhe-cer o plano de gover-no com explanação dos próprios candida-tos para que possam

traçar o futuro da ca-pital. “Será a oportu-nidade que os candi-datos e os empresários vão ter para tirar dú-vidas e conhecer me-lhor o que cada um planeja para a capital. Vai ser um momento de troca de ideias so-bre propostas e pro-jetos prioritários”, co-mentou Nilton Ricardo, presidente da ACIA.

Na história do Brasil, quando os Vices eram votados, na Eleição de

1956 do famoso Juscelino Kubistchek, um dos maiores presidentes do Brasil em toda sua história, o seu vice João Goulart teve maior vo-tação que o próprio presi-dente da República o JK na-quela eleição.

Pensando hoje em Maca-pá, se a eleição tivesse voto para vice-prefeito, qual de-les estaria na ponta com chance de ser mais votado? Hoje na Eleição de 2012 te-mos o seguinte quadro de partidos e coligações e seus respectivos vices: Allan Sa-les (PPS) que é vice de Clé-cio Luis (PSOL); Van Vilhena (PT) que é vice de Cristina Almeida (PSB); Jurema Sea-bra (PTB) que é vice de Davi Alcolumbre (DEM); Patricia-na (PRB) que é vice de Mi-lhomen (PCdoB) e Ane (PSTU) que é vice de Genival Cruz (PSTU).

DestaqueDentro deste quadro, te-

mos hoje os vices na Eleição 2012, mas a história tem João Goulart em destaque

como 24º Presidente da Re-pública do Brasil. O eleitor, desta forma, passará a co-nhecer os possíveis vices--prefeitos de nossa cidade, e na hora do voto, o eleitor tem que saber o que é uma chapa de prefeito e uma de vice-prefeito, além de ficar por dentro dos apoiadores com mandato e lideranças políticas que também esta-rão compondo o quadro político.

Hoje não votamos mais no vice, porém, na história polí-tica e partidária do Brasil te-mos João Goulart como re-ferência sendo um dos mais votados, até mais do que o próprio presidente. Cada vice hoje teve um caminho para chegar a ocupar este espaço na chapa, seja pela sua trajetória política, seja por serviços já prestados ao município, Estado ou Fede-ração, ou seja, por uma indi-cação partidária que tam-bém definiu nesta eleição o nome de cada vice nas suas respectivas coligações.

Com certeza, aqueles que conquistaram este espaço político através de sua po-pularidade deverão somar

Histórias de vida, apelo a políticos influentes, acusações, ataques e muitas promessas fazem parte das estratégias utilizadas pelos candidatos para tentar atrair os eleitores na disputa rumo a Prefeitura de Macapá

Na busca do voto, candidatos fazem promessas e trocam acusações para atrair eleitores

Promessômetro Acusômetro• Lembrou dos fatos noticiados na impren-

sa nacional, envolvendo candidato do PDT• Lembrou as atuais desavenças entre pre-

feito e governador • Péssimo atendimento na saúde municipal • Obras paradas, como Hospital Metropoli-

tano, Estádio Glicério Marques, Cuba de Asfalto, Restaurante Popular, Creche da Cidade Nova, Parque Zoobotânico e Shopping Popular

• Orçamento da prefeitura precisa ser me-lhor gerenciado

Promessômetro Acusômetro

• Senador Randolfe Rodrigues ressaltou sete postos de saúde parados.

• Prefeitura não se credencia para buscar recursos do Governo Federal.

• “Macapá não tem asfalto porque tem gente que não quer. Acho que é preguiça”, acusa o senador Randolfe Rodrigues.

Promessômetro Acusômetro

• Estagnação da economia local, por causa do Governo do PSB, na administração estadua.

• 345 empresas fecharam em 2011, atingi-das pela mudança da nova Lei Tributária, promo-vida pelo Governo do Estado.

• IBGE registrou volume de vendas no Brasil de 1,4% e o Amapá registrou único resultado ne-gativo do país.

Promessômetro Acusômetro• Ruas e avenidas esburacadas• Escolas abandonadas • Coleta de lixo sem regularidade• Falta de sinalização eficiente • Transporte coletivo caótico.

especialmente para os que enfrentam maiores dificuldades na luta pela sobrevivência. “Os Góes e os Capiberibes não são alternativas para você”, afirma ele.

O candidato se apre-senta como uma pessoa próxima da população, que anda de ônibus e que mora em bairro de periferia, onde os pro-blemas do município são mais gritantes. Como proposta, Genival Cruz afirma que irá municipa-lizar o sistema de trans-porte público.

Roberto Cristina Clécio

Davi Milhomen Genival

mais para os cabeças de chapa do que aqueles que foram indicados. Esta é uma análise que fazemos, mas

em uma Eleição tudo é pos-sível. Esperamos que com mais informação a popula-ção de Macapá defina no

dia 7 de outubro o melhor prefeito e vice para nossa ci-dade que governará de 2013 a 2016.

João Goulart: o caminho do vice até chegar a chapa pode ser traçado de várias maneiras

Page 24: Jornal do Dia 02-03/09/2012

E4JD Macapá-AP, domingo e segunda, 02 e 03 de setembro de 2012Editor: Fabrício Costa - [email protected]

Eleições 2012

É a primeira vez que os partidos políticos e coligações atingem o porcentual mínimo da chamada Cota de Gênero

Mulheres somam mais de 30% do total de candidatos nas eleições municipais

As mulheres são 32,57% dos candi-datos que estão na

disputa pelas vagas de vereador e prefeito nas eleições municipais deste ano em todo país, segun-do dados divulgados pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) nesta sexta-feira (31). É a primeira vez que os partidos políticos e co-ligações atingem o por-centual de 30% da cha-

mada Cota de Gênero estabelecida pela Lei das Eleições.

De acordo com estudo realizado pelo TSE nas eleições deste ano o nú-mero de candidatos do sexo masculino chegou a 302.348 e o de candidatos do sexo feminino a 146.059.

Nas eleições municipais de 2004, o percentual de participação feminina foi de 21,04%, com 287.558 candidatos do sexo mas-culino e 81.263 do sexo feminino. Nas eleições de 2008, esse o percentual foi de 19,84%, sendo 274.110 candidatos mas-culinos e 77.409 do sexo feminino.

A Lei das Eleições esta-belece que, em uma elei-ção, deve ser observado o mínimo de 30% e o máxi-mo de 70% de candidatos do mesmo gênero sexual do total dos registrados por um partido ou coliga-

ção. Até a última eleição municipal, em 2008, o mí-nimo de vagas (30%) de-veria ser apenas “reserva-do”, não necessariamente preenchendo essas vagas. No entanto, a Resolução 23.373/2011 do TSE, que dispõe sobre a escolha e o registro de candidatos nas eleições de 2012, trouxe a modificação estabelecida na minirreforma eleitoral (Lei 12034/09).

Agora, o artigo 10, pará-grafo 3º da Lei das Elei-ções determina que “cada partido ou coligação pre-encherá o mínimo de 30% e o máximo de 70% para candidaturas de cada sexo”. Antes, o texto da lei observava apenas que cada partido ou coligação “deveria” preencher esses porcentuais.

A cota eleitoral de gêne-ro tem por objetivo ga-rantir uma maior partici-pação das mulheres na vida política do país.

Questão ambiental ainda é pouco debatida por candidatosEmbora os brasileiros te-

nham vivenciado um ano marcado pela reali-

zação da Conferência das Nações Unidas para o De-senvolvimento Sustentável (Rio+20), pelo debate so-bre o uso de sacolas plásti-cas e por planejamentos municipais voltados a ações sustentáveis como o fim dos lixões e a coleta se-letiva de resíduos, ainda não é o atual processo elei-toral, iniciado há cerca de um mês, que posicionará a questão ambiental no cen-tro dos debates políticos.

A despeito do espaço que o tema tem conquis-tado na agenda do país, nem os programas parti-dários eleitorais ou os eleitores consideram o meio ambiente uma área prioritária para a definição do voto na opinião de al-guns especialistas.

“Dados os altos índices de poluição, devastação florestal, mudança climáti-ca etc. [o meio ambiente] somente vai adquirir cen-tralidade para a população quando questões que afe-tam seu cotidiano estive-

rem mais bem soluciona-das”, afirmou Rachel Meneguello, professora do Departamento de Ciências Políticas da Universidade de Campinas (Unicamp).

Os programas partidá-rios continuam voltados para os temas que estão no topo do ranking de preocupações apontadas pelos eleitores em pesqui-sas de opinião. “Em um cenário em que o poder público não consegue dar conta de questões básicas, medidas como o fim das sacolas plásticas têm pou-ca adesão, porque se sabe que é uma medida muito parcial, e sua implantação afeta o cotidiano da maio-ria das pessoas, que não recebeu alternativa para dar conta, por exemplo, de parte do lixo domésti-co”, acrescentou.

O resultado pode ser confirmado com o acom-panhamento dos primei-ros programas eleitorais apresentados pelos parti-dos. “Em São Paulo, todos os candidatos concentram a temática em problemas de saúde ou transporte,

refletindo as reivindica-ções básicas do eleitorado para o Poder Público”, dis-se a professora, ao acres-centar que esses temas só deixarão de ser dominan-tes quando tiverem sido solucionados para a maio-ria da população.

Por outro lado, ainda há pouco investimento em uma política de educação e mudanças de hábitos que possa sustentar medi-das importantes nessa di-reção. Algumas pesquisas sobre hábitos com relação ao meio ambiente mos-tram que as pessoas têm informação sobre os ma-teriais que poluem o am-biente, mas a reciclagem ainda não atingiu núme-ros satisfatórios, devido à falta de tempo das pesso-as, a falta de motivação e a falta de coleta seletiva no município.

Na semana passada, re-presentantes da organiza-ção não governamental SOS Mata Atlântica lança-ram, no Congresso Nacio-nal, um projeto para atrair o comprometimento de candidatos com a área. De-

nominado Plataforma Am-biental 2012, o documento reúne os principais pontos da agenda socioambiental, que devem ser discutidos, respondidos e soluciona-dos pelos dirigentes do país, como a implantação da Política Municipal de Meio Ambiente e o Sistema Municipal de Informações sobre Meio Ambiente, além da identificação de áreas de preservação per-manente (APPs).

“Nunca ouvimos tanto falar em sustentabilidade, mas sustentabilidade para quem? Muita gente está falando sem saber sequer o que é. Tem gen-te prometendo coisas que não vai acontecer porque sequer é competência do vereador ou do prefeito”, alertou Mario Mantovani, diretor de Políticas Públi-cas da Fundação SOS Mata Atlântica.

Além de atrair o com-prometimento de políti-cos, a proposta é que o documento também seja usado pelos eleitores para acompanhar e ava-liar seus candidatos, sob

DIVULGAÇÃO

Norbeto Bobbio e a representação dos interesses na democracia

ARLEY FELIPE [email protected]

Como foi informado no artigo da semana passada, está sema-

na estarei trazendo o pon-to de vista de um dos maiores filósofos políticos de todos os tempos, Nor-berto Bobbio. Em seu livro “O Futuro da Democra-cia”, ele aponta seis pro-messas não cumpridas do ideal democrático. Com isso, hoje iniciarei uma sé-rie de três textos sobre eles, onde tentarei de-monstrar o pensamento do autor, baseado na nos-sa realidade política.

Bobbio começa criti-cando a forma com que o Poder é distribuído na atual democracia. Para ele, a democracia nasceu de uma concepção indi-vidualista da sociedade, ou seja, qualquer forma de sociedade, principal-mente a política, é um

produto feito da vontade dos indivíduos. Eu, indiví-duo pertencente a uma sociedade, escolho um governante de acordo com a minha vontade in-dividual.

Porém, Bobbio afirma que o que aconteceu com o Estado democráti-co foi exatamente o oposto: a coisa politica-mente relevante passou a ser muito mais os grupos, as grandes organizações, as associações das mais diversas naturezas, os sindicatos das mais diver-sas profissões, partidos das mais diversas ideolo-gias, e sempre menos os indivíduos. Após isso ele completa: “São os grupos e não os indivíduos os protagonistas da vida política numa sociedade democrática”.

Desta primeira transfor-

mação do ideal democrá-tico , que diz respeito à distribuição do poder, sur-giu a segunda, que se re-laciona à representação do individuo. Nas palavras de Bobbio: “A democracia moderna, nascida como democracia representati-va, em contraposição à democracia direta dos gregos antigos, deveria ser caracterizada pela re-presentação política, na qual o representante, que foi eleito para perseguir os interesses da nação, não pode estar sujeito a um mandato vinculado”.

E continua sua critica: “Jamais uma norma cons-titucional foi mais violada que a da proibição do mandato imperativo (ou seja, do mandato de um político vinculado a inte-resses pessoais), e jamais um princípio foi mais

desconsiderado do que o da representação políti-ca” e na sequência, inda-ga: “Mas em uma socie-dade composta de grupos distintos que lu-tam pela supremacia, para fazer valer seus pró-prios interesses contra outros grupos, esse ideal pode se concretizar?”

Este é o ponto que que-ro destacar com vocês lei-tores. Hoje vivemos, uma crise de representativida-de com os políticos brasi-leiros. Seguindo o pensa-mento de Bobbio, esta crise poderia ser causada pelo que se chama de mandato vinculado, ou seja, um mandato que fa-vorece somente à deter-minado grupo de pessoas.

Por exemplo, quando um político é eleito, ao contrario do que muitos pensam, ele não deve agir somente em prol da-quele grupo que o aju-dou na campanha ou da-quela parte da população

que lhe é mais favorável. Ele passa a ser um repre-sentante do povo de de-terminado território como um todo.

A prática é totalmente diferente da teoria, como bem sabemos. Na Câmara Federal, só para citar al-guns exemplos, existe o que se chama de bancada ruralista, que defende o interesse dos grandes em-presários do agronegócio e latifundiários do Brasil. Suas opiniões e ações, ex-postas principalmente no recente Código Florestal, vetado pela presidente da Republica, se chocam com a dos ambientalistas, que possuem outros deputa-dos como defensores. A mesma situação se repete com a bancada evangélica e os movimentos GLBT’s. Todos estes grupos que eu citei possuem políticos que defendem seus inte-resses, tendo assim, seus mandatos vinculados a in-teresses de determinados

grupos, e não da popula-ção em geral.

Bobbio não vê saída para este problema. Para ele existe uma vitoria defi-nitiva da representação dos interesses sobre a re-presentação política. Cada vez mais esses grupos de interesses distintos estão se tornando grandes cor-porações, cabendo ao go-verno agir como media-dor dessas corporações para que elas entrem em um acordo, e asseguran-do que esse acordo seja cumprido. Bobbio finaliza sua análise do tema com o seguinte pensamento: “ O acordo entre grandes organizações nada tem a ver com a representação política (que pode ser tra-duzida como vontade ge-ral da população, bem maior, mandato do políti-co sendo usado a favor do povo), é na verdade, uma expressão típica de representação dos inte-resses”.

pelo menos cinco áreas de ação, como medidas voltadas ao desenvolvi-mento sustentável, clima, educação, saúde e sanea-mento básico. “O candi-dato pode aderir, e o elei-

tor também pode levar a plataforma para o candi-dato e virar uma espécie de avalista desse candida-to para ver se é promessa política ou fato”, acres-centou Mantovani.

Questão ambiental é pouco debatida no centro dos debates políticos