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Jornal do Conselho Regional de Química IV Região (SP) Ano 27 - Nº 151 Mai/Jun 2018 ISSN 2176-4409

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Jornal do ConselhoRegional de Química

IV Região (SP)Ano 27 - Nº 151Mai/Jun 2018

ISSN 2176-4409

2 – Informativo CRQ-IV Mai/Jun 2018

PRESIDENTE: HANS VIERTLER

VICE-PRESIDENTE: NELSON CÉSAR F. BONETTO

1º SECRETÁRIO: LAURO PEREIRA DIAS

2º SECRETÁRIO: DAVID CARLOS MINATELLI

1º TESOUREIRO: ERNESTO HIROMITI OKAMURA

2º TESOUREIRO: REYNALDO ARBUE PINI

CONSELHEIROS TITULARES: CLAUDIO DI VITTA,DAVID CARLOS MINATELLI, ERNESTO HIROMITI

OKAMURA, JOSÉ GLAUCO GRANDI, LAURO

PEREIRA DIAS, MANLIO DE AUGUSTINIS, NELSON

CÉSAR FERNANDO BONETTO, REYNALDO ARBUE

PINI E RUBENS BRAMBILLA.

CONSELHEIROS SUPLENTES: AELSON GUAITA,AIRTON MONTEIRO, ANA MARIA DA COSTA

FERREIRA, ANTONIO CARLOS MASSABNI,

TINTAS

EXPEDIENTE

GEORGE CURY KACHAN, JOSÉ CARLOS OLIVIERI,MASAZI MAEDA E SÉRGIO RODRIGUES.

CONSELHO EDITORIAL: HANS VIERTLER E CLAUDIO

DI VITTA

JORNALISTA RESPONSÁVEL:CARLOS DE SOUZA (MTB 20.148)

ASSIST. COMUNICAÇÃO:JONAS GONÇALVES (MTB 48.872)

IMAGEM DA CAPA: SHUTTERSTOCK

ASSIST. ADMINISTRATIVA: MARIELLA SERIZAWA

CONTATOS: 11 3061-6059 [email protected]

Uma publicação do Conselho Regional de Química IV RegiãoRua Oscar Freire, 2.039 – SP/SP

Tel. (11) 3061-6000 - www.crq4.org.br

A Associação Brasileira dos Fabri-cantes de Tintas (Abrafati) está com ins-crições abertas até 15 de outubro, pelosite www.abrafati.com.br, para a 19ª edi-ção do Prêmio Abrafati de Ciência emTintas, um reconhecimento da entida-de a trabalhos científicos que buscam ainovação e o desenvolvimento tecnoló-gico do setor. O regulamento pode serbaixado pelo link https://is.gd/abrafati.

Após o período de inscrições, os tra-balhos serão avaliados por uma comis-são julgadora, responsável pela definiçãodos três primeiros colocados, que rece-berão premiações em dinheiro: R$ 20 milpara o primeiro lugar, R$ 10 mil para osegundo e R$ 5 mil para o terceiro. A di-vulgação dos nomes dos contempladosestá prevista para o dia 23 de novembro ea entrega será realizada em cerimônia aser promovida em 5 de dezembro.

Profissionais, pesquisadores e estu-dantes de graduação e pós-graduaçãopodem concorrer com estudos inéditose que tratem de temas como matérias-primas; desenvolvimento de produtos,processos ou equipamentos inovadores;técnicas analíticas; qualidade; proteçãodo meio ambiente e utilização de sub-produtos e resíduos.

Nas 18 edições promovidas desde1987, quando foi instituído pela asso-ciação, o Prêmio Abrafati de Ciênciaem Tintas reconheceu 88 especialistas,ligados às principais universidades,centros de pesquisa e empresas do País.Os trabalhos vencedores geraram, se-gundo a associação, aprimoramentossignificativos em processos, desenvol-vimento de produtos e matérias-primas,avanços no campo ambiental e possi-bilitaram a realização de estudos maisaprofundados.

Concurso promovido pela Abrafatireceberá inscrições até o dia 15/10

Escolhidos por uma comissão, os três melhores trabalhos dividirão R$ 35 mil

EDITORIAL

Campanha celebra a profissãoApesar das dificuldades econômicas dos dias atuais, o CRQ-IV decidiu promo-

ver neste mês de junho uma pequena campanha publicitária para celebrar o 18 dejunho, quando se comemora oficialmente o Dia do Profissional da Química.

A exemplo do que ocorreu ano passado, novamente a entidade veiculará naedição deste mês um anúncio de página inteira na tradicional revista Química eDerivados. A peça, reproduzida na capa desta edição, traz uma imagem futuristaque procura passar a ideia de integração do Homem com a Natureza por meio daCiência. Ao mesmo tempo, mostra nuances de algo que está em curso atualmente: aIndústria 4.0, também denominada 4ª Revolução Industrial, que prevê a customiza-ção dos meios de produção por meio de um avanço ainda maior da digitalização eautomação dos processos.

Além do anúncio impresso, o Conselho também veiculará um banner eletrônicono site www.quimica.com.br, mantido pela mesma empresa que edita a revista.

A cerimônia oficial que comemorará do Dia do Profissional da Química ocorrerádia 22/06, no auditório do Conselho, oportunidade em que serão entregues os prêmi-os aos estudantes e orientadores que venceram a edição deste ano do Prêmio CRQ-IV, também destacada nesta edição. A entidade decidiu não conferir o Prêmio Wal-ter Borzani em razão de ter recebido apenas uma inscrição para o concurso.

Informativo CRQ-IV – 3Mai/Jun 2018

LITERATURA

Livros sobre tecnologia em tintase Química Verde serão sorteados

A promoção é aberta a profissionais e estudantes em situação regular no Conselho. Para participar, envieum e-mail para [email protected], informando nome, CPF e endereço residencial com CEP. No

campo “Assunto” da mensagem escreva “Sorteio” e nome do livro de interesse. Remeta e-mailsseparados se quiser concorrer a ambos. O sorteio ocorrerá em 18/06, Dia do Profissional da Química.

Com muitos exemplos práticos, este livro é voltado parapesquisadores, formuladores, técnicos e todos os profissio-nais das áreas de pesquisa e desenvolvimento e assistênciatécnica da indústria de tintas. Foi concebido para consultaspermanentes, de forma fácil e rápida, seja em uma mesa deescritório ou numa bancada de laboratório.

Organizada pelo Químico Silmar Barrios, a obra refleteo conhecimento da equipe de pesquisadores e técnicos daOxiteno, trazendo a experiência em campos como mecanis-mos de formação de filme, avaliações e análises críticas detintas base água e base solvente, coalescentes e tensoativosem formulações automotivas, industriais e arquitetônicas,bem como polimerização em emulsão.

Editado pela Blucher, custa R$ 90,00 e pode ser compra-do pelo endereço https://is.gd/manualtintas.

A necessidade de desenvolver matérias-primas renová-veis para a indústria química, a fim de substituir o petróleo,é um dos grandes desafios estratégicos para este século. Estelivro investiga os principais tipos de biomassa vegetal, suascaracterísticas químicas e seu potencial para substituir o pe-tróleo como principal insumo demandado pelo setor, de acor-do com os princípios da química verde. Especialistas inter-nacionalmente reconhecidos dão uma visão geral do estadoda arte e dos desenvolvimentos em andamento. Além disso,a obra analisa os princípios da química verde e sua relaçãocom a biomassa, explorando os principais processos de con-versão de biomassa em bioprodutos.

Organizado pelo Químico Sílvio Vaz Jr, da Embrapa, eeditado pela Springer, o livro pode ser adquirido pelos ende-reços https://is.gd/biomass ou https://is.gd/biomass2.

4 – Informativo CRQ-IV Mai/Jun 2018

SANEANTES

A Comissão Técnica de Saneantesdo CRQ-IV promoveu, no dia 26 deabril, o II Fórum sobre RDC nº 47/2013. O evento foi direcionado a Res-ponsáveis Técnicos e demais profissi-onais cujas atividades tenham interfa-ce com os assuntos abrangidos pelaRDC 47/2013, da Agência Nacional deVigilância Sanitária (Anvisa).

Na abertura, a Engenheira AndreaMariano, coordenadora das ComissõesTécnicas do CRQ-IV, apresentou a edi-ção revisada do Guia para Empresasde Saneantes, que traz informações so-bre o que é necessário para a constitui-ção, instalação, regularização sanitária,legislação e uma série de informaçõespráticas. O guia pode ser baixado da se-ção “Downloads” do site do CRQ-IV.

O moderador do evento foi o Quí-mico Miguel Antônio Sinkunas, mem-bro da Comissão de Saneantes. Ele res-saltou a importância de se promover ofórum pelo segundo ano consecutivo,já que, mesmo após a primeira edição,realizada em maio de 2017, muitos

profissionais ainda apresentaram dú-vidas básicas sobre como aplicar as de-terminações da RDC 47 em suas em-presas. “Dessa forma, neste ano a pri-oridade foi apresentar casos práticospara um melhor entendimento”, assi-nalou Sinkunas.

Responsável Técnico (RT) na The-ch Desinfecção, de Cotia, o Bacharelem Química Assesio Fachini Juniorabriu o ciclo de palestras com um guiasobre como preparar as documentaçõesexigidas pela resolução da Anvisa. Elesalientou que a antiga legislação erabaseada em um roteiro de inspeção.Com a RDC 47/2013, esse roteiro foieliminado, fazendo com que as avalia-ções de risco e o gerenciamento da qua-lidade ganhassem importância. Além deapresentar o trabalho que estruturou edesenvolveu na Thech, chamou a aten-ção para o fato de que o profissional daárea de Qualidade deve buscar a inte-ração constante com os diferentes de-partamentos das empresas para obter asinformações necessárias.

“Qualificação, Calibração e Valida-ção” foi o tema da segunda palestra,conduzida pela Engenheira QuímicaSilvia Rinaldi, RT na Manserv/LSI. Aprofissional falou sobre o rastreamentode processos produtivos e o mapeamen-to gerado a partir da implementação de

Conselho promoveu novo encontropara debater resolução da Anvisa

Edição atualizada de guia destinado a empresas foi apresentada durante o evento

Aproximadamente 80 profissionais participaram do evento, realizado no auditório do CRQ-IV Fachini: novo modelo privilegia risco e qualidade

Miguel Sinkunas foi o moderador dos debates

Fotos: CRQ-IV

Informativo CRQ-IV – 5Mai/Jun 2018

SANEANTES

um Plano Mestre de Validação, docu-mento que serve como importante apoiopara as empresas submetidas às inspe-ções sanitárias e que também buscamobter certificações.

A última apresentação foi de AngelaSeles, Analista de Garantia da Qualida-de no Grupo Polar, especializado emrefrigeração, que abordou as obrigaçõese responsabilidades relacionadas às BoasPráticas de Fabricação (BPF). “É preci-so que as determinações da RDC sejamincorporadas ao DNA da empresa, ouseja, que os colaboradores não apenascumpram o que está previsto, mas en-tendam as razões disso e os benefíciosdecorrentes”, citando como melhoriasesperadas o aumento de eficiência, a re-dução do risco de falhas, o menor custooperacional, entre outras.

A programação foi encerrada comuma mesa-redonda, na qual os pales-trantes responderam a questões apre-

sentadas pelo público, formado poraproximadamente 80 profissionais.Entre eles estava o Bacharel em Quí-mica Nelson Francisco Mendes, quetrabalha no desenvolvimento de pro-dutos e processos da Syntax, de Pira-cicaba. Para ele, o evento serviu comouma forma de adquirir conhecimentosque possam evitar conflitos de inter-pretação sobre o que está previsto naRDC 47.

Acesse a seção “Downloads” do site doCRQ-IV para obter as apresentações.Engenheira Silvia Rinaldi, RT da Manserv Seles: determinações devem ser incorporadas ao DNA

Encontro também marcou o lançamento da edição revisada do Guia para Empresas de Saneantes

Mendes, da Syntax, veio de Piracicaba

6 – Informativo CRQ-IV Mai/Jun 2018

RESPONSABILIDADE SOCIAL

Criado no início de 2017, o progra-ma Sol, Nosso Amigo visa aumentar onível de conhecimento da população,especialmente de crianças e adolescen-tes entre 5 e 14 anos, sobre os perigosda exposição excessiva à luz solar. Ainiciativa, que já promoveu quatroworkshops com palestras, atividades eexperiências educativas envolvendocerca de 400 crianças e 200 adultos, émantida pela Croda, multinacional in-glesa fabricante de insumos especiaispara diversas indústrias da área quími-ca, como a cosmética e a farmacêutica.No Brasil, a empresa possui uma filialinstalada em Campinas.

Conduzido por um grupo de dezprofissionais, o programa é uma dasações de responsabilidade social cor-porativa mantidas pela empresa. Umadas integrantes da equipe é a QuímicaIndustrial Mirella Gomes, que atua naempresa como cientista-líder de Apli-cação.

Entrevistada pelo Informativo, aprofissional explica que o principalobjetivo do programa é oferecer umaeducação continuada sobre proteçãosolar, no intuito de contribuir para mi-nimizar o índice de pessoas com cân-cer de pele, aproveitando o Sol de for-ma saudável.

O foco em crianças e adolescentesvisa aproveitar o potencial desse pú-blico para multiplicar o conhecimentosobre prevenção aos danos causadospelo Sol, passando as informações afamiliares e amigos. “No entanto, que-remos fazer novas parcerias com der-matologistas, alunos de universidadese indústrias, permitindo levar o conhe-cimento sobre proteção solar a umpúblico com diferentes faixas etáriase em diferentes regiões”, explica Mi-rella. O público universitário é a pró-xima meta, já que workshops serãopromovidos neste ano em instituiçõesde ensino superior.

Programa explica a estudantesimportância da proteção solar

Alertas sobre riscos de exposição são feitos por meio de palestras e jogos

Jogo da memória com o tema “proteção solar” promovido para as crianças da Associação de Assistência Social São João Vianney, de Campinas

Fotos: Divulgação

Informativo CRQ-IV – 7Mai/Jun 2018

RESPONSABILIDADE SOCIAL

Em termos de resultados obtidos,o programa recebeu informações dospais das crianças que participaram dosworkshops que confirmaram a mudan-ça de hábitos, como a preferência poratividades de lazer na sombra, além douso de bonés e protetores solares na fai-xa de maior incidência de radiação ul-travioleta (das 10h às 16h). Com a dis-seminação de conhecimento, os paispassaram a frequentar dermatologistase a também usar filtros solares.

Além de continuar a promoverworkshops na sede da empresa e emcentros comunitários de Campinas, oSol, Nosso Amigo deverá ser expandi-do para outros públicos por meio de ofi-cinas de treinamento para professoresda rede pública de ensino e parcerias aserem feitas com indústrias instaladasem outras cidades e estados.

PANORAMA – De acordo com dados doInstituto Nacional de Câncer José Alen-car Gomes da Silva (Inca), o câncer depele é o mais frequente no Brasil, res-pondendo por 30% de todos os tumoresmalignos registrados. A exposição ex-cessiva e sem proteção ao Sol é a princi-pal causa e o câncer pode se manifestarcomo uma pinta ou mancha, geralmenteacastanhada ou enegrecida, como umapápula ou nódulo avermelhado, cor dapele e perolado (brilhoso) ou como umaferida que não cicatriza.

Se for detectada precocemente, adoença possui mais de 90% de chancesde cura. É mais comum em pessoas commais de 40 anos, sendo relativamenteraro em crianças e negros, com exce-ção daqueles já portadores de doençascutâneas anteriores. Pessoas de peleclara ou com doenças cutâneas préviassão as principais vítimas.

Entre os tumores de pele, o tipo não-melanoma é o de maior incidência. A

estimativa do Inca é de que 165.580casos deverão ser registrados em 2018,sendo 85.170 homens e 80.410 mulhe-res. Como a pele – maior órgão do cor-po humano – é heterogênea, o câncerde pele não-melanoma pode apresen-tar tumores de diferentes linhagens. Osmais frequentes são o carcinoma baso-celular e o carcinoma epidermoide. Oprimeiro, apesar de mais incidente, étambém o menos agressivo.

Já o melanoma cutâneo é um tipo decâncer de pele que tem origem nos me-lanócitos (células produtoras de mela-nina, substância que determina a cor dapele) e tem predominância em adultosbrancos. Embora o câncer de pele seja omais frequente no Brasil, o melanomarepresenta apenas 3% das neoplasiasmalignas do órgão, apesar de ser o maisgrave devido à sua alta possibilidade demetástase. A estimativa de novos casospara 2018 aponta 6.260 registros (3.340mulheres e 2.920 homens).

A Química Industrial Mirella Gomes integra o time

Oficina do projeto realizada na Associação dos Amigos da Criança, também de Campinas

8 – Informativo CRQ-IV Mai/Jun 2018

ESTUDANTES

Em sessão realizada no dia 15 de maio, o Plenário doConselho definiu os ganhadores da edição 2018 do PrêmioCRQ-IV, que será entregue em cerimônia a ser realizada nasede do Conselho em 22 de junho. Na ocasião, será celebra-do o Dia do Profissional da Química, oficialmente comemo-rado em 18 de junho, data alusiva à promulgação da Lei nº2.800/1956, que criou o Sistema CFQ/CRQs.

Dividido em três categorias – Química de Nível Médio(cursos técnicos), Química de Nível Superior (Bacharelado,

Confira os vencedores deste ano

Monitoramento ambiental por meio da determinaçãode metais pesados, utilizando cascas de árvores comobiomonitores na região do Grande ABC - São Paulo

Autoras: Daniele de França Sacco, Denise Rocha Ferraz eLaura Maria Pereira da Silva

Orientadores: Eduardo Oshiro e Kerley Romão

Instituição: Senai Fundação Zerrenner – São Paulo

Síntese: As partículas em suspensão têm sido agravantes dapoluição atmosférica, pois contêm traços de metais pesadosque podem prejudicar o meio ambiente e os seres humanos.O estudo realizado detectou e comparou a presença de cád-mio, chumbo e cobre nas amostras em duas regiões distintasda cidade de Santo André: uma turística e arborizada e outraonde está instalado um polo petroquímico.

Licenciatura e cursos tecnológicos) e Engenharias da ÁreaQuímica – o Prêmio CRQ-IV recebeu neste ano um total de29 inscrições, sendo a maioria (20) de estudantes de cursostécnicos. Os trabalhos vencedores podem ser consultadosna Biblioteca do Conselho.

O Plenário do CRQ-IV decidiu não conceder o PrêmioWalter Borzani, que recebeu somente uma inscrição e, porisso, não obteve o mínimo necessário para o estabelecimen-to de uma concorrência.

QUÍMICA DE NÍVEL MÉDIO

Oshiro, Daniele, Laura e Kerley, do Senai Fundação Zerrener, Capital

Fotos: CRQ-IV

Informativo CRQ-IV – 9Mai/Jun 2018

ESTUDANTES

Influência do agente surfactante na tensãosuperficial de formulações para aplicação

Multilayer Curtain Coating

Autor: Luiz Henrique Carolino dos Reis

Orientador: Carlos Otavio Mariano

Instituição: Universidade Metodista de Piracicaba – Cam-pus Santa Bárbara d’Oeste

Síntese: Papéis revestidos são aqueles que recebem aplica-ção de tintas específicas para diversos produtos, tais comorevistas, comprovantes de pagamento, notas fiscais, entre ou-tros. O trabalho foi desenvolvido na empresa Oji Papéis Es-peciais, sediada em Piracicaba, que atualmente utiliza em umdos seus equipamentos de revestimento (“coaters”) um siste-ma de aplicação denominado “Jet Flow”. O trabalho propõecomo alternativa o Multilayer Curtain Coating, sistema de re-vestimento de tintas através de uma cortina capaz de aplicarduas ou mais camadas de formulações com diferentes com-posições simultaneamente, sem que elas se misturem. Paragarantir a estabilidade da cortina e evitar que a qualidade sejaafetada, é necessário aplicar um agente surfactante. Foramaplicadas dosagens maiores, que reduziram a tensão superfi-cial das formulações de papel térmico do tipo “top coated”.

Esta foi a quarta vez que o professor Carlos Otávio Ma-riano orientou trabalhos vencedores do Prêmio CRQ-IV, feito

Desenvolvimento de um novo composto a partir dacombinação de Ag(I) e do fármaco D-cicloserina:

potencial de ação antituberculose e antitumoral in vitro

Autora: Mariana Rosolen Ciol

Orientador: Pedro Paulo Corbi

Instituição: Universidade Estadual de Campinas – Unicamp

Síntese: Os complexos metálicos têm sido empregados nodiagnóstico e tratamento de diversas doenças. A associaçãode íons metálicos de reconhecida ação biológica, como aprata(I), a moléculas também bioativas permite o desenvolvi-mento de fármacos mais eficientes e seletivos. O trabalho depesquisa desenvolveu um novo complexo de prata(I) com D-cicloserina, que é um antibiótico utilizado no tratamento datuberculose. O composto demonstrou atividades relevantesfrente a bactérias como Staphylococcus aureus e Mycobacte-rium tuberculosis, além de atividade antiproliferativa in vitroem linhagens celulares de câncer de mama e leucemia.

QUÍMICA DE NÍVEL SUPERIOR

ENGENHARIAS DA ÁREA QUÍMICA

inédito até aqui. Sempre como docente da Unimep, a pri-meira conquista ocorreu em 1999, quando orientou o traba-lho ganhador na modalidade Engenharias da Área da Quí-mica, produzido por Débora Stênico. Concorrendo na extin-ta modalidade Química de Nível Superior com Tecnologia,foram premiados os então estudantes orientados por Maria-no: Adjair Andreoli (2002) e Mauricy Bertelli (2004).

Trabalho orientado por Mariano foi desenvolvido por Reis na Oji Papéis Especiais

Corbi e Mariana: complexo tem potencial para tratar tuberculose e câncer

10 – Informativo CRQ-IV Mai/Jun 2018

Informativo CRQ-IV – 11Mai/Jun 2018

USP

Em cerimônia ocorrida em 10 demaio, o reitor da Universidade de SãoPaulo, Vahan Agopyan, empossou osnovos dirigentes do Instituto de Quími-ca da instituição: Paolo Di Mascio (di-retor) e Pedro Vitoriano de Oliveira(vice), eleitos por membros da Congre-gação e dos Conselhos dos departamen-tos da unidade, em pleito ocorrido emnovembro passado. Eles ficarão à frentedo IQ-USP pelos próximos quatro anos.

“A proposta da nossa chapa nasceuda discussão dos Conselhos dos Depar-tamentos e da Congregação e de con-versas com os membros do Instituto. É,portanto, uma proposta de todo o Insti-tuto”, afirmou Di Mascio. Em seu dis-curso, o novo diretor elencou os prin-cipais indicadores da Unidade, que mi-nistra, anualmente, disciplinas de gra-duação a cerca de 1.600 alunos ingres-santes na Universidade e possui ao re-dor de 300 alunos de pós-graduação.

“O desafio desta nova gestão é avan-çar na qualidade do ensino, da pesquisa eda extensão, buscando a excelência. Osprincipais gargalos são a recuperação dainfraestrutura física e garantir o apoio téc-nico necessário para o ensino e a pesqui-sa”, relacionou o diretor. “Com nosso tra-balho e a visibilidade de nossas ações,tenho certeza que estaremos no rumo cer-to do que a sociedade espera do principalInstituto de Química do país”, destacou.

Por sua vez, o reitor Agopyan, lem-brou que, embora o IQ tenha 48 anos deexistência, completados em 2018, o en-sino da Química na USP remete às pri-meiras escolas profissionais que, poste-riormente, viriam a fazer parte da recém-criada Universidade de São Paulo.

Sobre a nova gestão do Instituto,Agopyan destacou que “o discurso do

novo diretor é coerente com as diretri-zes da gestão da Reitoria, que privilegiaa excelência, a qualidade e a interaçãocom a sociedade. Teremos desafios pelafrente, mas, por meio da criatividade, da

Novos diretores do Instituto deQuímica de SP são empossadosProfessores Paolo Di Mascio e Pedro de Oliveira assumiram em 10 de maio

Foram encerradas no dia 15 demaio as inscrições para a primeiraedição da Olimpíada Brasileira doEnsino Superior de Química. Segun-do a coordenação da competição aca-dêmica, foram recebidas 279 inscri-ções de 17 estados.

Criada no âmbito do ProgramaNacional de Olimpíadas de Químicae coordenada pela Universidade Fe-deral do Ceará, a Obesq é compostapor duas etapas: a seletiva estadual ea prova em nível nacional, previstapara 16 de junho. Somente os dez pri-

meiros colocados na clas-sificação geral por insti-tuição da seletiva estadu-al serão classificadospara a segunda etapa.

A prova da etapa na-cional consistirá em uma

avaliação com 30 questões objetivase analítico/descritivas. Os três primei-ros lugares em cada uma das áreasde conhecimentos (Química Geral,Química Inorgânica, Química Orgâ-nica, Química Analítica e Físico-Quí-mica), bem como na classificaçãogeral, receberão medalhas de ouro (1ºlugar), prata (2º lugar) e bronze (3ºlugar). Os demais candidatos, até o30° colocado, ganharão certificadosde participação.

Mais informações no site oficial dacompetição: www.obesq.org.

competência e do trabalho, tenho certe-za de que, juntos, vamos superá-los”.

Com informações da Assessoria deImprensa da USP

Paolo Di Mascio e Pedro Vitoriano de Oliveira dirigirão o IQ-USP pelos próximos quatros anos

Marcos Santos/USP Imagens

12 – Informativo CRQ-IV Mai/Jun 2018

ARTIGO

Imagine se os resíduos orgânicosdescartados em nossa casa, diariamen-te, fossem utilizados para geração deenergia ou processados e adicionados aosolo como fonte de nutrientes. Pense se,ao invés de descartar máquinas de lavarroupas, micro-ondas, celulares, eletrodo-mésticos e outros itens em desuso, essesequipamentos pudessem ser reutilizados.Ou, então, fossem reinseridos na cadeiaprodutiva. E mais: se todos esses produ-tos fossem produzidos e transportados apartir de fonte de energia renovável.Essas são algumas ideias que fundamen-tam o conceito de Economia Circular.

MAS AFINAL O QUE ÉECONOMIA CIRCULAR?

A Economia Circular é um concei-to que repensa as práticas econômicasconsideradas como lineares, baseadas

em extrair, produzir e descartar. O con-ceito circular traz novas formas de pro-jetar, desenvolver produtos e fazer ne-gócios. Compartilhamento de bens, re-cuperação de recursos, valorização deresíduos e remodelação são os novosmodelos de negócios que surgem nocontexto desta nova economia.

Inspirada no bom funcionamentodos sistemas naturais, a ideia central daEconomia Circular é fazer com que ossistemas artificiais (aqueles criadospelo Homem) trabalhem como os sis-temas naturais. Os princípios que regemos sistemas naturais são os que funda-mentam esse conceito. Por exemplo,um desses princípios considera que re-síduos são iguais a comida (insumos).Como no ciclo biológico, em que osresíduos de uma espécie são alimentospara outra. Ou seja, os restos de frutasconsumidas por um animal se decom-

põem e viram nutrientes para as plan-tas através em um ciclo fechado. Demaneira similar, é possível projetar pro-dutos que possam ser reutilizados oudesmontados no final de sua vida, pro-longando seu ciclo de vida. É o casodas peças de eletrodomésticos usados,que podem ser reprocessadas e reinte-gradas à cadeia de produção. Ou doscompostos orgânicos que podem serreintroduzidos ao ciclo biológico, agre-gando valor na agricultura ou seremutilizados como fonte de energia.

Outro princípio, que tem como ins-piração os sistemas vivos, diz respeito aconstruir resiliência através da diversi-dade. Na Natureza, a grande quantida-de de espécies diferentes trabalhandojuntas contribui para a saúde geral dosistema e uma maior biodiversidadeapoia o sistema em um momento de co-lapso. Da mesma forma, uma cidade,

Benefícios da Economia Circularna gestão de resíduos sólidos

por Margareth Pavan

Shutterstock

Remanufatura, reparação, remodelagem e reciclagem são caminhos considerados para preservação e otimização dos recursos naturais

Informativo CRQ-IV – 13Mai/Jun 2018

ARTIGO

uma empresa ou um país podem se be-neficiar da diversidade compartilhandopontos fortes e disponibilizando ummaior conjunto de recursos para seremusufruídos. Como nos sistemas naturais,esse sistema tem maior capacidade derecuperação em eventos extremos.

O conceito de Economia Circulartem origem a partir de várias escolas depensamento. Entre as quais a Cradle toCradle (Berço ao Berço) desenvolvidapelo Químico Michael Braungart e peloarquiteto William McDonough, que pre-coniza a integração entre design e ciên-cia, o uso de materiais seguros e elimi-na o conceito de desperdício.

QUAIS OS PRINCIPAIS BENEFÍCIOS

DA ECONOMIA CIRCULAR NA

GESTÃO DOS RESÍDUOS SÓLIDOS?

No ano de 2016, a geração de Resí-duos Sólidos Urbanos no Brasil foi de78,3 milhões de toneladas. Por outrolado, o índice de cobertura de coleta deresíduos no país foi de 91%**. Isso sig-nifica que cerca de sete milhões de to-neladas de resíduos tiveram destino im-próprio, tais como rios, córregos, lixõesa céu aberto etc. Um estudo desenvol-vido pela Organização das Nações Uni-das (ONU), o E-Waste World Map, re-velou que em 2014 a geração de resí-duos eletrônicos no mundo foi de apro-ximadamente 41 milhões de toneladas.Somente no Brasil, esse número che-gou a 1,4 milhão de toneladas o que

equivale a 7 kg de resíduos/hab/ano.Esses dados trazem a noção da quanti-dade de recursos desperdiçados e oscustos envolvidos para gestão e dispo-sição desses materiais.

Nesse sentido, essa nova forma depensar as cadeias produtivas traz bene-fícios ambientais, operacionais e estra-tégicos, além de benefícios micro emacroeconômicos em função do poten-cial de inovação, geração de empregose crescimento econômico. Produtos emateriais passam a ser projetados paraque retornem à cadeia de produção emum ciclo fechado. Como consequência,diminui-se a demanda pela extração dosrecursos naturais (frequentemente fini-tos, tais como os metais) que entramno ciclo produtivo e são utilizados pormais tempo, preservando o meio ambi-ente. As atividades de reciclagem, rea-proveitamento e remodelação de mate-riais estimulam novas relações entre asempresas, que passam a atuar comofornecedoras e consumidoras de dife-rentes bens e serviços.

Outro aspecto que vale ser ressalta-do é que no modelo circular o cresci-mento econômico se dissocia do con-sumo crescente e, consequentemente,da demanda por novos recursos, poisprioriza o aproveitamento inteligente demateriais e de serviços.

Vale destacar ainda que a PolíticaNacional de Resíduos Sólidos (PNRS),instituída no Brasil em 2010 e regula-mentada no mesmo ano, visa garantir a

responsabilidade compartilhada pelo ci-clo de vida dos produtos e operação re-versa. Desta forma, a PNRS deve esti-mular o envolvimento de todos os agen-tes envolvidos no ciclo produtivo, dosconsumidores e do setor público, na bus-ca para redução de resíduos através depráticas que possibilitem a reintegraçãodesses materiais ao ciclo produtivo.

Dentro desse contexto, considera-seque o Profissional da Química pode con-tribuir com inovações em produtos e pro-cessos que visam o desenvolvimento debens manufaturados mais adequados doponto de vista de reutilização, recicla-gem ou outras formas de recuperação eotimização de recursos naturais.

** Dados retirados da edição 2016 doPanorama dos Resíduos Sólidos no Bra-sil, da Associação Brasileira de Empre-sas de Limpeza Pública e Resíduos Es-peciais, disponível em www.abrelpe.org.br/Panorama/panorama2016.pdf.

Margareth Pavan é Doutora emEnergia e Meio Ambiente, Mestre

em Ciências da EngenhariaAmbiental e Bacharel em Químicapela USP. Integra a Comissão de

Meio Ambiente do CRQ e atuacomo consultora nas áreas de

Sustentabilidade e Meio Ambiente.Contatos podem ser feitos pelo

e-mail [email protected].

14 – Informativo CRQ-IV Mai/Jun 2018

ALIMENTOS

A Diretoria Colegiada da AgênciaNacional de Vigilância Sanitária (An-visa) aprovou, em 21 de maio, o relató-rio preliminar da Análise de ImpactoRegulatório (AIR) sobre mudanças nasregras para a rotulagem nutricional dealimentos. A medida visa facilitar acompreensão das principais proprieda-des nutricionais e reduzir as situaçõesque geram engano quanto à composi-ção dos produtos.

Além disso, a Anvisa quer criar aler-tas para informar sobre o alto conteúdode nutrientes críticos à saúde, facilitara comparação entre os alimentos e apri-morar a precisão dos valores nutricio-nais declarados pela indústria, entreoutras vantagens para o cidadão.

De acordo com a análise da Anvisa,mudanças serão necessárias porque omodelo atual dificulta o uso da rotula-gem nutricional pelos consumidores porproblemas de identificação visual, pelobaixo nível de educação e conhecimen-to nutricional. Também há confusão

sobre a qualidade dos ingredientes eproblemas de veracidade das informa-ções, além do uso de termos técnicos,matemáticos, entre outros.

Com a aprovação interna do relató-rio preliminar de AIR, o estudo paraproposição de novas regras para a ro-tulagem de alimentos segue para eta-pas de participação social: a realizaçãode uma Tomada Pública de Subsídio(TPS) por 45 dias, mecanismo que ob-jetiva coletar dados e críticas sobre aanálise no relatório/estudo realizado.

Após essa etapa, será feita uma con-sulta pública da proposta de regulamen-to, abrindo-se mais uma oportunidadepara a participação social e do setorregulado, além de órgãos de governo,defesa do consumidor e universidades.

Durante a reunião, o diretor-presi-dente da Anvisa e relator do documen-to, Jarbas Barbosa, fez uma síntese dorelatório técnico, ressaltando as lacunase as necessidades relativas à revisão dasregras da rotulagem nutricional. Ele en-

fatizou que a rotulagem deve ser sim-ples e compreensível, tanto em termosde informação quanto visualmente.

O diretor de Regulação Sanitária,Renato Porto, valorizou o processo dediscussão e de elaboração da Análise deImpacto Regulatório. Para ele, “o mode-lo de regulamentação aplicado à rotula-gem nutricional é avançado e mostra queesse é o caminho para a regulação”.

MUDANÇAS – Entre as alterações pro-postas pelo relatório está a ampliaçãodas informações contidas na TabelaNutricional dos rótulos. A base de de-claração dos valores nutricionais seráalterada para 100g ou 100mL; a listade nutrientes de declaração obrigatóriaserá modificada para excluir as gordu-ras trans e incluirá os açúcares totais eadicionados; a lista de nutrientes ficourestrita àqueles com obrigatoriedade dedeclaração e, opcionalmente, aquelesnutrientes objeto de fortificação e ale-gações; além da atualização dos valo-res de referência, alterando a nota derodapé para indicar quais valores diári-os são considerados altos e baixos.

No que tange à Rotulagem Nutrici-onal Frontal, a mudança mais impor-tante proposta é a adoção de um mode-lo que informe o alto teor de açúcaresadicionados, gorduras saturadas e só-dio, de forma simples, ostensiva e com-preensível. Esse modelo – veja exem-plos acima – deve utilizar cores, sím-bolos e descritores qualitativos. Tam-bém deve estar baseado na declaraçãopor 100g ou 100mL do alimento, de for-ma a garantir sua consistência com atabela nutricional.

Veja mais informações em https://is.gd/rotulagem.

Anvisa prepara nova regulamentaçãopara rotulagem nutricional de produtosRelatório preliminar seguirá para discussão por meio de Tomada Pública de Subsídio

Anvisa

Modelos de rótulos para produtos alimentícios industrializados que estão em análise pela Anvisa

Informativo CRQ-IV – 15Mai/Jun 2018

INOVAÇÃO

A Fapesp, a Shell Brasil, as universi-dades Estadual de Campinas (Unicamp)e de São Paulo (USP) e o Instituto dePesquisas Energéticas e Nucleares (Ipen)anunciaram, dia 23 de maio, o lançamentodo Centro de Inovação em Novas Ener-gias (CINE). Criado no âmbito do Pro-grama Fapesp Centros de Pesquisa emEngenharia, a iniciativa receberá investi-mentos de R$ 110 milhões nos próximoscinco anos e terá como objetivo desen-volver novos dispositivos de armazena-mento de energia com emissão zero (oupróximo de zero) de gases de efeito estu-fa e que utilizem fontes renováveis comocombustível. Também serão desenvolvi-das, entre outras, pesquisas visando a des-coberta de rotas tecnológicas para con-verter metano em produtos químicos.

A Shell aportará um total de até R$34,7 milhões no novo centro, enquantoa Fapesp reservou um investimento deR$ 23,14 milhões. Outra parcela, de R$53 milhões, virá da Unicamp, USP eIpen, na forma de salários de pesquisa-dores e de pessoal de apoio, infraestru-tura e instalações.

O CINE terá quatro divisões de pes-quisa, com sedes na Unicamp (Armaze-namento Avançado de Energia e Porta-dores Densos de Energia), na USP (Ci-ência de Materiais e Químicas Compu-tacionais) e no Ipen (Rota Sustentávelpara a Conversão de Metano com Tec-nologias Químicas Avançadas), que de-senvolverão, ao todo, 20 projetos.

A missão do centro será produzirconhecimento na fronteira da pesquisae, paralelamente, transferir tecnologiapara o setor empresarial. Os resultadosdas pesquisas poderão ser usados pelaShell para gerar startups ou firmar par-cerias com outras empresas.

“Uma das coisas que diferenciamesse novo centro é que os pesquisado-

res ligados a ele não pretendem fazeravanços incrementais, mas realizar pes-quisas avançadas que possam ter impac-to no mundo”, disse Carlos Henrique deBrito Cruz, diretor científico da Fapesp.

O CINE foi composto a partir deuma chamada de propostas lançada pelaFapesp em parceria com a Shell emabril de 2017. Concluída este ano, aseleção aprovou as propostas dos pes-quisadores Rubens Maciel Filho e AnaFlávia Nogueira (Unicamp), Fábio Co-ral Fonseca (Ipen) e Juarez Lopes Fer-reira da Silva (IQ-USP/São Carlos).

TRANSIÇÃO – André Araújo, presidenteda Shell Brasil, afirmou que a empresavem discutindo, já há alguns anos, aquestão da transição energética “e ve-mos que este momento está chegandoe deve se tornar realidade em breve”.

Joep Huijsmans, líder da divisão depesquisa e tecnologia de novas energias

da Shell, previu que, em 2050, a popu-lação mundial será de, aproximadamen-te, 10 bilhões de pessoas, das quais 50%deverão morar em cidades.

A demanda global de energia pro-vavelmente será quase 60% maior em2060 do que hoje, com 2 bilhões deveículos em circulação no mundo, con-tra a frota atual de 800 milhões.

“A produção de energia renovávelpoderá triplicar até 2050, mas aindaprecisaremos de grandes quantidadesde petróleo e gás para fornecer toda agama de produtos energéticos de que omundo precisa”, estimou Huijsmans.

Maciel Filho, coordenador detransferência tecnológica do Centro,disse que o futuro demandará maisenergia renovável como saída para di-minuir as emissões de gases de efeitoestufa”, avaliou.

Com informações da Agência Fapesp

Entes públicos e Shell criam centropara pesquisar energias sustentáveis

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16 – Informativo CRQ-IV Mai/Jun 2018

MEIO AMBIENTE

A Química do Futuro – Um uni-verso de possibilidades e desafiosserá o tema do 17º Congresso de Atua-ção Responsável, que a AssociaçãoBrasileira da Indústria Química promo-verá nos dias 15 e 16 de agosto, noNovotel Center Norte, na capital pau-lista. Estão confirmadas as participa-ções de dirigentes do Conselho Inter-nacional de Associações Químicas, dogrupo de Abordagem Estratégica Inter-nacional para a Gestão das Substânci-as Químicas, que integra o programadas Nações Unidas para o Meio Ambi-ente, além de representantes de associ-ações nacionais, governo, universida-des, ONGs e sindicatos.

A programação incluirá uma sessãoplenária e ao menos 12 salas temáticasem que serão debatidos, entre outros, te-mas como: “Confiabilidade humana”; “Acapacitação e os Desafios do profissio-nal de emergência frente às novas tecno-

Congresso debaterá contribuições datecnologia para a sustentabilidade

Encontro terá representantes de entidades internacionais e incluirá salas temáticas e minicursos

Norberto Peporine Lopes, profes-sor da Faculdade de Ciências Far-macêuticas da USP de Ribeirão Pre-to, assumiu a presidência da Socie-dade Brasileira de Química (SBQ)em substituição ao professor AldoJosé Zarbin, da Universidade Fede-ral do Paraná. A transmissão de car-go ocorreu durante a 41ª ReuniãoAnual da SBQ (RASBQ), realizada de21 a 24 de maio, em Foz do Iguaçu/PR. Com doutorado em Química,Lopes dirigirá a entidade pelos pró-ximos dois anos.

logias”; e “O impacto da reforma traba-lhista na saúde e segurança do trabalho”.

O Congresso também tem progra-mada a realização de quatro minicur-sos: Gestão de risco e a governançacorporativa; E-Social na prática; Aná-

lise de risco ao longo do ciclo de vidadas instalações; e Mapa de materiali-dade da indústria química.

As taxas de inscrição variam de R$1,9 mil a R$ 2,4 mil. Mais informaçõesem https://is.gd/atuaresponsa.

SBQ tem novopresidente

Entre as várias atividades ocorri-das durante a RASBQ, destaques paraos workshops “Academia e Indústriaem busca da inovação tecnológica”e “Os desafios na formação do pro-

fissional da química no âmbito datransformação digital: Química 4.0”,que tiveram a participação de repre-sentantes da indústria.

Rita Rodrigues, assessora de Eco-nomia e Estatística da Abiquim, disseque as palestras dos dois workshopsmostraram que as indústrias estãoacompanhando de perto todas as mu-danças no cenário profissional. “Re-alizamos na sessão um debate sobrea efetiva participação das universida-des no desenvolvimento rápido que omundo digital impõe para as empre-sas. Ficamos muito entusiasmadoscom a ideia unânime de tornar reali-dade a conexão entre universidade eindústria”, afirmou a assessora.

Prof. Norberto Lopes, novo presidente da SBQ

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