jornal do cariri - 20 a 26 de março de 2012

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O periódico do Cariri independente GRANDES NOMES O desabamento de barreiras no canal do Rio Grangeiro aumenta ameaça de tragédia SOM E CULTURA Trajetória de José Belém de Figueiredo Músico Di Freitas ajuda no resgate da rabeca 6 REGIÃO DO CARIRI l DE 20 A 26 DE MARÇO DE 2012 l ANO XIV l NÚMERO 2526 R$ 1,50 9 Acesse e veja a programação completa: www.bnb.gov.br/cultura Dia 20, terça-feira. BIBLIOTECA VIRTUAL 18h00 - Recursos Avançados de Utilização da Internet - Blogs. Instrutor: Cleytonn de Oliveira. VI FESTIVAL DAS ARTES NICAS MOSTRA PALCO 19h00 - A Donzela e o Cangaceiro - Cia. Cearense de Teatro Brincante - Crato-CE. Dia 21, quarta-feira. BIBLIOTECA VIRTUAL 18h00 - Recursos Avançados de Utilização da Internet - Blogs. Instrutor: Cleytonn de Oliveira. VI FESTIVAL DAS ARTES NICAS MOSTRA PALCO 19h00 - Como se Fosse [Im]possível Ficar Aqui - Núcleo Pinel - Campina Grande-PB. Dia 22, quinta-feira. ESCOLA DE CULTURA 15h00 - Encontro com Educadores - Mediação: Átila Ribeiro - Juazeiro do Norte-CE. VI FESTIVAL DAS ARTES NICAS MOSTRA PALCO 19h00 - Meias Irmãs - Cartaxo Produções - João Pessoa-PB. Dia 23, sexta-feira. VI FESTIVAL DAS ARTES CÊNICAS MOSTRA RUA Local: Praça Pública de Araripe-CE. 18h00 - Sertão.Doc - Nóis de Teatro - Fortaleza-CE. Dia 24, sábado. Feriado. VI FESTIVAL DAS ARTES NICAS MOSTRA INFANTIL Local: Teatro SESC Aldalberto Vamozi - Crato-CE. 19h00 - As Levianas - Cia. Animê - Recife-PE. Dia 25, domingo. Fechado. Dia 26, segunda-feira. Fechado. Destaques da programação de 20 a 26 de março de 2012. DUPLO HOMICÍDIO ELEIÇÕES POESIA Caso Amarílio Pequeno volta à Câmara de Juazeiro do Norte Presidente nacional do PPS fortalece candidaturas no Cariri Bem-vindo a Juazeiro de Pedro Bandeira VENDAS IRREGULARIDADES Consumidor deve ficar atento à qualidade dos produtos nesta Páscoa CGU manda suspender obras de Raimundão em creches TRABALHO E ORGULHO ESPORTE Engenho do Lixo recicla até 50 toneladas de resíduos por mês n As três creches iniciadas ainda na gestão de Raimundo Macedo foram visitadas por técnicos da Controladoria Geral da União. Benefícios e perigos de trilhas ecológicas Atividades ao ar livre atraem cada vez mais pessoas, mas é preciso ter cuidado. Um poeta constrói uma cidade, assim como o contrário também é verdadeiro. É o caso de Pedro Bandeira, que com seu novo livro, revela como bebeu e deu de beber à cidade que o acolheu há mais de 40 anos. 7 5 5 5 11 13 8 Fotos: Arthur Luiz Cresce risco de tragédia 7

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Edição 2526 do Jornal do Cariri - Semana de 20 a 26 de março de 2012

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Page 1: Jornal do Cariri - 20 a 26 de março de 2012

O periódico do Cariri independente

GRANDES NOMES

O desabamento de barreiras no canal do Rio Grangeiro aumenta ameaça de tragédia

SOM E CULTURA

Trajetória de José Belém de Figueiredo

Músico Di Freitasajuda no resgateda rabeca

6

REGIÃO DO CARIRI l DE 20 A 26 DE MARÇO DE 2012 l ANO XIV l NÚMERO 2526 R$ 1,50

9

Acesse e veja a programação completa: www.bnb.gov.br/cultura

Dia 20, terça-feira. BIBLIOTECA VIRTUAL18h00 - Recursos Avançados de Utilização da Internet - Blogs. Instrutor: Cleytonn de Oliveira. VI FESTIVAL DAS ARTES CÊNICASMOSTRA PALCO19h00 - A Donzela e o Cangaceiro - Cia.Cearense de Teatro Brincante - Crato-CE.Dia 21, quarta-feira.

BIBLIOTECA VIRTUAL18h00 - Recursos Avançados deUtilização da Internet - Blogs. Instrutor: Cleytonn de Oliveira.VI FESTIVAL DAS ARTES CÊNICASMOSTRA PALCO19h00 - Como se Fosse [Im]possívelFicar Aqui - Núcleo Pinel - CampinaGrande-PB.Dia 22, quinta-feira.

ESCOLA DE CULTURA15h00 - Encontro com Educadores -Mediação: Átila Ribeiro - Juazeirodo Norte-CE.VI FESTIVAL DAS ARTES CÊNICASMOSTRA PALCO19h00 - Meias Irmãs - CartaxoProduções - João Pessoa-PB.Dia 23, sexta-feira.VI FESTIVAL DAS ARTES CÊNICAS

MOSTRA RUALocal: Praça Pública de Araripe-CE.18h00 - Sertão.Doc - Nóis de Teatro - Fortaleza-CE.Dia 24, sábado.Feriado.VI FESTIVAL DAS ARTES CÊNICASMOSTRA INFANTILLocal: Teatro SESC AldalbertoVamozi - Crato-CE.

19h00 - As Levianas - Cia. Animê - Recife-PE.Dia 25, domingo.Fechado.Dia 26, segunda-feira.Fechado.

Destaques da programação de 20 a 26 de março de 2012.

DUPLO HOMICÍDIO ELEIÇÕES POESIA

Caso Amarílio Pequeno volta à Câmara de Juazeiro do Norte

Presidente nacional do PPS fortalece candidaturas no Cariri

Bem-vindo a Juazeiro de Pedro Bandeira

VENDAS IRREGULARIDADES

Consumidor deve ficar atento à qualidade dos produtos nesta

Páscoa

CGU manda suspender obras de Raimundão em creches

TRABALHO E ORGULHO ESPORTE

Engenho do Lixo recicla até 50 toneladas de resíduos por mês

n As três creches iniciadas ainda na gestão de Raimundo Macedo foram visitadas por técnicos da Controladoria Geral da União.

Benefícios e perigos de trilhas ecológicasAtividades ao ar livre atraem cada vez mais pessoas, mas é preciso ter cuidado.

Um poeta constrói uma cidade, assim como o contrário também é verdadeiro. É o caso de Pedro Bandeira, que com seu novo livro, revela como bebeu e deu de beber à cidade que o acolheu há mais de 40 anos.

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Fotos: Arthur LuizCresce risco de tragédia7

Page 2: Jornal do Cariri - 20 a 26 de março de 2012

A Controladoria-Geral da União - CGU foi criada nos últimos meses do governo do presidente Fernando Henrique Cardoso, quando um escândalo de corrupção abalou seu mandato. A finalidade da CGU, que é um ór-gão do Poder Executivo federal, está centrada na investi-gação de desvios e irregularidades com o dinheiro públi-co. Ela atua na União, mas, eventualmente, ela também fiscaliza o repasse de verbas e sua aplicação por Estados e municípios. Afinal, embora o dinheiro seja usado por prefeitos e governadores, os recursos são federais, daí a competência da CGU para atuar nessas outras unidades da federação.

Esta semana, a CGU confirmou as denúncias feitas pelo Jornal do Cariri, em edições passadas, sobre o supos-to mau uso do dinheiro federal pelo Município de Juazei-ro do Norte na construção de creches, ao tempo da gestão de Raimundo Macedo. A Comissão da CGU não está foca-da apenas no problema das creches de Raimundão. Seus membros fazem um levantamento global de processos e de repasses. Mas, a situação apresentada pelo JC chamou

a atenção dos fiscais e pode redundar em abertura de um procedimento investigatório autônomo.

Nada é conclusivo, mas há evidências que preci-sam ser apuradas. A Prefeitura aguarda uma manifesta-ção formal da CGU. Ocorre, porém, que o caso tem apre-sentado alguns contornos extremamente suspeitos, como a misteriosa retomada das obras, mesmo passados tantos anos e não por servidores da Prefeitura.

O fato é que o desvio de dinheiro público é algo vergonhoso e lamentável. Agora, a má aplicação de ver-bas federais pelo município tendo como vítimas as crian-ças pobres é algo que beira o inominável.

Todos os envolvidos terão direito de defesa. As versões se transformarão em fatos. E, espera-se, sincera-mente, se houver culpados, eles deverão responder com seu patrimônio e com sua responsabilidade política e ad-ministrativa pelos erros cometidos. Juazeiro do Norte, infelizmente, não tem muita sorte com o uso de verbas federais por seus prefeitos. Ao final, são obras inconclu-sas, prejuízo ao povo e dívidas para com a União, que,

muitas vezes, resultam em sanções administrativas, como o bloqueio do repasse de verbas obrigatórias.

Independentemente de qualquer resultado dessas investigações, fica demonstrado que a liberdade de im-prensa é uma garantia da sociedade, um direito do povo e uma liberdade constitucional a ser garantida e preserva-da pelo Poder Judiciário e pelas autoridades. Não se pode temer uma imprensa livre e sim defendê-la. Não se pode cercear a atividade jornalística. Não há ganho algum com essa forma de se encarar o poder político ou econômico, como se fora uma espada ameaçadora contra a mídia e quem a faz.

O poder de fiscalização da CGU é uma das manei-ras que a sociedade encontrou para se defender de go-vernantes licenciosos e corruptos. Agir com cautela não é mesmo que ser tíbio e covarde. O papel das instituições deve ser preservado. Agora, é tempo de que os interessa-dos se manifestem na sede apropriada, a instância públi-ca, se a isso entender a CGU. Este jornal cumpriu, mais uma vez, sua missão com o povo de Juazeiro.

EditorialA CGU E O CASO DAS CRECHES DE RAIMUNÃO

2Opinião

REGIÃO DO CARIRI(CE), DE 20 A 26 DE MARÇO DE 2012

Envie sua carta para [email protected] e dê sua opinião faça sua sugestão, uma crítica. Esse espaço é aberto para você, caro leitor.

SEXTILHA CARTA

FALAR ALTO AO TELEFONEDIRIGIR EMBRIAGADONÃO RESPEITAR OS VIZINHOSCOM SOM DE CARRO LIGADOÉ O CARTÃO DE VISITASDO HOMEM MAL EDUCADO!

Welington Costa

Vidas precisam ser perdidas para que as autoridades tomem alguma atitude diante da situação crítica do Canal do Rio Grangeiro? É uma situação que ninguém compreende. Na hora de pedir votos, todos sobem no palanque, gritam, berram e dizem que trabalharão pelo povo. Na hora “h”, somem, inventam desculpas e nada fazem. Está na hora da população dar um basta neste descaso.

Comerciante que preferiu não se identificar

O FUTEBOLCHARGE

O DILEMA DO CANAL QUE PREOCUPA EM CRATO

A tensão da sociedade craten-se sobre as enchentes no Canal do Rio Granjeiro já dura mais de um ano. Até agora muita conversa e pouca coisa fei-ta para solucionar o problema. O que é pior, as pálidas ações nas margens do rio que cruza o município foram destru-ídas. Entre a tempestade que inundou o Crato ano passado e a nova enchente deste ano, muitas autoridades se soli-darizaram com a população, reuniões e levantamentos foram feito e o canal não foi reconstruído. A pequena verba do Governo Federal liberada foi usada parcialmente, sem o rigor que a emer-gência ainda hoje exige.

Os prejuízos amargados pelos empresários e pelos moradores da ci-dade não foram suficientes para sensi-bilizar a tomada de atitude dos nossos representantes em todas as esferas po-líticas. A comoção pública diante dessa tragédia repercute em todo estado, mas o que acontece para não ter surgido uma solução eficaz? É a própria ques-

tão política que fala mais alto e impede a união de forças. Este é um ano eleitoral, com muitos interesses em jogo. In-felizmente o canal é um pa-lanque para muitos políticos aparecer e tirar proveito com a desgraça do povo.

O estado de emergên-cia que a cidade ficou depois da inundação, já deveria ser o bastante para que a reforma evitasse licitação e fosse conduzida de forma rápida. A úni-ca alternativa tem sido a população se mobilizar nas ruas em forma de protes-to, mostrando aos poderes constituídos que ninguém está de olhos fechados, a fim de aplaudir quem aparece de qua-tro em quatro anos com interesses poli-tiqueiros. De forma alguma. Alardear o problema é um dos caminhos para que haja um envolvimento geral. Buscando apoio de todos os lados numa só sinto-nia e dar as mãos a quem realmente se comprometer em buscar soluções para

o problema.Muitos pavões miste-

riosos também deverão surgir nos próximos dias em pose de heróis, afirmando que está tudo resolvido, que ninguém deve se preocupar mais, por-que a situação está comple-tamente dominada. Serão as

raposas em forma de cordeiro, que tentam há muito tempo vender os destinos do Crato e na hora de defen-der seus verdadeiros interesses, não têm a mesma empolgação. Continu-ando o canal sem liberação de verba, a comunidade deve se unir mais uma vez e iniciar uma campanha para levantar o dinheiro necessário para sua reconstru-ção. Na inauguração teríamos apenas os populares.

Robson CruzuerJornalista

O futebol é admirado e jo-gado por todas as classes sociais, estando presen-te na vida e nos corações dos bra-sileiros, sendo símbolo, mania e orgulho nacional. O futebol exige um espírito de equipe, onde o jogador deve estar em sintonia com o time, por isso, justifica-se a existên-cia de um líder chamado de capitão. A Seleção Brasileira teve muitos capitães, como Dunga, Roberto Carlos, Lú-cio...

A crônica esportiva nota a ausência daquele fu-tebol de antes, jogado com raça e determinação, de-nominado pelo jornalismo como “futebol arte”, onde prevalecia a técnica do dri-ble. Os jogadores da “Sele-ção Brasileira” se tornaram heróis com popularidade e reconhecimento que nunca se apagam da mente dos torcedores. O futebol do sé-culo XXI, no mais puro estilo esportivo, tem suas jogadas marcadas por muita malícia, dotada de criatividade, com simulação de faltas. Espera--se que em 2014 a Seleção Brasileira possa apresentar um futebol com a “cara” da seleção de Pelé e Garrincha, tendo em vista, que hoje, “outros craques repetem as suas jogadas”. A negociação de atletas brasileiros para ou-tros países tem permitido aos times europeus aperfeiçoar o seu aprendizado tático e técnico. Isso compromete a exibição do “futebol arte”, idealizado por Garrincha, Dr. Sócrates, Pelé, Tostão...

O intercâmbio do futebol profissional com o amador permite descobrir novos atletas. Garimpar e

selecionar talen-tos tem sido o in-teresse de muitos “olheiros”, que às vezes estão quase disfarçados pelos campos de futebol de barro vermelho e chão recoberto

antes pelo capim, hoje gra-ma sintética. A revelação de talentos vindos do futebol de “base” pode auxiliar na montagem de um elenco capaz de participar das mais variadas competições, sem muito elevar a folha de pa-gamento dos Clubes. Os salários astronômicos das estrelas do futebol têm dado muita dor de cabeça aos diri-gentes (cartolas).

O ato de “pendurar as chuteiras” é outro obs-táculo que todo jogador profissional vai, um dia, en-frentar na carreira. Despedir--se do esporte por ocasião da aposentadoria, tem feito do jogador uma celebridade. Todos os meios de comuni-cações rendem homenagem ao ídolo. O grande bota-fora transforma-se em chamariz para o jogador ocupar car-go/função no alto escalão do serviço público; convite para ser comentarista ou técnico. Tudo isso, depende da conduta do jogador. Não existem palavras conclusivas para descrever o futebol. Mais a linguagem do Fute-bol é algo surpreendente na cabeça do torcedor. “Olho no lance”, “na cara do gol”, “nos momentos finais do se-gundo tempo, o time fez um golaço!”.

Andson Andrade da SilvaLicenciando em Letras -

URCA

Exped

iente

:

Fundado em 5 de setembro de 1997O Jornal do Cariri é uma publicação

da Editora e Gráfica Cearasat Comunicação Ltda

CNPJ: 34.957.332/0001-80

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Os artigos assinados são de responsabilidade dos seus autores

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Page 3: Jornal do Cariri - 20 a 26 de março de 2012

3REGIÃO DO CARIRI(CE), DE 20 A 26 DE MARÇO DE 2012

Publicidade

Page 4: Jornal do Cariri - 20 a 26 de março de 2012

4Publicidade

REGIÃO DO CARIRI(CE), DE 20 A 26 DE MARÇO DE 20129REGIÃO DO CARIRI(CE), DE 13 A 19 DE DEZEMBRO DE 2011

Informe Publicitário

Page 5: Jornal do Cariri - 20 a 26 de março de 2012

DONIZETE ARRUDAPolítica

CGU vasculha obras inacabadasde Raimundão e vê falhas graves

O caso do duplo assas-sinato do vereador Amarílo Pequeno e do ex-policial civil, Dedé Bezerra, mortos em pra-ça pública, em 20 de setembro de 2011, volta a repercutir e vira foco de discussões na Câmara de Juazeiro. O vere-ador Ronnas Motos (PMDB), que teve seu nome envolvido como suspeito nas últimas investigações, antecipou-se a um possível mandado de pri-são em seu nome e se defen-deu das acusações.

“Ultimamente ouço co-mentários na cidade sobre o envolvimento do meu nome em tal atrocidade, e também tive conhecimento que teria um mandado de prisão para mim”, conta Ronnas. Por isso ele diz ter decidido falar na

Ronnas diz ser bode expiatóriono caso Amarílio Pequeno e Dedé

n Vereador Ronnas Moto

Uma equipe da Con-troladoria Geral da União (CGU) esteve em Juazeiro, na úl-

tima semana, para inspecio-nar documentos e obras das creches inacabadas na gestão do ex-prefeito Raimundo Ma-cedo (PMDB). Os técnicos se manitiveram distantes da im-prensa, mas o JC apurou que o abandono das creches foi clas-sificado como muito grave.

Os técnicos da CGU, acom-panhados de servidores da Prefeitura, recolheram docu-mentos e realizaram vistorias nas creches dos bairros Par-que São João, Antonio Vieira e Vila São Francisco. As três cre-ches foram citadas em repor-tagens do Jornal do Cariri com denúncias de irregularidades.

Após a denúncia, o ex--prefeito Raimundo Macedo mandou operários de sua confiança realizarem obras na creche do Parque Antonio Vieira. O JC flagrou a presen-ça dos operários realizando pequenas obras. Com essa iniciativa, Raimundão tentou diminuir os danos em um eventual julgamento de suas contas pelo Tribunal de Con-tas da União (TCU), uma vez que os recursos destinados às obras são originários do Mi-nistério da Educação.

Os técnicos da CGU sa-íram de Juazeiro do Norte com destino a Brasileiro dei-xando duas recomendações à administração do prefeito Manuel Santana: a Prefei-tura deve manter vigias do

Município nas três creches, não permitindo a entrada de estranhos e não realizar qual-quer obra até a conclusão do relatório final da Controlado-ria Geral da União.

Segundo informações do prefeito Manoel Santana (PT), uma vasta documenta-ção foi solicitada e repassada pela prefeitura para análise, principalmente documentos relacionados a licitações na área de educação, referentes aos anos de 2007 a 2010.

Santana disse não ter tido contato com a equipe da Controladoria, que ficou em uma sala reservada na prefei-tura. A CGU deve analisar o

material e elaborar um rela-tório, cuja cópia será também remetida à prefeitura, mas os técnicos não adiantam ne-nhuma informação.

O Jornal do Cariri trouxe na edição anterior a tentati-va de Raimundão de iniciar obras de reconstrução nas três creches inacabadas da sua gestão, uma no Parque São José, outra no Antônio Vieira e a terceira na Vila São Francisco, provavelmente na tentativa de maquiar algumas possíveis irregularidades an-tes da visita da CGU. O ma-tagal que envolvia o terreno foi retirado, alguns materiais foram queimados e havia mo-

vimentação de trabalhadores tentando dar vida à estrutura que permaneceu abandonada durante muito tempo.

Um relatório solicitado pela Controladoria do Mu-nicípio já havia apontado possíveis irregularidades nas construções das cre-ches. Os recursos repas-sados pelo Ministério da Educação foram de R$ 3,2 milhões, mas apenas R$ 2,1 milhões chegaram à empre-sa Atlântida Construções e Serviços Ltda, responsável pelas obras na creche. Rai-mundo Macedo sustenta que é vítima de persegui-ção política.

n Os esqueletos das creches foram inspecionados por técnicos da CGU, que definiram a situação como muito grave

Arthur Luiz

Presidente nacional do PPS chega ao Cariri para reuniõesMirelly Morais

O presidente nacional do Partido Popular Socialis-ta (PPS), deputado Rober-to Freire, visitará o Cariri na próxima sexta-feira, dia 23, cumprirá compromissos na tentativa de fortalecer o partido e conversar com possíveis aliados na dispu-ta às próximas eleições. No Crato, ele deve oficializar a pré-candidatura do vice-pre-feito, Raimundo Filho, e em Barbalha, participa do lan-çamento do PPS jovem que tem à frente um forte nome à disputa pela vaga de can-didato na chapa de oposição, Argemiro Sampaio.

Raimundo Filho deve mesmo ser pré-candidato de forma independente, com o apoio do PR, no Crato, rom-pendo definitivamente com o prefeito Samuel Araripe,

que continua na indefini-ção do nome que terá o seu apoio. Uma reunião com Freire marcada para acon-tecer na residência do vice prefeito deve definir todos os detalhes.

Já em Barbalha, se-gundo Argemiro, o PPS está unido com um grupo de par-tidos que deve lançar can-didato, podendo esse nome, inclusive sair dos quadros do Partido. Mas, de acordo com ele, o PPS não impõe essa candidatura. “Apoiare-mos um candidato a prefeito e a vice, como também pode-mos indicar, pois temos bons nomes”, declara, destacando contar inclusive com o aval do ex-prefeito e grande li-derança do Município, Rom-mel Feijó (PSDB).

Hoje, o grupo de opo-sição ao prefeito José Leite (PT) é composto por 10 agre-

miações e lançou um proje-to de iniciativa popular de-nominado ‘A Barbalha é do Povo’ que deve ser implan-tado pelo futuro gestor, caso o grupo obtenha êxito nas eleições, derrotando o atual gestor.

Militância cresceArgemiro destaca a ex-

pressividade do Partido na região, e diz que isso atraiu o presidente nacional, e anteci-pa que somente em Barbalha serão 18 nomes disputando a Câmara de Vereadores.

n Raimundo Filho n Argemiro Sampaio

Arnon entrega coordenaçãoAcontece na noite desta terça, 20, em Brasília uma reunião da bancada cearense no Congresso. Convocada pelo coordenador Arnon Bezerra, o encontro irá discutir a divisão que provoca cisões definitas entre deputados federais do Ceará. Arnon Bezerra ficou irritado, com certa razão, com a notícia de que teria liberado recursos para seus municípios esquecendo os outros parlamentares. Isso não é verdade. Apenas o deputado Raimundo Matos e a prefeita Luizianne Lins conseguiram liberar verbas. Matos conseguiu R$5 milhões no Turismo e R$ 3 milhões no ministério das Cidades. Arnon deu todo apoio a liberação dos recursos para Raimundo Matos pois o dinheiro beneficiará municípios cearenses. Esse episódio desagradou a Arnon Bezerra que não quer mais ser coordenador da bancada. Antonio Balhmann se lançou candidato, mas sua candidatura não empolga. Genecias Noronha defende o nome do deputado Jos é Guimarães. Mesmo aceitando qualquer candidato, Arnon simpatiza se fosse substituído pelo senador Eunício Oliveira.

Eunício pode suceder José SarneyA ascensão do senador Eduardo Braga ao cargo de líder do Governo Dilma no Senado é uma vitória do senador cearense Eunício Oliveira. Foi a adesão de Eunício ao Grupo dos 8(independentes do líder do PMDB no Senado, Renan Calheiros) que possibilitou a nomeação de Eduardo Braga. Agora, Eunício trabalha para trocar a presidência da Comissão de Constituição e Justiça por um cargo de maior envergadura no Senado. Está cotado para assumir a presidência no lugar do senador José Sarney, ou ser líder do PMDB, no posto de Renan ou mesmo ser eleito presidente nacional do PMDB na vaga do vice-presidente Michel Temer. Com tantas opções, e gozando de prestígio junto ao Palácio do Planalto, Eunício usa a melhor tática para sobreviver em Brasília: trabalha em silêncio como os mineiros, mas está de olho na cadeira de Sarney, já pensando em suceder o governador Cid Gomes em 2014.

Raimundão receoso da lista do TCUPré-candidato a prefeito de Juazeiro, o deputado Raimundo Macedo teme apesar de negar ser incluído na relação dos ficha suja do Tribunal de Contas dos Municípios(TCU). Raimundão tem uma liminar que libera sua candidatura, mas se essa decisão for derrubada, ele estará fora da corrida eleitoral juazeirense. Confiante de que será candidato, Raimundão não pode nem preparar um plano B. Tanto sua esposa Maricele Macedo quanto seu filho Mauro Macedo têm problemas de filiação. E haveria risco de lançá-los sob pena de haver contestação judicial. Ciente disso, Raimundo esteve em Brasília na semana passada se informando sobre como continuar ficha limpa e apto a disputar à prefeitura de Juazeiro.

Sucessão no Crato pega fogoA definição dos candidatos de oposição ao prefeito Samuel Araripe no Crato causou um curto-circuito do PSB com o PMDB. Os socialistas cratenses creditam ao pré-candidato Ronaldo Matos o boato de que Sineval Roque não seria mais candidato. Quem contesta esse fato é o mais novo filiado do PSB, André Barreto. Engajado no projeto de eleger Sineval Roque prefeito do Crato, André disse que trabalha com entusiasmo a candidatura de Roque. Afirmou ter conversado com os pré-candidatos Ronaldo Matos(PMDB) com Marcus Cunha(PT). Quer que eles apóiem o nome de Sineval Roque por ser o mais forte opositor de Samuel e ter o respaldo do governador Cid Gomes. Segundo André, a divisão das oposições no Crato favorece a candidatura do secretário Cícero França(Cicinho), apoiado por Samuel Araripe.

Ciro fechado com Sineval RoqueDurante almoço dos deputados estaduais com o governador Cid Gomes contando com a presença de seu irmão Ciro Gomes, a sucessão no Crato tensionou o encontro. Ciro quis saber de Cid sobre o quadro eleitoral no Crato: “Cid, o (Sineval)Roque está me ligando desde ontem para saber a veracidade de um assunto que está no Crato sobre sua reunião com o Eunicio” indagou . A reação do Governador foi confirmar uma reunião com o senador Eunício Oliveira. “Eunicio me disse ter um candidato bem posicionado no município. “ Após ouviu o comentário de Cid, Ciro emendou: “O Roque é nosso amigo e aliado de primeira hora. O PSB terá candidato no Crato.” O Governador quis encerrar a conversa: “em outro momento, conversaremos sobre esse assunto”.

Disse me disse...• Presidente do PR no Ceará, ex-governador Lucio Alcantara. Teme não ter legenda para concorrer, pois a maioria no diretório de Juazeiro do Norte continua sob o comando da deputada Gorete Pereira;

• Problema para o diretório nacional do PT. O pré-candidato petista em Missão Velha, Tardiny Pinheiro, se aliou ao DEM de Joanilton Macedo e ainda busca o apoio do PSDB do ex-prefeito Gidalberto Pinheiro.

• O vereador Silvio Pinto (Salitre) esteve em Brasilia reunindo-se com com os deputados André Figueredo e José Guimarães. Na pauta as eleições municipais.

• Prefeito de Altaneira, Delvamberto Soares, esteve em Brasilia onde foi recebido pelo deputado Genecias Norões e pelo senador Eunicio Oliveira. Trouxe mais de R$1 milhão em investimentos para o Município;

• Desculpe a ignorância, depois de inaugurar um orelhão, que tal o prefeito Edmilson Leite pedir desculpas a Caririaçu por ter virado motivo de deboche nacional.

Câmara, para cobrar das au-toridades que tomem as pro-vidências o mais rápido possí-vel. “Exijo que as investigações sejam aprofundadas para que

o caso seja elucidado de uma vez por todas e o meu nome saia dessa lama”, reclama Ron-nas.

O vereador alega estar sendo usado como “bode ex-piatório” na história e exige mais empenho nas investiga-ções para esclarecimento do caso. Ele se coloca a disposi-ção da justiça reafirmando sua inocência. “Venho de pronto declarar para as autoridades que estou aqui na Câmara, na cidade de Juazeiro, às ordens, para, a qualquer momento ser chamado e ajudar a desven-dar esse caso que mais parece um caso sem solução”, reitera Ronnas, acrescentando inclusi-ve já ter prestado depoimento e deixado bem claro a sua não participação.

Outro fato que lhe cau-sa estranheza, comenta o ve-reador, é seu nome ter sido envolvido como vereador Ronaldo, quando na verda-de sempre foi conhecido pelo nome de Ronnas Motos des-de que iniciou seus trabalhos com vendas de motos, tendo sido inclusive eleito com esse nome. “Estou ‘encucado’ com tais acusações”.

O nome do vereador Ronnas foi citado em depoi-mento de Paulo Vitor, preso como um dos acusados de ser um dos autores matérias dos assassinatos. Segundo Vítor, Ronnas teria pago pelo serviço de ‘pistolagem’ que resultou nas mortes, figurando, então, no caso como mandante do duplo homicídio.

REGIÃO DO CARIRI(CE), DE 20 A 26 DE MARÇO DE 2012

Política5

INSPEÇÃO DE CRECHES

PISTOLAGEM

Page 6: Jornal do Cariri - 20 a 26 de março de 2012

José Belém de Figueiredo era natural de Milagres onde co-meçou a vida como agricultor e depois, segundo o Padre Neri Feitosa em artigo postado no site http://caririag.blogspot.com/2009/09/os-belem-de-figueiredo-no-

-caninde-por.html, tornou-se comerciante. Nessa épo-ca, mudou-se para o Crato onde era Intendente - o equivalente ao cargo de prefeito nos dias atu-ais-, um parente seu, o Coronel José Antônio de Figueiredo.

Lá foi nomeado delegado de polí-cia da cidade, tarefa que desempenhou com eficiência. Tanto que foi condecora-do com o título de Coronel da Guarda Nacional e promovido a comandante superior da Guarda Nacional na co-marca. Mas aí aconteceu um episódio interessante.

Segundo conta Joaquim Pinheiro Bezerra, www.cha-padadoararipe.com, a partir de trechos tirados do capítu-lo “Maxixes & Malabares”, do livro “José de Figueiredo Brito – Luta e Trajetória”, de autoria de Heitor Bezerra de Brito e de sua irmã, Telma de Figueiredo Brilhante, na crise entre monarquistas e repu-blicanos, o líder político José Antônio de Figueiredo, sem querer se comprometer, indicou o delegado Belém de Figueiredo para assumir a intendência, ou seja, a Prefeitura da cidade, na condição de renunciar quando a situação voltasse à normalidade.

Mas a situação se complicou porque o Coronel Be-lém apegou-se ao cargo e não cumpriu sua parte no acordo. “Para permanecer na chefia da intendência, o Coronel Belém montou, então, uma guarda municipal armada, formada por jagunços trazidos da sua cidade natal, Milagres. A guarda cometeu tantas atrocidades contra os adversários a ponto de gerar descontentamento na população”.

O próprio Coronel Belém, segundo relatos, era dado a arbitrariedades e poucas vezes se detinha diante dos obstácu-los para chegar aos seus objetivos. Uma dessas vezes em que ele não foi adiante teria sido num encontro com o cratense Bartolomeu Ferreira. Filho de Pedro Ferreira e Dona Sinha-ra ou Dindinha, como também era conhecida. Segundo tex-to postado por Pedro Cunha no site http://afamiliamarcos.blogspot.com/2009/09/bartholomeu-ferreira-da-silva.html, Bartolomeu conseguiu influir na demarcação ilegal de terras que vinha sendo feita pelo Coronel Belém.

“O coronel, ao chegar à divisa das terras que hoje per-tencem a Raimundo Araújo da Costa, conhecido por Mun-dinho de Odilon, seguido por uma dezena de jagunços for-temente armados, foi informado da presença de Bartolomeu que estava acompanhado de Joaquim Barbosa, de Milagres – conterrâneo de Belém, e que também era conhecido pelo seu comportamento esquentado. Felizmente o combate não se travou porque o coronel mudou o rumo e, graças a este episódio, o São Lourenço continuou nas mãos dos seus ver-dadeiros donos, diferentemente de outras localidades circun-vizinhas onde os pequenos proprietários não tiveram a mes-ma sorte, foram obrigados a vender suas glebas de terra por preços bem inferiores ou então seriam expulsos sem nenhum direito”, conta.

O Coronel Belém atuou, também, na polí-tica nacional, tendo composto a chapa do então candidato Pedro Augusto Borges à Presidência do Ceará pelo Partido Republicano. Eleito deputado federal em duas legislaturas (1894 e 1897), de acordo com Rogaciano Leite Filho no site http://fortalezaemfotos.blogspot.com/2011/08/o-go-verno-pedro-borges-1900-1904.html, Pedro Au-gusto Borges foi indicado para a disputa pelo Mi-nistro da Fazenda, Joaquim Murtinho, e convidou para primeiro vice-presidente Nogueira Accioly; para segundo vice-presidente, o Coronel Salustia-no Moreira da Costa Marinho e para terceiro vice--presidente, o Coronel José Belém de Figueiredo. Eleito, assumiu a presidência do Ceará em 12 de junho de 1900. Ele exerceu o mandato até 1904.

Paralelamente às questionáveis ações administrativas do Coronel Belém, a situação ficava cada vez mais tensa no Crato. Tanto que nas eleições de 1904 foram eleitas duas câ-maras municipais: uma comandada pelo Coronel Belém e outra liderada pelo Coronel Antonio Luis Alves Pequeno. E o pior: ambos os coronéis, certos da correção de seus respecti-vos argumentos, pediram, ao mesmo tempo, a intervenção do governador que acabou anulando os dois pleitos.

Segundo destaques feitos por Joaquim Pinheiro, com base no livro “José de Figueiredo Brito – Luta e Trajetória”, visando acalmar os ânimos e impor a ordem na cidade o governador nomeou um delegado especial para o Crato. “Desconfiando que o enviado era simpático ao Coronel Be-

lém, seu oponente telegrafou ao governador protestando contra a nomeação e indicando um outro. Sabedor do fato, foi a vez do coronel Belém não aceitar este segundo nome e exigir sua demissão”. Fato é que os dois delegados, que haviam viajado logo após a indicação e sem ter como acom-panhar o desenrolar dos acontecimentos - o que era impos-sível naquela época-, chegaram ao Crato sem saberem das

suas respectivas exonerações. A situação só seria definitivamente resolvida

no final do primeiro semestre do mesmo ano, quando aconteceu a batalha final pela intendência do Crato. O tiroteio, segundo registros, teve início no dia 27 de junho e se prolongou até as 15:00 horas do dia 29, quando foi, enfim, deposto o coronel Belém pelo coronel Antônio Luiz Alves Pequeno, que recruta-ra um verdadeiro exército privado em municípios vizinhos e no sertão pernambucano, inclusive 100

jagunços de Vila Bela (atual Serra Talhada), coman-dados pessoalmente pelo vigário da cidade pernam-

bucana, primo do Coronel Antônio Luis. Segundo pesquisa de Joaquim Pinheiro Bezer-

ra ainda com base no livro “José de Figueiredo Brito – Luta e Trajetória”, apesar do cerrado tiroteio, gran-de quantidade de armas, de toda a munição gasta e do respeitável contingente de homens envolvido, não há registro de mortes na batalha, apenas alguns feri-dos. Já o professor Honório de Medeiros, em artigo batizado de “O fogo de Pau dos Ferros”, e postado no site http://www.osantooficio.com/2009/03/12/o--rn-no-tempo-do-coronelismo/, ao todo foram vinte e uma vítimas, das quais oito mortas. Batalha ga-nha, o Coronel Antônio Luis ficou no poder de 1904 a 1912 e de 1914 a 1928, quando perdeu as eleições

para o Joaquim Fernandes Teles, que administrou a cidade até 1930.

Com a derrota e a deposição do pai, o filho do Coro-nel Belém, de mesmo nome, José Belém de Figueiredo Filho, veio para a sombra de José da Cruz Uchoa Sobrinho, o Zeca da Cruz, no sítio São Pedro, em Canindé, que era casado com a sua irmã Zélia Belém de Figueiredo.

Com os anos, José Belém Filho ficou ambu-lante como o pai. Desgostoso com Zeca da Cruz, foi morar na fazenda vizinha, chamada então Ve-ados e agora Alto Bonito. Daí foi para outra fazen-da, Negreiros, ao lado da fazenda São Pedro. Saiu de novo e foi para a fazenda Salão Um (lado direi-to de quem desce o rio Salão, onde está um açu-de; o lado esquerdo é Salão Dois). Daí veio para Canindé, rua Tabelião Facundo, Alto do Romeiro, onde morreu pobre, em casa alugada, a 10 de ju-nho de 1963.

Já o velho Belém deixou a cidade de Milagres, o Cariri e o Ceará e foi para o Amazonas onde, segundo o Padre Neri Feitosa, comprou uma propriedade “que de nada lhe serviu”. Como ele voltou para o Ceará e não voltou mais ao Amazo-nas, quando a família foi para lá, após a sua morte, em busca da herança, encontrou apenas um terreno invadido.

Segundo ainda relatos do padre, José Belém de Fi-gueiredo morreu em Fortaleza, pobre e desprezado, no dia 15 de maio de 1925. Episódios da vida do Coronel foram narrados pelo historiador Joaryvar Macedo em “Império do Bacamarte”, que pesquisou as deposições de Intenden-tes (Prefeitos) no Cariri. No julgamento histórico do Coronel Belém, no entanto, há muitas controvérsias. Há quem trace um perfil pouco lisonjeiro sobre seu caráter e façanhas. Mas há, também, quem o exalte, como o advogado e escritor Rai-mundo de Oliveira Borges que escreveu “O Coronel Belém do Crato, o injustiçado”.

JOSÉ BELÉM DE FIGUEIREDO,

Natural de Milagres, esse comerciante conseguiu, graças a uma corajosa manobra política, tornar-se interventor da cidade, cargo que defendeu à bala durante as investidas dos seus opositores.

PESQUISA:

http://caririag.blogspot.com/2009/09/os-belem-de--figueiredo-no-caninde-por.htmlhttp://www.osantooficio.com/2009/03/12/o-rn-no--tempo-do-coronelismo/ http://www.instrumentalbrasil.com/chapadadoara-ripe/2009/02/16/ze-de-brito-luta-e-trajetoria-por-joa-quim-pinheiro-bezerra/PARA ILUSTRAR:http://afamiliamarcos.blogspot.com/2009/09/bartho-lomeu-ferreira-da-silva.htmlhttp://www.instrumentalbrasil.com/chapadadoara-ripe/2009/02/16/ze-de-brito-luta-e-trajetoria-por-joa-quim-pinheiro-bezerra/http://www.luizberto.com/bau-de-estorias-paulo--moura/coroneis-x-cangaceiros http://fortalezaemfotos.blogspot.com/2011/08/o-go-verno-pedro-borges-1900-1904.html

O MILAGRENSE QUE USURPOU A INTENDÊNCIA DO CRATO

6Grandes Nomes

REGIÃO DO CARIRI(CE), DE 20 A 26 DE MARÇO DE 2012

Page 7: Jornal do Cariri - 20 a 26 de março de 2012

DESCASO E ESPERANÇA

O menor indício de chuva no Crato se tornou motivo de pavor para a popu-

lação. A água, gradativamente, está minando toda a estrutura do Canal do Rio Grangeiro, pondo em risco as edificações que margeiam o lugar. É devi-do a essa situação, que o mi-nistro da Integração Nacional, Fernando Bezerra, garantiu ao prefeito do Crato, Samuel Ara-ripe, em reunião no Planalto Central, a reconstrução defini-tiva da obra. O chefe da pasta declarou que vai liberar mais recursos para ações pontuais no canal e que o ministério está disposto a reconstruí-lo de for-

ma definitiva. Esta semana, Samuel

Araripe volta à Brasília, a con-vite do ministro, levando os relatórios da Defesa Civil e ou-tros documentos necessários para viabilizar a reconstrução do canal. Quando o técnico do Ministério da Integração Nacional (MI), Ronny Peixoto, veio ao Crato semana passa-da, 13/03, uma das propostas sugeridas foi a criação do Fun-do Municipal da Defesa Civil, que permitirá o repasse direto de recursos para a cidade, sem precisar de intermédio do Go-verno do Estado.

O comandante da Defe-sa Civil do Ceará, major Vagner,

diz que a instituição recebeu orientação do MI para traba-lhar em um projeto definitivo para o canal. Segundo ele, já foi pedido ao Departamento de Estradas e Rodovias (DER) um estudo de viabilidade técnica. O gerente operacional do DER no Crato, Luiz Salviano Matos, informou que não tem conheci-mento desse estudo e aguarda orientação da Superintendên-cia Estadual do órgão.

Hora de unir forçasNa reunião com o técni-

co do MI, o deputado federal José Arnon Bezerra enfatizou que não é o momento de ficar culpando uma pessoa ou outra.

O certo é que todos assumam a responsabilidade para que uma solução possa ser encon-trada. “Nós torcemos para que qualquer divergência política seja afastada e, definitivamen-te, encontremos a solução para promover o bem-estar de to-dos”, disse. O deputado esta-dual Sineval Roque também interferiu, junto ao Governo do Estado, para a liberação de mais verbas para o Crato.

Perigo para a população

O Canal Rio Grangeiro tem extensão de aproximada-mente quatro quilômetros. Boa parte, completamente compro-

metida, inclusive com riscos de colapso de edificações, a exem-plo do Centro Educacional para Jovens e Adultos (CEJA). Algumas paredes do prédio, localizadas a 10 metros da mar-gem do canal, estão com ra-chaduras. A diretora do CEJA, Maria Marlene Bezerra dos Santos, pede que alguma pro-vidência seja tomada, para que não aconteça uma tragédia.

O prédio do Colégio Ob-jetivo, localizado na Avenida José Alves, por onde o rio pas-sa, é o mais ameaçado de todos. A cratera aberta com as ultimas chuvas está a oito metros da calçada do estabelecimento. A professora Virginia Liduina de

Sousa declarou que os proble-mas do canal são antigos e se agravaram com a alteração em sua topografia.

HistóriaO Canal Rio Grangeiro

tem 55 anos e sua primeira eta-pa foi construída em 1957, pelo prefeito Ossian Alencar Arari-pe. Sem o auxílio da tecnolo-gia e da engenharia moderna, o material usado na obra foi transportado por jumentos. O que foi feito no período, ainda permanece praticamente intac-to até hoje, enquanto o que foi realizado depois, as enchentes destruíram.

Margens do canal do Grangeiro cedem e ameaçam prédios

Aglécio Dias

Quando se anda pelos corredores dos supermercados no Cariri, percebe-se uma de-coração diferente da habitual, tanto nas prateleiras, quanto no teto. É o clima de Páscoa que tomou conta da região. Os ovos de páscoa com suas mul-ti cores, grande variedade de sabores e tamanhos são o que mais chama atenção, princi-palmente das crianças.

Além dos tradicionais ovos, nesse período a comer-cialização de outros produtos, como vinho, praticamente dobra. No caso do bacalhau, triplica. É o que explica o en-carregado de compras, venda e exposição do Supermercado São Luiz em Juazeiro, Edilber-to Gonçalves. Faltando menos

de vinte dias para Páscoa, o encarregado comenta que a procura por esses produtos tem aumentado a cada ano, e o bacalhau é um dos itens mais vendidos. Com relação aos preços, o gerente explica que não ouve um aumento tão significativo se compara-do ao ano passado.

A empresária Maria das Chagas discorda do fun-cionário do supermercado. Segundo ela, os valores estão um pouco “salgados”, mas em compensação, a qualidade dos peixes, especialmente o bacalhau, melhorou um pou-co. Ela alerta para a diferença na qualidade desse produto entre os comércios da região, pois tem passado por diversos locais e não sentiu diferença nos preços, mas sim na qua-

lidade dos produtos. “Está tudo mais caro que o ano pas-sado, mas o maior problema é a qualidade dos peixes que varia muito de um comércio para outro”, esclareceu.

A Câmara de Direto-res Lojistas (CDL) de Juazeiro diz não ter um levantamento sobre o aumento de vendas no comércio varejista nesse período. O motivo, segundo o presidente da CDL, Michel Juazeiro Michel Araujo, é por se tratar de um tema muito específico que atinge apenas um setor do comércio. “Nós não fazemos promoções nessa data, nem temos dados sobre a movimentação nesse perí-odo, por atingir apenas uma parte do comércio no varejo, como a venda de peixe e cho-colate” concluiu.

Páscoa movimenta comércio no Cariri, mas exige cautela dos consumidores

n Supermercados do Cariri já estão coloridos por ovos de chocolate e crianças se divertem

n O programa Varejo Competitivo deve ajudar na qualificação de funcionários e no aumento das vendas

Chagas Lima

A gestão do setor de varejo de mercantil e pe-queno supermercado, para qualificar os funcionários e aumentar as vendas, é a pro-posta do Programa Varejo Competitivo, que começa a partir de abril na região do Cariri, por meio de iniciativa da Federação das Associa-ções do Comércio, Indústria, Serviços e Agropecuária do Ceará (FACIC), da Associa-ção Cearense dos Atacadistas e Distribuidores de Produtos Industrializados (ACAD) e do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (SEBRAE).

O Varejo Competitivo é um programa de âmbito nacional, desenvolvido para atender ao micro e pequeno comércio varejista alimentar (mercadinhos e pequenos supermercados). Conforme o presidente da FACIC, Fran-cisco de Assis Barreto, o setor

teve um taxa de crescimento de 6% no Brasil, enquanto que na região Nordeste cres-ceu entre 15% e 16%. “Isso significa que as grandes re-des resolveram se instalar no Nordeste. E o Cariri, por ter um crescimento constante, chama a atenção dessas gran-des redes de supermercados que estão aportando na re-gião”, diz Assis Barreto.

Cerca de dez atacadis-tas distribuidores do Cariri vão indicar clientes através de seus representantes co-merciais para participar do programa, que tem duração de quatro meses. A expectati-va é de que cem mercadinhos participem, cada um indican-do cinco pessoas. Ou seja, devem receber treinamento aproximadamente 500 pes-soas.

O presidente da FA-CIC explica que toda receita das classes B, C e E está sen-do direcionada ao consumo, basicamente para alimentos,

limpeza e higiene pessoal. Portanto, mercadinhos e sa-lões de beleza, conforme re-lata, têm tido um crescimento significativo no Cariri. “Ob-servando esse crescimento, não poderíamos deixar cida-des pujantes como Juazeiro, Crato e Barbalha de fora des-se programa Varejo Competi-tivo”, declara.

O gestor de varejo do SEBRAE, Ivan Moreira, in-formou que o programa pre-vê dentro de sua grade de capacitação, montada especi-ficamente para atender ao pe-queno varejo alimentar, ações visando acabar com práticas ineficientes que geram re-sultados negativos e, conse-quentemente, a insatisfação dos clientes. Por exemplo: filas nos caixas, em virtude do cálculo manual, falta de opções de pagamento, fun-cionários despreparados para o atendimento e estabe-lecimento desarrumado, com deficiência de iluminação.

Varejo cresce no Cariri e projeto do Sebrae promete impulsionar negócios

Fotos: Arthur Luiz

7REGIÃO DO CARIRI(CE), DE 20 A 26 DE MARÇO DE 2012

Cidades

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CLAYRTON BRITO SAMPAIO - MECNPJ: 01.910.812/0001-04

Torna público que recebeu da Superintendência Estadu-al do Meio Ambiente - SEMACE a licença de operação de nº 74/2012-Dicra com a validade 11/01/2013 para Maderei-ra Madresul (Comércio Varejista de Madeira), localizada na Av.Perimetral Sul, 905 Bairro Centro no município de Nova Olinda - CE.

Foi determinado o cumprimento das exigências contidas nas Normas e Instruções de Licenciamento da SEMACE.

TRABALHO E DIGNIDADE

Raphael Barros

A Associação Enge-nho do Lixo, que até junho desse ano se transformará em co-

operativa, funciona legalmente há quatro anos, mas há 12 vem juntando famílias que estavam desempregadas e precisavam se sustentar. Todos os que estão envolvidos no projeto, um dia estavam passando dificulda-des e encontraram no trabalho de catador de lixo a solução para pagar as contas de casa.

O fundador e presidente da Associação, Francisco Alvi-no, passou por essa situação. “No começo era difícil, o pes-soal chamava a gente de uru-bu. Hoje, não, já viajei até para os Estados Unidos, devido ao trabalho que desenvolvo aqui em Juazeiro”, relata Alvino. Ele lembra que quando começou a catar lixo, a filha tinha 14 anos e chorava muito, porque achava o trabalho indigno. “Antes eu trabalhava numa fábrica de cal-çados, aí perdi o emprego e não sabia o que fazer, só não queria roubar. Conheci uma pessoa que catava lixo e comecei a fa-zer o mesmo, vi que dava di-nheiro e permaneci. Hoje minha filha tem orgulho de mim, está se formando em Pedagogia e faz campanha na universidade para trazer material reciclável

aqui para o galpão”, conclui.A transição de asso-

ciação para cooperativa só foi possível devido ao auxílio da Universidade Federal do Ceará (UFC), da Secretaria do Traba-lho e Desenvolvimento Social do Estado e da prefeitura de Juazeiro do Norte. Como co-operativa, o Engenho do Lixo poderá emitir nota fiscal do material coletado na rua ou das empresas que fazem doações. “É melhor para a gente, porque o cooperado vai ter mais força, mais visibilidade na sociedade e vai conseguir um precinho melhor pelos resíduos que co-letar”, explica Alvino.

Comida, teto e transporte

O terreno para a cons-trução da cooperativa foi doa-do pela prefeitura de Juazeiro, assim como a atual alimenta-ção dos catadores: café da ma-nhã, almoço e merenda são feitos e servidos no galpão da associação. O presidente o Engenho do Lixo informa que os 320 mil reais para a cons-trução do novo galpão e para a compra de um caminhão para a cooperativa foram con-seguidos pelo prefeito de Ju-azeiro do Norte, Manoel San-tana, junto à Fundação Banco

do Brasil, em Brasília. Atualmente, a associa-

ção só atende Juazeiro, mas com a cooperativa serão bene-ficiados também Crato, Bar-balha e Missão Velha. Hoje os associados pagam taxa de um real por mês, para ajudar no gás, no medicamento que al-gum catador esteja precisan-do ou para ajudar no reparo da casa deles, já que o período é de chuva. “O Francisco Al-vino é o presidente, é como se fosse o patrão da gente, mas ele trata a gente como família. Tem a que ele deixa em casa e tem essa daqui”, diz a catado-ra Valdelice Martins, 50, há 8 meses associada.

É hora de plantarQuando um trabalhador

do Engenho do Lixo coleta 500 Kg, é necessário que ele plante uma muda de árvore em qual-quer lugar, seja numa escola, numa praça, num canteiro ou na universidade. Essas plantas são dadas à associação pela Superintendência Estadual do Meio Ambiente (SEMACE) e pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (IBAMA).

Quase tudo dá para ser reciclado, do papel à lâmpada florescente, do vidro à bateria de celular. É só ligar que os ca-

tadores pegam e dão o destino certo para os resíduos, seja para empresas dentro ou fora de Ju-azeiro. A associação recolhe de 40 a 50 toneladas de material recicláveis por mês.

Catar material reciclável não é mais motivo de vergonha

n O presidente da entidade, Francisco Alvino, revela dificuldades no início, mas hoje se sente recompensado

Samuel Macedo

Semana do Padre Cícero estimula pesquisa sobre história local

Pastoral acompanha mais de 2.700 crianças em JuazeiroChagas Lima

A Pastoral da Criança é um organismo de ação social da Conferência Nacional dos Bis-pos do Brasil (CNBB), fundada em 1983 por Zilda Arns para realizar um trabalho de evan-gelização e educação familiar, após perceber os altos índices de mortalidade infantil, regis-trados em diferentes regiões do País.

O objetivo maior da mis-são é combater a desnutrição e educar as famílias com base nos dez mandamentos, como também defender os direitos da criança e do adolescente inseri-dos no Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA). Nesse sen-tido, a Pastoral direciona a sua ação numa perspectiva evange-lizadora e social.

Em Juazeiro do Norte, a Pastoral acompanha um total de 2.734 crianças na faixa etária de zero a seis anos, significando

uma porcentagem de 13% de crianças carentes acompanha-das nas paróquias de São José do Limoeiro, Menino Jesus de Praga, São Francisco, Salesia-nos, São João Bosco, Nossa Se-nhora de Lourdes (São Miguel),

Nossa Senhora das Dores e Nossa Senhora Aparecida, en-volvendo 65 comunidades, com 172 líderes voluntários atuantes, contando ainda com apoio de outras 186 pessoas, atingindo um total de 358 voluntários. Se-

gundo a coordenadora da Pas-toral da Criança da Paróquia de São José do Limoeiro, Rosemary Matos, 2.256 famílias são acom-panhadas atualmente, incluin-do 93 gestantes.

Ela acrescentou que no ano de 2011, a Pastoral da Crian-ça expandiu suas atividades para as comunidades de Nossa Senhora do Carmo e Divina Mi-sericórdia, localizadas respecti-vamente nos bairros José Geral-do da Cruz e Casas Populares, tendo ainda firmado parceria com o Curso de Agronomia da UFC, Campus Cariri, para a instalação de hortas caseiras, com benefício para 17 famílias dos bairros Timbaúbas, Limoei-ro e Tiradentes.

De acordo com Rosema-ry Matos, a Pastoral da Criança utiliza a multi-mistura (com-posta de amedoim, gergelim, girassol, farinha de mandioca, sementes de quiabo, melan-cia, folha de macaxeira, casca

de ovos e outros ingredientes), adquirido graças à valiosa cola-boração dos padrinhos da insti-tuição, visando reduzir a desnu-trição das crianças.

Mensalmente acontece a celebração da vida (o peso), que é a realização de um encontro com as famílias para avaliar o desenvolvimento da criança, momento em que a família é contemplada com multi-mistu-ra, distribuída pela equipe da Pastoral da Criança. A entidade recebeu doação de quase 200

sabonetes antibacterianos com um folheto ensinado como la-var as mãos corretamente, com o propósito de prevenir doenças e ensinar os cinco passos corre-tos nesse processo de higiene, que são os seguintes: molhar as mãos; esfregar bem devagar as palmas e costas das mãos; es-fregar entre os dedos e embaixo das unhas; enxaguar as mãos; e secá-las com toalha limpa. Aos poucos, as famílias adotam as medidas corretas e evitam do-enças.

n Cuidados básicos com a higiene, por exemplo, são ensinados

Serviço

O Engenho do Lixo funciona na Rua Pedro Cruz Sam-paio, nº 14, no bairro Juvêncio Santana. Abre de segunda a sá-bado, das 6h às 18h. Mais informações: 9203.3853

Serena Morais

Está acontecendo a 30ª Semana do Padre Cícero em comemoração ao 168º aniversá-rio de nascimento do fundador de Juazeiro do Norte. Aprovei-tando o momento, a semana realiza debates sobre temáticas envolvendo a história do sacer-dote. A ideia é trazer conheci-mento à comunidade e aos es-tudantes sobre a vida do padre Cícero, protagonista do pro-gresso da cidade, incentivando estudos e pesquisas sobre a his-tória dele e de Juazeiro.

A festa, de caráter po-pular, concentra-se no centro da cidade, no Memorial Padre Cícero e na Capela do Socor-ro. Durante a semana aconte-ce, paralelamente, uma mesa redonda e o V Fórum Padre Cícero, que traz a cada ano uma temática diferente, dando

espaço aos interessados para aprofundar seus conhecimen-tos, através de discussões sobre assuntos ligados à vida e obra do sacerdote. “Pretendemos

fortalecer o conhecimento da população sobre o Padre Cíce-ro. Esse ano o foco do debate é o Padre Cícero como grande in-centivador das artes” diz o Se-

cretário de Turismo e Romaria, José Carlos.

O evento também visa despertar o interesse de estu-dantes do ensino médio e uni-

versitário sobre o tema, pois são agentes importantes no papel de difundir o conheci-mento e preservar a memória do padre através de registros históricos.

Durante a mesa redon-da serão discutidas questões da romaria como patrimônio histórico, as políticas publicas, o desenvolvimento econômico e a ideia do patrimônio imate-rial (presente na história como ofícios, celebrações ou saberes). Segundo o secretário, a roma-ria está sendo proposta como patrimônio imaterial do povo brasileiro, e uma solicitação foi encaminhada para conseguir esse reconhecimento. A mesa redonda acontece no dia 21, no Memorial Padre Cícero.

O quinto FórumO V Fórum Padre Cíce-

ro vai trabalhar o tema “Jua-zeiro Entre a Fé e o Trabalho”, trazendo discussões como os desafios para o desenvolvi-mento econômico e as melho-rias necessárias para as roma-rias, que crescem a cada ano. O fórum é realizado pelo Colégio Salesiano e vai acontecer nos dias 22 e 23, na própria insti-tuição. Tanto a mesa redonda, quanto o fórum são gratuitos e abertos ao público.

ServiçoEsse ano a Semana do

Padre Cícero acontece en-tre os dias 18 e 25, quando ocorrem atividades em co-memoração ao aniversário do “Padim”, como o corte do bolo, missas, apresentação de corais, feira de artesanato, exposição, shows e a corrida Padre Cícero.

n A história e os feitos de Padre Cícero serão abordados em debates durante a semana

REGIÃO DO CARIRI(CE), DE 20 A 26 DE MARÇO DE 20128Cidades

Page 9: Jornal do Cariri - 20 a 26 de março de 2012

9REGIÃO DO CARIRI(CE), DE 20 A 26 DE MARÇO DE 2012

Social Cultura

Som de rabeca e Di FreitasCULTURA

Sociedade em FocoPOR WALESKA MARROCOS [email protected]

O INEDI/BRASÍLIA,

VEM A PÚBLICO COMUNICAR

Que não possui representante autorizado

para realizar matrículas no curso de Técnico

em Transações Imobiliárias,na região de Juazei-

ro do Norte e adjacências.

Maiores informações ligar (61) 3321-6614

Email: [email protected]

Na Mobilização Empresarial pela Inovação, promovida pelo Instituto Euvaldo Lodi, no Palácio da Microempresa do Sebrae, compunha a mesa, da esquerda para a direita, Adriana Kellen, Antônio Mendonça, Marcos Tavares, Tânia Porto e Adelaido de Alcântara.

Murilo Janio Leal foi aprovado no concurso da Prefeitura Municipal do Crato. Ele tirou o 6º lugar, de 40 vagas abertas. Murilo também conquistou pontuação no Enem para entrar no curso de administração da UFC. Sua família, em especial minha querida Nária, estão muito felizes por essa conquista. Parabéns!

DIÁCONOS APROVADODIA ESPECIALA nova mamãe do pedaço é Jaqueline Freitas, diretora de jornalismo do Jornal do Cariri. O pai, Glauber Fiuza, está babando. Guilherme nasceu na manhã da última quarta-feira, no Hospital São Francisco, no Crato, com 3 kg. O casal recebeu muitas visitas e felicitações. Parabéns à família, pelo mais novo integrante, que veio para iluminar as suas vidas!

CASAMENTO

O casal Givanildo e Sineuma celebrarão sua união dia 24 de março. A cerimônia religiosa acontecerá na igreja São Francisco de Assis. Em seguida, o casal recepcionaria os convidados no Sítio Carnaúba, na cidade de Missão Velha. Desejamos muitas felicidades ao novo casal!

LANÇAMENTOAlexandre Lucas, do Coletivo Camaradas, nos mandou uma excelente notícia. Foi lançado um livro contando as histórias e memórias, sociais e imaginárias, da comunidade do Alto da Penha. O JC divulgou na última edição. Com o tema “Narrativas Orais no Barro Vermelho”, o livro foi organizado pela professora Ana Rosa Dias Borges e será distribuído gratuitamente nas bibliotecas escolares da Cidade e na comunidade. A valorização da cultura e memória do bairro enriquecem esse projeto. Parabéns!

INOVAÇÃO

A Diocese do Crato ordenou, no último dia 25, no Colégio Pequeno Príncipe, sete novos diáconos. No click de Helton Aguiar Jr. temos: Arileudo da Silva Machado, Aureliano de Sousa Gondim, Cícero José da Silva, Reginaldo Pedro da Silva, Cícero Luciano Lima, Francisco Georgerlanio de Brito e Felipe Tales Eduardo Santos Figueiredo. Que Deus abençoe esses jovens! A igreja que se renova.

Raphael Barros

Já imaginou ser profis-sional da música, ter dinheiro para com-prar o instrumento

que deseja, mas não ter lugar onde venda? No Ceará, há dez anos, mais ou menos, não dava para comprar rabecas em lojas, nem na internet. Era difícil encontrar os mestres de cultura que as faziam, porque ninguém se interessava pelo trabalho deles. Aqui em Jua-zeiro do Norte a rabeca estava acabando, só existia um mes-tre produzindo, Zé Oliveira,

filho do Cego Oliveira. Foi por meio da

amizade com esse rabe-queiro, que o músico fortalezense, morador de Juazeiro há 12 anos, Francisco Ferreira de Freitas, o Di Freitas, co-meçou a resgatar a es-

trutura e sonoridade do instrumento. “O som da

rabeca é muito bonito, mui-to interessante, porque não existe um padrão para ele – numa esquina é de um jeito, em outra esquina é de outro, não existe uma forma padroni-zada como a do violi-

no”, relata o instrumentista.A rabeca em Juazeiro

começou a ser mais conhecida, após um projeto idealizado por Di Freitas para revitalizá--la, levando-a para as esco-las, para ensinar os alunos a tocá-la. Um problema surgiu, não existiam instrumentos

suficientes para os alunos, en-

t ã o

foi preciso confeccioná-los para poder ministrar as aulas.

LuteriaO lutier é um profis-

sional especializado na cons-trução de instrumentos de corda. Di Freitas também se dedica a essa profissão, a lu-teria. Da rabeca, partiu para o violoncelo, violão e viola. “Fui criando com cabaça mes-mo, aqui no Cariri existem ca-baças enormes, por isso fica

fácil. As pessoas trazem de cidades vizinhas para comercializar aqui”, ex-

plica o músico. Ele não ficou apenas em instrumentos con-vencionais, decidiu criar tipos diferentes, de acordo com a sonoridade que desejava. Os instrumentos são experimen-tais, mas a música não, essa é tradicional.

Música tradicionalQuando morava em

Fortaleza, Di Freitas tocava em um grupo de música an-tiga, músicas dos séculos XV e XVI – com a utilização de cravo, viola da gamba, flauta doce, por exemplo. “Aqui em Juazeiro eu percebi uma rela-ção muito grande da música medieval com a música po-pular (as bandas de pífano, os reisados, os rabequeiros). Aí misturei tudo isso e fiz meu trabalho” esclarece. Por meio desse som foi convidado a tocar no Rio de Janeiro e São Paulo, além de ir à ao Chile, à França e Budapeste.

Vida de músicoFrancisco Ferreira de

Freitas, 45 anos, estudou na Escola de Formação de Instru-mentista no Serviço Social da Indústria (SESI) da Barra do Ceará, em Fortaleza. Ganhou inúmeras bolsas para estudar

música no Rio e em São Paulo, o que possibilitou adquirir ba-gagem para tocar na Orques-tra Filarmônica do Estado de Goiás. Depois de passar por Natal e Mato Grosso, Di Frei-tas voltou para o Ceará, mas não queria mais morar em Fortaleza.

Conhecendo a região do Cariri de festivais que havia participado, resolveu adotar Juazeiro como nova morada. “Não queria voltar para Fortaleza, porque esta-va achando o clima pesado, achando a cidade grande de-mais, eu queria algo menor, menos pressão, onde eu pu-desse produzir mais. Aí resol-vi vir para o Cariri, mais espe-cificamente Juazeiro”, conclui.

O Ceará e a rabecaO professor e pesquisa-

dor da Universidade Federal do Ceará, Gilmar de Carva-lho, encontrou mais de 100 tipos de rabecas no Ceará. Diziam que o instumento não existia mais, mas as pesquisas estão aí para comprovar que ele não morreu. Segundo Di Freitas, a beleza da rabeca é fazê-la com o que se tem em mãos, existem as de PVC, de lata de óleo e outros materiais.

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n O músico Di Freitas ajudou no resgate da rabeca no Cariri

PERDA DE DIPLOMA

FRANCISCO HERTON BARRETO DAMACENO

CURSO: DIREITO

UNIVERSIDADE REGIONAL DO CARIRI -

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Page 10: Jornal do Cariri - 20 a 26 de março de 2012

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Pedro Bandeira mostra Juazeiro ao mundo

Serviço

Raphael Barros

“Sabe Pedro, vou fazer um traba-lho voluntário, se você aceitar,

pego todos os seus poemas e reúno em livro”. Essa foi a proposta do escri-tor, jornalista e coor-denador da Biblioteca Pública Municipal de

Juazeiro do Norte, Franco Bar-bosa, para o repentista e poeta, Pedro Bandeira, morador da ci-dade há mais de 40 anos.

Franco conheceu a obra de Bandeira quando criança, em Aurora, ao escutá-la na rá-dio, enquanto catava algodão no sítio do pai. “Adorava as rimas e o desenvolvimento in-telectual que o poeta dava aos temas que abordava”, esclare-

ce. O resultado disso foi a orga-nização do livro “O Poeta Pe-dro Bandeira Mostra Juazeiro ao Mundo”, que será lançado quinta-feira, dia 22, às 19h, no Memorial Padre Cícero.

Pedro conta que tudo começou aos seis anos de ida-de, com as primeiras quadras (poemas de quatro versos). A partir dos 17, iniciou as viagens no burro Estrela pelos sertões

do nordeste: Paraíba, Ceará, Rio Grande do Norte, Piauí e Pernambuco. “Naquele tempo era a viola nas costas, o guarda--chuva num braço, que servia de guarda-sol, chapéu de mas-sa na cabeça, terno de linho branco, revolver na cintura e a faca do outro lado”, entusias-ma-se o repentista. Segundo ele, o cantador só andava as-sim, era um tipo de ornamento.

Pedro Bandeira é natural de São José de Pi-ranha, na Paraíba, e des-cende de uma família de repentistas. O avô, Manoel Galdino Bandeira, é con-

siderado um dos fenôme-nos do repente do século XX, juntamente com Cego Aderaldo. “Ele ainda me ouviu, uma ou duas vezes, chegou a dizer que eu seria o substituto dele, mas eu

não me acho, não, ele era formidável, uma unanimi-dade”, explica o poeta.

Ser neto de repentis-ta famoso facilitava as coi-sas. Onde Pedro chegava, a festa acontecia e o bolso en-

chia. Afirma que dinheiro não foi problema, sempre ganhou bem, porque tinha o nome atrelado ao do avô. “Chegou o neto do compa-dre Manoel Galdino!”, era a saudação mais ouvida.

O poeta

O mitoFranco Barbosa,

responsável pela orga-nização do livro, hoje se considera mais do que amigo do poeta, consi-dera-se filho adotivo. “Quando o vejo fazendo os repentes, eu fico abis-mado. Estou procuran-do alguém que consiga

chegar à essência das coisas como ele, saiba fazer poesia de uma forma tão organiza-da, de colocar as palavras em seu devido lugar e usar uma linguagem que todo mundo entenda”, conclui.

O homemPedro cursou Filo-

sofia, Direito e Teologia. Todas concluídas. Como

ele mesmo diz, filosofou, advogou e tem uma vida espiritual muito intensa. Casado há 49 anos, pai de duas filhas, uma médica e outra advogada, o poeta, hoje com 73 anos, é o ho-mem e a mulher do lar, pois sua esposa tem Alzheimer e fica boa parte do tempo quieta, calada em um canto da casa. O amor continua o

mesmo, próximo ano é tem-po de comemorar bodas de ouro. A viola, também com-panheira inseparável, não é deixada de lado, mesmo com aquele probleminha que atrapalha, segundo Pe-dro, vez ou outra a vida: o Parkinson. É como ele diz: “A poesia é um todo, não é só rima, métrica e oração. É a vida”.

O lançamento do livro “O Poeta Pedro Bandeira Mostra Juazeiro ao Mundo” acontece no Memorial Padre Cícero, quinta-feira, dia 22, às 19h. Além da noite de autógrafos, ainda haverá apresentações de André de Andrade, Fábio Carneirinho e Chico Bandeira.

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pelos 15 anos de excelentes serviços prestados e tem orgulho de ser parceira

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REGIÃO DO CARIRI(CE), DE 20 A 26 DE MARÇO DE 2012

Prefeito Samuel Araripe busca em Brasília liberação de recursos para a reconstrução.

Em audiência com o ministro da Integração Nacional, Fernando Bezerra, o pre-feito Samuel Araripe conseguiu que uma equipe de técnicos do Ministério viesse ao Crato elaborar um relatório para definir os recursos que serão liberados para a reconstrução do Canal do Rio Granjeiro. Essa foi uma conquista de uma admi-nistração comprometida com a população cratense. Durante a reunião, Samuel explicou a necessidade de ações efetivas para a solução do problema, que repre-senta uma ameaça para o Crato a cada período chuvoso.

A Prefeitura Municipal do Crato vai continuar nessa luta até a solução definitiva dessa questão e vai ser vigilante na cobrança das responsabilidades das autorida-des estaduais e federais para que a população cratense não seja penalizada pelas consequências causadas pelas chuvas que são abundantes em nossa Região.

CRATO. A solucão definitiva para o CANAL DO GRANGEIRO

F a l a n d o m e n o s , F a z e n d o m a i s

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QUANDO VEREMOSQuando veremos o futebol cearense

descentralizado? “Nunca” talvez seja uma palavra muito forte, pois só considero um time campeão quando existe um vice. Em 1992, a federação proclamou quatro campeões e nenhum vice. No momento, o Fortaleza se mantém invicto e jogando apenas um bom futebol. Até que ponto chegou o nível do futebol cearense. O Fortaleza de ontem tinha Amilton Melo, Lucinho, Chineizinho, Zé Carlos, o famoso quadrado de ouro. Hoje a torcida do Fortaleza se curva para Geraldo, um jogador já no final de carreira.

VAGA ABERTA A quarta vaga para a semifinal do Campeonato

Cearense continua aberta, apesar do Tiradentes ter maior chance. Guarani e Crato são as duas equipes que estão atrás comendo poeira. Para o Verdão do Cariri, as chances são mínimas, e o time não passa confiança para sua torcida. O time da Polícia Militar, ao contrário das outras equipes, se reforçou, trouxe de volta o meia atacante Ribinha, e contratou o ala direito Ivan, que já defendeu Icasa e Fortaleza. Se continuar assim, apenas o Horizonte irá defender a descentralização do futebol cearense.

ERROO pior erro de uma equipe de futebol é subir de

uma divisão para outra e na não se reforçar. O Trairiense pode bater e voltar para a segunda divisão. O Barbalha e o Juazeiro Empreendimentos começaram com derrotas. O Barbalha tomou 2 a 0 do Boa Viagem no Romeirão, o Juazeiro, de Kleber Lavor, tomou 3 a 1 do São Benedito. É bom os dirigentes entenderem que os times que participam da segunda divisão só tem um objetivo. Não é preciso explicar.

ACORDOTem milhares de jogadores que foram ídolos em vários

clubes, mas que chegam a clubes de menor estrutura e não se firmam. Anderson Lobão e Jucimar são dois jogadores rodados, mas não conseguiram a titularidade e foram chamados para um acordo. A nova diretoria do Verdão tem obrigação de formar um elenco de qualidade e competitivo, para tentar voltar para a série B. O restante do campeonato cearense servirá apenas de laboratório para formar a base para o segundo semestre.

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Para fugir da rotina e da cidade cinzenta, que tal calçar um tênis confortável,

uma roupa leve e respirar ar puro na Chapada do Arari-pe? A alternativa é a trilha ecológica, cada vez mais co-mum entre turistas e mora-dores da região, que optam por cenários mais verdes e atividades mais saudáveis. A oportunidade é valiosa para se conhecer melhor a fauna e flora do Cariri e, ao mesmo tempo, entrar em forma, mas o sucesso do passeio depen-de de alguns cuidados, como o acompanhamento de um guia conhecedor da região.

No calor da empolgação, muitos aventureiros de pri-meira viagem esquecem di-cas básicas e se arriscam em terra desconhecida, com in-finitas armadilhas. Perder-se diante de espaço tão extenso e de diversas alternativas é fácil. Ao anoitecer, a ausên-cia de notícias dos esportistas deixa famílias preocupadas. É hora de acionar bombei-ros e aventureiros experien-tes para começar uma longa busca na escuridão da noite.

Situações de risco como essa podem ser evitadas. Se-gundo o técnico em guia de turismo, Nilton Alves, a pri-meira medida, realmente, é a contratação de um profissio-nal especializado em trilhas ecológicas e que tenha domí-nio da região a ser visitada. “Muita gente que mora na Chapada do Araripe não co-nhece o mato e é preciso ter cuidado. As pessoas se per-dem com frequencia”, diz. O próprio guia pode sugerir roupas mais adequadas para a prática, equipamentos in-dispensáveis e postura ide-al durante as caminhadas. O tipo de material varia de acordo com a intensidade da trilha. A atividade é re-comendada por médicos e profissionais da educação fí-sica, mas é bom ter cuidado na hora de visitar a maravi-lhosa Chapada do Araripe.

n A presença de um guia é fundamental para o sucesso da atividade, sem sustos

Prefeito Samuel Araripe busca em Brasília liberação de recursos para a reconstrução.

CRATO. A solucão definitiva para o CANAL DO GRANGEIRO

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Hoje é o único dia do ano que pra homenagear

nosso padim nós apagamos as velas.

168 anos de nascimento do Padre Cícero. Uma homenagem da Prefeitura de Juazeiro do Norte.

14 REGIÃO DO CARIRI(CE), DE 20 A 26 DE MARÇO DE 2012

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