jornal do cariri - 14 a 20 de fevereiro

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O periódico do Cariri independente NOVIDADE BARBALHA Tiro esportivo cresce em Juazeiro Espetáculos mobilizam alunos da URCA 12 REGIÃO DO CARIRI l DE 14 A 20 DE FEVEREIRO DE 2012 l ANO XIV l NÚMERO 2521 R$ 1,50 11 DENÚNCIA Prefeitura de Barbalha contrata empresa fantasma Uma denúncia encaminhada ao Jornal do Cariri mostra, por meio de gravações, um suposto esquema de favorecimento envolvendo a Secretaria de Cultura do município de Barbalha. Nas conversas, o responsável por uma empresa de entretenimento, que não existe no endereço fornecido (foto), e seria do assessor do secretário de Cultura, faz contratos de prestação de serviços sem licitação e somente nos últimos seis meses de 2011, faturou quase R$ 60 mil. CARROS E MOTOS CRAJUBAR SAÚDE PREOCUPAÇÃO COMBATE AO CRIME COBRANÇA QUEIXAS 9 5 10 8 Dilma visita Cariri e pede agilidade nas obras Agricultores da região querem receber mais assistência A Secretaria de Desenvolvimento Agrário do Ceará e o Território da Cidadania realizaram a 1ª Conferencia Territorial de Assistência Técnica e Extensão Rural, no Crato, para propor diretrizes, prioridades e propostas ao programa nacional de Reforma Agrária. Além de apontar alternativas para inclusão de 100% dos trabalhadores no programa de assistência técnica e extensão rural, a reunião também serviu para reforçar as queixas sobre a falta de atenção aos produtores rurais. Frota de veículos cresce e trânsito fica mais perigoso Desenvolvimento causa aumento de aluguéis HRC recebe críticas por beneficiar “poucos” Hemonúcleo incentiva doações de sangue para o carnaval Polícia Militar quer ajuda da população com denúncias O setor imobiliário no Cariri tem aumentado consideravelmente nos últimos anos e o crescimento tem efeito direto no valor dos imóveis. Quem mais sofre nesse caso são as pessoas que vem de outras cidades e estados para estudar ou trabalhar e procuram imóvel para alugar. Casas e apartamentos estão caros. Um hospital que leva o nome de uma região deveria atender igualitariamente as demandas dos municípios que fazem parte dela. Mas não é isso que está acontecendo, segundo o secretário de Saúde do Crato, Cícero França. Ele afirma que 93,5% dos atendimentos no Hospital Regional do Cariri são voltados às demandas de Juazeiro, a maior cidade da região. Surto de dengue diminui doações de sangue em Juazeiro do Norte. Para garantir o estoque durante a festa carnavalesca, Hemonúcleo lança campanha de conscientização à população sobre a importância da doação, principalmente do tipo AB e B positivo. 4 4 A arte está na essência do nordestino. Na forma de agir, pensar e, claro, na riqueza e diversidade de manifestações que nascem e ganham vida nesta terra. Por isso, nada mais justo do que este povo, há 13 anos, ter no Centro Cultural Banco do Nordeste um múltiplo espaço para experimentar e viver a cultura da Região e do mundo. Banco do Nordeste. A nossa cultura é investir na sua. SAC Banco do Nordeste • Ouvidoria: 0800 728 3030 www.bnb.gov.br/cultura /ccbnb /ccbnb SAMUEL MACÊDO 8 10

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Jornal do Cariri - Edição 2521

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Page 1: Jornal do Cariri - 14 a 20 de Fevereiro

O periódico do Cariri independente

NOVIDADEBARBALHA

Tiro esportivocresce em Juazeiro

Espetáculos mobilizam alunos da URCA

12

REGIÃO DO CARIRI l DE 14 A 20 DE FEVEREIRO DE 2012 l ANO XIV l NÚMERO 2521 R$ 1,50

11

DENÚNCIA

Prefeitura de Barbalha contrata empresa fantasma Uma denúncia encaminhada ao Jornal do Cariri mostra, por meio de gravações, um suposto esquema de favorecimento envolvendo a Secretaria de Cultura do município de Barbalha. Nas conversas, o responsável por uma empresa de entretenimento, que não existe no endereço fornecido (foto), e seria do assessor do secretário de Cultura, faz contratos de prestação de serviços sem licitação e somente nos últimos seis meses de 2011, faturou quase R$ 60 mil.

CARROS E MOTOS CRAJUBAR

SAÚDE

PREOCUPAÇÃOCOMBATE AO CRIME

COBRANÇA

QUEIXAS

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5

10

8

Dilma visita Cariri e pede agilidade nas obras

Agricultores da região querem receber mais assistênciaA Secretaria de Desenvolvimento Agrário do Ceará e o Território da Cidadania realizaram a 1ª Conferencia Territorial de Assistência Técnica e Extensão Rural, no Crato, para propor diretrizes, prioridades e propostas ao programa nacional de Reforma Agrária. Além de apontar alternativas para inclusão de 100% dos trabalhadores no programa de assistência técnica e extensão rural,a reunião também serviu para reforçar as queixas sobre a falta de atenção aos produtores rurais.

Frota de veículos cresce e trânsito fica mais perigoso

Desenvolvimento causa aumento de aluguéis

HRC recebe críticas por beneficiar “poucos”

Hemonúcleo incentiva doações de sangue para o carnaval

Polícia Militar quer ajuda da população com denúncias

O setor imobiliário no Cariri tem aumentado consideravelmente nos últimos anos e o crescimento tem efeito direto no valor dos imóveis. Quem mais sofre nesse caso são as pessoas que vem de outras cidades e estados para estudar ou trabalhar e procuram imóvel para alugar. Casas e apartamentos estão caros.

Um hospital que leva o nome de uma região deveria atender igualitariamente as demandas dos municípios que fazem parte dela. Mas não é isso que está acontecendo, segundo o secretário de Saúde do Crato, Cícero França. Ele afirma que 93,5% dos atendimentos no Hospital Regional do Cariri são voltados às demandas de Juazeiro, a maior cidade da região.

Surto de dengue diminui doações de sangue em Juazeiro do Norte. Para garantir o estoque durante a festa carnavalesca, Hemonúcleo lança campanha de conscientização à população sobre a importância da doação, principalmente do tipo AB e B positivo.

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A arte está na essência do nordestino. Na forma de agir, pensar e, claro, na riqueza e diversidade de manifestações que nascem e ganham vida nesta terra. Por isso, nada mais justo do que este povo, há 13 anos, ter no Centro Cultural Banco do Nordeste um múltiplo espaço para experimentar e viver a cultura da Região e do mundo. Banco do Nordeste. A nossa cultura é investir na sua.

SAC Banco do Nordeste • Ouvidoria: 0800 728 3030

www.bnb.gov.br/cultura /ccbnb/ccbnb

SAMUEL MACÊDO8

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Page 2: Jornal do Cariri - 14 a 20 de Fevereiro

Editorial2

OpiniãoREGIÃO DO CARIRI(CE), DE 14 A 20 DE FEVEREIRO DE 2012

Envie sua carta para [email protected] e dê sua opinião faça sua sugestão, uma crítica. Esse espaço é aberto para você, caro leitor.

SEXTILHA CARTA

SOFRER PELO QUE PERDEUÉ FALTA DE INTELIGÊNCIAOS SERES VITORIOSOSRECOMEÇAM COM PRUDÊNCIANÃO SÓ RECONQUISTAM TUDOCOMO MOSTRAM SAPIÊNCIA!

Welington Costa

Os paredões de som não deixam ninguém dormir e são verdadeiros aglutinadores de vícios. Quando a gente vê aqueles veículos com caixas de som enormes, ficamos preocupados com os jovens que bebem sem nenhum cuidado. Não se quer eliminar qualquer forma de diversão, mas o tipo de atividade precisa ser

fiscalizado, como os carnavais são.

Lucivaldo Dantas

Salvo raras exceções, é público e notó-

rio o descontentamento da população com os

serviços prestados pelas clínicas/hospitais, bem

como pelos profissionais da medicina. É co-

mum estarmos debilitados, com dores no cor-

po, com fortes gripes e outros sintomas mais,

e, após toda uma luta para se conseguir aten-

dimento, sentarmos alguns minutos em frente

a um médico e ouvirmos uma fria informação

que diz: “é só uma virose”.

Recentemente, acometido por um forte

resfriado e dores intermitentes em alguns os-

sos, busquei atendimento médico junto à clí-

nica São José, em Juazeiro. Ali chegando, fui

informado que havia em torno de trinta pesso-

as já aguardando atendimento. Fiquei surpreso

já que a clínica é particular e os atendimentos

seriam realizados através de plano de saúde.

Visando um atendimento mais célere,

busquei o hospital São Vicente, em Barbalha,

ocasião em que após esperar aproximadamen-

te 50 minutos, consegui uma consulta. Entrei

no consultório sem saber do que estava aco-

metido e sai de lá da mesma maneira. Observei

que aquele hospital, dantes tão bem falado,

principalmente em relação à organização e

atendimento, se mostrou bastante desorgani-

zado. Os profissionais da saúde que ali laboram

(médicos, enfermeiros e auxiliares, atendentes)

emitiam informações desencontradas. Somen-

te para receber um hemograma,

tive que me dirigir quatro vezes ao

hospital. É revoltante.

O descaso com a vida hu-

mana é tamanha. Os médicos,

quando colam grau, prestam um

lindo juramento. No entanto,

aquele é esquecido quando se

inicia a atividade profissional, pre-

valecendo, sobremaneira, a busca

incansável pelo dinheiro. A que se frisar que a

culpa do caos na saúde pública não é somente

da classe médica, mas, também, dos gestores

públicos e dos legisladores, que colocam o pro-

blema da saúde bem atrás de outros menos

importantes.

Não adianta construir escolas e ofertar

postos de trabalho, caso a população não este-

ja saudável, apta a estudar e trabalhar. Salien-

te-se que, salvo margem de erro, para cada R$

1,00 que a administração pública gasta com

saneamento, moradia e prevenção de doenças,

economiza-se R$ 10,00 em gastos com saúde.

É salutar a construção do Hospital Regional do

Cariri pelo governador do Estado, bem como

alguns avanços observados na atual adminis-

tração pública municipal de Juazeiro, mas só

isso não resolve o descaso com a saúde.

Nosso Juazeiro necessita da destinação

de maior aporte de recursos para essa área, vez

que tem sua população bastante

elevada quando das romeiradas.

Ao contrário, vemos a situação do

hospital Santo Inácio, sem se fa-

lar na tentativa de privatização do

hospital São Lucas, objetivo feliz-

mente não conseguido pelo prefei-

to anterior.

Enquanto o problema não

é amenizado, temos que suportar

a arrogância de certos médicos, que negam

atendimento a quem precisa, somente porque

é pobre e nada lhe tem a dar, salvo o voto, se

deste precisar. Temos que suportar, ainda, as

cenas de descaso com os enfermos, a maio-

ria idosos, que ficam jogados nos corredores

das clínicas e hospitais, ou precisam aguardar

longo tempo para que se submetam a uma

cirurgia. Enquanto isso, os sem vergonhas se

apoderam do dinheiro público e fazem o que

bem entendem, sem que nada aconteça. Esse

é o nosso Brasil!

Jailson Matos NobreTécnico Judiciário - TJ/CE

Bacharel em Economia e Direito

ATÉ QUANDO TEMOS QUE SUPORTARO DESCASO COM A SAÚDE?

ENSINO REGULAR DE TRÂNSITO, MAIS UMA LEI

SUSTENTABILIDADE AMBIENTALO paradigma do desenvolvimento sus-

tentável proposto em 1992 dizia que o globo de-

veria caminhar para um novo modelo de desen-

volvimento, que buscasse conciliar o crescimento

econômico, a inclusão social e a sustentabilidade

ambienta, e na Agenda 21 se apontavam princí-

pios e caminhos para a efetiva implantação do

modelo proposto. Mas, é importante alertar que

o crescimento e a inclusão social – e o entendi-

mento desses princípios – nasceriam da constru-

ção coletiva e participativa com o engajamento

de todos.

O que se pode propor então é que, pas-

sadas duas décadas, não apenas queremos nos

manter fiéis aos princípios e diretrizes do desen-

volvimento sustentável, mas que queremos quali-

ficar o crescimento econômico e a inclusão social

que deve dar substância a este novo modelo.

Queremos o crescimento da economia,

mas não de qualquer economia. Queremos ver

crescer a economia verde. E aí, te-

mos que aprimorar sua definição

para podermos apontar para o mer-

cado, para governos e para os atores

econômicos globais as novas diretri-

zes para sua ação.

Assim, mesmo que uma em-

presa produza com baixo consumo

de carbono, se as relações de traba-

lho não respeitarem os princípios e diretrizes da

organização, por exemplo, recorrendo ao traba-

lho infantil, este produto não pode ser conside-

rado da economia verde. Acredito que é possível

aproveitarmos esta discussão para consolidar ga-

nhos e buscarmos avanços adicionais em relação

aos obtidos há 20 anos.

Queremos a inclusão social, mas não

queremos que ela seja feita de qualquer maneira,

queremos um processo global de inclusão social

que tenha como prioridade a erradicação da po-

breza, focando sobre as populações

que a ela estão sujeitas as políticas,

recursos e atenções dos governos,

das organizações da sociedade civil

e das organizações de cooperação

multilaterais.

E, mais importante! Que-

remos isto sem que tenhamos que

retroceder nas conquistas e avanços

obtidos em 1992 no que tange aos compro-

missos, pactos e convenções firmados desde o

Rio de Janeiro e até os dias atuais relacionados

à conservação do meio ambiente, ao aproveita-

mento responsável e racional dos recursos na-

turais e com o legado que deixaremos para as

gerações futuras.

Paulo Henrique LustosaPresidente do Conpam

O Brasil é

mesmo um país de

muitas leis que não

são cumpridas. Os

nossos três poderes

da República, sejam

na esfera municipal,

estadual e federal,

aprovam todos os

tipos de leis, porém

nunca são colocadas em prática.

Mas, o artigo 76 e

seus incisos (ver Lei nº 9.503/97)

e a Resolução nº 265 do Con-

tran, que garante o ensino re-

gular de trânsito nas escolas,

deveria estar sendo respeitada e

trabalhada no dia-a-dia dos nos-

sos alunos, tendo em vista que

tem haver com os nossos futuros

condutores.

O primeiro Código Na-

cional de Trânsito, Lei nº 3.651,

de 25 de setembro de 1941, na-

quele momento, apesar do con-

texto da época ser diferente dos

dias de hoje, não foi menciona-

do o tema trânsito em nenhum

um dos seus doze capítulos.

Depois de 25 anos, ou

seja, através da Lei 5.108, de 21

de setembro de 1966, o segun-

do Código Nacional de Trânsito,

foi possível encontrar as primei-

ras referências sobre o tema. Se

bem que, timidamente, a área

de trânsito de forma especifica

começou de fato a ser mencio-

nada.

Agora sim, passados

trinta e seis anos, o novo Códi-

go Nacional de Trânsito que já

está se tornando velho, ou seja,

a conhecida Lei nº 9.503, de 23

de setembro de 1997, que ape-

sar de alguns equívocos, é con-

siderado pelos estudiosos como

o melhor código de trânsito do

mundo.

Pois bem, o atual CTB

teve um olhar especial para o

assunto, pois dispensou um ca-

pítulo completo e seis artigos

exclusivos ao tema

educação para o

trânsito.

E x e m p l o :

A educação para o

trânsito será promo-

vida na pré-escola e

nas escolas de 1º, 2º

e 3º graus, por meio

de planejamento e

ações coordenadas entre órgãos

e entidades do Sistema Nacio-

nal de Trânsito e de educação,

da União, dos estados, do Dis-

trito Federal e dos municípios,

nas respectivas áreas de atua-

ção. E mais, aproveitando todos

os níveis de ensino, bem como

implantação de um currículo in-

terdisciplinar com conteúdo pro-

gramático sobre a segurança de

trânsito.

Sem se falar dos conteú-

dos relativos à educação para o

trânsito nas escolas de formação

para o magistério e o treinamen-

to dos professores e multiplica-

dores. Detalhe: as aulas de trân-

sito só poderão ser ministradas

por profissionais com tal forma-

ção especifica.

Assim, para que essa lei

não seja mais uma lei como tan-

tas outras, faz-se necessário que

os conselhos regionais da educa-

ção do nosso estado, estudem a

resolução 265/2007 do Contran,

e posteriormente, autorizem as

escolas interessadas a participa-

rem do processo junto ao De-

tran, órgão executivo do estado

do Ceará.

Valdir MedeirosSindicalista e e

ducador de trânsito.

Exped

iente

:

Fundado em 5 de setembro de 1997O Jornal do Cariri é uma publicação

da Editora e Gráfica Cearasat Comunicação Ltda

CNPJ: 34.957.332/0001-80

O periódico do Cariri independente

Diretor-presidente: Luzenor de Oliveira Diretor de Conteúdo: Donizete Arruda Diretoria Jurídica: Vicente Aquino Diretora de Jornalismo: Jaqueline Freitas Editor-chefe: Márcio Dornelles

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Fale conosco Redação w [email protected] w [email protected] w [email protected] w [email protected] Departamento Comercial w [email protected] | Geral w [email protected]

Raimundo Macedo, médico, político, ex-prefeito de Juazeiro do Norte, deputado federal, homem com um pas-sado. Terá ele futuro? A resposta é ambígua. E isso por conta de seu passado, que vem sendo extremamente mal explicado no presente.

Homem humilde, simpático, médico do povo, conhe-cido como “Raimundão Gente Fina”, ele equilibra todas es-sas qualidades em seu corpo avantajado, seus cabelos bran-cos, seu bigode de “amante latino”. Quem não simpatiza com ele ao primeiro contato? Seu jeito carismático de ser é um dos fatores determinantes de sua trajetória política de su-cesso, que atravessa três décadas.

Os tempos mudaram. O país é governado pelo Par-tido dos Trabalhadores- PT há quase uma década. O Gover-no do Estado tem no PT um de seus baluartes políticos mais fortes. Juazeiro do Norte é administrada por um petista, que começou de maneira atrapalhada sua gestão, com toda uma sorte de escândalos, mas que, após tantos problemas, conse-guiu equilibrar-se no cargo.

Raimundão é um homem de coragem. Pretende en-

frentar essa maré petista. É bom. É saudável para a demo-cracia ter oposições fortes e, acima de tudo, formadas por homens de coragem, como parece ser Raimundo Macedo.

O problema é quando essa coragem se confunde com a capacidade. A capacidade de fazer qualquer coisa... Enre-dado em escândalos sucessivos, Raimundo Macedo tem ata-cado a imprensa, o Jornal do Cariri, seus diretores, o prefeito Santana e só não dirigiu sua metralhadora-giratória contra o governador Cid Gomes e a presidente Dilma Rousseff por-que ele não é bobo. Pode parecer meio desligado, mas louco ele não é.

E por que grita, esperneia e bufa Raimundo Macedo? Dentre outras coisas porque a Prefeitura de Juazeiro tem uma dívida milionária com o INSS, que data de seu governo como prefeito municipal. Não é coisa pouca. É muito dinheiro, tan-to que pode quebrar Juazeiro. Ao invés de dar explicações sinceras e convincentes, ele adota a tática do marido traído, que encontrou a mulher com o amante no sofá da sala. Ele quer tirar o sofá...

Essa estratégia não funciona mais. Ser “Raimundão

Gente Fina” não devolve o dinheiro do município, que, além de quebrar a Administração, pode inviabilizar a aposenta-doria dos servidores. Os fatos são simples. A questão é saber onde foi parar o dinheiro devido ao INSS e como o responsá-vel, no caso, o prefeito da época, o médico Raimundo Mace-do, vai ser chamado a desfazer o malfeito.

Retórica não resolve. Agressões gratuitas não pagam as contas de ninguém. Deputado licenciado, Raimundo Ma-cedo usa o tempo livre para se defender. Faz bem... O Tri-bunal Regional Federal em Recife mandou reabrir o caso do Escândalo do BEC, no qual ele figurava como um dos be-neficiados. Ele deve odiar mesmo a imprensa livre. Por que recordar o rombo bilionário, que quebrou o Banco do Estado, um dos mais saudáveis da época? Para que tirar um pouco da sombra do esquecimento, que impede o povo de ver o quanto foi vilipendiado por seus governantes no passado?

O Brasil é um país sem memória, eis o famoso chavão, tantas vezes repetido. A imprensa, quando pode, tenta des-mentir essa verdade que se repete sobre o Brasil. Os desones-tos odeiam a verdade, assim como odeiam a imprensa livre.

RAIMUNDÃO E O DINHEIRO DA PREFEITURA

Page 3: Jornal do Cariri - 14 a 20 de Fevereiro

3REGIÃO DO CARIRI(CE), DE 14 A 20 DE FEVEREIRO DE 2012

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Page 4: Jornal do Cariri - 14 a 20 de Fevereiro

REGIÃO DO CARIRI(CE), DE 14 A 20 DE FEVEREIRO DE 20124Cidades

BARBALHA

OBRAS

A Secretaria de Cultura e Turismo de Barba-lha está sob suspeita, acusada de partici-

par de um suposto esquema de favorecimento. O Jornal do Cariri teve acesso a gravações. Nas conversas, por telefone, Romanne Alves Gonçalves Galdino, que dá nome à em-presa fantasia “4 Cores”, pres-tadora de serviços de entrete-nimento, conta os detalhes de como tudo seria feito e deixa clara a ligação entre a empresa e o secretário de Cultura, Dori-van Amaro.

Em informações presta-das ao site do Tribunal de Con-tas dos Municípios (TCM), en-tre 10 de junho de 2011 e 4 de novembro de 2011, foram mais de R$ 55 mil pagos em servi-ços prestados com a locação de equipamentos de som, pal-co e iluminação, realização e produção de eventos festivos, na zona rural do município, através da secretaria. Todos os contratos realizados na moda-lidade de carta convite.

As denúncias chegaram também à Câmara Municipal e de acordo com o vereador Ril-do Teles (PSL), o que inicial-mente chamou a sua atenção

foi o endereço que consta na nota fiscal da empresa Roman-ne, localizada na rua Antônio de Sá Barreto, 67, bairro Alto da Alegria. Rildo revela que foi conferir o endereço e lá não há nenhuma empresa.

O vereador conside-ra que a empresa só existe no papel e teria sido criada ape-nas para fazer contratos com a prefeitura de Barbalha. “O que me chamou a atenção, após algumas investidas, foi desco-brir que o dono da empresa era um rapaz de 23 anos, que trabalha como empregado em outra empresa da cidade e não tem salário compatível para bancar essas atividades empre-sariais”, contesta Rildo, sus-peitando que ele estaria sendo

usado apenas como laranja, já que ele afirma ser sobrinho do Nilvan Gonçalves, assessor do secretário de cultura da cidade, Dorivan Amaro.

Segundo o vereador, “a empresa loca palco e som que não dispõe. O som utilizado seria de outras pessoas e a em-presa coloca notas dela para receber o pagamento e depois repassar. É uma série de irre-gularidades e resolvemos levar esse problema para a Câmara Municipal e encaminhar de-núncia ao Ministério Público Estadual”, afirma. “Quando ele diz ser sobrinho de Nilvan, e este é quem cuidaria da em-presa, tudo leva a crer que há uma forte ligação entre eles e o Dorivan”, suspeita Rildo.

A reportagem tentou entrar em contato com todos os citados. Várias ligações fo-ram feitas para o secretário Dorivan Amaro, para Nilvan Gonçalves e para Romanne Al-ves Gonçalves, mas ninguém atendeu as ligações até o fecha-mento desta edição.

O secretário de Cultura, Dorivan Amaro, explica não haver ligação direta entre ele e o Romanne Gonçalves. Ele afirma que Nilvan Gonçalves é diretor de núcleo da Secreta-ria de Cultura, mas que não há interferência dele nas licitações da pasta. Segundo ele, os va-lores constantes das licitações são referentes à prestação de serviços anuais e que a empre-sa ganhou a licitação na moda-lidade carta convite.

Dorivan acredita estar sendo envolvido em uma de-núncia politiqueira que atri-bui aos adversários políticos. “Eles querem macular a mi-nha imagem nesse momento político”, alega Dorivan. A reportagem tentou entrar em contato com Nilvan Gonçal-ves e Romanne Alves Gon-çalves, mas não atenderam as ligações até o fechamento desta edição.

Mirelly Morais

A primeira visita da presidente da República Dilma Rousseff ao Cariri foi para vistoriar aquelas que considera obras estra-tégicas e prioritárias do seu Governo. Por esta razão, a presidente quis ver de perto como andam as construções da Ferrovia Transnordestina e da Transposição das Águas do Rio São Francisco, que na região cortam as cidades de Mauriti e Missão Velha.

Dilma falou pouco, mas cobrou muito, e quer o engajamento de todos no monitoramento para que o cronograma das obras seja cumprido. Em reuniões fe-chadas, ela discutiu junta-mente com o ministro da Integração Nacional, Fer-nando Bezerra, os governa-dores de Pernambuco e Ce-ará, Eduardo Campos e Cid Gomes, e empresários das construtoras responsáveis, as soluções para os proble-mas ora existentes nos can-teiros de obra, para que os trabalhos não sejam parali-sados.

“A Transposição é uma obra estratégica do go-verno, pois assegura ao Nor-deste as condições de desen-volvimento, e garante uma das questões mais essen-ciais, que é o acesso à água, base da vida”, diz a presi-dente, afirmando acreditar que essa seja “uma das obras mais significativas desse pe-daço de século, e, nessa fase de governo, acompanhar como essa obra está se des-dobrando é um dos assuntos fundamentais”.

Dilma declarou estar na região, ao lado de Fernan-do Bezerra, para concluir uma etapa. “Nós recompu-semos e reconfiguramos”, argumenta, observando que a população quer ver a che-gada da água e não os deta-lhes da construção. “O povo não quer ver o conserto ar-mado, a estação elevatória,

Dilma cobra mais agilidade

DONIZETE ARRUDAPolítica

quer ver a água chegando. O que o ministro fez foi criar metas concretas para agi-lizar e até o final deste ano teremos a primeira etapa pi-loto completa”, garante.

Ela assume que hou-ve uma desmobilização nas obras que atrasaram o cronograma, mas justifica que agora não será assim. “De fato houve desmobili-zação, porque era necessá-rio recompor as condições contratuais, principalmente porque os contratos haviam sido feitos com base em elementos que não eram os definitivos e isso foi acom-panhado pelo CGU e pelo TCU”, completa.

Monitoramento Diário

De acordo com Fer-

nando Bezerra, “a presiden-te quer monitoramento das obras em tempo real, por isso estamos desenvolvendo um sistema para que as nos-sas informações sejam aces-sadas nesse tempo na Casa Civil”. Ele garante que esse controle exigido pela presi-dente nada tem a ver com as denúncias de favorecimen-to levantadas recentemente pela imprensa contra a sua pessoa. Para Bezerra, essa é apenas uma forma de acom-panhamento dos trabalhos mais de perto, para evitar possíveis problemas na exe-cução das obras e será feito em todos os Ministérios.

ProblemasO prefeito de Mauriti,

Isacc Júnior (PT), conta que vários problemas ocasiona-

ram atrasos nas obras da transposição, no lote 6. Se-gundo ele foram demitidos mais de 700 funcionários recentemente. Mas, para o prefeito, apesar de tudo, não houve paralisação das atividades. “Já tivemos pro-blemas de toda sorte, desde a sub-tabela de preços, do projeto básico de engenha-ria, que não contemplou os pormenores de um projeto tão grandioso como este. Isacc confirma que todos fo-ram repassados pelo enge-nheiro do lote à presidente, e ele acredita que agora vêm sendo compilado pela equi-pe do Planalto, juntamente com os responsáveis”, con-clui o prefeito.

Ao ser indagado so-bre a política na região, o governador foi direto. “Dado o carinho que o povo de Juazeiro sempre teve comigo, me coloco nessa obrigação de procu-rar olhar, cuidar para que o que aconteça aqui seja o melhor para a cidade”.

Cid desconversa ao falar de apoios políticos para as eleições no Mu-nicípio nesse momento, mas revela que vários pre-tensos já o procuraram e todos serão recebidos por ele. “Ainda não sei quem são os candidatos e nos próximos dias, do final de fevereiro até a primei-ra quinzena de março, devo ouvir as principais lideranças daqui. Buscar ao máximo unir com to-das as forças as lideranças que estiveram comigo na última eleição, mas ainda não há definição tomada. Esses dias, muitas lideran-ças têm pedido para con-versar comigo e vou rece-ber todos até meados de março”, declara Cid.

Cid conversará com todos até março paradefinir apoio

Secretaria de Cultura acusada de fraude

n O endereço citado da empresa não existe. A última casa é a 103

Cid convida Santana para encontro

O governador Cid Gomes começou a por em prática a sua estratégia eleitoral para o Cariri. Após anunciar que irá conversar com os pré-candidatos a prefeito de Juazeiro do Norte até o dia 15 de março, Cid convidou o prefeito Manoel Santana para uma reunião na terça, 14, no Palácio Abolição. Em seguida, os outros pretendentes ao cargo de prefeito de Juazeiro também serão convocados. Santana abriu um diálogo com o governador nos intervalos da visita da presidente Dilma. E espera avançar para a conquista do apoio do Governador à sua reeleição. Cid anunciou que subirá em um palanque em Juazeiro. Além de Santana, os deputados Raimundo Macedo, Arnon Bezerra e Manoel Salviano querem também o apoio de Cid.

Raimundão fora do almoço com Dilma

Mesmo tendo tido um desempenho sofrível em seu primeiro ano de mandato na Câmara Federal, Raimundo Macedo só retornará ao seu mandato a princípio em 121 dias. Licenciado, Raimundão pagou alto o preço da inexperiência do estilo da presidente Dilma Roussef. Assim, ganhou espaço na mídia nacional – novamente foi notícia na revista Época - por ter sido barrado para o almoço de Dilma com os governadores Cid Gomes e Eduardo Campos e os ministros Fernando Bezerra e Paulo Sérgio Passos. Sem convite, nenhum político entra em encontros organizados pelo Planalto. De Juazeiro do Norte, o único convidado para o almoço da presidente Dilma foi o prefeito Santana, que aproveitou a ocasião e acertou a vinda de Dilma para inaugurar as casas do programa Minha Casa, Minha Vida.

Jeitinho para aparecer com Dilma

Enrolado em três escândalos – INSS, BEC e PASEP - que abalam a sua credibilidade, Raimundão sofreu para conseguir aparecer ao lado da presidente Dilma em sua visita ao Cariri. Contou com a ajuda do governador Cid Gomes para conseguir cumprimentá-la. Foi um cumprimento formal e sem abertura para qualquer conversa. Raimundão não deve ficar chateado por ter aparecido numa foto de costas e distante. É que a presidente Dilma é dura nesses momentos.

Cariri é palco de desentendimento

O governador Cid Gomes teria tido uma desavença com a presidente Dilma no segundo dia de visita ao Cariri. Essa informação foi publicada pelo jornal O Globo. Contudo, a assessoria de comunicação do governador e do Planalto negam a existência dessa rixa. O prefeito Santana, que acompanhou toda a agenda de Dilma e Cid na região, sustenta que os dois estavam sempre juntos e não existiu atrito.

PCdoB define novo rumo no Crato

O presidente do PCdoB no Crato, Samuel Siebra, desautorizou o neocomunista Walter Brito a conduzir conversas que objetivem a definir alianças eleitorais na cidade. “Ele (Brito) é uma liderança recém filiada ao partido e não tem autoridade para fechar um acordo político sobre a sucessão cratense”, disparou Samuel Siebra. O sabão público em Walter Brito, que queria apoiar a candidatura de Ronaldo Matos, do PMDB, deu resultado. Brito sumiu para não comentar ter sido desautorizado pelo PCdoB.

Mudança de comando em Barbalha

O prefeito Zé Leite tem pela frente uma semana cheia de problemas. O Jornal do Cariri traz uma denúncia envolvendo sua administração com esquemas de fraudes em licitações e notas frias. Não bastasse esse escândalo, Zé Leite vê crescer a oposição à sua reeleição. Ciente dessa dificuldade, o secretário Camilo Santana decretou uma intervenção política em Barbalha após cobrar uma mudança de atitude do prefeito Zé Leite, que é seu aliado. Agora, o poderoso secretário municipal, Fernando Santana, dá as cartas no comando da campanha à reeleição de Zé Leite.

Sujeira ameaça Câmara do Crato

O presidente da Câmara do Crato, vereador Florisval Coriolano, está ameaçado de sofrer até um processo de impeachment. Um dossiê sobre sua administração tem circulado nos bastidores do Legislativo cratense. Essa documentação, que contaria as estripolias de um ex-vereador, que é apontado como homem forte de Florisval Coriolano, deve ser enviada ao Ministério Público do Ceará e também ao Tribunal de Contas dos Municípios (TCM). Florisval Coriolano tem repetido que nada teme, pois sua administração é limpa e transparente.

Disse me disse...• O empresário Justo Junior acertou seu ingresso no comando da campanha do deputado Sineval Roque à prefeitura do Crato.

• Manoel Santana declarou estar interessado sim no apoio do deputado Manoel Salviano à sua reeleição. Desconsiderou as opiniões do presidente do PT juazeirense, Ricardo Lima.

• Deputado José Guimarães e o prefeito Santana foram convidados a jantar no apartamento do ex-ministro Zé Dirceu após a festa dos 32 anos do PT, sexta, em Brasília.

• Samuel Araripe tenta convencer Raimundo Filho a aceitar ser vice de novo do seu verdadeiro candidato, o secretário de Saúde, Cícero França.

• Rondilson Alencar, presidente da Câmara de Vereadores de Salitre, será o candidato apoiado pelo prefeito Agenor Ribeiro. As oposições lançarão a candidatura do vereador Sílvio Pinto.

• Governador Cid Gomes vetou o apoio do PSB de Juazeiro a candidatura do vereador Tarso Magno, do PR, do ex-governador Lúcio Alcântar e do prefeito Roberto Pessoa.

• Desculpe a ignorância, o presidente Florisval Coriolano topa abrir todas as contas da Câmara do Crato para desmistificar esse dossiê contra sua administração?

SAMUEL MACÊDO

Page 5: Jornal do Cariri - 14 a 20 de Fevereiro

5REGIÃO DO CARIRI(CE), DE 14 A 20 DE FEVEREIRO DE 2012

Cidades

n Para evitar que ruas e praças fiquem sujas após festas, banheiros químicos podem ser exigidos

n O secretário de Saúde do Crato, Cícero França, afirma que 93,5% dos pacientes do HRC são de Juazeiro

Projeto prêve obrigatoridade de banheiros químicos

SAÚDE

Crato quer mais atendimentosno Hospital Regional do Cariri

Raphael Barros

A Saúde de Juazeiro está conseguindo gastar menos com atendimentos e exa-

mes de alta complexidade gra-ças à parceria com o Hospital Regional do Cariri (HRC). Se-gundo o prefeito de Juazeiro do Norte, Manoel Santana, é lá onde são feitas tomografias e ressonâncias, diminuindo os gastos do município com exa-mes caros, com sobras de re-cursos para investir em ações e serviços simples procurados pela população da cidade.

O mesmo não acontece com o Crato. O secretário de Saúde, Cícero França, informa que 93,5% dos atendimentos do HRC são de pacientes de Juazeiro. “A estrutura do hos-pital é moderna e adequada para o avanço do atendimento da saúde no Cariri, mas está atendendo praticamente ape-nas o município de Juazeiro”, explica o secretário. Quando

os outros municípios levam pacientes para o Hospital Re-gional, a informação é de que o paciente deve voltar e seu nome ser inserido em um sis-tema de computador que en-caminha os pacientes para as vagas existentes.

Ainda segundo Cícero, os outros municípios da re-gião também pagam impostos para o Estado do Ceará, que depois voltam para o custeio do HRC. Assim, contribuem para a estrutura hospitalar e não recebem nenhum benefí-cio, já que Juazeiro está utili-zando as cotas destinadas às demais cidades.

Mas essa crítica não é compactuada por todos os municípios da região. A se-cretária de Saúde de Barba-lha, Jaqueline Sampaio, diz que a cidade sempre atendeu a própria demanda, além das necessidades da micro e ma-cro região do Cariri. “Alguns atendimentos de outros mu-

Wilson Rodrigues

Está a caminho da Câmara Municipal do Cra-to projeto de Lei que obriga a instalação de sanitários químicos em áreas livres ou fechadas, para o conforto das pessoas que participam de eventos públicos ou pri-vados. A distribuição dos sanitários químicos levará em consideração a propor-cionalidade de uma unida-de para cada 200 pessoas. A instalação dos equipamentos é de responsabilidade dos promotores do evento, que também se encarregarão pela manutenção, higienização, abastecimento e reposição de papel higiênico, além de transportá-los em veículos apropriados, assumindo to-dos os respectivos custos.

O recolhimento dos sanitários deverá ser provi-denciado até três horas após o encerramento do evento.

nicípios que viriam para cá es-tão sendo atendidos no Hos-pital Regional. De qualquer forma, desafogou um pouco Barbalha.”

Jaqueline acredita que o HRC poderia ajudar mais o município nas cirurgias trau-máticas-ortopédicas de alta

complexidade, já que Barbalha tem dificuldade de suprir a demanda, precisando mandar alguns casos à Fortaleza. Ela informa que o Crato é referên-cia nesse tipo de cirurgia e que, via de regra, seria o responsá-vel para atender as carências da região.

Entrevistado sobre o assunto, o secretário de saú-de do Ceará, Arruda Bastos, esclarece que está planejando uma viagem ao Cariri para sentir de perto as dificulda-des. Para o chefe da pasta, é bom lembrar que o HRC foi pensado para atender os ca-

sos de maior complexidade, pois possui especialidades que não se encontram em outros hospitais públicos da região. Na vinda ao Cariri, o secretário irá procurar pro-duzir ações que possam ser adotadas para solucionar os problemas.

Quem não cumprir a lei pa-gará multa de 150 Unidades de Referencia Fiscal (UFIRs) e, em caso de reincidência, 450 UFIRs ou também ficará impedido de obter a conces-são de alvarás. O projeto de lei é de autoria do vereador George Macário de Brito (PV).

George Macário afir-ma que os centros urbanos já apresentam problemas com o inapropriado uso de espaços públicos por parte da popu-lação, para fins de satisfação das necessidades fisiológicas, sobretudo da urina humana. “Além de afetar a saúde pú-blica, pela transmissão de do-enças e agressão aos espaços urbanos com o mau cheiro insuportável, já foram cons-tatados danos ao patrimônio público e privado, ocasiona-dos pela composição química da urina humana, que con-tém substâncias ácidas, cola-borando para a ação corrosi-

va em diversas estruturas”, afirma. O vereador revela que a necessidade de man-ter a cidade do Crato limpa, principalmente o Centro, com a reforma das praças, é o real motivo para que a lei seja aprovada sem grandes ques-tionamentos. O projeto, que entrou na Câmara Municipal dia 14, se aprovado, entrará em vigor 30 dias depois.

O Centro Cultural do Araripe (antiga REFFSA) e as praças Alexandre Arraes e da Sé, além da rua Miguel Li-maverde, são os locais onde se realizam as festas públi-cas. Por falta de sanitários, as pessoas usam as ruas próxi-mas para suas necessidades fisiológicas. A dona de casa Gilvania Teresa de Oliveira diz que além de urinarem, algumas pessoas fazem ges-tos obscenos, um verdadeiro desrespeito às famílias que ali residem. Banheiros quími-cos seriam a solução.

Secretaria de Cultura acusada de fraude

Serena Morais

Crianças e adoles-centes de escolas públicas municipais e estaduais de Barbalha vão receber uma atenção diferenciada com a implantação do Programa Saúde na Escola (PSE). O plano vai levar equipes do Programa Saúde da Família (PFS) para dentro dos colé-gios, onde vão desenvolver atividades de conscientiza-ção e de saúde, validando a escola como segunda casa desses jovens.

O plano se divide em dois blocos. A primeira etapa atenta para avalia-ção antropométrica (peso e medidas), verificação da pressão arterial e glicêmica para saber como está o de-senvolvimento dos alunos. A coordenadora do projeto, Cínthia Calou, explica que nessa primeira etapa eles vão receber atendimento odontológico, oftalmoló-gico, auditivo, nutricional e físico, assim como ava-liação psicológica. “O Nú-

Estudantes de Barbalha recebem Saúde na Escola

cleo de Apoio à Saúde da Família (NASF) vai levar um psicólogo para estar em contato com essas crianças e adolescentes.” conclui.

A segunda parte do programa será direcionada para a promoção da saúde, trabalhando temas como

saúde sexual e reproduti-va, tendo em vista a quan-tidade de adolescentes que abandonam o colégio por engravidarem antes de con-cluir os estudos. Os alunos vão ser orientados sobre as-suntos como drogas, doen-ças sexualmente transmis-

síveis, bullying, homofobia e obesidade, problemas fre-quentes nessa idade e que necessitam de atenção.

Para dar início ao projeto, o tema “Prevenção da Obesidade” foi indicado pelo Ministério da Saúde e algumas escolas foram se-

lecionadas para trabalha-rem o assunto. Juntamente com o tema, as equipes vão divulgar a importância da participação das famílias e das unidades de saúde durante as ações nos colé-gios. “Não adianta nós tra-balharmos os adolescentes dentro da escola se não tra-balharmos os pais. Temos que saber em que ambiente esse jovem está crescendo e assim podermos ajudar da melhor forma”, disse a co-ordenadora.

As ações devem acontecer durante todo o ano letivo e não somente em momentos pontuais, como é o caso do carnaval. As instituições de ensino vão reservar algum tempo para que a unidade de saú-de se posicione no local. O cronograma deve ser feito entre escolas e unidades básicas de saúde, e a forma como os temas vão ser dis-cutidos com os alunos vai depender da realidade do colégio.

ProjetoCada PSF, alcançan-

do 21 equipes, vai ficar res-ponsável em acompanhar o colégio mais próximo. Segundo a coordenadora do projeto, eles querem se articular também com ou-tras secretarias, tornando o programa um equipamento mais eficaz em favor desses jovens. Para monitorar o an-damento do projeto, dados e relatórios vão sendo “jo-gados” em um sistema uti-lizado pelo programa cha-mado Sistema Integrado de Monitoramento Execução e Controle (SIMEC), para acompanhar a evolução das escolas que receberam a aju-da do PSE.

O programa existe desde 2007 e a cidade de Barbalha aderiu no final do ano passado. O projeto deve atender todas as exigências do Ministério da Saúde e da Educação. No total, se-rão 44 escolas municipais e estaduais que receberão os benefícios do projeto.

n Estudantes de Barbalha devem receber acompanhamento médico e psicológico

SAMUEL MACEDO

Page 6: Jornal do Cariri - 14 a 20 de Fevereiro

6 REGIÃO DO CARIRI(CE), DE 14 A 20 DE FEVEREIRO DE 2012

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Há dois anos, a Presidenta Dilma Rousseff, quando chefe da Casa Civil do governo Lula, visitou Juazeiro do Norte. Na oportunidade, o prefeito Dr. Santana entregou-lhe o projeto de construção das casas populares para o programa Minha Casa, Minha Vida e solicitou seu apoio para realização do sonho de muitos juazeirenses.

Com o projeto concluído e assegurado o apoio do Governo Federal, a Prefeitura de Juazeiro iniciou os trabalhos para realizar o cadastro das famílias e selecionar a construtora responsável pela obra.

Esse projeto representa um marco na história, pois reduz consideravelmente o déficit habitacional do município.

Panorâmica - Início das Obras

Panorâmica - Obras em andamento

Primeira etapa - Obras Concluídas

Hoje, ao receber a Presidenta Dilma, Juazeiro do Norte agradece e comemora a conclusão do Maior Projeto Habitacional no interior do Ceará. Qualidade habitacional, dignidade, segurança e um tempo melhor para as famílias contempladas com as 1.280 unidades habitacionais.

Dr. Santana entrega quadro à Presidenta Dilma emagradecimento pelas casas do MCMV

Visita do Prefeito Dr. Santana ao canteiro de obras

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A Construção de um SonhoA Construção de um Sonho Minha CasaMinha Vida

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Page 7: Jornal do Cariri - 14 a 20 de Fevereiro

7REGIÃO DO CARIRI(CE), DE 14 A 20 DE FEVEREIRO DE 2012

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Há dois anos, a Presidenta Dilma Rousseff, quando chefe da Casa Civil do governo Lula, visitou Juazeiro do Norte. Na oportunidade, o prefeito Dr. Santana entregou-lhe o projeto de construção das casas populares para o programa Minha Casa, Minha Vida e solicitou seu apoio para realização do sonho de muitos juazeirenses.

Com o projeto concluído e assegurado o apoio do Governo Federal, a Prefeitura de Juazeiro iniciou os trabalhos para realizar o cadastro das famílias e selecionar a construtora responsável pela obra.

Esse projeto representa um marco na história, pois reduz consideravelmente o déficit habitacional do município.

Panorâmica - Início das Obras

Panorâmica - Obras em andamento

Primeira etapa - Obras Concluídas

Hoje, ao receber a Presidenta Dilma, Juazeiro do Norte agradece e comemora a conclusão do Maior Projeto Habitacional no interior do Ceará. Qualidade habitacional, dignidade, segurança e um tempo melhor para as famílias contempladas com as 1.280 unidades habitacionais.

Dr. Santana entrega quadro à Presidenta Dilma emagradecimento pelas casas do MCMV

Visita do Prefeito Dr. Santana ao canteiro de obras

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REGIÃO DO CARIRI(CE), DE 14 A 20 DE FEVEREIRO DE 20128Cidades

Engenharia Social vai auxiliar construções no CaririRaphael Barros

De olho nas obras ir-regulares, feitas por profis-sionais não habilitados no Cariri, o Conselho Regional de Engenharia e Agronomia (CREA) está intensificando as fiscalizações. É melhor parar edificações agora, do que precisar contornar da-nos futuros que podem por em risco vidas de pessoas.

Na vistoria, o fiscal verifica se a obra está real-mente registada no CREA e quem é o profissional res-ponsável. Caso ele não es-teja cadastrado, nem a cons-trução, há uma notificação e prazo de dez dias para regu-larizar a situação na institui-ção. O mais importante em uma obra, no caso das fisca-lizações, é que as placas com os registros estejam bem vi-síveis, com as Anotações de Responsabilidade Técnica (ART) dos responsáveis pela edificação. As ARTs são os documentos emitidos pelos profissionais de engenharia

VALORIZAÇÃO

Procura por imóveis eleva valor de aluguel no Crajubar

Aglécio Dias

Com o crescente desenvolvimento econômico e social do Cariri, alguns

desafios tendem a surgir, um deles está relacionado ao se-tor imobiliário. Um exemplo disso é a dificuldade em con-seguir alugar um bom imóvel residencial, bem localizado e por um preço razoável. Esse é um dos relatos de quem vem de outros municípios ou estados para trabalhar ou es-tudar na região.

Marilene Pereira de Santana do Cariri, que tra-balha e estuda no Crato, por exemplo, tem que dividir um apartamento de dois dormitó-rios, banheiro com infiltração, piso desnivelado e afastado

do Centro, com mais duas amigas. O motivo, segundo a estudante, é a dificuldade que encontrou em conseguir um imóvel melhor. “Um aparta-mento novo desse tamanho mais próximo do Centro, cus-tar quase três vezes o valor que apagamos aqui”, disse, revelando que paga R$ 250.00 de aluguel por mês.

Assim como Marile-ne, José Maria, que mora em Nova Olinda e trabalha em Juazeiro, também optou por alugar uma casa próximo ao seu trabalho. Ele comenta que dividir uma casa de dois dor-mitórios, sem iluminação e próximo a um matagal, com mais três pessoas, não era exatamente o que esperava quando veio trabalhar na ci-dade. Segundo ele, o que le-

vou a isso foi a dificuldade em conseguir um imóvel melhor, do mesmo tamanho em outro lugar. “Quando você encontra um imóvel assim, ou os valo-res são muito altos, ou querem uma comprovação de renda muito alta”, relatou.

De acordo com o dele-gado do Conselho Regional dos Corretores Imobiliários (Creci – CE), em Juazeiro do Norte, Fagner Canuto Tava-res, nos últimos seis meses, houve um aumento de 40% no setor de locação no Cariri. O principal motivo é o au-mento de empresas e o grande número de faculdades que se concentra na região. Em Jua-zeiro, por exemplo, a grande procura é por apartamentos em bairros como São Miguel e Lagoa Seca.

para atestar a regularidade e acompanhamento técnico da obra.

Segundo o inspetor chefe do setor do CREA no Cariri, Frederico Tavares de Sá, a solução para essas irregularidades seria a “en-genharia social”, que tem

como função ajudar pessoas que não tenham condições de contratar um engenhei-ro ou técnico de edificações para acompanhar as obras. As prefeituras receberão re-passes do governo e contra-tarão funcionários do CREA por preços mais baixos para

ajudar pessoas mais neces-sitadas. O projeto já foi pro-posto à Assembleia Legis-lativa do Ceará e tem tudo para ser aprovado, informa Frederico.

Obrigator iamente , uma obra percisa ter técnico responsável quando a área

construída ultrapassar 80 metros. Com a engenharia social, mesmo áreas constru-ídas menores terão o apoio de profissionais habilitados. “A grande função do CREA é fiscalizar os profissionais para que eles criem compro-misso e tenham ética para desenvolver bem os seus tra-balhos. Para que seja de boa qualidade o patrimônio ou imóvel feito, é preciso lutar para que os técnicos não as-sinem obras onde pedreiros e mestre de obras executam edificações sem a supervisão técnica”, explica Frederico.

As obras irregulares podem rachar, podem até cair, se não houver um es-tudo adequado. As pessoas precisam entender que as fiscalizações são feitas, aci-ma de tudo, para protegê--las. Qualquer construção que a população achar ir-regular, pode denunciar ao CREA pelo telefone 3511-0918, e eles irão checar, mandar um inspetor à obra. Caso a pessoa ache que foi burlada, lesada pelo técnico da obra, também pode acio-nar a instituição, que ela to-mará as medidas cabíveis.

Aumento da frota deixa trânsito caóticoIngrid Monteiro

O desenvolvimento econômico de Juazeiro do Norte nos últimos anos as-susta. Investimentos públi-cos e, sobretudo, da iniciati-va privada, movimentam a economia da cidade, como o surgimento de novas conces-sionárias de veículos na re-gião do Cariri. Se as vendas aumentam, as ruas parecem ficar pequenas para suportar o número crescente de carros e motocicletas. Os problemas ocorridos no trânsito da cida-de são semelhantes aos vistos nas caóticas avenidas da ca-pital cearense.

Para que não seja ain-da mais difícil trafegar em Juazeiro, a população afirma que é necessária a execução de planejamentos para orga-nização das vias e realização de projetos que enfatizem a conscientização dos conduto-res. O taxista José Leite afirma que há uma desorganização no trânsito, principalmente nos períodos de romaria, por não existir orientação para os visitantes. “Antigamente as pessoas se respeitavam mais no trânsito. Hoje qua-

se não existe isso”, declara o também taxista Francisco Alves. Já o ciclista José San-tos afirma que o problema maior consiste na falta de in-centivo para o uso de bicicle-ta e transportes alternativos, pois os órgãos competentes não investem na construção de ciclovias. “A implantação dessas áreas poderia evitar muitos acidentes, além de fortalecer o uso das bicicletas para desafogar o trânsito.”

De acordo com os da-dos divulgados pelo Depar-tamento Nacional de Trân-sito (Denatran), na cidade transitam 72.088 veículos, sendo 22.421 automóveis e 35.485 motocicletas. Esta es-tatística refere-se ao número de transportes emplacados em Juazeiro até dezembro de 2011. Segundo o diretor geral do Demutran, Ema-nuel Pedreira, não irá demo-rar muito para a quantidade de motocicletas dobrar em relação ao número de car-ros, com as facilidades de compra proporcionadas aos usuários. Pedreira afirma que ações preventivas estão sendo adotadas para dimi-nuir o caos que surge no

trânsito. A primeira medida será a expansão do Sistema Rotativo de Trânsito, conhe-cido por Zona Azul, implan-tado em 2011 nas ruas e ave-nidas do Centro comercial de Juazeiro. As principais vias como a rua São Pedro e Padre Cícero continuarão sendo beneficiadas com o serviço.

A grande problemática nas proximidades da rua São Paulo, apontada por mora-dores e lojistas, é o conges-tionamento provocado pela permanência de veículos de grande porte no descarrega-mento da carga a qualquer hora do dia. O diretor do Demutran revela que o pro-blema deve ser resolvido em

breve. Um projeto, que con-siste na obrigatoriedade de realizar cargas e descargas em horários determinados, será colocado em prática. “Não será uma Zona Mar-rom, mas um processo gra-dual de carga e descarga com peso de carga e horário deter-minados a partir das 13h”. As placas já estão sendo confec-

cionadas e a previsão é que ainda no primeiro semestre a nova norma seja implantada.

Conforme o diretor, outra medida será a implan-tação de ciclovias em alguns trechos da cidade. A primeira etapa do projeto contemplará a Rua das Flores e a Rui Bar-bosa e, em seguida, a avenida Ailton Gomes.

n Em Juazeiro do Norte, entre carros e motocicletas, são 72.088 veículos circulando por ruas e avenidas

Para uma obra ser inscrita no CREA, é fundamental que tenha um projeto arquitetônico e, caso seja de grande porte, projeto hidrossanitário, estrutural e de instalações hidráulicas e elétricas.

Saiba mais

n As empresas e faculdades instaladas na região são determinantes para a valorização dos imóveis

n O Conselho Regional de Engenharia e Agronomia está atento às obras irregulares

Page 9: Jornal do Cariri - 14 a 20 de Fevereiro

9REGIÃO DO CARIRI(CE), DE 14 A 20 DE FEVEREIRO DE 2012

Cidades

PREJUÍZO

Epidemia de dengue afasta doadores de sangue na regiãoIngrid Monteiro

O avanço dos casos confirmados da dengue está preo-cupando a popu-

lação de Juazeiro do Norte, e o agravante é o prejuízo causado às doações de san-gue. Os casos da doença do tipo hemorrágica aumentam a demanda de pacientes que precisam de transfusão san-guínea. Outro agravante é a chegada das festividades do Carnaval, época do ano em que os hospitais mais preci-sam de estoque de sangue. Para incentivar as doações, o Hemoce lança a campanha “Neste Carnaval, faça al-guém rir à toa. Doe sangue”.

O surto da dengue e outras epidemias típicas do período de chuvas fazem com que o número regular de doadores de sangue di-minua. As pessoas infecta-das pelo vírus transmitido pelo mosquito Aedes aegypti deverão aguardar um mês após a cura para doar. No caso de dengue hemorrági-ca, o tempo estende-se para seis meses. Além disso, neste período de proliferação do mosquito, há emergência na

transfusão de plaquetas, ne-cessária para salvar a vida de vítimas de hemorragia.

A coordenadora do núcleo de captação de doa-dores, Neirivan Sampaio, ex-plica que a demanda tem au-mentado com a instalação do Hospital Regional, que aten-de toda a região do Cariri. O hemonúcleo de Juazeiro pas-sou a atender 54 municípios, antes eram 26 cidades aten-

didas. Segundo ela, com esta modificação, a meta é atingir uma média de 1.400 doações por mês. Atualmente, o ban-co de sangue conta com 800 doações mensais.

Segundo a coordena-dora, houve uma queda no estoque no mês de Janeiro, devido à grande demanda durante as festas de fim de ano, apesar de 2011 ter apre-sentado um aumento signifi-

cativo de 5% nas doações em relação a 2010. “Temos inten-sificado a divulgação, quanto à importância da doação. A nossa preocupação é grande, sobretudo agora com o car-naval”, ressalta.

Para tentar aumen-tar seu banco de sangue, o hemonúcleo realiza coletas externas em empresas, ins-tituições, escolas, associa-ções e em outras cidades da

Bibliotecas precisam incentivar leituraSerena Morais

As bibliotecas públicas do Crajubar estão melhorando suas estruturas físicas e organi-zando cada vez mais os servi-ços prestados, mas ainda falta muito para que sejam conside-radas ideais. Isso porque todas ainda funcionam com sistemas manuais de empréstimo e ca-dastro de usuários, e não pos-suem um esquema funcional ativo de incentivo a leitura, que deveria ser uma das priorida-des dos governos municipais.

Na cidade do Crato, a população conta com duas ins-talações, a Biblioteca Pública do Crato, localizada no Complexo do Centro Cultural do Araripe, e a Biblioteca Luíz Cruz, situa-da no Rabo da Gata, bairro Alto da Penha. Segundo o coorde-nador da biblioteca pública, Cí-cero Antônio Gomes, o acervo de 15 mil livros está disponível para consulta, não sendo utili-zado o sistema de empréstimo, onde os leitores podem levar os livros para casa. O local possui um ambiente infantil, que ser-ve como atrativo aos pequenos, iniciantes na leitura. Por mês,

passam por lá em torno de 600 pessoas, que procuram as ins-talações para pesquisa e obter mais conhecimento.

Em Barbalha, a Biblio-teca Pública Municipal Padre Agostinho Mascarenhas, con-siderada de médio porte por conter a quantia de 4,5 mil livros, recebe mensalmente uma faixa de 300 pessoas. Na tentativa de ajudar ainda mais as pessoas que procuram a bi-blioteca para pesquisa, mas que não encontram lá o siste-ma de informática tão comum atualmente, eles mantém uma parceria com a Ilha Digital da cidade. A bibliotecária e coor-denadora da biblioteca pública da Barbalha, Maria Isabel Leal, fala que eles foram contempla-dos em dois editais da Bibliote-ca Nacional do Rio de Janeiro e vão receber quase 18 mil reais a serem gastos com livros de bai-xo custo. Além desses editais eles contam com livros doados pelo Governo do Estado e com a ajuda da população.

A bibliotecária, que tam-bém é coordenadora da biblio-teca do Centro Cultural Banco do Nordeste (CCBNB), em Ju-

azeiro do Norte, diz que não existe um projeto efetivo de divulgação em Barbalha, mas uma parceria com o CCBNB torna possível a promoção de eventos nas instalações. Isabel faz questão de falar sobre a im-portância de ter funcionários especializados e por isso estão com a proposta de contratar dois estagiários do curso de Biblioteconomia, da Universi-dade Federam do Ceará (UFC). “Os alunos precisam dessa ex-periência e a biblioteca carece de pessoas especializadas.” conta.

Como coordenadora da biblioteca pública de Barbalha e a do CCBNB, Isabel fala so-bre duas realidades diferentes. “Convivo com esses extremos todos os dias. No BNB é bem estruturado, informatizado e catalogado, como deveriam ser todas as bibliotecas”, comenta.

Em Juazeiro do Nor-te, a Biblioteca Pública Mu-nicipal Possidônio da Silva Bem passou por uma reforma recentemente, para troca do piso, e está sendo devidamente organizada pela bibliotecária Kátissa Galganea Rodrigues,

Engenharia Social vai auxiliar construções no Cariri

região. Em parceria com as faculdades, é promovido o Trote Solidário, momento em que os professores e calouros provam que a recepção aos novos alunos pode ir além da brincadeira e se tornar um exemplo de solidarieda-de. Os que não podem doar aproveitam para distribuir panfletos educativos nas ruas da cidade, convidando outros possíveis doadores.

Neirivan afirma que a

doação é um ato de cidada-nia. Cada bolsa de sangue pode salvar até três vidas. O estudante Isaac Macêdo sabe bem disso. Voluntário há um ano, ele reafirma a importân-cia de campanhas de incen-tivo a doações não só no pe-ríodo de festas, mas durante todo o ano. “É muito boa a sensação de estar contribuin-do para salvar a vida de uma pessoa que eu nem mesmo conheço”, declara.

Quem podedoar sangue?

Serviço:Hemonúcleo de Juazeiro do NorteRua Maria Beata de Araújo, 30 – Bairro RomeirãoTel: (88) 3102 1169 / 3102.1170As doações podem ser feitas de segunda a sexta-feira, das 7h00 às 17h30, e sábado, das 12h às 17h30.

Estar bem de saúde, pesar mais de 50 kg, portar docu-mento com foto e ter entre 16 e 68 anos. Os jovens com 16 e 17 anos de idade só poderão doar com a autorização dos pais ou responsável. O doador deve evitar ingerir bebida alcoólica 12 horas antes do procedimento, assim como alimentos gordurosos. Os homens podem doar até quatro vezes por ano, já a mulher apenas três doações anuais.

n A chegada do período carnavalesco sempre preocupa. Faltam bolsas de sangue

SAMUEL MACÊDO

Chagas Lima

O Tiro de Guerra é uma experiência surgida em 1902, quando o Exército bra-sileiro sentiu a necessidade de instalar, em áreas onde não existiam quartéis, ativi-dades voltadas ao civismo e patriotismo dos jovens. O objetivo dos TGs é estimular a permanência do jovem em seu lugar de origem, evitan-do seu deslocamento para os grandes centros urbanos. Contribuir também para que os jovens de determinadas regiões sejam difusores de civismo, patriotismo e cida-dania.

O slogan do Exército

é “Braço Forte e Mão Ami-ga”, tendo em vista as ações efetivas que realiza, bus-cando proteger a sociedade e dando apoio às comuni-dades carentes nas calami-dades públicas registradas durante intensas quadras invernosas. De acordo com o instrutor-chefe do Tiro de Guerra de Juazeiro do Nor-te, subtenente Wilberson de Souza Freitas, “messes períodos nossos atiradores trabalham ininterruptamen-te arrecadando donativos para ajudar as comunidades e muitas outras atividades, visando minimizar o sofri-mento de populações desa-brigadas”.

Atualmente, o Tiro de Guerra desenvolve diversos projetos sociais, entre eles, o Tempo de Brincar, atenden-do 110 crianças e adolescen-tes entre 7 e 17 anos, com práticas culturais e espor-tivas. Também há o projeto Comunidade em Ação, com atividades esportivas des-tinadas aos adultos. “Esse foi um projeto justamente implantado por nós aqui no Tiro de Guerra, objetivando promover essa integração com o pessoal da ativa e da reserva, colaborando bas-tante conosco durante os grandes eventos que aconte-cem em Juazeiro, como nas romarias. Esse pessoal da

reserva tem nos apoiado”, completa Wilberson.

Segundo o instrutor--chefe, todos os anos, quan-do os atiradores (soldados) ingressam no Tiro de Guer-ra, já começam a colaborar com atividades externas, como corridas ciclísticas, atletismo, ações comunitá-rias de pequeno, médio ou grande porte, entre muitas outras.

RemuneraçãoEm nenhum Tiro de

Guerra do Brasil, o atirador recebe remuneração. Ao per-ceber a dificuldade de mui-tos deles em se deslocarem de suas residências para o

quartel do Tiro de Guer-ra por falta de transporte, o subtenente Wilberson de Sousa Freitas procurou a ad-ministração pública munici-pal, buscando uma solução para o problema. “Fomos ao prefeito e ele foi sensível à nossa solicitação e elaborou um projeto social denomi-nado Bolsa-Atirador, onde o jovem recebe uma ajuda de custo no valor de R$ 50 mensais para despesas com transporte. É um valor sim-bólico que tem contribuído muito para motivar nossos soldados. Esse valor pode-rá ser reajustado a partir de março, passando para R$ 80”, explica. Ele afirma que

o comandante da 10ª Região Militar, general de Divisão Gerlado Gomes de Matos Filho, já fez diversas refe-rências elogiosas ao prefeito Manoel Santana, que como diretor do Tiro de Guerra, tem dado essa valiosa cola-boração.

Desde que foi implan-tado em Juazeiro do Norte, no ano de 1932, já passaram pelo Tiro de Guerra 1005, cer-ca de 10.500 atiradores. Atu-almente, uma média de 100 jovens prestam o serviço mi-litar, entre os meses de mar-ço e novembro, após serem submetidos ao processo de exames físicos e psicológicos do Exército.

Tiro de Guerra desenvolve projetos sociais com atiradores

SAM

UEL

MAC

ÊDO

primeira graduada do curso de Biblioteconomia do Campus da UFC no Cariri. Ela conta com a ajuda de mais duas es-tudantes do curso, na intenção de agilizar a organização das estantes, deixando os livros dispostos da maneira correta, para facilitar a busca dos leito-res e funcionários.

Apesar da reforma, muitos usuários continuaram

buscando a biblioteca, deixan-do claro o interesse de uma parte da população. Aprovei-tando a melhoria, o coorde-nador Franco Barbosa diz que farão divulgações sobre a refor-ma, para chamar a atenção das pessoas. “Recebemos equipa-mentos para instalar um Tele-centro (ilha digital), e o projeto para automação da biblioteca também foi aprovado, melho-

rando assim o atendimento”. Por mês, cerca de 1.500 leitores visitam a biblioteca, que possui um acervo com uma média de 20 mil livros. “Queremos au-mentar esse número para 2.500 com a reforma e os novos proje-tos”, diz a bibliotecária Kátissa, cheia de planos e projetos para incentivar a leitura na região, atividade que ainda carece de estímulos.

n Enquanto algumas bibliotecas estão organizadas, outras ainda precisam de reestruturação

Page 10: Jornal do Cariri - 14 a 20 de Fevereiro

REGIÃO DO CARIRI(CE), DE 14 A 20 DE FEVEREIRO DE 201210Cidades

Produtores rurais do Cariri reclamam falta de assistênciaWilson Rodrigues

O Crato foi sede da 1ª Conferencia Territorial de As-sistência Técnica e Extensão Rural. O evento aconteceu na Escola Agrotecnica Fede-ral com presença de aproxi-madamente 160 agricultores familiares, assentados, téc-nicos agrícolas, engenheiros agrônomos e representantes das empresas de assistência técnica de 28 municípios do Cariri. Pedro Lobo Soares, coordenador do Território da Cidadania na região, expli-cou que o objetivo foi propor diretrizes, estabelecer priori-dades e estratégias para inse-ri-las no programa de política nacional de assistência técni-ca e extensão rural com pro-postas e proposições para a reforma agrária. Segundo ele, o programa de reforma agrá-ria avançou muito no país nos últimos oito anos com a

inclusão de novas propostas e metodologias, porém muita coisa ainda precisa ser feita no tocante à criação de novas políticas públicas como, por exemplo, a questão da uni-versalização da assistência técnica às mais de 4 milhões de famílias de agricultores do país. No Ceará, disse ele, existem 350 mil agricultores familiares dos quais, aproxi-madamente 100 mil não rece-bem assistência técnica rural. No Cariri, existem 50 mil es-tabelecimentos de agricultura familiar e entre 20% e 30% também são desassistidos.

A Conferência do Cra-to foi a primeira de uma serie de três que vão ser realizadas nos territórios estaduais. “A próxima será na cidade de Crateús, com a idéia de pro-mover a descentralização das ações junto aos trabalhadores e sindicatos rurais”, disse o secretário do Desenvolvimen-to Agrário do Ceará, Nelson

Martins. Ele explicou que as propostas sugeridas ao Pro-grama Nacional de Assistên-cia Técnica Rural não serão feitas unicamente pela SDA e sim, pelos agricultores que vão ter que dizer como que-rem essa assistência e o de-senvolvimento sustentável.

ApoioNelson Martins citou

como exemplo a aquisição de 500 tratores pelo Governo do Estado, dos quais, 71 já foram entregues em todo o Estado e só no Cariri foram 14 uni-dades. O secretário destacou também o programa Leite Fome Zero como importante no incentivo ao produtor e, finalmente, a assiduidade na distribuição de sementes se-lecionadas. Esses indicadores fazem parte de um leque de ações assistenciais ao peque-no produtor rural, concluiu Nelson Martins, que frequen-temente visita a região.

Setor turístico recebe treinamento no CaririIngrid Monteiro

Além de importante pólo de peregrinação reli-giosa, a Região do Cariri é o lugar de maior visitação no interior do Ceará, por suas ri-quezas naturais e a variedade de produtos ofertados pelo comércio. Estima-se que entre visitantes, curiosos e devotos do Padre Cícero, somente a cidade de Juazeiro do Norte recebe anualmente cerca de 2,5 milhões de turistas.

Outras cidades como Barbalha é conhecida, em todo o país, pela tradicional Festa de Santo Antônio, ponto de encontro anual de mulhe-res solteiras. A manifestação religiosa atrai milhares de visitantes todos os anos para participação nos festejos. A região também é marcada por belas paisagens, variedade em espécies de animais e plantas. É o caso de Santana do Cariri, destacada pelo vasto sítio ar-queológico e suas reservas de fósseis de dinossauros.

Com tanto atrativo, a movimentação de turistas se intensifica a cada ano. Para

n Xxxxxxxx xxxxxxxxxxxxxxx

PREOCUPAÇÃO

Tráfico de drogas atrai outros crimes, afirma comandanteRaphael Barros

Se uma única palavra pudesse ser escolhi-da para sintetizar as preocupações do

comando do 2º Batalhão de Polícia Militar, ela seria “trá-fico”. Essa prática gera vários outros crimes, acredita o novo comandante do Batalhão se-diado em Juazeiro do Nor-te, tenente-coronel Hervano Macêdo Júnior. O desarma-mento também é outra frente de combate. Há uma grande preocupação da PM no senti-do de diminuir o número de homicídio, principalmente nos bairros que apresentam índices mais elevados.

O setor de estatística da Secretaria da Seguran-ça Pública e Defesa Social (SPDS) informa que o bairro João Cabral é o mais violento de Juazeiro. Neste ano, 25% dos homicídios do municí-pios aconteceram lá. Segundo o comandante, é necessário

fortalecer e capacitar os profis-sionais que atuam em setores turísticos na região, o Progra-ma de qualificação e aperfei-çoamento na área de gestão empresarial está reunindo empresários e gestores de tu-rismo do Cariri. O projeto, executado pelo SEBRAE, tem incentivo do Ministério do

voltar os olhos e ações para dentro do João Cabral, para que os homicídios diminuam. O bairro Frei Damião e San-ta Tereza, respectivamente segundo e terceiro mais vio-lentos, também apresentam autos índices de homicídios.

Os homicídios, geral-mente, estão vinculados com o tráfico de drogas. Tanto pela compra da droga e o não pagamento, quanto pela dis-

puta de território. Às vezes, existe um local de vendas de droga, conhecido como boca de fumo, e vem outra pessoa e se instala também para ven-der. Então ali é gerada uma rivalidade, havendo assim homicídio. “Nós vamos con-trolar de forma muito intensa e diuturna o tráfico de drogas, porque 90% dos homicídios, segundo os dados estatísti-cos, estão vinculados com o

tráfico de drogas”, informa comandante Macêdo.

Para combater os cri-mes, a população é uma arma eficiente. Como aconteceu em Russas, onde 55 pessoas foram presas em uma única ação da PM, com auxílio da Justiça, do Ministério Público e da comunidade. O coman-dante do 2º BPM argumenta que o morador de uma rua sabe quem é o traficante, está

no dia a dia ali, sabe mais do que o próprio policial. O importante é que o corpo de oficiais da PM visite os bair-ros, em reuniões mensais com as comunidades, para que se posa ouvir os reclames, as solicitações e, fundamenta-do nisso, direcionar as ações para atender as necessidades da população.

Mais policiamento para a zona rural (Coordena-da)

A zona urbana tem a cobertura do batalhão co-munitário, conhecido como Ronda do Quarteirão, mas o policiamento na zona rural está deficiente, pondera o comandante do 2º BPM, te-nente-coronel Macêdo. Para ele, o que houver de apoio do policiamento ostensivo geral, como carro, viatura do tipo moto, será utilizado para vi-sitar e fazer abordagens nos distritos de São Gonçalo, na Palmirinha, onde o Ronda não alcança.

Turismo e Governo do Esta-do do Ceará. O curso gratuito é voltado para proprietários, gerentes de hotéis, pousadas, restaurantes, locadoras, lojas e agências de viagem de Juazei-ro do Norte, Crato, Barbalha, Nova Olinda e Santana do Cariri.

As aulas foram inicia-

das no último dia 6 e seguirá até o mês de maio deste ano. Todos os participantes rece-bem ainda, de forma gratui-ta, uma consultoria nos seus estabelecimentos durante o curso. Segundo o consultor Stefano Figueiredo da em-presa Planotur, que executa o projeto junto ao SEBRAE, afir-

ma que o objetivo é fazer uma análise da empresa para que, em seguida, os empresários possam executar um plano de ação desenvolvido a partir do estudo de noções sobre lide-rança, estratégia, gestão finan-ceira, marketing, entre outros módulos.

Durante as etapas do

projeto, são realizados en-contros regionais com profis-sionais das distintas cidades beneficiadas. “Na ocasião, o participante poderá comparti-lhar as experiências e realida-de de cada empresa com todo o grupo”, explica Stefano, acrescentando que a data do encontro ainda não está defi-nida.

O projeto é realizado através da parceria com a Uni-versidade Regional do Cariri, Abrasel e Geopark Araripe. As aulas são realizadas nas segundas e terças-feiras na URCA em Crato, das 14h às 18h. No mesmo horário, nas quartas e quintas-feiras no SEBRAE em Juazeiro do Nor-te, local onde os interessados devem realizar a inscrição de forma gratuita. De acordo com a organização do curso, as pessoas que obterem 75% de participação nas aulas re-ceberão certificado para a em-presa.

SEBRAE – Juazeiro do Norte-CERua São Pedro, 193, CentroTel. (88) 3 512 3322

Informações:

Em Russas, onde Ma-cêdo também comandou o Batalhão de Polícia Militar, as viaturas iam aos distritos mais distantes, principalmen-te, no final de semana, para dar um apoio àquelas comu-nidades desamparadas, onde há escassez de policiamento.

Um concurso, com 3 mil vagas, será realizado no dia 23 de fevereiro para su-prir a necessidade de efetivo policial no interior. No pri-meiro momento, mil homens irão ocupar essas vagas em caráter de urgência. O secre-tário de segurança do Ceará, coronel Bezerra, e o coman-dante da Polícia Milita do Ce-ará, Werisleik Ponte Matias, garantiram que a distribuição de policiais será feita a partir da análise do índice criminal do municípios. Se a cidade realmente está sofrendo com a violência, vai receber uma concentração maior de poli-ciais, para que se possa suprir a necessidade da zona rural.

n O tenente-coronel Hervano Macêdo afirma que maioria dos homicídios tem ligação com drogas

n Empreendedores se reúnem para trocar experiências e aperfeiçoar conhecimento na área

n Agricultores de municípios da região esperam receber assistência técnica rural

SAMUEL MACÊDO

SAMUEL MACÊDO

Page 11: Jornal do Cariri - 14 a 20 de Fevereiro

11REGIÃO DO CARIRI(CE), DE 14 A 20 DE FEVEREIRO DE 2012

Social Cultura

Nosso querido colega Chagas Lima completa, nesse dia 14 de fevereiro, mais um ano de vida. Repórter do Jornal do Cariri, ele é exemplo de profissional. Felicidades!

Inaugurado em Juazeiro mais um empreendimento do casal Jeneeire e Aldemir. A On Line Concept chega ao Cariri trazendo um novo conceito em loja, marcas e atendimento. Uma das grandes responsáveis pelo sucesso da loja é a gerente executiva Germana Brito. Vale a pena conferir, pois tudo está de muito bom gosto. Sucesso!

FESTA

Minha querida amiga Mabel Bezerra comemorou mais um ano de vida com a família e amigos. A data foi comemorada com um almoço especial. Ela já está de malas prontas para curtir o carnaval em Recife, mais precisamente em Olinda. Parabéns e que Deus te abençoe!

ON LINE CONCEPTCAMAROTE BRAHMA

Um verdadeiro espetáculo o camarote promovido por Gilberto Ricarte e Leonor Leandro. Eles inovaram na última festa da banda de forró Garota Safada, no Parque de Exposição da cidade do Crato. Com o Camarote Premier Brahma, eles criaram um ambiente aconchegante e divertido, que contou inclusive com salão de beleza para um público selecionado, que curtiu a noite inteira. Foi o primeiro camarote de muitos que virão. Não percam os próximos. Já está agendado. Aguardem...

NIVER IO cantor e compositor Alcymar Monteiro aniversaria nesse dia 13 de fevereiro. Desejamos muita saúde e estamos no aguardo da confirmação de sua candidatura para a prefeitura de Juazeiro do norte. Aguardem!

FESTAS

Rafael Branco e Ary são os responsáveis pelas grandes festas da região. A última no parque de exposição do Crato teve um público recorde, que curtiu a noite toda ao som da banda Garota Safada. Foi bonito!

O espetáculos dos alunos do Centro de Artes Reitora Violeta Arraes da

Universidade Regional do Cariri mais uma vez desper-taram aplausos dos convida-dos. O projeto faz parte da IV Mostra didática de teatro, realizada de 3 a 12 de feve-reiro. Este ano, o evento con-tou com a parceria do Sesc de Juazeiro do Norte. Todas as noites, o centro de artes da Urca, localizado no bair-ro Pirajá, ficava lotado com a presença dos alunos do cur-so de Teatro e Licenciatura em Artes Visuais, como tam-bém com a presença de de-zenas de pessoas de outros bairros e cidades, que pres-tigiaram as performances dos artistas em formação. De acordo com a organização, a cada noite cerca de 150 pes-soas participaram do evento.

Cada espetáculo foi

Som instrumental com jeitinho caririense

montado por professores e estudantes de disciplinas práticas e teóricas. Segundo o professor do curso de tea-

tro João Dantas, para a for-mação da mostra, cada edu-cador definiu o roteiro que os alunos interpretariam,

sendo na maioria adapta-ções de obras e experimen-tos teatrais desenvolvidos em sala de aula. Segundo

Mostra de teatro é sucesso em Juazeiro do Norte

Sociedade em FocoPOR WALESKA MARROCOS [email protected]

Raphael Barros

A Chapada do Arari-pe é o local ideal para ver aquele verde desconcer-tante, encontrar amigos e conhecer música sem letra. Essa é a proposta do SESC Crato com o projeto Músi-ca ao Pôr-do-Sol, na Praci-nha do Cruzeiro, no bairro Seminário, realizado no 2º sábado de cada mês. A in-tenção é difundir música de qualidade em espaço aberto e público.

Sábado, 11/02, o evento aconteceu como de costume, dessa vez com o instrumentista Ranier

Oliveira. Para o músico, é uma oportunidade impor-tantíssima de apresentar esse tipo de música que não é tão popular, tão ou-vida quanto as outras. Todo tipo de pessoa apre-ce para ver o show, não é um show apenas para mú-sicos. “Os músicos tam-bém vão porque gostam da música instrumental, mas outras pessoas que não conhecem direito o es-tilo também vão ao evento, passam a conhecer e gos-tam do que estão ouvindo. Elas querem conhecer um novo trabalho, uma músi-ca diferente”, esclarece.

O projeto Música ao Pôr-do-Sol acontece na Pracinha do Cruzeiro, no bairro Seminário (no alto da ladeira da integração), Crato, no 2º sábado de cada mês, às 17h.

Serviço

Tráfico de drogas atrai outros crimes, afirma comandante

NIVER II

No repertório, qua-tro músicas de sua auto-ria, mais uma boa dose de Sivuca e Hermeto Pascoal. Teve um pouco de tudo: samba, baião, xote, ciran-da e frevo. Foi um show de música brasileira, bem a cara da gente daqui, como disse Ranier. O mú-sico, tocando acordeon e piano, foi acompanhado por Demontier Delamone na bateria e Marcelo Ran-demarck no baixo.

O primeiro evento aconteceu dia 09 de setem-bro de 2011 com Marcelo Randemarck. Em segui-da, no mês de outubro, foi

a vez do público escutar João Nicodemos e Lucia-no Magno. Dihelson Men-donça comandou o espetá-culo em dezembro. Com a última apresentação acon-tecida no sábado, o projeto está na 5ª edição.

o professor, o evento é uma oportunidade para que to-dos possam colocar em práti-ca os ensinamentos adquiri-dos, assim como consiste em uma maneira de identificar novos talentos.

Os alunos aprovaram a proposta, principalmente em relação ao espírito em equipe desenvolvido du-rante a construção das pro-duções. “Os trabalhos foram corridos, mas muito produ-tivos. A mostra proporcio-na novas experiências, pois lidamos com outro tipo de público, a fim de podermos apresentar os nossos traba-lhos”, declara a estudante Sandra Araújo, que partici-pou do espetáculo “Marta, a Arvore e o Tempo”, compos-to por fragmentos da obra dramática de Jorge Andrade.

O teatro Patativa do Assaré, localizado no Sesc de Juazeiro, sediou a apresen-tação de O Rinoceronte, no

último dia 7. Na ocasião, o público pode assistir à genial interpretação de um clássi-co do dramaturgo francês Eugène Ionesco, famoso por suas peças sobre a solidão e existência do homem. Os de-mais espetáculos foram rea-lizados no próprio centro de artes.

A mostra se revelou em um cenário repleto de boas produções artísticas. Representações teatrais con-tagiaram os participantes, como “Fique aqui: comigo”, encenações desenvolvidas a partir de improvisação do elenco. A “Segunda Pele”, criações a partir da obra “Água viva”, da autora Cla-rice Lispector e “Pedaços de Mim e de Outros”, ins-pirada na obra de William Shakespeare. A cada inter-valo, alunos de artes visuais reproduziam os seus vídeos produzidos ao longo do se-mestre.

ARTES CÊNICAS

Page 12: Jornal do Cariri - 14 a 20 de Fevereiro

A FOGO E FERRO O campeonato cearense segue

dentro da normalidade. A campanha do Horizonte não é surpresa, pois a diretoria do clube manteve

a base da equipe. Ceará e Fortaleza, pelo suporte financeiro que tem, e por outras razões, são favoritos para as semifinais. Se o Horizonte continuar jogando o mesmo futebol, garante uma vaga. A outra vaga será disputada a fogo e ferro por Crato, Guarani de Sobral, Guarani de Juazeiro e Icasa; os que não foram citados são os azarões.

CATEGORIA DE BASE Alguns clubes do futebol cearense estão promovendo

garotos das categorias de base. No Icasa, Olavo, Bismack e Diogo França estão aos poucos adquirindo experiência. No Crato Esporte Clube, o garoto Guido desponta como uma grata revelação. No Ceará, que há muito tempo não dava vez à prata de casa, o jovem Romário está mostrando que a solução pode ser caseira.

SITUAÇÃO VEXATÓRIA A torcida do Icasa está impavorosa com a situação atual

do time. A queda para a série C afugentou as empresas que poderiam, através de patrocínios, dar o suporte financeiro para que o clube pudesse contratar jogadores de nível. Com dinheiro curto, o clube faz uma péssima campanha no certame cearense. A diretoria do clube, dentro das limitações, está tentando de todas as maneiras encontrar a solução para tirar o time dessa situação vexatória.

PRÁTICA ABUSIVAExistem dois tipos de treinadores: o demitido e o que

será demitido. Dos doze clubes que disputam o campeonato cearense, sete treinadores já foram demitidos, e com certeza mais cabeças rolarão. Os treinadores consagrados, além da fortuna que ganham, ainda amarram os contratos com multas rescisórias altíssimas. Já os treinadores de times pequenos confiam nas palavras dos dirigentes, e na terceira derrota são mandados embora sem nenhuma consideração. Está na hora dos professores, assim eles são chamados pelos atletas, se unirem para dar um basta nessa prática abusiva.

POLÍTICA E FUTEBOLAssim como a política, em Juazeiro, nenhuma liderança

nova foi revelada. Nesses últimos vinte anos, o futebol tomou o mesmo caminho. Zacarias Silva e Kleber Lavor já estão cansados da luta de tanto carregar esse futebol nas costas. Zacarias Silva afastou-se do Icasa por tempo indeterminado, para dedicar-se à sua empresa, que estava acéfala. Kleber Lavor, que hoje é diretor de esporte do Guarani, admite que poderá buscar outro centro para mostrar seu talento na descoberta de novos valores, após o campeonato cearense.

“O tiro é um esporte como qualquer outro”

Azulão se aproxima dos líderes, mas Icasa e Guarani ainda sofrem

Raphael Barros

Pela procura de quem queria atirar e não sabia, surgiu o Clube de Tiro Jaguar em Jua-

zeiro do Norte. Instrutor de tiro credenciado pelo Exército Bra-sileiro e pela Polícia Federal, o presidente do clube, Maycon Machado da Silva, resolveu em 2011 dar aulas aos interessados em tiro esportivo. Atualmen-te, são 65 atiradores também registrados pelo Exército que praticam a modalidade e estão se preparando para participar

de campeonatos.Segundo Maycon, a

prática serve para o despor-tista tirar as tensões do dia a dia, como qualquer outro es-porte, o futebol, por exemplo. “É uma coisa nova na região do Cariri, é muito prazero-so, aconselho a quem nunca praticou experimentar, para saber como funciona, é muito seguro”, explica. O curso para iniciantes dura dois dias, ge-ralmente sábado e domingo, e cada inscrito tem direito a 50 tiros. A pessoa não precisa ter equipamento, o clube fornece

os equipamentos de prote-ção individual (EPI), óculos e protetor auricular, conhecido como abafador, além da arma e da munição.

Para se inscrever no curso e participar do grupo, é preciso o interessado levar RG, CPF, foto e certidão ne-gativa de antecedentes crimi-nais. Posteriormente, a do-cumentação é encaminhada à 10ª Região Militar em For-taleza para que o aluno rece-ba o Certificado de Registro, emitido pelo Exército, e se torne atirador. No Clube de

Tiro Jaguar os membros pa-gam anuidade de 250 reais e as munições que gastam, R$ 1,50 cada.

Os times do Cariri iniciaram o Cam-peonato Cearense com muita deter-

minação. Durante algumas partidas, o Crato esteve muito próximo dos líderes, mas no decorrer da disputa, o rendi-mento do clube do Mirandão caiu, assim como das equipes de Juazeiro, Guarani e Icasa. Apenas agora, depois de dois empates e uma derrota, o Cra-to voltou a vencer.

Com mais da metade da primeira etapa da competi-ção estadual adiantada, o clu-be com mais chances de clas-sificação é o Crato, com 54% de aproveitamento nos jogos. O Leão do Mercado e o Verdão do Cariri estão com rendimen-to abaixo de 50%: 41 e 33, res-pectivamente.

O Azulão está à fren-te das outras equipes regio-nais desde o início do cam-peonato, com três vitórias, quatro empates e uma única derrota, para o Horizonte. Ainda restam muitos jogos para o Crato confirmar a boa campanha e lutar defi-nitivamente para conquistar o título cearense de 2012. A equipe está motivada e em-

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12 REGIÃO DO CARIRI(CE), DE 14 A 20 DE FEVEREIRO DE 201

Esporte

ATIVIDADE

O Clube de Tiro Jaguar fica na rua José Francisco Nascimento, 567, Betolân-dia. Aberto de segunda a sexta, das 7h30 às 17h, oca-sionalmente aos sábados e domingos, quando os asso-ciados marcam horário. Te-lefone: 3572-0776.

Serviço

SAMUEL MACEDO

balada com a goleada sobre o Itapipoca, de 3 a 0.

O Guarani já oscilou bastante até aqui, acumulan-do três vitórias, um empate e quatro derrotas. Apesar de ter a mesma quantidade de vitórias que o Azulão, perdeu mais, e está na sétima colocação na tabela de classificação. A vitó-ria obtida no último jogo, 3 a 2 contra o Ferroviário, reanima a

torcida.Já no Icasa, as coisas es-

tão difíceis. A derrota vexatória do último jogo, 5 a 0 aplicado pelo Horizonte, mostrou o que torcida e dirigentes já sabiam. Não há entrosamento e, mesmo quando algumas jogadas dão certo, o gol não sai. Os chutes param na defesa, na trave ou encontram as mãos do goleiro. Não bastasse a ineficiência do

ataque, a defesa parece estar sem pernas e desorganizada. O ataque adversário escolhe por qual lado da área quer entrar e concretiza a vitória. O novo balde de água fria deixou a tor-cida revoltada. Não chegaram reforços de peso, as contas do clube estão apertadas e a so-lução para o problema parece cada vez mais distante. Supe-ração é a palavra de ordem.