jornal dermatológico - sbd-resp

24
Publicação da Sociedade Brasileira de Dermatologia Regional do Estado de São Paulo Dermatológico Jornal J D Ano 26 | JUL / AGO 2010 Número 160 NESTA EDIÇÃO 02 Editorial 04 Ombudsman 12 Eventos 21 Distritos 22 Agenda 24 Humor 08 ENTREVISTA Começam os preparativos para o Congresso de 2013 da SBCD, em Campos do Jordão. 14 PERSONA Dr. Maurício Alchorne, mais de meio século à serviço das boas causas da Dermatologia. 18 ELEIÇÕES Chapa 1, Somar e Avançar, vence as eleições para a nova Diretoria da SBD-RESP, Gestão 2011. 20 RADESP Radesp aumenta a procura por hotéis “Quem não se comunica, se trumbica!”, proclamava Abelardo “Chacrinha” Barbosa, em um de seus bordões, popularizado em programas de rádio e de televisão, que atraiam milhões de pessoas e batiam recordes de audiência. As modernas técnicas de publicidade são instrumentos eficazes para levar a informação a todos mas, mesmo legítimas, podem induzir as pessoas a erros, ou a decisões estimuladas por modismos alavancados por marqueteiros. A profissão médica não está à margem neste cenário e, num mundo onde a exposição pública é maximizada pela internet, a banalização de certos procedimentos e a sua exploração por interesses mercantilistas, tem preocupado as entidades profissionais. O tema foi enfocado pelo Dr. Airton Gomes (foto acima), do Conselho Regional de Medicina do Estado de São Paulo (Cremesp) durante a Jornada de Cosmiatria da SBD-RESP, realizada em julho no Fecomércio, para uma audiência de cerca de mil participantes. A publicidade médica Dr. Airton Gomes E a atenta platéia da Jornada LEIA TAMBÉM 06

Upload: rodolpho-fleischer

Post on 20-Mar-2016

223 views

Category:

Documents


3 download

DESCRIPTION

Job: Jornal Dermatológico Cliente: SBD-RESP

TRANSCRIPT

Page 1: Jornal Dermatológico - SBD-RESP

Publicação da Sociedade Brasileira de DermatologiaRegional do Estado de São Paulo

Dermatológico

Jornal

J

D

Ano

26

| JU

L /

AGO

201

0

Núm

ero16

0

NESTA EDIÇÃO02 Editorial

04 Ombudsman

12 Eventos

21 Distritos

22 Agenda

24 Humor

08 ENTREVISTA Começam os preparativos para o Congresso de 2013 da SBCD, em Campos do Jordão.

14 PERSONA Dr. Maurício Alchorne, mais de meio século à serviço das boas causas da Dermatologia.

18 ELEIÇÕES Chapa 1, Somar e Avançar, vence as eleições para a nova Diretoria da SBD-RESP, Gestão 2011.

20 RADESP Radesp aumenta a procura por hotéis

“Quem não se comunica, se trumbica!”, proclamava Abelardo “Chacrinha” Barbosa, em um de seus bordões, popularizado em programas de rádio e de televisão, que atraiam milhões de pessoas e batiam recordes de audiência. As modernas técnicas de publicidade são instrumentos eficazes para levar a informação a todos mas, mesmo legítimas, podem induzir as pessoas a erros, ou a decisões estimuladas por modismos alavancados por marqueteiros. A profissão médica não está à margem neste cenário e, num mundo onde a exposição pública é maximizada pela internet, a banalização de certos procedimentos e a sua exploração por interesses mercantilistas, tem preocupado as entidades profissionais. O tema foi enfocado pelo Dr. Airton Gomes (foto acima), do Conselho Regional de Medicina do Estado de São Paulo (Cremesp) durante a Jornada de Cosmiatria da SBD-RESP, realizada em julho no Fecomércio, para uma audiência de cerca de mil participantes.

A publicidade médica

Dr. Airton Gomes E a atenta platéia da Jornada

LEIA TAMBÉM

06

Page 2: Jornal Dermatológico - SBD-RESP

J

D

0� Jornal Dermatológico

No meio do caminho

EDITORIAL

C ompletada a metade do período de nossa gestão à frente da SBD-RESP, encaminhamo-nos, neste mês de setembro, para a etapa final que

irá completar a viagem que, neste estágio, deixa-nos con-fiantes de que estamos cumprindo uma parte importante dos compromissos assumidos.

O balanço do caminho percorrido permite aferir a bús-sola para o restante da jornada, com ênfase na meta de aproximação e de valorização dos Serviços Credencia-dos e dos Distritos Dermatológicos. No âmbito desta estra-tégia, realizamos a bem sucedida 135ª Jornada Derma-tológica Paulista, no HC da FMUSP, com apresentação e discussão de casos clínicos cuja qualidade veio a coroar o empenho e a dedicação da nossa Comissão Científica e daquele Serviço de Dermatologia, que se uniram para a realização desta Jornada. Agradecemos a dedicação dos Drs. Evandro Rivitti, Cyro Festa Neto e Valéria Aoki, cujos esforços foram decisivos para o sucesso alcançado.

Este evento marcou, também, uma homenagem ao Dr. Rivitti que, ao final deste ano, encerrará sua extensa e mar-cante carreira como chefe do Departamento de Dermatologia da FMUSP, cargo que ocupa desde 1989. Foi, também, uma oportunidade para renovarmos a nossa saudação ao Dr. Cyro Festa Neto por sua ascensão à posição de maior relevo do magistério, como professor titular da FMUSP. O Professor Rivitti foi o criador das Radesp, tendo presidido a primeira, há 15 anos, e será o presidente de honra da 15ª Radesp, completando-se, desta forma, as merecidas homenagens que prestaremos a este mestre da Dermatologia paulista.

É importante destacar que, tanto a jornada do HC, quan-to a Jornada de Cosmiatria da SBD-RESP, que realizamos em julho, foram enriquecidas com a apresentação de casos clínicos ao vivo e, no caso da Jornada, com o painel terapêu-tico ao vivo (PTV), que significou um marco em nossas ativi-dades científicas, com qualidade de transmissão excelente, graças ao empenho e a competência dos Drs. Ricardo Shi-ratsu e Carlos Roberto Antonio que organizaram o painel.

A Jornada de Cosmiatria, com mais de mil inscritos, mostrou a importância deste evento e deverá firmar-se na agenda de atividades científicas da SBD-RESP, a julgar pelo retorno posi-tivo que recebemos de nossos associados e, também, das em-

presas apoiadoras. Nosso compromisso

de destacar os Distritos Dermatológicos e os Ser-viços Credenciados, que teve início com os CEMC-D e jornadas realizadas no interior do Estado, em Ribeirão Preto, prosseguirá, em outubro, com o 8º CEMC-D e a 136ª Jornada na Santa Casa de São Paulo e, em novem-bro, no Vale do Paraíba, para culminar, em dezembro, com a 15ª Radesp, em Campinas, que promete ser a mais concor-rida reunião já realizada pelos dermatologistas paulistas.

Este esforço bem sucedido no sentido de levar a SBD-RESP para perto do associado tem permitido a abertura de espaços e o devido destaque para os serviços e, em consequência, revelado a pujante atividade científica que tem sido desenvolvida em instituições que se debruçam sobre a pesquisa dermatológica em nosso estado.

Estamos também com, praticamente, tudo pronto para a realização de nosso maior evento anual, a Radesp, com uma lista de palestrantes renomados que trarão suas con-tribuições, tanto no conteúdo científico, quanto na prática diária, para enriquecimento do saber dos especialistas.

Aproveitamos para dizer que, também a parte social, será contemplada com um show de alta qualidade que marcará de forma inesquecível a nossa Radesp debu-tante. Destacamos o apoio da indústria farmacêutica às nossas iniciativas, que tem permitido a ampliação de benefícios aos associados, entre eles a manutenção das CEMC-D gratuitas, bem como a realização das jornadas com taxas de inscrição subsidiadas.

Finalmente, queremos registrar a conclusão do pro-cesso eleitoral para a renovação da Diretoria da SBD-RESP, para a Gestão 2011, que teve uma expressiva participação dos associados. À chapa eleita, presidida pelo Dr. Mauro Enokihara, atual Coordenador Científico da Regional, estendemos os nossos cumprimentos e mani-festamos a convicção de que saberão prosseguir esta caminhada de 40 anos, com novas conquistas relevantes para a Dermatologia de São Paulo.

Dr. Joel Carlos Lastória

Dr. Joel Lastória

Page 3: Jornal Dermatológico - SBD-RESP
Page 4: Jornal Dermatológico - SBD-RESP

J

D

0� Jornal Dermatológico

OMBUDSMAN

A Democracia é a pior forma de governo, ex-cluindo-se todos os outros métodos que já foram experimentados”.

A frase é de Winston Churchill, em discurso ao Parla-mento britânico, em 1947. O que o líder que conduziu a Inglaterra na II Guerra disse, em síntese, foi que, com todos os defeitos que conhecemos amplamente, ainda não se criou um regime de governo melhor. Vamos, portanto, exercê-lo e extrair o que ele tem de bom.

Uma das virtudes mais importantes da Democracia e que a diferencia de outros métodos de gestão é, jus-tamente, permitir a participação de todos. É um grave equívoco distanciar-se do processo, a pretexto de protes-tar contra as mazelas praticadas por alguns maus re-presentantes populares e lamentar, depois, a baixa re- presentatividade do Congresso e escandalizar-se com os espetáculos de degradação expostos pela média. Mui-tas vezes, temos lavado as mãos e não participamos do processo democrático, para alegria dos oportunistas.

Faz parte do bom exercício da cidadania a mo-bilização permanente. Tivemos, no mês passado, um exemplo eloquente desta prontidão dos dermatologis-tas no processo eleitoral de nossa Regional, quando a maioria dos associados compareceu às urnas para vo-tar. Trata-se de um fato marcante, diante da não obri- gatoriedade do voto e da forma, até então em vigor, de remeter-se a cédula eleitoral pelos Correios, situa-ção que mudará para melhor a partir das próximas eleições com a possibilidade de votar pela internet.

Nossa comunidade mostrou que está consciente da importância do envolvimento em ações de inte-resse da coletividade. As últimas lideranças que temos escolhido não nos têm decepcionado. Na esfera dos interesses dos dermatologistas vemos, por exemplo, a intensa atividade da Dra. Bogdana Victória Kadunc, que assumirá a presidência da SBD em 1º de janeiro próximo, a articular-se, com outros companheiros, em torno da defesa da identidade do dermatologista em

sua dimensão maior, clínica, cirúrgica e cos-miátrica. A ação da Dra. Bogdana, e de outros, junto ao Conse- lho Federal de Medi-cina visando a incluir todas as áreas de atu-ação nos currículos exi-gidos da residência é, também, um trabalho político.

No campo mais amplo da ação partidária, temos muitos médicos no Congresso, nas câmaras estaduais e municipais e nos executivos. Mas, em sua maioria, estes médicos não vestem o jaleco da profissão e alinham-se em outras bancadas de interesse.

E a “bancada dos médicos”? Tivemos, no pas-sado, médicos que atuaram brilhantemente na políti-ca, tanto no legislativo, quanto no executivo e nas entidades de classe, como o Dr. Nélson Proença, que nos honrou com a sua postura pública, reconhe-cida por todos os cidadãos pelas contribuições que deu para o aprimoramento das instituições.

No Congresso atual temos apenas um represen-tante da “bancada dos médicos”: o Dr. Eleuses Pai-va. É preciso fortalecer esta representavidade, reele-gendo o Dr. Eleuses e estimulando outros legítimos porta vozes da classe a participar.

É assim que funciona o sistema democrático, no Congresso, nos parlamentos regionais, no executivo e nas associações de classe. Se os bons cidadãos não assumirem a liderança deste processo, os maus estarão sempre à espreita para colher, em benefício próprio, as vantagens do sistema democrático. Va-mos, portanto, manter a mobilização para construir uma representatividade sólida, no poder público e nas entidades de classe.

O exercício da Democracia

Dr. Fernando Almeida

Dr. Fernando Almeida

Page 5: Jornal Dermatológico - SBD-RESP

C

M

Y

CM

MY

CY

CMY

K

3345_AN_10.ai 1 175.00 lpi 15.00° 7/28/10 3:09 PM3345_AN_10.ai 1 175.00 lpi 75.00° 7/28/10 3:09 PM3345_AN_10.ai 1 175.00 lpi 0.00° 7/28/10 3:09 PM3345_AN_10.ai 1 175.00 lpi 45.00° 7/28/10 3:09 PMProcess CyanProcess MagentaProcess YellowProcess Black

Page 6: Jornal Dermatológico - SBD-RESP

J

D

06 Jornal Dermatológico

CAPA

A credibilidade e o prestígio da profissão médica vêm sendo construídos ao longo dos

séculos e seus atributos mais nobres re-sistem ao tempo e ao crescimento das técnicas de marketing modernas e do poder da mídia.

Pesquisas realizadas por veículos de imprensa a respeito da credibilidade de profissionais e de instituições têm, invari-avelmente, colocado o médico no topo da escala. “A credibilidade é a melhor publicidade. Isto tem de ser preservado por todos”, resumiu o Dr. Airton Gomes, delegado do Cremesp para uma platéia de cerca de mil dermatologistas que participaram da Jornada de Cosmiatria da SBD-RESP, em São Paulo, no final de julho último.

É importante, entretanto, como salientou o re-presentante do Cremesp, separar a legítima divul-gação de temas médicos, que são do interesse da população, da publicidade para ganhos pessoais. “Transmitir informação é dever do médico. A ma-téria jornalística de caráter científico, com o nome, o CRM e a especialidade do médico, é legítima e de interesse público. Mas, a mesma matéria, com o endereço, telefone e e-mail do médico, é publi-cidade”, sintetizou o Dr. Airton, para traçar a linha tênue que separa o joio do trigo. Ele destaca que os médicos, nas entrevistas que concedem à imprensa, devem procurar orientar os jornalistas sobre questões que envolvem a ética médica e como tratá-las em suas reportagens.

A comunicação moderna, através das ondas da web, precisa ser olhada com crescente atenção pe-

A melhor publicidade para o médico é a sua credibilidade

los médicos, como salientou. Lembrou, contudo, o poderoso instrumento de acesso à informação que a internet oferece, ao destacar que, pesquisas com es-tudantes de Medicina sobre suas fontes de informa-ção, mostram que os futuros médicos valem-se deste meio eletrônico, em primeiro lugar, quando buscam acesso a assuntos científicos.

Embora o caráter universal e democrático da in-ternet abra acesso irrestrito para a divulgação de tudo o que se possa imaginar pela mente humana, o Dr. Airton mencionou a importância desta mídia para permitir o acesso, por exemplo, a bibliotecas e a revistas especializadas de todo o mundo através de sites como os do Conselho Federal de Medicina, Cremesp, SBD e outras entidades. “A telemedicina é outro intrumento valioso que a rede mundial nos propicia”, destacou.

Outro ponto sensível da profissão, a relação do médico com a indústria farmacêutica, foi lembrado pelo representante do Cremesp, ao destacar a posição da Anvisa que veda ações de apoio individual por

Dr. Airton Gomes, delegado do Cremesp, fala para uma platéia de cerca de mil pessoas na Jornada de Cosmiatria

Page 7: Jornal Dermatológico - SBD-RESP

J

D

Jornal Dermatológico 0�

parte dos laboratórios, como o pagamento de via-gens para participação em congressos, e sugere que ofertas deste tipo sejam encaminhadas às entidades de classe para uma destinação que seja do interesse de toda a comunidade. Mas lembrou que o médico pode ser contratado como speaker por um laboratório para relatar pesquisas, ou experimentos com novas drogas, desde que o faça com transparência e com a devida declaração de conflito de interesse.

Outra armadilha a evitar são os programas popu-lares da mídia, principalmente de rádio e televisão, que convidam médicos para ‘atender’ o público, criando situações que podem ser constrangedoras. “Para fazer o bom atendimento há uma metodologia que o médico conhece e que deve ser seguida, evi-tando-se o ‘atendimento de corredor’ e situações que podem facilmente trazer para o profissional o risco de ser leviano”, alerta.

O Dr. Airton lembra que estes programas midiáti-cos de “aconselhamento” procuram atrair, mais fre-quentemente, os cirurgiões plásticos e os dermatolo-gistas, pois o “culto à beleza é parte de uma cultura universal da sociedade”. Lembra que o Brasil é o se-gundo país do mundo em número de cirurgias plásti-cas. Entretanto, alerta, o desejo legítimo pela boa aparência pode abrir caminho para o mercantilismo e para a divulgação de métodos mágicos e aces-síveis ao cidadão comum. “O Dermatologista, como o profissional que conhece e trata a pele, é o mais credenciado para recomendar as técnicas adequa-das para as pessoas, orientando-as e promovendo a Cosmiatria também pelos seus efeitos protetores.”

“Não se pode, entre outras coisas, anunciar par-celamento de honorários para procedimentos médicos, ou planos de pagamentos para, por exemplo, cirur-gias plásticas ou tratamentos estéticos, como tem sido constatado pelos órgãos de fiscalização”, advertiu o Dr. Airton. Outra prática que fere a ética médica é a demonstração dos efeitos de procedimentos, do tipo “antes” e “depois”. Mostrou exemplos de anúncios de promoções, identificadas pela fiscalização do Cremesp em veículos de comunicação e, até, em panfletos, com ofertas de “oportunidades” que “causam vergonha”.

Mas, como lembrou, a propaganda descabida e

enganosa, não é um fato novo, pois anúncios publi-cados no jornal O Estado de S. Paulo, já em 1909, apregoavam resultados miraculosos, mas inverossí-meis, de produtos e de tratamentos médicos.

Em resumo, não há nada que o bom senso e o equilíbrio, fruto do discernimento, não possam evitar, em se tratando de publicidade médica. Entretanto, como lembrou o palestrante, em caso de dúvidas, é aconselhável a consulta à Comissão Permanente de Divulgação de Assuntos Médicos, Codame, man-tida pelos Conselhos Regionais de Medicina, que poderão emitir pareceres e dirimir questões sobre a publicidade de assuntos médicos.

É vedado ao médico:a) anunciar que trata de sistemas orgânicos, órgãos ou doenças específicas, por induzir a confusão com divulgação de especialidade; b) anunciar aparelhagem de forma a que lhe atribua capacidade privilegiada;c) participar de anúncios de empresas ou produ- tos ligados à Medicina; d) permitir que seu nome seja incluído em propa- ganda enganosa de qualquer natureza; e) permitir que seu nome circule em qualquer mí- dia, inclusive na internet, em matérias desprovi- das de rigor científico; f) fazer propaganda de método ou técnica não aceitos pela comunidade científica;g) expor a figura de paciente seu como forma de divulgar técnica, método ou resultado de trata- mento, ainda que com a autorização expressa deste, ressalvado o disposto no artigo 10 desta resolução; h) anunciar a utilização de técnicas exclusivas;i) oferecer seus serviços através de consórcio ou similares; j) garantir, prometer ou insinuar bons resultados do tratamento.Fonte: Artigo 3º da Resolução 1.701/2003 do CFM

Page 8: Jornal Dermatológico - SBD-RESP

J

D

0� Jornal Dermatológico

ENTREVISTA

O Dr. Sérgio Schalka, diretor tesoureiro da SBD-RESP, foi eleito presidente do Congres-so Brasileiro de Cirurgia Dermatológica de

2013, que se realizará em Campos do Jordão. A ci-dade foi escolhida para sede do principal evento na-cional da SBCD num processo onde outras cidades brasileiras foram, também, avaliadas. O Dr. Schalka apresentou a cidade serrana paulista, cuja escolha deu-se em eleição do Conselho Deliberativo da enti-dade em abril último. Embora a data pareça ainda distante e com dois congressos que ocorrerão antes de Campos do Jordão, os organizadores já puseram em marcha o longo processo de construção do even-to, que deverá reunir cerca de 2 mil especialistas.

O próximo congresso da SBCD, em abril de 2011, será realizado em Curitiba e, o de 2012, em Brasília. E por que começar agora o de 2013?

“A procura de locais para eventos que sejam ca-pazes de abrigar dois mil congressistas, numa mes-ma sala, é muito grande em São Paulo. O Centro de Convenções de Campos do Jordão, por exemplo , tem muitas datas já ocupadas para 2012”, o Dr. Schalka justifica. O retorno a Campos do Jordão resultou do sucesso do Congresso de 2008, também realizado naquela cidade, que encantou os participantes.

“Campos tem uma localização privilegiada, a meio caminho entre o Rio e São Paulo. Está a menos de duas horas do aeroporto de Guarulhos, conta com infraestrutura, centro de convenções e hotelaria adequados para o público crescente, e exigente, da

cirurgia dermatológica”, diz o Dr. Schalka. Para o público ao qual se destina, o congresso

deve ser tratado como um sistema, onde o núcleo é representado por uma informação científica de quali-dade e, em torno do qual orbita uma série de ativi-dadades sociais e culturais voltadas para promover a aproximação e a integração dos congressistas e de suas famílias.

Trata-se, portanto, de uma tarefa que exige arte para unir o útil, representado pelo conteúdo cientí-fico, ao agradável, composto pelos atrativos que vão de jantares de confraternização, a shows, atividades esportivas que ajudam a aproximação entre os par-ticipantes, fora das salas de reunião.

A engenharia destes eventos demanda a dedica-ção de tempo e a aplicação de recursos, num desafi-

São Paulo sediará Congresso da SBCD em 2013

Dr. Sérgio Schalka

A arte de unir o útilao agradável

Page 9: Jornal Dermatológico - SBD-RESP

J

D

Jornal Dermatológico 0�

ador quebra-cabeças onde centenas de pontas pre-cisam ser amarradas, de forma harmoniosa e com alto grau de profissionalismo, com estratégias para captação de investimentos junto aos patrocinadores, que incluem a indústria farmacêutica, fornecedores de equipamentos médicos e de serviços, além de reservas de espaços, convites a palestrantes e outras ações que têm de ser previstas antecipadamente.

“As taxas de inscrição cobradas para estes grandes eventos cobrem apenas uma fração dos custos. O restante tem de ser obtido junto aos patrocinadores”, calcula o Dr. Schalka.

O Congresso da SBCD tornou-se o segundo maior evento da Dermatolo-gia brasileira, depois do Congresso Brasileiro de Dermatologia. O último congresso da SBCD, no Rio, por exemplo, teve 2200 participantes.

“Esses grandes eventos exigem uma logística com-plexa, envolvendo infraestrutura, hospedagem, pas-sagens aéreas, turismo. Os congressos nacionais pressupõem que os membros da comissão cientifica representem as várias regiões do país, o que resulta numa programação bastante diversificada”, lembra o Dr. Schalka.

As estratégias desses congressos demandam que os organizadores se debrucem sobre o cenário mais amplo da Dermatologia visando a antecipar tendên-cias e identificar metas a serem alcançadas. Esta visão de futuro é necessária para que o congresso lance luzes sobre o que está à frente e não seja apenas um

espelho retrovisor de avanços já conquistados. O Dr. Schalka menciona que estes cenários foram

debatidos na última reunião de Conselho da SBCD com o objetivo de desenhar o que a comunidade espera dos próximos congressos de cirurgia derma-tológica. Uma das definições importantes para os eventos da SBCD, é a manutenção do conceito de sala única, uma característica que não se observa em outros congressos.

“A SBCD tem uma visão bastante qualificada de seu congresso e decidiu seguir um rumo seme-

lhante ao da SBD Nacio-nal ao planejar os seus eventos com antecipação, considerando que é cada vez mais difícil identificar espaços disponíveis nas datas desejadas”. No caso de Campos do Jordão, o centro de convenções da cidade foi eleito o melhor do Brasil para eventos de médio porte. “O processo de profissionalização que

tem passado os eventos dermatológicos brasileiros nos últimos anos é impressionante, chegando a pa-recer amadores alguns congressos internacionais”, comenta o Dr. Schalka.

Outra meta é a valorização da qualidade dos congressos, e não da quantidade. “Procuramos locais que ofereçam espaços que permitam que preservemos o conceito de sala única. Mas, se o aumento do número de participantes vier a ultrapas-sar a disponibilidade da sala, preferimos limitar as inscrições, para que não se perca esta qualidade conquistada”, diz o Dr. Schalka.

Campos tem uma

localização privilegiada,

a meio caminho entre o

Rio e São Paulo. Está a

menos de duas horas do

aeroporto de Guarulhos

Page 10: Jornal Dermatológico - SBD-RESP

J

D

10 Jornal Dermatológico

“O sucesso de um congresso não é medido, neces-sariamente, por números grandiosos, mas pelo índice de satisfação alcançado”, comenta o Dr. Schalka, que acompanhou, como tesoureiro, cinco dos últimos con-gressos dermatológicos brasileiros e internacionais.

O aumento do número de congressos, seminários e jornadas com foco em Dermatologia não é, contu-do, motivo de preocupação diante da possibilidade de pulverização de recursos disponíveis por parte das indústrias. Segundo o Dr. Schalka, a competição pelas mesmas fontes existe, “mas trata-se de um ra-ciocínio superficial da questão, pois as empresas participam dos grandes eventos da Especialidade.

“Os patrocinadores querem participar e, cada vez, com estruturas maiores”, diz. “Na 15ª Radesp, por exemplo, temos sido procurados pelos laboratóri-os que querem mais espaço e desejam, entre outras coisas, patrocinar atividades sociais”.

Por falar em Radesp, o Dr. Schalka se mostra bas-tante entusiasmado com a programação científica e social do evento. “Tenho a certeza que a nossa 15ª Radesp será um sucesso de público e crítica, pelo conforto das instalações do hotel e do centro de convenções, pela qualidade das atividades cientí-ficas e pelas surpresas que estamos preparando nas atividades sociais”, destaca. Ainda sobre a Radesp o Dr. Schalka fala com empolgação: “Trazer um show

EM

AX

®

TR

INIT

ITM

AP

OL

LO

TM

TR

IPO

LL

AR

LOCAÇÃO DOS APARELHOS DERMATOLÓGICOS M A I S C O N S A G R A D O S D O M E R C A D O

Rua Dr. Eduardo de Souza Aranha, 99 | cj. 101 | Itaim-bibi | São Paulo | SP | CEP 04543-120 | T. 11 3044 3252 [email protected] | www.dermalaserequipamentos.com.br

HA

RM

ON

HA

RM

ON

Y X

AC

CE

NT

XL®

ST

AR

LU

SO

PR

AN

O X

LIG

HT

SH

EE

HARMONY®

HARMONY XL®

STARLUX®SOPRANO XL®

EMAX®

LIGHTSHEER®APOLLO T M

TRINITI T M

TRIPOLLAR

ACCENT XL®

_anuncio402.indd 1 8/17/10 10:59 A

Congresso Brasileiro de Cirurgia Dermatológica, no Rio de Janeiro

como o dos Titãs para o nosso evento foi uma con-quista especial para mim, já que se trata de uma banda ícone no cenário do Rock Nacional.”

A temporada dos grandes congressos da Derma-tologia brasileira foi aberta em abril último, no Rio, com o 22º Congresso da SBCD. Neste mês de setem-bro, também, no Rio, ocorreu o 65º Congresso da SBD. E, em dezembro, o espetáculo encerra-se com a 15ª Radesp, que fecha o ano dos eventos.

Pelo número crescente de participantes nos três eventos, não se pode dizer que o aumento da ofer-ta de oportunidades para adquirir conhecimentos esteja provocando a dispersão, mas, pelo con-trário, só faz aumentar o interesse e a interação entre os especialistas.

ENTREVISTA

Page 11: Jornal Dermatológico - SBD-RESP

Atua em 3 dos 4 fatores de fisiopatogenia da acne.1

Redução estatisticamente significativa na contagem de lesões inflamatórias e não inflamatórias na 1ª semana.2,3

Seu paciente combina com tudo, menos com acne.

EPIDUOTM gel (adapaleno 0,1% e peróxido de benzoíla 2,5%)USO ADULTO (acima de 12 anos de idade) INDICAÇÕES: Tratamento cutâneo da acne vulgaris, na presença de comedões, pápulas e pústulas. Contraindicações: Hipersensibilidade aos componentes ativos ou a qualquer dos excipientes. POSOLOGIA E MODO DE USAR: EXCLUSIVAMENTE PARA USO EXTERNO (USO TÓPICO). Deve ser aplicado sobre as áreas afetadas pela acne, camadas finas de gel, uma vez por dia à noite, sobre a pele limpa e seca, evitando o contato com os olhos e os lábios. Os primeiros sinais de melhora clínica geralmente ocorrem após 1 a 4 semanas de tratamento. ADVERTÊNCIAS: Não aplique EPIDUO gel sobre a pele danificada (cortes ou abrasões) ou sobre a pele eczematosa. Em caso de irritação, deve-se recomendar ao paciente a aplicação de hidratantes não-comedogênicos, a redução da frequência das aplicações (por exemplo, em dias alternados), a suspensão temporária ou a descontinuação do seu uso por completo. Evite o contato do produto com os olhos, boca, narinas e mucosas. Em caso de contato com os olhos, enxaguar imediatamente com água morna. Deve-se evitar a exposição excessiva à luz solar ou à radiação UV. Evite o contato do produto com os cabelos ou tecidos coloridos, uma vez que pode resultar em descoloração. Não foram realizados estudos de segurança e eficácia em crianças menores de 12 anos de idade. GRAVIDEZ E LACTAÇÃO: Não se estabeleceu a segurança de EPIDUO gel na gravidez. Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação médica. Em caso de ocorrência de gravidez deve-se descontinuar o uso do produto. Não foram realizados estudos sobre a transferência ao leite materno após a aplicação cutânea de EPIDUO gel. Interações Medicamentosas: Não se deve usar de forma concomitante a outros retinoides, peróxido de benzoíla ou drogas com modo de ação similar. REAÇÕES ADVERSAS: As reações mais frequentes são: pele seca, dermatite de contato, ardência e irritação da pele. Se aparecer irritação cutânea após a aplicação de EPIDUO gel (eritema, ressecamento, descamação e ardência), a intensidade é geralmente leve ou moderada, sendo mais intensa durante as primeiras semanas e diminuindo a seguir espontaneamente.Venda sob prescrição médica. MS-1.2916.0068.003-9. GALDERMA BRASIL LTDA.

Chegou

Referências Bibliográficas: 1. Thiboutot D, Gollnick H, Bettoli V, et al. New insights into the management of acne: An update from the Global Alliance to improve outcomes in Acne Group. J Am Acad Dermatol. 2009;60:S1-50. 2. Gollnick HPM, Draelos Z, Glenn MJ, et al. Adapalene-benzoyl peroxide, a unique fixed-dose combination topical gel for the treatment of acne vulgaris: a transatlantic, randomized, double-blind, controlled study in 1670 patients. Br J Dermatol. 2009:1-10. 3. Thiboutot DM, Weiss J, Bucko A, et al. Adapalene-benzoyl peroxide, a fixed-dose combination for the treatment of acne vulgaris: Results of a multicenter, randomized double-blind, controlled study. J Am Acad Dermatol. 2007;57(5):791-9.

Page 12: Jornal Dermatológico - SBD-RESP

J

D

1� Jornal Dermatológico

EVENTOS

Altos níveis de excelência

Vista da exposição durante a Jornada de Cosmiatria

A Jornada de Cosmiatria, realizada no final de julho, e o 7º CEMC-D e a 135ª Jornada Der-matológica Paulista, em agosto, no Hospital

das Clínicas da FMUSP foram marcados por partici-pação expressiva de dermatologistas – mais de mil in-scrições na Jornada de Cosmiatria e cerca de 400 nos eventos da FMUSP – e retornos estimulantes quanto à qualidade dos conteúdos oferecidos.

O presidente da SBD-RESP, Dr. Joel Carlos Lastória, na abertura do evento de Cosmiatria, destacou o crescimento desta área de atuação e o interesse que tem despertado, ano após ano, em cada novo encontro realizado.

“A Cosmiatria faz parte de nossas ativividades e re-alizá-la da melhor forma possível é a nossa meta”, disse o Dr. Joel. Lembrou, também, que o objetivo é oferecer eventos abrangentes, que possam cobrir a maior parte dos assuntos. “Diante do desenvolvimento de nossa Espe-cialidade nesta área, há sempre o que conhecer, apren-der, atualizar e aperfeiçoar”, resumiu. Destacou, também, que a Jornada privilegiou as ações que vão desde as in-dicações, até os procedimentos e seus resultados, “dentro de padrões éticos e profissionais”, como salientou.

Lembrou, também, os painéis “Conversa franca com os experts”, que permitiram que os participantes dirigis-sem questionamentos diretos e objetivos aos especialis-tas, com foco em pontos específicos e práticos relacio-nados à prática de suas clínicas.

Um dos pontos altos do encontro foram as sessões de Procedimento Terapêutico ao Vivo (PTV) onde der-matoses inestéticas foram apresentadas e alternativas terapêuticas discutidas por dermatologistas experien-tes nas questões em foco. “Todo o esforço de nossa Comissão Científica foi direcionado no sentido de ofe-recer o melhor do conhecimento disponível em Cosmia-tria”, resumiu o Dr. Joel.

O Dr. Sérgio Schalka, diretor da SBD-RESP e coordena-dor e palestrante de um dos painéis, destacou a importân-cia de trazer-se a experiência prática dos procedimentos para transferir informações atualizadas aos participantes, com foco, entre outras atividades, no manuseio dos e-

quipamentos, “que as aulas teóricas não mostram”, como lembrou. Destacou, também, que os módulos ao vivo per-mitem a complementação das discussões relacionadas com os procedimentos clínicos e cirúrgicos, com uma abordagem mais abrangente para os casos em foco.

O Dr. Schalka registrou os esforços da entidade visan-do a oferecer um evento com alto grau de excelência para os participantes, uma vez que a logística envolvida para o transporte de cerca de 70 pacientes, com todos os ser-viços de retaguarda necessários, demandam uma perfeita organização, com investimentos financeiros elevados.

O 7º CEMC-D e a 135ª Jornada Dermatológica Pau-lista foram realizados no Centro de Convenções Rebouças e no Departamento de Dermatologia da FMUSP, onde ocorreu a apresentação dos casos ao vivo, conduzidos pelos especialistas. As discussões dos casos apresenta-dos durante a Jornada foram realizadas no Centro de Convenções, sob a coordenação do Professor Evandro Rivitti e Cyro Festa Neto, professor titular da FMUSP.

No encerramento da Jornada, o Dr. Joel Carlos Lastória lembrou o sentido emblemático destes eventos, “realizados no Hospital das Clínicas da USP, onde tudo começou”, disse, referindo-se à comemoração dos 40 anos de fundação da RESP, cujo embrião foram as re-uniões promovidas pelo Professor Sebastião Sampaio no Departamento de Dermatologia, com a presença dos pioneiros, entre os quais o Professor Rivitti.

Page 13: Jornal Dermatológico - SBD-RESP

J

D

Jornal Dermatológico 13

Encontro com ex-presidentes marca as 4 décadas da RESP

No mês passado, a atual Diretoria da Regional São Paulo prestou uma homenagem especial a todas as gestões anteriores com um jantar

para o qual foram convidados ex-presidentes, membros das diretorias e conselho, bem como familiares dos presidentes já falecidos, reunindo mais de 170 pessoas, num encontro cercado de emoção e de memórias.

Durante o evento, foi apresentado um vídeo com os depoimentos de ex-presidentes, que abordaram aspec-tos importantes das atividades das gestões anteriores, compondo um documento histórico que ficará à dis-posição dos associados na biblioteca da Regional.

Os ex-presidentes receberam, também, uma placa comemorativa de sua contribuição à entidade, nes-ses quatro séculos de história.

Dr. Nelson Proença (à esquerda) e Dr. Joel Carlos Lastória Ex-presidentes e diretores confraternizam no 40º aniversário

Dr. Joel Carlos Lastória recebendo a placa comemorativa

Dr. Evandro Rivitti e Dra. Flávia Addor

Page 14: Jornal Dermatológico - SBD-RESP

J

D

1� Jornal Dermatológico

PERSONADR. MAURÍCIO MOTA DE AVELAR ALCHORNE

A criação e implantação de uma disciplina de Dermatologia numa nova Universidade, a presidência de uma entidade de classe, a co-

ordenação de uma eleição na SBD-RESP. Identifique uma boa causa, que necessite de um protagonista à altura, e o Dr. Maurício estará presente, levado pelo sentido de participar e de servir.

“Quando eu era estudante, em Recife, interes-sei-me pela política estudantil e só não me envolvi porque a intensa politização do final dos anos 50 iria tomar muito tempo de meu objetivo maior, a Me-dicina”, resume o Dr. Maurício Alchorne.

Nascido no interior de Pernambuco e formado pela Faculdade de Ciências Médicas de Pernambu-co, ele veio, logo após a formatura, para São Paulo para fazer especialização no Hospital das Clínicas, da Faculdade de Medicina da USP. “Minha intenção era ficar em São Paulo, no máximo, por dois anos e voltar a Recife para trabalhar na Universidade Fe-deral de Pernambuco”, recorda.

Mas São Paulo absorveu tanto o jovem médico que até o seu nome de família, Alchorne, foi “pau-listanizado” e passou a ser pronunciado com o som de “ch” e não como é falado em Recife - “Alcorn”, com som de “c”, o que remete a seus troncos familiares na Inglaterra, de onde veio o seu bisavô paterno.

A inclinação para a Dermatologia surgiu a partir do quarto ano da Faculdade. No quinto, começou a frequentar o ambulatório de Dermatologia, sob orienta-ção do Professor Simão Foigel. “Foi ele quem me entusi-asmou para a Dermatologia, em virtude da qualidade de suas aulas”, lembra. Como o Professor Foigel tinha o hábito de interpelar os alunos durante suas preleções, isto acabava fazendo com que, os mais dedicados, procurassem manter o conhecimento em dia.

No sexto ano, o então estudante Dr. Maurício

ingressou como acadêmico interno do Serviço do Professor Jorge Lobo, que se consagrou nos anais da Dermatologia mundial como professor e pesqui-sador e que, em 1959, encontrava-se em plena ativi-dade à frente de um serviço que era considerado referência e que dispunha dos recursos técnicos mais avançados da época.

“Este serviço, em hospital público, oferecia uma oportunidade extraordinária para os internos, pois recebia doentes não somente de Pernambuco, mas de todos os Estados do Nodeste. Havia muitos casos de Leishmaniose tegumentar, por exemplo, muito co-muns à época, além das dermatites e tumores, entre outras doenças”, recorda o Dr. Maurício.

Em São Paulo, foi recebido como estagiário-bol-sista no HC da FMUSP, por indicação do Professor Jorge Lobo, que planejava a volta do jovem especia-lista para a Faculdade de Medicina da Universidade Federal de Pernambuco, em Recife.

Clínica, Ensino e Sociedade. A busca do equilíbrio perfeito

Dra. Alice Alchorne e Dr. Maurício Alchorne

Page 15: Jornal Dermatológico - SBD-RESP

J

D

Jornal Dermatológico 15

Em São Paulo, o Departamento de Dermatologia da FMUSP atravessava um período de transição, com o final da gestão do Professor J. Aguiar Pupo, que se aposentara e a ascensão do Professor Sebas-tião Sampaio, que assumira o Serviço.

Nesta época, o apelo da família pernambu-cana tornou-se forte no sentido do retorno do filho médico. Foi quando recebeu carta de uma sua irmã, de Pesqueira, onde residiam, informando que seria criada na cidade uma agência do Instituto de Apo-sentadoria e Pensões dos Industriários (IAPI), um dos embriões da Previdência Pública no Brasil. “Minha irmã anunciava que tinham uma vaga para mim e que eu deveria assumir”, lembra o Dr. Maurício.

Mas, a Dermatologia falou mais alto e a recusa da oportunidade teve como fundamento a impossi-bilidade de praticar-se a Especialidade na cidade interiorana, “mas que, se fosse para Recife, iria pensar”. Poucos dias de-pois a família informava que conseguira a transfe-rência para Recife, o que criava as condições para o exercício da Dermato-logia para a qual o Dr. Maurício se preparara.

O impasse levou-o até o Professor Sampaio que, informado do dilema e do desejo do estagiário de não interromper o curso, disse-lhe que “não se preocupasse com emprego”.

O desfecho acabou por firmar as raízes do Dr. Maurício em São Paulo pois, realmente, como dis-sera o Professor Sampaio, ao terminar o período como estagiário-bolsista, foi nomeado auxiliar de ensino no Hospital das Clínicas da FMUSP, em 1961, com o compromisso de ficar mais um ano em regime de tempo integral.

“Desde o meu primeiro ano no HC, eu morava num quarto dentro da enfermaria de Dermatologia”, lembra o Dr. Maurício. “No segundo ano, após ter sido contratado, fui morar numa casa na rua Oscar

Freire, próximo do HC, que era de um casal que alugava quartos para médicos, geralmente vindos de outros estados e de outros países”. Embora che-gasse às 7 horas da manhã no hospital e saísse à noite, ele “estava feliz por fazer o que desejava”.

Em 1962, o Dr. Maurício foi admitido como médico do Hospital do Servidor Público Estadual de São Paulo, sendo, então, o primeiro dermatologista do atual Serviço desta Instituição, onde exerceu a Dermatologia até 1988. O laço que o manteria definitivamente em São Paulo foi o casamento com uma paulista, a Dra. Alice, em 1963, sua ex-aluna, que o acompanha desde então, tanto na carreira acadêmica, quanto na associativa.

Em 1964, foi admitido na Escola Paulista de Me-dicina, onde cumpriu uma extensa carreira, até apo-

sentar-se, em 2005. “Come-cei na EPM como voluntário, tendo sido admitido como auxiliar de ensino, numa das primeiras contratações da Escola pelo regime da CLT”, recorda. O chefe da disciplina de Dermatologia, na época, era o professor Abrahão Rotberg.

Na EPM, fez concurso para professor assistente e professor adjunto, tendo chegado ao topo da carreira do magistério como profes-

sor titular. Além de livre docente pela Universidade Federal de Pernambuco, em 1975, o Dr. Maurício con-quistou o mesmo título na Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo, em concurso que prestou e foi aprovado em 1991.

Logo após a obtenção do título de livre docente, em 1975, recebeu do Professor Raymundo Martins Castro, então professor titular da Disciplina de Der-matologia da EPM, a incumbência de organizar o seu curso de Pós-Graduação, o qual foi credenciado pela CAPES, níveis de Mestrado e Doutorado, em 1980. Foi coordenador deste curso desde o seu início até 2005, quando da sua aposentadoria na instituição.

Comecei na EPM como voluntário, tendo sido

admitido como auxiliar de ensino, numa das

primeiras contratações da Faculdade pelo

regime da CLT.

Page 16: Jornal Dermatológico - SBD-RESP

J

D

16 Jornal Dermatológico

Dr. Maurício Alchorne durante anúncio da Diretoria 2011 da SBD-RESP

PERSONADR. MAURÍCIO MOTA DE AVELAR ALCHORNE

Embora aposentado, continua ligado à UNIFESP/EPM como professor orientador do curso de pós-graduação em Dermatologia Clínica e Cirúrgica, tanto nos níveis de Mestrado e Doutorado, como também, no programa de Iniciação Científica.

Mas a aposentadoria, em 2005, não significou uma redução da jornada de trabalho, pois além de sua clínica particular, o Dr. Maurício, em 2007, pas-sou a enfrentar mais um desafio ao ser convidado e ter aceito a atividade de professor na Universidade Nove de Julho (Uninove), em São Paulo, antiga ins-tituição de ensino paulista que teve um forte cresci-mento nos últimos anos. O convite veio pelas mãos do Professor Manuel Lopes dos Santos, professor titu-lar de Pneumologia, ex-diretor da EPM e ex-reitor da UNIFESP/EPM, que fora convidado para organizar o curso de Medicina da nova Universidade.

Antes da Uninove, a tarefa de construir, desde o início, uma nova disciplina de Dermatologia, foi exercitada na Universidade de Mogi das Cruzes, onde o Dr. Maurício foi professor durante 27 anos, desde 1973, quando iniciou as atividades de ensino nesta instituição e permaneceu até o final de 2000. “Fui indicado para fazer parte do corpo docente desta nova Faculdade de Medicina em 1968, mas só comecei a dar aulas em 1973. Ajudei a organizar o primeiro vestibular da faculdade, em 68”.

Em outubro de 2008, recebeu em Quito, Equador, o título de “Maestro de la Dermatologia Ibero-latino-americana, en virtud a sus méritos acadêmicos, aportes científicos y colaboración institucional”, outorgado pelo Colegio Ibero-latinoamericano de Dermatología.

Perguntado sobre os atrativos exercidos pela ativi-dade acadêmica e pela clínica privada, ele resume que “gosta da duas”. Explica que o atendimento no consultório é importante para que os médicos que exercem a atividade acadêmica possam oferecer os seus conhecimentos também aos pacientes fora dos serviços universitários. “Sempre procurei conciliar as duas atividades”, diz.

A marca do trabalho do Dr.Maurício tem, também, a mesma força e comprometimento na área associa-tiva. Ele formou o grupo pioneiro que, ao lado do Pro-fessor Sampaio, Nélson Proença e outros dermatolo-

gistas, criou, em 1970, a Regional do Estado de São Paulo da SBD, que veio a presidir em 1988/1989.

Dez anos mais tarde, em 1999/2000 foi, também, presidente da SBD nacional. Desde 2000, é membro da comissão eleitoral da SBD-RESP, por delegação do conselho decisório da entidade, tendo presidido as eleições de Diretoria nos últimos quatro anos.

Os planos para o futuro incluem a prática diária em sua clínica privada, a atividade acadêmica, que envolve o aprimoramento contínuo do curso de Der-matologia da Uninove, na UNIFESP/EPM, a orienta-ção aos mestrandos e doutorandos. E, quem sabe, criar novos cursos de Dermatologia, se novos desa-fios vierem a surgir.

Pode-se concluir que, diante da encruzilhada que o destino apresentou ao jovem estudante Maurício Alchorne, ao final da conturbada década de 50, em Recife, se o caminho escolhido tivesse sido o da mili-tância política externa, talvez a sua história de vida tivesse sido escrita na luta político-partidária. Mas a Medicina ganhou.

Page 17: Jornal Dermatológico - SBD-RESP
Page 18: Jornal Dermatológico - SBD-RESP

J

D

1� Jornal Dermatológico

ELEIÇÕES

Com a participação de 1112 associados, o que representa mais de 50% do total de associados habilitados a votar, as eleições para a renova-

ção da Diretoria da Regional São Paulo, para a Gestão 2011, foram as mais concorridas dos últimos anos.

O comparecimento às urnas foi considerado no-tável, tanto pelas atual diretoria da RESP, quanto pela comissão eleitorial, considerando-se o caráter não obrigatório do voto e a necessidade de envio pelos Correios, ou o sufrágio presencial durante as-sembléia geral da entidade.

A aprovação do voto eletrônico, a partir das próximas eleições, em 2011, permite antever que a mobilização dos dermatologistas de São Paulo será ainda mais expressiva nos próximos pleitos.

O Professor Maurício Alchorne, presidente da Comissão Eleitoral, atribuiu o comparecimento mar-cante dos associados ao trabalho de divulgação pro-movido pela entidade e pelas duas chapas concor-rentes, que despertou o interesse da comunidade.

A divulgação dos resultados da eleição foi feita no Centro de Convenções Rebouças, pelo presidente da SBD-RESP, Dr. Joel Lastória, que cumprimentou os eleitos e desejou uma gestão proveitosa para os associados.

A chapa 1, Somar e Avançar, que recebeu 689 votos, terá a tradicional posse simbólica ao final da 15ª Radesp, no dia 4 de dezembro, para início da gestão em 1º de janeiro de 2011.

Recorde de presençanas eleições paraa Gestão 2011

Presidente:Mauro Yoshiaki Enokihara

Vice-Presidente:Hamilton Ometto Stolf

Secretária:Ana Paula Gomes Meski

Tesoureiro:Maurício Mendonça do Nascimento

Coordenador de Promoções Científicas: Francisco Macedo Paschoal

Coordenador de Comunicações: Aldo Toschi

Dr. Mauro Enokihara - presidente eleito para Gestão 2011

A próxima Diretoria da SBD-RESP, Gestão 2011, será assim composta:

Page 19: Jornal Dermatológico - SBD-RESP

J

D

Jornal Dermatológico 1�

Confira abaixo o resultado das eleições para a Diretoria 2011 dos distritos da SBD-RESP:

2º DISTRITO - SANTOSPresidente: Octavio Moraes JuniorVice Presidente: Josely FernandesSecretária: Vania Lucia Nogueira Mendes TagliariniTesoureiro: Renato Sau Rios

3º DISTRITO - SÃO JOSE DOS CAMPOS (Vale do Paraíba)Presidente: Samir Antonio Elias ArbacheVice Presidente: Ana Virginia H. de Andrade SerraSecretária: Márcia Cristina Bragança FerreiraTesoureira: Denise Maria Rosa PupoCoordenador Científico: Paulo Augusto Teixeira Pinto

4º DISTRITO - SOROCABAPresidente: Deborah Regina Cunha SimisVice Presidente: Karem Christine Correa e SilvaSecretária: Sandra Aparecida H. QuinilatoTesoureira: Telma Regina AlvarezCoordenadora Científica: Ana Paula Sampaio Moura Peres

5º DISTRITO - CAMPINASPresidente: Sylvia Ypiranga de Souza Dantas e RodriguezVice Presidente: Carlos Alberto Ferreira JorgeSecretário: Antônio Francisco Bastos FilhoTesoureira: Anna Antonio GomesCoordenadora Científica: Célia Antonio Xavier de Moraes Alves e Raquel Cristina Tancsik Cordeiro

6º DISTRITO – RIBEIRÃO PRETOPresidente: Ana Maria Ferreira RoselinoVice Presidente: Sergio DelortSecretária: Renata Bazan FuriniTesoureira: Maria Rita Oliveira RochaCoordenadores de Promoções Científicas: Maria Paula do Valle Chiossi / Renata Zago Lorenzato / João Carlos Lopes Simão

7° DISTRITO – REGIÃO DE BAURU E BOTUCATUPresidente: Jaison Antonio BarretoVice Presidente: Ivander Bastazini JuniorSecretário: Cláudio Sapieri TonelloTesoureira: Sílvio Alencar MarquesCoordenador Científico: Hélio Amante Miot

8º DISTRITO – SÃO JOSE DO RIO PRETOPresidente: Eurides Maria de Oliveira Pozetti Vice Presidente: Ana Maria Mendes RosaSecretária: Jane ConradiTesoureira: Rosa Maria Cordeiro SoubhiaCoordenadora Científica: Vera Lucia Antunes Nasser

9º DISTRITO – PRESIDENTE PRUDENTEPresidente: Marilda Aparecida Milanez M. de AbreuVice Presidente: Lucimari Scucuglia BugalhoSecretária: Luciena Segato Martins OrtigosaTesoureira: Renata LiseCoordenadora Científica: Angela Marques Barbosa

11º DISTRITO – MARILIAPresidente: Marli Aparecida Travessa Chambo Vice Presidente: Spencer de Domenico Sornas Secretária: Jane Domingues OharaTesoureira: Eliane Cristina Giandon MartinsCoordenadora Científica: Andréa Bronhara Pelá CamalimtaCoordenadora de Comunicações: Ana Cláudia Simões

Page 20: Jornal Dermatológico - SBD-RESP

J

D

�0 Jornal Dermatológico

RADESP

Royal Palm Plaza. Todas as condições para a 15ª RADESP

No começo de agosto passado, o termômetro do maior evento da Dermatologia de São Paulo já indicava que a 15ª Radesp – Der-

matologia do Adolescente iria debutar com tempe-raturas ferventes: o Royal Palm Plaza, que abrigará o encontro, estava com sua lotação esgotada, faltando ainda quatro meses para a grande abertura.

As reservas de apartamentos estão, a partir de agora, sendo aceitas para outros hotéis pertencen-tes à mesma rede hoteleira, que serão interligados ao Royal Palm Plaza por um sistema de shuttle para transporte dos participantes. Entretanto, mesmo para estes hotéis adicionais da rede, a organização da Radesp alerta que é bom antecipar as reservas porque as vagas poderão, também, esgotar-se.

Em fins de agosto passado, o registro de ins-crições aproximava-se da marca dos 1000 partici-pantes, o que permite prever que, até dezembro, o total poderá ultrapassar os 1300.

Os trabalhos científicos para apresentação em pôsteres também estão atraindo interesse crescente dos dermatologista, com contribuições relevantes a serem expostas durante o evento. O envio de traba-lhos deverá ser feito até 1º de outubro através do site www.radesp.com.br.

A aula magistral de abertura será oferecida pelo pre-sidente de honra da Radesp, Professor Evandro Rivitti, o criador das Radesp, que encerrará este ano sua carreira de mais de 20 anos na chefia do Departamento de Der-matologia da FMUSP, numa cerimônia emblemática, que será marcada pela qualidade de um dos mestres da Dermatologia e, também, pela emoção.

O forte conteúdo científico programado para a Radesp deste ano inovará, também, com a apre-sentação, pela primeira vez na reunião dos derma-tologistas de São Paulo, do painel terapêutico ao vivo (PTV) que tem se mostrado um instrumento muito

Lotação esgotada no Royal Palm sinaliza uma Radesp memorável

eficiente para a disseminação de conhecimento ao permitir uma visualização adequada dos casos apre-sentados e a interação da platéia com o condutor dos procedimentos.

Outro avanço, com foco no melhor aproveitamen-to do tempo disponível, serão o cafés e almoços com experts, para grupos reduzidos de participantes, visando à interação com o apresentador e o estímulo a questionamentos de ordem prática e de interesse direto dos especialistas. Os “Temas em Foco” que, anteriormente, eram os cursos pré-evento, também foram resenhados visando a uma interação maior entre os participantes e o expert.

Outro indicador de sucesso é o aumento da partici-pação da indústria farmacêutica na exposição parale-la que, neste ano, terá mais de 40 estandes a mostrar produtos e equipamentos voltados para a Dermatolo-gia, com demonstração de usos e aplicações.

E, finalmente, na grande festa de congraçamento dos dermatologistas, na noite de sexta-feira, 3/12, um show dos Titãs, a banda de rock brasileiro que há mais de duas décadas embala o corpo e e es-pírito de legiões de fãs, marcará em alto estilo a parte social da programação.

Trata-se, em resumo, de um conjunto de atrações, para a mente e para o corpo, que você não pode perder.

Page 21: Jornal Dermatológico - SBD-RESP

J

D

Jornal Dermatológico �1

DISTRITOS

No último dia 28 de agosto, o 6º Distrito Dermatológico, da região de Ribeirão Preto, realizou a 2ª Reunião Científica de 2010,

coordenada pelos doutores Maçatochi Kiyomura e Wildemar José Quatrochi, em São Carlos.

A programação incluiu aulas sobre doenças vegetantes verrucosas e do aparelho genital masculino, eritema facial (diagnóstico e terapêutica), alopecia androgênica feminina, cirurgia dos pés, peeling de fenol e rejuvenescimento facial a laser. Além destes temas, uma mesa redonda debateu mini-casos, com a presença dos doutores Carlos Roberto Antonio, João Roberto Antonio, Ana Maria Roselino – presidente do 6º Distrito – Elemir Macedo de Souza, Ival Peres Rosa, Mauro Enokihara, Nelson Guimarães Proença e do presidente da SBD-RESP, Joel Carlos Lastória.

O evento, realizado na Associação Médica de São Carlos, foi gratuito para os sócios da SBD-RESP e os residentes de Dermatologia.

Próximo eventoEm 2 de outubro próximo, o 6º Distrito realizará a 3ª

Reunião Científica do ano, na Associação Paulista de Medicina de Araraquara, sob o tema Anátomo-Clínica.

Durante a programação, serão apresentadas as palestras PCR na Dermatologia: Aplicações Práticas, pela Dra. Ana Maria Roselino, e Novidades em Psoríase -Congresso Mundial de Psoríase 2010, pela Dra. Renata Nahas Cardili.

Também estão previstos dois módulos de discussão de casos clínicos apresentados por dermatologistas da região e a discussão com patologistas.

6º DISTRITO

Região de Ribeirão Preto realiza reuniões científicas

As inscrições, também gratuitas para sócios e residentes, podem ser feitas na Associação Paulista de Medicina de Araraquara, pelo telefone 16-3322-3698.

Rua Joaquim Floriano 533 cj 1313 | Itaim Bibi | TEL. (11) 3071-1882 | (11) 3071-2388

Clínica de Laser, com estrutura e equipamentos de última geração para você atender seus pacientes, disponibiliza as seguintes tecnologias:

Ruby | SinonV-Beam

StarluxHarmony XL

E-maxThermacool

FraxelExcelente resultado para lesões pigmentaresNovo comprimento de onda 1927NM

ML_anuncio v03.indd 2 8/17/10 10:54 AM

Araraquara

São Carlos

Page 22: Jornal Dermatológico - SBD-RESP

J

D

�� Jornal Dermatológico

AGENDA

AGENDA 2010

OUTUBRO

02.108º CEMC-D - 136ª JORNADA DERMATOLÓGICA PAULISTA - SANTA CASA DE SÃO PAULOLocal: Centro Fecomércio de Eventos - São Paulo - SP

06 a 10.1019º CONGRESSO EUROPEU DE DERMATOLOGIALocal: Gotemburgo - Suécia

22 e 23.10JORNADA DE TERAPÊUTICA DERMATOLÓGICA DA SBD-RESPLocal: Centro Fecomércio de Eventos - São Paulo - SP

NOVEMBRO

05.119º CEMC-D - PRÉ-JORNADALocal: Vale do Paraíba

06.1110º CEMC-D - 137ª JORNADADERMATOLÓGICA PAULISTALocal: Vale do Paraíba

10 a 14.11XVIII CONGRESSO IBEROLATINOAMERICANODE DERMATOLOGIALocal: Cancún - México

27.11CAMPANHA NACIONAL DO CÂNCER DA PELE (SBD Nacional)Local: Todo o Brasil

PresidenteDR. JOEL CARLOS LASTÓRIA

Vice-presidenteDRA. FLÁVIA ADDOR

Coordenador CientíficoDR. MAURO ENOKIHARA

SecretárioDR. SÉRGIO HENRIQUE HIRATA

TesoureiroDR. SÉRGIO SCHALKA

Coordenador de ComunicaçõesDR. FRANCISCO MACEDO PASCHOAL

OmbudsmanDR. FERNANDO AUGUSTO DE ALMEIDA

Coordenador de EventosDR. DILHERMANDO AUGUSTO CALIL

Publicação bimestral da Sociedade Brasileira de Dermatologia - Regional do Estado de São PauloRua Machado Bittencourt, 361 - cj. 1307Vila Clementino - São Paulo - SPTels.: (11) 5573-8735/5573-5528/5083-3491www.sbd-sp.org.br

TIRAGEM: 6 mil exemplares

EDITOR E JORNALISTA RESPONSÁVEL

DIAGRAMAÇÃO

IMPRESSÃO

Dermatológico

Jornal

AVY ComunicaçãoRodolpho Fleischer

AA Prado & AssociadosAntonio Alberto PradoDébora Freitas

DEZEMBRO

02 a 04.1215ª RADESPLocal: Royal Palm Plaza Resort - Campinas - SP

Page 23: Jornal Dermatológico - SBD-RESP
Page 24: Jornal Dermatológico - SBD-RESP

J

D

�� Jornal Dermatológico

HUMOR

HUM RJayme de Oliveira Filho

DEUS ME LIVERY!Olha, está ficando cada dia mais difícil aguentar as

cobranças de alguns pacientes que estão ficando pra lá, mas muito pra lá de folgados.

Vocês já perceberam que as requisições à figura do médico estão cada vez mais exóticas, sofisticadas, ina-creditáveis, ou melhor, muito melhor definidas, estão cada vez mais “pentelhas”?

As vias de acesso para consumo de uma pentelha-ção sem pé nem cabeça estão incríveis: por emails (oh maldição, como eles têm tempo?), telefones, recados de secretárias executivas, zepellin, sinal de fumaça, “blue-tooth”, recados por terceiros etc.

Requisitam relatórios de procedimentos efetuados há mais de um ano para reembolso que as vezes não pas-sam de R$ 100, constando o CID, CID do procedimento, o porquê do ato e a necessidade ou não de exame aná-tomo patológico, fazendo com que você chegue a odiar a retirada de um maldito acrocordon.

E não esqueça do carimbo, hein? Nossa, isso é um pecado mortal! Como se não soubessem que qualquer um pode mandar fazer um carimbo, de qualquer pro-fissão, sem que lhe peçam qualquer documento.

E assim vai:- Doutor, vou mandar uma fotografia de uma lesão de

uma sobrinha que mora na Itália.- O senhor pode fazer um atestado médico e enviar

por SEDEX? Ah! Um para a escola do meu filho, um para minha academia e outro para o clube da minha esposa? Daqui meia hora meu chofer vai passar aí para pegar.

- Doutor, eu estou descascando! O que eu posso usar?- Estou indo para o Pantanal, me indique um repelente.- Perdi a receita, me imprima outra.- Estou indo para a Europa, o que é bom comprar lá?

Os preços dos medicamentos aqui estão proibitivos. Sua receita fica uma nota, né doutor?

Então, pensando e vivendo sob esta saraivada de requisições e exigências, pensei que talvez fosse útil fundarmos o SPLVF (Sindicado dos Profissionais Liberais Vulneráveis a Folgados).

Ninguém liga

A paciente amarelada pelo peeling recém efetuado me pergunta:

- Eu vou sair assim na rua?- Não tem importância, a turma não liga!- Como não ligam?- Você deu o telefone para alguém?- Não!- Então, ninguém liga, fique tranquila.

Filosofando!Fabrício Afonso – Santos - SP

O doutor para o paciente:- O senhor está diferente Sr. Otávio.- Ah, respondeu ele, mudei a filosofia, né?

Em teseCarlos Alexandre Zacarelli – São Paulo

- Fui operado de tumor de hipótese!

Até a próxima!

Dr. Jayme de Oliveira Filho

No SPLVF poderíamos contatar alguns motoboys para efetuar estes “servicinhos” que hoje atormentam o nosso dia a dia.

Seria o primeiro delivery para folgados do mundo, o Deus me Livery.