jornal de umbanda portal caminhos de ogum 02

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1 Edição 02 Mês 07 www.portalcdo.br.nation2.com Nanã é força divina Respeito e seriedade Derramai a sua benção Sobre a humanidade Tocando os corações Com a sua caridade. Do pântano mais lodoso Nasce o lírio perfumado Do seu barro mãe Nanã Renascerei transformado Pra servir a Olorum Como um filho abnegado. De alma ajoelhada, Te louvo Mãe anciã Saravá toda a Aruanda Saravá minha mãe Nanã.

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jornal da mamâe Nanã

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Edição 02 Mês 07 www.portalcdo.br.nation2.com

Nanã é força divina Respeito e seriedade

Derramai a sua benção

Sobre a humanidade Tocando os corações Com a sua caridade.

Do pântano mais

lodoso Nasce o lírio perfumado

Do seu barro mãe Nanã

Renascerei transformado

Pra servir a Olorum Como um filho

abnegado.

De alma ajoelhada, Te louvo Mãe anciã

Saravá toda a Aruanda

Saravá minha mãe Nanã.

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Edição 02 Mês 07 www.portalcdo.br.nation2.com

Índice

3 a 8 - Nanã buruquê 8 a 16 matéria sobre o sonho 16 a 18 matéria dos leitores

19 a 21 matéria Manuela de Iansã dique 21 oração de Omolu

22 a 25 eventos do mês 26 matéria Exu corcunda

Editorial boa noite meus amigos é com muita felicidade que estamos aqui novamente com a edição 02 do nosso jornal de Umbanda Portal Caminhos de Ogum, agradecer sempre nosso pai por essa oportunidade de levar seu nome ao mundo. Esse mês de Nanã nossa mãe de umbanda,vovó como é chamada por muitos,a senhora do barro d terra da criação evolução que Nanã ilumine a vida de todos vocês que estão nos lendo agora. Que essa edição ajude cada vez mais você irmão de umbanda que não tem muito contato com templos ou mesmo você que quer,quebrar barreiras e conhecer nossa linda umbanda seja muito bem vindo. A todos muito axé força e sucesso. Salubá Nanã

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NANÃ – A Mais Velha do Reino dos Céus É vodun (orixá) da nação Gêge, de tempos imemoriais. Está associada aos mitos da criação da Terra, sendo a precursora de todas as divindades que têm o poder de gerar a vida. É o lado feminino dos criadores do mundo. Grande Senhora das terras molhadas e fecundas, com a qual foram criados todos os seres, reina na lama, que formou a Terra, nas águas paradas e pântanos. Ao mesmo tempo em que dá vida às criaturas, faz com que retornem ao seu elemento de origem para, mais tarde, renascerem na Terra, formando o ciclo da vida e da morte. Por isso, nós acreditamos que o corpo, após a morte, deve ser devolvido à terra, de onde ele saiu um dia. Nana, pelo fato de ser um dos

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primeiros orixás criados por Olorun, é caracterizada como uma anciã, ou uma avó. Novamente, caímos no erro de comparar uma energia sobrenatural, que é o orixá, com simples mortais, atribuindo-lhes uma idade cronológica humana. É guardiã do reinado dos eguns e ancestrais, assim como seu filho Obaluaiê, usando o ibiri (espécie de bastão ritual com a ponta curva, confeccionado com palha da costa e búzios) como elemento controlador e genitor. Sua existência vem de tempos remotos, anteriores à descoberta do ferro, por isso, em seus rituais, não devem ser utilizados objetos cortantes de metal. Nunca devemos evocá-la sem um motivo muito forte. Mesmo seus próprios filhos. É um orixá muito poderoso e de tendência devastadora, quando provocado. Seus preceitos são extremamente complexos e ricos em detalhes. Se o babalorixá não tiver perícia e conhecimento, poderá cometer erros que serão fatais, tanto para ele como para o iniciado. Raramente um filho Nana é incorporado por sua energia, sendo que suas aparições nos terreiros têm um intervalo mínimo de três anos. Quando alguém a incorpora, deve-se interromper o xirê para saudá-la em especial. Coloca-se, em suas mãos, um cajado de ponta curva, recoberto de búzios, e uma base de palha desfiada, com o qual ela insinua uma

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varredura do ambiente, limpando-o de todas as más influências. Se a noviça não estiver paramentada com as roupas rituais, amarra-se um torço na cabeça, juntamente com algumas folhas especiais de Nana (mamona, flor da noite, etc.), recobrindo os olhos. Os voduns Gêges não costumam revelar seu rosto. Os fundamentos necessários para louvar esse orixá pertencem à cultura Gêge. Mesmo que existam filhos de Nana em outras nações, todos os preceitos devem ser feitos dentro dos rituais desta nação. Nana vive nas madrugadas, quando o orvalho umedece a terra. Por isso, só aceita oferendas em sua homenagem após as três horas da manhã, quando o sol ainda não se levantou. O babalorixá não deve deixar esses ebós à mostra, e deverá abandonar o local dos rituais rapidamente, pois existe o risco de aparecerem cobras perto da comida. Os búzios também fazem parte de seus paramentos, ornando seu cajado, o ibiri e o brajá. Dia da semana: terça-feira e sábado. Cores: branco, preto, roxo e azul. Domínios: lama, pântanos, lodo do fundo

dos rios e mares.

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Prece à Nanã Buruquê Mãe protetora de todos nós. Senhora das águas opulentas. Deusa das chuvas benévolas. Deixa cair sobre nós a chuva divina da tua bondade fecunda e infinita. Salubá Nanã Buruquê! Purifica com tuas forças nossa atmosfera para que possamos ser envolvidos pelos teus olhos maravilhosos. Salubá Nanã Buruquê! Salubá!

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são flores nanã são flores são flores nana buruquê são flores nanã são flores são flores nana buruquê de seu filho obaluaê.... são flores nanã são flores são flores nana buruquê são flores nanã são flores são flores nana buruquê de seu filho obaluaê.... nas horas de agonia ele que vem nos valer é seu filho nanã é meu pai ele é obaluaê nas horas de agonia ele que vem nos valer é seu filho nanã é meu pai ele é obaluaê

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Matéria sobre o sonhos

O SONO E OS SONHOS

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Chama-se de emancipação da alma, o desprendimento do espírito encarnado, possibilitando-lhe afastar-se, momentaneamente, do corpo físico. No estado de emancipação da alma o espírito se desloca do corpo físico, os laços que o unem à matéria ficam mais tênues, mais flexíveis e o corpo perispiritual, age com maior liberdade. Sono é um estado em que cessam as atividades físicas motoras e sensoriais. Dormimos um terço de nossas vidas e o sono, além das propriedades restauradoras da organização física, concede-nos possibilidades de enriquecimento espiritual através das experiências vivenciadas enquanto dormimos. Sonho é a lembrança dos fatos, dos acontecimentos ocorridos durante o sono. Os sonhos em sua generalidade não representam, como muitos pensam, uma fantasia das nossas almas. A CIÊNCIA E O ESPIRITISMO A ciência oficial, analisando tão somente os aspectos fisiológicos das atividades oníricas (sonhos), ainda não conseguiu conceituar com clareza e objetividade o sono e o sonho. Sem considerar a emancipação da alma; sem conhecer as propriedades e funções do perispírito, fica realmente, difícil explicar a variedade das manifestações que ocorrem durante o repouso do corpo físico. Freud, o precursor dos estudos mais avançados nesta área, julgava que os instintos, quando reprimidos, tendiam a se manifestar, e, uma destas manifestaçõe.s seria através dos sonhos. Allan Kardec, através da codificação espírita, principalmente em O Livro dos Espíritos, cap. VIII - questões 400 a 455, analisou a emancipação da alma e os sonhos em seus aspectos fisiológicos e espirituais. Allan Kardec tece comentários muito importantes acerca dos sonhos: o sono liberta parcialmente a alma do corpo; o espírito jamais está inativo, têm a lembrança do passado e, às vezes, a previsão do futuro; adquire maior liberdade de ação delimitada pelo grau de exteriorização; podemos entrar em contato com outros espíritos encarnados ou desencarnados; enquanto dormem, algumas pessoas procuram espíritos que lhes são superiores (estudam, trabalham, recebem orientações, pedem conselhos); outras pessoas procuram os espíritos inferiores com os quais irão aos lugares com que se afinam.

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SONHOS COMUNS São aqueles que refletem nossas vivências diárias. Envolvimento e dominação de imagens e pensamentos que perturbam nosso mundo psíquico. O espírito, desligando-se parcialmente do corpo, se vê envolvido pela onda de imagens e pensamentos de sua própria mente, das que lhe são afins e do mundo exterior, uma vez que vivemos e nos movimentamos num turbilhão de energias e ondas vibrando sem cessar. Nos sonhos comuns quase não há exteriorização perispiritual. São muito freqüentes, dada a nossa condição espiritual. Puramente cerebral, simples repercussão de nossas disposições físicas ou de nossas preocupações morais. É também o reflexo de impressões e imagens arquivadas no cérebro durante a vigília (vivências ocorridas durante o dia, quando acordados). Nos sonhos comuns o espírito flutua na atmosfera sem se afastar muito do corpo; mergulha, por assim dizer, no oceano de pensamentos e imagens que povoam a sua memória, trazendo impressões confusas, tem estranhas visões e inexplicáveis sonhos. SONHOS REFLEXIVOS Há maior exteriorização que nos sonhos comuns. Por reflexivos, categorizamos os sonhos, em que a alma, abandonando o corpo físico, registra as impressões e imagens arquivadas no subconsciente, inconsciente e super-consciente e plasmadas na organização perispiritual. Tal registro é possível de ser feito em virtude da modificação vibratória, que põe o espírito em relação com fatos e paisagens remotos, desta e de outras existências. Ocorrências de séculos e milênios gravam-se indelevelmente em nossa memória, estratificando-se em camadas superpostas. A modificação vibratória, determinada pela liberdade de que passa a gozar o espírito, no sono, o faz entrar em relação com acontecimentos e cenas de eras distantes, vindos à tona em forma de sonho. Mentores espirituais poderão revivenciar acontecimentos de outras vidas, cujas lembranças nos tragam esclarecimentos, lições ou advertências. Poderão os espíritos inferiores motivar estas recordações com a

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finalidade de nos perseguir, amedrontar, desanimar ou humilhar, desviando-nos dos objetivos benéficos da existência atual. Geralmente os sonhos reflexivos são imprecisos, desconexos, freqüentemente interrompidos por cenas e paisagens inteiramente estranhas, sem o mais elementar sentido de ordem e seqüência. Ao despertarmos, guardaremos imprecisa recordação de tudo, especialmente da ausência de conexão nos acontecimentos que, em forma de incompreensível sonho, estiverem em nossa vida mental durante o sono. SONHOS ESPÍRITAS Também chamados de viagem astral ou espiritual; há mais ampla exteriorização do perispírito. Leon Denis chama a estes sonhos de etéreos ou profundos, por suas características de mais acentuada emancipação da alma. Durante a viagem astral a alma, desprendida do corpo, exerce atividade real e efetiva, encontrando-se com parentes, amigos, instrutores e também com os inimigos desta e de outras existências. Nas projeções temos que considerar a lei de afinidade. Nossa condição espiritual, nosso grau evolutivo, irá determinar a qualidade de nossos sonhos, as companhias espirituais que iremos procurar, os ambientes nos quais permaneceremos enquanto o nosso corpo repousa: o religioso buscará um templo; o viciado procurará os antros de perdição; o abnegado do Bem irá ao encontro do sofrimento e da lágrima, para assistí-los fraternalmente; o interessado em aproveitar bem a encarnação irá de encontro a instrutores devotados e ouvirá deles conselhos, esclarecimentos e instruções que proporcionarão conforto, estímulos e fortalecimento das esperanças. Infelizmente, porém, a maioria se vale de repouso noturno para sair à caça de emoções frívolas ou menos dignas. Ao despertarmos, conserva o espírito impressões que raramente afetam o cérebro físico, em virtude de sua impotência vibratória. Fica em nós apenas uma espécie vaga de pressentimento dos acontecimentos, situações e encontros vividos durante o sono. RECORDAÇÃO DO SONHO O sonho é a lembrança do que o espírito viu durante o sono, mas

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nem sempre nos lembramos daquilo que vimos ou de tudo o que vimos. Isto porque não temos nossa alma em todo o seu desenvolvimento. Na questão 403, de O Livro dos Espíritos, Allan Kardec indaga : “Por que não nos lembramos de todos os sonhos? Nisso que chamas sono só tens o repouso do corpo, porque o Espírito está sempre em movimento. No sono ele recobra um pouco de sua liberdade e se comunica com os que lhe são caros, seja neste ou noutro mundo. Mas, como o corpo é de matéria pesada e grosseira, dificilmente conserva as impressões recebidas pelo espírito durante o sono, mesmo porque o espírito não as percebeu pelos órgãos do corpo.” MECANISMO DA RECORDAÇÃO O registro pelo cérebro físico, do que aconteceu durante a emancipação da alma através do sono, é possível através da modificação vibratória. As diversas modificações vibratórias dos fluidos é que formam os ambientes dimensionais de atuação do espírito. Quanto maior for a velocidade vibratória, mais sutil é o fluido. Quanto mais lenta é a velocidade vibratória, mais denso é o fluido. Este raciocínio explica aquela dúvida que sempre ouvimos: porque raramente lembro de meus sonhos? É por que não sonhei? A resposta para está dúvida é a seguinte: as pessoas que não se lembram dos sonhos é porque os acontecimentos vividos ou lembrados durante o sono não foram registrados no cérebro físico, ficaram apenas registrados no cérebro do perispírito. Agora, quando recordamos dos detalhes dos sonhos é porque tivemos predisposição cerebral para os registros. O fato de não lembrarmos dos sonhos não significa que não tenhamos sonhado, ou seja, vivemos uma vida no plano espiritual e apenas não recordamos. Dessa oportunidade se valem nossos amigos do espaço para dar-nos conselhos e sugestões úteis ao desenvolvimento de nossa encarnação. Procuram afastar-nos do mal, fortalecem-nos moralmente e apontam-nos a maneira certa de respeitarmos as Leis Divinas. Ao despertarmos, embora não lembremos deles, ficam no fundo de nossa consciência, em forma de intuições, como idéias inatas. Podemos dedicar os momentos de semi-libertos à execução de tarefas espirituais, sob a direção de elevados mentores. Acontece muitas vezes acordamos com uma deliciosa sensação de bem-estar, de contentamento e de alegria. Isto acontece por

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termos sabido usar bem de nossa estada no mundo espiritual, executando trabalhos de real valor. Contudo, não raras vezes despertamos tristes e com uma espécie de ressentimento no fundo do nosso coração. O motivo dessa tristeza, sem causa aparente, é que muitas vezes nos são mostradas as provas e as expiações que nos caberão na vida, as quais teremos de suportar, e, conquanto sejamos confortados por nossos benfeitores, não deixamos de nos entristecer e ficamos um tanto apreensivos. Há espíritos encarnados que ao penetrarem no mundo espiritual através do sono, entregam-se aos estudos de sua predileção e por isso têm sempre idéias novas no campo de suas atividades terrenas. Outros valem-se da facilidade de locomoção para realizarem viagens de observação, não só na Terra, mas também nas esferas espirituais que lhe são vizinhas. Assim como visitamos nossos amigos encarnados, também podemos ir visitar nossos amigos desencarnados e com eles passarmos momentos agradáveis, enquanto nosso corpo físico repousa; disso nos resulta grande conforto. Estado de Entorpecimento: são comuns nos encarnados cujos espíritos não se afastam do lado do corpo, enquanto este repousa. Ficam junto ao leito, como que adormecidos também. É comum o sono favorecer o encontro de inimigos para explicações recíprocas. Esses inimigos podem ser da encarnação atual ou encarnações antigas. Os mentores espirituais procuram aproximar os inimigos, a fim de induzí-los ao perdão mútuo. Extingüem-se assim muitos ódios e grande número de inimigos se tornam amigos, o que lhes evitará sofrimentos. É a maior e melhor percepção de que goza o espírito semi-liberto pelo sono, facilita a extinção de ódios e a correção de situações desagradáveis e por vezes dolorosas. OS SONHOS E A EVOLUÇÃO Considerável porcentagem de encarnados, ao entregarem seu corpo físico ao repouso, continuam, sono adentro, com suas preocupações materiais. Não aproveitam a oportunidade para se dedicarem um pouco à vida eterna do espírito. Estudam os negócios que pretendem realizar, completamente alheios aos verdadeiros interesses de seus espíritos e nada vêem e nada percebem do mundo espiritual no qual ingressam por algumas horas. Há encarnados que, ao se verem semi-libertos do corpo de carne pelo sono, procuram os lugares de vícios, com o fito de darem

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expansão às suas paixões inferiores, na ânsia de satisfazerem seus vícios e seu sensualismo. Outros se entregam mesmo ao crime, perturbando e influenciando perniciosamente suas vítimas, tornando-se instrumentos de perversidade. No livro Mecanismos da Mediunidade, psicografado por Chico Xavier, André Luiz nos diz que quanto mais inferiorizado, mais dificuldade terá o Homem em se emancipar espiritualmente. Qual ocorre ao animal de evolução superior, no Homem de evolução positivamente inferior o desdobramento da individualidade, por intermédio do sono, é quase que absoluto estágio de mero refazimento físico. No animal o sonho é puro reflexo das atividades fisiológicas, e, no Homem primitivo, em que a onda mental está em fase inicial de expansão, o sonho, por muito tempo, será invariavelmente ação reflexa de seu próprio mundo consciencial e afetivo. Há leis de afinidade que respondem pelas aglutinações sócio-morais-intelectuais, reunindo os seres conforme os padrões e valores. Estaremos, então, durante o repouso noturno, nos emancipando espiritualmente, vivenciando cenas e realizando tarefas afins. Buscamos sempre, durante o sono, companheiros que se afinam conosco e com os ideais que nos são peculiares. Procuraremos a companhia daqueles espíritos que estejam na mesma sintonia, para realizações positivas, visando nosso progresso moral ou em atitudes negativas, viciosas, junto àqueles que, ainda, se comprazem em atos ou reminiscências degradantes, que nos perturbam e desequilibram a alma. Parcialmente liberto pelo sono, o Espírito segue na direção dos ambientes que lhe são agradáveis durante a lucidez física ou onde gostaria de estar, caso lhe permitissem as possibilidades normais. Os sonhos espíritas, isto é, naqueles que nos liberamos parcialmente do corpo e gozamos de maior liberdade, são os retratos de nossa vivência diária e de nosso posicionamento espiritual. Refletem de nossa realidade interior, o que somos e o que pensamos. O tipo de vida que levarmos durante o dia determinará, invariavelmente, o tipo dos sonhos que a noite nos ofertará, em resposta às nossas tendências. Dorme-se, portanto, como se vive, sendo-lhe os sonhos o retrato emocional da sua vida moral e espiritual.

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ANÁLISE DOS SONHOS A análise dos sonhos pode nos trazer informações valiosas para nosso auto-descobrimento. Devemos nos precaver contra as interpretações pelas imagens e lembranças esparsas. Há sempre um forte conteúdo simbólico em nossas percepções psíquicas que, normalmente nos chegam acompanhadas de emoções e sentimentos. Se ao despertarmos, nos sentirmos envolvidos por emoções boas, agradáveis, vivenciamos uma experiência positiva durante o sono físico. Ao contrário, se as emoções são negativas, nos vinculamos certamente a situações e espíritos desequilibrados. Daí, a necessidade de adequarmos nossas vidas aos preceitos do bem, vivenciando o amor, o perdão, a abnegação, habituando-nos à prece e à meditação antes de dormir, para nos ligarmos a valores bons e sintonia superior. Assim, teremos um sono reparador e sonhos construtivos. PREPARA-SE PARA BEM DORMIR Elizeu Rigonatti, no livro Espiritismo Aplicado, diz que para termos um bom sono, que ajude o nosso espírito a desprender-se com facilidade do corpo, é preciso que prestemos atenção no seguinte: o mal e os vícios seguram o espírito preso à Terra. Quem se entregar ao mal e aos vícios durante o dia, embora o seu corpo durma à noite, seu espírito não terá forças para subir e ficará perambulando por aqui, correndo o risco de ser arrastado por outros espíritos viciosos e perversos. A excessiva preocupação com os negócios materiais também dificulta o espírito a desprender-se da Terra. A prática do bem e da virtude nos levarão, através do sono, às colônias espirituais onde fruiremos a companhia de mentores espirituais elevados; receberemos bom ânimo para a luta diária; ouviremos lições enobrecedoras e poderemos nos dedicar a ótimos trabalhos. Oremos ao deitar, mas compreendamos que é de grande valia a maneira pela qual passamos o dia; cultivemos bons pensamentos, falemos boas palavras e pratiquemos bons atos, evitando a ira, rancor e ódio. E de manhã ao retornarmos ao nosso veículo físico, elevemos ao Senhor nossa prece de agradecimento pela noite que nos concedeu de repouso, ao nosso corpo, e de liberdade ao nosso espírito. ALGUMAS CONSIDERAÇÕES

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No estado de vigília, quando estamos acordados, as percepções se fazem com o concurso dos órgãos físicos; os estímulos exteriores são selecionados pelos sentidos e transmitidos ao cérebro pelas vias nervosas. No cérebro físico, são gravados para serem reproduzidos pela memória biológica a cada evocação. Quando dormimos cessam as atividades físicas, exceto as autônomas, motoras e sensoriais. O espírito liberto age e sua memória perispiritual registra os fatos sem que estes cheguem ao cérebro físico; tudo é percebido diretamente pelo espírito. Por “adaptação vibratória”, as percepções da alma poderão repercutir no cérebro físico; quando lembramos, dizemos que sonhamos, mas na verdade sonhamos todo dia.

Matéria Débora Umbanda,tu és linda como a rosa! Exalando o seu perfume, Nessa casa de Oxalá!... Sempre abraçando a todos, Do céu da terra e do Mar Oh, minha Umbanda querida,. Do coração do Orixás! Quando a lua clareia .... Ao terminar o dia, Na Umbanda, os seus Orixás Vem pra terra em romaria!... ***************************************************

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Vem vindo ao longe um cavalo branco, correndo na areia bem junto do mar. Cavalgando em cima,vem um belo guerreiro. Salve meu pai! Ogum Vem me dar força,vem me dar fé, e com sua espada me dá proteção. Mãe Iemanjá sua estrela me guie, e pai Oxalá me dê sua mão. Levai-me consigo em seu cavalo, Ogum,meu pai valente. A ti meu pai entrego meu fado, na minha vida estais sempre presente. Protege seu filho amado, me mostre sempre o melhor caminho. Em troca eu ajudo seus filhos perdidos, pois sei que contigo não estou sozinho. Salve meu Pai Ogum!!!

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Edição 02 Mês 07 www.portalcdo.br.nation2.com Tratamento de Choque matéria de Carlos Eduardo

Quando o Dr. Bezerra de Menezes era presidente da Federação Espírita no Rio de Janeiro, o tão famoso espírito Benjamim Constant, ateu de carteirinha e que não acreditava que tinha desencarnado, às vezes aparecia nas reuniões e com o seu alto conhecimento acabava deixando os médiuns em maus lençóis. Mas certa vez o Dr. Bezerra estava presidindo os trabalhos e esse espírito chega lá novamente e começa com o seu falatório esperando que o presidente fosse fazer um debate com ele. O Dr. Bezerra de pronto levantou-se da mesa e falou que o caso dele não era de doutrinação e sim um caso de polícia e ameaçou a sair da sala para chamar a polícia e o tal do Benjamim Constant saiu em disparada e nunca mais voltou para perturbar. O Dr. Bezerra sábio como é, tinha conhecimento de que não adiantava ficar debatendo com aquele espírito e resolveu dar um susto nele para que não voltasse mais a perturbar as reuniões. Lá na Casa Sara Kali às vezes também precisamos ser mais enérgicos e também usar desse tipo de tratamento. Certa vez um rapaz ligou para nós, pois queria conhecer a Casa Sara Kali, mas antes ele precisava marcar uma entrevista com a mentora da casa. Achei aquilo estranho, mas tudo bem. Marcamos o encontro dele com a Cigana Esmeralda e ele falou que queria ir conhecer a Casa Sara Kali, mas tinha um problema: todo centro que ele ia ele incorporava um espírito de “pomba-gira” e acabava quebrando tudo, inclusive o altar do centro. Contou também que no último centro que ele foi era de Umbanda, mas mesmo assim ele quebrou tudo e quando foram segurá-lo ele acabou quebrando o nariz do pai de santo. A Esmeralda de pronto respondeu: sem problemas, pode vir conhecer a nossa Casa. Depois ela me contou da conversa com o rapaz e disse para eu me preparar, pois era uma tarefa pra mim. Maluco que sou, não pensei duas vezes, arrumei um caibro enorme “porrete” e fiquei na espera de tal visita. Na próxima reunião o rapaz chegou e logo a Esmeralda me comunicou que o visitante tinha chegado. Aí pedi para ele descer e passar nos tratamentos. Ainda era no antigo salão da Rua Padre Sabóia de Medeiros na Vila Maria Alta. Enquanto ele passava em cada tratamento eu o seguia de perto com o “porrete” na mão. Ridículo, mas necessário. Ele chegou a passar na mandala e ficar 20 minutos dentro dela e nada do tal espírito incorporar, continuou o tratamento até o fim sem nenhum problema. Acho que até hoje ele não acreditou no que eu fiz, mas pelo menos acabei com aquela onda de ataques aos centros espíritas que ele vinha fazendo e que na verdade não tinha nada de espírito, era pura imaginação dele. Só para encerrar nunca mais ele voltou na Casa Sara Kali. Paz & Luz Eden Carlos da Silva Casa Sara Kali

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Edição 02 Mês 07 www.portalcdo.br.nation2.com Matéria dique de Manuela de Iansã.

Dique do tororo O Dique do Tororó é único manancial natural da cidade de Salvador, tombado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional, comumente reduzido para Dique, que possui uma lagoa de 110 mil metros cúbicos de água, localizada em Salvador, no estado da Bahia, no Brasil. Um local muito visitado pelos ,na lagoa se encontra as imagens dos orixás e ao redor em terra também,cada pedaço da lagoa corresponde a um orixá onde são arriadas as oferendas,lá se encontra barcos que são deslocados para o passeio na lagoa o valor a se pagar depende da quantidade de pessoas,o dono do barco conhece cada pedaço das águas de Oxum que deu essa licença para o dique se torna a morada dos orixás,é um lugar muito lindo,a vibração e o axé e nítido.O que eu tenho a falar sobre o dique é pouco mas com um grande fundamento,quem ainda não conhece vale a pena,além de sentir a força da natureza e um espaço para a família,com restaurantes,parque etc.

Manuela de Iansã. Algumas fotos do local para você conhecer.

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PRECE A OBALUAIÊ-

OMULU Dominador das epidemias. De todas as doenças e da peste. Omulu, Senhor da Terra. Obaluaiê, meu Pai Eterno. Dai-nos saúde para a nossa mente, dai-nos saúde para nosso corpo. Reforçai e revigorai nossos espíritos para que possamos enfrentar todos os males e infortúnios da matéria. Atotô meu Obaluaiê! Atotô meu Velho Pai! Atotô Rei da Terra! Atotô Babá!

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Eventos do mês

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EXU CORCUNDA

Exu Corcunda "nasceu" na Espanha, e foi criado por uma família muito devota e católica, estudou em grandes colégios, sempre regado a uma vida de luxo e sofisticação. Quando completou 18 anos, Corcunda foi fazer faculdade, este se formou em direito, mas por pressão da família, por este levar uma vida que eles mesmo denominavam de errante. Foi obrigado por seus pais para se formar padre, após anos de estudo, Ele foi ordenado padre, mas naquela época dava-se inicio a Santa Inquisição Espanhola, na qual um dos atributos era exterminar a povo cigano que tomava conta da Espanha. Por conhecer leis, e ter se formado em direito Exu Corcunda foi nomeado juiz de inquisição, o qual praticou diversos crimes, detendo grande ódio por aqueles que não seguia seus princípios católicos, condenando ciganos, feiticeiros e pessoas que não praticassem a fé católica sem ao menos dar chance de defesa aos acusados. Passado vários anos, seu pai já estava com idade avançada, e este em leito de morte revelou que Corcunda não era seu filho, que este foi deixado na porta por uma família pobre, disse ainda seu pai que esta família era retirante do Egito que estes seguiam a fé cigana. A cólera e a ira tomaram conta de Corcunda e este se rebelou contra seu "pai" e principalmente contra a igreja. Mas isto não bastou pois o que mais lhe perseguia foram seus atos errôneos. E a partir daquele dia Exu Corcunda jurou nunca mais praticar uma injustiça e sempre lembrar de seu passado, o povo que ele tanto odiou agora era o povo que ele fazia parte. Por deixar os dogmas católicos de lado, foi morto por mais um dos inúmeros julgamentos injustos da Santa Inquisição. No espiritual este faz parte de uma falange comandada pelo Exu Gira-Mundo, trabalhando ao lado dos Exus Meia-Noite e Mangueira. Trabalha com causa de justiça pois vibra no pólo negativo do Orixá Xangô.