jornal de outubro de 2012

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Jornal da 3ª Idade São Paulo, outubro de 2012 - Um jornal a serviço dos direitos dos idosos - Ano 9 nº 78 Seus Direitos Conselho do Idoso da cidade de São Paulo fez 20 anos Ângela Maria retoma os shows para trabalhar seu 115º disco e vem recebendo um público com idosos que vão com seus filhos e netos Filha de um pastor pro- testante, ela saía de casa escondida para buscar, nos programas de auditório da década de 40, realizar o seu grande sonho de ser uma grande cantora como Dalva de Oliveira, a maior entre os ídolos de sua adolescência. A menina muito humilde, que nasceu em 13 de maio de 1928, e foi batizada como Abelim Maria da Cunha, começou a trabalhar muito cedo para ajudar a família. A música sempre esteve presente na sua vida, desde a sua infância, quando ouvia seu pai cantando músicas evangélicas, e mais tarde os cantores do rádio. Para participar dos tes- tes nas rádios inventou o pseudônimo de Ângela Maria e foi com esse nome que ela se tornou uma das maiores cantoras brasileira e a que certamente mais influenciou novos artistas. Na história da discografia brasileira ela foi a única cantora nacional a gravar oito discos num único ano. Ao longo de sua carreira colecionou inúmeros suces- sos, alguns recordes de vendas como: Lábios de Mel e Babalu, entre outros. Hoje, aos 84 anos come- mora 64 anos de carreira com o seu 115º disco, Eu voltei, fazendo shows e com muitos novos projetos. Tentou sem sucesso a eleição para vereadora no último pleito, para sorte dos seus fãs que a querem nos palcos cantando. Pag 9 Saúde A importância do Cuidador com os doentes crônicos A psicóloga que coordena o setor de Psico-oncologia do IPC - Instituto Paulista de Can- cerologia, Vera Anita Bifulco afirma em artigo, que a fase de envelhecimento mais longa também é acompanhada do surgimento de mais enfermi- dades e por isso a figura do cui - dador ganha mais destaque. No início do século passado, ao contrário de hoje, morria- -se de doenças agudas, com poucos dias de enfermidade . Pag. 7 6 - 8 Dezembro 2012 Expo Center Norte - São Paulo/SP ONG Bras l O maior e mais completo evento sobre responsabilidade social do Brasil Mais de 500 ONGs, fundações e associações em exposição Realização: www.ongbrasil.com.br TRABALHO SOCIAL: O BRASIL PEDE MAIS! 6 e 7: 12 às 20h 8: 10 às 16h Um oferecimento: O Dia Internacional do Idoso, em 1º de outubro, foi comemorado entre os grupos de terceira idade com diferentes atividades, como a (foto) que promoveu exercícios seguidos de um piquenique comunitário, no Parque do Ibirapuera, realizado pelo Instituto Barrichello Kanaan, com os grupos Amigos da Melhor Idade, de Arthur Alvim e Grupo Bem Viver, de Engenheiro Goulart. Pag. 8 e 9 A ex-presidente do Grande Conselho Municipal do Idoso de São Paulo, Aparecida Inês P. Santos, que é uma das co- ordenadoras do FISA- Fórum do Idoso de Santo Amaro escreveu sobre a trajetória do GCMI, que no último dia 24 de setembro completou 20 anos de fundado. Ela saúda todos os conselheiros que traba- lharam nas suas comissões e que atuaram para melhorar a vida dos idosos da cidade. Pag. 4 Orientação O direito do idoso de continuar na casa após a viuvez A advogada, Rosangela de Paula Neves Vidigal, sócia do escritório de advocacia Rodri- gues Ramos inaugura uma coluna sobre Direito de Famí- lia, com a ideia de ajudar a esclarecer dúvidas sobre os di- reitos dos idosos, nessa área. Na sua estreia ela escreve sobre o Direito real de habi- tação - Quando a viuva ou viuvo tem direito de ficar no imóvel, depois do falecimento do cônjuge. Pag. 4 Foto: Monique Renne/CB/D.A.Press.Brasil.Brasília

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Page 1: Jornal de outubro de 2012

Jornal da 3ª IdadeSão Paulo, outubro de 2012 - Um jornal a serviço dos direitos dos idosos - Ano 9 nº 78

Seus Direitos

Conselho do Idoso da cidade de São Paulo fez 20 anos

Ângela Maria retoma os shows para trabalhar seu 115º disco e vem recebendo um público com idosos que vão com seus filhos e netos

Filha de um pastor pro-testante, ela saía de casa escondida para buscar, nos programas de auditório da década de 40, realizar o seu grande sonho de ser uma grande cantora como Dalva de Oliveira, a maior entre os ídolos de sua adolescência.

A menina muito humilde, que nasceu em 13 de maio de 1928, e foi batizada como Abelim Maria da Cunha, começou a trabalhar muito cedo para ajudar a família.

A música sempre esteve presente na sua vida, desde a sua infância, quando ouvia seu pai cantando músicas evangélicas, e mais tarde os cantores do rádio.

Para participar dos tes-tes nas rádios inventou o pseudônimo de Ângela

Maria e foi com esse nome que ela se tornou uma das maiores cantoras brasileira e a que certamente mais influenciou novos artistas. Na história da discografia brasileira ela foi a única cantora nacional a gravar oito discos num único ano.

Ao longo de sua carreira colecionou inúmeros suces-sos, alguns recordes de vendas como: Lábios de Mel e Babalu, entre outros.

Hoje, aos 84 anos come-mora 64 anos de carreira com o seu 115º disco, Eu voltei, fazendo shows e com muitos novos projetos. Tentou sem sucesso a eleição para vereadora no último pleito, para sorte dos seus fãs que a querem nos palcos cantando. Pag 9

Saúde

A importância do Cuidador com os doentes crônicos A psicóloga que coordena o setor de Psico-oncologia do IPC - Instituto Paulista de Can-cerologia, Vera Anita Bifulco afirma em artigo, que a fase de envelhecimento mais longa também é acompanhada do surgimento de mais enfermi-dades e por isso a figura do cui-dador ganha mais destaque. No início do século passado, ao contrário de hoje, morria--se de doenças agudas, com poucos dias de enfermidade .

Pag. 7

6 - 8 Dezembro 2012Expo Center Norte - São Paulo/SP

ONGBras lONGBras l

O maior e mais completo evento sobre responsabilidade social do Brasil

Mais de 500 ONGs, fundações e associações em exposição

Realização:

www.ongbrasil.com.br

TRABALHO SOCIAL: O BRASIL

PEDE MAIS!

6 e 7: 12 às 20h • 8: 10 às 16h

Um oferecimento:

O Dia Internacional do Idoso, em 1º de outubro, foi comemorado entre os grupos de terceira idade com diferentes atividades, como a (foto) que promoveu exercícios seguidos de um piquenique comunitário, no Parque do Ibirapuera, realizado pelo Instituto Barrichello Kanaan, com os grupos Amigos da Melhor Idade, de Arthur Alvim e Grupo Bem Viver, de Engenheiro Goulart. Pag. 8 e 9

A ex-presidente do Grande Conselho Municipal do Idoso de São Paulo, Aparecida Inês P. Santos, que é uma das co-ordenadoras do FISA- Fórum do Idoso de Santo Amaro escreveu sobre a trajetória do GCMI, que no último dia 24 de setembro completou 20 anos de fundado. Ela saúda todos os conselheiros que traba-lharam nas suas comissões e que atuaram para melhorar a vida dos idosos da cidade.

Pag. 4

Orientação

O direito do idoso de continuar na casa após a viuvez A advogada, Rosangela de Paula Neves Vidigal, sócia do escritório de advocacia Rodri-gues Ramos inaugura uma coluna sobre Direito de Famí-lia, com a ideia de ajudar a esclarecer dúvidas sobre os di-reitos dos idosos, nessa área. Na sua estreia ela escreve sobre o Direito real de habi-tação - Quando a viuva ou viuvo tem direito de ficar no imóvel, depois do falecimento do cônjuge.

Pag. 4

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Jornal da 3ª Idade - outubro de 2012Opinião

Jornal da 3ª Idadewww.jornal3idade.com.br

Editora: Hermínia Brandão MTB 13.295 [email protected]

Distribuição - Nos eventos de terceira idade, pontos de encontros de idosos, pelos patrocinadores e anunciantes da edição, para assinantes de todos os Estados.

Distribuição em farmácias- Exemplares podem ser pegos gra-tuitamente nas lojas da rede Farma Ponte e da rede Farma Conde, em todo o Estado de São Paulo. Na nossa página na Internet tem a relação das lojas.

Assinatura individual- Para receber um exemplar pelo correio, com direito a 12 edições, o preço é de R$50,00, por ano.

Cartas para: Caixa Postal 11.475 S.Paulo SP Cep 05422-970e-mail: [email protected]

Para contato com a redação: 11- 3112-1132Para fazer anúncio: Os anúncios pagos devem ser reservados até do dia 5 do mes corrente para sair na edição do mes. O fechamento geral ocorre todo dia 7 e a circulação é a partir do dia 15 de cada mes. [email protected] contato com o comercial: 11- 3105-0607

ISSN 1809-2527

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18 de outubro o Dia Mundial da Menopausa: hora de refletir Maria Celeste Wender,presidente da SOBRAC- Sociedade Brasileira do Climatério

www.menopausa.org.br

Editorial

Depressão: entender para evitar

Nunca se falou tanto em depressão como agora. O elemento central dos quadros depressivos é, sem dúvida, o humor triste. Com esse sintoma, outros tantos estão presentes: o choro frequente e fácil, a apatia, a deses-perança ou o desespero, a ansiedade ou a angústia e ainda, um sentimento crônico de tédio. Ideias negativas, de arrependimento, de culpa ou pessimistas são outras alterações que caracterizam a depressão.

Há ainda insônia, diminui-ção da libido e da vontade, cansaço, desânimo e uma incapacidade generalizada de sentir prazer em diversas esferas da vida. Tomar deci-sões se tornam uma grande dificuldade. Pode também a depressão aparecer acom-panhada por algumas alte-rações cognitivas, como as

deficiências de concentração, de atenção e de memória. Alterações na vontade e na psicomotricidade também são frequentes: com dimi-nuição ou lentificação da fala, recusa à alimentação e à interação social. Como se vê, além da tristeza, é necessário muito mais para que se possa diagnosticar uma depressão.

Fatores ambientais, genéti-cos, biológicos podem desen-cadear síndromes depressi-vas. É importante observar que, do ponto de vista psico-lógico, a depressão mantém uma relação fundamental com as perdas, sejam de pes-soas queridas, de emprego ou mesmo de algo simbólico.

A idade avançada está, culturalmente, ligada à ideia de perda; daí o estreito e indevido vínculo entre a velhice e a depressão. As

perdas estão presentes tam-bém na infância, na ado-lescência e na maturidade. A ligação entre perder e depressão acentua-se ina-dequadamente na velhice, quando se costuma proceder a uma retrospectiva da pró-pria vida. Nesse momento pessoas que temem a velhice e a perspectiva do futuro e por isso voltam-se desespe-radamente para o passado, pois já o conhecem. Assim, por lamentar a vida vivida, esquecem-se do presente e temem o futuro.

Segundo Jung, não existi-ria lugar para a depressão ou a tristeza se o homem agisse como a natureza: depois de haver esbanjado luz e calor sobre o mundo, o Sol recolhe seus raios para iluminar-se a si mesmo.

Ana Lydia MichelettiPsicóloga clínica com ênfase nos casos de depressão, de angústia, luto e melancolia no processo do [email protected]

No dia 1º de outubro, quase todo o planeta lem-brou o Dia Internacional do Idoso. O Fundo de População das Nações Unidas divulgou na data um documento com previsões sobre o perfil demográfico global e apon-tou o aumento da expec-tativa de vida em diversos países do mundo. Os números não mostra-ram novidades na tendên-cia, mas uma surpresa nas dimensões. O que já se sabia: no ano 2000 a população idosa do planeta já superou, pela primeira vez na história, o número de crianças com menos de 5 anos. A surpresa é que em 2050, cinco anos antes do que se imaginava, os idosos che-garão a dois bilhões de pes-soas, ou 20% da população mundial. O envelhecimento será mais perceptível em países emergentes. Hoje, cerca de 66% da popula-ção idosa vivem em países em desenvolvimento e em menos de quatro décadas essa proporção subirá para quase 80%. Para o Brasil a previsão é que os idosos tripliquem: dos atuais 21 milhões para 64 milhões, passando dos atuais 10% para 29%. A recomendação do docu-mento da ONU afirma o que os gerontólogos brasileiros dizem há décadas: Se não forem tomados os devidos cuidados, as consequências econômicas e sociais desse contingente provavelmente surpreenderão países des-preparados e serão terríveis para todas as idades. A notícia é boa porque mos-tra que no mundo as pes-soas estão vivendo mais. A questão é: se for para viver mal, sem saúde, segurança, sem o mínimo de conforto, ela se torna péssima notícia.

O documento traz depoi-mentos de 1 milhão e 3 mil idosos em 36 países do mundo, inclusive do Brasil. Neles aparecem vários dos mitos que cercam a velhice em todo o planeta. Por exemplo: a ideia ampla-mente difundida de que são os mais jovens que sustentam economicamente os mais velhos através do sistema de previdência. Em termos econômicos, um número grande de idosos contribui com suas famílias, ao manter filhos e netos, e com o governo, ao pagar impostos, diz o documento. No relatório ainda é mos-trado que apesar de 47% dos homens e 24% das mulheres consultadas par-ticiparem do mercado de trabalho, a maioria acredita que as pessoas mais velhas continuam sendo vítimas de discriminação e abusos. Como pagar aposentado-rias dignas a milhões de cidadãos? Como bancá-los sem quebrar a Previdência? Como oferecer um atendi-mento de saúde decente aos mais velhos sem abrir mão da qualidade dos mais jovens? Como amparar as multidões de velhos pobres que surgirão? Os países que apostaram na educação dos seus habi-tantes, que cuidaram como deviam do atendimento de saúde, naqueles que o Estado empregou recursos na formação profissional de várias gerações, a preocu-pação é grande. Afinal os idosos são valiosos por todo o investimento a eles dedi-cados. É preciso prorrogar pelo maior tempo possível conviver com a experiência e a sabedoria deles. Nos países em desenvol-vimento o idoso ainda é visto como um encargo, não como um patrimônio.

O mundo ganhará em 10 anos mais 200 milhões de idosos

ração da sensibilidade à dor.Com o passar dos anos, a porcentagem de mulheres afetadas chega a menos de 50%, após cinco anos dos primeiros sintomas. No entanto, o que mais pre-ocupa os médicos, além do grande desconforto sofrido pelas mulheres, é o aumento do risco cardiovascular, prin-cipalmente para a doença coronariana; e a alta inci-dência da osteoporose, que atinge 30% das mulheres após a menopausa. Procurar um especialista aos primeiros sintomas é extre-mamente importante nesta fase, que é de grande perda de massa óssea. Os trata-mentos, inclusive, são muito mais eficazes se iniciados precocemente. O acompa-nhamento médico também servirá para a prevenção das complicações cardíacas e das outras condições de saúde. A população feminina repre-senta hoje 51,5% dos brasi-leiros, segundo o IBGE, cor-respondendo a cerca de 96 milhões de mulheres. Pouco mais de 15% do total, ou quase 15 milhões de mulhe-res, têm idades entre 50 e 70 anos. É neste período que provavelmente acontecerá à menopausa, que é a última menstruação. Já o climatério é todo o período de transição da mulher da fase com capa-cidade reprodutiva para a

fase em que essa capacidade deixa de existir. Em geral, o climatério acontece dos 40 aos 65 anos, aproximada-mente, mas pode variar a cada caso. O período é marcado pela interrupção da produção hor-monal dos ovários, ausência de ovulação e carência de estrogênio – principal hormô-nio sexual feminino. Todas estas alterações tra-zem os chamados sintomas menopáusicos ou climatéri-cos, que incluem as ondas de calor ou fogachos, fadiga, irritabilidade e mau humor. Se não tratados adequa-damente, estes sintomas podem afetar atividades profissionais e os relaciona-mentos afetivos. Outro problema comum nesta fase é a perda de lubrificação vaginal – que depende de um bom nível de hormônios. A indicação da terapia de reposição hormo-nal (TRH) depende de diver-sos fatores e só pode ser feita por um médico, após a aná-lise detalhada da paciente. Para isso, serão levados em conta exames clínicos e laboratoriais. Além da TRH, diversos outros tratamentos, inclusive não hormonais, poderão ser indicados, assim como orientações sobre estilo de vida e alimentação, que ajudam e muito.

Menopausa é o nome dado à última menstruação da vida da mulher. Ela acon-tece, geralmente, em meio a uma série de alterações hormonais e físicas, trazendo incômodo, dúvidas e, prin-cipalmente, muitos riscos à saúde. Por este motivo, 18 de outubro é o Dia Mundial da Menopausa. Uma data criada para alertar as mulheres para os principais sintomas desta etapa de suas vidas, orientando-as a procurar um especialista assim que eles começarem a aparecer. Mais de 10 milhões de mu- lheres brasileiras podem estar sofrendo os sintomas da menopausa. Então, aten-ção é a palavra de ordem. Quanto antes o médico puder avaliar a mulher e, juntos, decidirem pela melhor forma de tratamento, antes ela terá de volta qualidade de vida e muito mais tranquilidade para atravessar esta fase. Nem todas as mulheres sofrem estes sintomas, mas pelo menos 70% delas terão algum desconforto neste período da transição meno-pausal. Calorão, irritabili-dade, insônia e até mesmo depressão estão relacionados à falha hormonal. Outros sintomas, menos específicos, também podem aparecer, como o aumento de dores em geral. Isso acontece por conta de uma provável alte-

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Jornal da 3ª Idade - outubro de 2012

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Jornal da 3ª Idade - outubro de 2012Seus direitos

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Rosangela VidigalAdvogada , sócia do escritório Advocacia Rodrigues Ramos

O direito a moradia está assegurado pelo artigo 6º da Cons-tituição Federal e é mundialmente reconhecido como um dos direitos fundamentais para a vida das pessoas. Por essa razão é que o artigo 1831 do Código Civil Brasileiro assegura ao cônjuge sobrevivente, qualquer que seja o regime de bens, o direito de continuar morando no imóvel usado pelo casal, desde que seja o único dessa natureza a inventariar. Trata-se do denominado direito real de habitação, a nosso ver também assegurado ao companheiro, na medida em que a união estável foi reconhecida como entidade familiar. Este instituto visa impedir que os demais herdeiros deixem o viúvo (a) desamparado e sem moradia. Entretanto, como este direito não é automático, ele tem que ser requerido pelo (a) viúvo (a) nos autos do Inventário e, ao ser concedido, será averbado na matrícula do imóvel. Significa que o imóvel será partilhado, mas não poderá ser alienado enquanto o (a) viúvo (a) nele residir. A lei exige, ainda, que haja apenas um imóvel residencial a partilhar, utilizado pelo casal como moradia. Isso equivale dizer que, na hipótese de o casal possuir mais de um imóvel residencial (utilizado para locação, por exemplo), o viúvo (a) não fará “jus” ao direito real de habitação. Ressalte-se que imóveis de veraneiro (praia e campo), não são considerados residenciais para esse fim. Da mesma forma, se mesmo havendo apenas um imóvel resi-dencial, o mesmo não era habitado pelo falecido e pelo cônjuge sobrevivente, não haverá o direito real de habitação sobre esse imóvel, pois não constituía a morada da família. O exercício deste direito exige, ainda, que o cônjuge sobre-vivente continue nele residindo, mesmo que na companhia de parentes e até de um novo companheiro ou cônjuge. Portanto, o imóvel objeto do direito real de habitação não pode ser alugado ou emprestado a terceiros, como ocorre no caso do usufruto.E, por se tratar de direito personalíssimo, que não se transmite a terceiros, o direito real extingue-se pela renúncia ou com o falecimento do titular do direito.

Os interessados em esclarecer dúvidas na área de família, cível e imobiliária podem escrever para

o e-mail da advogada ou mandar carta para a Caixa Postal 11475São Paulo – SP - CEP 05422-970 em nome de DIREITO DE FAMÍLIA

Direito real de habitação- Quando a viúva (o) tem direito a ficar no imóvel

Conselho Municipal do Idoso de São Paulo completou 20 anos de criado Faltou comemoração e as devidas homenagens a todos aqueles que trabalharam para construir um conselho de representação dos cida-dãos mais velhos, na cidade que tem a maior população absoluta de pessoas com mais de 60 anos no país. A estimativa da Fundação SEADE-Sistema Estadual de Análise de Dados, aponta para uma população idosa na cidade de São Paulo com cerca de 1 milhão e 400 mil idosos e a projeção para os próximos três anos é que mais de 300 mil pessoas se somem a ela. Assim deve-mos chegar em 2015 com cerca de 1 milhão e 700 mil idosos na nossa Capital. O GCMI- Grande Conselho Municipal do Idoso foi criado pela Lei nº 11.242 de 24 de Setembro de 1992, quando era Prefeita de São Paulo a atual Deputada Federal Luiza Erundina de Souza, PSB-SP. A lei regulamentou as rein-vindicações dos idosos por um conselho de represen-tação, uma luta que havia nascido oito anos antes. Em 1984 o então Prefeito Mário Covas criou o Conselho

da Condição do Idoso, num momento de muita ebulição política da vida brasileira. Era o ano das Diretas Já e da criação de conselhos segmentados que quatro anos mais tarde foram fun-damentais na elaboração da Constituinte de 1988. O Conselho Estadual do Idoso que teve o decreto oficializando sua criação só em 1986, também começou a nascer nessa época. O GCMI deve ser órgão fis-calizador das ações voltadas à política de atendimento aos idosos. Tem caráter perma-nente, sendo composto por 30 representantes titulares dos idosos e 15 suplen-tes, todos eleitos pelo voto direto, o que é um grande diferencial em relação ao Conselho Estadual, que ainda mantem eleições indiretas. Também tem represen-tantes da Administração Municipal e seus respectivos suplentes. Os conselheiros não são remunerados, sendo considerado s serviço público relevante. Os conselheiros exercem mandato por dois anos, podendo haver recon-dução por igual período.

Presidentes do GCMI1990/1991Aquilino de Freitas

1992Edith Moura Silveira

1993 Elzie Maria Mariano

1994/1995Eunice Faragone Adolfato

1996/1997Deise J. de Castro Freire

1998/1999Maria Antônia R.Gigliotti

2000/2001Cecília Baldacim Garcia

2002/2003Aparecida Inês P. Santos

2004/2005Terezinha Abreu de Sousa

2006/2007Irene Cruz Annes da Silva2008/2009Antônio Santos Almeida

2010/2011Marcel Thomé2012/2013Marly A.Feitosa da Silva

GCMI - 11 3113-9631

Uma história para ser contada e... lembrada

“Somos a memória que temos e a responsabilidade que assumimos. Sem memó-ria não existimos, sem res-ponsabilidade não merece-mos existir”.

(José Saramago)

Vinte e quatro de setembro de 2012 – Aniversário do Grande Conselho Municipal do Idoso. Lembrar é um tipo de reencontro. Lembrar, comemorar, intensifica o que está latente dentro de nós. Quem não tem memória não tem história.

Há 20 anos – 24 de setem-bro de 1992, foi criado o GCMI, fruto de muita luta na mudança de paradigma,

com a ruptura com o sigma da tutela, do assistencialismo para a conquista de direitos.

Nessas duas décadas o Conselho, apesar de sua fragilidade, conhecemos sua trajetória que ficou notabi-lizada pelas ações a favor da promoção da cidadania, garantia de direitos, amplia-ção e implantação de políti-cas públicas.

Muitas das conquistas que hoje estão incorporadas no nosso dia-a-dia, como Cartão magnético, URSIS, CRECI, Projeto Pari, Campanha de vanicação, Delegacias de idosos não foram simples benesses do poder público. Foram resultados de uma luta tenaz e permanente

dos idosos junto com outras forças da sociedade, da per-sistência e determinação do Conselho e seus conselhei-ros que conscientes de seu papel de representantes e delegados de uma missão sagrada.

São muitas lembranças que não podemos deixar passar nessa oportunidade: como da nossa querida guerreira Elzie Mariano, das presiden-tes Maria Antônia Gigliotti, Daisy, Cecília Baldacim, Inês, Terezinha, Irene e outros combatentes presidentes, que tanto contribuíram para a consolidação do Conse-lho. Também não podemos esquecer do guerreiro conse-lheiro Orlando, da incansável

Aparecida Inês P Santosé aposentada, uma das coordenadoras do FISA- Fórum do Idoso de Santo Amaro e ex -presidente do Conselho Municipal do Idoso de São Paulo

[email protected]

Djanira e tantos outros. Justiça merecida a todos os conselheiros que passaram pelo Conselho que através de suas comissões atuaram efetivamente, participando de reuniões, acompanhado os projetos do governo.

Técnicas e voluntários sub-sidiando as discussões na construção da Política Munici-pal do Idoso, Reforma da Lei 11.242, programas e ações para os idosos, Estatuto do Idoso, Conferências.

No transcurso dos 10 anos de sua fundação, o Conselho promoveu vários eventos, como Culto Ecumênico, Missa do Motorista, seminários,

atividades culturais no Teatro Municipal.

Não somos mais adoles-centes, somos da “Maturida- de”, capazes de construir e criar caminhos, romper bar-reiras. Não podemos relegar ao esquecimento toda essa trajetória do Conselho, nem a de seus protagonistas. Ainda há muito por fazer: necessidade de uma maior divulgação das finalidades e objetivos do GCMI para que cada vez mais um número maior de idosos usufrua de todos os benefícios conquis-tados. PARABÉNS AO CON-SELHO POR ESSES 20 ANOS DE CAMINHADA.

[email protected]

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Jornal da 3ª Idade - outubro de 2012

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Jornal da 3ª Idade - outubro de 2012Saúde

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Saúde

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Degeneração MacularPrevenção e Dieta

Dr. Augusto Cezar Lacava, médico oftalmologista

[email protected]

Quase três milhões de brasileiros sofrem de uma doença dos olhos que frequentemente apresenta perda da acuidade visual, prejudicando atividades como leitura, costura e eventualmente a identificação da fisionomia das pessoas. Chamada de Degeneração Macular Relacionada à Idade (DMRI), ela tem duas formas: seca e exsudativa (ou úmida ). A DMRI é mais comum em pessoas acima de 60 anos e estima-se que até 10% das pessoas a desenvolvam entre 60 e 75 anos. Acima de 75 anos a incidência aumenta para 30% . Cerca de 90% dos pacientes apresentam a DMRI seca. Será que modificar a dieta pode alterar a evolução da doença? Infelizmente existe resposta definitiva, porém surgem cada vez mais indícios de que a alteração na dieta pode retardar o seu avanço. Um estudo contínuo nos Estados Unidos, chamado Areds, indica que fazer uso de dietas ricas em óleo Ômega 3 e consumir alimentos com pouco açúcar podem ajudar a reduzir o avanço da DMRI em até 25%. Um artigo na revista inglesa British Journal of Ophtalmology comen-tou o papel da dieta no tratamento da DMRI. Nele, são citados os chamados ácidos graxos - que são óleos encon-trados em abundância em peixes e linhaça- e que podem ajudar a desacelerar o avanço da doença. Também é assinalado que a ingestão de alimentos que liberam o açúcar mais lentamente, pode ajudar. Recomenda ainda que, pode ser útil a administração diária de produtos que contenham vitamina C, E, zinco, luteína e Zeaxantina. Fonte de Vitamina E: grãos (cereais, trigo, cevada), óleo vegetal, ovos e nozes; Fonte de Vitamina C: Frutas cítricas, pimenta verde, brócolis e batatas; Fonte do Betacaroteno: Cenoura, couve, repolho e espinafre; Fonte de Selênio: Germen de trigo, manteiga e vinagre; Alta concen-tração de Zinco: Carne, aves, peixes, grãos e laticínios. Recentemente surgiu um novo tratamento. Esse é realizado com injeção intraocular de uma substância chamada de antiangiogênico e só é indicado para a DMRI exsudativa. Esse medicamento é de alto custo e sua aplicação é feita em ambiente hospitalar. São necessárias várias aplicações visando à obtenção de melhores resultados. Recomenda-se avaliação oftalmológica anual para prevenção e diag-nostico dessa ou outras doenças para tratamento de imediato.

Estudo Coração sob controle mostra que a maoria dos brasileiros se preocupamas poucos fazem prevenção e dieta

O brasileiro mesmo sendo um povo conhecido pelo gosto da recreação coletiva, das festas populares de rua, das praias, do futebol e de vários esportes ainda assim é muito sedentário. Mesmo os que já passaram dos 40 anos resistem a se adaptar a uma dieta mais equilibrada. Em todas as regiões do Brasil, pessoas de todas as idades e em todas as classes sociais, não consomem a quantidade suficiente de frutas, legumes e grãos nas refeições diárias, gerando risco à saúde cardíaca. Uma pesquisa nacional realizada pelo IBOPE, com 2200 pessoas, divulgada no dia 9 de outubro, apresentou dados que atestam:a maioria, apesar de afirmar se preocupar com a saúde e dizer que está disposta a mudar hábitos, ainda não conseguiu adotar um estilo os de vida mais saudável. O estudo foi patrocinado pelo laboratório Pfizer Consumer Healthcare, que acaba de lançar um multivitamínico especialmente desenvolvido para auxiliar na manutenção da saúde cardíaca. O médico nutrólogo, professor do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto, da USP, José Ernesto Santo foi quem apresentou os resultados. “A situação da saúde pública no país é grave e tende a piorar se não mudarmos nossa alimentação e não fizermos exercícios”.

Jornal da 3ª Idade - Por quê o brasileiro não muda os seus hábitos alimentares?Dr. José Ernesto dos San-tos – Ele muda, a prova é que hoje nos alimentamos diferente dos nossos avós. Mudança de hábito tem que ter investimento e tempo, não só conhecimento. E no Brasil existe muito pouco investimento para que as pessoas mudem os seus hábitos. Jornal– Precisamos de cam-panhas para alimentação?Dr. José Ernesto– Nosso horário nobre da Tv, quando milhões de pessoas estão assistindo mostra propa-ganda de salgadinhos, de banco, de carro e de cerveja. Onde estão as propagandas de alimentação saudável, das propriedades das frutas e legumes. Os produtores de alface não tem recursos para bancar uma campanha.Jornal– O senhor afirma que temos uma grande influência do consumo americano e que isso é prejudicial. Por quê?Dr. José Ernesto- Princi-palmente pela campanha subliminar que eles fazem.

Dr. José Ernesto Santo

Eu tenho uma neta de 3 anos, americana. Ela ainda não sabe ler, mas quando ela passa de carro e avista o M da lanchonete ela fala potato chips (batata frita). Essa pro-paganda vai entrando e isso forma hábitos alimentares para o resto da vida.Jornal– Mas as entidades médicas também não deve-riam estar empenhadas nes-sas campanhas?Dr. José Ernesto- Nós faze-mos, mas o governo não faz.Jornal– A pesquisa mostra que 85% da população está precupada com a saúde do coração, mas que 73% não sabe qual é a sua taxa de colesterol. Dr. José Ernesto- É uma diferença entre conheci-mento e comportamento. Uma pessoa que está preocu-pada em se manter saudável deveria saber a sua taxa de colesterol, deveria manter o seu peso, fazer exercícios e comer direito. Morrer nin-guém quer, mas se cuidar de verdade poucos se dispõem. Aumenta a cada dia a preva-lência de infarto do miocár-dio e aparecendo cada vez

mais cedo. E nós não vemos investimento público para alertar para a necessidade de mudança dos hábitos alimen-tares. Existem documentos de instituições nacionais e internacionais que prevêem que em 2030 o número de mortes no país por infarto e acidente vascular cerebral vai ser proporcionalmente maior que nos Estados Unidos, França, Japão e Inglaterra”, disse o especialista.

Dados da pesquisa85% diz se preocupar com

a saúde do coraçãoSó 32% dos entrevistados

responderam que se exerci-tam regularmente

Mais de 70% não souberam especificar a taxa do seu colesterol, que pode ser

facilmente calculada por um exame de sangue

87% querem tornar a dieta mais saudável

os homens são mais ativos que as mulheres, quanto

aos exercícios

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Dia Internacional do Idoso

Informações e Agendamento

Ortodontia e Implantes Odontológicos Para crianças, adolescentes e adultos

Marque já a sua avaliação - Condições Especiais!

Diferentes comemorações do Dia do Idoso buscaram trabalhar a auto estima e a atividade física dos mais velhos mas faltou aquela que deveriar aproveitar a data para reivindicar mais apoio oficial Raimundo, de 70 anos do Grupo Bem Viver de Engenheiro Goulart e as amigas Isabel, 85, Índia, 83, e Zilda, 81, do Grupo Amigas da Melhor Idade, de Arthur Alvim, estavam bas-tante animados em contar o quanto às aulas de ati-vidade física mudaram sua qualidade de vida. Cada um fazia questão de mostrar um pouco da sua agilidade e de explicar que antes, enquanto estavam sedentá-rios, eram menos sociáveis e às vezes mal humorados. Eles estavam no Parque do Ibirapuera, na manhã da segunda-feira 1º de outubro, para comemorar

num piquenique comuni-tário, com mais 200 pes-soas, o Dia Internacional do Idoso. Todos participantes do projeto Atividade Física no Envelhecimento, patro-cinado pelo programa Viva Plenamente, da marca de cuidados com adulto Pleni-tud, da Kimberly-Clark, e desenvolvido pelo Instituto Barrichello Kanaan com supervisão da mestre em Educação Física e Envelhe-cimento, Cristiane Peixoto. O IBK é uma ONG, criada pelos pilotos Rubens Bar-richello e Tony Kanaan em 2005, que atua com idosos em dois projetos, na Zona Leste e na Zona Sul.

José, de 78 anos estava todo pimpão. Vesti a minha melhor camisa para assistir o show do Jair Rodrigues, comi bem, ganhei presente e ainda fui tirado para dan-çar por uma linda garota, melhor impossível”, disse todo sorridente. Ele era um dos 400 idosos que vivem em casas, abrigos e asilos assistidos pelo Projeto Velho Amigo, que ganharam uma festa, na casa de shows Moinho Eventos, na Mooca, com oficina de dança de salão, oficina de contação de história, bingo e oficina de jardinagem.

Minha mãe idosa mora na

casa que meu padrasto dei-xou para ela, mas eles não eram casados no papel e agora o genro dele quer tirar minha mãe de lá. Não sabe-mos como fazer. O ques-tionamento de uma jovem, que pediu para não ser iden-tificada, foi um dos vários pedidos de orientação que surgiram no plantão jurídico oferecido pela Semana do Idoso de Osasco, realizada de 24 a 29 de setembro, na praça de eventos do Osasco Plaza Shopping O Conselho do Idoso de Osasco, que é presidido pelo Advogado Aridelson Turíbio, também Coordena-dor da Comissão do Idoso

da sua entidade, soube capitanear apoio de todas as entidades da cidade que trabalham com idosos para um evento comum. Além do apoio do presidente da 56ª. Sub-Seção da OAB, José Paschoal Filho que trouxe advogados para o atendi-mento voluntário, também participaram médicos e enfermeiros, a ANOSCAR com o Bazar de produtos artesanais confeccionados pelos Idosos, a UAPO- União dos Aposentados de Osasco e várias entidades privadas.

Não precisa colocar meu nome. Escreve só que sou uma idosa que adora dançar

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A necessidade no investimento em Políticas Públicas Sem dúvida, a data é digna de festas, da oportu-nidade de promover integra-ção entre grupos, de levar à população informações sobre como garantir os seus direitos, de forma mais des-contraída. No entanto, mais do que comemorar a possibilidade de poder viver mais, a data também deve servir para debater o que o poder público deve fazer para que todos vivam melhores e como devem ser os investi-mentos em políticas públicas que valorizem e protejam todos os idosos. É preciso trabalhar as esco-las e educar as famílias em relação ao papel do idoso na sociedade. A maioria dos jovens despreza a terceira

idade, porque são influen-ciados pela cultura de massa que ainda valoriza somente os mais jovens, os mais bonitos e os mais fortes. Num ano de eleições muni-cipais, teria sido importante cobrar de candidatos do legislativo e do executivo propostas para soluções práticas aos problemas enfrentados pelos idosos em questões ligadas à saúde, à educação e à violência. Não é possível mudar o planejamento das vias públi-cas e melhorar o transporte público com qualidade se não for levado em conta que em menos de 10 anos São Paulo terá mais idosos do que adolescentes. Além do mais nada se faz sem verbas dirigidas, é preciso cobrar que os investimentos para a população idosa estejam consignados no orçamento dos estados e dos municí-pios.

IV Encontro Nacional de Fóruns da Sociedade Civil

pelos Direitos da Pessoa Idosa

ocorrerá no estado do Rio de Janeiro, no Distrito de Xerém,

Duque de Caxias,

19, 20 e 21 de novembro de 2012A participação é aberta ao público, que pode se inscrever pela internet.

www.forumnacional.net.br

e que tem um dia melhor quando venho nesses bailes com muitos idosos. Disse a senhora que sorridente car-regava várias bixigas cor de rosa no baile que a Secre-taria Municipal de Esportes de São Paulo ofereceu aos idosos, no dia 2 de outubro, no salão do Clube Juventus, na Mooca.

Essa comemoração é espe-cial para nós porque coincide com o nosso aniversário de fundação. Estamos comple-tando 49 anos de existên-cia, somos o mais antigo grupo de terceira idade de São Paulo, criado em 1963, no SESC Carmo. Agora além dos nossos tradicio-nais bailes, das segundas--feiras, também estamos com orientação contra a vio-lência, disse Gorette Felipe Rodrigues, coordenadora do Grupo de Convivência Carlos Malatesta.

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Aconteceu

Distritais da Associação Comercial de São Paulo, na Zona Leste, entregam o 5º Prêmio Gutemberg de Comunicação No último dia 11 de setembro, no auditório do SESC Belenzinho, foi entregue o 5º Prêmio Gutemberg, um tro-féu que é entregue anualmente, numa solenidade organi-zada pelas Distritais Mooca, Penha, São Miguel e Tatuapé da ACSP- Associação Comercial de São Paulo. A distinção foi criada em 2007, pelo então Diretor Supe-rintendente da Distrital Tatuapé, o também jornalista José Garris Del Valle, que idealizou o Prêmio com a proposta de agradecer e homenagear os profissionais da imprensa e de comunicação que prestigiam a Zona Leste da Capital. Nesta 5ª Edição foram 55 homenageados, entre eles a editora do Jornal da 3ª Idade, Hermínia Brandão, teve a honra de ser agraciada. A sua indicação partiu do advogado Dinael Wilson Milo-chi, membro da Associação Comercial e conselheiro do Conselho Municipal do Idoso de São Paulo. “ Embora o Jornal da 3ª Idade não seja sediado na Zona Leste, ele tem contribuido para a qualidade de vida dos idosos da Região, com a distribuição entre os grupos e entidades de terceira idade locais”, disse Dr. Dinael. Compuseram a mesa: o coordenador das Distritais Leste, Marco Antônio Jorge e os superintendentes da Dis-trital Mooca, Júlio Cesar Olivier; da Distrital Penha, Eugê-nio Cantero Sanchez; da Distrital de São Miguel Paulista, Antônio Abrão Mustafá Assem e da Distrital do Tatuapé, Antônio Sampaio Teixeira, além de José Garris Del Valle, idealizador do Prêmio. Coube ao mestre de cerimônia, Davi Gonçalves Almeida, anunciar as autoridades presen-tes e chamar cada profissional homenageado.

Associação Reciclázaro reuniu especialistas num seminário internacional para falar sobre o trabalho com os idosos fragilizados no Brasil

Cada vez mais os idosos ganham espaço na mídia e no mercado em geral, com a força das empresas que criam marcas e serviços para esse segmento, que é o mais crescente no mundo. No entanto, os idosos fra-gilizados pobres, que não dispõem de recursos para usufruir dos produtos que tornariam suas vidas mais confortáveis estão esqueci-dos. Por isso é muito impor-tante iniciativas como a promovida pela Associação Reciclázaro, no último dia 28 de setembro. A ONG, que é vinculada a Arquidiocese de São Paulo,

Ana Gamble Sánchez-Gavito, coordenadora de Gerontologia do Instituto para a Atenção aos Adultos Maiores, do México

Enfermeira e Gerontóloga, Irmã Terezinha Tortelli, Coordena-dora Nacional da Pastoral da Pessoa Idosa (de azul) entre lide-ranças da Pastoral da Pessoa Idosa, de São Paulo.

organizou o II Seminário Internacional sobre Enve-lhecimento, com o tema: Pessoas Idosas Fragilizadas: Políticas Públicas e resposta da sociedade civil, para mar-car a semana do idoso. As 230 pessoas presentes debateram as necessidades desses idosos, que não são oficialmente quantificados, mas que se estima chegue a quase 5 milhões, no Brasil. O evento contou com a par-ticipação de vários setores da sociedade ligados as ques-tões dos idosos. Alguns dos destaques foram: a Enfermeira e Gerontóloga, Irmã Terezinha Tortelli, Coor-denadora Nacional da Pasto-ral da Pessoa Idosa; e Clau-dia Oliveira, que apresentou o Centro Dia de Convivência da cidade de Itu, no Interior de São Paulo. O Padre José Carlos Spí-nola, presidente da Asso-ciação Reciclázaro e Andréa Poscai, a assistente Social que coordena o Programa de Atenção à Pessoa Idosa, da entidade foram os res-ponsáveis pela organiza-ção do evento que contou ainda com a colaboração de vários jovens voluntários.

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4ª EDIÇÃO

6 - 8 Dezembro 2012

Expo Center Norte - São Paulo - SP

ONGBras l• Mais de 500 ONGs, Fundações e Associações• 15.000m² de exposição• Mais de 196 palestras

Realização: UM OFERECIMENTO

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FEIRA E CONGRESSO

TRABALHO SOCIAL: O BRASIL PEDE MAIS!

PARTICIPEONGBras l DIAS 6 e 7: 12 às 20h

DIA 8: 10 às 16h

Homenagem

Ao longo de sua carreira, Ângela Maria gravou 115 discos e se tornou, nos anos cinquenta, referência de voz feminina na música popular brasileira. Ela influenciou cantoras como Elis Regina e Clara Nunes e também cantores, como Cauby Peixoto e Djavan. Ângela gravou praticamente todos os compositores brasileiros mais importantes, de Noel Rosa e Pixinguinha a Cazuza e Renato Russo.

Ângela Maria retoma os shows aos 84 anos para comemorar os 64 anos de sua carreira artística Quem, há cerca de 40 dias,

estava com as 450 pessoas que lotavam o Teatro João Caetano, na Vila Clementino, em São Paulo saiu muito ale-gre. Tinha acabado de fazer parte de um coral espontâ-neo que durante 90 minutos relembrou algumas das músi-cas mais bonitas do nosso cancioneiro, acompanhando o show de Ângela Maria.“Escutá-la de perto, cantar

junto às músicas que fizeram parte da nossa mocidade é um presente. Fiquei sabendo na última hora que poderia assistir de graça e corri para pegar o meu ingresso. As prefeituras estariam presti-giando os idosos se ofereces-sem shows com os artistas antigos. Eles continuariam prestigiados e nós felizes com a chance de rever nossos ídolos”, disse emocionado Joaquim Oliveira, de 83 anos, morador do Jabaquara.Ângela Maria se apresentou

com o show 40 anos de Sau-dade da Estrela Dalva”, home-nageando a cantora Dalva de Oliveira, morta em 30 de agosto de 1972, aos 55 anos. Desde a época em que era

a primeira voz do coro da Igreja Batista do Bairro do Estácio, no Rio de Janeiro, Ângela sonhava em ser como Dalva de Oliveira, uma can- Ângela Maria foi enredo da Escola de

Samba Rosa de Ouro (SP)em 1994, numa das mais bonitas homenagens a um artista.

Capa do seu último CD com o qual comemora seus mais de 60 anos de carreira artística.

Ela foi uma das atrações no Cruzeiro Agnaldo Rayol e Amigos,em abril, que contou com vários artistas famosos para gravar um novo disco e DVD ao vivo do cantor.

Seu nome é Abelim Maria da Cunha. Ela inventou Ângela Maria para esconder dos pais que cantava.

tora de sucesso. Apesar de ganhar inúmeros concursos de calouros, não chegou a ser contratada. porque era a cópia da então mulher do compositor Herivelto Martins. Com o tempo, adquiriu estilo próprio e largou a escola, o trabalho em uma fábrica de lâmpadas e a Igreja, a contragosto dos pais, para se tornar artista exclusiva da Rádio Mayrink Veiga. Adqui-riu prestígio dentro e fora do Brasil e fez diversas turnês pela Europa, Estados Unidos, América Central e África. Recebeu do presidente Getú-

lio Vargas o apelido de Sapoti. “Menina, você tem a voz doce e a cor do sapoti”, disse ele. Aos 84 anos ela é uma das

poucas remanescentes da época de ouro do rádio brasi-leiro, do qual foi eleita rainha por 4 vezes, recebendo, em 1954, o recorde de votos de toda a história do concurso. Ela influenciou vários artistas, como Elis Regina e Milton Nascimento. No começo de 2012, Ângela

lançou o CD Eu Voltei, o primeiro em oito anos, em comemoração às seis déca-das de carreira. O título, ins-pirado na letra da música O Portão, de Roberto e Erasmo Carlos, é uma metáfora a esse retorno aos palcos.

Dalva de Oliveira Cardoso tem 72 anos e diz que aprendeu com o pai a gostar dela. “Só pelo meu nome já dá para perceber como o meu pai era fã. Cresci admirando-a.”

Josefa P. Araes tem 61 anos e sua mãe Júlia A.P. Araes tem 91 anos, ambas adoram Ângela Maria. “Sempre procuramos ir aos seus shows. Ela precisa fazer mais”.

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Agenda

Um dos ídolos da Jovem Guarda, apelidado de “O Bom Rapaz”, o paulistano do bairro do Belenzinho, Wanderley Cardoso, que foi matéria de capa na edição de março de 2012, do Jornal da 3ª Idade, está com 67 anos de idade e 54 ano s de carreira artística. Ele já gravou mais de 950 músicas, vendeu mais de 16 milhões de cópias de seus 88 discos. Seu DVD, 40 anos de sucesso do Bom Rapaz, foi indicado ao Grammy Latino.

Wanderley Cardoso - O bom rapaz e seus grandes sucessos

SESC ConsolaçãoTeatro Anchieta.31/10 ás 15horas 11 3234-3000 R$ R$ 20,00 [inteira]R$ R$ 10,00 [usuário ins-crito no SESC e dependen-tes, +60 anos, professores da rede pública de ensino e estudantes com compro-vante]R$ R$ 5,00 [trabalhador no comércio de bens, ser-viços e turismo matriculado no SESC e dependentes].

Até o final de 2013 toda a coleção do Jornal da 3ª Idade,desde o nº 1, em janeiro de 2004, estará disponívelpara leitura pela Internet.O projeto faz parte das comemorações dos 10 anos do jornal, que serão completados em fevereiro do ano que vem.Atualmente já é possível ler as edições de julho e setembro de 2012.

Show de lançamento do DVD “Cauby, o Mito: 60 anos de Música”, gravado ao vivo no teatro do Sesc Vila Mariana. No repertório canções como “Conceição” (Nelson Souto e Antônio Carlos de Sousa e Silva), “Bastidores” (Chico Buarque), “Something” (Beatles), “Força Estranha” (Caetano Veloso). Participações especiais de Ângela Maria (dia 3) e Vânia Bastos (dia 4). Com Ronaldo Rayol (violão), Marcelo Monteiro (sax e flauta), Renato Loyola (baixo acústico), Nahane Casseb (bateria) e Daniel Lobo (piano). Teatro. Duração: 1h30. Ingressos à venda pela rede INGRESSOSESC a partir de 25/10, às 14h.R$ 32,00 [inteira]R$ 16,00 [usuário inscrito no SESC e +60 anos, professores da rede pública de ensino e estudantes com comprovante]R$ 8,00 [trabalhador no comércio de bens, serviços e turismo matriculado no SESC e dependentes]

SESC Belenzinho03/11 ás 21horas (sábado)04/11 ás 18h (domingo) 11 2076-9700

Cauby Peixoto 60 anos de música

Na Capital

Na Capital

O sambista começou a carreira em 1955, no ano seguinte gravou um 78 rotações com as músicas “Minha Nega” e “Minha Pretinha”, em 1957 lançou seu primeiro LP “Germano Mathias, o Sambista Diferente”. Com mais de cinquenta anos de carreira, Germano gravou 19 discos e vários compactos, e participou dos filmes “O Preço da Vitória” e “Quem Roubou meu Samba”. No show, o cantor lança o álbum “Raiz & Tradição” com produção assinada pelo músico Juninho Guimarães e lançamento pelo selo “Arlequim”. Comedoria. Ingressos à venda pela rede INGRESSOSESC a partir de 01/11, às 14h.

R$ 24,00 (inteira)R$ 12,00 (usuário inscrito no SESC e +60 anos, professores da rede pública de ensino e estudantes com comprovante)R$ 6,00 (trabalhador no comércio de bens, serviços e turismo matriculado no SESC e dependentes)SESC Belenzinho17/11 ás 21h30 (sábado) 11 2076-9700

GermanoMathias o sambista diferente

Na Capital

Novos conceitos do envelhecimento Palestra da antropóloga Guita Grin Debert que faz uma análise ousada do processo da construção social da velhice no Brasil. Fala sobre o papel do idoso- um ator não mais ausente do conjunto de discursos produzidos- presente no debate sobre políticas públicas, nas interpelações dos políticos em momentos eleitorais e até mesmo na definição de novos mercados de consumo e novas formas de lazer. Auditório.SESC Carmo 27/11 ás 15h30 terça-feira 11 3111-7000

Na Capital

Uma das bandas integrantes do movimento Jovem Guarda, os Golden Boys são, na origem, um quarteto doo-wop (estilo de música vocal baseado no rhythm and blues), foi formado inicialmente por três irmãos - Roberto, Ronaldo e Renato Correa e José Maria -, e um primo, Valdir Anunciação, que faleceu em 2004. No repertório do show, estarão presentes músicas da Jovem Guarda que ficaram famosas na voz do grupo e que os mais velhos não esquecem. Ingressos à venda na Redesesc a partir de 01/11, às 14h. No Ginásio (600 lugares com cadeiras).

R$ 20,00(inteira)R$ 10,00 (usuário inscrito no SESC e dependentes, +60 anos, professores da rede pública de ensino e estudantes com comprovante)R$ 5,00 trabalhador no comércio de bens, serviços e turismo matriculado no SESC e dependentes)SESC Ipiranga28/11 ás 16h (quarta-feira) 11 3340-2000

GoldenBoys e a Jovem Guarda

Na Capital

Curso grátis na Caixa Cultural ensina entender a Arte Contemporânea

Na Capital

A CAIXA Cultural apresenta o curso “Para Entender a Arte Contemporânea”, des-tinado a fornecer aos alunos informações básicas para a compreensão daquilo que se convencionou chamar de “arte contemporânea” e prepará-los para a reflexão sobre a produção artística atual no setor das artes visuais, incluindo as que se utilizam de recursos tecnológicos avançados. O curso será ministrado pelo crítico de arte e cura-dor Enock Sacramento. O curso será dividido em oito módulos:1) Antecedentes da arte contemporânea no Brasil – Anos 20 e 30; 2) Antecedentes da arte contemporânea no Brasil – Anos 40 e 50;

3) Op Art, Pop Art, Arte Cinética, Minimalismo;4) Hiperrrealismo, Nova Figuração, Arte Povera, Arte Conceitual;5) Os meios na arte;6) Desenho, Pintura, Foto-grafia, Escultura e Objeto. Hibridações e contami-nações na arte contem-porânea;7) Happening, Performance, Body Art e Land Art;8) Arte Postal, Livro do Artista, Poéticas Visuais, Vídeo Arte, Web Art e outros meios.

Local: CAIXA Cultural – Praça da Sé, 111.Período: 06 de novembro a 11 de novembro de 2012.Informações: 11 3321-4400Entrada franca.

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Com o avanço da medicina muitas doenças passaram a ter opções de tratamento que melhoram a qualidade de vida do paciente. Neste contexto, o câncer e outras patologias, mesmo graves, passaram a ser consideradas como doenças crônicas. Com a fase de envelhecimento mais longa, surgem mais en-fermidades e por isso a figura do cuidador ganha destaque.

No início do século passado, a expectativa de vida média era de 40 a 50 anos. Hoje, no primeiro mundo, já se atinge os 75 anos ou mais.

Morria-se de doenças agu-das, com poucos dias de enfermidade. Hoje, as causas prevalentes de morte são doenças crônicas que podem durar anos.

O cuidador é aquela pessoa que se predispõe a acompa-nhar o paciente que neces-sita de cuidados contínuos. Existem dois tipos de cui-dadores: o cuidador formal, pessoa que exerce a função e tem qualificação para isso, e o cuidador informal, aquele que surge espontaneamente dentro da família ou comu-nidade como a pessoa mais

indicada e/ou disponível no momento.

O cuidador tem papel fun-damental no tratamento e no suporte diário contínuo dos pacientes. É comum observar na experiência clínica que, pessoas acompanhadas por um cuidador melhor prepa-rado e com uma atitude mais positiva frente à doença, costumam exibir um curso clínico mais favorável.

O cuidado que objetiva a integralidade do ser humano envolve compromissos, tra-balhos e um ato supremo de doação.

A importância do Cuidador no acompanhamento dospacientes crônicosVera Anita BifulcoPsicóloga e coordenadora do setor de Psico-oncologia do Grupo IPC Saúde

Saúde

Aprovada no Senado a regulamentação da profissão de Cuidador de Idoso O cuidador de pessoa idosa profissional é aquele que desempenha funções de acompanhamento e assis-tência exclusivamente à pessoa idosa. Para exercer a profissão é preciso ter mais de 18 anos, ter concluído o ensino fundamental e curso específico de qualificação, conferido por instituição de ensino reconhecida por órgão público de educação. As funções do cuidador de pessoas idosas devem incluir auxílio na realização de rotinas de higiene pes-soal e de alimentação; cui-dados preventivos de saúde e auxílio na mobilidade e apoio emocional para con-vivência social. O profissional pode atuar no domicílio do idoso, em instituições de longa per-manência, hospitais ou até mesmo em eventos cultu-rais e sociais. Poderá ser responsável por administrar

medicamentos, desde que autorizados pelo profissio-nal de saúde responsável pela prescrição. Essas são os principais dados do perfil que deve ter uma pessoa que queira tra-balhar como cuidador pro-fissional de idosos, segundo o Projeto de Lei que regula-menta a profissão aprovado no Senado Federal em 12 de setembro, passado. Os integrantes da CAS- Comissão de Assuntos Sociais do Senado acolhe-ram substitutivo apresen-tado pela relatora, senadora Marta Suplicy (PT-SP), ao projeto (PLS 284/2011) de Waldemir Moka (PMDB-MS). Na audiência pública reali-zada para debater a aprova-ção, alguns dos argumentos apresentados lembraram que no Brasil mais de 10% da população já é idosa, com mais de 20 milhões de pessoas com mais de

60 anos. Também foram apontadas por gerontó-logos as estimativas do IBGE- Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísti-cas- que indicam que em menos de quatro déca-das o Brasil deverá ter uma população de mais de 64 milhões de idosos, numa porcentagem de quase 180 velhos para 100 jovens. Segundo os especialis-tas, um terço deles, cerca de 21 milhões de idosos, dependerão de produtos, serviços e profissionais especializados.

Até o fechamento da nossa edição a Comissão de Assun-tos Sociais do Senado infor-mava que ele estava sendo encaminhado para a Câmara Federal para votação. Só depois de aprovado lá é que segue para a Presidente Dilma promulgar ou vetar.

ENCONTROS PSICOEDUCACIONAIS PARA CUIDADORES DE PACIENTES COM DEMÊNCIA

grátis- vagas limitadas (necessário inscrição)Módulo 3: Aspectos importantes27/10/2012 (sábado)das 8h ás 12h30m - Envelhecimento e Personalidade - Aspectos jurídicos e legais- Mudança dos papéis familiares

Módulo 4: Outras perspectivas

10/11/2012 ( sábado)das 8h as 12h30m - Casa de Repouso ou da família?- Instituições para idosos- Rotina de cuidados na demência

Local: Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas da FMUSP Rua Dr. Ovídio Pires de Campos, 785 Cerqueira CésarPúblico: Familiares e cuidadores de pacientes com demências

PROTER - 11- [email protected]

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Jornal da 3ª Idade - outubro de 2012Agenda de bailes

Banda Via ExpressaBaile show pela banda que vem animando tardes e noites paulistanas com um autêntico baile de repertório variado de ritmos dançantes, como: samba, gafieira, forró, maxixe, baião, bolero, baladas, entre outros. Retirada de ingressos de 1h antes. Choperia. grátisSESC Pompéia14/11 das 16h30 as 18h30 11-3871-7700

No Osasco PlazaO Baile Nostalgia, organizado mensalmente aos domingos, na praça de eventos do Osasco Plaza Shopping, por Renato Galhardo, terá sua próxima edição em-balada pela Banda Fox. O evento é aberto a todos os interessados de todas as idades, de todas as cidades. grátisOsasco Plaza Shopping28/10 das 14h às 19 horas 11-2117-2777

Banda a Flor e o EspinhoO regional- formado por Bia Góes , Luizinho 7 cordas, Gabriela Machado, Ricardo Valverde e Wes-ley Ferreira- faz uma homenagem ao compositor além do repertório de primeira de choros, boleros, samba de gafieira e marchinhas. Retirada de ingressos de 1h antes. Choperia. grátisSESC Pompéia07/11 das 16h30 as 18h30 11-3871-7700

Nelson Cavaquinhopara dançar

Baile Nostalgia

Samba Forró eBaião

Banda do Maestro Paulo SerauA banda traz o melhor da gafieira, num show altamente dançante.A Gafieira na Casa foi idealizada por Paulo Serau e André Perine, para reviver clássicos do repertório musical dos saudosos salões de baile, das décadas de 1930 a 1960, e recentes, com a mesma roupagem e estilo de grupos musicais e orquestras da época. Choperia. Retirada de ingressos com 1h de antecedência. grátisSESC Pompéia31/10 das 16h30 as 18h30 11-3871-7700

BaileRomânticoBanda Carisma O baile trazido por essa banda, que é composta por Nereu Silveira e Vera Lucia, vai com desenvoltura do romântico ao moderno, sempre com muita elegância. Durante seu percurso musical, já dividiram o palco com maestros renomados, como Silvio Mazuca, Élcio Alvares, Maestro Zézinho, entre outros, e atualmente se apresentam em diversos espaços. Retirada de ingressos a partir de 1h antes.Na Choperia. grátisSESC Pompéia21/11 das 16h30 as 18h30 11-3871-7700

Aulas de dança desalão

Gafieira na Casa

Anuncie aquio seu baile!Aproveite

esse espaço para convidar

para o seu show!

Baile do Brega e Chiqueo CRI NorteCentro de Referência do Idoso da Zona Norte

faz um baile toda a última sexta-feira do mês. Aberto a todos os interessados. O tema da vez pede que as pessoas se vistam com uma peça de roupa do tema: chique ou brega. grátisMandaCRI26/10 das 14 ás 17horas 11- 2972.9218

Vem Dançar da Prefeitura de São Paulo, em novembro, será dia 28 no Corinthias O Vem Dançar, o programa de baile que é promovido mensalmente pela SEME- Secretaria Municipal de Espor-tes, Lazer e Recreação da Prefeitura de São Paulo, com música ao vivo, gratuito e aberto para todos os interes-sados já agendou seu evento de novembro para o dia 28, no Esporte Clube Corinthias, no Tatuapé. O tema sera Baile do Hawai. Os grupos vinculados aos Clubes da Prefeitura ganham o ônibus para levarem seus idosos. Os organizadores do baile também aproveitam a opor-tunidade para um trabalho de conscientização sobre a incidência de DST- Doenças Sexualmente Transmissíveis- entre os idosos. No Brasil, o Ministério da Saúde não tem dados sobre o índice de transmissões das DSTs, porque a notificação não é obrigatória. A única doença que tem registro é a Aids. Segundo dados do Boletim Epidemiológico Aids e DST/2011, feito pelo Ministério, o número de novos casos entre pessoas acima de 50 anos passou de 2.707, em 2000, para 5.521, em 2010 – um aumento de 103%. Maiores informações sobre o baile na SEME-Secretaria Municipal de Esportes, Lazer e Recreação. grátis 11-3396-6400

Ao Ritmo do baião e Xaxado os casais farão três entradas de 30 min cada, com momentos de intervenções diretas com o público, coreografias sincronizadas, e momentos de solos dos bailarinos. Cada entrada com um figurino diferente, sempre com o enfoque em Lampião e Maria Bonita! Com: João Vecker Renata Zoéga, Jonatas Camolese e Fernanda Rubio. Praça de Convivência. grátisSESC Bom Retiro13/11 terça-feira as 12h 11-3332-3600

Lampião e MariaBonita

Aulas recreativas através de estilos de danças diversificados, que tem como proposta mais objetiva a confraternização, sociabilização, vivências e sensibilização corporal através dos ritmos e possibilidades de movimentos.SESC Bom Retiro09/11 ; 16/11, 23/11 e 30/11 sempre às sextas-feira das 14h às 16 horas 11-3332-3600 grátis

Em Osasco

Na Capital Na Capital

Na Capital Na Capital

Banda de Evandro BeneEntretenimento afim de socializar as pessoas e exercitar o corpo através da cultura da dança. Comedoria.

R$ 8,00 (inteira)R$ 4,00 (usuário inscrito no SESC e +60 anos, professores da rede pública de ensino e estudantes.R$ 2,00 (trabalhador no comércio de bens, serviços e turismo matriculado no SESC e dependentes)SESC Santos26/10 sexta-feira as 19h 13- 3278 9800

Noites especiais com show para dançar

Em Santos

Banda Muical Irmãos Ribeiro´sMais um evento da programação de entretenimento através da cultura da dança. Comedoria.

R$ 8,00 (inteira)R$ 4,00 (usuário inscrito no SESC e +60 anos, professores da rede pública de ensino e estudantes.R$ 2,00 (trabalhador no comércio de bens, serviços e turismo matriculado no SESC e dependentes)SESC Santos09/11 sexta-feira as 19h 13- 3278 9800

Dançar é DivertidoVivência lúdica de ritmos diversos, com os Instrutores de Atividades Físicas Giancarlo Tola, José Roberto e Silvander Santos. Na Sala de Ginástica 1.SESC Santo André31/10 às 16h ás 17 horas11 4469-1200

Em Santo André

Na Capital Na Capital Na Capital

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Jornal da 3ª Idade - outubro de 2012

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Psicóloga

Psicóloga Casa de Repouso

Advogado Revisão de aposentadoria

Produtos e Serviços Plano de Saúde

Por tempo de serviço e por idade; Auxílio doença e auxílio acidente;

Pensão por morte; LOAS (amparo assistencial ao idoso e/ou deficiente) e revisões de valores, entre outros pedidos

perante o INSS. 11- 2139-5600

[email protected]. Dumont Villares nº1306

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SAÚDE- valorize os seus direitosNos últimos três anos o seu plano de saúde negou

alguma coisa que o seu médico recomendou?Após 60 anos, o seu plano de saúde cobra aumento no seu aniversário?

Diminua o valor da mensalidade. Receba em dobro a diferença que foi cobrada a mais. Receba a reparação

pela negativa e o valor do que lhe foi negado.Mantenha o seu plano atual com as correções de

direito. Mesmo com o plano antigo.Consulta de orientação gratuita

Dr. Luiz 11-3884.8104 ou 11-6657.2933

(11) 3884-8104 ou (11) 6657-2933Dr. Luiz

Antiguidades

Direito de famíliaAtuamos em questões relacionadas ao Direito de Família (planejamento patrimonial; heranças; doações; tes-tamentos; usufrutos; direitos do cônjuge no casamento e na união estável; interdições; inventários; alimentos

etc.), ao Direito Civil (Contratos, Locações, Reparação de Danos, entre outros) e ao Direito Empresarial.

Antonio Rodrigues Ramos Filho (OAB/SP 106.392)

Rosangela de Paula Neves Vidigal (OAB/SP 84.631)

11- 3101.7554 e 11-3715.1114www.rodriguesramos.com.br

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Jornal da 3ª Idade - outubro de 2012