jornal de maricá março

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Os comentários que correm nos quatro cantos da cidade sobre a decisão do TRE, que cassou a impugnação de Quaquá, como candidato a prefeito, face a abalizada e fundamentada sentença da Juíza Eleitoral de Maricá, motivado pela entrega de 14.000 note books aos alunos dos colégios, visando obter os votos dos pais, procedido em véspera do pleito, tem motivado acusações de ter havido compra pelos companheiros de Quaquá, por elevada importância, dizem de valores de cinco milhões a oito milhões de reais, com os quais o Recurso foi provido e anulada a sentença da Juiza Eleitoral Dra. Juliane Mosso Guimarães. O blog do ilustre Desembargador Siro Darlan, do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro, no mordaz comentário que faz sobre os Desembargadores Luiz Zveiter e Letícia Sardas, deixa indícios da possibilidade do acontecido, principalmente pelo fato da citada Desembargadora Letícia Sardas ter sido a relatora do Recurso que permitiu a eleição e posse de Quaquá. O blog do referido Desembargador, que transcrevemos na página 3 deixa dúvidas! LIBELO CONTRA OS DESMANDOS NO TRIBUNAL REGIONAL ELEITORAL Páginas 4 e 5 JORNAL DE MARICÁ Diretor Responsável: Edison Torres Ano XLVIII Número 02 Março 2013 Maricá - RJ JACINTHO LUIZ CAETANO, SUA HISTÓRIA É A HISTÓRIA DE MARICÁ O resumo da bela história do maior progressista da história de Maricá. Sua história se confunde com a história de progresso e crescimento do nosso município. Páginas 6, 7 e 8 De há muito, desde que assumiu a prefeitura e passou a cometer atos de corrupção e rapinagem nos cofres da municipalidade, publicávamos as trampas e deslizes que praticava, quer fraudando licitações, recebendo propinas e tratando os assuntos e questões administrativas como fossem da ´´cosa mostra“. O que prevíamos com as inúmeras e várias denúncias feitas contra o corrupto QuaQuá, fosse no Ministério Público, seja nas Polícias Federal e Estadual, como também perante a Justiça, estávamoscertos que ele, convicto que seus crimes ficariam impunes, por falta de uma prova robusta, continuaria cometendo suas patifarias. Aconteceu, que presunçoso e ignorante como é, além de imbecil, QuaQuá dando raias a sua inveja e ódio contra a tradicional, conceituada e querida família Caetano, decidiu ele destruir o monumento com a estátua do estimado Jacintho Luiz Caetano, que se encontrava na frente do Terminal Rodoviário de Maricá, como está documentado com as fotos que publicamos em matéria sobre sua vida nas páginas 6, 7 e 8. Entretanto, o ato desse calhorda importa em crime, cuja pena de reclusão é de 1(um) a 3 (três) anos, que ele cumprirá, indiscutível e certamente no presídio BANGU I, depois de devidamente processado pela Queixa-Crime que lhe está sendo movida. O crime que QuaQuá praticou com a destruição do monumento está configurado em artigo da Lei 9.605, de 12 de fevereiro de 1998, que dispõe: Art. 62 – Destruir monumentos etc. etc. Pena – reclusão de 1 ano a 3 anos e multa. Portanto, QuaQuá. Prepare-se para residir no BANGU 1. QUEM COMETE CRIME, PAGA NA CADEIA. A G U A R D E ! QUAQUÁ COMETEU CRIME E VAI PARA A CADEIA RICARDO BOECHAT FALA SOBRE O PREFEITO DE MARICÁ

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Page 1: Jornal de maricá março

Os comentários que correm nos quatro cantos da cidade sobre a decisão do TRE, que cassou a impugnação de Quaquá, como candidato a prefeito, face aabalizada e fundamentada sentença da Juíza Eleitoral de Maricá, motivado pela entrega de 14.000 note books aos alunos dos colégios, visando obter os votos dos pais,procedido em véspera do pleito, tem motivado acusações de ter havido compra pelos companheiros de Quaquá, por elevada importância, dizem de valores de cinco milhõesa oito milhões de reais, com os quais o Recurso foi provido e anulada a sentença da Juiza Eleitoral Dra. Juliane Mosso Guimarães.

O blog do ilustre Desembargador Siro Darlan, do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro, no mordaz comentário que faz sobre os Desembargadores Luiz Zveiter e LetíciaSardas, deixa indícios da possibilidade do acontecido, principalmente pelo fato da citada Desembargadora Letícia Sardas ter sido a relatora do Recurso que permitiu aeleição e posse de Quaquá.

O blog do referido Desembargador, que transcrevemos na página 3 deixa dúvidas!

LIBELO CONTRA OS DESMANDOS NO TRIBUNAL REGIONAL ELEITORAL

Páginas 4 e 5

JORNAL DE

MARICÁDiretor Responsável: Edison Torres Ano XLVIII Número 02 Março 2013 Maricá - RJ

JACINTHO LUIZ CAETANO, SUA HISTÓRIA É A HISTÓRIA DE MARICÁO resumo da bela história do maior progressista da história de Maricá. Sua história se confunde com a história de progresso

e crescimento do nosso município. Páginas 6, 7 e 8

De há muito, desde que assumiu a prefeitura epassou a cometer atos de corrupção e rapinagemnos cofres da municipalidade, publicávamos astrampas e deslizes que praticava, querfraudando licitações, recebendo propinas etratando os assuntos e questõesadministrativas como fossem da ´´cosamostra“.

O que prevíamos com as inúmeras e váriasdenúncias feitas contra o corrupto QuaQuá,fosse no Ministério Público, seja nas PolíciasFederal e Estadual, como também perante aJustiça, estávamoscertos que ele, convicto queseus crimes ficariam impunes, por falta de umaprova robusta, continuaria cometendo suaspatifarias.

Aconteceu, que presunçoso e ignorante como é,além de imbecil, QuaQuá dando raias a sua inveja eódio contra a tradicional, conceituada e querida famíliaCaetano, decidiu ele destruir o monumento com aestátua do estimado Jacintho Luiz Caetano, que seencontrava na frente do Terminal Rodoviário de Maricá,como está documentado com as fotos que publicamosem matéria sobre sua vida nas páginas 6, 7 e 8.

Entretanto, o ato desse calhorda importa em crime, cujapena de reclusão é de 1(um) a 3 (três) anos, que ele cumprirá,indiscutível e certamente no presídio BANGU I, depois de devidamenteprocessado pela Queixa-Crime que lhe está sendo movida.

O crime que QuaQuá praticou com a destruição do monumento estáconfigurado em artigo da Lei 9.605, de 12 de fevereiro de 1998, que dispõe:

Art. 62 – Destruir monumentos etc. etc. Pena – reclusão de 1 ano a 3 anos e multa.Portanto, QuaQuá. Prepare-se para residir no BANGU 1.QUEM COMETE CRIME, PAGA NA CADEIA. A G U A R D E !

QUAQUÁ COMETEU CRIME E VAI PARA A CADEIA

RICARDO BOECHAT FALASOBRE O PREFEITO DE MARICÁ

Page 2: Jornal de maricá março

EM MARICÁ, NEPOTISMO ATÉNA CORTE DE MOMO

Que o nepotismo rola solto em Maricátodos sabem e isso não é deagora, embora nestesegundo governo a farraesteja bem maior. É vice-prefeito com esposa nasecretaria deeducação, é vereadorcom esposa nasecretaria de trabalho,é outro vereador comesposa na secretariade iluminação pública,é secretário de turismocom esposa chefiando aUPA (EPA!!!) e outros“cositas más”!!!

Mas como o assunto écarnaval, ninguém esperavaque em Maricá, até na cortede Momo os velhacos agiriam.

A bagunça começou nasinscrições. Até o ano passado, havia umlimite de idade de 31 anos para ascandidatas a Rainha e Princesa. Para oRei Momo não existia este limite, mas issonão importa muito, até porque, D. João VIII(como é chamado pelo jornal Barão deInohan) o eterno - pelo menos nos últimosoito anos - e carismático (com muitosamba no pé), João Bonfim Júnior.Enquanto ele estiver no páreo, não tempara ninguém.

Mas no concurso da Rainha, existia umlimite de 31 anos, tanto que uma professorade educação física que é apenas MUSADO CACIQUE DE RAMOS - o maior blocode embalo do Rio de Janeiro, estavaimpedida de concorrer desde 2012justamente pelo problema de idade, poisno ano passado, completou 32 anos aliás,com muita saúde.

E esse ano, esta musa chamada FláviaMorais, justamente pelo mesmo moproblema não pode concorrer.

Só que, sem avisarem a ela, alteraramo regulamento e suprimiram esse limitede idade, e convidaram uma “jovem” de42 anos para se inscrever,e que por acaso,acabou como Princesa do Carnaval.

Segundo matéria veiculada no Barãode Inohan on line, candidatas que se

sentiram prejudicadas botaram a boca notrombone. Segundo uma delas, no ato deinscrição, uma funcionária lourinhamagrinha informava que havia o limite de

idade de 31anos (?????).

E você pensa que o problema terminapor aí?

Negativo. Ainda segundo essascandidatas (quatro que se sentiram prejudi-cadas e segundo informações entraramcom pedido de verificação deirregularidades no Ministério Público),todas foram informadas que deveriamchegar no local do evento até às 21 horas.

E assim aconteceu. A disputaaconteceu no sábado dia 26 de janeiro,noite com muita chuva, mas todas ascandidatas - exceto Ana Carolina,chegaram no horário e ficaram“concentradas” numa sala da Casa deCultura, esperando não sei o que, já que oconcurso estava marcado para começaràs 21:30h.

Eis que por volta das 22:30h (segundoinformaçõesdas candidatasenclausuradas), chegou a jovem AnaCarolina, moradora do Rio de Janeiro porapenas 4 meses do ano, pois nos outros 8meses, trabalha num circo na Alemanha(????) e foi imediatamente recepcionadapela Sra. Bárbara esposa do Secretario deTurismo, que a levou para uma outra sala

CARNAVAL EM MARICÁ, OSAMBA DO CRIOULO DOIDO

na Casa de Cultura, separada das demaiscandidatas.

Com quase uma hora e meia de atraso,o concurso começou e além daapresentação, foram feitas perguntas paraas candidatas. A maioria delas (a exceçãodas candidatas 01 e 03 - futura Rainha eda futura Princesa respectivamente)respondeu que gostavam muito docarnaval de Maricá, mas que era muitomelhor quando haviam os desfiles dasescolas de samba (!!!!!!!!). Voces achamque elas foram prejudicadas por essa

resposta?Depois da apresentação doscandidatos aos três títulos,

vieram os resultados: ReiMomo (mas do que justo),

João Bonfim Júnior, pelooitava vez consecutiva.Rainha, Ana arolina ePrincesa DudaJantorno (a jovem de42 anos, que aliás,samba legal e está embelíssima forma).

Mas depois doconcurso, na semanaseguinte, começarama pipocar as denúnciasde falcatrua. Através darede social Facebook,descobriram que aRainha Ana Carolina é

irmã da Sra. Bárbara(gerente da UPA de Inoã e

esposa do Secretário de Turismo, AmauriVicente) e que o próprio Amauri, seria primoda Rainha, ou seja, tudo em família.

Consultando o regulamento, vimos quenada impede parentes de parti-ciparem docertame, vedado apenas à funcionários daPrefeitura, mas, manda a ética que onepotismo momesmo não existisse.

E para completar o samba do crioulodoido, lembram-se que no início da matériafalamos da Musa do Cacique de Ramos,que foi impedida nos dois últimos anos departicipar por causa da idade?

Pois é, além de terem colocado a jovemde corpo escultural no júri e durante oconcurso terem informado que ela nãoestaria concorrendo por já ter participadovárias vezes (foi Princesa por duasocasiões), resolveram rasgar em definitivoo regulamento do concurso, concedendoa ela, o título de Musa do Carnaval deMaricá na coroação feita por Martinho daVila em show no dia 02 de fevereiro.Segundo nossos informantes, esse foi ojeito de acalmar a fúria da Musa FláviaMorais ao saber que a Princesa tnha 42anos e ela, um monumento de 33 anoshavia sido impedida de participar.

Coisas de Maricá!!!

COMO FICOU?Ex Vereador Claudio Ramosdenuncia desvio de R$ 35milhões da Prefeitura de

MaricáNo apagar das luzes do ano legislativo

de 2012, o então vereador Claudio Ramos(PDT) que não foi reeleito, denunciou umpossível esquema envolvendo o prefeito deMaricá Washington Quaquá (PT) emembros do seu primeiro governo. OVereador leu o documento que foi entregueao Ministério Público Estadual, aodelegado da 82 DP (Maricá) e protocoladona Câmara Municipal de Maricá.

O advogado Cláudio Ramos informouque o prefeito Washington Quaquá, o ex-secretário de Educação e atual vice-prefeito, Marcus Ribeiro, o então secretáriode obras Paulo Delgado e a ex-secretáriade Administração interna Maria Helena(apadrinhada de José Dirceu), que somamnúmero suficiente que define umaquadrilha, segundo o ex-Vereador,desviaram dos cofres da prefeituramunicipal, através de licitaçõesfraudulentas, mais de R$ 35 milhões, quebeneficiaram as empresas de MarceloChagas Viana.

Na denúncia, o então Vereador disseque houve corrupção ativa compagamento de propina para facilitar aaprovação de diversos contratos licitatórios- publicidade, sinalização e terceirizaçãode mão de obra - para oito empresas,cujos endereços são os mesmos (Estradado Baldeador, 550 - Niterói), e o nome deMarcelo Chagas Viana aparece comosócio em todas elas, segundo ClaudioRamos.

No documento, Claudio Ramos afirmaque as ligações entre o empresário, oprefeito Quaquá e o vice-prefeito MarcusRibeiro não deixam dúvidas da relaçãoentre eles na montagem de um esquemasofisticado e audacioso para o desvio dedinheiro público com objetivos de captarfundos e financiar a campanha eleitoral.

O delegado de Maricá na época doregistro da ocorrência - José Willian, e apromotora Regina Scarpa, do MinistérioPúblico, estão fazendo as investigaçõesdessa denúncia, informou Claudio. Com asaída do delegado José Willian, o novodelegado Henrique Paulo assumiu o caso.

Informações obtidas do siteMaricá Info

02 JORNAL DE MARICÁMarço - 2013

VOZES DA RUA VOZES DA RUAVOZES DA RUA

Expediente: Jornal de MaricáDiretor Responsável Edison Torres – Reg. Prof. 385 – DRT – PA Digitação Stéphanie Dalliany e Simone MarquesProgramação Visual: PR Produções Representante: Tráfego PublicidadeRedação: Av. Rio Branco 14 - 18º andar - Centro - Rio de Janeiro - RJ Distribuição: Central de Jornalismo - Rua Barão de Inohan - Centro - Maricá - RJImpressão: A Tribuna Tiragem: 10 mil exemplares (edição especial)

Page 3: Jornal de maricá março

Ed

ito

rial

Orpheu Santos Sales - Jornalista

Quando há cerca de quarenta anoscheguei à Maricá, trazido pelos amigosLeonel Sampaio, sua esposa Lindoiae Raymundo Freitas, que propiciouum cordial relacionamento com Maysae Carlos Alberto, logo seguido deambientação política com gente daterra, através de contatosproporcionados pelo Senador AmaralPeixoto, meu velho amigo dos temposdo Palácio do Catete, onde ambosjuntamente com Roberto Alves, AlziraVargas, Hernani Fitipaldi e SetteCâmara, mantínhamos um fechadogrupo de companheiros e camaradas.

Logo comprei casa na Praia emBambuí, próxima da casa de Leonel,Freitas, Antonio Calado, Paulo Duquee sua esposa Consuelo, que haviasido minha colega no Catete. Emseguida por recomendação de Leoneladquiri um velho casarão em ruína,no Espraiado, que havia sido nopassado sede dos frades beneditinos.Depois de restaurado foi minharesidência por cerca de vinte anos,usando-a hoje para fins de semana eferiados.

Em razão do passado político emSão Paulo, filiado ao PTB, fuiconvidado pelo então presidente doDiretório Regional do Rio, ex-senadorÁlvaro Fernandes, e fundei o Diretóriomunicipal, assumi a presidência eacabei me candidatando e me elegiVereador. Fui presidente da Comissãoque elaborou a Lei Orgânica doMunicípio, estatuto que primou poratender todas as questões de interesseda municipalidade, obedecendo eincluindo no seu contexto, os princípios

de moralidade, dignidade e respeitocom normas rígidas para aplicação naadministração municipal. No exercícioda vereança primei pelo cumprimentodas obrigações legislativas,apresentando conjuntamente com osdemais vereadores, os projetos dasleis principais, como de Obras,Postura, Meio Ambiente, Educação,Saúde, Orçamentária, Tributária,Transporte, funcionalismo municipal eseus respectivos Regulamentos.Acompanhei e fiscalizei todas aslicitações e contratos firmados pelaPrefeitura. Não permiti que osdispositivos moralizadores da LeiOrgânica fossem alterados, como oacontecido hoje com o número defuncionários à disposição dosvereadores, que passaram de doispara nove, fora os funcionários daPrefeitura postos à disposição de cadavereador.

Nos últimos 16 anos, participei naimprensa defendendo a moralidade ecombatendo a corrupção, que atingehoje na administração do corruptoQuaquá, um absurdo de bandalheirasem todos os setores, com locupletaçãocriminosa tanto na Prefeitura como noLegislativo, como tem sido denunciadonos jornais livres que circulam nacidade.

Apesar da leniência da Justiça, doMinistério Público e das Policias doEstado e Federal, vamos continuar aluta, principalmente na gestão docorrupto Quaquá, até e quando osladrões dos dinheiros públicos deMaricá, forem presos, como é de seesperar.

A “era Luiz Zveiter” no Tribunal Regional Eleitoralestá prestes a chegar ao fim e ele não está saindopela porta da frente, mas pela porta dos fundos.Para vocês entenderem, o Tribunal Eleitoral temuma composição mista, com 4 membros doTribunal de Justiça do Rio 2 desembargadores e 2 juízes, 1 desembargador doTribunal Regional Federal e 2 advogados.Dia 17 de dezembro de 2012 foi um dia emblemático no período em que odesembargador, atual presidente do TRE/RJ, reinou soberano.Simplesmente, depois de retirar a sua própria candidatura para ser reconduzido aoTRE/RJ, TODOS os candidatos apoiados por ele foram derrotados, uma verdadeiraamostra de que os desembargadores do Tribunal de Justiça do Rio não estãodispostos a entregar a Luiz Zveiter, uma espécie de carta branca, como ele queria,para continuar fabricando aberrações jurídicas, altamente criticadas pelos TribunaisSuperiores nessas eleições, uma verdadeira resposta do judiciário.O desembargador Ademir Pimentel, muito querido pelos seus colegas, perdeu aeleição para o desembargador Bernardo Garcez, exclusivamente porque Luiz Zveiterresolveu apoiá-lo.O atual corregedor do TRE, Juiz Antônio Gaspar, mais conhecido como “Guto”, erao candidato do Zveiter e perdeu a eleição para o juiz Alexandre Mesquita.A última derrota foi imposta a Zveiter e a Letícia Sardas, atual vice-presidente doTRE/RJ, quando o nome de sua filha não foi incluído na lista dos que concorrem àvaga de desembargador pelo Quinto do Ministério Público.O Tribunal de Justiça do Rio resolveu fazer uma limpeza no Tribunal RegionalEleitoral, dando uma resposta aos desmandos de Luiz Zveiter no comando da Corte.Agora, a desembargadora Letícia Saradas corre o risco de ser presidente do TRE/RJ por apenas 8 meses, porque, ao que tudo indica, perderá a eleição caso tente serreconduzida e quem assumirá será o desembargador Bernardo Garcez.Isso se o CNJ não anular a eleição extemporânea realizada antes do TJRJ terindicado o desembargador que concorreria com ela. Vem chumbo grosso aí.Ainda bem que vivemos numa democracia participativa e sou juiz num Tribunal emvias de se democratizar. Eleições diretas já.

Transcrito do blog do Desembargador Siro Darlan

BARBA, CABELO EBIGODE. FALTOU

HIPOGLÓS NO RIO.Desembargador Siro Darlan

PELAMORALIDADE

PÚBLICA ECONTRA A

CORRUPÇÃO

JORNAL DE MARICÁ 03Março - 2013

Page 4: Jornal de maricá março

“UM IDIOTA COMPLETO, UM PCAFAJESTE, OM

Na terça feira(26/02) a redaçãodo jornalista

Ricardo Boechat (Band News Rio) entrou em contatocom jornalistas de Maricá e após a formação de umapauta de trabalho, ficou acertado que RicardoBoechat falaria sobre os problemas de Maricá (maisuma vez) na edição de quarta feira (27/02) do BandNews Rio, que vai ao ar de segunda à sexta feira das9:15 às 10:30h.

Boechat falou mais uma vez sobre Maricá, atacouo prefeito, seus desmandos e reputação, mas deixouclaro em suas palavras, que foi o povo o únicoresponsável pelo retorno do prefeito ao comando(ou ao desmando) do município.

Só que Boechat não tinha as verdadeirasinformações de como aconteceu o pleito municipal,informações essas que estão sendo enviadasdetalhadamente ao jornalista.

Por uma falta de profissionalismo paquidérmico,a agência que atende a prefeitura municipal deMaricá - a FSB, uma das maiores do Brasil, enviounota a Ricardo Boechat que fez com que o estopimexplodisse a bomba e o jornalista entrou como umametralhadora giratória defendendo o povo deMaricá e acusando o QUUUUAAAAQUUUUÁÁÁÁ(como ele costuma chamar em tom bem debochado)de ser IRRESPONSÁVEL, OMISSO, CAFAJESTE,PERDULÁRIO, IDIOTA e PASPALHÃO.

A matéria repercutiu muito em todo o municípioe nas bases petistas do estado. A população viuque não só a pequena mas briosa imprensa séria deMaricá (TV Copacabana, Rádio Sideral, RádioPopular de Maricá, Jornal Barão de Inohan, Jornalde Maricá, Tribuna de Maricá, Costa Verde, Maricáem Foco, Maricá Info e Costa do Sol) mas a grandemídia (através do SBT, Record e muito intensamenteda Bandeirantes Rádio e Televisão) estão juntoscom o povo de Maricá, mostrando as mazelas,desmandos e sacanagens que o prefeito de Maricáfaz com o povo maricaense.

Abaixo a transcrevemos a matéria exibida naBand News Rio (FM 94,9) na manhã da sexta feira (01de março), lembrando que à tarde do mesmo dia, noprograma Brasil Urgente Rio e no Jornal do Rio(ambos no canal 7 - TV Band Rio), uma grande matériafoi apresentada mostrando os graves problemas deMaricá (em matéria feita pela repórter Camila Grecco- foto ao lado).

(Transcrevemos as falas exatamente como foramditas, sem correções, lembrando que a feitura deum texto é bem diferente de uma apresentação aovivo numa emissora de rádio).

E aí, esse CAFAJESTE – que isso é um argumentocafajeste -, diz que é mais vantajoso para o município,patrocinar com R$ 3 milhões de reais uma escola desamba na Marques de Sapucaí , sendo um município,enfim, que não é a capital do Rio, é um municípiopequeno, um município que luta com dificuldades, ouseja, que R$ 3 milhões de reais representam – estoufalando aqui – dois por cento da arrecadação anual, eele vem com o argumento CAFAJESTE de que isso émais lucrativo e mais vantajoso para a cidade do queanunciar no Jornal da Band. A nota oficial dele, diz que émais lucrativo, mais vantajoso do que tomar um destinodecente, um destino adequado.

Se o senhor que saber a minha modesta opinião, jogardinheiro em publicidade na área pública, jogar dinheiropúblico em publicidade, também é visto por mim demaneira muito crítica enão importa se dinheirovem para a Band não,por mais que osdiretores comerciaisaqui digam: “Não!”, maseu acho que tem que terequilíbrio, tem que terbom senso e concordointeiramente que odinheiro público nãopode ser jogado emabsolutamente nadaque seja do interessepúblico, (repete), e ointeresse público temsuas escalas, tem suasprioridades. Em algummomento dessaescala, o Quaquá, adifusão das coisas, adivulgação quer emescola de samba, querem publicidade convencional, num momento dessaescala, pode entrar esse tipo de ação, esse tipo de gastosem sombra de dúvida. Lá você tem 50 destinosimportantes para você colocar dinheiro público. Você temuma hierarquia nessa destino. Você começa comeducação, você começa com saneamento, vocêcomeça com segurança pública, você começa com,com urbanização, com construção de residência popular,e vai indo, vai indo, vai botando dinheiro público. Estásobrando? Vai colocando nas prioridades que são menosprioritárias, menos destacadas, menos fundamentais, né?Nem sei se mereceriam o nome de prioridades,prioridade é o que principal é o que é fundamental, aívocê vai indo, vai indo, e chega lá no final.

Por exemplo: o governo dos Emirados Árabes, quenada em petrodoláres, é podre de rico e gasta muitodinheiro em publicidade, mas certamente não temninguém sem escola, sem hospital, ninguém passandofome, não tem problema de segurança, não temproblema de falta de residência, não tem desabrigado,não tem mendigo, tal, então, tudo bem que você chegoulá numa ponta e agora vou pegar meu dinheiro e vou

BOECHAT ..., é, ou seja, é um IDIOTA completo, umPASPALHÃO ...

RODOLFO - A Secretaria de Articulação Política queeu fui descobrir depois de apurar que todos os vereadoresapóiam o prefeito, e eu queria saber o que faz então,alguém para articular que política (risos)

BOECHAT - Como se apoio político em CâmaraMunicipal decorre-se de articulação e não de distribuiçãode benesses de carginhos de boquinhas, a gente sabeque é o padrão, não é diferente lá. E a secretaria deassuntos religiosos?

Isso é um... um... um... IRRESPONSÁVEL que pegadinheiro público num município que tem muitosproblemas e joga dinheiro público no lixo com esse tipode palhaçada. E a gente numa das críticas feitas a esseprefeito Quaquá (em tom bem debochado) com basesnas mensagens inúmeras que recebemos de ouvintes, oprefeito Quaquá foi acusado de estar elevando acintosae abusivamente o IPTU este ano, e também de jogardinheiro público em (Rodolfo interrompe e fala: Começara cobrança de taxa de lixo esse ano) ..., sim tudo bem,que seja, vamos nessa, taxa de lixo do município, tudobem, todos os municípios tem, mas vamos lá, mas agente criticou também, o fato dele estar pegando R$ 3milhões de reais, são dois por cento, DOIS POR CENTOda arrecadação anual do município para botar nopatrocínio numa escola de samba na Marques deSapucaí no próximo carnaval.

04 JORNAL DE MARICÁMarço - 2013

Page 5: Jornal de maricá março

PASPALHÃO, IRRESPONSÁVEL,MISSO, PERDULÁRIO” Ricardo Boechat

As intervenções do jornalista e âncora do Jornal da Band, do JornalBand News e Band News Rio, Ricardo Boechat, troxeram um fio deesperança ao povo de Maricá, fortalecendo a imprensa séria que aindasobrevive em nosso município.

O leitor pode ouvir na íntegra a matéria acessando o Barão de Inohanon line (www.baraodeinohan.blogspot.com) ou a TV Copacabana(www.tvcopacabana.com)

botar na minha imagem, na imagem domeu município, então, ninguém estácontra, ô Quaquá de você colocardinheiro onde você acha que podecolocar, desde que você prove que estáatendendo, que está cumprindo com essemesmo dinheiro, as prioridades que ocaráter público desse dinheiro impõe. Entãoessa sua CAFAJESTICE, essa sua atitudeCAFAJESTE, apenas prova mais uma vez,quem é você (repete), e mais, eu recebi umtelefonema de uma das mais poderosasassessorias de imprensa do Rio de Janeirocom quem o senhor Quaquá tem contrato(FSB – nosso grifo), pelo visto a assessoriade imprensa que o senhor está rece-bendo,

é igual-m e n t eCAFAJESTEou o senhor nãoestá dando ouvidos aessa assessoria. Como éque pode ter uma assessoriade imprensa, que lida comcontratos de imprensa volumosíssimosna área pública, como é a assessoria que oestá atendendo – uma das maiores, se não for a maior dopaís – um escritório privado de assessoria de imprensacusta muito dinheiro para montar esse escritório, Quaquá,e essa assessoria melhor do que ninguém, sabe que osveículos de comunicação trabalham com publicidade masque não acham que dinheiro público deve ser postoirresponsavelmente mesmo em publicidade, nem mesmoem publicidade.

Eu desafio o senhor em algum momento a sugerir ouindicar onde é que qualquer profissional de qualquerveículo de comunicação sério andou achando quepublicidade era prioridade, onde é que o senhor ouviu isso,aqui na Band ou em qualquer outro grupo de comunicação.

Assim como não é prioridade, viu Quaquá, contratar escritórios de assessoria de imprensamuito caros, poderosos, que não sabem lhe dar assessoria para você não falar umacafajestada dessa, uma molecagem dessa, querendo misturar alhos com bugalhos. O senhoré um IRRESPONSÁVEL, um OMISSO, é um PERDULÁRIO e não é isso por que deixa oupor que ponha ou não ponha anúncio onde quer que seja.

É por que o senhor é, é de sua cultura.RODOLFO – Num município onde os moradores reclamam que falta de coleta de lixo,

que o hospital lá é um hospital municipal nojento, horrível, abandonado, e que o prefeitoQuaquá, para finalizar esse assunto, está desde o meio da semana pelo menos viajando àItália, não se pela troca do Papa, mas a explicação (diversos risos) de qualquer forma, aexplicação da assessoria de imprensa é que ele estaria num encontro com empresários naItália e a volta está prevista para segunda feira. Eu mandei desde ontem (28 de fevereiro), umpedido para saber qual era a agenda pública inclusive com o nome dos empresários, alocalização para a gente encontrar sábado e domingo ele na Itália em milão. Ele foi a Romae agora está em Milão (em 01 de março)

BOECHAT – Aí a gente xinga, diz o que acha, o que pensa, eles ficam... tem ataquesde pelanca, e aí contratam grandes escritórios de advocacia para processar e tal ...,pode vir Quaquá!

Pode vir por que a tua imagem, o teu conceito, não vai mudar aqui não. Você é oque é, e o que é a gente já disse e tá dito.

São 10 horas e nove minutinhos, ... (e seguiu o programa).

Esperamos agora opronunciamento oficial do

prefeito!

Foram quatro grandes intervençõesjornalísticas em uma única semana no GrupoBandeirantes de Comunicação.

A primeira, na sexta feira 22 de fevereiroquando a reportagem do canal 7 (Band Rio)esteve em Maricá para relatar o descaso nocemitério público municipal, que culminou coma prisão do administrador do cemitério.

A segunda intervenção jornalística, se deuna quarta feira 27 de fevereiro durante o jornalBAND NEWS RIO na rádio Band NewsFluminense (FM 94,9), quando confirmando

mais uma vez o descaso com o município, Boechatdisse que os munícipes são os culpados por estarem

comendo do mesmo prato.Na sexta feira, dia 01 de março nova intervenção onde

reproduzimos ao lado na íntegra o teor da matéria e à tardeno Brasil Urgente Rio e no Jornal do Rio (à noite), umamatéria de Camila Grecco mostrou desmandos de umgoverno corrupto e mentiroso.

JORNAL DE MARICÁ 05Março - 2013

Page 6: Jornal de maricá março

JACINTHO LUIZ CAETANO, SUA HISTÓRIA É A HISTÓRIA DE MARICÁTentando resgatar a memória da história e dos personagens

históricos de Maricá, Pery Salgado (engenheiro e jornalista) hácerca de um ano começou em dois informativos de sua produtora(CulturarTEEN e Barão de Inohan) a reproduzir para os jovens epara toda a população de Maricá, essa linda história que infelizmentenão é contada nem ensinada nos bancos escolares.

Encantado ficou com a história de Jacintho Luiz Caetano ao lero livro escrito por uma de suas filhas - Maria do Amparo Caetano- resolveu o jornalista condensar a bela história para que todos osmunícipes tivessem acesso a verdadeira histórica de progresso deMaricá. Este resumo, é uma obra livre e TODOS podem reproduzirlivremente.

“Esta obra nasceu da necessidade de partilhar com as novasgerações da nossa querida Maricá, a vida de um homem que,com seu esforço e trabalho, construiu e alavancou o progressotanto de seus familiares quanto de sua cidade, com muita alegria,muito amor e, acima de tudo, muita dignidade.

...Sou profundamente grata a todos aqueles que, com os seus

depoimentos e informações preciosas rechearam, enriquecerame embelezaram está história da vida de meu pai, particularmenteà minha família, que segue comigo o caminho do autor, seja qualfor a minha estrada”.

Maria do Amparo Caetano.

A HISTÓRIANascido em 15 de agosto de 1900,dia muito especial para

Maricá pela festa da padroeira “Nossa Senhora do Amparo”.Às 11 horas, enquanto na Matriz era celebrada a missa solene

em uma casinha simples, no Caju, nascia Jacintho Luiz Caetano,6º filho, sétima gestação do casal Caetano Gonçalves e AméliaLeopoldinado Amparo.

Caetano Gonçalves nasceu em Mataruna, município deAraruama mas ainda bem jovem chegou a Maricá.

Fixou residência no Caju (1º distrito de Maricá), onde dedicou-se ao trabalho na lavoura.

Conheceu D. Amélia no Caju, uma linda jovem morena deestatura pequena.

O casal teve 11 filhos, sendo 4 homens (dentre eles JacinthoCaetano) e 7 mulheres.

Jacintho pouco sabia ler e escrever, mas ninguém o enganava:fazia cálculos como ninguém, entendia de construções e do materialpara as mesmas. O homem não parava.

Estava sempre à frente do trabalho e dava conta de tudo.Saia cedo para o Rio e voltava à noitinha, sempre à negócio.Não com o conforto de agora – ponte, ônibus, boas estradas –

nada disso. Foi assim que foi progredindo na vida!Jacintho cresceu vendo seu pai dedicando-se a lavoura e sua

mãe, grande doceira, contribua nas despesas da casa vendendoseus deliciosos doces.

Aos 8 anos, Jacintho, muito esperto e ágil, levava para venderesses doces na praia de Jacaroá, sempre aglomerada de pessoasvindas de municípios vizinhos para comprar peixes e camarões naépoca ainda muito fartos na Lagoa de Maricá. Eram a granderiqueza do município.

O lucro na venda dos doces, Jacintho colocava em canudinhosde bambu e enterrava nas areias da lagoa de Jacaroá. “As areiasde Maricá foram o primeiro cofre de Jacintho”.

Com 11 anos usou suas economias para comprar uma leitoa.Foi seu primeiro investimento. Sabia que daria cria e seus filhotesseriam seus primeiros e “grandes lucros”.

Aos 12 anos comprou um cavalo, fruto da venda dos leitões, ecom este cavalo, pode iniciar seus negócios.

Passou a comprar e a vender o pescado, aventurando-secada vez mais a locais distantes.

Nessa época, um amigo de seus pais fazia viagens para venderpeixes em Niterói.

Com 13 anos, juntou-se ao “Seu Cinto Crioulo” ou “CintoSanfoneiro”, assim conhecido por ser o animador das festas dolocal.

Assim iniciou suas viagens mais longas e, aos 17 anos jápossuía uma tropa de animais que levava o pescado e outrasmercadorias, como carvão e esteiras de taboa (vegetação comumnas margens da lagoa e lugares bem úmidos) e trazia, na volta oque Maricá necessitava.

Pioneiro e desbravador, ao transportar bens de consumoessenciais, nos lombos dos burros, utilizando vias de difícil acesso,Jacintho demonstrava toda a sua obstinação pelo progressoeconômico e social da região.

Jacintho organizou um sistema de transporte de cargas, emlombos de burros que se expandiu na medida das suasnecessidade, distribuindo mercadorias entre Maricá, São Gonçalo,Itaboraí e Niterói, passando a promover ainda muito jovem, ointercâmbio comercial entre esses municípios.

Aos 18 anos, em 1918, criou sua primeira empresa registrada,o ARMAZÉM ESPÍRITO SANTO.

Essa pequena “venda” (assim eram chamados os armazénsda época) foi fundada por Jacintho e seu tio avô Horácio Batista.

Pouco durou a sociedade, e para não ficar sozinho, convidouo menino João para serseu ajudante noarmazém.

O Armazém EspíritoSanto foi, durante grandeparte de vida, o seu“quartel general”. Era seu“Espaço Mágico”.

Lugar onde faziagrandes negócioscomerciais. Conseguiareunir a cúpula dirigentee ao amigos maricaensespara os debates em tornodo progresso domunicípio.

Desta maneira,Jacintho seguiaampliando o seucomércio: o Armazém, asvendas de peixes ecamarões, o mercadoambulante de carvão,esteiras, etc...

Com suas economiascostumava comprarpequenas áreas de terrasque iam se somando.

Montou armazéns noCajú, Flamengo, Jacaroá,Inoã, São José doimbassaí, Ponta Negra eEspraiado, ampliando,assim os seus negócios.

Com o crescimentodo comércio, a Estrada deFerro Maricá passou atrazer as mercadorias deNiterói, que ficavamdepositadas na estação ede lá eram retiradas nascarroças e levadas parao depósitos do Armazém,de onde eram distribuídas.

Aos primeiros clarões do dia, Jacintho já estava pronto paraseguir com a tropa, para Niterói ou Itaboraí.

No armazém se praticava em muitas ocasiões o escambo:trocava-se ovos de galinha caipira por arroz, açúcar e outrosvíveres.

No dia 08 de novembro de 1923, foi celebrado o casamentode Jacintho e Eurídice, em Itaboraí. Numa charrete seguiam osnoivos.

O jovem casal foi morar nos fundos do Armazém Espírito Santo.Não havia água encanada nem luz elétrica.

Era o lampião e a lamparina a querosene que iluminavam acasa. O piso dos cômodos era de barro batido.

A presença de Euridice renovou o animo de Jacintho. Ela oajudava a preparar em enormes panelas o almoço dos inúmerostropeiros que trabalhavam para Jacintho.

Logo nasceu a primeira filha, Maria do Espírito Santo e depoisIlza.

Nasceram nos fundos da “venda” e os bercinhos eram feitosde bambu trançado.

Jacintho com o tempo construiu uma casa com mais conforto,mais cômodos e num local mais sadio.

Nessa casa nasceram Maria Nazareth, Maria José, Pedro eMaria do Carmo.

Era uma casa cercada de um imenso campo verde ondehaviam criações de gado, porcos, galinha, mudas, burros ecavalos.

Em 1939, construiu, na mesma área em local próximo à rua,em frente do Armazém, uma casa, com vários quartos, salas,varandas, uma enorme cozinha com fogão a lenha.

Nessa casa nasceu Maria do Amparo, José Francisco, JacinthoFilho, Maria Bernadete, Luiz Fernando e Luiz Ronaldo.

Maricá ainda não tinha luz elétrica, não tinha água encanadae muito menos saneamento básico, mas sempre teve uma naturezaexuberante.

Fazendo o comércio entre Maricá e Niterói que conheceugrande e importantes comerciantes (Lima e Irmãos, proprietáriosdo Bazar Brasil , Grillo Paz, maior firma atacadista do Estado doRio na época e João Evangelista, atacadista de cereais dentretantos outros de grande importância).

Em 1928 influenciado pelo amigo Antônio Paz, comprou seuprimeiro caminhão, um Ford Bigode. Nos fundos do ArmazémEspírito Santo, mandou construir uma garagem e uma oficina. SrVirgílio fazia a manutenção dos caminhões cuja frota aumentou emcurto espaço de tempo.

Após o Ford Bigode, chegaram os caminhões Willis tipo C30 eos D30, KB 5, K6 e o K7.

Com essa frota, Jacintho tornou-se o maior atacadista da região.Nessa época, comprou do Sr. José Gualberto, uma bomba de

gasolina manual e assumiu a representação da Texaco em Maricá.Essa bomba, durante anos, funcionou em frente à loja de ferragens,que era, também, de sua propriedade.

Nesta época, comprava álcool, açúcar e cachaça da UsinaSanta Luiza em Sampaio Correa.

Todos os dias enchiam caminhões de bananas, esteiras,camarões, peixes e outros víveres e seguiam para Niterói e Rio deJaneiro.

Antes da partida, Jacintho servia um café da madrugada,fazendo questão de, ele próprio, encher a caneca de cada um.

Nesse tempo, a tropa de animais limitaram-se às entregas noslugares de difícil acesso.

Eram elas que traziam as cargas de bananas da Serra doCantagalo no Flamengo, também de sua propriedade.

Em 1937 Jacintho leva o nome de Maricá ao exterior. Passoua exportar laranja para a Argentina e também para a Inglaterra. Aslaranjas compradas de terceiros, eram depositadas em um pavilhãoem Maricá e beneficiadas em Alcântara.

Sua safra, cerca de 5 mil caixas, era embarcada para o exterior,sendo que cada fruta era embalada com papel azul, levando asiniciais J.L.C.

Essa atividade além de trazer divisas para o Brasil, incentivavanovos produtores da região a melhorar a qualidade do produto,aumentando os empregos e a renda da região.

Em 1939 começa a Segunda Guerra Mundial e com ela oracionamento de tudo, principalmente combustível.

A exportação de laranja termina em 1940.Jacintho tenta resolver o problema do combustível viajando

até Campos dos Goitacazes, com caminhões com galões de 200litros que os traz cheios de álcool, comprados nas usinas de lá.

Em Maricá, misturava com a gasolina racionada e junto com oSr, Virgílio, seu mecânico de confiança, adaptava os motores doscaminhões, que passavam a funcionar normalmente.

Para não deixar seus funcionários sem serviço, contratavaempreitadas para limpeza de canais, roçada das estradas, aberturada Barra, etc... Foi sempre um grande progressista.

Jacintho passa a vender lenha para a Companhia Vidreira doBrasil. Nessa ́ peoca, nasceu o conhecimento e a grande amizadede Jacintho com o Sr. Lúcio Thomé Feteira, diretor presidente daCOVIBRA.

Por intermédio de Jacintho, Feteira compra uma extensa áreaem Maricá. Uma dessas áreas, no Bananal forneciam lenha paraa queima dos fornos da COVIBRA.

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JACINTHO LUIZ CAETANO, SUA HISTÓRIA É A HISTÓRIA DE MARICÁJORNAL DE MARICÁ 07Março - 2013

Na praça Macedo Soares onde havia o Hotel Espírito Santo,foram construídas muitas casas comerciais e residenciais.

Também montou 15 ou 16 armazéns para as pessoas queprecisam iniciar seus negócios e, fornecendo seus produtos paraesses armazéns. Jacintho NUNCA cobrou um “tostão” de juros.

Jacintho também construiu o prédio onde funcionou o primeirocinema de Maricá, onde hoje está localizada a MUNIZ MÓVEIS naRua Ribeiro de Almeida, próximo ao Banco do Brasil. Construiutambém as casas entre o Hospital Conde Modesto Leal e o Postode Saúde Dr. Hildefonso Ferreira (Posto de Saúde Central) einúmeras outras.

O dia de Jacintho e seus funcionários era longo e com muitashoras.

AS PROPRIEDADES AGRÍCOLAS E OS LOTEAMENTOSNas propriedades agrícolas, onde geralmente, havia engenhos

de farinha, cultivavam-se, além da alimentação básica das famíliasdos meeiros, a laranja, o limão, a banana e a mandioca.

Quando necessário, Jacintho fornecia gêneros alimentícios,até que a propriedade se tornasse auto-suficiente.

Comprou várias área em torno da Lagoa até assumir umarespeitável área ao longo da Lagoa de Jacaroá até o Caju.

Visando promover o saneamento da cidade de Maricá, com ointuito de reduzir epidemias existentes, o governo desenvolveuum projeto para a lagoa, que consistia na construção de diversoscanais, ao seu redor, os quais iriam eliminar, totalmente, aquelasinundações.

O projeto foi implementado com sucesso e, com isso, aquelasterrenos anteriormente desvalorizados pelas inundações, passarampor um processo de valorização expressiva.

O passo seguinte foi transformar aquela área num grandeloteamento, o Balneário Lagomar.

Muitos outros foram surgindo: Parque Flamengo, Parque SãoJosé, Balneário Vistamar, Jardim Miramar, Bairro Boa Vista, JardimÍris, São José do Imbassaí, Vila São José do Imbassaí, Áreas deTerras São José do Imbassaí, Fazenda do Caju, Áreas de Terrado Caju, Áreas de Terras do Espraiado, Posse e centro da Cidade.

O primeiro grande loteamento foi o Lagomar, depois veio oVistamar.

Sempre rejeitou a idéia de investimentos além das fronteirasde Maricá. Do ponto de vista macroeconômico, na realidade, aopromover sangria de recursos de sua região para uma outra,estaria reduzindo o volume de moeda em circulação e, porconseguinte, o estabelecimento da possibilidade de novos negóciose crescimento dos já existentes.

OS HÁBITOSJacintho sempre tirava um cochilo depois do almoço, sentado

na cadeira simples, colocada no canto do Armazém. Todosrespeitavam essa “sesta”, mesmo os clientes ou pessoas quenecessitavam falar com ele. Eram apenas 10 minutos, mas eram“sagrados”.

Uma das características de Jacintho, era realizar sempre suasoperações comerciais e grandes decisões nos dias 10 de cadamês, ou nas terças feiras de cada semana.

Tinha sempre uma frase adequada para os momentos dedificuldades ou de alegrias, que embora ditas de maneira muitosimples traziam grandes ensinamentos práticos e demonstravammuita sabedoria.

SUA ALEGRIA ERA VER MARICÁ CRESCER“Dizia em tom ingênuo, entre sorrisos:- Meu prazer é ver Maricá crescer” ...Foi inspirado na Fé, a maior riqueza que o homem possui na

terra, que Jacintho Caetano, procurou semear a caridade e oamor ao próximo doando terrenos, quando estavam em jogo asaúde e o ensino ...

... Estamos na obrigação de mostrar à geração presente e àfutura, o que pode realizar Um Homem de Fé”.

Arquivo da Academia de Ciências e Letras de Maricá, Sr.Osvaldo Lima Rodrigues.

Jacintho não media esforços para doar o que fosse necessário.Ajudou e presenteou amigos, empregados, necessitados,

entidades assistenciais e, até, a entidade pública, com suas doações

de terrenos, material de construção, transportes, casas, caixões,etc ...

“No Hotel Espírito Santo, foi oferecido um laudo jantar aosdesembargadores e convidados, pelo Senhor Jacintho LuizCaetano, proprietário desee bem montado estabelecimento.

... A iluminação das principais artérias da cidade foi feita peloSr. Jacintho Luiz Caetano, proprietário conceituado que é pródigoem gentilezas em se tratando de qualquer assunto atinente amelhoras ou para relevo do nobre torrão maricaense”.

- Nota do jornal “A Defensiva”, em 06 de julho de 1939,marcando os festejos em Maricá –

A praça principal de Maricá, na época, hoje praça ConselheiroMacedo Soares, era toda iluminada por lampiões a querosene.

O Sr. João Nogueira, recebeu o apelido de “lampista”, porqueera ele, que usando uma escada pequena para subir nos postes,abastecia e acendia esses lampiões.

No ato de acender usava o “acendeiro”, vara com um cartuchoe um líquido inflamável.

Apagava através de abafamento e pela manhã limpava oslampiões, cheios de mosquitos atraídos pela luz .

Em 1937, Jacintho comprou e doou um gerador a óleo dieselde origem alemã – Lentz – e instalou numa casa onde é hoje oMercado das Artes (antigo Mercado de Peixes), próximo a Casade Cultura. A iluminação era fraca. O motor era ligado às 18 horas

e às 22 horas dava o sinal de que às 22:30 h seria desligado.O encarregado de ligar o motor era o Sr. Celestino Gomes,

que foi apelidado de “Seu Fio”, porque fazia a ligação dos fios.Em 28 de janeiro de 1958, chegou à Maricá a iluminação

elétrica, obras estadual do então governador Ernani do AmaralPeixoto. Por quase vinte anos, Maricá só teve a luz gerada pelogerador de Jacintho Caetano.

PREOCUPANDO-SE COM A SÁUDE DE MARICÁA falta de saneamento básico levou Maricá a uma epidemia

grave de febre Malária.Jacintho arregimentava homens, para a limpeza das valas e

também fazer roçadas na beira das ruas. Esse serviço era braçalfeito com enxadas, foices e “músculos”.

Até que, na década de 50, o Ministério da Saúde, através doDNOS – Departamento Nacional de Obras e Saneamento,conseguiu erradicar a Malária.

Ajudando aos pescadores, abria, com seus funcionários, ocanal da Barra, ligando a Lagoa ao mar, para escoar e renovar aságuas das Lagoas. Isso acontecia em um determinado período doano quando o nível da lagoa era muito elevado.

No início essas escavações eram feitas com enxadas, maistarde passou a usar um trator, que comprou para seus serviços deterraplanagem.

Poucos meses depois de todo esse trabalho, como retribuição,a Lagoa oferecia uma grande quantidade de peixes e camarõesenriquecendo, assim, nossa região.

Para o posto de Puericultura de Maricá, doou os lotes 01 e 02da quadra D do loteamento Jardim Balneário Vistamar e ajudou aconstruir o Posto de Saúde Dr. Hildefonso Gonçalves Ferreira.

Também doou ao Estado do Rio de Janeiro as terras para aPosto de Saúde de São José do Imbassaí.

Seus caminhões ajudaram no transporte de material para aconstrução desta obra.

“Meu pai teve sempre viva e presente na sua vida, a figura deMaria Santíssima, por isso foi um homem invencível, cheio de amore com muita caridade.

Lembro-me bem dos caixões das pessoas pobres, feitos emsua garagem, dos doentes que ele transportava em balsa (duascanoas amarradas uma na outra e uma tábua no meio das duas).

A ambulância era o seu caminhão.Vi e ouvi do meu tão amigo e querido pai, que antes, até

mesmo de nós, estão os mais necessitados.Transportava doentes mentais de Maricá para Niterói sem

que houvesse qualquer transtorno por parte dos doentes...”- Depoimento da irmã de Jacintho, Maria do Espírito

Santo –

UM HOMEM VOLTADO TAMBÉM PARA A EDUCAÇÃONa década de 30, meu pai construiu uma escola no Caju (1º

distrito), onde duas professoras vinham de Niterói para lecionar:D. Leonor e D. Astrogilda.

Elas ficavam hospedadas na casa da irmã de Jacintho, D.Sebastiana de 2ª a 6ª feira.

Jacintho preocupava-se muito com qualidade do ensinoprofissionalizante, por isso, doou terreno para a construção daFundação Anchieta, hoje Fundação Leão XIII, inaugurada em 12de junho de 1953, localizada ao lado do Hospital Conde ModestoLeal. A fundação tinha como objetivo capacitar os jovens para omundo do trabalho. Seria um embrião das escolas técnicas dehoje.

Criou também em parceria com o professor Dr. Oswaldo deLima Rodrigues, a Escola Técnica de Comércio São Caetano.

Recuperou uma casa em ruínas, que ficava no alto do morro epossuía, na entrada, 2 colunas e, em cada uma delas uma grandee bonita águia. O portão de ferro era negro e dourado. Existia umaescadaria na entrada, onde é hoje parte do Itaú ao lado da lojaNovolare (antiga Agência Fiscal do Estado).

Essa casa foi toda preparada passando a ser a primeira sededo colégio São Caetano.

Em 1951, o agente municipal de estatística, Sr. Azamor José daSilva, em parceria com o Pastor Clerio Boechat, iniciaram oplanejamento de um colégio da Campanha de EducandáriosGratuítos em Maricá – CNEG.

Jacintho apoiou o projeto junto a outros representantes devárias áreas do município e doou para este colégio, todo o materialde físico-química e história natural.

Jacintho foi o primeiro presidente do colégio Cenecista Maricá,eleito pelo Diretório dessa escola.

No bairro do Flamengo, a área de terra e a construção doprimeiro prédio do Colégio Estadual Domício da Gama, também foidoação de Jacintho.

Certa vez, visitando a unidade escolar, conversando com nossaquerida D. Zilca – outra figura histórica de Maricá – diretora docolégio (local onde iniciou sua longa e vitoriosa carreira de ensino),Jacintho olhou para o prédio e disse à D. Zilca: - Minha filha, esteprédio está muito pequeno para esse número de alunos, prometoconstruir outro maior e mais confortável, o que você bem merece.

E assim o fez meses depois.Anualmente, na Semana da Criança, Jacintho oferecia um ou

mais ônibus para D. Zilca e suas auxiliares levassem os alunos apasseios alusivos a Semana.

No atual bairro Amizade, doou área para a construção daEscola Municipal Marcus Vinícius Caetano Santana, em memóriado seu querido neto, que nos deixou prematuramente.

UM HOMEM RELIGIOSOInspirado em sua fé, as obras dos telhados de todas as capelas

ficavam sob os cuidados de Jacintho, que dizia a todos:

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o trabalho diuturno de seu fundador, tornou-se a grande empresados dias de hoje e orgulho dos maricaenses...”

- Depoimento de Benvindo Taques Horta Júnior, pai dopresidente da Cãmara dos Vereadores de Maricá, FabianoTaques Horta (PT) –

Assim, contando com a admiração do governador, Jacinthorecebe no dia 30 de abril de 1952, na Procuradoria Judicial doDepartamento de Estradas e Rodagem – DER – o despacho doExcelentíssimo Senhor Governador, concedendo a autorizaçãopara funcionamento de veículos destinados ao transporte coletivonas estradas estaduais e intermunicipais.

Os primeiros dias do mês de maio foram de preparativos parainiciar o tráfego entre Lagomar – Maricá e Niterói.

Em 10 de maio de 1952, às 7 horas da manhã, tendo comomotorista O Sr. José Pereira, o Pernambuco, e o cobrador, ojovem Altair Martins da Silva, sai o primeiro ônibus, depois de terrecebido à benção e orações, feitas pelo Cônego Joaquim Batalha.

Às 10 horas, foi celebrada uma missa de Ação de Graças e abenção de mais um ônibus que seguiu para Niterói, fazendo ohorário de 11 horas.

Na saída dos primeiros horários, fogos e orações não faltaram.Na autorização do DER, constava a saída dos ônibus de

Lagomar (Jacaroá) e a passagem pela estrada velha de Maricá(São José do Imbassaí) com dois horários saindo de Maricá às 7he 11h, voltando de Niterói às 18 h e ás 20 horas.

Poucos meses ficaram esses horários. Jacintho possuía 6ônibus e logo conseguiu trafegar de duas em duas horas, saindoo primeiro de Maricá às 5 horas e o primeiro de Niterói às 7 horas.

Por alguns anos, os ônibus novos que chegavam, antes deentrar na linha, eram levados à frente da Matriz para receberemas “bênçãos de Nossa Senhora”.

Todo dia 10 de maio às 10 horas da manhã era celebrada amissa de Ação de Graças e muitos fogos comemoravam oaniversário da empresa.

Foi assim até o final da vida de Jacintho.A Viação Nossa Senhora do Amparo crescia. Crescia cultivada

pelo olhar atento e zeloso de Jacintho.Logo após, a Auto Viação 1001 negociou com a Viação Crol,

seus direitos sobre a linha de Maricá.Meses depois, a Viação Crol faz a Jacintho uma proposta de

venda de seus direitos, o que foi imediatamente aceito por ele queadquiriu a linha e os ônibus. Para garantir melhor atendimentocomprou mais 4 ônibus, ficando assim, com a concessão definitiva.

Os ônibus da Amparo paravam próximo aos Correios emNiterói, até que em 25 de janeiro de 1955, foi inaugurada a EstaçãoRodoviária de Niterói.

Em 1972, com uma frota de 30 ônibus, a Amparo recebe paraadministrar a empresa os filhos de Jacintho, Luiz Fernando, JoséFrancisco, Maria do Carmo e Luiz Ronaldo.

Na década de 70, com a necessidade de ampliar a garagemdos ônibus, o antigo Armazém Espírito Santo foi demolido.

Em 1973 surge uma nova linha, a Maricá - Rio do Ouro e umagaragem de apoio foi construída em Rio do Ouro.

A inauguração da Ponte Rio-Niterói em 1974, possibilitou acriação da linha Rio-Maricá em 1976.

Em 1977, José Francisco assume a presidência da SETREJ -sindicato das Empresas de Transportes Rodoviários do Estado doRio de Janeiro, onde permaneceu até 1997. Hoje ainda participaativamente na diretoria daquele órgão.

Em 10 de dezembro de 1985 houve a encampação da empresa,num ato transloucado do então governador Leonel Brizola.Pessoas despreparadas foram nomeadas para gerir as empresasencampadas. Após 3 anos de péssimas administrações, asempresas quase delapidadas por completo, foram devolvidas aosseus antigos donos que as duras penas tentaram reergue-las.

Em 1981 a doença começa a atingir o gigante Jacintho. Porproblemas circulatórios, teve uma perna amputada, mas Jacinthose comportava sempre como um vencedor sem nada reclamar.

Seu quadro de saúde se agravava.Jacintho faleceu em 8 de dezembro de 1986 às 18 horas.Hoje, a Viação Nossa Senhora do Amparo, é a maior empresa

privada de Maricá, a que mais emprega e a que mais impostosrecolhe ao município, trazendo enorme progresso para Maricá eregião. Esse foi apenas um dos legados de Jacintho para Maricá.

J. Pery Salgado baseado em texto de Maria A. Caetano

JACINTHO LUIZ CAETANO, SUA HISTÓRIA É A HISTÓRIA DE MARICÁ08 JORNAL DE MARICÁMarço - 2013

- Esse trabalho está reservado para mim.A capela de Nossa Senhora da Saúde em Ubatiba, recebia de

Jacintho, uma atenção especial.Por ser uma capela muito antiga, Jacintho tinha o cuidado de

deixá-la sempre em perfeito estado.Já a Matriz de Nossa Senhora do Amparo, durante os anos de

1948 a 1952, passou por grande reforma.Além dos transporte gratuito com seus caminhões, Jacintho

ajudou, doando grande quantidade de material; deu total apoio aodedicado Cônego Joaquim Antônio Carvalho Batalha, o qualtransportava todos os domingo à tarde, em sua caminhonete paracelebrar missas nas capelas.

Foi Jacintho que doou o terreno onde foi construída a Sede daCongregação Convento das Irmãs do Bom Conselho.

Comemorar e participar das tradicionais festas de Maricá faziaparte da vida de Jacintho.

Sempre em 15 de agosto, o movimento começava demadrugada na casa de Jacintho, em função da festa da padroeirae do seu aniversário, ambos na mesma data.

Às 5 horas da manhã, uma salva de vinte e um tiros já avisavaa população do centro e arredores, que havia raiado o “grandedia”.

O povo esperava ansioso a chegada da Banda.Aos primeiro acordes, todos, incluindo autoridades,

empresários, festeiros e a população em geral, iniciavam o animadopasseio pelas ruas de nossa cidade.

O cortejo seguia em direção à casa de Jacintho.Todos paravam em frente a casa de Jacintho e a Banda

posicionada tocava o “Parabéns à você!”. Jacintho agradeciareverenciando as pessoas que ali estavam presentes no festejo dapadroeira e no seu aniversário.

Jacintho agradecia em frente da imagem de Nossa Senhorado Amparo: - Obrigado Minha Mãe, Obrigado Minha Madrinha!

Após o café onde todos que acompanhavam a Banda(autoridades e povo) usufruíam, iam diretamente para a matriz,onde era celebrada a primeira Missa do Dia.

Era a missa em Ação de Graças pelo aniversário de Jacintho.Às 11 horas, a missa solene era celebrada pelo Sr. Arcebispo

de Niterói.Ainda é o maior encontro social e religioso de Maricá. Jacintho

se preparava com antecedência e todo ano comprava terno,camisa, meias sapatos, tudo novo em Niterói. Nesse dia tudo tinhaque ser novo. Após a missa solene, sempre convidava o Arcebispo,o padre e as autoridades para um almoço em sua casa.

Às 20 horas, a procissão percorre as principais ruas da cidade,levando no andor, a linda imagem de Nossa Senhora do Amparo,finamente ornamentada. Essa tradição se perpetua até os dias dehoje.

Nos seus últimos anos de vida, mesmo adoentado, Jacinthoesperava a procissão passar, sentado, dentro de sua caminhonete.

26 DE MAIO – ANIVERSÁRIO DE MARICÁNo dia 26 de maio, Maricá era uma festa só. As famílias se

reuniam para assistir o desfile cívico que o atual governo terminou.Jacintho no alto do palanque a tudo assistia, numa atitude de

civismo, junto às autoridades: governador, deputados, prefeito, ...Seus ônibus iam buscar crianças e os professores para o

desfile cívico.Sentia-se muito orgulhoso, ao ver jovens e crianças

maricaenses desfilando e Maricá sendo representada na áreaagrícola, na pecuária, através da imponência dos cavalos e seuscavaleiros e dos carros e maquinários da Prefeitura.

O desfile sempre terminava com parte da frota da Viação NossaSenhora do Amparo fechando o desfile.

No céu, os aviões do aeroporto municipal, faziam evoluçõeschamando a atenção do povo.

CARNAVALJacintho também prestigiava o Carnaval de Maricá,

patrocinando os animados “Bloco Tira Teima”, que desfilava comlindos cavalos, com celas bem decoradas em amarelo e branco eo “Bloco do Jacaré”, com bonitos carros alegóricos enfeitados deverde e branco.

No dia 23 de novembro de 1973, o Arcebispo D. AntônioAlmeida de Morais Jr., veio à Maricá para celebrar a missa de

No dia 23 de novembro de 1973, o Arcebispo D. AntônioAlmeida de Morais Jr. Veio à Maricá para celebrar a missa deBodas de Ouro de Jacintho e Eurídice. A matriz de Nossa Senhorado Amparo estava ricamente ornamentada e Os Canarinhos dePetrópolis cantaram na cerimônia que contou com a presença doGovernador do Estado e outras ilustres autoridades.

VIAÇÃO NOSSA SENHORA DO AMPARONo final do século XIX, os únicos meios de transporte em

Maricá eram as carroças ou os próprios lombos dos animais.Em 1928 Jacintho adquire seu primeiro caminhão.Em 1950 compra seus primeiros ônibus, que chegam à Maricá

trazendo em suas laterias as inscrições: VIAÇÃO NOSSASENHORA DO AMPARO.

Era 10 de maio! ...Jacintho dá início então a uma nova atividade, o transporte

coletivo.A situação do transporte em Maricá era precária.Aos 50 anos de vida, já possuía uma história vitoriosa com

muitos desafios vencidos.

Foram comprados dois ônibus e 4 foram encomendados.,esperando o decreto que concederia a permissão para a ViaçãoNossa Senhora do Amparo iniciar o tráfego entre Maricá e Niterói.

Havia em Maricá a empresa Auto Comercial que fazia a linhaaté Niterói que posteriormente foi vendida a Auto Viação 1001, quepassou então a fazer a linha Niterói-Maricá-Araruama.

Durante os dois primeiros anos as pressões sofridas forammuitas e muito fortes para poder criar a sua empresa de ônibus edar a independência de transporte à Maricá.

As visitas ao Palácio do Governo eram constantes e sua firmezae idealismo despertaram, no então governador, Comandante Ernanido Amaral Peixoto, simpatia e respeito. Uma grande amizadecomeçava ali.

A primeira linha era: LAGOMAR – MARICÁ – NITERÓIJacintho sempre dizia: - A empresa é de Maricá, para trazer

melhorias para Maricá.No final de 1951, Jacintho que estava ligado a política pela

UDN (União Democrática Nacional) deixa a Câmara dosVereadores, da qual fazia parte e se filia ao PSD – Partido SocialDemocrático.

“Nessa ocasião, vindo da UDN, ingressou no PSD, o Sr.Jacintho Luiz Caetano, tornando-o imbatível nas urnas.

O novo filiado, um abnegado pelo progresso de Maricá, apósa promessa do Governador feita ao meu saudoso pai – BenvindoTaques Horta e aos membros do diretório desse partido, queseria concedida a permissão para o funcionamento da então ViaçãoNossa Senhora do Amparo na linha Niterói – Maricá – Lagomar.

Foi o início vitorioso no setor de transporte coletivo domunicípio, impulsionado pelo Sr, Jacintho.

Daí para frente, a empresa que começou pequena, mas com