jornal de bandeja 83

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O circo ontem e hoje Jornal de Bandeja - Produção: Laboratório de Jornalismo da Unifor - Diretor do CCG: Profa. Maria Clara Bugarim - Coordenador do Curso de Jornalismo: Prof. Wagner Borges - Concepção: Prof. Jocélio Leal - Professor orientador: Prof. Alejandro Sepúlveda - Edição: Juliana Teófilo Redação: Érika Neves, Janine Nogueira, Juliana Teófilo, Lia Martins, Lígia Costa, Mariane Dantas, Thaís Barbosa, Thaís Holanda, Vitória Matos - Projeto gráfico: Profa. Liduina Figueiredo - Diagramação: Mahamed Prata - Supervisor da Gráfica: Francisco Roberto - Impressão: Gráfica Unifor veja mais: www.blogdolabjor.wordpress.com Bandeja Curso de Jornalismo da Unifor | nº 83 | ano 5 | Abr - 2013 Jornal de f [email protected] Lia Martins Quase todas as civilizações do mundo, ocidentais e orientais, já praticavam algum tipo de arte cir- cense na antiguidade, segundo dados publicados na revista Mundo Estranho. O circo tradicional, como o conhecemos, surge apenas na Inglaterra do séc. XVIII, quando o cavaleiro Philip Astley cria o Royal Amphitheatre of Arts, com picadeiro cir- cular e diversas atrações reunidas. Ao fim dos anos 1970, o contato entre o circo tradicional e a vanguarda do teatro re- sulta na criação de uma escola que coloca o circo num patamar de arte erudita. Surge, as- sim, um novo movimento chamado circo con- temporâneo, sendo o Cirque du Soleil o mais conhecido. Apesar da crise enfrentada pelo circo tradicio- nal, provocada pela disseminação de novas for- mas de entretenimento como a TV e o cinema, além da própria concorrência com o circo con- temporâneo, o formato clássico permanece. De acordo com Alice Viveiros de Castro, especialista em circo, atualmente existem mais de 2 mil circos espalhados pelo Brasil, sendo aproximadamente 80 médios ou grandes, com trapézio de vôos, ani- mais e grande elenco. Estima-se um público anual de 25 milhões de espectadores. Filme: O Circo A comédia protagonizada por Charles Chaplin, em 1928, retrata a história de um vagabundo que, ao ser confundido com um batedor de carteiras, em sua fuga da polícia, invade um circo no momento do espetáculo. Suas trapalhadas torna-o sucesso entre o público. O Teatro Mágico A banda mistura a magia circense com a do teatro e as críticas políticas com muita literatura. Apresenta-se em um palco composto pelos integrantes maquiados e vestidos de palhaços trazendo a ideia do “personagem” escondido em cada um de nós. Vale a pena conferir! Palhaçada do bem Com a alegria, a descontração e o dom de provocar gargalhadas em multidões, os palhaços ganharam papel social e se tornaram verda- deiros “doutores”. Essa “medici- na do riso” deu origem aos outo- res da Alegria . A ONG surgiu em 1991 com o objetivo de amparar crianças, pais e profissionais da saúde. A essência do trabalho é a utilização da paródia do palha- ço que finge que é médico den- tro do hospital. Isso mostra que o riso não só contagia, mas tam- bém cura. Dia Mundial Normalmente confundido com o Dia Nacional do Circo e do Teatro, ambos comemorados no dia 27 de março, o dia Mundial do Circo teve sua data alterada. Antes, a data internacional era festejada no dia 15 de março. Mas, a partir de 2010, por orientação da Fede- ração Mundial do Circo, passou a ser celebrada no terceiro sábado de abril. O Dia Mundial do Circo foi criado em 1961 pelo Instituto Internacional do Teatro (ITI), data em que foi inaugurado o Teatro das Nações, em Paris. Palhaceata A Palhaceata, uma ação da ONG Paz Sem Fronteiras, reúne, nas ruas do Brasil e de outros países mundo afora, multi- dões coloridas de palhaços propagando a Cultura de Paz. As marchas ocorrem há sete anos, sempre por volta do dia 27 de março, Dia Nacional do Circo e Mundial do Teatro. Freak Show, o circo de horrores Esses circos do passado eram muito famosos nos Estados Unidos e na Eu- ropa, no final do século XIX e início do XX. Suas atrações eram anomalias humanas e deformações, como irmãos siameses, homens de três pernas e mulheres barbadas, além de exibições de talentos bizarros como cuspir fogo e engolir espadas. Aulas de circo em Fortaleza A escola de circo tem como finalidade pro- pagar e incentivar a arte circense. Por meio de atividades como malabarismo, em que se ensina a manipulação de objetos em mo- vimentos, além do tecido acrobático, ilusionismo, palhaço, entre outros. As atividades podem ser feitas por aqueles que desejam trabalhar dentro do circo ou somente para o lazer. Serviço: Escola Social de Circo da Associação Barraca da Amizade Endereço: Avenida Presidente Costa e Silva, 2145 - Mondubim - Telefone: (85) 32915329 Entrevista Tatiana Dourado, 17 anos, fala sobre sua coulrofo- bia, medo de palhaços. “Eu fui descobrir que tinha essa fobia há pouco mais de um ano. Desde pequena eu fugia dos palhaços. Fal- sidade e insegurança, é o que me passam.” Manoela Pompeu, 19 anos, é palhaço na CIA Argumento. “Muitos acham que ser pa- lhaço é esconder os sentimentos atrás de uma máscara, mas o palhaço é um personagem muito expressivo.” Em 31 de março de 1983, acon- teceu a primeira manifestação pública a favor das eleições diretas no Brasil. O protesto ocorreu no recém emancipado município de Abreu e Lima, em Pernambuco. bandeja_83.indd 1 24/04/2013 15:10:01

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Jornal laboratorial de jornailsmo da Universidade de Fortaleza

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O circo ontem e hoje

Jornal de Bandeja - Produção: Laboratório de Jornalismo da Unifor - Diretor do CCG: Profa. Maria Clara Bugarim - Coordenador do Curso de Jornalismo: Prof. Wagner Borges - Concepção: Prof. Jocélio Leal - Professor orientador: Prof. Alejandro Sepúlveda - Edição: Juliana Teófi lo Redação: Érika Neves, Janine Nogueira, Juliana Teófi lo, Lia Martins, Lígia Costa, Mariane Dantas, Thaís Barbosa, Thaís Holanda, Vitória Matos - Projeto gráfi co: Profa. Liduina Figueiredo - Diagramação: Mahamed Prata - Supervisor da Gráfi ca: Francisco Roberto - Impressão: Gráfi ca Unifor

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BandejaCurso de Jornalismo da Unifor | nº 83 | ano 5 | Abr - 2013

Jornal de

f [email protected]

Lia Martins

Quase todas as civilizações do mundo, ocidentais e orientais, já praticavam algum tipo de arte cir-cense na antiguidade, segundo dados publicados na revista Mundo Estranho. O circo tradicional, como o conhecemos, surge apenas na Inglaterra do séc. XVIII, quando o cavaleiro Philip Astley cria o Royal Amphitheatre of Arts, com picadeiro cir-cular e diversas atrações reunidas.

Ao fim dos anos 1970, o contato entre o circo tradicional e a vanguarda do teatro re-sulta na criação de uma escola que coloca o circo num patamar de arte erudita. Surge, as-sim, um novo movimento chamado circo con-

temporâneo, sendo o Cirque du Soleil o mais conhecido.

Apesar da crise enfrentada pelo circo tradicio-nal, provocada pela disseminação de novas for-mas de entretenimento como a TV e o cinema, além da própria concorrência com o circo con-temporâneo, o formato clássico permanece. De acordo com Alice Viveiros de Castro, especialista em circo, atualmente existem mais de 2 mil circos espalhados pelo Brasil, sendo aproximadamente 80 médios ou grandes, com trapézio de vôos, ani-mais e grande elenco. Estima-se um público anual de 25 milhões de espectadores.

Filme: O CircoA comédia protagonizada por Charles Chaplin, em 1928, retrata a história de um vagabundo que, ao ser confundido com um batedor de carteiras, em sua fuga da polícia, invade um circo no momento do espetáculo. Suas trapalhadas torna-o sucesso entre o público.

O Teatro MágicoA banda mistura a magia circense com a do teatro e as críticas políticas com muita literatura. Apresenta-se em um palco composto pelos integrantes maquiados e vestidos de palhaços trazendo a ideia do “personagem” escondido em cada um de nós. Vale a pena conferir!

Palhaçada do bemCom a alegria, a descontração e o dom de provocar gargalhadas em multidões, os palhaços ganharam papel social e se tornaram verda-deiros “doutores”. Essa “medici-na do riso” deu origem aos outo-res da Alegria . A ONG surgiu em 1991 com o objetivo de amparar crianças, pais e profissionais da saúde. A essência do trabalho é a utilização da paródia do palha-ço que finge que é médico den-tro do hospital. Isso mostra que o riso não só contagia, mas tam-bém cura.

Dia MundialNormalmente confundido com o Dia Nacional do Circo e do Teatro, ambos comemorados no dia 27 de março, o dia Mundial do Circo teve sua data alterada. Antes, a data internacional era festejada no dia 15 de março. Mas, a partir de 2010, por orientação da Fede-ração Mundial do Circo, passou a ser celebrada no terceiro sábado de abril. O Dia Mundial do Circo foi criado em 1961 pelo Instituto Internacional do Teatro (ITI), data em que foi inaugurado o Teatro das Nações, em Paris.

PalhaceataA Palhaceata, uma ação da ONG Paz Sem Fronteiras, reúne, nas ruas do Brasil e de outros países mundo afora, multi-dões coloridas de palhaços propagando a Cultura de Paz. As marchas ocorrem há sete anos, sempre por volta do dia 27 de março, Dia Nacional do Circo e Mundial do Teatro.

Freak Show, o circo de horroresEsses circos do passado eram muito famosos nos Estados Unidos e na Eu-ropa, no final do século XIX e início do XX. Suas atrações eram anomalias humanas e deformações, como irmãos siameses, homens de três pernas e mulheres barbadas, além de exibições de talentos bizarros como cuspir fogo e engolir espadas.

Aulas de circo em FortalezaA escola de circo tem como finalidade pro-pagar e incentivar a arte circense. Por meio de atividades como malabarismo, em que se ensina a manipulação de objetos em mo-vimentos, além do tecido acrobático, ilusionismo, palhaço, entre outros. As atividades podem ser feitas por aqueles que desejam trabalhar dentro do circo ou somente para o lazer.

Serviço: Escola Social de Circo da Associação Barraca da AmizadeEndereço: Avenida Presidente Costa e Silva, 2145 - Mondubim - Telefone: (85) 32915329

EntrevistaTatiana Dourado, 17 anos, fala sobre sua coulrofo-bia, medo de palhaços. “Eu fui descobrir que tinha essa fobia há pouco mais de um ano. Desde pequena eu fugia dos palhaços. Fal-sidade e insegurança, é o que me passam.”

Manoela Pompeu, 19 anos, é palhaço na CIA Argumento. “Muitos acham que ser pa-lhaço é esconder os sentimentos atrás de uma máscara, mas o palhaço é um personagem muito expressivo.”

Em 31 de março de 1983, acon-teceu a primeira manifestação pública a favor das eleições diretas no Brasil. O protesto ocorreu no recém emancipado município de Abreu e Lima, em Pernambuco.

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