jornal da serra - nº 37

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Jornal da Serra Jornal da Serra Informação - Cultura - Lazer Ano - 2 - Terras Altas da Mantiqueira - 23 de janeiro de 2015 - nº37 - R$ 2,00 Pág-04 Pág-07 Pág-11 Pág-03 Abuso de autoridade registrado em vídeo Um vídeo que circulou na internet nesta última semana ganhou notoriedade ao ser exibido na Rede Globo, pela afiliada EPTV, deixando os passaquatrenses perplexos com a falta de preparo e conduta dos policiais. Esta edição do Jornal da Serra foi ilustrada com charges, para ficar registrado que a liberdade de expressão deve sempre prevalecer ” Je suis Charlie” Câmara Municipal de Passa Quatro da inicio aos trabalhos de 2015 Passa Quatro inicia obra de Sistema de Tratamento de Esgoto Corrupção Enraizada Por Mário Fonseca

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Ano - 2 - Terras Altas da Mantiqueira - 23 de janeiro de 2015

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  • Jornal da SerraJornal da SerraInformao - Cultura - LazerAno - 2 - Terras Altas da Mantiqueira - 23 de janeiro de 2015 - n37 - R$ 2,00

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    Abuso de autoridade registrado em vdeoUm vdeo que circulou na internet nesta ltima semana ganhou notoriedade ao ser exibido na Rede Globo, pela afiliada EPTV, deixando os passaquatrenses perplexos com a falta de preparo e conduta dos policiais.

    Esta edio do Jornal da Serra foi ilustrada com charges, para ficar registrado que a liberdade de expresso deve sempre prevalecer Je suis Charlie

    Cmara Municipal de Passa Quatroda inicio aos trabalhos de

    2015

    Passa Quatro inicia

    obra de Sistema de

    Tratamento de Esgoto

    Corrupo Enraizada

    Por Mrio Fonseca

  • Jornal da SerraSexta -feira, dia 23 de janeira de 20152

    EDITORIAL

    So Sebastio do Rio Verde - Pouso Alto - Marmelpolis

    Alvaro Pinheiro Mascarenhas - ME

    Jornal da Serra - CNPJ:18.842.735/0001- 28

    Registro Civil: cha Livro B Reg.Of,Imp, Jornais, Per. e outros do Cart.

    Reg. Civil de PJ s-001 / Ordem- 002 - Passa Quatro -MG

    Jornalista Responsvel: Eder Billota - MTB: 038316

    Impresso: S. Billota e Billota LTDA - CNPJ: 06.304.064/0001-62

    Lorena - SP.

    Jornal da Serra - Expediente

    A regio das Terras Altas da Mantiqueira de uma grande beleza e atrai turistas de vrias partes do Brasil e do exterior. Loca-lizada nas partes altas da Serra da Mantiqueira os municpios so agraciados com um clima ameno, tpico de regies mon-tanhosas, nos meses de inver-no as temperaturas ficam prx-imas de 5C em determinados locais, mudando a paisagem com as frequentes geadas. A regio tambm tem inmeras cacheiras e piscinas natu-rais que no vero, devido a calor, so um grande atrativo, turistas e visitantes das cidades as procuram com grande fre-quncia. Contudo, um proble-ma crnico, de longos anos, a falta de sinalizao dos pontos tursticos, como cachoeiras, mirantes, picos, entre outros.Nunca foi feita uma sina-lizao sria e voltada para o turista que aqui chega, ele procura por informao e no as obtm, assim ele vai a pos-tos de gasolina, e outros vrios locais para se informar, com isso, no se sente seguro, pois as informaes nem sempre so adequadas. As cidades no tm um balco de informaes que funcione com frequncia. Faltam mapas explicativos e sinalizaes, como placas bem elaboradas com intuito de ori-entar o turista e fazer com que ele chegue com segurana ao destino.Com a chegada do Portal que ser construdo na divisa entre So Paulo e Minas Gerais ser montado uma central de infor-maes, que ajudar a dire-cionar o turista, mas pouco, as informaes tem que estar dentro das cidades, cada ci-

    dade deveria montar os postos de informaes com acessibi-lidade, que oriente e d apoio ao turista de forma que ele se sinta seguro para se deslocar at o ponto que deseja chegar, at mesmo oferecer o trabalho de guias previamente cadastra-dos para acompanhar.A questo que estamos mui-to aqum de fornecer ao turis-ta que vem a regio das Terras Altas da Mantiqueira um ro-teiro bem sinalizado. Os mora-dores locais ainda no acredi-tam no potencial turstico que a regio tem, em consequncia os polticos ainda no se em-penham para que as cidades possam se estruturar para re-ceber esse turismo que cresce

    por si s, pois a propaganda feita pelo boca a boca, pousadas e hotis, assim o tu-rista que procura pelas belezas naturais da regio muitas ve-zes voltam para casa frustra-dos, sem terem conhecido o que realmente belo por aqui.A Associao das Terras Altas da Mantiqueira tem projetos para sinalizar adequadamente as cidades, estes foram pro-jetados em conjunto com as Secretarias de Turismo de cada municpio, portanto o municpio dever executar o seu j em 2015. Aguardamos ansiosos por essa conquista, primordial para o bom anda-mento do turismo na regio.

    O turismo se perde na falta de informaoNunca foi feita uma sinalizao sria e voltada para o turista que aqui chega, ele procura por informaes e no as obtm com facilidade.Estamos atravessando um dos famosos veranicos de janeiro, temperaturas elevadas e pouca ou nenhuma chuva, aqui nas Terras Altas da Mantiqueira estamos com apenas 30% das chuvas, em nossa regio em mdia chovem 1.500mm por ano (1mm de chuva equivale a 1 litro de gua em cada metro

    quadrado), acontece que em 2014 choveu em torno de 400mm, ento temos uma falta de gua enorme, 2015 est da mesma forma, e no estamos preparados para lidarmos com uma situao dessas, nos faltam hidrantes para frear o consumo, e profissionalismo poltico para implantao de um sistema que funcione a contento, at agora muita fala e pouca eficcia na implantao, lento demais. Podemos at culpar So Pedro pela m distribuio das guas, entretanto, no podemos creditar a ele nossa lenincia em resolver o problema. Alguns municpios de Minas Gerais esto repensando, at mesmo cancelando, os festejos carnavalescos por falta de gua, uma sada, sem gua no da para ter festa. Nossas cidades tm a populao duplica-da nos dias de folia.Inicio de ano conturbado em Passa Quatro, vrios assaltos ocorreram, Supermercado Caracol, Sindicato Rural, Empresa da Helosa e do Julio Ramiro, Joalheria Brasil, adolescentes armados nas ruas... A populao est com medo, no est se sentindo segura como outrora, e no vemos nenhuma movi-mentao diferenciada das foras pblicas para coibir tama-nhos crimes com recursos e bens de cidados que pagam seus impostos, geram renda, empregos e servios populao. Ne-cessitamos de medidas urgentes, tais como ateno maior da Chefia da Policia Civil de Minas Gerais, dando mais condio de trabalho ao Delegado local( j ficamos at sem delegado por um longo perodo), preciso mais gente para que pos-sam ocorrer as investigaes desejadas, para que os crimes cometidos possam ser melhor apurados e os responsveis pos-sam ser enquadrados na Lei vigente. Tambm se faz necessrio a montagem do Posto Policial, permanente, no Alto da Serra, na Divisa com So Paulo, tal assunto j foi abordado inmeras vezes em audincias pblicas, em vrios locais do Estado de Minas Gerais. Bom, os mineiros trocaram de comando, ento esperamos que tambm as atitudes do Comando Geral, tanto da PMMG e da Polcia Civil/MG tambm mudem, preciso dar mais estrutura, ter mais gente preparada. No sabemos onde tirar ou renovar RG em nossa regio, ta difcil! A inrcia do Governo de Minas Gerais pode ser um atrativo aos meliantes de planto. As prefeituras tm ajudado com gente e conv-nios, todavia, a responsabilidade do Governo Estadual.Nesta Edio fazemos uma homenagem ao Charlie Hebdo, com vrias charges do Paulo Fontes, execuo de jornalistas condenvel, pois uma tentativa de calar a opinio con-trria, qualquer assassinato por si s condenvel. Entretanto, o Charlie no tem o bom hbito de respeitar a religio e o posicionamento de povos com cultura diferente da sua, de seus jornalistas. Como dizemos por aqui, cutucou a ona com vara curta. Deu no que deu.

    Tempo quente - temperatura e nimos...

  • Jornal da Serra

    Sexta -feira, dia 23 de janeira de 2015 3

    Em Passa Quatro ocor-reu um fato que pode ser classificado como

    uma prtica abusiva e dessa vez a prova incontestvel.

    Em edio passada o JS de-nunciou outros fatos em uma reportagem polmica que teve

    uma grande repercusso cominando numa sindicncia in-

    Abuso de autoridade registrado em vdeoterna realizada pela PMMG, cujas primeiras informaes do conta de que as vtimas j foram procuradas pela PM e ouvidas em depoimento. Agora as provas foram forne-cidas pelos prprios autores dos abusos. Um vdeo que circulou na in-ternet nesta ltima semana ganhou notoriedade ao ser ex-ibido na Rede Globo, pela afi-liada EPTV, deixando os pas-saquatrenses perplexos com a falta de preparo e conduta dos policiais. A gravao regis-trada no vdeo pelos prprios policiais a prova do abuso de poder e desrespeito com o ser humano, e principalmente a desobedincia conduta ori-entada pela PMMG. O vdeo gravado, possivel-mente por um celular, mostra trs jovens fazendo flexes de brao e orientados pelo policial a fazerem elogios polcia de Passa Quatro e a eles prpri-os. O vdeo teria sido gravado em outubro do ano passado. No udio, possvel ouvir que eles so obrigados pelo poli-cial a fazerem exerccios para serem liberados. Para o Subco-

    mandante da PM da regio, a atitude dos militares foi total-mente desnecessria.Mais uma vez estamos ven-do alguns policiais usando de forma errada a autoridade recebida, causando intranqui-lidade na comunidade, justa-mente quem deveria ser pro-tegido e guardado por eles. A atitude dos jovens de estar possivelmente usando drogas naquele local, no foi compro-vada, pois no foi feito ocor-rncia e nem um registro do caso, somente um vdeo, mas no mesmo, o que se v e ouve so jovens se exercitando sob o comando de um sargento. Uma das vtimas disse que ele e os amigos tiveram que obe-decer aos policiais para serem liberados. Segundo o jovem, ele est com vergonha de sair da casa devido repercusso do vdeo nas redes sociais.Segundo o comando da Polcia Militar, um inqurito policial militar foi instaurado no ms de novembro do ano passado para investigar as irregulari-dades do caso e j foi encamin-hado para a Justia. A Polcia Civil tambm vai investigar

    um possvel abuso de auto-ridade na ao dos militares. Conforme a PMMG, partici-param da abordagem um sar-gento e um cabo da PMMG.Informaes da PMMG: O JS conversou com o major da PMMG Paulo Mrcio de Assis Jacinto que disse A atitude deles no observou as tcnicas policiais. Toda tcnica nossa tem o pressuposto do respeito aos direitos humanos e a digni-dade das pessoas. Ali no h nenhuma observao desses princpios. A conduta dos poli-ciais envolvidos repudiada pela PMMG e ser investigada com base na lei. Os policiais j esto respondendo pelas suas atitudes. A PMMG no deixa de investigar qualquer fato acerca do comportamento ne-gativo cometido por seus servi-dores. A partir do momento em que passa a ter conhecimento do problema, esse fato ser tratado com o mesmo rigor le-gal que norteia a conduta tica da Polcia Militar de Minas Gerais, que uma instituio sria, que conta com 239 anos de bons servios prestados aos mineiros e ao Brasil.

    Segundo o comando da Polcia Militar, um inqurito policial militar foi instaurado para investigar o caso

    do G1Suspeito j respondeu a ou-tros processos criminais e foi absolvido, diz PM.Ricardo dos Santos, de 24 anos, morreu por volta das 13h de tera-feira.O policial militar Luis Paulo Mota Brentano, de 25 anos, suspeito de ter disparado trs tiros no surfista Ricardo Santos, 24 anos, que mor-reu na tarde desta tera-feira (20), j respondeu por outros processos criminais e foi ab-solvido em todos, conforme a PM. Segundo o delegado responsvel pela investigao do caso, Marcelo Arruda, ele solicitar a mudana da tipi-ficao do crime de tentativa de homicdio para homicdio doloso qualificado, alterao

    PM suspeito de atirar em surfista deve responder por homicdio dolosoque ainda deve ser analisada pela promotoria de Justia. Em paralelo, o PM tambm re-sponder a um inqurito mili-tar, pelo mesmo crime.PM j foi investigado por outros crimesSegundo o Ministrio Pblico de Santa Catarina (MPSC), o policial j respondeu a outros processos criminais e aes pe-nais militares. A comunicao da Polcia Militar esclarece que ele foi absolvido em to-dos os casos anteriores. Con-forme os arquivos processuais do MP, em janeiro de 2011, a 19 Promotoria de Justia de Joinville recebeu um auto de priso em flagrante por crimes de abuso de autoridade contra ele. De acordo com o Juizado Especial de Crime da cidade,

    o juiz julgou improcedente a acusao, por um ato cometido em novembro de 2010. Outros processos e inquritos foram movidos entre 2010 e 2014. A tenente-coronel Claudete Lehmkuhl, afirma que o solda-do possui muitos elogios na corporao e presta h mais de seis anos servio em Join-ville, no Norte do estado.Verses conflitantesO soldado est preso no bata-lho da Polcia Militar de Flori-anpolis por tempo indetermi-nado. Na segunda-feira (20), ele alegou em depoimento que reagiu em legtima defesa, j que a vtima estaria com um faco. No entanto, segundo o delegado Marcelo Arruda, responsvel pelo caso, os poli-ciais militares que atenderam

    a ocorrncia no apreenderam nenhum faco no local dos disparos. J a arma do policial, assim como o veculo dele, foi

    encaminhada para o Instituto Geral de Percias (IGP).

  • Jornal da SerraSexta -feira, dia 23 de janeira de 20154

    EM FOCO

    Passa Quatro - MG

    Cmara Municipal de Passa Quatroda inicio aos trabalhos de 2015

    ENQUANTO ISSO NA CMARA MUNICIPAL DE PASSA QUATRO... A Cmara Municipal de Passa Quatro teve um episdio lamentvel em sua ltima Sesso, uma vereadora e um vereador partiram para as vias de fato, ou seja para a agresso fsica. Ora, por mais que existam diferenas de opinies, a violncia fsica entre os ocupantes de cargos do Legislativo no saudvel e nem desejvel que ocorra, pois isso fere de morte o decoro parlamentar, e sendo assim tal fato deve ser punido. Os vereadores envolvidos devem rever seus procedimentos. Vale lembrar que foram eleitos pelo voto popular, esses mesmos vereadores foram ree-leitos no ltimo pleito, o que mostra que a populao esperava muito deles, discutindo as Leis municipais, os projetos, requerimentos, enfim, representando a populao passaquatrense. No a violncia fsi-ca e sim ao dilogo franco e respeitoso, conforme recomenda a boa educao. Estamos passando por um perodo mundial turbu-lento, onde diferenas de opinies, diferentes pontos de vista religiosos esto sendo castigados com morte a alguns e violncia fsica a outros, por isso quando acontece violncia fsica entre ocupantes de cargos pblicos, vereadores, ficamos surpresos e preocu-pados com o andamento das discusses vindouras, esto esses vereadores preparados para um embate mais duro, ou vo sempre apelar para a briga de rua?

  • Jornal da SerraSexta -feira, dia 23 de janeira de 2015 5

    Blog: www.passfour-city.blogspot.comOPINIO - CELSO MOTA

    Dia desses, na sala do Centro de Ateno Psicossocial Caps, mantido pela Prefeitura Municipal, o dirigente da entidade que atua na re-cuperao de dependentes qumicos (crack, lcool e en-torpecentes) e os acompanha periodicamente s consultas, enquanto aguardava a chama-da do medico Psiquiatra, co-mentava com a Assistente Social que a me de um de-les, no desespero, pedira que cuidasse do filho, pois, se voltar a consumir drogas ser morto pelos traficantes por causa de uma dvida de dro-gas consumidas e no paga. O dirigente diz tambm es-tar preocupado com a ma-nuteno da entidade, j que os recursos financeiros so cada vez mais escassos para atender as despesas dirias com alimentao, remdios e transporte dos albergados, e que est tentando junto a Prefeitura e a Cmara de

    Estes esquecidosVereadores, neste inicio de ano, uma verba do oramen-to municipal para conseguir manter funcionando o nico atendimento aos viciados em drogas existente no Municpio. Em outro ponto da cidade, o cidado pra junto de outras pessoas que observam um pequeno co que sofre com graves sintomas. O homem no vacila, recolhe o animal nos braose atravessa a rua em direo a uma casa de produ-tos veterinrios ali perto. J no interior do estabelecimento, decepcionado, descobre que o telefone do Veterinrio no atende, e que na cidade no h posto de controle e proteo animal para cuidar dos doentes e abandonados.Estas narrativas ilustram bem o cotidiano de algumas pes-soas da comunidade, quer sejam credenciados ou como voluntrios, se dispem a es-tes tipos de atividades, ora em beneficio de seus seme-lhantes, outras em busca de

    atendimento aos animais no humanos. Os caninos so o maior contingente entre os animais domsticos e de rua. Considerado o melhor ami-go do homem, h um ditado sobre amigos no muito leais, que diz: prefiro um cachorro amigo, a um amigo cachorro. O momento oportuno para indagar o que tem feito a ad-ministrao publica para con-ter o avano do numero de dependentes do crack e outras drogas. Tambm sobre o con-trole populacional dos animais de rua ou SRD (sem raa definida), onde os tcnicos em servio de vigilncia sanitria propem que a Prefeitura faa um mutiro para castrao co-letiva de ces e gatos, como medida emergencial.A falta de verbas no deve livrar as Prefeituras da responsabilidade por implan-tao de sistema de tratamen-to e controle destes males que evoluem a cada dia, de conse-qncias graves para a sade

    publica. No caso do depen-dente qumico a famlia a mais afetada. Em se tratando dos animais de rua, reflete no turismo e no meio ambiente urbano e rural, contaminando o solo e as guas com a uri-na e fezes, alm de propiciar doenas transmissveis entre as prprias espcies, incluindo os animais domsticos. As associaes e organizaes no governamentais (ongs) que apresentam projetos nesse sentido, vistos como uma es-perana e motivao da luta contra as drogas, e de alento para com os animais de rua, acusam a Prefeitura e a Cmara de Vereadores por inoperncia na criao e falta de apoio para programas e incentivos de m-bito municipal objetivando o controle e a preveno destas anomalias. Na esfera esta-dual, o Carto Aliana para a Vida - programa criado no governo Acio Neves, pode ser desenvolvido em parce-ria com comunidades ter-aputicas, que estabelece o valor de R$ 45 dirios para o tratamento de cada dependente qumico (o valor sacado di-retamente pelo responsvel da

    clnica). No campo do controle e proteo animal, tramita na Assemblia Legislativa de Minas Gerais o Projeto de Lei (PL) 1197/11, de autoria do Deputado Dalmo Ribeiro Sil-va (PSDB), que cria um cdi-go voltado para a espcie; o projeto j passou em primeiro turno pelas comisses de Constituio e Justia, Meio Ambiente e Desenvolvimen-to Sustentvel, e Fiscalizao Financeira e Oramentria, se-guindo agora para votao em primeiro turno do plenrio da Casa de Leis. Deus criou o homem com inteligncia para optar pela melhor qualidade de vida; foi dado a natureza e os animais no humanos na beleza, vigor e presteza peculiar a cada es-pcie, nos cabendo a respons-abilidade pela sua proteo e preservao.

  • Jornal da SerraSexta -feira, dia 23 de janeira de 20156

    O Jornal da Serra estar disponivel on-line a partir desta edio no site:

    www.mineiradosul.com.br

    CAMINHES

    E

    ULTILITRIOS

    3095

    Por Petterson Rodrigues

    Em um mundo cada vez mais globalizado e digital, mo de obra qualificada para ati-vidades consideradas manuais, menos tecnolgicas, est cada vez mais restrita e defi-ciente. o que acontece, por exemplo, em cidades pequenas como Passa Quatro e em ativi-dades para atendimento ao p-blico no comrcio.Na edio passada do Jornal da Serra, dei meu testemunho em situaes inoportunas vivi-das recentemente na cidade. Sou filho de Passa Quatro e meu relato no intuito de con-tribuir com a melhoria local, e que, com isso, alcancemos um lugar ao sol no campo do ecoturismo.Passa Quatro possui todas as condies naturais, o que mais difcil, para ser uma ci-dade TOP no que diz respeito ao ecoturismo. privilegiada pelas belas paisagens, for-maes da natureza e o clima, o que atrai cada vez mais pes-soas para cidade. O que Pas-sa Quatro perde para outras cidades relevantes no ecotu-rismo nos quesitos natureza, beleza e clima?Porm, no se consegue dar um salto como cidade tursti-ca porque falta estrutura e preparo profissional. E ser ainda que falta vontade e apo-io poltico?

    Mas para saltar, precisamos dar um passo de cada vez. uma crtica pontual, de refle-xo. Seria dar um passo na me-lhora no atendimento ao con-sumidor / turista. E por que no atend-lo da melhor forma possvel? Com seriedade, educao, respeito, ciente de que ele o cliente, que faz o seu negcio rodar, ir para frente. E enrolar o cliente muito pior do que falar a ver-dade, mesmo que essa verdade gere um descontentamento, mas a verdade gera confiana, mesmo que essa verdade no seja a de melhor agrado. isso que precisa mudar.Se o atendente, o funcionrio

    informa para o cliente que tal prato ficar pronto em 30 minutos, tem que ser em 30 minutos e no 40 minutos ou 1 hora. E o que se v em mui-tos estabelecimentos em Passa Quatro, j que ao informar o cliente, o que se quer apenas ganhar tempo para atender todos os pedidos. Essa situ-ao parece corriqueira e trata-da com muita naturalidade em vrios estabelecimentos. E que fique claro, isso no isolado a Passa Quatro, outras cidades

    tm o mesmo problema. Basta observar.E no vai ser assim que haver evoluo. No assim que atrair e reter clientes, turistas, chamar a ateno da mdia, mostrando que Pas-sa Quatro uma cidade dife-renciada. E mesmo com toda dificuldade, nossa linda ci-dade consegue atrair pblico e negcios como as recentes gravaes do filme Quase Memria, alm de sries e pro-pagandas. Esse um indica-dor de que essa aconchegante cidade do Sul de Minas tem muito potencial para o turismo em geral.No se quer aqui dizer que est

    tudo errado, mas sim propor que se d um passo. E daqui alguns anos, dcadas, poder sentir que foram dados vrios passos, ou seja, um belo salto. E para melhorar no atendi-mento (o salto proposto) pre-ciso investir em treinamento, fazer parcerias com institu-ies e profissionais que pos-sam agregar e melhorar a mo de obra local. O profissional que atende o consumidor e/ou turista , muitas vezes, o carto de visita da cidade. Atendendo

    mal, esse profissional cria uma barreira muitas vezes intrans-ponvel, ou seja, ele vai em-bora e quase certo que no volta.A deve entrar as parcerias: Sebrae, Associao Mineira dos Municpios, FIEMG, As-sociao Comercial de Passa Quatro, Sindicatos, Prefeitura Municipal, enfim, h diversas maneiras de se tentar construir uma realidade diferente e bus-car melhorias. Quer refletir mais de como possvel atender melhor? Veja algumas dicas de Ricardo M. Barbosa, especialista e diretor executivo da Innovia Training & Consulting sobre atendi-mento.1 - Ser rpido e solcito com o cliente uma necessidade para cativar o consumidor. O profissional deve ser treina-do para atender a cada cliente como o cliente dele; 2 - O colaborador deve conhecer a fundo todos os de-talhes do produto ou servio que est oferecendo ou que o cliente est pedindo; 3 - fundamental ter em men-te que nunca perda de tempo fazer demonstraes e prestar informaes detalhadas; 4 - importante que se crie identificao, assim, deixe que o cliente conhea a sua empre-sa, fazendo com que se tenha entendimento do que se est oferecendo; 5 - Ser verdadeiro fundamen-

    tal, tenha isso como preceito bsico e exercite o perguntar mais do que falar; 6 - Todo cliente tem seu tem-po, se ele estiver com pressa, seja gil, se for moroso, man-tenha-se tolerante, paciente e calmo; 7 - S prometa prazos, horri-os e outros se realmente puder cumprir; 8 - Seja tico, ntegro e sincero com todos os tipos de clientes e conquiste para sempre sua confiana; 9 - Evite deixar o cliente espe-rando, se observar que ir de-morar, pare por um instante o que est fazendo para dar um posicionamento pela demora; 10- Evite amadorismo e erros grosseiros de linguagem, isso vale tanto com atendimento pessoal como por telefone, busque reconhecer qual o esti-lo do cliente e adapte sua lin-guagem, se atente para nunca ser vulgar ou inconveniente; 11 - Cuidado com os valores ou mesmo produtos que sero apresentados, se o cliente sen-tir que esto tentando enrolar ou tirar vantagem na nego-ciao ficar muito mais dif-cil;

    Petterson Rodrigues jornalis-ta, com MBA em Gesto Em-presarial. Presta consultoria e treinamento na rea empresa-rial e em Recursos Humanos. Fundador e editor do site: www.sulminas146.com.br

    O que Passa Quatro perde para outras cidades relevantes no

    ecoturismo nos quesitos natureza, beleza e clima?

    Passa Quatro precisa priorizar parcerias para investir em qualificao de mo de obraO profissional que atende o turista no comrcio , muitas vezes, o carto de visita da cidade.

  • Jornal da Serra

    Sexta -feira, dia 23 de janeira de 2015 7

    No ano passa-do, aps ter-minarem as eleies pre-sidenciais, as-sistimos estarrecidos o go-verno federal enviar projeto de lei ao Congresso Nacional para revogar a determinao da lei de diretrizes Ora-mentria de 2014 que estipu-lava que a Unio deveria fazer uma economia de 116 bilhes de reais para que o governo pudesse cumprir com suas obrigaes constitucionais. E, pior ainda, foi ver que con-comitante a este descalabro legislativo, a Presidente da Repblica enviou um decre-to onde deixava claro que se aprovado a emenda a LDO, em compensao repassaria a cada um dos 594 congres-sistas (513 deputados fede-rais e 81 senadores), a quan-tia de 444,7 milhes de reais para fazer face as emendas oramentrias, o que foi en-tendido por algumas mentes mais avivadas, que cada par-la-mentar brasileiro no con-gresso nacional vale somente R$ 748.000,00, esse o preo de cada um segundo a lgica da Presidente da Repblica. Em nossos municpios esse

    mesmo tipo de suborno acaba ocorrendo, quando o prefeito municipal quer que uma lei de sua competncia deva ser aprovada, s fazer uns mi-mos a alguns vereadores que l vai a violao dos princpios morais e da tica que deve re-ger o poder legislativo muni-cipal. Por muitas vezes parte dos vereadores votam porque so do lado poltico, no

    importa se o projeto de lei favorvel populao, a quem ele realmente representa, mas vota favorvel porque do lado ou vota contra, porque da oposio e os caciques com seus asseclas esto de planto, caso no procedam de forma contrria, no se elegero nas prximas eleies, que se da-nem os princpios. No quero dizer aqui, que os polticos de-

    vam se reger apenas por seus princpios, na democracia fundamental ser alinhado com o partido poltico que repre-senta, que formado por um conjunto de pessoas. H uma votao em especial que nos parece totalmente imoral e sem nenhuma responsa-bilidade com o cargo que o vereador exerce representando a populao do seu municpio,

    exemplo: quando as contas do prefeito so rejeitadas pelo Tri-bunal de Contas do Estado, que um rgo fiscalizador e emite seus pareceres fundamentados em bases tcnicas contbeis, e 2/3 dos vereadores (que so do lado poltico) votam de acordo com sua posio e no de acor-do com princpios tcnicos, os quais, neste caso, devem pre-valecer, muitas vezes o pre-feito ou ex-prefeitos, no desviaram recursos para seus bolsos, mas, administraram mal as finanas do municpio, assim como a Presidenta que foi incompetenta em sua ad-ministrao. Voltando aos municpios, os eleitores de ditos vereadores acabam por aprovar suas atuaes antiti-cas e imorais e assim se inicia o ciclo deste mal que corroe a nao, que a corrupo, onde o dinheiro que seria para investir em desenvolvimento, educao, sade e segurana, mal gasto ou vai para o bolso dos corruptores e corrompi-dos e os maus administradores esto por a alimentando este mal dando-lhe razes, para que dentro das propores admin-istrativas, sejam municipais, estaduais ou federais ela con-tinue a existir.

    Corrupo Enraizada por Mrio Fonseca

    O prefeito ou ex-prefeitos no desviaram re-cursos para seus bolsos, mas, administraram mal as finanas do municpio

    Itamonte MG

  • Jornal da SerraSexta -feira, dia 23 de janeira de 20158

    Foi realizada de 31 de dezem-bro a 04 de janeiro a primeira Festa da Ameixa no bairro da Vargem Alegre em Virgnia.Na abertura da festa foi celebrada uma missa com o padre Robson e a noite um grande show com queima de fogos, saudando a entrada de 2015.O bairro Vargem Alegre sai na frente dos demais povoados de nosso municpio pois, or-ganizou a festa que sempre foi um sonho de toda a populao virginense. Temos que mostrar ao mundo o que temos de bom e do que somos capazes de fazer e organizar. Os sonhos devem se tornar realidade.Parabns a toda a populao deste progressista povoado. A festa foi um sucesso!

    Receita de Bolo de Ameixa

    Ingredientes: 5 ovos3 xcaras (ch) de acar3 xcaras (ch) de farinha de

    trigo1 xcara (ch) de leite1 xcara (ch) de margarina10 cravos3 canelas em pau2 colheres (sopa) de fermento 800 g ameixaNata batida a gosto (cobertura) Modo de Preparo: Bater as gemas com duas x-caras de acar e a margarina at formar um creme. Torrar e moer o cravo e a canela e adi-cionar ao creme.Cozinhar as ameixas com 1 xcaras de acar. Amassar metade das ameixas cozidas e misturar ao creme. Acrescen-tar ao creme, o leite e a farinha de trigo e bater. Bata as claras em neve e adicione ao creme. Leve ao forno para assar.Depois de assado e frio, cobrir com nata batida e enfeitar com o restante das ameixas.Bom apetite e no esquea de me convidar para comer um pedao

    Vargem Alegre em Virgnia realiza a primeira Festa da Ameixa

    Filme resgata histrias por trs das fotografias de Sebastio SalgadoJuliano Ribeiro Salgado, filho de Sebastio, fala sobre a parceria com Wim Wenders e a experincia de realizar um filme sobre um dos maiores fotgra-fos do Brasil. Pude compreender melhor as experincias que ele teve.Brasil vai estar representado na 67 edio do Festival de Cannes com um filme sobre a vida e a obra do fotgrafo brasileiro Se-bastio Salgado, de 70 anos. Par-ticipante da mostra Un Certain Regard, a produo The salt of the earth dirigida pelo filho do fotgrafo, Juliano Ribeiro Salga-do, e pelo cineasta alemo Wim Wenders.Em entrevista DW, Juliano explica como surgiu a ideia de realizar o filme sobre seu pai, como foi trabalhar com Wim Wenders e a influncia dos proje-tos Exodus e Genesis na vida de Sebastio Salgado. O filme, ainda sem ttulo oficial em portugus, no tem previso de ser lanado no Brasil.De acordo com Juliano, a propos-ta do filme foi resgatar os 40 anos de trabalho fotogrfico de Se-bastio Salgado, que conseguiu explorar com um olhar nico tragdias humanas e, tambm, as pessoas, a natureza e o mundo animal.E, como as fotografias regis-tram um instante, e no a vida dessas pessoas que passaram pelo caminho de Sebastio, havia ento um espao para fazer um filme no qual ele poderia contar coisas que poucos sabem e relatar situaes que poucos vivencia-ram, disse.DW Como surgiu a ideia de re-alizar um documentrio sobre a vida de Sebastio Salgado?Juliano Ribeiro Salgado Havia uma distncia entre mim e meu pai. Cada um estava seguindo o seu caminho, at o dia em que o Sebastio insistiu muito que eu o acompanhasse numa de suas via-gens, pois, alm de ter a oportuni-dade de passar mais tempo com ele, eu poderia registrar cenas de como ele trabalhava, o que era uma coisa que ningum at en-to havia feito. E, por conta dis-so, com o convite, passei alguns dias com o meu pai na Amaznia, quando ele foi visitar o povo ind-gena Zo. E, de repente, tivemos a oportunidade, durante a viagem, de ter um dilogo muito legal, de pai para filho. E isso meio que abriu a porta para outras viagens.E como o cineasta Wim Wenders apareceu na histria?Ao mesmo tempo que o dilo-go entre mim e meu pai estava se intensificando, a ideia de realizar um filme sobre a vida do Sebastio foi se instalando. Nesse mesmo perodo, Wim Wenders,

    que admira muito o trabalho do Sebastio, apareceu no nosso uni-verso e demonstrou interesse em tambm realizar um filme sobre meu pai.E o passo decisivo foi que, por sermos pai e filho, existem coisas sobre as quais voc no consegue falar com seu pai. E eu precisava encontrar algum que tivesse uma viso neutra, de fora, uma pessoa de cinema, com a qualidade de poder entender imagens. O Wim era o candidato ideal, e ele queria participar do filme.Qual foi a abordagem que vocs utilizaram?

    Wenders, Llia Wanick e Se-bastio Salgado: casal fundou em abril de 1998 o Instituto TerraDurante os 40 anos do trabalho do Sebastio, devido ao trabalho de reprter fotogrfico, ele ex-plorou lugares de tenses e situ-aes difceis, como guerra e fome. Com o seu jeito nico de trabalhar, ele sempre teve muita empatia com as pessoas que ele encontrava. E, como as fotogra-fias registram um instante, e no a histria de vida dessas pessoas que passaram pelo caminho de Sebastio, havia ento um espao para fazer um filme no qual ele poderia contar coisas que pou-cos sabem e relatar situaes que poucos vivenciaram.Esse foi ento o enfoque que eu e Wim resolvemos dar: acom-panhar a carreira do Sebastio para entender como ele tinha se transformado no fotgrafo que hoje, como o olhar dele permitiu que ele virasse o artista que . At o momento em que sua trajetria o levou para Ruanda, pas onde presenciou dramas terrveis du-rante o genocdio.Nessas viagens para a Ruanda, meu pai presenciou situaes muito pesadas, tanto que num dado momento ele no conseguiu mais fazer fotografias e teve que

    se transformar. E, junto com a minha me [Llia Wanick Salga-do], com quem ele sempre plane-jou as reportagens que iria fazer, decidiu fundar o Instituto Terra e reflorestar uma grande rea com mais de 2,5 milhes de rvores plantadas [em Aimors-MG].Wim e eu achamos essa histria muito bonita e resolvemos con-t-la. Wim realizou vrias entre-vistas com Sebastio para ouvir as histrias que ele vivenciou como fotgrafo, enquanto eu filmei Sebastio durante vrias viagens dele. Tambm havia im-agens antigas de momentos da histria de nossa famlia. E o re-sultado foi que passamos um ano e meio juntos na sala de edio para conseguir transformar todos esses registros da histria de Se-bastio num filme.Como foi trabalhar com o cineas-ta Wim Wenders?Foi um aprendizado maravi-lhoso. um dos diretores mais criativos e sensveis. Ele, muito gentilmente, aceitou entrar nessa histria entre pai e filho, e nos deu um presente lindo ao aceitar participar do filme. Pessoalmente, foi uma experincia enriquecedo-ra trabalhar com ele.Sebastio Salgado sempre via-jou muito e voc no tinha tanto contato com ele. Durante e depois do projeto, o que voc conseguiu aprender sobre seu pai?Eu descobri muita coisa sobre ele e a gente se aproximou muito. Ele passou por experincias muito complicadas, e todo esse univer-so, que muito importante para a histria de vida dele, eu no conhecia. Hoje vejo a histria de Sebastio de maneira mais com-pleta, no apenas como meu pai, mas tambm pude observ-lo de fora, como um personagem de um filme, o que me permitiu com-preender melhor as experincias que ele teve.

    fonte: www.dw.de

    por Jos Afonso

  • Jornal da SerraSexta -feira, dia 23 de janeira de 2015 9

    Ponto de VistaFeminino

    Eu passei grande parte da minha vida escutando a frase-feita que mais sucesso faz no universo maravilhoso das crenas falsas: no escolhe-mos por quem nos apaixona-mos. verdade, no escolhe-mos. Podemos nos apaixonar por gente que no vale um miligrama do que come. mais assustador ainda considerar que ns mesmos po-demos ser estas pessoas na vida de outro algum que tambm sofre por ns. Mas em qualquer um dos casos, eu sou inclinado a concordar que, de fato, no escolhemos por quem nos apaixonamos. Pai-xo, como o nome diz, vem do grego pathos, o mesmo termo que d origem a patolgi-co. A paixo prima-irm da doena. E ningum escolhe se apaixonar, tanto quanto no escolhemos ficar gripados ou pegar caxumba. Acontece.Epa! Mas ento por que ser que eu digo que isso faz parte do universo das crenas fal-sas? Ora, no preciso mui-to esforo para perceber que por mais que no escolhamos por quem nos apaixonamos, esta condio de vtima, esta condio passiva no de forma alguma fatdica ou determinante. Se percebe-mos que nos apaixonamos

    pela pessoa errada, ainda as-sim temos escolhas. Temos a escolha, por exemplo, de no querer contato. Temos a esco-lha de, mesmo apaixonados por quem no deveramos es-tar, racionalizarmos minima-mente o processo de modo a no nos colocarmos merc de quem nos faz mais mal do que bem. No estou falan-do de eventuais sofrimentos. Qualquer relacionamento saudvel tem sua cota de so-frimento. Estou falando de apaixonar-se por algum que, por diversas razes, se revela destrutivo para sua vida. H muitas razes para isso: a pessoa pode ser comprometida e ficar te enrolando infinita-mente; a pessoa pode mentir tanto que nem sabe mais dis-cernir o que verdadeiro do que falso; a pessoa pode ter um cime digno de figurar numa pea teatral de Shake-speare (e, acredite, o cime shakesperiano no tem nada de bonito). Em suma, no irei aqui dizer o que uma pessoa que nos faz mal. Ns sabemos quando uma pessoa nos faz mal. E ela pode nos fazer mal mesmo sendo uma boa pessoa. Basta que a paixo no seja correspondida. E, convenha-mos, ningum tem culpa de no se apaixonar pela gente,

    no mesmo? Acontece.PAIXO E FANTASIAA paixo um veneno da men-te. Por conta dela, ampliamos a imagem de uma pessoa, tornando-a mais importante do que ela realmente . Esta pessoa por quem nos apaixo-namos no ela mesma. No passa de uma perspectiva projetada de nossas fantasias. Para 99,99% da humanidade, a tal pessoa no tem importncia alguma. E to relevante para o ser apaixonado, mas no tem relevncia alm daquela cria-da pelos mecanismos da fanta-sia. E por isso que a paixo sempre estar abaixo do amor e nunca lhe chegar aos ps. Porque a paixo trata de fanta-sia, e o amor, de realidade.Porque apaixonar-se sem-pre por causa de: por causa da beleza do outro, por causa de sua inteligncia ou de vrias caractersticas sedutoras que o outro apresenta. E amar, ao contrrio, sempre apesar de. Amamos algum apesar de seus defeitos, apesar de conhecermos seus lados mais sombrios. O amor enxerga, e muito bem. Quem sofre de ce-gueira a paixo.Apaixonar-se absolutamente natural, e mais natural ain-da que esta paixo d lugar ao amor na medida em que o

    tempo passe e aquela pessoa perfeita se converta naquilo que ela efetivamente : uma pessoa. Isso quando a paixo correspondida e saudvel. Insistncia em paixes disfun-cionais, apego por quem nos faz sofrer, essas coisas no tm nada de amor e tm tudo de imaturidade ou, em alguns casos, tm a ver com desejo de autodestruio.No escolhemos por quem nos apaixonamos. Mas esco-lhemos dar corda para isso. E quando a paixo se revela destrutiva como uma doena, o tratamento evidente: afastar-se do que nos causa mal prerrogativa inicial bsi-ca para o retorno a um estado centrado. Em seguida, procu-rar trazer as projees e ex-pectativas passionais luz da anlise pode ajudar a mudar nosso gosto, permitindo que

    nos apaixonemos por pessoas melhores. Gosto uma coisa que se refina com o tempo e com boa vontade. Assim na msica, na literatura, na cu-linria, e nos relacionamen-tos humanos no diferente. A paixo uma parte nossa, mas no somos ns. E jamais, nunca deveria ser a fora mais poderosa a nos guiar a vida. Aliada paixo devem vir as consideraes racionais. E quem acha que uma coisa ex-clui a outra ou ainda est na adolescncia, ou precisa de uma educao para a vida, de uma efetiva educao filos-fica que lhe permita ir alm deste falso cenrio em que as coisas ou so da paixo ou so da razo. Afinal, do con-traste e da dana paixo-razo que brota a vida em sua forma mais plena e bem vivida.

    Saia da condio de vtimaPor Alexey Dodsworth , pelo www.contioutra.com

    Arte Karol Bak

    Tel(35)3371-3000

    O Jornal da Serra estar disponivel on-line a partir desta edio no site:

    www.mineiradosul.com.br

  • Cap. 36Com a reencarnao, desaparecem os preconceitos de raas e castas, pois o mesmo Esprito pode tornar a nascer rico ou pobre, capitalista ou proletrio, chefe ou subordinado, livre ou escravo, homem ou mulher. De todos os argumentos invo-cados contra a injustia da servido e da escravido, contra a sujeio da mulher lei do mais forte, nenhum h que prime, em lgica, ao fato material da reencarnao. Se, pois, a reen-carnao funda numa lei da Natureza o princpio da frater-nidade universal, tambm funda na mesma lei o da igual-dade dos direitos sociais e, por conseguinte, o da liberdade. Assim de acordo com o nosso comentrio, nada fica diferente do qu veio nos trazer Jesus Cristo. Sendo Ele a prova da Reencar-nao, no se deve questionar o que vem de Deus.

    Cap. 37Tirai ao homem o Esprito livre e independente, sobrevivente matria, e fareis dele uma simples mquina organizada, sem finalidade, nem responsabilidade; sem outro freio alm da lei civil e prpria a ser explorada como animal inteligente. Nada esperando depois da morte, nada obsta a que aumente os gozos presentes; se sofre, s tem a perspectiva do desespero e o nada como refugio. Com a certeza do futuro, com a de encontrar de novo aqueles a quem amou e com temor de tornar a ver aqueles a quem ofendeu, todas as suas idias mudam. O Espiritismo, ainda que s fizesse forrar o homem dvida relativamente vida futura, teria feito mais pelo seu aperfeioamento moral do que todas as leis disciplinares, que o detm algumas vezes, mas que o no transformam. Comentrio: Assim podemos observar o que realmente nos acontece aps nossa desencarnao. Voltamos para aprender e rever nossos erros.

    Cap. 38 Sem a preexistncia da alma, a doutrina do pecado original no seria somente inconcilivel com a justia de Deus, que tornaria todos os homens responsveis pela falta de um s, seria tambm um contra-senso, e tanto menos justificvel quanto, segundo essa doutrina, a alma no existia na poca a que se pretende fazer que a sua responsabilidade remonte. Com a existncia, o homem traz, ao renascer, o grmen das suas imperfeies, dos defeitos de que se no corrigiu e que se traduzem pelos instintos naturais e pelos pendores para tal ou tal vicio. esse o seu verdadeiro pecado original, cujas conseqncias naturalmente sofre, mas com diferena de outrem; e com a outra diferena, ao mesmo tempo consoladora, animadora e soberanamente equitativa, de que cada existncia lhe oferece os meios de se redimir pela repa-rao e de progredir, quer despojando-se de alguma imperfeio que adquirindo novos conhecimentos e, assim, at que suficien-temente purificado, no necessite mais da vida corporal e possa viver exclusivamente a vida espiritual, eterna e bem-aventurada.

    Nossos comentrios: como poderemos nos aperfeioar se mor-rendo e no tendo como reparar nossos defeitos? Aqui repara-mos nossos erros totais, encarnaremos o quanto for necessrio para viver a Plenitude.

    Jornal da SerraSexta -feira, dia 23 de janeira de 201510

    O mundo ficou estarrecido com o acontecimento trgico ocorrido em Paris, contra o jornal Charlie Hebdo. Onze pessoas foram massacradas

    barbaramente, em nome de um radicalismo total e iras-cvel. Todos ns fomos ofen-didos por esta violncia sem limites. O poeta Jonh Donne dizia:_ Nenhum homem uma ilha, se um torro de terra vai para o mar, a Europa fica um pouco menor. Quando morre um homem a humanidade fica tambm um pouco menor. Hoje todos ns que tra-balhamos com as letras, as gravuras, com a voz, nos sen-

    Pequena crnica matinal

    timos um pouco solitrios, pois algum em nome de al-guma coisa que tenho certeza no Deus e nem ensinamen-tos do profeta Maom, aden-

    traram a um jornal no centro de Paris e cometeram um dos grandes massacres do sculo. A humanidade se levanta em profundo pesar e luto por esta perda. E estamos tambm mui-to assustados com o caminho ou descaminho que grupos, na maioria jovens, tem tomado em nome no sei de qu. No conheo nenhuma religio ou seita, ou seja l o que for, que pregue tanto dio. Milhes de pessoas se levantaram em sinal

    de protesto e caminharam pe-las ruas de Paris, em solidarie-dade as vtimas, pois no sabe-mos, diante de tal fato, o que fazer ou a quem nos reportar sobre to horroroso aconteci-mento; e nem a quem consolar. A violncia esta a na nossa cara e se apresenta de vrias formas. E nos as-susta por que no sabemos o que fazer e nem onde buscar armas para lutar contra estes lamentveis acontecimen-tos. Eu vejo o caso Charles como uma luz de alerta, para a violncia nossa de cada dia. Policiais matam simplesmente por que um carro desobedeceu ao sinal de parada. Negros e moradores de rua so cotidi-anamente desrespeitados, em funo de sua condio social. A intolerncia social, religio-sa e politica vai ceifando vi-das das mais variadas formas. A corrupo desmedida no deixa que o dinheiro pbli-co cumpra sua real misso. E no entendo como polticos, homens pblicos na nsia de riquezas, desviam dinheiro do povo para parasos fiscais. So quantias to grandes, que nem sua terceira gerao dar conta de gastar, em detrimen-to de nossa sade, educao e moradia, atrasando nosso desenvolvimento e nos enver-gonhando perante o mundo. Por esta e outras e em solidariedade ao mundo, tam-bm digo:- Je suis Charlie.

    por Alpio Soares

    Je suis Charlie Hebdo

    A GNESE Segundo o Espiritismo.por Vandenberg Roberto da Silva

    Av. Ari Carneiro, 225 - Vila Maria Itanhandu MG

  • Jornal da Serra

    Sexta -feira, dia 23 de janeira de 2015 11

    SINDICATO

    RURAL DE

    ITAMONTE

    CNA - FAEMG - SENAR

    PRAA DA BBLIA, 117 - CENTRO - ITAMONTE - MG.

    TEL:(35)3363-1221

    Como sabido, hoje, a maior parte do esgoto produzido em Passa Quatro lanado dire-tamente no leito do rio sem tratamento. O objetivo da obra captar, tratar e remover os principais poluentes resi-dentes nas guas, sem afetar sua qualidade. Nessa linha, a Estao de Tratamento de Es-goto, a unidade operacional do sistema de esgotamento sanitrio que atravs de pro-cessos fsicos, qumicos ou biolgicos removem as cargas poluentes do esgoto, devol-vendo ao ambiente o produ-to final, efluente tratado, em conformidade com os padres exigidos pela legislao ambi-ental.A importncia dessa obra gigantesca, uma vez que a fal-ta de tratamento dos esgotos (residenciais e, especialmente, industriais) e condies ade-quadas de saneamento podem contribuir para a proliferao de inmeras doenas para-sitrias e infecciosas alm da degradao do meio ambiente e, evidentemente, do leito e margens dos rios que cortam

    Prefeitura Municipal de Passa Quatro inicia obra de Sistema de Tratamento de EsgotoPassa Quatro foi contemplada no ano de 2014 com recursos para a construo da es-tao de tratamento de esgoto no municpio, cuja obra encontra-se em franco andamen-to.

    a cidade, em especial o nosso Rio Passa Quatro. A disposio adequada dos esgotos essencial para a proteo da sade pblica. Clera, disenterias, hepatite infecciosa e inmeros casos de verminoses so algumas das doenas que podem ser transmitidas pela disposio inadequada dos esgotos, sen-do responsveis por elevados ndices de mortalidade em pases do terceiro mundo. As crianas so suas vtimas mais freqentes, uma vez que a as-sociao dessas doenas sub-nutrio , geralmente, fatal. Outra importante razo para tratar os esgotos a preser-vao do meio ambiente. As substncias presentes nos es-gotos exercem ao perigosa nos corpos de gua: a matria orgnica pode causar a di-minuio da concentrao de oxignio dissolvido provocan-do a morte de peixes e outros organismos aquticos, escure-cimento da gua e exalao de odores desagradveis, como o caso, hoje e, infelizmente,

    do Rio Passa Quatro, potencia-lizado pela grave estiagem que vem assolando toda a Regio Sudeste.Cumpre realar que, no Brasil, apenas 20% do esgoto passa por tratamento. O restante despejado em rios e crregos, contribuindo para aumentar a sujeira, as enchentes e as doenas. Diante disso, evi-dente que Passa Quatro, com a efetivao deste to impor-tante projeto, d um passo frente quanto a preservao do meio ambiente, seus rios e mananciais.Cabe sublinhar, a ttulo de informao, que, em Passa

    Quatro, algumas empresas, excepcionalmente, j possuem suas respectivas estaes de tratamento de esgoto, fato que j vem contribuindo com a proteo ambiental.Desta feita, a preservao do meio ambiente e o cuidado com a sade da populao so fatores de suma relevncia no que concerne ao saneamento bsico. isso que o projeto da construo do sistema de trata-mento de esgoto no municpio de Passa Quatro busca: cuida-do com a sade e preservao do meio ambiente, alm dos evidentes reflexos no desen-

    volvimento social, turstico e econmico de nossa cidade.O JS conversou com o enge-nheiro responsavel pela obra, o Sr Marcio ressaltou a importancia da obra para o minicpio, com grandes beneficios na area da sade, tendo em vista que o esgoto coletado em uma rede apro-priada diminui a infestao de baratas e ratos, entre out-ros benefcios como a reduo do mal cheiro em pocas de pouca gua, como agora. Con-cluiu dizendo que a obra ser realizada em sua totalidade no prazo mximo 15 meses.

  • Jornal da SerraSexta -feira, dia 23 de janeira de 201512

    O retorno de Anderson Sil-va ao octgono est aprovado. A Comisso Atlti-ca do Estado de Nevada (NSAC) aprovou nesta segunda-fe i ra por unanimidade a concesso de uma licena de lutador ao ex-campeo dos pe-sos-mdios para enfrentar Nick Diaz no evento principal do UFC 183, no prximo dia 31 em Las Vegas. Alm disso, a entidade apontou os rbitros e juzes do combate: o vet-erano Big John McCarthy ser o rbitro central, e Sal DAmato, Marcos Rosales e Glenn Trowbridge sero os juzes laterais.A solicitao de licena para lutar de Anderson Silva era o primeiro item da agenda da re-unio da NSAC nesta segun-da-feira, mas o atleta, que no

    Anderson Silva tem licena aprovada para UFC 183; McCarthy ser rbitroComisso Atltica do Estado de Nevada autoriza luta do brasileiro contra Nick Diaz e aponta veteranos DAmato, Trowbridge e Rosales como juzes

    estava presente fisicamente audincia, no respondeu por telefone nas duas primeiras vezes em que foi convoca-do. Na terceira tentativa, seu empresrio, Ed Soares, inter-cedeu e conseguiu conect-lo - ele esclareceu que foram problemas tcnicos que es-tavam impedindo a conexo. Em seguida, os comissrios questionaram Spider sobre seu regime de treinos e sua recuperao da leso na perna esquerda, sofrida em luta sob

    regulamentao da entidade no UFC 168, em Las Vegas, em dezembro de 2013.- Estou muito bem, estou mui-to feliz. (Meu dia de treinos no ) Nada demais, vou academia, vou correr por uns 30 minutos, e quando termi-no fao treino de sombra (de boxe), movimentos de jiu-jt-su e volto pra casa. (A perna) Est boa, mais forte, mais r-pida - disse Anderson Silva, em ingls, pelo telefone.

    Tel:3371-1120

    Da FOLHAPRESS pelo Jornal O Tempo

    A previso do governo federal que haja uma nova Medida Pro-visria com a incluso de contrapartidas que os clubes dariam pelo refinanciamento das dvidasO presidente da CBF (Confederao Brasileira de Futebol), Jos Ma-ria Marin, disse nesta quarta-feira (21) que a CBF no se sentiu der-rotada com o veto da presidente Dilma Rousseff ao artigo da Medida Provisria 656, que aprovaria imediatamente o refinanciamento da dvida dos clubes de futebol com o governo federal.Ns queremos que seja aprovado, o quanto antes. Para isso estamos batalhando. Agora o importante conversar com todas as partes, com o grupo de estudo, para chegar a um entendimento, disse Jos Maria Marin, que na manh desta quarta participou de um evento na sede da FPF (Federao Paulista de Futebol), em So Paulo, sobre o desen-volvimento do futebol feminino.A CBF defendia a aprovao imediata, sem as contrapartidas de me-lhoria de gesto financeira dos clubes, que a entidade defende que sejam controladas por ela no Regulamento Geral das Competies.Entre essas medidas esto a perda de pontos e at rebaixamento de clubes que no arcarem devidamente com o pagamento das dvidas e de salrios de jogadores.O governo federal decidiu vetar o artigo 141 da MP 656 e criar um grupo interministerial, formado por representantes dos ministrios do Esporte, da Fazenda, da Justia, da Previdncia Social e pela Casa Civil. A previso que haja uma nova Medida Provisria com a in-cluso de contrapartidas que os clubes dariam pelo refinanciamento da dvida.O Bom Senso FC, grupo formado por jogadores que defendem mu-danas na administrao do futebol, defendia o veto. A CBF (Confe-derao Brasileira de Futebol), os clubes e a Federao Nacional dos Atletas Profissionais defendiam a aprovao. Para o presidente eleito da CBF, Marco Polo Del Nero, importante que os clubes comecem do zero.O Bom Senso acha pouco e pede regras mais rgidas para o fair play financeiro, inclusive com responsabilizao dos dirigentes.

    CBF diz que vai dialogar com governo sobre dvida dos clubes

    pelo sportv.globo.com/