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Página 1482 $ 2.00 PUBLICAÇÃO OFICIAL DA REPÚBLICA DEMOCRÁTICA DE TIMOR - LESTE Quarta-Feira, 16 de Agosto de 2017 Série I, N.° 32 SUMÁRIO PRESIDENTE DA REPÚBLICA : Decreto do Presidente da República N.º 54 /2017 de 16 de Agosto .................................................................................... 1482 GOVERNO : Resolução do Governo N. o 46 / 2017 de 16 de Agosto Nomeia o Presidente do Conselho Diretivo da Tatoli- Agência Noticiosa de Timor-Leste, IP ............................ 1483 Resolução do Governo N. o 47/ 2017 de 16 de Agosto 1ª Alteração à Resolução do Governo n.º 23/2009, de 18 de Novembro, que aprova o Parlamento Foinsa’e Nian ...................................................................................... 1483 RESOLUÇÃO DO GOVERNO N.º 48/2017 de 16 de Agosto Política Nacional para o Desenvolvimento do Desporto ............................................................................ 1484 MINISTÉRIO DA ADMINISTRAÇÃO ESTATAL E MINISTÉRIO DAS OBRAS PÚBLICAS, TRANSPOR- TES E COMUNICAÇÕES : Diploma Ministerial Conjunto N.º 48 /2017 de 16 de Agosto Criação de Zonas de Estacionamento de Duração Limitada no município de Díli .............................................................. 1506 DECRETO DO PRESIDENTE DA REPÚBLICA N.º 54/2017 de 16 de agosto O artigo 11.º da Constituição da República Democrática de Timor-Leste (CRDTL) consagra o reconhecimento e a valorização da resistência secular do Povo Maubere contra a dominação estrangeira e o contributo de todas as pessoas que lutaram pela independência nacional. A Lei n.º 3/2006, de 12 de abril, sobre o Estatuto dos Combatentes da Libertação Nacional, alterada pela Lei n.º 9/ 2009, de 29 de julho e pela Lei n.º 2/2011, de 23 de março, reafirma a vontade de homenagear os esforços manifestados pelos Combatentes da Libertação Nacional na luta pela Independência Nacional. Pela Comissão de Homenagem, Supervisão de Registose Recuros (CHSRR) foi solicitada autorização para a realização das honras fúnebres e sepultamento no cemitério especial do Jardim dos Heróis Nacionaisî de Liquiçá para um Combatente da Libertação Nacional. O Presidente da República, nos termos da alínea f) do artigo 23.º do Estatuto dos Combatentes da Libertação Nacional, concede ao Combatente da Libertação Nacional, atendendo à sua elevada contribuição no período da Luta da Libertação da nossa Pátria, o direito a honras fúnebres e a sepultura no Jardim dos Heróis Nacionaisî de Liquiçá, a João Domingos Rodrigues de Jesus Sole Diabana . Publique-se, O Presidente da República, _______________________ Francisco Guterres Lú Olo Assinado no Palácio Presidencial Nicolau Lobato, Díli, aos 14 de agosto de 2017

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Jornal da República

Série I, N.° 32 Página 1482Quarta-Feira, 16 de Agosto de 2017

$ 2.00 PUBLICAÇÃO OFICIAL DA REPÚBLICA DEMOCRÁTICA DE TIMOR - LESTE

Quarta-Feira, 16 de Agosto de 2017 Série I, N.° 32

SUMÁRIO

PRESIDENTE DA REPÚBLICA :

Decreto do Presidente da República N.º 54 /2017 de 16 de

Agosto .................................................................................... 1482

GOVERNO :

Resolução do Governo N.o 46 / 2017 de 16 de Agosto

Nomeia o Presidente do Conselho Diretivo da Tatoli-

Agência Noticiosa de Timor-Leste, IP ............................ 1483

Resolução do Governo N.o 47/ 2017 de 16 de Agosto

1ª Alteração à Resolução do Governo n.º 23/2009,

de 18 de Novembro, que aprova o Parlamento Foinsa’e

Nian ...................................................................................... 1483

RESOLUÇÃO DO GOVERNO N.º 48/2017 de 16 de

Agosto

Pol í t ica Nacional para o Desenvolvimen to do

Desporto ............................................................................ 1484

MINISTÉRIO DA ADMINISTRAÇÃO ESTATAL E

MINISTÉRIO DAS OBRAS PÚBLICAS, TRANSPOR-

TES E COMUNICAÇÕES :

Diploma Ministerial Conjunto N.º 48 /2017 de 16 de

Agosto

Criação de Zonas de Estacionamento de Duração Limitada

no município de Díli .............................................................. 1506

DECRETO DO PRESIDENTE DA REPÚBLICA N.º 54/2017

de 16 de agosto

O artigo 11.º da Constituição da República Democrática deTimor-Leste (CRDTL) consagra o reconhecimento e avalorização da resistência secular do Povo Maubere contra adominação estrangeira e o contributo de todas as pessoasque lutaram pela independência nacional.

A Lei n.º 3/2006, de 12 de abril, sobre o Estatuto dosCombatentes da Libertação Nacional, alterada pela Lei n.º 9/2009, de 29 de julho e pela Lei n.º 2/2011, de 23 de março,reafirma a vontade de homenagear os esforços manifestadospelos Combatentes da Libertação Nacional na luta pelaIndependência Nacional.

Pela Comissão de Homenagem, Supervisão de RegistoseRecuros (CHSRR) foi solicitada autorização para a realizaçãodas honras fúnebres e sepultamento no cemitério especial doJardim dos Heróis Nacionaisî de Liquiçá para um Combatenteda Libertação Nacional.

O Presidente da República, nos termos da alínea f) do artigo23.º do Estatuto dos Combatentes da Libertação Nacional,concede ao Combatente da Libertação Nacional, atendendo àsua elevada contribuição no período da Luta da Libertação danossa Pátria, o direito a honras fúnebres e a sepultura no Jardimdos Heróis Nacionaisî de Liquiçá, a João Domingos Rodriguesde Jesus Sole Diabana .

Publique-se,

O Presidente da República,

_______________________Francisco Guterres Lú Olo

Assinado no Palácio Presidencial Nicolau Lobato, Díli, aos 14de agosto de 2017

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Quarta-Feira, 16 de Agosto de 2017Série I, N.° 32 Página 1483

RESOLUÇÃO DO GOVERNO N.o 46/ 2017

de 16 de Agosto

NOMEIA O PRESIDENTE DO CONSELHO DIRETIVODA TATOLI-AGÊNCIA NOTICIOSA DE

TIMOR-LESTE, IP

A TATOLI - Agência Noticiosa de Timor-Leste I.P, doravantedesignada por TATOLI – I.P. foi criada como Instituto Público,pelo Decreto-Lei n.º 21/2017, de 24 de maio;

Nos termos do n.º 2, 3, e 5 do artigo 12.º dos respectivosEstatutos, aprovados por aquele diploma, o Presidente doConselho Diretivo é nomeado por um periodo de 4 anos, porResolução do Governo, sob proposta do membro do Governoda tutela, podendo ser reconduzido por sucessivos e iguaisperíodos de tempo, mediante aprovação do Conselho deMinistros;

O Secretário de Estado da Comunicação Social, enquantomembro do Governo a quem foi delegada a tutela do sector daComuncação Social, propôs a nomeação do senhor ROSÁRIODA GRAÇA MAIA para o referido cargo do Presidente doConselho Diretivo da TATOLI.

Assim,

O Governo resolve, nos termos da alínea d) do artigo 116.o , daConstituição da República, o seguinte:

1. É nomeado o Senhor Rosário da Graça Maia, para o cargode Presidente do Conselho Diretivo da TATOLI- AgênciaNoticiosa de Timor-Leste, I.P, tendo em conta a suareconhecida capacidade técnica e de gestão, experiência,senioridade, idoneidade e imparcialidade para odesempenho do referido cargo.

2. O Cargo do Presidente do Conselho Diretivo é equiparado,para efeitos salariais, a Diretor-Geral da AdministraçãoPública acrescido de 50%.

3. A presente Resolução entra em vigor no dia 1 de janeiro de2018.

Aprovado em Conselho de Ministros em 11 de julho de 2017.

Publique-se.

O Primeiro-Ministro,

____________________Dr. Rui Maria de Araújo

RESOLUÇÃO DO GOVERNO N.o 47/ 2017

de 16 de Agosto

1ª ALTERAÇÃO À RESOLUÇÃO DO GOVERNON.º 23/2009,

DE 18 DE NOVEMBRO,QUE APROVA O PARLAMENTO FOINSA’E NIAN

Após oito anos de funcionamento, o Parlamento dos Jovens –Parlamento Foinsa’e Nian, consolidou-se como uminstrumento de sucesso no que respeita à promoção dosvalores democráticos entre a Juventude, tendo-se constituído,para além disso, como uma incubadora de talento para algunsdos jovens mais prometedores do País que seguiram oprograma e que, ainda hoje, continuam vinculados através daAssociação de Alumni do Parlamento Foinsa’e, que permiteaos antigos alunos do Parlamento continuar vinculados aoprograma e partilhar as suas experiências e conhecimentoscom os novos alunos que disfrutam, pela primeira vez, daexperiência de serem jovens parlamentários.

No entanto, durante estes anos, foram introduzidas algumasalterações que não estavam contempladas no programa originale que, após ter mostrado a sua idoneidade, precisam de serformalmente integradas, nomeadamente o aumento do númerode parlamentários que compõem o Parlamento Foinsa’e paraassegurar a participação de dois representantes do coletivode jovens com deficiência, a extensão do “mandato” dos jovensparlamentários até três anos, para garantir e maximizar osefeitos do programa, e o reforço das atividades do programano âmbito da liderança e do empreendedorismo, que hoje emdia constitui-se como elemento essencial na formação dasnovas gerações.

Assim,

O Governo resolve, nos termos da alínea a) do artigo 116.º daConstituição da República, o seguinte:

1. Os n.º 3 e 4 da Resolução n.º 23/2009, de 18 de Novembro,que aprova o Parlamento Foinsa’e Nian, passam a ter aseguinte redação:

“3. “São funções do Parlamento Foinsa’e Nian:

- Estimular os jovens a adoptar uma atitude responsávelperante a sociedade, quer quanto aos seus actos, querquanto a actos de terceiros;

- Informar sobre os direitos, deveres, liberdades egarantias fundamentais que assistem aos cidadãos;

- Dar a conhecer a organização do poder político, osórgãos de soberania, respectivas competências efuncionamento e como interagem entre si;

- Encorajar os jovens a exercerem os seus direitos deforma democrática e a participar na vida pública;

- Formar os jovens para uma liderança responsável;

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Série I, N.° 32 Página 1484Quarta-Feira, 16 de Agosto de 2017

- Contribuir à formação dos jovens duma maneiraabrangente incidindo especialmente na formação naárea do empreendedorismo;

- Desenvolver a sensibilidade social;

- Desenvolver as capacidades oratórias;

- Interessar a Juventude a participar na identificação ecompreensão dos problemas da Comunidade, bem comoa apresentar soluções.

4. O Parlamento Foinsa’e Nian é constituído por 132 jovens,dos quais 2 são representantes dos jovens com deficiência,com idades compreendidas entre os 12 e os 17 anos,escolhidos por um período de 3 anos”.

2. A presente Resolução entra em vigor no dia seguinte ao dasua publicação.

Aprovado em Conselho de Ministros, em 11 de julho de 2017.

Publique-se.

O Primeiro Ministro,

_____________________Dr. Rui Maria de Araújo

RESOLUÇÃO DO GOVERNO N.º 48/2017

de 16 de Agosto

POLÍTICA NACIONAL PARA O DESENVOLVIMENTODO DESPORTO

Ciente de que a promoção da atividade desportiva é chavepara promover um estilo de vida saudável e uma melhoria dascondições físicas na população, contribuindo assim de umamaneira direta a uma melhora da qualidade de vida do cidadãobem como ao incremento das capacidades produtivas do País,o Governo colocou o desenvolvimento do Desporto a todosos níveis, comunitário, amador e profissional, como uma dasprioridades no Plano Nacional de Desenvolvimento 2011-2030.

A Lei Nacional do Desporto, aprovada em 2010 pelo ParlamentoNacional, estabeleceu o enquadramento jurídico quedisciplinou a prática desportiva em Timor-Leste, em todas assuas vertentes, sublinhando que “o Desporto fomenta oconvívio, a cooperação e a competição sadia entre osmembros da comunidade, através da promoção do diálogo,da tolerância e da ética nas ações que promovem, sendo aatividade social e recreativa que mais contribui para odesenvolvimento integral dos praticantes e para aconsolidação da amizade entre povos”.

Nos últimos anos, o Governo tem vindo a desenvolver umasérie de iniciativas que têm contribuído para o fortalecimentodas entidades que compõem o Movimento Desportivo,nomeadamente os Comités Olímpico, Paralímpico e EspecialOlímpico, a Confederação do Desporto e as Federações,associações e Clubes ativos no País, bem como outrasiniciativas que pretendem estabelecer uma base sólida para odesenvolvimento do Desporto como uma área de caractertransversal a um número importante de políticas públicas,tendo sido criado para o efeito, por Decreto-Lei e no âmbito daLei da Bases do Desporto, a Comissão Nacional do Desporto,que envolve a todos os atores relevantes públicos e privadosnesta área e que pretende facilitar a articulação de políticas eatividades desenhadas por todos.

Na sequência dos esforços feitos nesta área durante os últimosanos, resulta razoável concluir que corresponde agora dotar oPaís de uma Política Nacional para o Desenvolvimento do Des-porto que avalie a situação a dia de hoje e que proponha umasérie de metas a atingir e de estratégias para à sua consecução.

Neste sentido, a Secretaria de Estado de Juventude e doDesporto constituiu uma equipa integrada por representantesde todas as áreas e sectores do Desporto que apresentaram odocumento contido na presente resolução, que foi elaboradopor e para o mundo do desporto e que pretende, com uma claravisão de futuro, marcar o caminho a seguir durante os próximosanos.

Assim, o Governo resolve, nos termos da alínea a) do artigo116.º da Constituição da República, o seguinte:

É aprovada a Política Nacional para o Desenvolvimento doDesporto, constante em anexo à presente Resolução e quedela faz parte integrante.

Aprovado em Conselho de Ministros, em 18 de julho de 2017.

Publique-se.

O Primeiro Ministro,

______________________Dr. Rui Maria de Araújo

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Quarta-Feira, 16 de Agosto de 2017Série I, N.° 32 Página 1485

ANEXO

Política Nacional de Desenvolvimento do Desporto

“”Cidadão de Timor-Leste saudável, com caráctercombativo, ativo e produtivo, com prestação a nível nacional

e internacional”

I - Introdução

As necessidades e exigências humanas para uma vida saudávelenvolvem uma condição física e psicológica adequada e umcaráter positivo atuando como fundações da vida nos temposmodernos. Estas condições não só são necessárias para vida,como também fomentam o elemento competitivo nasresponsabilidades encontradas em qualquer área de trabalho.Nações compostas por cidadãos saudáveis em boa condiçãofísica atingem níveis de produtividade acrescidos. Nessesentido podem contribuir de forma positiva para a prossecuçãodos objetivos de Estado plasmados na Constituição da RDTLe contribuir também para atingir as metas dos Objetivos doDesenvolvimento Sustentável.

Com a promoção do desenvolvimento do desporto, nomeada-mente a sistematização, acompanhamento e promoção deinfraestruturas e facilidades de padrão adequado e a gestãoeficiente de recursos humanos, o desporto pode ajudar aaumentar os níveis de autocontrolo de um indivíduo, o seusentido de responsabilidade, a sua disciplina quotidiana e oseu desportivismo elevado. Os valores aqui enumeradosquando transferidos para outros sectores são um ingredienteimportante de contribuição para o desenvolvimento nacional.Adicionalmente o desenvolvimento de desporto aplicado comuma orientação política clara é um dos fatores de aumento deprodutividade e do senso de orgulho pela identidade nacionalorientado para um comportamento de defesa do estado e danação.

A Política Nacional de Desenvolvimento do Desporto visacontribuir para a concretização do objetivo do estado napromoção de uma vida saudável. O documento tem início coma descrição da situação geral atual do desenvolvimento dodesporto e avança com a visão pretendida neste âmbito a longoprazo. Cita também o os objetivos para o desenvolvimento dodesporto e o respetivo modo de implementação. Esta Políticainclui também a orientação e demonstração da intenção políticae as ações estratégicas planeadas, desenvolvendo os objetivosespecíficos para cada aspeto do desenvolvimento do desporto.São definidos os papéis e os modelos de implementação comespecial atenção à colaboração institucional para aimplementação de estratégias e a concretização das metasdefinidas.

II. Contexto de Desenvolvimento do Desporto

O exercício físico e recreativo sempre foi observado comfrequência em Timor-Leste. No geral uma das maiores provasrecolhidas no estudo efetuado sobre o início do desenvolvi-mento do desporto observa-se nos costumes quotidianos,

brincadeiras, em casa, no trabalho e em eventos sociais eculturais existentes na sociedade. Durante o tempo Portuguêsforam introduzidas modalidades de desporto moderno mas sóestava disponível para participação pelas classes de elite. Aspráticas de várias dessas modalidades eram muitas vezespromovidas pelos militares Portugueses. No tempo Indonésioa prática do desporto era um instrumento de controlo dosmovimentos dos cidadãos e de política de integração. A práticado desporto na sua maioria era organizada por organizaçõesmilitares ou governamentais e nesse sentido controladas pelapolítica militar do estado. É importante reconhecer, no entanto,os conhecimentos e experiências transmitidos no tempoPortuguês e Indonésio existem ainda e são atualmenteaplicados ao serviço do desenvolvimento do desporto.

Desde o início da independência até ao presente o Governo deTimor-Leste desenvolveu esforços no sentido de desenvolveras infraestruturas básicas de desporto, desenvolvendoinfraestruturas publicas com o objetivo de desenvolveratividades de desporto a nível nacional e municipal, incluindoestádios de futebol em três municípios e um ginásio nacional.O desporto é reconhecido como componente importante nodesenvolvimento do capital social com vista à concretizaçãoda visão consagrada no Plano de Desenvolvimento Estratégico2011-2030, bem como para os Objetivos de DesenvolvimentoSustentável declarados pela Organização das Nações Unidas.O envolvimento das crianças, jovens, adultos e idosos nodesporto providencia a oportunidade de expressão pessoal,aumenta os níveis de autoconfiança, reduz as tensões, estimulaa interação social e cultural, fomenta a integração social e asolidariedade, e constitui um componente essencial para aformação do caráter e das competências de vida dos indivíduos.

O progresso do desenvolvimento do desporto em Timor-Lesteverificou um aumento acentuado nos anos posteriores àindependência nacional. Jovens mulheres e homens, adultose idosos participam em atividades de desporto organizadas enão organizadas. O Estado efetivamente já investe ematividades de desporto para o desenvolvimento pessoal,incluindo apoios à organização de atividades de desporto aonível comunitário, escolar, posto administrativo, municipal e anível nacional.

No espaço de dezassete anos, Timor-Leste enviou os seusatletas para participação em jogos regionais, federativos eolímpicos. Esta participação acontece com o apoio do Estado,através do órgão do Governo competente para a área daJuventude e Desporto1 em cooperação com o Comité OlímpicoNacional (CONTL). De entre estas participações, algumasobtiveram resultados positivos e elevaram o nome de Timor-Leste na comunidade internacional. Os nossos atletas comdeficiências também contribuíram com medalhas obtidas nascompetições regionais. Outros atletas obtiveram uma medalhanuma competição regional e noutra federativa. Dados da SEJDcontabilizam um total de 45 medalhas obtidas em competiçõesde nível internacional, a maioria obtida em competiçõesmasculinas. A nível nacional observaram-se boas prestaçõesdos atletas, acumulando mais de 200 medalhas em competiçõesde nível nacional.

A SEJD também prestou apoio às organizações federativas dodesporto nacional encorajando a organização de competições

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Jornal da República

Série I, N.° 32 Página 1486Quarta-Feira, 16 de Agosto de 2017

a nível nacional. As competições são promovidas pelos atletaslocais e simpatizantes das modalidades desportivas.Atualmente 20.000 atletas (estimativa de 30 atletas por suco)espalhados pelo território nacional, juntamente com cerca de200 treinadores. Os dados excluem os praticantes de artes-marciais proibidas e os praticantes casuais de desporto commotivações exclusivamente de saúde. É importante notar queo número observado de atletas aumenta exponencialmentequando se verifica um aumento de eventos desportivos.

O Parlamento Nacional aprovou em 2010 a Lei de Bases doDesporto, tendo o Governo aprovado também vários Decretos-Lei relativos ao desenvolvimento do desporto, nomeadamentesobre a utilidade publica do desporto e o estabelecimento deuma Comissão Nacional de Desporto. Com base na aprovaçãodestas Leis, o Governo produziu despachos para a regulaçãoe facilitação da prática do desporto. Além desta atividadelegislativa a nível nacional, Timor-Leste ratificou a ConvençãoInternacional dos Direitos Humanos onde é consagrado, entreoutros, o direito universal à prática do desporto. Asorganizações desportivas nacionais, nomeadamente asFederações, já são membros das respetivas organizaçõesinternacionais implementando regulamentos desportivos nasrespetivas modalidades.

Ainda assim, é importante reconhecer que o desenvolvimentodo desporto atualmente segue sem plano ou sistematizaçãoadequados. Continuam a existir lacunas no desenvolvimentodesportivo e os esforços para potenciar e gerir os recursosainda não é forte, mas as necessidades de desenvolvimentodo desporto continuam a aumentar. O desejo de uma vidasaudável continua a dominar a interação social demonstradapelos atletas e juventude entre si. No sentido de gerir lacunase potenciar os recursos de desenvolvimento existentes oufuturos, o Governo pretende expressar a sua intenção políticae estabelecer uma Política Nacional para o Desenvolvimentodo Desporto para servir como via não só para o desenvolvi-mento do desporto mas também para o desenvolvimento dasociedade. É intenção do Governo a criação deste instrumentotendo em consideração do desporto como aspeto dedesenvolvimento noutras áreas, incluindo educação, saúde,turismo, indústria e diplomacia.

III. Definição de Desporto

· O Desporto é a prática de qualquer forma de atividade físicae psíquica, que tenha como objetivo a expressão ou melhoriada condição física e psíquica, o desenvolvimento dapersonalidade e das relações sociais ou a obtenção deresultados em competições de todos os níveis.

· O Desporto é o conjunto de atividades competitivas einstitucionalizadas que envolve o exercício físico rigoroso(e mental) para uso de aptidões físicas e motivação para aobtenção de prazer pessoal e compensação externa.

· O Desporto engloba todas as formas de atividade física quecontribuem para a saúde e a aptidão física, a saúde mentale a interação social.

IV. Visão do Desenvolvimento do Desporto

A visão de desenvolvimento do desporto em Timor-Leste é:

“Cidadão de Timor-Leste saudável, com carácter combativo,ativo e produtivo, com prestação a nível local e nívelinternacional”

Esta visão assenta no desenvolvimento do Capital Humano,em conformidade com o PEDN 2011 - 2030. Nesse sentido odesenvolvimento do desporto visa atingir uma mudança a nívelda sociedade, ao nível individual e fomenta o orgulho nacional.Esta visão é suficientemente ampla para cobrir não só a saúdedos cidadãos mas também o seu caráter e a sua produtividadee a continuação do seu contributo positivo para a construçãodo Estado e da Nação. Este significado mais alargado dodesenvolvimento do desporto, com base nesta visão, é seguidaa linha de pensamento na qual a prática de desporto estárelacionada com o aumento da atividade e produtividade docidadão na sua contribuição para o desenvolvimento nacionalem todos os sectores.

V. Objetivos de Desenvolvimento do Desporto

1. Promoção de um estilo de vida saudável, ativo e produtivona sociedade, e da busca pelo melhor resultado;

2. Aumento da participação de todos na prática do desportode recreio e do desporto competitivo

3. Desporto acessível para todos que responda ás necessi-dades, motivação e interesse de todos, em particular paradesportistas e atletas e as suas necessidades específicas.

4. Incremento do respeito pelos valores do Fair-Play e éticadesportiva

5. Aumento do número de atletas e a sua participação emtodas as modalidades desportivas

6. Contribuição para o fortalecimento de valores sociais noseio da comunidade, assegurando que Timor-Leste é maisseguro, forte, unido e respeita as diferenças.

7. Fortalecimento da capacidade de gestão do Governo eentidades não governamentais que desenvolvem a suaatividade no desenvolvimento do desporto

8. Aumenta a colaboração e parceria existente entre o sectorpúblico e o sector privado com vista a contribuir para odesenvolvimento do desporto através de um modelo de“política de portão único”.

9. Promove a pesquisa científica e o desenvolvimento aoserviço do desporto incluindo a utilização de tecnologia,métodos, técnicas, táticas e gestão com o intuito deaumentar a probabilidade de sucesso dos atletas emcompetições nacionais e internacionais

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Quarta-Feira, 16 de Agosto de 2017Série I, N.° 32 Página 1487

VI. Princípios da Política do Desporto

Os princípios orientadores consagrados na Lei de Bases doDesporto representam os princípios fundamentais para o nossosistema desportivo. Os princípios plasmados nesta PolíticaNacional para o Desenvolvimento do Desporto estão ligadosà operacionalização desses princípios orientadores. Estediploma visa o desenvolvimento do desporto com qualidade,com base nos seguintes princípios:

· Fortalecimento do comportamento ético: Os programas epráticas de desenvolvimento de todos os desportos dãoimportância ao aumento e fortalecimento dos valores éticosdo cidadão

· Acesso igual para todos: A promoção de atividades e oapoio ao desenvolvimento do desporto é inclusivo paratodos e acomoda os diferentes interesses, motivações,objetivos e habilidades de todos.

· Desenvolvimento integrado: O desenvolvimento do desportoé feito com base num modelo que dá importância áinterligação sectorial, nomeadamente a educação, saúde,turismo e indústria.

· Baseado em dados técnicos adequados: O desenvolvimentodo desporto para atletas através de programas estruturadoscom vista á excelência do atleta em competições de altonível tem que dar importância máxima aos dados relevantes,assentes num programa adequado que permita saber o graude sucesso do atleta em cada competição.

· Orientação por objetivos: O desenvolvimento de qualquertipo de desporto tem que ser orientado com vista a atingirobjetivos pré-definidos. Todos os objetivos definidosvisam contribuir para a melhoria de vida da sociedade, suaprodutividade e sua prestação.

· Boa Governação: A implementação política e os programasdesportivos seguem os critérios de boa governação enecessitam de critérios de sucesso claros bem comomecanismos de monitorização e avaliação credíveis,construtivos, assertivos e que promovam a responsabili-dade pública.

· Sustentabilidade: O desenvolvimento do desporto deve terem consideração a aprendizagem e a continuação da práticado desporto em combinação com os recursos do Estado,do sector privado, das contribuições da comunidade e dasassociações desportivas.

VII. Benefícios do Desenvolvimento do Desporto

· Benefício social do desporto está consagrado na Lei debases do Desporto determinando o desporto é um espaçode expressão da identidade nacional bem como dapacificação e coesão nacional. A mesma Lei refere o seuobjetivo para todos os indivíduos a prática do desportocom o objetivo de fortalecimento da saúde física, da suapsicologia pessoal, bem como para a competitividade emcompetição.

O planeamento sistemático de desporto contribui para aredução de comportamentos de risco no seio dos jovens,incluindo comportamentos criminosos, violentos e outroscomportamentos antissociais. O desporto transforma aenergia do stress no seio da juventude para energia positivae ajuda os jovens a aprender lições de vida. No tocante àeducação, o desporto pode ser um fator importante noaumento da participação do estudante na vida escolar, dasua habilidade cognitiva e da redução do absentismoescolar.

No tocante à saúde, o desporto assegura benefícios expo-nenciais para cidadãos fisicamente ativos. Um cidadão ativona prática do desporto tem um risco reduzido de doençascrónicas, incluindo problemas cardíacos, acidentesvasculares encefálicos, diabetes, cancro, obesidade,doenças mentais e outras doenças relacionadas com acondição muscular. A participação no desporto tambémrepresenta benefícios psicológicos reduzindo a depressão,ansiedade e outros problemas do foro psicológico.

· Benefício económico do desporto é a criação de postos detrabalho e rendimento bem como contribuição fiscal para oEstado. Indiretamente, o desporto contribui para a saúde equalidade de vida resultando na redução dos gastos doEstado com serviços de saúde e no aumento dos índicesde produtividade no trabalho e respetivos proveitos paraa economia.

Em conjunto com os benefícios para a economia, quandoo desenvolvimento do desporto é combinado adequadamente com o desenvolvimento do turismo existe o potencialpara obter proveitos acrescidos para a economia e para aexpressão cultural. Eventos desportivos de maior ou menordimensão planeados adequadamente, estimulam ointeresse de atletas estrangeiros e o de espetadoresprovenientes do estrangeiro que desejem viajar e participarou assistir a estes eventos, com claros benefícios para aeconomia e sociedade.

· O desporto providencia benefícios políticos, reforçando anoção de sentido de estado e da continuação dos esforçoscoletivos de construção da nação. No exterior o desportoé um espaço de promoção do prestígio nacional e dapromoção da ideologia do estado. O desporto é uminstrumento de diplomacia entre estados, em particularentre estados num contexto de tensão política entre ambos.No âmbito político, o desporto estimula a compreensãomútua e promove a paz nas relações internacionais dosparticipantes.

VIII. Enquadramento Político e Legal

· Convenção Internacional Contra a Dopagem no Desporto(UNESCO) aprovada para adesão pelo ParlamentoNacional, Fevereiro 2017, estabelece orientações para aintegridade da prática do desporto, encorajando acompetição desportiva limpa e real.

· A Convenção Internacional dos Direitos da Criança(UNCRC), já ratificada por Timor-Leste, declara que as

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Série I, N.° 32 Página 1488Quarta-Feira, 16 de Agosto de 2017

crianças têm direito ao descanso e à brincadeira, e aenvolver-se em qualquer prática recreativa adequada à suaidade. A Convenção refere também que a criança não temdireito apenas a brincar, mas direito à oportunidade debrincar. Nesse sentido, o Estado deve encorajar a criaçãode oportunidades adequadas para que todas as criançaspossam realizar atividades culturais, artísticas e recreativas.

· Lei 1/2010 de 21 de Abril, Lei de Bases do Desporto,estabelece a definição geral de desporto, define as basesdo sistema de desporto e estabelece as condições para oexercício e desenvolvimento da cultura desportiva comoelemento essencial para a formação completa dapersonalidade do indivíduo e o reforço da identidadenacional na sociedade de Timor-Leste.

· O Decreto-lei 10/2011 de 16 de Março, Regime Jurídicode Utilidade Pública Desportiva das FederaçõesDesportivas estabelece um regime de utilidade pública paraas organizações desportivas em Timor-Leste.

· O Decreto-lei 39/2011 de 21 de Setembro relativo àsCompetências, composição e funcionamento da ComissãoNacional do Desporto, regula as competências, composiçãoe função da Comissão Nacional do Desporto, estabele-cendo-a como a entidade que administra o desporto públicoem conjunto com membros do Governo e do Ministérioque tutela a área do desporto, exerce funções de supervisão,arbitragem do desporto, resolução de disputas administra-tivas, e desenvolvimento do desporto.

· Despacho n.º 4/2011 da Secretaria de Estado da Juventudee do Desporto, que estabelece regras e instruções relativasao procedimento de aplicação e atribuição do estatuto deutilidade pública desportiva.

· O Decreto-lei n.º 18/2014 de 24 de Julho, que regulamentaos Clubes Desportivos e as Sociedades Desportivas, regulaos clubes desportivos e o desporto comunitário, abrindo apossibilidade aos clubes desportivos de desenvolverem oregime geral de clubes bem como de registar AssociaçõesDesportivas de dimensão reduzida para o desenvolvimentode atividade desportiva regulada com apoios do Estado.

· Lei n.º 14/2008 de 19 de Outubro, Lei de Bases da Educação,refere a importância do desenvolvimento físico,especialmente para a capacidade motora, e o papel daescola na promoção de um estilo de vida saudável e ativopara os cidadãos.

· Decreto do Governo 14/2012 de 5 de Julho, Política Nacionalpara a Inclusão e Promoção dos Direitos das Pessoas comDeficiência, estabelece as linhas gerais e estratégia deimplementação para proteger, promover e salvaguardar osdireitos de pessoas com deficiência.

· Declaração relativa à Agenda 2030 para o DesenvolvimentoSustentável, conhecida como Objetivos do DesenvolvimentoSustentável (ODS), refere o desporto como a atividadeque contribui para a tolerância, respeito, respeito pelosdireitos da mulher e da juventude, a melhoria da saúde,educação e inclusão social funcionando, portanto, comofator habilitador do desenvolvimento sustentável.

· A Política Nacional da Juventude, aprovada na Resoluçãodo Governo 27/2016, estipula a intenção de promover asaúde e o desporto dos jovens especialmente comomecanismo de desenvolvimento integrado.

· Carta Olímpica Internacional, aprovada pelo ComitéOlímpico Internacional (COI), incorpora os direitoshumanos e acentua a promoção e proteção dos direitoshumanos como valor institucional do COI. Adicionalmentea Carta Internacional da UNESCO relativa à Educação Físicae Desporto classifica a prática de educação física e desportocomo um direito fundamental.

IX. Metas e Estratégia de Desenvolvimento do Desporto

1. Desenvolvimento do Desporto Educacional

A educação física e o desporto são o instrumento que influenciaa salvaguarda de uma boa saúde física e mental, reforça oslaços sociais, promove a intelectualidade e a cultura de respeito,estimula as relações sociais, promove a solidariedade e atolerância e catalisa o desenvolvimento da economia.Atividades de desporto educacional deverão ser organizadasno meio educativo, na escola, no clube, na comunidade e noslocais públicos. Para as crianças o desporto educacional nãosó beneficia a saúde física e mental mas também estabelecefundação moral e o comportamento pro-social no seio dascrianças. A este nível, o desenvolvimento do desportonecessita manifestamente do apoio da liderança do Estado,dos pais, das organizações desportivas e da comunidade deforma a garantir que a aptidão física das crianças e jovens édesenvolvida com esta vertente, dando importância à práticacomo modelador do comportamento, assegurando econtribuindo para o desenvolvimento da sua saúde física.

A situação atual do desenvolvimento da educação física edesporto é feita seguindo duas vias diferentes. A primeiraatravés da introdução da educação física e desporto nasescolas. Nesta vertente o Governo já introduziu a educaçãofísica na escola formal, desde o nível pré-escolar até ao níveluniversitário, mas ainda não desenvolveu um currículoapropriado, as facilidades de suporte, a aquisição deequipamento e o desenvolvimento das instituições escolaressuficientemente para garantir o desporto escolar em todas asescolas. A segunda via aborda a socialização da prática daeducação física junto das comunidades. Nesta vertente oGoverno apoia o desenvolvimento do desporto educacionalem algumas organizações desportivas (Centro de FutebolJuvenil e Escola Sócio Desportiva), mas o desenvolvimentonestes centros ainda não está sistematizado nem estáinterligado com o desenvolvimento do desporto ao nível básicoe noutros níveis. O desporto comunitário e a socialização daeducação física ainda não funcionam de forma eficiente nemdistingue entre os vários níveis de desporto.

Apesar de terem sido promovidas atividades e iniciativasdesportivas pelo Governo, o modelo utilizado ainda não integraa interligação entre os vários níveis de desporto. Por este motivoo público ainda não observou os resultados de captação deatletas nacionais para participação em competições nacionaise internacionais, verificando-se a ausência de um processo

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claro de recrutamento de talento de entre os atletas nacionais.Os eventos ligados ao desporto escolar também não estãosistematizados nem dão muita importância ao aspeto daeducação no seu planeamento e organização.

O apoio ao desenvolvimento de desporto também será focadoao nível do desporto federado, os grupos e os clubes e osseus esforços para a prática desportiva ainda não receberam aatenção adequada. A socialização do desporto até ao momentotem sido limitada a atividades de ginástica nacional e a grandemaioria dos participantes nesses eventos são provenientesdas escolas. Os grupos comunitários ainda não participamnestes eventos de socialização. O problema resido no facto deque os indivíduos que lideram ou organizam estes grupossociais ainda não estão conscientes das possibilidades dealargamento para um maior desenvolvimento do seu âmbito.

Meta: Crianças e jovens possuem aptidão desportiva básica,uma vida saudável, bom conhecimento, atitude ecomportamento positivo de cidadania, e potencial paracompetir em qualquer modalidade desportiva.

Estratégia:

1. Desenvolver um currículo de educação física e desportocomo via para os professores ensinar em todas as escolas.

2. Estabelecer um sistema de acreditação do currículo erespetivos manuais de ensino nos clubes de forma a garantirque as crianças e jovens aprendem adequadamente e queos conhecimentos adquiridos sejam benéficos para o seudesenvolvimento físico e mental, contribuindo também parafortalecer o comportamento pro-social no seio dacomunidade.

3. Dotar as escolas e organizações desportivas com capa-cidade (recursos humanos, facilidades, gestão, liderança)para organizar o desenvolvimento de desporto na escola enas organizações desportivas.

4. Desenvolver legislação e procedimentos necessários paraproteger a participação de crianças e jovens no desportoao nível básico.

5. Desenvolver um sistema de competição escolar que reflitaa intenção pedagógica, mas promovendo igualmente acompetitividade.

6. Capacitar das instituições do estado que trabalham na áreado desporto e instituições semigovernamentais com tutelasobre o desenvolvimento do desporto (dos recursoshumanos, equipamentos, gestão, liderança).

7. Promover a inclusão no desporto em todo o território e emtodas as modalidades desportivas.

2. Desenvolvimento do Desporto Tradicional

A prática de jogos tradicionais que envolvem movimento físicona sociedade em Timor-Leste origina de atividades produtivase acontece durante a realização de atividades produtivas. A

prática de movimento físico como caça, kick-boxing, corridas,trepar uma palmeira, corridas de cavalos e outras atividadesderivadas da atividade agrícola, incluindo o envolvimento deanimais como ovelhas e vacas domesticados. Estas atividadesde desporto tradicional derivam da história, do caráter e decada casa em Timor-Leste. O desenvolvimento do desportotradicional não é direcionado à sua modernização, é na verdadedirecionado à promoção dos valores sociais transmitidos napratica deste tipo de desporto integrada de forma pública quepermita a todos compreender, aprender e praticar.

No contexto atual Timor-Leste ainda não promove odesenvolvimento de desporto tradicional, mas a suaimportância no sistema de economia global em curso não deveser subestimada. O desporto tradicional permite ao públicoconhecer a sua história, identidade e valores culturais. Esteaspeto ajuda a comunidade a desenvolver o seu conhecimentoe a contribuir ainda mais para o desenvolvimento nacional.

Atualmente o Governo ainda não possui informação e dadossuficientes nem um juízo adequado sobre qual éverdadeiramente a identidade, os valores, as regras e conteúdode cada modalidade de desporto tradicional. Ainda não háconhecimento suficiente sobre a melhor forma de desenvolvero desporto tradicional usando os dados recolhidos até agora.Apesar disso, através de observação e da história recolhida énotável verificar que os jogos tradicionais envolvem na suamaioria movimento físico benéfico para o desenvolvimentomotor de crianças e jovens.

Meta: Timor-Leste orgulhoso e todas as comunidades, em todoo território nacional sentem orgulho pela sua identidade, pelaproteção da sua riqueza cultural e pela salvaguarda dos valoressociais existentes.

Estratégia:

1. Promover o estudo e a inventariação, proteção e desenvolvi-mento sistemático de cada modalidade de desportotradicional identificada, socializando essas modalidadesjunto da comunidade.

2. Utilizar e estabelecer mecanismos interministeriais paradesenvolver e promover o desporto tradicional ao nívelnacional e internacional de forma a promover a riqueza doturismo social.

3. Criar uma unidade no Ministério com a competência na áreado desporto, capacitando-a para o estudo, desenvolvi-mento e promoção do desporto tradicional a nível nacionale internacional.

4. Introduzir o conhecimento do desporto tradicional nocurrículo de educação física e desporto, em todos os níveisde educação bem como nos clubes.

5. Organizar competições ao nível do município e a nívelnacional para jogos tradicionais já integradosadequadamente no sistema.

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3. Desenvolvimento do Desporto Comunitário e Recreativo

O desporto recreativo é a atividade de desporto realizada nostempos livres dos praticantes quando estão fora do seutrabalho ou atividade de rotina. Este tipo de desporto é denatureza voluntária e visa a obtenção de recreio e satisfação.Características básicas do desporto de recreativo são a suaflexibilidade, baseado em interesse, habilidade e necessidade,podendo ser rotineiro ou sério, e praticado de formaabsolutamente voluntária. Este tipo de desporto éfrequentemente promovido pela comunidade ou pequenosclubes no seio da comunidade com intenção de alegrar acomunidade, contribuir para a sua saúde e fortalecer a coesãosocial.

O desporto recreativo inclui caminhadas, dança, corrida numparque, natação nas praias ou lagos, visitas a áreas rurais,ciclismo, exercício físico num ginásio, jogos de voleibol napraia, em áreas comunitárias, futebol na praia ou competiçõesem eventos ligados ao desporto recreativo ou similares. Estasatividades são organizadas voluntariamente ou comorçamentos reduzidos, mas precisam de equipamentosadequados e seguros, infraestruturas com qualidade, aparticipação da comunidade e uma gestão adequada doequipamento.

Atualmente em Timor-Leste, dados indicam que o volume depopulação nacional está a crescer, observando-se uma maiortaxa de natalidade na população residente em áreas rurais,estando a maioria da população concentrada em Díli. A maioriadessa população é composta por crianças e jovens, no entantoa população envelhecida tem vindo a aumentar exponencial-mente. Este crescimento da população aumenta a pressão sobrea utilização dos recursos disponíveis, incluindo espaços eequipamentos. Os nossos parques, praias, colinas, rios,florestas, o conjunto dos lugares históricos e os seus trilhos,ainda não servem adequadamente o objetivo de desportorecreativo e o interesse turístico. A compreensão da situaçãodemográfica e do modo de vida das pessoas em Timor-Lestedeve ser tida em consideração para o desenvolvimento dodesporto recreativo.

Atualmente estão identificadas doenças causadas pelamalnutrição e a falta de atividade que ameaçam a saúde doscidadãos no futuro. A nossa economia depende dos rendimen-tos do gás e petróleo, e nessa premissa o desenvolvimento daprodutividade não-petrolífera deve ser promovido, isto incluio desenvolvimento de desporto turístico. O investimento nodesporto recreativo está ligado ao turismo e pode ser um fatorde atração para visitantes provenientes do estrangeiro. Osrendimentos potencializados por esta atividade desportivapodem ser recolhidos pela hotelaria, restauração e venda deoutros produtos locais.

Meta: Cidadão de Timor-Leste participa ativamente ematividades de desporto recreativo, é saudável, está conscientedo seu meio ambiente e promove a interação com a cultura e ahistória.

Estratégia:

1. Desenvolver parcerias estratégicas com o sector privado

para a construção e manutenção de facilidades de desportorecreativo.

2. Construir e manter a infraestrutura básica de desportorecreativo em espaços abertos, incluindo nas praias, zonasrurais e montanhas, rios, lagos, bem como nos parques.

3. Desenvolver legislação apropriada para garantir o acessoigual para todos, a proteção do meio ambiente, oatendimento do público e a segurança durante a prática dedesporto recreativo.

4. Estabelecer uma unidade específica para gerir e manter asfacilidades de desporto recreativo e apoiar os praticantesdeste tipo de desporto.

5. Encorajar e promover a participação de estudantes nodesporto recreativo, tendo em conta não só a sua saúde,mas também a pedagogia ligada à preservação do meioambiente e da história.

6. Promover iniciativas da comunidade no desenvolvimentode facilidades orientadas para o desporto recreativo eturístico.

7. Promoção do desporto recreativo como meio de promoçãoe potencialização do turismo e da identidade culturalnacional.

4. Desenvolvimento de Desporto de Alta Competição

O desporto de alta competição é o desporto competitivo maisfocado na demonstração da capacidade física, demonstra assuas melhores aptidões, com vista à vitória numa competição,individual ou por equipas. Mas nem todos os que se envolvemneste tipo de desporto são motivados exclusivamente pelavitória numa competição. Alguns fazem-nos por uma questãode benefício para a saúde, aptidão física, status social ouporque serve de emprego profissional.

Um atleta que pretenda entrar para um nível competitivonecessita de treino especializado tendo em conta os requisitosde cada modalidade com um plano claro. Um atleta pode entrarem competição se ultrapassar as barreiras da preparação física,mental, psicológica e atinge a excelência na modalidade dedesporto praticada em comparação com outros colegas.

A este nível de desporto competitivo, o atleta está conscienteque só as suas aptidões e o seu talento é que entram emcompetição. Ao nível do desenvolvimento do desporto estanível necessita de treino especializado, facilidades adequadas,e um bom serviço de apoio ao atleta. Para o treinador, a nívelde treino, a maior motivação é encontrar a uma forma de vencera competição. O treinador precisa de saber os aspetos técnicose táticos, mas também precisa de saber motivar, prevenir lesõesantes e após a competição e providenciar apoio mental aoatleta.

A programação de desporto competitivo é mais focada napreparação do atleta para atingir o melhor resultado emcompetição. Na programação e preparação de um atleta de altacompetição é exigido o cumprimento estrito de procedimentos

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e regulamentos específicos bem como códigos de condutaemitidos por uma organização ou comissão especializada. Odesenvolvimento de desporto de alto nível é feito normalmentenas federações, centros de treino designados e geridos emcolaboração entre a federação, organizações desportivas dealto nível, academias e organizações de estado que tutelam odesenvolvimento desportivo.

A situação atual do desenvolvimento do desporto de altacompetição é que nos últimos 17 anos se focou maiscompetições e não na melhor forma de preparar o atletaadequadamente para a competição. Existe efetivamentetrabalho feito na preparação mas visa apenas providenciarcondições mínimas, incluindo recursos humanos limitados,incentivos, facilidades, equipamento e a realização deprocedimentos necessários. Ainda não foram estabelecidosmecanismos de preparação antes e depois da competição.

O conhecimento dos treinadores é limitado apenas para oensino dos atletas a praticar o desporto. Até ao momento,Timor-Leste ainda não possui alguém com conhecimentossobre psicologia do desporto, exercício de fisiologia, nutriçãodesportiva, medicina desportiva nem fisioterapia. Existem nestemomento cerca de 500 atletas nesta modalidade de altacompetição (de entre 10.000 atletas registados), mas ostreinadores não têm conhecimentos relativamente ao trabalhoque deve ser desenvolvido no ensino de jovens praticantes.Na maioria dos casos o ensino é feito sem manuais de referência,nem avaliações que permitam conhecer o que é melhor ou piorpara a saúde, o físico, o caráter e para o desenvolvimentopsicológico de cada indivíduo.

A capacidade de treinador para preparar o atleta paracompetição continua a representar um desafio. Váriostreinadores ainda não sabem calendarizar o programa de treino,nem sabem o que é necessário introduzir a nível do treinobásico, a nível de treino estruturado bem como na determinaçãodo nível adequado para cada determinada competição. Ostreinadores ainda não providenciam formação adequada paraas crianças, não se trata apenas de um estilo de vida saudávele uma boa condição física, falta introduzir habilidades técnico-táticas, dieta, exercício pré-competição e pós-competição epreparação psicológica. Outro nível ausente da preparação éo treino direcionado à superação da concorrência e vitória nacompetição. Em algumas situações os treinadores não têmconhecimentos de ciência do desporto nem sabem programara preparação do atleta de forma a prepará-lo para a vitória nacompetição.

Atualmente ainda não existe um sistema de competição ecalendarização da transição entre níveis competitivos napreparação de participações em competições de alto nível. Énecessário notar que competição não é apenas a participaçãono evento, é necessário integrar um processo dedesenvolvimento prolongado e antecipado dos atletasparticipantes. A preparação dos nossos atletas paraparticipação em eventos de alta competição não tem sido feitacom treino de longo prazo.

As facilidades e equipamento para treino regular ou preparaçãopara a competição continuam a ser um obstáculo. Ainda nãoexiste um centro de treino que facilite um processo de

preparação centralizado para atletas de alta competição. Porcausa dessa lacuna, cada modalidade desportiva faz a suaprópria preparação com as condições mínimas existentes. Estasituação constitui um desafio para a gestão, controlo,efetividade e eficiência da utilização dos recursos.

Meta: O atleta atinge excelência e entra em divisões nacionaise internacionais fruto da sistematização da formação, do apoioaos recursos humanos, das facilidades e de equipamentosadequados.

Estratégia:

1. Estabelecer uma Instituição Nacional do Desporto dotadacom capacidade de gestão, conhecimento e especialistasde ciência e tecnologia do desporto.

.2. Desenvolver mecanismos para a aplicação adequada de

lucros de lotarias e jogos de aposta legais, através delegislação apropriada e com um sistema de gestão eficiente,contribuindo para o desenvolvimento de atletas de altacompetição.

3. Desenvolver um sistema estruturado que permita identificaro talento do atleta e continuar a sua formação e preparaçãocom o objetivo de alcançar excelência em competiçõesnacionais e internacionais.

4. Desenvolver o enquadramento da avaliação do treinoprovidenciado ao atleta, investigando qual o melhor treinopara aperfeiçoar o desenvolvimento da saúde física, odesenvolvimento psicológico e a boa formação dapersonalidade do indivíduo.

5. Criar um sistema de competição de nível nacional, comcategorias de competição desenvolvidas e sistematizadastendo em consideração o crescimento do atleta a longoprazo.

6. Organizar eventos de competição com conceitos inovadores,tendo em consideração a interligação de um espíritovencedor, com desportivismo, educativo tendo também emconta a contribuição para o desenvolvimento da economia.

7. Ajudar o atleta a atingir excelência no seu desenvolvimentocom vista à competição em eventos internacionais,desenvolvendo para o efeito um sistema de preparaçãocompetitiva do atleta.

8. Capacitar o treinador de forma a providenciar uma melhorpreparação do atleta providenciando apoio compreensivoe baseado no desenvolvimento de ciência desportiva.

9. Facilitar e apoiar a capacitação de árbitros com vista àcondução adequada de jogos aplicando as regras do jogoarbitrado.

10. Reconhecer os sucessos de treinadores e atletas em todasas modalidades de desporto, nas competições nacionais einternacionais, através do estabelecimento de um sistemade reconhecimento.

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5. Desenvolvimento do Desporto para Pessoas com Deficiência

Deficiência é uma condição física ou mental que limita osmovimentos, sentidos ou ações de um indivíduo. Este termo éusado para pessoas com condições muito graves, que afetama sua participação regular em atividades normais diárias.Consideradas nesta definição são pessoas cuja deficiênciafísica, mental, intelectual, com diminuição sensorial de formaprolongada, que limitam a sua participação plena na sociedade.Deficiência pode ser permanente, temporária ou episódica.Pode acontecer ao nascimento ou posteriormente fruto de umdesastre ou doença.

Uma pessoa com deficiência enfrenta discriminação comfrequência durante a sua vida. Começa na sua própria família eposteriormente por outros indivíduos na sociedade.Discriminação que afeta não apenas a pessoa com deficiência,mas também a família da pessoa com deficiência. Os custos daexclusão e discriminação são elevados e muitas vezes impedema pessoa com deficiência de participar ativamente na sociedadee contribuir. Quando estas situações acontecem verifica-seuma lacuna de solidariedade e o alastramento do exclusivismona sociedade.

O desenvolvimento do desporto para pessoas com deficiênciaé uma via adequada para a promoção da inclusão e valores detolerância e combate da discriminação. Desporto pode ser umfator de melhoria da qualidade de vida de uma pessoa comdeficiência alterando a sua forma de encarar a vida. Numa faseinicial contribui para a redução da discriminação eposteriormente ajuda a pessoa a reconhecer o seu potencial.

O desporto pode ser um fator de mudança da forma como asociedade recebe a deficiência e mudar mentalidades. Se não éfeito um esforço para disponibilizar a prática de desporto paratodos então o desporto passa a ser um instrumento dediscriminação. O desenvolvimento deste tipo de desporto temem atenção a participação inclusiva de todos, combinada comboa comunicação, conhecimento, habilidade e sentimentosolidário, em que o desporto serve de instrumento detransformação social nutrindo uma relação positiva bem comoa habilidade social e física.

A situação atual da participação de pessoas com deficiênciano desporto é uma preocupação nem todos têm acesso apesardo número elevado. Com base em dados dos censos de 2015,o total de pessoas com deficiência em Timor-Leste atingia 38mil (número inferior em 10 mil comparando com o censo 2010).A população de pessoas com todos os tipos de deficiênciaestá espalhada por todo o território nacional. Um estudorealizado pela ADTL demonstra que 30% de pessoas comdeficiência não têm acesso a uma vida pública, 25% continuaa enfrentar desafios no acesso a serviços de saúde e 46%nunca frequentou a escola (Relatório Estudo ADTL efetuadoem 4 municípios, 2013).

Atualmente o Governo, através do Ministério relevanteconcede apoio organizacional e assistência social para todasas pessoas com deficiência. Organizações como a Associaçãode Deficiência de Timor-Leste (ADTL) também trabalhadiariamente para ajudar e cuidar das necessidades e direitosde pessoas com deficiência. Organizações de desporto para

pessoas com deficiência tem organizado iniciativas demobilização da prática de desporto neste grupo desfavorecido.Num nível superior, o Comité Para-olímpico e o Comité de JogosOlímpicos Especiais também organizam atividades parafortalecer a prática de desporto por pessoas com deficiência.Atletas com deficiência já participaram em jogos a nívelinternacional e tiveram boas prestações. Em dias decomemoração oficiais, as organizações de apoio organizamatividades desportivas para pessoas com deficiência, mas foradesses dias as iniciativas não têm seguimento.

Todavia, continuam a verificar-se dificuldades em termos deequipamento adequado para a sua condição de deficiência eno próprio acesso aos estabelecimentos desportivos, quer emDíli quer nos outros municípios, para exercer o seu direito àprática do desporto. Geralmente o desenvolvimento deinfraestrutura não leva em consideração a existência depessoas com deficiência e não facilita o acesso destas pessoasàs instalações. Esta é uma barreira física (acessibilidadeambiental), para pessoas com deficiência que pretendempraticar desporto. Elas enfrentam também barreirasinstitucionais porque o programa, regulamento ouprocedimento que devia ajudar este grupo a praticar desportonão existe como parte integrada do desenvolvimento dodesporto. Ainda não existe um sistema que facilite odesenvolvimento do desporto para pessoas com deficiência.

Meta: Pessoas com deficiência têm acesso às facilidades,trabalham (pelayanan) no desenvolvimento do seu desporto eparticipam positivamente em todas as oportunidades dedesenvolvimento de desporto.

Estratégia:

1. Ter em consideração as acessibilidades físicas para pessoascom deficiência quando são elaborados desenhos ouconstrução de facilidades de desporto;

2. Assegurar a participação de pessoas com deficiência emeventos desportivos nacionais ou internacionais atravésde financiamento regular providenciado pelo Estado.

3. Reconhecer os sucessos de atletas com deficiência emtodas as modalidades de desporto, nas competiçõesnacionais e internacionais, através do estabelecimento deum sistema de reconhecimento.

4. Encorajar a implementação de uma política de inclusão eigualdade na promoção da participação de pessoas comdeficiência na prática do desporto em todos os níveis.

5. Capacitar e melhorar os treinadores e árbitros noatendimento a atletas com deficiência dando apoioespecializado conforme com a sua condição especial.

6. Desporto para o Desenvolvimento

A definição geral do desporto refere a melhoria da saúde (físicae mental) e a estimulação da interação social. Mas podem sertidos em consideração também valores importantes dodesporto transpostos como condição para a melhoria dodesenvolvimento. Os valores do desporto, nomeadamente a

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integridade, o fair play, a cooperação, o jogo de equipa e orespeito são aptidões de vida que têm impacto na vida emcomunidade.

O desporto não visa apenas que um indivíduo ou equipaalcancem um resultado, visa também o fortalecimento dasrelações no seio da comunidade e o espírito de grupo. Osindivíduos com a prática do desporto promovem uma boasaúde, e o bem-estar a longo prazo aumentando a suaprodutividade. A prática do desporto leva os jovens aabandonar comportamentos de risco tais como o consumo deestupefacientes e a contração de HIV/SIDA ou outras doenças.

Atualmente o desporto para o desenvolvimento promovidorevelou sucessos e também desafios. A SEJD possuiexperiência no apoio de atividades, eventos e iniciativasdesportivas com o objetivo de promover a paz, resolverconflitos e estimular o esforço da comunidade para melhoraras suas vidas. 2006-2009 foi um período de atividade intensivade promoção da paz, através de desporto de nível comunitáriopromovido com o intuito de estabilizar a situação no seio dascomunidades. Durante o período de crise política a SEJDapoiou organizações de juventude, conselhos de suco, efederações nacionais na organização de atividades desportivascom a intenção de reconciliar a comunidade.Reconhecidamente este instrumento continua relevante napromoção do desporto, promoção da paz e fortalecimento dacoesão social.

A contribuição do desporto para o desenvolvimento não estálimitada apenas à resposta a situações negativas, na verdadeeste tipo de desporto é um instrumento de mudança para avida de um indivíduo, da sociedade e da nação. O desportocontribui para a saúde e aptidão física do cidadão, contribuipara a melhoria da prestação do estudante na escola, aumentaos índices de produtividade do cidadão, aumenta asoportunidades de emprego e reduz os comportamentosantissociais.

Meta: Cidadão ativo e saudável contribui para o desenvolvi-mento e promoção da paz na sua comunidade.

Estratégia:

1. Desenvolver ações de prevenção da violência entre jovensno seio da comunidade através da promoção de desportoeducacional com base em estudos e avaliação sistemáticada situação da comunidade.

2. Promover o jovem atleta que possui boa atitude e prestaçãocomo modelo exemplar para a comunidade.

3. Providenciar atividades de desporto para a promoção docomportamento cívico no seio da comunidade.

4. Integrar o desporto como iniciativa de desenvolvimento dacomunidade de forma a garantir a sustentabilidade dasiniciativas efetuadas.

5. Desenvolver na comunidade costumes de vida saudáveisde melhoria da aptidão física e participação ativa eminiciativas de voluntarismo.

X. Enquadramento da Implementação Política

De forma a implementar esta Política de forma efetiva, énecessário determinar mecanismos institucionais queimpulsionem e apoiem a sua implementação. Todas as partesinteressadas terão um papel importante no desenvolvimentodo desporto e podem ter uma participação positiva e umimpacto positivo para a vida da sociedade com aimplementação deste diploma.

O sucesso desta implementação política dependemanifestamente dos ministérios nas áreas relevantes e da suainterligação entre o desenvolvimento do desporto, a educação,a saúde, a economia e a política. Nesse sentido, o papel dosministérios relevantes com tutela do desenvolvimento dajuventude e desporto, educação, turismo e cultura einvestimento estratégico são extremamente importantes nagarantia de uma política e estratégia que visa a boa saúde, umaboa prestação, a promoção da identidade cultural e o aumentodos índices de produtividade dos indivíduos. Os ministériosjá desempenham um papel importante, mas só através dotrabalho em conjunto com outras entidades do sector privadoe organizações do desporto existentes, inclui os ComitésOlímpicos, Confederações Desportivas, Federações,Associações, clubes e escolas se poderá implementar estapolítica.

1. Órgão do Governo que Tutela o Desporto

O órgão do Governo que tutela o desporto, ministério ouequivalente, lidera a implementação desta política. Este órgãodo Governo é responsável e coordena as partes interessadase desempenha um papel importante na mobilização de recursosalocados ao estabelecimento de mecanismos necessários paraa implementação desta Política Nacional de Desporto. O papeldesempenhado em ligação com outros serviço ou ministériorelevantes, inclui:

· Atuar como o meio principal para a implementação destapolítica.

· Coordenar com o Ministério da Educação facilitando odesenvolvimento da educação física desportiva em todosos níveis escolares.

· Promover a identidade nacional e cultural através do apoioà participação de Timor-Leste em eventos internacionaisligados ao desporto

· Encorajar e promover a participação de todos na prática dodesporto.

· Trabalhar em conjunto com organizações relevantes, aosníveis governamental, sector privado e sociedade civilcuidando das facilidades de desporto recreativo outrasfacilidades desportivas.

· Coordenar, avaliar e monitorizar a efetividade e qualidade dotrabalho das organizações implementadoras de atividadesdesportivas financiadas pelo Orçamento geral do Estado.

· Trabalhar em proximidade com autoridades municipais,

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incluindo a RAEOA, garantindo que todos têm aceso àprática do desporto cuidando das facilidades desportivasexistentes na sua área de atuação.

· Apoiar e capacitar, em colaboração com outros ministériosrelevantes, as organizações desportivas aumentando osseus níveis de conhecimento ao serviço dos seus objetivosdesportivos.

· Em colaboração com o Ministério da Educação, fornecerfacilidades básicas para o desenvolvimento do desportoem todas as escolas, incluindo equipamentos para a práticado desporto.

· Colaborar com o Ministério da Saúde para garantir um se-guro de saúde para atletas e praticantes de desporto.

· Colaborar com o Ministério da Saúde no desenvolvimentodo atleta de alta competição garantindo que a saúde doatleta é preservada antes, durante e após a competição.

· Colaborar com a Confederação do Desporto e ComitésOlímpicos para a integração da saúde e antidopagem emtodas as práticas de desporto.

· Colaborar com o Ministério do Turismo no desenvolvimentode programas desportivos ligados ao turismo, incluindodesporto recreativo e desporto de alta competição.

2. Comités Olímpicos Nacionais

Um dos principais fundamentos da Carta Olímpica é a utilizaçãodo desporto não como prática exclusiva, mas sim com vista àinterligação entre desporto, cultura e educação criando umespaço para todos se encontrarem e através do seu esforçoalcançarem a responsabilidade social e o respeito aosprincípios éticos universais. Os Comités Nacionais Olímpicostêm a responsabilidade de promover uma sociedade pacíficaque preserve a dignidade humana e providencie coragem paratodos na prática do desporto sem discriminação. Nestaimplementação política as entidades nacionais com mandatosespecíficos para fomentar o movimento olímpico, nomeada-mente os Comités Olímpicos, tem as seguintes responsabili-dades:

· Promoção do desenvolvimento do desporto em todos osníveis e suporte do desenvolvimento do atleta a nívelinternacional

· Coordenar todas as atividades ligadas aos jogos olímpicos,juntamente com as outras organizações desportivas,planeando, capacitando, monitorizando e avaliando aparticipação de Timor-Leste nas competições internacio-nais.

· Colaborar com o Governo na implementação dos programasrelacionados com o desenvolvimento da capacidade doatleta, treinador e árbitro em todos os níveis, quandopossível.

· Monitorizar o desenvolvimento global relativamente aolançamento de modalidades olímpicas contribuindo para o

desenvolvimento a nível nacional e maximizando aspotencialidades dos atletas nacionais.

· Promover os valores do movimento olímpico na sociedade,incluindo junto dos estudantes, socializando um modo devida saudável, a boa condição física e a integridade doatleta, do treinador e dos oficiais

· Conduzir as representações de Timor-Leste com dignidadenos eventos ou cooperações internacionais, nãosacrificando o interesse e a moral da nação em favor deinteresses da organização ou interesses privados.

3. Organizações Desportivas Nacionais

A Lei de Bases do Desporto considera as OrganizaçõesDesportivas Nacionais em conjunto no movimento desportivo,o espírito da lei visa encorajar promoção por estas entidadesdo desenvolvimento do desporto, não só para melhorar asaúde, mas também na promoção da identidade nacional. Combase neta política, as Organizações Desportivas Nacionaisdesempenham um papel importante, nomeadamente:

· Coordenar com o ministério relevante no desenvolvimentodo desporto garantindo o seu contributo nas açõesestratégicas previstas na Política Nacional deDesenvolvimento do Desporto.

· Desenvolver esforços no sentido de melhorar a capacidadedos recursos humanos desportivos de Timor-Lestevisando a sustentabilidade através do seu envolvimentoativo no sector privado.

· Continuar a sua evolução positiva no desempenho daorganização, incluindo a boa governação, respondendoadequadamente às mudanças globais no desenvolvimentodo desporto com vista à excelência na prática do desportopraticado.

· Registar com regularidade os progressos e desafiosenfrentados pelos atletas, treinadores e árbitros atravésda manutenção de uma base de dados credível que permitaa responsabilização pública.

4. Sector Privado

O envolvimento do sector privado no desenvolvimento dodesporto já se verifica, companhias privadas começaram a olharpara o desporto como um meio de promoção dos seus produtose um meio de aumentar as receitas. O mercado do desporto emTimor-Leste está atualmente favorável, e o Governo irádesenvolver esforços para prosseguir com envolvimento dosector privado em missões de desenvolvimento do desporto.Na implementação desta política, o sector privado tem um papelmuito importante para impulsionar o desenvolvimentosustentável do desporto, através das seguintesresponsabilidades:

· Colaborar com o Governo na descoberta de oportunidadesde desenvolvimento do desporto que ofereçamoportunidades de desenvolvimento turístico e beneficiema economia.

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Quarta-Feira, 16 de Agosto de 2017Série I, N.° 32 Página 1495

· Colaborar com o Governo no desenvolvimento de esforçospara organizar eventos internacionais de promoção dodesporto e do turismo que possam criar oportunidadespara o desenvolvimento da economia desportiva.

· Promover a colaboração entre sectores de negócio no apoioao desenvolvimento do potencial dos atletas.

· Colaborar com o Governo na construção de facilidadesdesportivas tendo em conta a sua importância para o desen-volvimento do desporto e o seu rendimento económico alongo prazo.

5. Sociedade Civil

As Organizações Não-Governamentais (ONGs) e restantesorganizações da sociedade civil desempenham um papelimportante na implementação desta política, no cumprimentodos seus deveres de promoção da participação ativa docidadão, no combate à discriminação, e no fortalecimento dodesenvolvimento nacional. Elas fazem ligação entre o públicoas instituições do Estado e as organizações desportivas. Nesseâmbito, o seu papel é importante para:

· Observar e reportar a implementação desta política emconformidade com os objetivos do Estado em conformi-dade com a Constituição da República Democrática deTimor-Leste.

· Monitorizar e avaliar a implementação desta política e o seuimpacto no sistema desportivo.

· Participar nas deliberações de programas de desportocomunitário e recreativo com o objetivo de reforçar a paz eo desenvolvimento na comunidade.

XI. Monitorização e Avaliação

A natureza do desenvolvimento do desporto exige acontinuação da monitorização e avaliação interna por parte doministério ou seu equivalente que tutela o desporto, sendo uminstrumento que garante que o desenvolvimento do desportoserve os objetivos estabelecidos nesta política. Mas nodesporto, a monitorização do progresso dos trabalhos dependeacentuadamente do andamento das atividades desportivas,da sua duração e do seu impacto. Algumas atividades demonitorização devem ser efetuadas com regularidade de formaa identificar os principais desafios e desses, quais podem sercorrigidos.

Esta avaliação política pode ser feita a meio do período deimplementação desta política. Uma avaliação para saber osfatores que contribuem para o sucesso da implementação ouos desafios encontrados na implementação da política. Aavaliação final do período de implementação é necessária paraestabelecer o que já foi alcançado durante o tempo deimplementação e o seu impacto na vida da sociedade.

Polítika Nasionál Dezenvolvimentu Desportu

“Sidadaun Timor-Leste Saudavel, iha Karákter Lutadór, Ativuno Produtivu, no Iha Prestasaun”

I. Introdusaun

Umanu nian nesesidades no ejijénsia ba moris saudavel,kondisaun fízika no psikólogu Ida di’ak, no iha karákterpozitivu mak sai nudár fundasaun ba moris nian iha tempumodernu. Kondisaun hirak ne’e la’ós deit nesesária ba moris,maibé mós serve nudár elementu kompetitivu hodi hala’o knariha kualkér area servisu. Nasaun ne’ebé iha sidadaun saudavelno iha kondisaun fíziku ne’ebé prima sei sai produtivu liutániha sira nia moris. Nune’e, sira mós bele kontribui di’ak liutánhodi hametin objetivu estadu ne’ebé temi iha KonstituisaunRDTL no kontribui mós ba atinje metas iha ObjetivuDezenvolvimentu Sustentável nian.

Liu hosi promove no fasilita dezenvolvimentu desportu ne’ebésistematiza, akompaña ho infrastrutura no fasilidade ho padraundi’ak, jestaun no rekursu umanu ne’ebé adekuadu, desportubele tulun hasa’e kontrolu ba ema nia an, hasa’e sensuresponsabilidade, disiplina ba moris, no iha sportividade a’s.Valores hirak ne’e bainhira transfere ba dezenvolvimentu setórseluk mak sei sai nudár ingrediente importante ne’ebé bele fókontribuisaun bo’ot ba dezenvolvimentu nasionál. Liután,dezenvolvimentu desportu uainhira orienta ho polítika Ida klarumak sei kontribui ba hasa’e prestasaun, hasa’e sensu orgulluba identidade nasionál no kontribui ba hahalok defende estaduno nasaun.

Polítika Nasionál Dezenvolvimentu Desportu Ida ne’e halo hodikontribui ba atinje objetivu estadu nian hodi promove morissaudavel. Dokumentu polítika ne’e hahú ho deskrisaun konaba situasaun jerál dezenvolvimentu desportu ne’ebé durantene’e akontese no hatuur vizaun dezenvolvimentu desportune’ebé hakarak atu atinje iha tempu naruk. Sita mos objetivudezenvolvimentu desportu no ninia prinsipiu implementasaunnian. Polítika ne’e mos fó orientasaun no hatudu intensaunpolítika no mos asaun Estratéjiku, inklui ninia objetivu jerálatinjimentu hosi kada aspetu dezenvolvimentu desportu. Ihadokumentu ne’e nia laran, papél hosi implementador siradeskreve ho jenétiku hodi fó atensaun ba kolaborasauninstitutional hodi implementa estratéjia no atinje metas ne’ebédefini ona.

II. Kontextu Dezenvolvimentu Desportu

Ezersísiu fíziku no rekreativu ejisti tiha ona iha Timor-Leste ihatempu barak nia laran. Evidénsia jerál hosi estudu kona bainísiu dezenvolvimentu desportu hahú hosi kostume moris niansira, inklui halimar, kasa, servisu, no mos eventu sosiais nokultura nian sira iha sosiedade nia laran. Durante tempuPortugés, introduz mos jogu desportu modernu nian maibéloke deit oportunidade partisipasaun ba klase elite sira. Joguhirak ne’e dala barak liu mos promove hosi militár Portuguesesira. Iha Indonesia nia tempu, pratika desportu halo hointensaun atu kontrola movimentu sidadaun no hametin polítikaintegrasaun. Promosaun ba atividade desportu barak liu

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organiza hosi organizasaun militár nian, no mos organizasaungovernu nian, ne’ebé kontrola ho polítika militár nian. Maskinune’e, rekoñese katak matenek no kbiit sira ne’ebé mai hositempu okupasaun Portuguesa no Indonézia nian sei ejistinafatin no kontinua uza ba dezenvolvimentu desportu ohinloron.

Husi inísiu ukun rasik an, to’o oras ne’e, Governu Timor-Lesteinveste tiha ona iha esforsu dezenvolvimentu desportu liu hosihadi’ak infrastrutura báziku desportu nian, harii no hadi’akinfrastrutura desportu nian sira hodi uza ba jogus nivel nasionálno mos nivel munisipiu nian, inklui kampu futeból ihaMunisipiu tolu no Jináziu Nasionál Ida. Desportu rekoñesemos nudár komponente importante Ida hosi dezenvolvimentucapital sosiál hodi atinje vizaun Planu DezenvolvimentuEstratéjiku 2011 – 2030, no mos Objetivu DezenvolvimentuSustentável ne’ebé deklara tiha ona hosi Organizasaun NasoinsUnidas. Envolvimentu labarik, joven, adultu, idozu iha atividadefíziku no desportu fó oportunidade ba espresaun pesoál, haloema iha fiar ba an-rasik, hamenus tensaun, kria interasaun sosiálno kulturál, hametin integrasaun sosiál no solidariedade, nomos sai nudár komponente esensiál ba formasaun abilidademoris no karákter ema nian.

Dezenvolvimentu desportu iha Timor-Leste la’o maka’as liutániha tinan hirak nia laran hafoin ukun rasik-an. Joven feto nomane, adultu, no idozu sira partisipa iha atividade desportuorganizada no la organizada sira. Estadu investe tiha ona ihaatividade desportu ba dezenvolvimentu nian sira, inklui apoiuorganiza atividade desportu nivel komunidade, eskola, postu-administrativu, munisipiu no mos nivel nasionál.

Iha tinan 17 nia laran, ho regulármente Timor-Leste harukaninia atleta sira ba partisipa iha jogus regional, federativu, noolímpikus nian sira. Partisipasaun sira ne’e akontese ho apoiuhosi estadu nian, liu hosi Órgaun Governu ne’ebé títula ba ihaarea Juventude e Desportu2 no koopera ho KomisaunOlímpikus Nasionál (CONTL). Hosi jogus hirak ne’e, balun loriona rezultadu di’ak, no konsege halo morin naran Timor-Lestenian iha rai li’ur. Ema desportista defisiénsia sira fókontribuisaun medalla lubuk Ida ona iha jogu regional niansira. Atleta sira seluk mos hetan medalla tiha ona iha joguregional no mos jogu federativu sira. Dadus ne’ebé SEJDhalibur hatudu katak oras ne’e daudaun iha medalla 45 makhetan hosi jogus nivel internasionál nian sira, barak liu manemak manán iha medalla hirak ne’e. Iha nivel Nasionalprestasaun atleta di’ak ba beibeik, total akumulasaun medallahatudu katak iha medalla 200 resin mak atleta sira hetan ihakompetisaun nasionál sira.

SEJD mos fó tulun tiha ona ba organizasaun federativudesportu nasionál sira hodi organiza kompetisaun nivelnasionál nian. Kompetisaun sira promove daudaun ona atletalokál sira no fó solok mos ba supporter desportu nian sira.Oras ne’e daudaun 20,000 atleta (kalkulasaun bazeia ba 30 atleta/Suku) mak namkari iha Timor-Leste laran tomak ho treinadórnain 200 resin. Númeru hirak ne’e la konta ho membru artemarsiais mak hetan bandu atu pratika, no ema hirak ne’ebé makpratika desportu ho motivasaun ba hadi’ak saúde deit.Importante tebes atu nota katak, númeru desportista no atletaaumenta ba beibeik bainhira inisiativa desportu mos aumenta.

Hahú hosi 2010, Parlamentu Nasionál aprova tiha ona Lei Bazeba Desportu nian, no Governu mos aprova Dekretu Lei sirane’ebé relasiona ho dezenvolvimentu desportu, inklui DekretuLei kona ba Utiliza Publika Desportu nian no mosestabelesimentu Komisaun Nasionál Desportu. Hamutuk hoLei hirak ne’e, Governu mos prodús tiha ona dispasu sira hodiregula no fasilita pratika dezenvolvimentu desportu. Aleindehosi Lei, Dekretu Lei, no dispasu sira ne’ebé temi ona, Ihanivel Nasional estadu Timor-Leste mos retifika tiha onaKonvensaun Internasionál sira ne’ebé garante ezersísiu direituumanus, ne’ebé inklui mos direitu ba pratika desportu.Organizasaun desportu nasionál sira, liuliu Federasaun siramos hola parte ona ba organizasaun internasionál sira ne’ebéregula no fasilita dezenvolvimentu desportu tuir modalidadeida-idak nian.

Maski nune’e, rekoñese mos katak dezenvolvimentu desportune’ebé oras ne’e la’o daudaun seidauk planeadu no sistematizaho di’ak. Lacunas dezenvolvimentu desportu kontinua ejisti,no esforsu atu kee sai potensialidade no atu jere rekursu seidaukforte, maibé nesesidades ba dezenvolvimentu desportuaumenta. Dezeizu ba moris saudavel, kontinua haburasinterasaun sosiál, no hatudu prestasaun mos aas tebes ihaatleta no juventude sira nia leet. Atu jere lacunas, poténsia norekursu dezenvolvimentu ne’ebé eziste hela no iha futuru mai,governu hakarak espresa ninia intensaun polítika liu hosiestabelese Polítika Nasionál Dezenvolvimentu Desportu hodisai nudár mata dalan, la’ós deit ba dezenvolvimentu desportumaibé mos ba dezenvolvimentu sosiedade. Governu hakarakhalo Ida ne’e hodi fó konsiderasaun ba integrasaun desportuho aspetu dezenvolvimentu sira seluk, inklui edukasaun, saúde,turizmu, indústria, no diplomasia.

III. Definisaun Desportu

· Desportu mak atividade fíziku no mental ne’ebé halo hoobjetivu hodi espresa no hadi’ak liután kondisaun fíziku,dezenvolve personalidade no relasaun sosiál ka hodi atinjerezultadu iha kompetisaun sira.

· Desportu mak atividade kompetitivu no institusionalizadusira ne’ebé involve ezersísiu fíziku ne’ebé rigorozu (involvemos mental) ka utilizasaun skill fíziku ho motivasaun atuhetan prazér pesoál no mos kompensasaun external.

· Desportu mak forma hotu-hotu hosi atividade fíziku ne’ebékontribui ba saúde no aptidaun fíziku, saúde mental nointerasaun sosiál.

IV. Vizaun Dezenvolvimentu Desportu

Vizaun ba dezenvolvimentu desportu iha Timor-Leste mak atuatinje:

“Sidadaun Timor-Leste Saudavel, Iha Karákter Lutadór, Ativuno Produtivu, no Iha Prestasaun iha nivel lokál to nivelinternasionál “

Vizaun Ida ne’e hatuur iha komitmentu dezenvolvimentu CapitalUmanu, tuir PEDN 2011 – 20130. Nune’e, dezenvolvimentu

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desportu hala’o ho hanoin atu atinje mudansa iha nivelsosiedade, nivel indivíduu no mos atu halo nasaun sai orgullu.Vizaun ne’e luan natón hodi kobre, la’ós deit ba ema nia saúdemaibé mos ema nia karákter, produtividade, atu nune’e emabele kontinua prodús buat di’ak ba nasaun no ba estadu.Signifikasaun luan liután, hosi dezenvolvimentu desportu, tuirVizaun ne’e, fó sai pensamentu kona ba relasaun pratikadesportu hodi halo sidadaun sai ativu no produtivu liutánhodi kontribui ba dezenvolvimentu nasionál iha setór hotu-hotu.

V. Objetivu Dezenvolvimentu Desportu

10. Promove moris saudavel, ativu no produtivu iha sosiedade,no esforsu ba hetan prestasaun

11. Hasa’e partisipasaun ema hotu nian iha pratika desporturekreasional no desportu kompetitivu

12. Desportu sai asessível ba ema hotu no hatán banesesidades, motivasaun no interese ema hotu nian, liuliudesportista no atleta sira ne’ebé iha nesesidade espesífiku

13. Hasa’e nivel apresiasaun ba Valores fair-play no étikadesportu

14. Hasa’e númeru atleta no sira nia ativismu iha modalidadedesportu hotu-hotu

15. Kontribui ba hametin Valores sosiál komunidade nian, haloTimor-Leste sai seguru, forte, respeitu diferensa no unifiikasimiliariade

16. Hametin kapasidade Governasaun governu nian, no enti-dade non-governu ne’ebé fornese servisu dezenvol-vimentu desportu

17. Hasa’e kolaborasaun no parseria entre setór públiku nosetór privadu hodi kontribui ba dezenvolvimentu desportuliu husi mekanizmu “polítika portaun ida” ne’ebé eziste.

18. Promove peskiza sientífiku no dezenvolvimentu ne’ebérelasiona ho desportu inklui utilizasaun teknolojia, métodu,téknika, táktika, ho jestaun hodi bele hasa’e oportunidademanán atleta nian iha kompetisaun nasionál no mosinternasionál

VI. Prinsipiu Polítika Desportu

Prinsipiu Orientadór iha Lei Baze ba Desportu hatuur tiha onaprinsipiu fundamental sira ba sistema desportu nian. Prinsipiune’ebé hakerek iha Polítika Nasionál ba DezenvolvimentuDesportu ne’e nudár mata dalan operasionalizasaun baprinsipiu orientadór nian. Iha Polítika Ida ne’e, mata dalan badezenvolvimentu desportu ne’ebé iha kualidade mak hanesantuir mai:

· Hametin hahalok étika: Programa no pratika dezenvolvi-mentu desportu hotu-hotu fó importánsia ba hasa’e nohametin valor étika sidadaun nian

· Asesu hanesan ba ema hotu: Fornesimentu atividade noapoiu ba dezenvolvimentu desportu nakloke ba ema hotunia asesu no refleta interese, motivasaun, objetivu, noabilidade diferente ema nian.

· Dezenvolvimentu integradu: Dezenvolvimentu desportutenke halo ho modelu ne’ebé fó importánsia ba interligasaunsektorál, liuliu edukasaun, saúde, turizmu no indústria.

· Bazeia ba dadus no tékniku ne’ebé apropriadu: Dezenvolvi-mentu desportu ba atleta iha programa struturadu nian sira,ne’ebé halo ho intensaun atu lori atleta sai exelente ihakompetisaun iha jogu nivel alto nian, tenke fó importánsiamásimu ba dadus relevante, halo programa ne’ebéadekuadu hodi hatene grau susesu atleta nian iha kadakompetisaun.

· Orientadór ba objetivu: Dezenvolvimentu kualkér tipudesportu presiza halo ho orientasaun atinje objetivu ne’ebédetermina antes. Objetivu hotu-hotu ne’ebé definidu tenkekontribui ba moris di’ak sosiedade nian, produtividade nomos prestasaun.

· Governasaun di’ak: Implementasaun polítika no programadesportu nian presiza halo tuir kritéria sira hosiGovernasaun di’ak no presiza iha sasukat susesu ne’ebéklaru no ho mekanizmu monitoring no avaliasaun Ida ne’ebékredivel, ho intensaun atu hadi’ak, halo invazaun no mospromove akontabilidade públiku.

· Sustentabilidade: Dezenvolvimentu desportu tenke taukonsiderasaun ba kontinuasaun pratika no aprendedesportu ho kombinasaun rekursu estadu, setór privadu,kontribuisaun komunidade, no mos hosi asosiasaundesportu sira.

VII. Benefísiu Dezenvolvimentu Desportu

· Benefísiu social ba desportu haktuir tiha ona iha Lei BazeDesportu nian ne’ebé hatete katak desportu mak nudárespasu hodi espresa identidade nasionál no pasifikasaunKohesaun sosiál. Lei ne’e mos haktuir ninia objetivu baindividuals’ sira ne’ebé pratika desportu liu-liu hodi hetansaúde fíziku, no psikólogu pesoál nian, no mos ba hetanprestasaun iha kompetisaun.

Bainhira planeia sistematikamente desportu kontribui bahamenus hahalok risku iha joven sira nia let, inklui hahalokkrime, violénsia, no hahalok anti sosiál sira seluk. Desportumuda enerjia stress iha joven sira nia let ba enerjia pozitivuno ajuda joven sira aprende kona ba abilidade moris nian.Ba edukasaun, desportu bele sai fatores importante Idahodi hasa’e partisipasaun estudante nian iha eskola,abilidade kognitivu, no hamenus númeru joven ne’ebéhusik hela eskola.

Ba saúde, desportu fó benefísiu bo’ot bainhira sidadaunsira fizikamente ativu. Sidadaun ne’ebé ativu pratikadesportu bele hamenus risku saúde nian ba moras kronikusira, inklui sofre kurasaun, stroke, diabetes, kankru,obesidade, saúde mental no moras sira seluk ne’ebé

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Série I, N.° 32 Página 1498Quarta-Feira, 16 de Agosto de 2017

relasiona ho kondisaun múskulu nian. Partisipasaun ihadesportu mos sei fó benefísiu psikólogu inklui hamenusdepresaun, anxiedade, no mos moras psikólogu siraseluk.

· Benefísiu ekonomia hosi desportu mak bele lokeopurtunidade ba kampu de traballu, fó rendimentu, no moskontribui taxa rendimentu ba estadu. Desportu kontribuiba ema nia saúde no moris di’ak, nune’e indiretamente,bele hamenus gastu estadu nian ba servisu saúde no hasa’eema nia produtividade servisu hodi kontribui ba hadi’akekonomia.

Hamutuk ho benefísiu ekonomia, bainhira dezenvolvimentudesportu kombina didi’ak ho dezenvolvimentu turizmumak iha potensialidade bo’ot hodi hasa’e liután rendimentuekonomia no mos espresaun kultura. Eventu ki’ik, ka bo’othosi jogu desportu Ida, tradisionál ka modernu, bainhiraplaneia ho didi’ak, sei dada interese atleta hosi rai seluk,no mos ema baibain sira ne’ebé hakarak viajen hodipartisipa iha eventu desportu ka mai asiste eventu desportune’ebé hala’o nune’e sei fó benefísiu ekonomia basosiedade.

· Desportu mos fó benefísiu polítika, liuliu hametin sentiduda poténsia ba estadu no kontinuasaun esforsu hodi hariinasaun. Externalmente desportu sai tiha ona espasu atupromove prestíjiu nasionál, no mos promove ideolojiaestadu nian. Desportu sai instrumentu ba diplomasia entreestadu, liuliu bainhira iha envolvementu hosi membruestadu ne’ebé iha hela tensaun polítiku. Iha polítiku,desportu hasa’e kompriensaun mutual no promove dameiha relasaun internasionál nian sira.

VIII. Enkuadramentu polítika no legal sira

· Konvensaun UNESCO kona ba Anti Dopagen nian ne’ebéretifika hosi Parlamentu Nasionál, Fevreiru 2017, moshatudu dalan ba pratika desportu ho integridade.Konvensaun ne’e enkoraja pratika desportu moos nopratika desportu loloos.

· Konvensaun Internasionál kona ba Direitu Labarik nian(UNCRC), ne’ebé Timor-Leste mos retifika ona, hatete kataklabarik sira iha direitu atu deskansa no halimar, no atuinvolve-an iha kualkér halimar Ida ne’ebé apropriadu hosira nia tinan. Iha Konvensaun ne’e mos hatete katak labarikla’ós deit iha direitu ba halimar, sira mos iha direitu atuhetan opurtunidade ba halimar. Nune’e, estadu presiza fókorajen no fornese opurtunidade hanesan no apropriaduatu labarik hotu hetan opurtunidade hanesan ba hala’oatividade kultura, arte, no rekreativu.

· Lei Base ba Desportu, no.1/2010, 21 Abril fo sai definisaunjeral sira kona ba desportu no defini sistema baze desportunian no estabelese kondisaun ba ezersísiu no dezenvolvi-mentu desportu nudár kultura ne’ebé ita presiza tebes baformasaun kompleta husi personalidade ema nian nohametin entidade nasionál iha sosiedade Timor-Leste nian.

· Dekretu lei kona ba Utilidade Publik Desportu, no. 10/

2011, 16 Marsu mak, lei regime utilidade publiku ne’eberegula utilidade publiku desportu ba organizasaundeposrtu sira.

· Dekretu lei kona ba Komisaun Nasionál Desportu, no. 36/2011, 21 Setembru, regula konaba podér, kompozisaun nofunsaun komisaun nasionál do desportu, artigu 16 husi leibaze do desportu, ne’ebé estabelese KND nudár entidadene’ebé oferese administrasaun ba desportu públiku ne’ebémaka ho membru governu ka ministériu tutela ba areadesportu, ezersísiu konaba funsaun supervizaun, arbitrasedesportu, rezolusaun ba disputa administrasaun nodezenvolvimentu desportu.

· Dispasu no. 4/2011 husi Sekretária de Estado Juventudeno Desportu, Regras instrusaun nia prosesu no konsesiestatutu públiku ba utilizasaun desportu.

· Dekretu lei no. 18/2014, 24 Julho, regula konaba klubedesportiva no desportu komunitária, estabeleseposibilidade ba klube desportivu sira atu kria regime jerálklube nian, regula rejistu Assosiasaun desportivu ki’ik atubele dezenvolve ho apropriadu, regula ho apoiu husi estadu.

· Lei Base ba Edukasaun no. 14/2008, 19 Outubru, fó saimos kona ba importánsia ho dezenvolvimentu fíziku, liuliukapasidade motoriku no mos desportivu iha eskola sirahodi promove moris ativu sidadaun nian.

· Polítika Nasionál kona ba Inkluzaun no Promosaun DireituEma ho Defisiénsia, no. 24/2012, 5 Julho 2012, fó sai liñajerais no estratéjia implementasaun odi proteje, promove,no hakonu direitu ema ho defisiénsia nian.

· Deklarasaun hosi 2030 Agenda ba DezenvolvimentuSustentável ka koñesidu liu ho naran ObjetivuDezenvolvimentu Sustentável (ODS). Iha deklarasaun Idane’e fó sai mos katak desportu mak sai nudár atividadene’ebé kria kondisaun ba dezenvolvimentu sustentável liuhosi promove toleránsia, respeitu, kontribui ba hakbiit fetono juventude, no mos kontribui ba hadi’ak saúde,edukasaun no inkluzaun sosiál.

· Polítika Nasionál Juventude ne’ebé aprova tiha ona hosiConselho Ministro, iha 2016, estipula mos intensaun hodipromove saúde no desportu ba joven sira liu hosimekanizmu dezenvolvimentu Ida integradu.

· Charter International Olympic Committee, Internasional-mente Organizasaun Olímpikus Internasionál (IOC)inkorpora direitus umanus iha Charte IOC nian ho focus bapromosaun no protesaun ba direitus umanus ne’ebé saimos nudár Valores institutional IOC nian. UNESCO niniacharter internasionál kona ba Edukasaun Fízika noDesportu deklara katak pratika edukasaun fíziku nodesportu nudár direitu fundamental Ida.

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Quarta-Feira, 16 de Agosto de 2017Série I, N.° 32 Página 1499

IX. Metas no Estratéjia Dezenvolvimentu Desportu

1. Dezenvolvimentu Desportu Edukasional

Edukasaun fízika no desportu mak instrumentu influensia hodihadi’ak saúde fíziku no mental, hametin lasu sosiál, promoveintelektualidade, kultura respeitu, haburas relasaun sosiál,promove solidariedade no toleránsia no permite dezenvolvi-mentu ekonomia. Atividade desportu edukasional ne’e organizanudár meius edukativu, iha eskola, klube, komunidade ka ihafatin públiku sira. Ba labarik sira, desportu edukasional la’ósdeit di’ak ba saúde fíziku no mental maibé mos di’ak hodi hariifundasaun moral no hahalok pro-sosiál iha labarik sira nia le’et.Iha nivel dezenvolvimentu desportu Ida ne’e presiza tebeshetan apoiu hosi lideransa estadu, edukador (treinadór noprofessor/a), inan-aman, organizasaun desportu, nokomunidade hodi garante katak aptidaun fíziku labarik no jovensira nian dezenvolve ho aproximasaun Ida ne’ebé fóimportánsia ba pratika ne’ebé fó haksolok, seguru no kontribuiba dezenvolvimentu saúde fíziku sira nian.

Situasaun atuál dezenvolvimentu nivel edukasaun fízika nodesportu nian hala’o tuir dalan rua. Ida mak liu hosi introdusaunedukasaun fízika no desportu iha eskola sira. Rua, sosializasaunpratika edukasaun fízika no desportu iha komunidade. Partedahuluk nian, governu introduz ona edukasaun fízika iha eskolaformal nian sira, hosi nivel pre-eskolár to’o universitariu, maibéseidauk halo kurikulum apropriadu no ho suporta fasilidade,ekipamentu, no dezenvolvimentu institutional hodi garanteatinjimentu desportu edukasional iha eskola nian sira. Iha partetuir mai, governu mos fó apoiu ba dezenvolvimentu desportuedukasional iha organizasaun desportu balun (Centro FutebólJuvenile, no Eskola Sósiu-Desportiva), maibé dezenvolvimentuiha sentru rua ne’e seidauk sistematiza no la halo ligasaunentre dezenvolvimentu desportu nivel baze ho nivel desportusira seluk. Sosializasaun edukasaun fízika no desportu ihakomunidade seidauk la’o ho di’ak no seidauk halo distinsaunno nivel desportu sira seluk.

Maski Governu halo tiha atividade no inisiativa desportu oin-oin iha nivel desportu edukasional nian, aproximasaun ne’ebédurante ne’e uza, seidauk hatudu jestaun ne’ebé fó atensaunba interligasaun entre nivel desportu ida ba nivel desportu idaseluk. Tanba ne’e mak públiku ladún haree hetan oinsáakontese selesaun ka hili ba atleta ne’ebé atu partisipa ihajogu nasionál ka internasionál, no oinsá prosesu defini no hiliatleta sira ne’ebé iha talentu. Eventu sira ne’ebé liga hodesportu eskolár nian mos seidauk sistematiza no seidauk fóatensaun loloos ba aspetu edukasaun iha organizasaun eventurefere.

Apoiu dezenvolvimentu desportu mos sei foka deit baFederasaun desportu sira, seidauk fó atensaun ba papél grupuka klube sira ne’ebé mak promove pratika desportu ho sira niaesforsu rasik. Sosializasaun desportu to’o oras ne’e daudaunlimita deit ba atividade jinástika nasionál no partisipante barakliu ba atividade jinástika ne’e mai hosi eskola sira. Grupukomunidade nian sira seidauk hola parte ativu iha atividadejinástika. Parte seluk hosi Ida ne’e, atividade fízika no desportune’ebé hala’o ho inisiativa rasik hosi indivíduu ka grupu sosiálbalun seidauk konsidera nudár poténsia hodi dezenvolveliután.

Goal/Metas: Labarik no joven sira iha skill desportu báziku,moris saudavel, iha koñesimentu di’ak, no iha attitude nohahalok di’ak nudár sidadaun, no iha poténsia atu kompeteiha kualkér jogu desportu

Estratéjia:

8. Dezenvolve kurikulum edukasaun fízika no desportu hodisai mata dalan ba professor/a sira hanorin iha eskola hotu-hotu.

9. Estabelese sistema akreditasaun ba kurikulum no manualhanorin hosi klube sira hodi garante katak labarik no jovensira aprende buat ne’ebé los no saida mak sira aprendetulun duni sira nia dezenvolvimentu fíziku no mental, nomos kontribui ba hametin hahalok pro-sosiál ihakomunidade.

10. Eskola no organizasaun desportu sira iha kapasidade(rekursu umanu, fasilidade, jestaun, lideransa) hodiorganiza dezenvolvimentu desportu iha eskola no mos ihaorganizasaun desportu sira.

11. Dezenvolve lejizlasaun ka prosedúr nesesáriu sira hodiproteje partisipasaun labarik no joven sira iha desportunivel báziku nian.

12. Dezenvolve sistema kompetisaun jogu escolar ne’ebé refletaintensaun edukasional, maski presiza promove nafatinkompetividade.

13. Hakbiit instituisaun estadu ne’ebé servisu iha area desportuno instituisaun quasi-governu nian sira ne’ebé tutela badezenvolvimentu desportu atu sira bele iha kapasidade(rekursu umanu, fasilidade, jestaun, lideransa).

14. Promove inklusividade desportu iha fatin hotu-hotu no ihadesportu hotu-hotu

2. Dezenvolvimentu Desportu Tradisionál

Halimar ka jogu tradisionál sira ne’ebé involve movimentu fízikuiha sosiedade Timor-Leste mai hosi atividade produtivu siraka akontese durante atividade produtivu nia laran. Pratikamovimentu fíziku sira hanesan kasa, hafetu, halai taru, sa’enuu, riba malu, halai taru kuda no seluk-seluk tan, mai hosiagrikultór sira, inklui toos nain sira, bibi atan no karau atansira. Atividade desportu tradisionál hirak ne’e belit ho istória,karákter ema, no fatin ida-idak nian iha Timor laran. Dezenvolvedesportu tradisionál la’ós atu halo desportu tradisionál saimodernu, maibé atu promove Valores sosiais hosi pratikadesportu tradisionál tuir sistema desportu ida ne’ebépublikamente ema hotu bele komprende, aprende no pratika.

Situasaun atuál ne’ebé Timor-Leste enfrenta mak seidauk ihadezenvolvimentu ba area desportu tradisionál nian. Sistemaekonomia global ne’ebé oras ne’e la’o daudaun,dezenvolvimentu desportu tradisionál iha importánsia bo’ot.Desportu tradisionál bele lori públiku ba koñese hikas sira niaistória, identidade no Valores kulturais. Ne’e sei tulunkomunidade atu dezenvolve sira nia matenek no kontribui di’akliután ba dezenvolvimentu nasionál.

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Série I, N.° 32 Página 1500Quarta-Feira, 16 de Agosto de 2017

Oras ne’e daudaun, governu seidauk iha informasaun no dadusne’ebé sufisiente no iha matenek apropriadu kona ba saidadeit mak sai nudár identidade, Valores, regra no konteúdu hosikada modalidade desportu tradisionál. Seidauk iha koñesimentunatón oinsá mak atu dezenvolve desportu tradisionál se karikiha ona kompriensaun natón hosi informasaun ka dadus ne’ebéhalibur tiha ona. Maski nune’e, hosi observasaun no istóriane’ebé halibur notavel tebes katak iha halimar tradisionál barakmak involve movimentu fíziku no di’ak ba dezenvolvimentumotorik labarik no joven sira nian.

Goal/Metas: Timor-Leste orgullu no komunidade ida-idak ihafatin hotu-hotu iha Timor-Leste laran tomak orgullu ho sira niaidentidade, proteje riku soin kultura no hametin Valores sosiaismak iha.

Estratéjia:

6. Promove peskiza hodi inventariadu, proteje no dezenvolvesistema hosi kada modalidade desportu tradisionál ne’ebéidentifikadu no sosializa tipu desportu hirak ne’e bakomunidade.

7. Utiliza no ka estabelese mekanizmu interministeriál hodidezenvolve no promove desportu tradisionál Iha nivelNasionál no internasionalmente hodi promove rikezaturizmu sosiál.

8. Harii unidade ida iha Ministériu Desportu no fó kapasitasaunatu sira bele peskiza, dezenvolve no promove desportutradisionál iha nivel nasionál no mos internasionál.

9. Introduz koñesimentu desportu tradisionál iha kurikulumedukasaun fízika no desportu nian, iha nivel edukasaunhotu-hotu no mos klube sira.

10. Organiza kompetisaun nivel munisipiu no mos nasionál bajogu tradisionál sira ne’ebé iha ninia sistema di’ak ona.

3. Dezenvolvimentu desportu komunitária no rekreativu

Desportu rekreativu mak atividade desportu ne’ebé hala’obainhira ema iha tempu livre ka iha tempu ne’ebé ema livre onahosi ninia servisu ka atividade rotina. Natureza hosi atividadedesportu rekreativu mak voluntariadade hodi hala’o atividadeno hetan satisfasaun. Karakterístiku báziku ba desporturekreativu nian mak fleksibilidade ba pratika, tuir interese,abilidade no nesesidade, bele rotina no serious, no halo hokompletamente voluntáriu. Tipu desportu ne’e dala barak liupromove hosi komunidade, ka klube ki’ik sira iha komunidadeho intensaun ba fó haksolok, kontribui ba saúde no moshametin Kohesaun sosiál.

Desportu rekreativu nian ne’e inklui la’o ain, dansa ka halai ihaparke, tasi ninin, mota, ka sae foho, sae bisikleta, no ezersísiufíziku iha sentru fitness, nanin iha tasi ka kolan, halimarvolleyball iha tasi ibun, kampu komunidade nian, futeból ihatasi ibun ka kompete iha eventu ruma ligadu ho desporturekreativu nian ka eventu sira ne’ebé iha similiariade. Atividadehirak ne’e, halo ho esforsu voluntarismu ho gastu ne’ebé makki’ik, maibé presiza fasilidade adekuadu no seguru, infrastrutura

ne’ebé iha kualidade, partisipasaun komunidade, no jestaunne’ebé di’ak ba fasilidade sira.

Situasaun atuál Timor-Leste nian hatudu hela katak númerupopulasaun Timor-Leste nian aumenta ba beibeik, taxapopulasaun barak liu mak hela iha area rurais, ho populasaunurbanu nian bo’ot liu mak iha Dili. Hosi númeru populasaunne’e, barak liu mak ho idade joven no labarik. Maski nune’enúmeru ema mak tama ba idade katuas no ferik mos aumentaba beibeik. Kreximentu populasaun ne’e fó presaun bautilizasaun rekursu inklui mos espasu no fasilidade sira. Ita niaparke, tasi ibun, foho lolon, mota sira, no ai-laran sira, fatinistóriku sira hamutuk ho sira nia rute la’o nian, seidaukdezenvolve ho didi’ak ba objetivu desportu rekreativu no mosba interese turizmu. Kompriensaun situasaun demografia nomos modu de vida hosi ema Timor-Leste nian sai nudárkonsiderasaun ba dezenvolvimentu desportu rekreativu.

Oras ne’e daudaun notadu ona katak iha ona moras oin-oinne’ebé fó impaktu ba ema nia saúde tanba hahán, no mostanba atividade hirak ne’ebé involve tuur deit mak barak.Ekonomia ita nian mos sei depende deit ba rendimentu minaho gas. Tan ne’e dezenvolvimentu ekonomia produtivu non-oil nian sira presiza teb-tebes atu promove, inkluidezenvolvimentu desportu turizmu. Investimentu iha setórdesportu rekreativu ne’ebé iha ligasaun ho turizmu bele sainudár esforsu hodi atrai visitantes hosi rai li’ur mai Timor-Leste. Rendimentu ekonomia ba atividade desportu Ida ne’ebele hetan liu hosi hotelaria, restaurante, no mos hosi fa’anprodutu lokál sira seluk.

Goal/Metas: Sidadaun Timor-Leste partisipa ativu iha atividadedesportu rekreativu, hetan saúde di’ak, hatene kona ba sirania meioambiente, no mos promove interasaun kultura noistória.

Estratéjia:

8. Dezenvolve parseria Estratéjiku ho setór privadu hodi hariino halo manutensaun ba fasilidade desportu rekreativunian sira

9. Harii no halo manutensaun ba infrastrutura báziku badesportu rekreativu nian iha espasu nakloke sira, inklui ihatasi ibun, foho ninin no foho leten, mota ninin, kolan, nomos iha parke sira.

10. Dezenvolve lejizlasaun apropriadu hodi garante asesuhanesan ba ema hotu, kuidadu meiu-ambiente, atendimentupúbliku, no mos seguransa durante pratika desporturekreativu.

11. Estabelese unidade espesífiku ida hodi halo jestaun bafasilidade desportu rekreativu nian no kontinua halomanutensaun ba fasilidade sira no mos fó apoiu bapratikantes desportu nian.

12. Enkoraja no promove partisipasaun estudante iha desporturekreativu, la’ós ho motivasaun ba saúde deit, maibé mosatu aprende kona ba meioambiente no mos istória.

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13. Promove inisiativa komunidade hodi dezenvolve fasilidadeba desportu rekreativu no turistiku nian.

14. Promove desportu rekreativu nudár meius hodi halopromosaun ba potensialidade turizmu no mos identidadekulturál Timor-Leste nian.

4. Dezenvolvimentu Desportu Alta Kompetisaun

Desportu alto kompetisaun mak desportu kompetitivu ne’ebédomina ho hakarak Ida atu demonstra kbiit fíziku, hatudu saidamak di’ak liu iha atleta Ida nia-an, ka manán iha kompetisaunIda, nudár individual ka ekipa. Maski nune’e la’ós ema hotune’ebé involve iha desportu kompetitivu hakarak deit mak bukamanán ka atu kompete. Balun mos hakarak hetan saúde di’ak,iha aptidaun fíziku, hetan status sosiál no mos atu hetanempregu professional.

Atleta sira ne’ebé hakat tama ba nivel desportu kompetitivune’e presiza hetan treinamentu ne’ebé espesializadu tuirrekerimentu modalidade ida-idak nian ho sasukat ida mak klaru.Atleta ida bele ona tama ba kompetisaun ida tanba hakat liuona bareira preparasaun fíziku, mental, psikólogu, no saiexelente ona iha modalidade desportu ne’ebé nia pratika,bainhira kompara ho ninia kolega sira seluk.

Iha nivel desportu kompetitivu ne’e, atleta ne’ebé hatudu kataksira iha poténsia no iha talentu duni mak hakat ba kompetisaun.Iha nivel dezenvolvimentu desportu ida ne’e presizatreinamentu ne’ebé espesializadu, fasilidade adekuadu, no hoservisu apoiu ida ne’ebé di’ak ba atleta. Ba treinadór, iha niveltreinamentu hodi kompete no oinsá manán iha kompetisaunida mak sai nudár motivasaun forte liu iha treinamentu ida.Treinadór la’ós deit presiza hatene tékniku no táktika sira, maibémos hatene atu fó motivasaun, prevene injuria, antes kompeteno depois de kompetisaun, no fó apoiu mental ba atleta.

Programasaun ba desportu kompetitivu ne’e, foka liu ba fasilitaatleta atu duni tuir objetivu kompetisaun no atinje rezultaduaas liu iha tempu kompetisaun. Iha programasaun ba altokompetisaun nian hala’o tuir prosedimentu ruma, regula horegulamentu espesífiku, no mos halo tuir kódigu kondutane’ebé organizasaun ka komisaun própriu ida estabelese bapreparasaun atleta nian. Espasu ne’ebé dala barak uza ba halodezenvolvimentu desportu alto nivel nian mak iha Federasaundesportu sira, iha Sentru Treinamentu ne’ebé designadu nojestaun ba dezenvolvimentu desportu alto nivel nian ne’ebéhalo hamutuk ka liu hosi kolaborasaun entre Federasaun sira,organizasaun desportu ne’ebé iha nivel aas liu, akademia, nomos organizasaun estadu mak tutela ba dezenvolvimentudesportu.

Situasaun atuál ba dezenvolvimentu desportu altokompetisaun iha tinan 17 ikus foka liu ba kompetisaun la’ósoinsá prepara atleta ho didi’ak hodi ba tuir kompetisaun. Ihaduni servisu preparasaun maibé servisu hirak ne’e sei hala’ohela tuir kondisaun mínimu ne’ebé eziste, inklui limitasaun barekursu umanu, insentivu, fasilidade, ekipamentu, no prosedúrsira ne’ebé presiza. Seidauk estabelese mekanizmu hodi halopreparasaun to’o ba kompetisaun no depois de kompetisaun.

Koñesimentu treinadór sira sei limita deit ba hanorin atleta atupratika desportu. To’o oras ne’e, Timor-Leste seidauk iha emane’ebé iha matenek kona ba psikólogu desportu, ezersísiufisiolojia, nutrisaun desportu, doutór espesialista ba desportu,no la iha phisioterapista. Porsaun atleta ne’ebé oras ne’epartisipa iha pratika desportu 50% resin (hosi total atleta rejistubesik 10,000), maibé treinadór sira ladún iha koñesimentu konaba oinsá servisu ho labarik ka hanorin labarik iha pratikadesportu nian. Barak liu mak hanorin la uza manual hanorinnian hodi sai referénsia, no la iha avaliasaun hodi buka hatenekatak saida durante ne’e hanorin ona di’ak ka ladi’ak ba saúde,fíziku, karákter ka dezenvolvimentu psikólogu ema nian.

Kapasidade treinadór hodi halo preparasaun ba atleta hodi batuir kompetisaun kontinua hatudu dezafiu. Treinadór barakmak seidauk hatene ho didi’ak kona ba periodizasaun ihatreinamentu ida. Barak mak seidauk hatene saida mak presizaintroduz iha treinamentu nivel báziku nian, nivel treinamentustruturadu no mos nivel ne’ebé atu lori sira ba tuir kompetisaunida. Treinadór sira seidauk fó formasaun ne’ebé di’ak atu labariksira la’ós deit atu hatene kona ba moris saudavel no iha fízikudi’ak, maibé mos introduz ona abilidade tékniku no táktika,dieta, ezersísiu pre-kompetisaun no pos-kompetisaun, no mospreparasaun psikólogu. Nivel seluk ida ne’ebé mak konsiderasei falta mos mak treinamentu kona ba oinsá treina atu belemanán iha kompetisaun ida. Situasaun seluk ida mak treinadórbarak mak seidauk iha koñesimentu siénsia desportu no seidaukhatene programasaun ne’ebé di’ak ho prepara atleta hodi tuirkompetisaun no mos oinsá mak atu manán iha kompetisaunnia laran.

Oras ne’e daudaun seidauk iha sistema kompetisaun no mosKalendarizasaun hosi nivel kompetisaun ida ba nivelkompetisaun seluk iha tempu hanesan tetu mos partisipasaunatleta iha nivel kompetisaun ida-idak. Presiza nota katakkompetisaun ne’e la’ós kona ba halo eventu deit maibé integraho prosesu dezenvolvimentu atleta ba tempu naruk nian.Suplementu eventu hirak ne’ebé organiza la’ós orienta bahanoin hodi prepara atleta ba tempu naruk.

Fasilidade no ekipamentu ba treinamentu regular no mos bahalo preparasaun hodi tuir kompetisaun mos kontinua sai nudárobstákulu. Seidauk iha sentru treinamentu ne’ebé bele fasilitaprosesu preparasaun centralizadu ba atleta sira ne’ebé atu tuirkompetisaun. Nune’e, kada modalidade desportu halo sira niapreparasaun rasik tuir kondisaun mínimu mak sira iha. Situasaunida ne’e hamosu dezafiu ba jestaun, kontrolu, efetividade nomos efisiénsia iha utilizasaun rekursu.

Goal/metas: Atleta sai exelente no tama iha klase jogu nasionálno internasionál liu hosi formasaun sistematiza, ho apoiurekursu umanu, fasilidade, no ekipamentu ne’ebé adekuadu.

Estratéjia:

11. Estabelese Instituisaun Nasionál Desportu hodi hasa’ekapasidade jestaun, koñesimentu, no matenek kona basiénsia no teknolojia desportu

.12. Dezenvolve mekanizmu hodi bele apropriadu lukru hosi

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Jornal da República

Série I, N.° 32 Página 1502Quarta-Feira, 16 de Agosto de 2017

lotaria no jogus taru osan legal sira, liu hosi lejizlasaunapropriadu no ho sistema jestaun ida di’ak, hodi kontribuiba dezenvolvimentu atleta alto kompetisaun nian

13. Dezenvolve sistema struturadu ida hodi identifika atletatalentu no kontinua fó formasaun liu hosi sistema referehodi prepara atleta atu bele sai exelente iha kompetisaunnasionál no mos internasionál.

14. Dezenvolve enkuadramentu avaliasaun hodi avaliatreinamentu hirak ne’e fó ba atleta sira, hodi buka hateneoinsá treinamentu ne’ebé fó kontribui duni ba dezenvolvi-mentu saúde fíziku, no dezenvolvimentu psikólogu kakarákter di’ak ema nian.

15. Sistema kompetisaun nivel nasionál nian sira, ho niniakategoria kompetisaun sira dezenvolve ho sistematiza hofó konsiderasaun ba dezenvolvimentu atleta ba tempunaruk.

16. Eventu kompetisaun sira organiza ho ideas inovativu, hodifó konsiderasaun ba interligasaun entre espíritu manán,sportividade, edukativu, iha tempu hanesan kontribui badezenvolvimentu ekonomia.

17. Dezenvolvimentu atleta hodi sai exelente no hodi bakompete iha eventu internasionál liu hosi estabelesesistema dezenvolvimentu atleta kompetitivu Ida.

18. Hadi’ak no hasa’e kapasidade treinadór hodi nune’etreinadór bele halo preparasaun di’ak liután ba atleta liuhosi fornesimentu apoiu komprensivu, inkluidezenvolvimentu siénsia desportivu.

19. Fasilita no apoiu kapasitasaun ba arbitu sira hodi nune’esira hatene lidera jogu ho moos no tuir regra jogu ne’ebémak sira hola parte ba.

20. Rekoñese ba atinjimentu atleta no treinadór nian ihamodalidade desportu hotu-hotu, iha kompetisaun nasionálno mos internasionál liu hosi estabelesimentu sistemarekoñesimentu.

4. Dezenvolvimentu Desportu ba Ema ho Defisiénsia

Defisiénsia mak kondisaun fíziku no mental ne’ebé limita emaida nia movimentu, sensu ka atividade. Termu ida ne’e uzahodi refere ba ema hirak ne’ebé ho kondisaun grave tebeshodi prevene sira atu partisipa regulármente atividade loron-loron nian. Hirak ne’ebé tama kategoria nudár ema hodefisiénsia mak ema hirak ne’ebé iha defisiénsia fíziku ba tempunaruk, mental, intelektual, no diminuisaun sensorial ne’ebé belelimite sira nia partisipasaun efetivu iha sosiedade. Disabilidadene’e bele permanente, temporáriu ka episodika. Bele akontesekedas bainhira ema ida moris ka akontese iha tempu selukbainhira liu hosi dezastre ka moras ruma.

Ema hirak ne’ebé ho defisiénsia dala barak hasorudiskriminasaun iha sira nia moris. Hahú kedas hosi família rasikdepois hosi ema seluk iha sosiedade. Diskriminasaun la’óshalo ba ema ne’ebé sofre defisiénsia maibé mos halo ba família

hosi ema ho defisiénsia nian. Kustu exkluzaun no diskrimina-saun ne’e bo’ot tebes no dala barak halo ema ho defisiénsialakon opurtunidade atu partisipa iha sosiedade, no halo siralabele hatudu sira nia poténsia no fó kontribuisaun basosiedade. Bainhira ne’e akontese lakuna relasaun morissolidariedade lakon no eksklusivizmu sai bo’ot ba beibeik.

Dezenvolvimentu desportu ba ema ho defisiénsia mak dalandi’ak hodi promove inkluzaun, hasa’e valor toleránsia nohalakon diskriminasaun. Desportu bele hadi’ak moris di’ak emaho defisiénsia nian, liu hosi dalan rua, muda sosiedade niahanoin kona ema ho defisiénsia no muda ema ho defisiénsiania hanoin kona ba sira nia an-rasik. Ida dala uluk temi ne’e atuhamenus diskriminasaun, Ida temi tuir fali ne’e atu hakbiit norekoñese sira nia poténsia.

Desportu bele muda resepsaun sosiedade nian, hosi haree baema nia fiabilidade, muda sira nia hanoin hodi haree ba ema niaabilidade. Bainhira la iha esforsu hodi hatudu katakdezenvolvimentu desportu ne’e ba ema hotu, mak desportusei sai deit espasu hodi haburas liután hahalok diskriminasaun.Dezenvolvimentu desportu Ida ne’ebé fó atensaun ba emahotu nia partisipasaun, bainhira kombina ho komunikasaundi’ak, koñesimentu, abilidade no sentimentu solidariedade, ne’ebele halo desportu sai nudár instrumentu hodi halotranformasaun sosiál, liu hosi haburas abilidade sosiál no fízikuno mos relasaun pozitivu.

Situasaun atuál kona ba partisipasaun ema ho defisiénsia nianiha desportu sai preokupasaun tebes tanba maski sira ihapopulasaun barak maibé la’ós hotu-hotu iha asesu ba pratikadesportu. Tuir dadus sensu 2015, total ema ho defisiénsia ihaTimor-Leste mak 38 Mil resin (númeru ne’e menus 10,000 resinbainhira kompara ho Sensu 2010). Populasaun ema hodefisiénsia espalla iha territóriu Timor-Leste laran tomak, hotipu defisiénsia oin-oin. Iha survey ne’ebé hala’o hosi ADTLhatudu katak 30% ema ho defisiénsia la asesu ba vida públiku,25% kontinua hasoru dezafiu hodi asesu ba servisu saúdenian, 46% nunka atende eskola (Relatóriu Survey ADTL hosiMunisipiu 4, 2013).

Oras ne’e daudaun governu, liu hosi ministériu relevante fóona apoiu organizational no mos asisténsia sosiál ba ema hodefisiénsia sira. Organizasaun ba ema ho defisiénsia nian,hanesan Assosiasaun ba Ema ho Defisiénsia (ADTL) mos haloservisu oin-oin hodi fó tulun ba organizasaun ema hodefisiénsia nian hodi fornese di’ak liután servisu (pelayannan)ba ema ho defisiénsia sira. Organizasaun desportu ba ema hodefisiénsia mos estabelese tiha ona hodi organiza no mobilizapratika desportu ba ema ho defisiénsia sira. Iha nivel aas liu,liu hosi Komité Para’olimpiku no Komité Espesiál Olímpikusorganiza mos atividade hodi hametin pratika desportu ba emaho defisiénsia sira. Atleta defisiénsia sira partisipa tiha ona ihajogu nivel internasionál nian sira hatudu prestasaun di’ak. Ihaloron bo’ot sira, organizasaun sira ne’ebé mak servisu ba emaho defisiénsia, sira hamutuk organiza atividade desportu hodiselebra loron bo’ot. Maibé la iha kontinuasaun desportu hafoinselebrasaun loron bo’ot sira ne’e.

Maski nune’e, sira sei kontinua hasoru difikuldade en termusekipamentu ne’ebé relevante ho sira nia kondisaun defisiénsiano mos asesu ba fasilidade desportu ne’ebé iha ona, iha Dili ka

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Quarta-Feira, 16 de Agosto de 2017Série I, N.° 32 Página 1503

iha munisipiu ka postu administrativu, hodi ejerse sira niadireitu ba halimar ka pratika desportu. Jerálmentedezenvolvimentu infrastrutura mos seidauk tau konsiderasaunba ezisténsia ema ho defisiénsia, atu nune’e fasilita sira niaasesu ba fasilidade desportu mak iha. Ne’e sai tiha bareirafíziku (asesibilidade ambientál), ba ema ho defisiénsia hirakne’ebé hakarak pratika desportu. Sira mos sei kontinua hasorubareira institutional, tanba programa, regulamentu no prosedúrsira ne’ebé loloos bele tulun sira hodi pratika desportu seidauktau sira nudár parte integradu ba dezenvolvimentu desportunian. Seidauk iha sistema ne’ebé dezenvolve hodi fasilitadezenvolvimentu desportu ba ema ho defisiénsia.

Goal/Metas: Ema ho defisiénsia iha asesu ba fasilidade, hetanservisu (pelayanan) ba dezenvolvimentu desportu nian, nomos partisipa ho di’ak iha opurtunidade dezenvolvimentudesportu sira hotu.

Estratéjia:

6. Bainhira deit mak iha dezeña planu fasilidade desportu nomos konstrusaun ba fasilidade desportu nian sira, presizatau konsiderasaun ba asesibilidade fíziku ema ho defisiénsianian.

7. Asegura partisipasaun ema ho defisiénsia iha eventudesportu nasionál no internasionál nian sira liu hosifinansiamentu regular hosi estadu.

8. Rekoñese atinjimentu atleta defisiénsia nian iha modalidadedesportu hotu-hotu, iha kompetisaun nasionál no mosinternasionál liu hosi estabelesimentu sistemarekoñesimentu.

9. Enkoraja implementasaun polítika inkluzaun no igualdadehodi promove partisipasaun ema ho defisiénsia iha pratikadezenvolvimentu desportu iha nivel hotu-hotu

10. Hadi’ak no hasa’e kapasidade treinadór no arbitrajen baema ho defisiénsia hodi nune’e treinadór sira bele halopreparasaun di’ak liután ba atleta liu hosi fornesimentuapoiu komprensivu ba ema ho defisiénsia.

5. Desportu ba Dezenvolvimentu

Definisaun jerál ba desportu mak atu fó saúde di’ak (fíziku nomental), no haburas interasaun sosiál. Maibé bele konsideramos katak Valores importante sira hosi desportu kompativelho kondisaun sira ne’ebé bele halo dezenvolvimentu sai di’akliután. Valores desportu nian ne’ebé iha relasaun hointegridade, fair-play, kooperasaun, jogu ekipa no respeitu sainudár abilidade moris ema nian ne’ebé bele uza hodi hadi’akmoris komunidade nian.

Desportu la’ós atu lori deit indivíduu/ekipa ida ba hetanprestasaun maibé mos atu hametin relasaun entre ema ihasosiedade. Desportu dezenvolve relasaun entre ema ihakomunidade, haburas ligasaun, no hakiak sensu nudárkomunidade. Indivíduu sira ne’ebé badinas pratika desportu

halo ema hetan saúde di’ak, nune’e ema bele hetan moris narukno mos produtivu liután. Pratika desportu lori joven sira seshosi hahalok ne’ebé fó risku ba sira nia an, inklui droga, HIV/SIDA no moras hada’et sira seluk.

Situasaun atuál relasiona ho desportu ba dezenvolvimentune’ebé durante ne’e hala’o, hatudu ona susesu lubuk ida, maibémos ho ninia dezafiu. SEJD iha tiha ona esperiénsia oinsá fóapoiu atividade, eventu no inisiativa desportu sira ne’ebéhala’o ho intensaun atu hametin dame, haburas relasaun entreparte sira iha Konflitu, no mos atu estipula esforsu komunidadenian ba moris di’ak. Atividade intensivu ba promove damenian hahú kedas hosi 2006 – 2009, liu hosi atividade desportunivel komunitária sira ne’ebé halo ho intensaun atu kriasituasaun hakmatek iha komunidade. Durante tempu krizipolítiku, SEJD fó apoiu ba organizasaun juventude, Conselhode Suku, no Federasaun nasionál sira hodi organiza atividadedesportu ho intensaun atu kria hakmatek iha komunidade nialet. Rekoñese katak instrumentu ida ne’e sei kontinua relevantehodi promove desportu, promove dame no hametin Kohesaunsosiál.

Maski nune’e, kontribuisaun desportu ba dezenvolvimentu lalimite deit hodi responde ba situasaun negative sira, maibédesportu ba dezenvolvimentu sai nudár instrumentu hodi lorimudansa ba indivíduu, sosiedade no nasaun nia vida. Tandesportu bele kontribui ba saúde no abilidade fíziku sidadaunnian, kontribui ba hasa’e partisipasaun estudante nian ihaeskola, hasa’e produtividade sidadaun nian, aumentaopurtunidade empregu, no mos hamenus hahalok anti sosiálnian sira.

Goal/Metas: Sidadaun ativu no saudavel hodi kontribui badezenvolvimentu no hametin dame iha komunidade

Estratéjia:

6. Liu hosi estudu no avaliasaun sistematiza ba situasaunkomunidade nian, dezenvolve asaun prevene violénsiaentre juventude iha komunidade nia let liu hosi promoveatividade desportu edukasional.

7. Promove joven atleta ne’ebé iha hahalok di’ak no ihaprestasaun hodi sai joven ezemplár ba komunidade.

8. Fornese atividade desportu hodi promove hahalok sívikaiha komunidade nia let.

9. Integra desportu iha inisiativa dezenvolvimentu komuni-dade nian sira hodi garante Sustentabilidade inisiativane’ebé hala’o.

10. Dezenvolve komunidade atu iha kostume moris saudavel,iha abilidade fíziku, no partisipa ativu iha inisiativavoluntáriu sira

X. Enkuadramentu Implementasaun Polítika

Atu Polítika Nasionál Dezenvolvimentu Desportu bele

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Série I, N.° 32 Página 1504Quarta-Feira, 16 de Agosto de 2017

implementa ho efetivu liu, presiza tebes determina mekanizmuinstitutional hodi dudu no apoiu implementasaun polítika idane’e. Implementasaun polítika ida ne’e presiza garante katakstakeholder hotu ne’ebé iha papél importante badezenvolvimentu desportu bele partisipa ho di’ak hodi nune’epolítika ne’e bele fó duni impaktu positive ba sosiedade niamoris.

Susesu implementasaun polítika ida ne’e depende tebes baministériu relevante sira ne’ebé hala’o papél interligadu badezenvolvimentu desportu, edukasaun, saúde, ekonomia nopolítika. Tan ne’e papél ministériu relevante sira, hanesanministériu ne’ebé tutela ba dezenvolvimentu juventude nodesportu, ministériu edukasaun, turizmu no kultura, no mosinvestimentu Estratéjiku, importante tebes hodi garante polítikaida ne’e ho ninia estratéjia sira implementa duni hodi atinjesaúde di’ak, prestasaun, promove identidade kulturál no mosba hasa’e produtividade ema nian. Ministériu sira ne’ebé hala’opapél importante mak temi tiha ona, bele halo esforsu, liu hosiservisu hamutuk ho entidade setór privadu no mosorganizasaun desportu nian sira mak eziste, inklui KomitéOlímpikus sira, Konfederasaun Desportu, Federasaun sira,Assosiasaun no klube sira, no mos eskola sira hodi implementapolítika ida ne’e.

2. Orgaun Governu Titula ba iha Area Desportu

Orgaun Governu ne’be títula ba iha area Desportu tantoMinistériu desportu ka ninia equivalensia mak sei hatudu dalanka nudár lider ba implementasaun polítika Ida ne’e. OrgaunEstadu/ Goevrnu ne’e sei responsabiliza no koordena ho niniastakeholder sira, no hala’o mos papél importante hodi mobilizarekursu hodi estabelese mekanizmu nesesáriu sira hodiimplementa Polítika Nasionál Desportu Ida ne’e. Papélimportante hosi órgaun desportu mak identifika tuir mai tauiha ligasaun servisu ho ministériu relevante seluk:

· Sai nudár mata dalan ba implementasaun polítika ida ne’e.

· Koordena ho ministériu edukasaun hodi fasilita dezenvolvi-mentu edukasaun fízika desportu iha nivel eskola hotu-hotu.

· Promove identidade nasionál no kulturál liu hosi apoiupartisipasaun Timor-Leste nian iha eventu internasionálsira ne’ebé iha ligasaun ho desportu

· Enkoraja no promove partisipasaun ema hotu-hotu nian ihapratika desportu.

· Servisu hamutuk ho organizasaun relevante sira, iha nivelgovernu, setór privadu no sosiedade sivíl hodi kuidadufasilidade desportu rekreativu no mos fasilidade desportusira seluk.

· Koordena, halo avaliasaun no monitorizasaun ba efetividadeno kualidade servisu hosi organizasaun implementador baatividade desportu sira ne’ebé finansia hosi orsamentuestadu nian, ka implementa liu hosi kolaborasaun ho órgaungovernu nian.

· Servisu besik ho autoridade munisipiu nian sira, inkluiRAEOA hodi garante katak ema hotu-hotu ativu pratikadesportu no hatene kuidadu ba fasilidade desportu makinstala besik iha sira nia fatin.

· Hamutuk ho ministériu relevante sira seluk, fó apoiukapasitasaun ba organizasaun desportu sira hodi belekontinua upgrade sira nia koñesimentu ba dezenvolvimentudesportu atu nune’e bele atinje rezultadu ne’ebé hakarak.

· Servisu besik ho Ministériu Edukasaun hodi fornesefasilidade báziku ba dezenvolvimentu desportu iha eskolahotu-hotu, inklui ekipamentu pratika desportu.

· Servisu besik ho Ministériu saúde hodi garante segurusaúde ba atleta no pratikante desportu sira.

· Involve ministériu saúde iha dezenvolvimentu atleta bakompetisaun nian hodi nune’e bele garante katak saúdeatleta nian di’ak nafatin antes kompetisaun no mos depoisde kompetisaun.

· Servisu hamutuk ho Konfederasaun Desportu no komitéOlímpikus sira hodi integra edukasaun saúde no anti-doping iha pratika desportu hotu-hotu.

· Servisu besik ho Ministériu Turizmu hodi dezenvolveprograma desportu sira ne’ebé ligadu ho turizmu nian, inkluidesportu rekreativu no mos alto kompetisaun nian.

2. Komité Olímpikus Nasionál sira

Fundamentu prinsipál hosi Charter Olympic nian hatuurdesportu la’ós nudár pratika esklusivu deit maibé atu kria mosintegrasaun ida di’ak entre desportu, kultura no edukasaun nokria espasu atu ema haksolok ho sira nia esforsu, iharesponsabilidade sosiál no respeitu prinsipiu étika universalsira. Komité Nasionál Olímpikus sira mos iha responsabilidadeatu promove sosiedade ida dame liu hosi preserve dignidadeumanu no fó korajen ba ema hotu atu pratika desportu sein ihadiskriminasaun. Iha implementasaun polítika ida ida ne’e, nudárentidade nasionál ne’ebé iha mandatu espesífiku hodi Fomentamovimentu olimpizmu, Komité Olímpikus sira iha papélimportante atu:

· Responsabiliza ba dezenvolvimentu desportu iha nivelhotu-hotu no fó tulun ba dezenvolvimentu atleta iha nivelinternasionál nian

· Koordena atividade hotu-hotu ne’ebé ligadu ho joguolímpikus nian ho organizasaun desportu sira hodi planu,kapasita, Monitórizaun no avalia partisipasaun Timor-Lesteiha kompetisaun nivel internasionál nian sira.

· Servisu hamutuk ho governu hodi implementa programasira ne’ebé relasiona ho dezenvolvimentu kapasidade baatleta, treinadór no arbitu iha nivel hotu-hotu bainhiraposivel.

· Monitórizaun dezenvolvimentu global kona ba lansamentudesportu olímpikus nian hodi fó kontribuisaun ba

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Quarta-Feira, 16 de Agosto de 2017Série I, N.° 32 Página 1505

dezenvolvimentu desportu nasionál no hasa’epotensialidade atleta nasionál nian.

· Promove valor movimentu olimpizmu iha sosiedade inkluiiha estudante sira nia let, atu sira hatene oinsá morissaudavel, iha fíziku di’ak, iha integridade nudár atleta,treinadór ka ofisiais

· Hala’o servisu reprezentasaun ba Timor-Leste ho dignu ihaeventu no kooperasaun internasionál sira, no la sakrifiikainterese no moral nasaun nian ba interese organizasaunnian ka interese privadu.

3. Organizasaun Nasionál Desportu sira

Lei Base Desportu konsidera organizasaun desportu nasionálsira hamutuk iha movimentu desportu nian. Lei ne’e nia espírituhakarak atu fó korajen ba organizasaun desportu nasionál siraatu promove no dezenvolve desportu, la’ós deit ba hadi’aksaúde, maibé mos atu promove identidade nasionál noprestasaun. Iha polítika ida ne’e, organizasaun nasionáldesportu sira iha papél importante atu:

· Koordena ho ministériu relevante ne’ebé involve iha servisudezenvolvimentu desportu hodi garante katak asaunEstratéjiku sira relasiona ho atividade dezenvolvimentudesportu tenke tuir esforsu sira ne’ebé estabelese ona ihaPolítika Nasionál Dezenvolvimentu Desportu nia laran.

· Halo esforsu oin-oin hodi hasa’e kapasidade rekursu umanudesportu Timor-Leste nian hodi atinje ninia Sustentabili-dade liu hosi envolvimentu ativu setór privadu sira.

· Kontinua halo mudansa positive ba dezempeñamentuorganizasaun, inklui boa Governasaun, hodi bele respondeba mudansa dezenvolvimentu desportu ne’ebé akonteseglobalmente no sai nudár organizasaun ne’ebé exelentehodi promove desportu ne’ebé nia pratika.

· Kontinua mantén rejistu ho regulármente progresu no dezafiusira ne’ebé atleta, treinadór no arbitu sira hasoru iha sistemadadus ida ne’ebé kredivel bele responsabiliza publikamente.

4. Setór Privadu

Setór privadu nia envolvimentu iha dezenvolvimentu desportuhahú buras daudaun. Kompañia bisnis sira hahú haree katakdesportu bele sai meius hodi promove sira nia produtu nohasa’e benefísiu ekonomia. Merkadu desportu iha Timor-Lesteoras ne’e daudaun favoravel natón, no governu sei halo esforsuhodi kontinua involve setór privadu iha misaundezenvolvimentu desportu. Iha implementasaun polítika idane’e, setór privadu ninia papél importante tebes hodi dududezenvolvimentu desportu sai sustentável liu hosi:

· Servisu hamutuk ho governu hodi buka hatene opurtunidadedezenvolvimentu desportu ne’ebé bele fó opurtunidadeba dezenvolvimentu turizmu no mos fó benefísiu ekonomia.

· Hamutuk ho governu halo esforsu hodi organiza eventuinternasionál sira hodi promove desportu no turizmu hodinune’e bele fó mos opurtunidade ba dezenvolvimentuekonomia desportu nian.

· Halo esforsu kolaborativu entre setór bisnis sira hodi fósuporta ba dezenvolvimentu atleta potensiál sira.

· Servisu hamutuk ho governu hodi konstrui fasilidadedesportu sira ne’ebé importánsia ba dezenvolvimentudesportu no iha tempu hanesan bele loke opurtunidade baatividade hirak ne’ebé fó rendimentu ekonomia ba tempunaruk.

5. Sosiedade civil

Organizasaun non-governamentál sira (ONGs) no mosorganizasaun sosiedade civil sira seluk ne’ebé hala’o sira niaknar atu promove partisipasaun sidadaun, halakondiskriminasaun, no mos hametin dezenvolvimentu nasaun niansei hala’o papél importante iha implementasaun polítika idane’e. Sosiedade civil nia papél, atu halo ligasaun entre públikuho instituisaun estadu no mos organizasaun desportu sira.Tan ne’e sira iha papél importante atu:

· Tau matan no hatudu dalan bainhira implementasaun polítikaida ne’e la’o ses hosi objetivu estadu nian, nudár haktuirona iha Konstituisaun RDTL.

· Monitórizaun no halo avaliasaun ba implementasaun po-lítika ida ne’e hodi kontribui ba hadi’ak sistemadezenvolvimentu desportu.

· Organizasaun sosiedade sivil sira mos bele partisipa hodelibera programa desportu komunitária no rekreativu sirane’ebé halo ho intensaun atu hametin dame nodezenvolvimentu iha komunidade.

XI. Monitoring no Avaliasaun

Natureza hosi dezenvolvimentu desportu ezizi kontinuasaunmonitoring no avaliasaun hosi parte internal ministériu ka niniaequivalensia, ne’ebé tutela ba dezenvolvimentu desportu, nomos parte external hodi garante katak dezenvolvimentudesportu serve duni objetivu ne’ebé estabelese iha polítikaida ne’e. Maibé iha desportu, monitorizasaun ba progresuservisu dala ruma depende tebes ba atividade desportu makhala’o, tanba durasaun no mos nivel impaktu. Monitorizasaunbalun presiza halo regulármente hodi koriji kedas saida mak sainudár dezafiu hodi nune’e bele hadi’ak.

Avaliasaun polítika ne’e bele halo iha meadu periodu hosiimplementasaun polítika ida ne’e. Avaliasaun Ida ne’e hodihatene fatores sira ne’ebé kontribui ba susesu implementasaunka dezafiu implementasaun polítika. Avaliasaun periodu ikusliu hosi implementasaun polítika presiza halo hodi sukatatinjimentu ne’ebé akontese ona durante tempuimplementasaun polítika no ninia impaktu ba sosiedade niamoris.

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Série I, N.° 32 Página 1506Quarta-Feira, 16 de Agosto de 2017

DIPLOMA MINISTERIAL CONJUNTO N.º 48 /2017

de 16 de Agosto

CRIAÇÃO DE ZONAS DE ESTACIONAMENTO DEDURAÇÃO LIMITADA NO MUNICÍPIO DE DÍLI

Através da aprovação do Decreto-Lei n.º 3/2017, de 22 deMarço, o Governo aprovou a criação das designadas Zonasde Estacionamento de Duração Limitada. Com a aprovaçãodeste diploma legal, o Governo propôs-se concretizar trêsobjectivos fundamentais: assegurar o correcto ordenamentodo tráfego rodoviário, especialmente no interior dos núcleosurbanos; garantir que, face ao número elevado de veículosmotorizados que circulam nas nossas vilas e cidades, oparqueamento de tais veículos não se prolonga de formaexcessiva, especialmente nas áreas em que se verifica umamaior pressão de tráfego; e estimular a fluídez do trânsito naszonas urbanas em que o número de veículos que aí circulam éespecialmente elevado.

Com a aprovação do presente diploma ministerial, o Governodá cumprimento ao disposto pelo artigo 4.º do Decreto-Lei n.º3/2017, de 22 de Março, que determina que as Zonas deEstacionamento de Duração Limitada se faça através de diplomaministerial conjunto dos membros do Governo responsáveispela Administração Estatal e pelas Obras Públicas, Transportese Comunicações, criando três Zonas de Estacionamento deDuração Limitada no município de Díli.

Como facilmente se compreenderá o município de Díli, sendoo mais populoso da República Democrática de Timor-Leste,também é o que concentra maior número de veículosmotorizados. Além disso, atendendo ao facto de nestemunicípio se concentrarem o maior número de serviçospúblicos e de empresas privadas, constata-se que a existênciade espaços territoriais sobre os quais se regista um maiorvolume de tráfego, bem como de procura de lugares deparqueamento automóvel.

Atendendo aos objectivos que devem ser alcançados com acriação de Zonas de Estacionamento de Duração Limitada e àrealidade que se descreveu relativamente à concentração depessoas e de veículos no município de Díli, particularmenteem algumas das suas áreas, compreende-se que as primeirasZonas de Estacionamento de Duração Limitada se façaexactamente neste município, nomeadamente nas zonas deColmera, de Motael e de Taibessi, onde a pressão do trânsitode procura de lugares de estacionamento é reconhecidamentemais intensa.

Ao estabelecer estas três Zonas de Estacionamento deDuração Limitada, o Governo procura ordenar garantir quenestas se fará uma melhor organização do estacionamento deveículos motorizados, se assegurará uma maior rotação deveículos motorizados na ocupação dos lugares deestacionamento e que o fim de estacionamentos em segundafila ou em ambos os lados da via de circulação aumentará osníveis de fluídez e de segurança do trânsito naquelas zonas,em que as situações de congestionamento ocorrem com maiorfrequência.

Assim,

o Governo, pelos Ministros da Administração Estatal e dasObras Públicas, Transportes e Comunicações mandam, aoabrigo do disposto pelo artigo 4.º do Decreto-Lei n.º 3/2017, de22 de Março, publicar o seguinte diploma:

CAPÍTULO IDISPOSIÇÕES GERAIS

Artigo 1.ºObjecto

O presente diploma ministerial procede à criação das Zonas deEstacionamento de Duração Limitada de Colmera e Motael, noposto administrativo de Vera Cruz, e de Taibessi, no postoadministrativo de Nain Feto, todas, no município de Díli.

Artigo 2.ºDesignação das Zonas de Estacionamento de Duração

Limitada

As Zonas de Estacionamento de Duração Limitada, criadaspelo presente diploma ministerial, são designadas da seguinteforma:

a) A Zona de Estacionamento de Duração Limitada de Colmeraé designada por Zona de Estacionamento de DuraçãoLimitada “A1”;

b) A Zona de Estacionamento de Duração Limitada de Motaelé designada por Zona de Estacionamento de DuraçãoLimitada “B1”;

c) A Zona de Estacionamento de Duração Limitada de Taibessié designada por Zona de Estacionamento de DuraçãoLimitada “C1”.

CAPÍTULO IIZONA DE ESTACIONAMENTO DE DURAÇÃO

LIMITADA DE COLMERA

Artigo 3.ºVias públicas abrangidas

1. A Zona de Estacionamento de Duração Limitada de Colmeraabrange as seguintes vias públicas:

a) Rua 25 de Abril;

b) Rua de Colmera;

c) Rua de Moçambique;

d) Travessa de Tafui;

e) Rua de Mártires da Pátria;

f) Jardim 5 de Maio;

g) Avenida Nicolau Lobato.

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Quarta-Feira, 16 de Agosto de 2017Série I, N.° 32 Página 1507

2. A Zona de Estacionamento de Duração Limitada de Colmeratem a delimitação que consta do Anexo I ao presentediploma ministerial, do qual faz parte integrante para todosos efeitos legais.

Artigo 4.ºEstacionamento na Rua 25 de Abril

1. A Zona de Estacionamento de Duração Limitada na Rua 25de Abril tem o cumprimento de 190.8 metros, iniciando-se a106 metros do começo da via pública.

2. A Zona de Estacionamento de Duração Limitada na Rua 25de Abril compreende:

a) Trinta e dois lugares de estacionamento para veículosligeiros;

b) Dezoito lugares de estacionamento para motociclos,ciclomotores e velocípedes.

3. Do número de lugares previstos para o estacionamento deveículos ligeiros, dois destinam-se ao parqueamento deveículos conduzidos por deficientes.

4. O estacionamento de veículos efectua-se do lado esquerdoda via pública e de forma paralela à faixa de rodagem.

Artigo 5.ºEstacionamento na Rua de Colmera

1. A Zona de Estacionamento de Duração Limitada na Rua deColmera tem o cumprimento de 137.7 metros, desde ocomeço da via pública.

2. A Zona de Estacionamento de Duração Limitada na Rua deColmera compreende:

a) Trinta lugares de estacionamento para motociclos,ciclomotores e velocípedes;

b) Quinze lugares de estacionamento para veículosligeiros;

c) Dois lugares de estacionamento para veículos pesados.

3. Do número de lugares previstos para o estacionamento deveículos ligeiros, dois destinam-se ao parqueamento deveículos conduzidos por deficientes.

4. O estacionamento de veículos efectua-se do lado esquerdoda via pública e de forma paralela à faixa de rodagem.

Artigo 6.ºEstacionamento na Rua de Moçambique

1. A Zona de Estacionamento de Duração Limitada na Rua deMoçambique, entre a Rua 25 de Abril e a Avenida Marginal,tem o cumprimento de 37.8 metros, iniciando-se a 567.2metros do começo da via.

2. A Zona de Estacionamento de Duração Limitada na Rua de

Moçambique compreende nove lugares de estacionamentopara veículos ligeiros.

3. O estacionamento de veículos efectua-se do lado direito davia pública e de forma paralela à faixa de rodagem.

Artigo 7.ºEstacionamento na Travessa de Tafui

1. A Zona de Estacionamento de Duração Limitada na Travessade Tafui, entre a Rua de Colmera e a Avenida Nicolau Lobato,tem o cumprimento de 63.0 metros, iniciando-se no começoda via.

2. A Zona de Estacionamento de Duração Limitada na Travessade Tafui compreende dez lugares de estacionamento paraveículos ligeiros.

3. O estacionamento de veículos efectua-se do lado esquerdoda via pública e de forma paralela à faixa de rodagem.

Artigo 8.ºEstacionamento na Rua Mártires da Pátria

1. A Zona de Estacionamento de Duração Limitada na RuaMártires da Pátria, entre a Avenida Motael e a AvenidaNicolau Lobato, tem o cumprimento de 129.0 metros,iniciando-se no começo da via.

2. A Zona de Estacionamento de Duração Limitada na RuaMártires da Pátria compreende trinta e quatro lugares deestacionamento para veículos pesados.

3. O estacionamento de veículos efectua-se do lado esquerdoda via pública e de forma perpendicular à faixa de rodagem.

Artigo 9.ºEstacionamento no Jardim 5 de Maio

1. A Zona de Estacionamento de Duração Limitada no Jardim5 de Maio, entre a Avenida Motael e a Avenida NicolauLobato, tem o cumprimento de 155.5 metros.

2. O estacionamento de veículos efectua-se do lado esquerdoda via pública e de forma perpendicular à faixa de rodagem.

Artigo 10.ºEstacionamento na Avenida Nicolau Lobato

1. A Zona de Estacionamento de Duração Limitada na AvenidaNicolau Lobato, entre a Rua Mártires da Pátria e a TravessaTafui, tem o cumprimento de 50.4 metros, iniciando-se a4,974 kms da rotunda do Presidente Nicolau Lobato.

2. A Zona de Estacionamento de Duração Limitada na AvenidaNicolau Lobato compreende oito lugares deestacionamento para veículos ligeiros.

3. O estacionamento de veículos efectua-se do lado esquerdoda via pública e de forma paralelo à faixa de rodagem.

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Série I, N.° 32 Página 1508Quarta-Feira, 16 de Agosto de 2017

CAPÍTULO IIIZONA DE ESTACIONAMENTO DE DURAÇÃO

LIMITADA DE MOTAEL

Artigo 11.ºVia pública abrangida

1. A Zona de Estacionamento de Duração Limitada de Motaelabrange a via pública com o topónimo “Avenida Motael”.

2. A Zona de Estacionamento de Duração Limitada na AvenidaNicolau Lobato compreende seis lugares de estaciona-mento para veículos pesados com semi-reboque.

3. A Zona de Estacionamento de Duração Limitada de Motaeltem a delimitação que consta do Anexo II ao presentediploma ministerial, do qual faz parte integrante para todosos efeitos legais.

Artigo 12.ºEstacionamento na Avenida Motael

1. A Zona de Estacionamento de Duração Limitada na AvenidaMotael, entre o Jardim de Motael e a Travessa Tafui, tem ocumprimento de 136.0 metros, iniciando-se a 604 metros docomeço da via.

2. A Zona de Estacionamento de Duração Limitada na AvenidaMotael compreende seis lugares de estacionamento paraveículos pesados com semi-reboque.

3. O estacionamento de veículos efectua-se do lado esquerdoda via pública e de forma paralela à faixa de rodagem.

CAPÍTULO IVZONA DE ESTACIONAMENTO DE DURAÇÃO LIMITADA

DE TAIBESSI

Artigo 13.ºÁrea abrangida

1. A Zona de Estacionamento de Duração Limitada de Taibessiabrange a área do Parque de Estacionamento do Mercadode Taibessi.

2. A Zona de Estacionamento de Duração Limitada de Taibessitem a delimitação que consta do Anexo III ao presentediploma ministerial, do qual faz parte integrante para todosos efeitos legais.

Artigo 14.ºParque de Estacionamento do Mercado de Taibessi

1. O Parque de Estacionamento do Mercado de Taibessi tema área de 10,535.28 metros quadrados.

2. O Parque de Estacionamento do Mercado de Taibessicompreende:

a) Duzentos e dois lugares de estacionamento paramotociclos, ciclomotores e velocípedes;

b) Noventa e sete lugares de estacionamento paraveículos ligeiros;

c) Doze lugares de estacionamento para veículos pesados.

3. Do número de lugares previstos para o estacionamento deveículos ligeiros, quatro destinam-se ao parqueamento deveículos conduzidos por deficientes.

4. No interior do Parque de Estacionamento do Mercado deTaibessi, o estacionamento de veículos faz-se sob asformas de estacionamento paralelo e de estacionamentoperpendicular às faixas de rodagem.

CAPÍTULO VDISPOSIÇÕES FINAIS

Artigo 15.ºÁrea dos lugares de estacionamento

1. Os lugares de estacionamento nas Zonas de Estaciona-mento de Duração Limitada, criadas pelo presente diplomaministerial conjunto, têm, pelo menos, as àreas que para osmesmos se encontram previstas pelos artigos 17.º e 18.º doDecreto-Lei n.º 3/2017, de 22 de Março.

2. Em casos devidamente fundamentados, nomeadamentequando razões de segurança ou de fluídez de tráfego ojustifiquem, as áreas dos lugares de estacionamento quese encontram previstas pelos artigos 17.º e 18.º do Decreto-Lei n.º 3/2017, de 22 de Março podem ser aumentadas.

Artigo 16.ºEntrada em vigor

O presente diploma ministerial entra em vigor no dia seguinteao da sua publicação em Jornal da República.

Díli, 10 de Julho de 2017

Dionísio Babo Soares, PhDMinistro da Administração Estatal

Gastão de SousaMinistro das Obras Públicas, Transportes e Comunicações

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ANEXO I

Zona de Estacionamento Condicionado A1-Colmera

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Série I, N.° 32 Página 1510Quarta-Feira, 16 de Agosto de 2017

ANEXO II

Zona de Estacionamento Condicionado B1-Motael

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Quarta-Feira, 16 de Agosto de 2017Série I, N.° 32 Página 1511

Anexo III

Zonas de estacionamento condicionado, C1-Taibessi