jornal da gleba. abril de 2011

16
Ano 2 - Abril de 2011 - Número 19 - Distribuição gratuita MENU - Restaurante orgânico oferece pratos saudáveis e saborosos Pág. 14 MODERNIDADE E SEGURANÇA - Marca japonesa apresenta três modelos de veículos. Pág. 10 GLEBA PERFIL A água nossa de cada dia Climate Champions Projeto visa minimizar os efeitos das mudanças climáticas. Pág. 11 Comunidade virtual auxilia pesquisas científicas Pág. 07 Matilde Bottini Pontes (foto) enfrenta diariamente problemas para se locomover nas calçadas da Gleba Palhano. Pág. 04 Sobrenome famoso Mãe e filhas (foto) contam como é ser uma Palhano na Gleba Pág. 03 Calçadas ruins causam transtornos para pedestres e cadeirantes VIVA Encanada, filtrada ou mineral, saiba como escolher a água para o seu consumo. Pág. 06 MEIO AMBIENTE HIPERLINK Jornal da Gleba Jornal da Gleba Divulgação Jornal da Gleba Divulgação Imagem Ilustrativa Imagem Ilustrativa

Upload: 4ideias-comunicacao

Post on 11-Mar-2016

249 views

Category:

Documents


30 download

DESCRIPTION

Jornal da Gleba. Número 19

TRANSCRIPT

Page 1: JORNAL DA GLEBA. ABRIL DE 2011

Ano 2 - Abril de 2011 - Número 19 - Distribuição gratuita

MENU - Restaurante orgânico oferece pratos saudáveis e saborosos Pág. 14

MODERNIDADE E SEGURANÇA - Marca japonesa apresenta três modelos de

veículos. Pág. 10

GLEBAPERFIL

A água nossa de cada dia

Climate ChampionsProjeto visa minimizar os efeitos das

mudanças climáticas. Pág. 11

Comunidade virtual auxilia

pesquisas científicas

Pág. 07

Matilde Bottini Pontes (foto) enfrenta diariamente problemas para se locomover nas calçadas da Gleba Palhano. Pág. 04

Sobrenome famosoMãe e filhas (foto) contam como é ser uma Palhano na Gleba

Pág. 03

Calçadas ruins causam transtornos para pedestres e cadeirantes

VIVA

Encanada, filtrada ou mineral, saiba como escolher a água para o seu consumo. Pág. 06

MEIO AMBIENTEHIPERLINK

Jornal da Gleba

Jorn

al d

a G

leba

Div

ulga

ção

Jorn

al d

a G

leba

Div

ulga

ção

Imagem Ilustrativa

Imagem Ilustrativa

Page 2: JORNAL DA GLEBA. ABRIL DE 2011

JORNAL DA GLEBA - Abril de 20112

EXPEDIENTE

Jornal da GlebaProdução: 4Ideias Comunicação

Jornalistas responsáveisRafael Montagnini

(MTB 7239/PR)Talita Oriani

(MTB 7358/PR)

Programação VisualEduardo Massi

DiagramaçãoCarolina Chueire

Impressão: Gráfica Idealiza

Tiragem: 5 mil exemplares

Periodicidade: Mensal

Distribuição gratuita

C O N T A T O S

3027-4125 / 9976-6417 / 9976-0243

[email protected]

jornaldagleba.blogspot.com

www.twitter.com/jornaldagleba

Pontos de distribuição:O Jornal da Gleba é distribuído

gratuitamente em todos os edifícios e condomínios horizontais da Gleba Palhano e região. Se você não recebe o Jornal da Gleba em casa entre em contato conosco ou retire seu exemplar nos seguintes pontos de distribuição:

Padaria Santa Ceia - Rua Caracas, 181. Pq Guanabara

Padaria Domenico - Rua Garibaldi Deliberador, 94. Jd. Cláudia

Panetteria Palhano - Rua Ernani Lacerda De Athayde, 130

Viscardi Premium - Rodovia Mábio Palhano, próximo ao Alphaville

Mercatto di Carne - Av. Maringá, 321

ConGP - Conselho Informal de Síndicos da Gleba Palhano

Se você é síndico, conselheiro condominial ou apenas morador da Gleba e deseja participar ou conhecer o trabalho do ConGP - Conselho Informal de Síndicos da Gleba Palhano, participe das reuniões que acontecem sempre na última semana de cada mês. Para saber quando e onde será o próximo encontro do ConGP acesse o blog do Jornal da Gleba – www.jornaldagleba.blogspot.com . Não fique de fora. Participe, a Gleba precisa de você!

De acordo com a Constituição Federal, todo cidadão brasileiro tem o direito e de ir e vir. Infelizmente, cadeirantes e outras pessoas com dificuldade de locomoção enfrentam diariamente o desrespeito por boa parte da população dita “educada” e “normal”.

Em Londrina é comum a prática esdrúxula e mal-educada de diversas pessoas em parar o carro nas vagas reservadas para cadeirantes e outros portadores de deficiência física. Em nosso bairro, considerado modelo para o resto da cidade, o que se vê em algumas calçadas mal cuidadas e esburacadas são flagrantes de desrespeito às leis municipais e federais.

É dever dos proprietários de terrenos, sejam construtoras ou particulares, a construção e conservação das calçadas da Gleba Palhano. A jornalista Eliane Bortolotto percorreu as ruas do bairro e verificou maus e bons exemplos de calçamento, conversou também com a Secretaria Municipal da Pessoa com Deficiência e Acessibilidade e descreveu os problemas de uma cadeirante moradora da Gleba. Confira reportagem na página 04.

No Perfil de abril entrevistamos as netas de Joaquim Gonçalves Palhano, um dos cinco irmãos agrimensores, que ajudaram na fundação da cidade e da Gleba Palhano. Elas declaram todo seu orgulho pelo sobrenome ilustre e todo seu carinho pelo bairro, que um dia foi a fazenda da família.

Confira também as matérias das editorias Viva, Hiperlink, Saber, Cooltura e Menu. Boa leitura!

Page 3: JORNAL DA GLEBA. ABRIL DE 2011

Abril de 2011 - JORNAL DA GLEBA 3

Por Rafael [email protected]

O sobrenome que batizou a Gleba Descendentes dos Palhano, elas se orgulham do bairro que leva o nome da família

Em uma modesta chácara da Rua Caracas, cercada por imponentes araucárias e um

belo pomar de frutas, na fronteira com um edifício em construção, vive Lauricea Palhano, neta de Joaquim Gonçalves Palhano, um dos cinco irmãos agrimensores que chegaram à região na década de 1920 e ajudaram a construir a cidade de Londrina e por extensão a própria Gleba Palhano.

Há 17 anos Lauricea mora com o marido e seus três filhos no bairro que leva seu sobrenome famoso. Ela vive e trabalha como caseira da Chácara Guanajara, um dos diversos lotes de terra, que um dia fizeram parte do “império” de sua família na zona sul de Londrina, a Fazenda Palhano, com 750 alqueires estendia-se do distrito de Espírito Santo, passando pelos espaços atuais da Universidade

Estadual de Londrina (UEL) e do Catuaí Shopping até chegar ao lago Igapó2.

Lauricea é filha do falecido Lauro Muniz Palhano e da aposentada Cecília Palhano (69). Assim como Joaquim Palhano, o filho Lauro também era agrimensor e possuía uma fazenda na Gleba. Cecília Palhano recorda com certa dose de arrependimento a venda de suas terras. “Naquela época o valor dos terrenos era baixo e ninguém imaginava que a cidade um dia ia chegar na fazenda. A vida era muito simples, plantávamos café, arroz e tudo que precisávamos para viver. Aqui era tão longe que íamos de carroça para cidade (centro)”, relembra a aposentada.

Joaquim e Cecília tiveram seis filhos, entre elas a microempresária Miriam, irmã mais nova de Lauricea. Muito bem humorada

ela brinca com o seu célebre sobrenome. “Você acha que tem vantagem em ser Palhano? Que nada, toda vez que eu preciso de um desconto para comprar alguma coisa, os vendedores me dizem que um Palhano não precisa disso. Eles associam o meu sobrenome com a riqueza do bairro, mas a história é bem diferente”, se diverte.

As três receberam o Jornal da Gleba para um bate-papo na Chácara Guanajara. Confira:

JG – Como é viver na Gleba sendo uma Palhano?

Lauricea – É uma honra viver no bairro que leva o nome da minha família. Principalmente um bairro com tantas qualidades. Às vezes, fico triste porque a paisagem está mudando muito rápido. Aqui era um lugar mais tranquilo, com mais natureza. Hoje só tem prédio e construções.

JG – Vocês acham que o comércio local está usando indevidamente o nome da família Palhano?

Miriam – Pelo contrário, é uma satisfação ver nosso nome nesses locais. Pois, ficou a imagem boa da nossa família, de dignidade e caráter. Mesmo que as pessoas não saibam quem foram os pioneiros Palhano, esta é uma forma de preservar o nome do nosso avô e nossos tios-avós.

JG- Quais foram as principais mudanças que aconteceram na Gleba?

Lauricea – A abertura da Avenida Ayrton Senna foi marcante. Mudou a cara do bairro. A inauguração da Praça Pé-Vermelho também foi muito boa para quem mora aqui.

JG – Dona Cecília, a senhora não mora no bairro, mas o que

sente quando vem passear por aqui?

Cecília – Sinto orgulho do meu marido, do meu sogro que chegaram aqui quando não tinha nada, era tudo mato. Moro na Avenida Inglaterra e fico muito feliz quando venho ver minha filha e netos.

Mãe e filhas contam como é ser uma Palhano na Gleba

Jornal da Gleba

Page 4: JORNAL DA GLEBA. ABRIL DE 2011

JORNAL DA GLEBA - Abril de 20114

Por Eliane [email protected]

Quando se torna impossível ir e vir pelas ruas do próprio bairro

A Gleba Palhano, como o resto de Londrina, ainda tem muitas calçadas irregulares e sem acessibilidade

Todo mundo já deve ter passado por isto: você está andando na rua e,

de repente, chega a uma calçada bloqueada com materiais de construção, ou por lixeiras, e até porque não há a calçada, ela não foi construída. O pedestre, então, é obrigado a continuar seu caminho pelo asfalto, usando o espaço dos carros.

Se para a maioria das pessoas isso já é inconveniente e perigoso, muito pior para quem tem alguma dificuldade de locomoção. E o que acontece, na verdade, é que temos que nos deparar com situações assim todos os dias em nossa cidade.

Matilde Bottini Pontes é moradora da Gleba e enfrenta esse problema também. Ela é cadeirante há cerca de nove anos. Luta para fazer valer seus direitos como portadora de necessidades especiais e quer conquistar mais autonomia. No prédio em que mora e dentro de casa ela consegue circular com a cadeira de rodas, pode ir e vir. O problema está do portão para fora.

Matilde diz que o pior em Londrina, para um cadeirante, é a falta de respeito com as vagas reservadas em estacionamentos,

e as condições das calçadas. Algo simples como ir ao mercado da esquina ou a um passeio às margens do lago pode se tornar uma missão quase impossível para alguém numa cadeira de rodas. É certo dizer que nas proximidades de sua casa há várias calçadas bem feitas, mas, por outro lado, há também lugares sem calçamento algum. “Sem calçada eu não tenho coragem de andar na rua. Já liguei na Prefeitura, mas não fui atendida.”

Entretanto, a Prefeitura tem até o projeto “Calçada Para Todos” com orientações

detalhadas sobre como construir e manter as calçadas. Além disso, está sendo estruturada a equipe para a Secretaria da Pessoa com Deficiência e Acessibilidade, que deve atuar diretamente nessa área, orientando, fiscalizando e assessorando outros órgãos como a CMTU e o IPPUL.

José Giuliangeli de Castro – o Zezinho - é o responsável pela Secretaria e afirma que o primeiro passo é, sim, contatar a Prefeitura. “Pedimos que as pessoas tenham paciência [porque a secretaria ainda está em fase de implantação], mas que nos ajudem. Por exemplo: quando identificar locais sem calçadas, ligue na Prefeitura para que o proprietário seja notificado.”

O secretário ressalta: “Quando

você faz uma calçada adequada, você beneficia a todos: o cadeirante, o idoso, a grávida, a mulher com carrinho de bebê e até mesmo um atleta, que pode correr nesse espaço.”

Calçadas bem feitas convidam as pessoas a usá-las, são um motivo a mais para deixar o carro na garagem e caminhar, conhecer a vizinhança a pé, interagir com outros moradores do bairro. Deve ser por isso que as calçadas também são chamadas de “passeios”. Então, que elas sejam um bom passeio.

Algumas situações e a quem recorrer, conforme informações de José Giuliangeli de Castro, da Secretaria Municipal da Pessoa com Deficiência e Acessibilidade:

Calçadas de canteiros de obrasA calçada deve ser a primeira

coisa a ser feita. Não é obrigatório que toda ela seja construída, mas deve haver o espaço mínimo de 1,5 m, que permita a passagem das pessoas, inclusive de um cadeirante. Irregularidades nesse caso devem ser informadas à Secretaria de Obras.

Loteamentos e terrenos vaziosA responsabilidade é

do proprietário e cabe à Prefeitura notificá-lo em caso de irregularidades. Deve ser contatada a CMTU, Setor de Fiscalização, pelo telefone 3379-7900.

Calçadas prontas (antigas)Não deve haver obstáculos

que bloqueiem ou dificultem o trânsito das pessoas. Lixeiras, piso solto e liso, buracos, desníveis são situações evidentemente inadequadas. Notificações nesse caso também devem ser feitas pela CMTU.

O secretário pode ser contatado pelos telefones: 3372-4485, 3372-4999 ou 3372-4000.

Matilde Bottini Pontes: Sem calçada eu não tenho coragem de

andar na rua.

Bom exemplo - calçada com sinalização para cadeitantes na

rua José Monteiro de MelloMau exemplo - calçada

esburacada na rua João Huss

Fotos: Jornal da Gleba

Page 5: JORNAL DA GLEBA. ABRIL DE 2011

Abril de 2011 - JORNAL DA GLEBA 5

Page 6: JORNAL DA GLEBA. ABRIL DE 2011

JORNAL DA GLEBA - Abril de 20116

No documentário Gasland – que concorreu ao Oscar deste ano, com

trailer no YouTube - é mostrado o problema de americanos que tiveram sua água contaminada pela exploração de gás natural. A imagem de um morador abrindo a torneira e conseguindo com um isqueiro atear fogo ao fluxo de água é algo impactante. Você vê a cena e ela sempre volta à mente quando você vai se servir de um simples copo d’água. Simples?

Na verdade a água que tomamos não é tão simples assim. Que o diga a Sanepar. Além disso, escolher entre a água tratada, ou a filtrada, ou a de mina é um dilema não tão fácil de se resolver. Mas vamos começar pela água produzida pela estatal.

Água encanadaRoberto Arai, gerente

industrial da Sanepar, explica tudo o que é feito para se atender às normas do Ministério da Saúde. A água é analisada sistematicamente em várias fases e em vários locais. Primeiro, em sua origem: rio Tibagi, ribeirão Cafezal e poços do aquífero Serra Geral.

Depois, é analisada durante todas as etapas de tratamento,

tendo que corresponder aos padrões exigidos. Por fim, há vários pontos na cidade que também recebem monitoramento para verificar se ao chegar à casa das pessoas, a qualidade se manteve.

O problema geralmente acontece após esse ponto. Dentro das casas, a responsabilidade passa a ser do consumidor. Roberto Arai confia no produto que fabrica – a água da Sanepar – e também nas condições do prédio em que mora. Ele afirma beber água direto da torneira.

A muitas pessoas isso não é recomendável. Moradores de prédios antigos, por exemplo, que ainda têm canos de ferro galvanizado. Esse tipo de encanamento pode alterar cor e sabor do líquido. Além disso, muitas pessoas não efetuam a limpeza da caixa d’água com a frequência recomendável, a cada seis meses.

Milton Bittar, empresário da área de purificadores de água, também alerta para essa falta de cuidado. “Há empresas que fazem esse serviço (a limpeza dos reservatórios) rápido e por um preço em conta, mas as pessoas não se preocupam muito com isso.”

Água filtradaAlém disso, Milton Bittar

chama a atenção para o fato da água ser clorada, mesmo que nos níveis considerados normais. Explica: “A água da Sanepar é altamente potável e confiável, mas é não é pura por causa do cloro. A Sanepar é obrigada a colocar cloro na água, mas segundo estudos científicos esse cloro pode causar problemas como azia e gastrite com o tempo.”

Então o certo é tomar água sem cloro? Depende. Os filtros são úteis para se purificar a água, mas Moacir Gimenez Teodoro, da Vigilância Sanitária, lembra que os filtros também precisam de manutenção. Outro caso é quem considera que pura e mais saudável é a água mineral ou de um poço. Nem sempre.

Água mineral ou de poçosNo caso da água mineral,

mesmo que o envase seja adequado, grande parte do problema está no armazenamento e transporte. Quantos aos poços, muito comuns em condomínios, Moacir é enfático: “Quando você fura um poço, você já o deixa vulnerável.”

Todo poço ou mina, utilizado

para consumo humano, deve também atender às especificações da Portaria 518 do Ministério da Saúde e, para isso, deve ser perfurado, analisado e tratado por empresa especializada.

Mesmo que nossa água ainda seja das melhores e ainda não seja uma bomba encanada, como a dos americanos, é sempre bom estar atento. Estar ciente de que sua qualidade pode ser afetada e verificar sua procedência. Como lembra Moacir: “A água pode salvar vidas, mas também pode matar.”

Por Eliane [email protected]

De que água beberei?Temos água de diversas “fontes”; optar por uma ou outra não é tão fácil, mas pode ser

fundamental para nossa saúde

Roberto Arai: Tudo é feito para atender as normas do Ministério da Saúde.

Serviço:

Para análise de uma fonte (poço ou mina) com risco de contaminação, deve-se ligar para a Vigilância Sanitária: 3372-9407. Por esse telefone também pode ser contatado Moacir Gimenez Teodoro, que apresenta palestras sobre os cuidados necessários para se consumir água com qualidade.

Jornal da Gleba

Page 7: JORNAL DA GLEBA. ABRIL DE 2011

Abril de 2011 - JORNAL DA GLEBA 7

Comunidade virtual auxilia pesquisas científicasRede é formada por usuários da internet que doam o tempo ocioso de seus computadores

para o desenvolvimento de pesquisas em diversas áreas

As pesquisas científicas necessitam de muito tempo investido em processamento de dados, cruzamento

de informações e variadas análises. Nestes casos, nem mesmo supercomputadores dão conta de processar um número tão grande de informações, fazendo com que os resultados levem anos ou até décadas para sua conclusão. Mas a colaboração de milhares de usuários de internet que doam o tempo ocioso de seus computadores para o desenvolvimento da ciência está permitindo avanços importantes.

A World Community Grid é um destes espaços virtuais que já proporcionou o processamento de dados para diferentes pesquisas mundo afora, inclusive no Brasil. A Fundação Oswaldo Cruz - Fiocruz e a Unicamp, por exemplo, que mantém vasta produção científica e tecnológica, já realizaram, e concluíram, importantes

pesquisas com a ajuda de milhares de voluntários – brasileiros ou cidadãos comuns de outros mais de 150 países dos cinco continentes - que colocam seus equipamentos para trabalhar em prol da ciência enquanto não estão em uso pessoal. Seja por minutos ou horas, não importa, toda e qualquer pequena contribuição torna-se valiosa.

Como tornar-se um membro - Conhecida como Comunidade Grid, a WCG é uma parceria entre a IBM e as maiores universidades e centros de pesquisas do mundo com o intuito de criar a maior rede de apoio à ciência, e de forma simples: usando a capacidade de processar dados científicos em computadores pessoais que estejam ociosos – conectados, mas em tempo de espera.

Para se tornar um voluntário basta

acessar o site www.worldcommunitygrid.org e se cadastrar como membro. Depois, seguindo a planilha de orientação, é só baixar o programa de instalação (software especialmente desenvolvido pela IBM para este fim) que cria uma partição no HD do computador do usuário. A WCG garante que os dados enviados ficam isolados de outras informações do PC, evitando a contaminação dos arquivos por vírus, pois o programa só usa a capacidade de processamento quando o PC não registrar nenhuma ação do usuário.

Atualmente a Comunidade Grid está formada por mais de 410 mil membros, somando 1 milhão de computadores com o programa instalado.

Um exemplo simples de participação para uma contribuição (in)voluntária para a ciência: durante uma pausa no trabalho, em que o computador não esteja sendo

usado, uma das conexões cadastradas pelo World Community Grid estará utilizando a capacidade de processamento deste para pesquisar sobre novas variedades de arroz mais nutritivas, numa pesquisa focada em tumores infantis ou em um dos sequenciamentos do Projeto Genoma.

Por Rafael [email protected]

Imagem Ilustrativa

Page 8: JORNAL DA GLEBA. ABRIL DE 2011

JORNAL DA GLEBA - Abril de 20118

Por Talita [email protected]

Bella FitnessAs mulheres que praticam atividade física ou que gostam de vestir a moda fitness e casual no dia-a-dia, poderão ficar ainda

mais belas. Londrina agora conta com uma loja da Bella Fitness, localizada na parte externa do Free Shopping na Avenida Higienópolis. Os proprietários, Isabela Capucho e Junior Botelho, receberam no novo espaço alguns amigos e convidados para um charmoso coquetel de lançamento. Confira as fotos.

A apresentadora Sara Presoto com os proprietários Junior Botelho e Isabela Capucho

Interior da loja

Isabela Capucho, Natacha Botelho e Dayana SargentinIsabela com as amigas e modelos que desfilaram para a

Bella Fitness

BirthdayDia 15 de abril o músico Tiago Menezes, vocalista do grupo Mamaquilla, comemora nova idade. No dia 16 é a vez da gerente regional da Plaenge, Célia Catussi, assoprar as velinhas. Já no dia 30, a bela personal Fernanda Penteado é quem comemora nova idade. Felicidades!!!

Romance investigativoNo próximo dia 30 o advogado e escritor, Luciano Odebrecht, recebe os amigos e familiares para o lançamento do livro “Conspiração na Pequena Londres”. A recepção, que ocorre no show romm da construtora Rossi Montosa, promete render muitas

conversas em torno dos mistérios londrinenses relatados no livro.

Bom exemplo A reunião de março do ConGP, Conselho de Síndicos da Gleba Palhano, ocorreu no Show Room da Construtora A. Yoshii. Com uma pauta intensa para debater, os síndicos puderam comemorar uma ótima notícia: a construtora A. Yoshii vai ceder gratuitamente, a todos os edifícios da Gleba Palhano, suportes para armazenamento de lâmpadas fluorescentes e a reciclagem do material recolhido. Os síndicos que não compareceram a reunião, podem procurar a construtora para obter mais informações a respeito do procedimento a ser seguido.

Fotos: Divulgação

Divulgação

Page 9: JORNAL DA GLEBA. ABRIL DE 2011

Abril de 2011 - JORNAL DA GLEBA 9

ZoomA bela apresentadora do Ver Mais Londrina, Larissa Zanon, ficou pra lá de deslumbrante sob

as lentes da fotógrafa Anna Theodora. Durante o ensaio, que teve produção M. Fleury e Monica Negreiros, a apresentadora mostrou que realmente mantém a intimidade com as lentes.

A etapa do Super Horse Três Tambores Brasil tem como objetivo a promoção e difusão do esporte e, nesse ano, fará parte da programação da Exposição Agropecuária de Londrina. As provas ocorrem nos dias 15, 16 e 17 de abril, no recinto de rodeios do Parque. Considerada uma das mais interessantes e esperadas nas festas de peão, a prova dos Três Tambores é uma competição individual de velocidade, disputada a cavalo, principalmente por mulheres. Vale a pena conferir.

Prova Três Tambores chega a Londrina

A linha 2012 do Corolla chegou ao mercado com um design mais moderno, esportivo e sofisticado. O veículo foi apresentado pela Concessionária Toyopar ao público londrinense no dia 1º de abril. Na foto os diretores da empresa, os irmãos Luiz e Abel Jabur Barbante.

Corolla 2012

Divulgação

Jornal da Gleba

Anna Theodora

SolidariedadeA Ong Viver Londrina, que atende a crianças e adolescentes com câncer, foi assaltada recentemente e está precisando de doações. Leites, ovos, bolachas, entre outras doações, podem ser entregues na própria Ong que fica em frente ao Instituto do Câncer de Londrina. Quem quiser obter outras informações, pode ligar para (43) 3343-0044.

Solidariedade 2A loja E-Lounge,da marca Vibe, criou uma camiseta cuja parte das vendas será doada as vítimas do Tsunami no Japão.

Divulgação

Page 10: JORNAL DA GLEBA. ABRIL DE 2011

JORNAL DA GLEBA - Abril de 201110

Por Carolina [email protected]

Modernidade e segurançaMarca japonesa apresenta três modelos de veículos, desde os convencionais até os esportivos, tudo para agradar os clientes

Quando se fala em Suzuki, a primeira coisa que vêm à cabeça de muitas pessoas são

as potentes e modernas motos. Porém, a reconhecida marca japonesa vem mostrando a todos que modernidade, design diferenciado e segurança são também itens essenciais em seus carros.

Desde 2008 no mercado brasileiro, a Suzuki Veículos chegou a Londrina em agosto de 2010, através da concessionária Itiban, que oferece serviços de venda de carros novos, revenda de semi-novos e atendimento pós-venda (manutenção, revisão, peças e acessórios). “O diferencial dos carros Suzuki é o sistema de tração integral (nas quatro rodas), o que proporciona maior segurança e dirigibilidade, tanto para uso no asfalto quanto na terra”, afirmou Carlos Rubens Silva, gerente comercial da concessionária.

O tradicionalismo da marca pode ser visto em três modelos importados diretamente do Japão e comercializados no Brasil: o SUV (utilitário) Grand Vitara, o crossover SX4 e o off-road Jimny. Seus preços variam entre R$ 54.590 a R$ 86.000. Confira o perfil de cada carro:

Grand Vitara - É o carro-chefe da marca, possui duas versões: 4x4 ou 4x2. Com amplo espaço interno, acomoda até cinco pessoas e

capacidade de até 1.000 litros em seu porta-malas. O carro pode ter câmbio automático (4 marchas) ou mecânico (5 marchas). Se optar pela tração integral, o Grand Vitara virá equipado com o sistema All Wheel Drive (AWD) Integral, que reduzirá a tração dando maior estabilidade em qualquer tipo de rua. Possui air bag frontal para motorista e passageiro, ar-condicionado digital, direção hidráulica progressiva e computador de bordo com 10 ou 11 funções, entre outros itens.

SX4 - Possui design diferenciado, assinado pelo renomado projetista Giorgetto Giugiaro. Seu diferencial é a tração 4x4 inteligente ADW, com três opções de condução: 2WD (dianteira) para uso diário em piso

seco e economia de combustível ;

4 W D

AUTO (dianteira ON-DEMAND) que muda para eixo traseiro quando necessário e aumenta estabilidade; 4WD LOCK, o que garante tração total até atingir 60 km/h, e transfere automaticamente para AUTO quando passar a velocidade. Possui air bag duplo, suspensão esportiva Power Tuned, computador de bordo com 5 funções e outros itens.

Jimny - Essencialmente um carro aventureiro, o off-road Jimny possui boa aceitação de todos os tipos de público em seus mais de 40 anos de existência. Possui versões com tração 4x2 dianteira ou 4x4. Seus comandos eletrônicos e suspensão com molas helicoidais proporcionam maior resistência e esportividade. Seu raio de giro é de 4,9m, que facilita a manobra do veículo. Seu design e estruturas favorecem ao veículo subir rampas e passar por obstáculos, com leveza e facilidade. O veículo ainda possui ar-condicionado, direção hidráulica e faróis halógenos.

Estes três modelos de carros combinam modernidade e facilidade, tanto para os que gostam de carros esportivos, utilitários ou off-roads.

Grand Vitara: o carro-chefe da Suzuki

O moderno jipe Jimny

Foto

s: D

ivul

gaçã

o

Page 11: JORNAL DA GLEBA. ABRIL DE 2011

Abril de 2011 - JORNAL DA GLEBA 11

Parceria investe em sustentabilidade ambiental

ONGs e empresas recrutam voluntários e levam a conscientização à prática em projeto que visa minimizar os efeitos das mudanças

climáticas

Em uma época em que o aquecimento global e seus efeitos estão à vista de todos não é apenas a conscientização que

causará alguma mudança. Práticas sustentáveis por parte de indivíduos e, ultimamente, de empresas começam a surgir como solução para um problema que não escolhe quem vai atingir e, por isso, merece mais do que a atenção de todos.

É por esta razão que uma parceria entre quatro organizações não-governamentais (ONGs) e o banco HSBC está investindo em um projeto de 100 milhões de dólares que há quatro anos promove pesquisas e experiências de campo com voluntários que colocam em prática ações sustentáveis em seus locais de trabalho. É o chamado HCP (HSBC Climate Partnership), que inclui as organizações internacionais Earthwatch, The Climate Group, WWF e Smithsonian Tropical Research Institute. A parceria conta com cinco Centros Climáticos localizados na China, Índia, Inglaterra, Estados Unidos e Brasil, onde funcionários do HSBC que desejam ser voluntários são enviados para participarem de pesquisas científicas, trabalho de campo e treinamentos para a elaboração de projetos ambientais que serão implementados no banco.

Ao serem selecionados para o programa, estes voluntários recebem um treinamento virtual sobre mudanças climáticas e ações ambientais. Quando chegam à reserva ambiental trabalham junto com biólogos na coleta de dados científicos, na classificação de espécies em laboratório, recebem palestras e participam de atividades de engajamento, assim como planejam seus projetos individuais a serem colocados em prática quando, ao

final dos 12 dias de programa, são formados “Climate Champions” – especialistas em liderança climática.

No Brasil o LARCC (Latin America Regional Climate Center) se encontra na reserva do Rio Cachoeira, em Antonina, litoral do Paraná. É o maior trecho contínuo de Mata Atlântica do país, rica em biodiversidade e hoje ameaçada pelo homem. Com aproximadamente 8,7 mil hectares e 200 quilômetros de trilha é a maior dentre as áreas mantidas pela SPVS – Sociedade Protetora em Vida Selvagem e Educação Ambiental.

A questão do desenvolvimento sustentável nos dias de hoje finalmente assumiu um tom de urgência, principalmente através da sustentabilidade voltada para os negócios. De um lado tínhamos o lucro, e de outro, o meio-ambiente. Hoje acredita-se que felizmente podemos optar pelos dois.

Por Bárbara Küster [email protected]

A Reserva Ambiental do Rio Cachoeira, em Antonina, litoral do Paraná, é o maior trecho contínuo de Mata Atlântica do país

Divulgação

Para ouvir melhorAparelhos auditivos, que podem chegar a R$ 12 mil no mercado,

são entregues pelo SUS gratuitamente

“Eu trabalhava no HU e comecei a ficar surda. Fui ao médico. Ele disse que só aparelho resolvia. Na época [em 2005] paguei R$ 3.700,00. Achei muito caro e difícil de pagar. Abri mão de muita coisa, férias, 13º.” A afirmação é da aposentada Guilhermina Alves Lopes. Ela diz que não podia esperar o aparelho pelo Sistema Único de Saúde [SUS]. “Tinha fila e eu precisava do aparelho logo.”

O SUS faz a entrega de aparelhos auditivos gratuitamente. A política é universal, ou seja, independente da renda, o paciente pode receber o aparelho. No entanto, o paciente deve enfrentar uma fila e a espera varia conforme a complexidade do caso. Planos e convênios de saúde não cobrem os custos do produto.

Gesminy Melissa Ambrósio, fonoaudióloga e proprietária de uma clínica em Londrina, diz que o preço médio de aparelhos analógicos varia de R$ 1,6 mil a R$ 3 mil. “Já os digitais que oferecem maior conforto ao paciente, podem ser comprados a partir de R$ 2 mil até R$ 12 mil.” Considerando que as necessidades dos pacientes, na maioria dos casos, são bilaterais, ou seja, nos dois ouvidos, o valor dos aparelhos dobra.

Em Londrina, dois serviços atendem pacientes dos municípios da 17ª Regional de Saúde: o Consórcio Intermunicipal de Saúde do Médio Paranapanema (Cismepar) e o Instituto Londrinense de Educação de Surdos (Iles). “O primeiro passo é ir a uma unidade básica de saúde (UBS) e ser consultado por um clínico geral. Ele vai fazer um exame básico e ver se há deficiência auditiva”, diz o

assessor administrativo do Iles, Zenildo dos Santos. Depois de detectada a necessidade, o paciente é encaminhado a um especialista.

Chegando à unidade credenciada, o paciente passa por outros exames. “Aqui no Iles temos fonoaudiólogos, otorrinos e toda uma equipe especializada para dar suporte ao paciente. Fazemos todos os exames que indicarão o diagnóstico do paciente que dará início então ao pedido do aparelho auditivo”, explica Santos.

A partir de então, é elaborado um processo com laudos e documentos do paciente. O material é enviado à Secretaria Municipal de Saúde, que aprova o pedido. “Depois da implantação do aparelho no paciente, ele vai continuar sendo acompanhado para melhor adaptação e também para a manutenção regular.”

Reportagem e fotos: Samara Rosenberger. Edição: Giovana Consorte. 5º Semestre Noturno. Os textos desta coluna são assinados por estudantes de jornalismo com a supervisão do professor Reinaldo César Zanardi.

Aparelho auditivo pode chegar a R$ 12 mil; se o paciente tem problemas nos dois

ouvidos, valor dobra

Page 12: JORNAL DA GLEBA. ABRIL DE 2011

JORNAL DA GLEBA - Abril de 201112

Os pais e as preocupações com uso de drogasSabemos que uma das grandes preocupações dos pais

é de como evitar que seus filhos venham a ser usuários de drogas.

Temos em mente que o jovem de hoje, em algum momento, estará em contato com elas. Ninguém está livre de cair na armadilha, a menos que seja armada uma rede protetora em volta da família. Hoje isso é um fato e não podemos ignorar ou tentar fugir, mas devemos tomar atitude de zelar por nossos filhos para que eles se fortaleçam e não venham a fazer uso delas.

A sociedade atual, que cultua a saúde, o corpo e a beleza, tem sido exposta à droga que, contraditoriamente afeta exatamente o objetivo desse culto.

Os pais precisam tomar o cuidado de como resolver os problemas afetivos e emocionais (tristeza, frustração...). As crianças, muitas vezes, usam queixar-se de dores, que chegam a sentir, proveniente de “dores emocionais”. Na ânsia de resolver o problema, acabam sugerindo o uso de remédios para aliviar esses sintomas. Como são sintomas emocionais, a criança começa a associar suas dificuldades

à de que os “remédios resolvem problemas”, e que eles podem ser um componente psicológico na solução dos mesmos.

Talvez, o grande problema e o maior deles é o consumo de drogas licitas: o cigarro e o álcool, que por serem aceitas socialmente, representam uma das maiores ameaças à saúde e à segurança dos jovens. Sabemos que hoje o consumo do álcool vem crescendo muito entre os jovens. Estes estão bebendo cada vez mais cedo e em grande quantidade.

O melhor para evitar isso é a prevenção. Enumeremos alguns passos:

- Encare a realidade. Todo pai deve saber que seu filho será exposto às drogas.

- Fortaleça a vida do casal. A segurança de uma família é vital para o desenvolvimento da personalidade dos filhos.

- Converse regularmente com os filhos. - Mostre que as regras são importantes. Deixe as

regras da família bem claras, para que os filhos conheçam

seus valores. - Quando o filho apresentar algum problema,

converse com ele sobre opções e soluções, prós e contras. - Enfatize o positivo. Filhos precisam de elogios,

palavras doces para sentirem-se seguros, protegidos e amados na família.

- Desenvolva habilidades. Quando os filhos têm habilidades, seja nos esportes, estudos ou nas artes, eles ficam protegidos contra as pressões.

- Seja coerente e seja exemplo para eles, pois captam muito bem os valores dos pais.

- Ofereça formas alternativas de se divertir e aliviar as tensões. Ofereça opções prazerosas de lazer, esporte e qualidade de vida.

Assim, podemos concluir que os pais têm um papel importante na prevenção do uso de drogas.

Por Marta Inez Rossi FreitasOrientadora Educacional do Fundamental I e II do Colégio Universitário

2º Domingo na Praç[email protected]

Jornal da Gleba

Page 13: JORNAL DA GLEBA. ABRIL DE 2011

Abril de 2011 - JORNAL DA GLEBA 13

Por Thiago Ferreira de [email protected]

Fundação, a janela para o futuro de Isaac Asimov

Imagine que as origens do homem tenham se perdido no tempo e no espaço. Imagine que, após milênios

avançando triunfante pela dupla espiral galáctica, através de saltos no hiperespaço, o homem tenha se espalhado por milhares de sistemas, povoado milhões de planetas, multiplicando-se em trilhões de indivíduos; de tal sorte se aprofundando no Cosmos que esse homem já não conhece seu planeta natal. Imagine também que suas aptidões evolutivas lhe permitiram potencializar o funcionamento de seu cérebro, desenvolvendo novas áreas do conhecimento: primeiro, entendendo a matemática da dinâmica das civilizações; depois, de geração em geração, suprimindo a necessidade da fala, até que a comunicação se tornasse telepática. Imagine, finalmente, ser essa a via única e natural da espécie humana. Agora não imagine mais nada; agora veja, não com seus olhos atrelados ao presente, mas com os olhos atemporais emprestados ao “bom doutor”, como Isaac Asimov era conhecido.

Pensar na realidade de um futuro, assim, tão distante seria trabalho para a mais pura ficção, mas quando esse pensamento é plausível e coerente, remontando à linha de nossa própria história, conhecendo as circunvoluções sociais da humanidade, considerando os fios condutores tecidos no passado para conceber o futuro, então não estamos mais diante de uma ficção, mas de um portal. Essa premissa norteia e perpassa

a obra de um dos maiores pensadores e divulgadores da ciência de todos os tempos. Asimov, que entre escrever e editar, contabiliza cerca de 500 obras em sua vasta bibliografia, discorreu de forma inovadora sobre os mais variados temas, do comércio à astronomia, da neurologia à agricultura, elaborando teorias e leis tão singulares quanto as célebres 3 Leis da Robótica.

A Trilogia da Fundação – Asimov, Isaac. Editora Aleph. 2009 –, considerada

sua obra-prima, foi escrita entre 1942 e 1953. Iniciada em uma época tomada pela guerra mundial e concluída sob os auspícios da bomba atômica e da hecatombe nuclear, a obra ofereceu ao homem de seu tempo um futuro mais promissor

diante de tantas aflições, uma grandiosa história

de redenção à humanidade descrente. Sua compreensão do papel e das possibilidades humanas, seu ideal expansivo de tempo e de espaço, sua ânsia por escrutinar os mistérios mais recônditos do universo reverbera no homem de hoje e reverberará no de amanhã.

Asimov, nascido russo, de cidadania norte-americana, emblemático de sua genialidade, se tornou, ele próprio, agente modificador do futuro ao oferecer tão delicado e engenhoso presente ao homem.

Vemos Asimov, mas Asimov também nos vê.

Divulgação

Imag

em Il

ustra

tiva

Page 14: JORNAL DA GLEBA. ABRIL DE 2011

JORNAL DA GLEBA - Abril de 201114

Por Talita [email protected]

Bistrô orgânico oferece pratos saudáveis e saborososUma culinária que se distancia de alimentos com hormônios e agrotóxicos

O número de pessoas que se tornam adeptos do consumo de alimentos orgânicos é cada

vez maior. Diversas pesquisas revelam que a ingestão desses produtos traz muitos benefícios a saúde, devido o processo de produção ser totalmente natural.

Com o crescimento desses consumidores, uma novidade que vem ganhando destaque no mundo é o surgimento dos restaurantes orgânicos. Aqui em Londrina já se pode conferir essa novidade.

Inaugurado em setembro de 2010, o Orgânica Bistrô é destinado aos que apreciam sabor e saúde nas refeições. Com uma decoração pra lá de charmosa, o ambiente é simples, mas ao mesmo tempo sofisticado, com um clima agradável de um autêntico bistrô.

Sob o comando do Chef de Cozinha Djalma Araújo, o cardápio

inclui um prato especial para cada dia da semana, mas com mudanças de itens em quase todas as semanas. “Devido à quantidade dos produtos, que ainda é pequena, não tem como fixar pratos, já que eles são 100% orgânicos. Por isso procuramos seguir uma linha, mas a criatividade para a composição dos pratos é diária”, revela.

Grande parte das pessoas acredita que orgânicos são apenas os alimentos sem agrotóxico. No entanto, são considerados orgânicos as frutas, grãos, hortaliças, carnes e laticínios que não usam, em todo o processo produtivo, substâncias que possam colocar em risco a saúde de produtores e consumidores, como fertilizantes, agrotóxicos, antibióticos, hormônios, entre outros. O cultivo dos orgânicos também visa o consumo sustentável e a preservação do meio ambiente, pois não agride o solo, as plantas e os

animais.Com todo esse cuidado na

produção dos alimentos, um dos resultados notáveis é o sabor. “O alimento orgânico possui textura, cor e sabor completamente diferente do convencional. A carne orgânica, por exemplo, é muito mais macia e de cor mais intensa do que a convencional, além de ser mais fácil de trabalhar”, observa Araújo.

250 gr de quinoa em grãos1 xicara de cebola picada1 xicara de alho poro1 xicara de caqui duro picado1 xicara de abóbora em cubos1 xicara de sementes de girassol tostada1\2 xicara de azeiteErvas frescas Como fazer: Deixe a quinoa de molho em água por 1 hora. Lave 4 vezes em água corrente.Coloque pra cozer até ficar

“Al dente” e reserve. Faça um refogado com o azeite, a cebola, o alho poro e a abóbora em cubos. Junte o caqui e as sementes de girassol. Depois de tudo refogado junte as ervas

de sua preferência como hortelã, manjericão,

salvia, cebolinha. Acrescente a quinoa já cozida,

um pouco de água mineral e deixe secar o excesso. Sirva decorado com sementes e azeite.

Serviço:Orgânica Bistrô fica na Rua Souza Naves, 626.Aberto de segunda a sábado para almoço e café da tarde.Valor médio dos pratos: R$18,00

Chef Djalma Araújo do Orgânica Bistrô

Risoto de quinoa, caqui e sementesFotos: Jornal da Gleba

Page 15: JORNAL DA GLEBA. ABRIL DE 2011

Abril de 2011 - JORNAL DA GLEBA 15

Page 16: JORNAL DA GLEBA. ABRIL DE 2011

JORNAL DA GLEBA - Abril de 201116