jornal da alerj - balanço 2011

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ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO JORNAL DA ALERJ Rafael Wallace Edição especial - Balanço 2011 Perto de você Saiba o que aconteceu de mais importante no Poder Legislativo em 2011, das normas aprovadas às discussões em audiências públicas e visitas técnicas. Veja ainda como a Alerj auxiliou o Estado do Rio a sedimentar as ações de desenvolvimento social e econômico

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Jornal da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro - edição especial de balanço - 2011

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A S S E M B L E I A L E G I S L A T I V A D O E S T A D O D O R I O D E J A N E I R O

JORNAL DA ALERJ

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Edição especial - Balanço 2011

Perto de você Saiba o que aconteceu de mais importante no Poder Legislativo em 2011, das normas

aprovadas às discussões em audiências públicas e visitas técnicas. Veja ainda como a Alerj auxiliou o Estado do Rio a sedimentar as ações de desenvolvimento social e econômico

Edição especial - Balanço 201122

PresidentePaulo Melo

1ª Vice-presidenteEdson Albertassi

2º Vice-presidenteGilberto Palmares

3º Vice-presidentePaulo Ramos

4º Vice-presidenteRoberto Henriques

1º SecretárioWagner Montes

2º SecretárioGraça Matos

3º SecretárioGerson Bergher

4ª SecretárioJosé Luiz Nanci

1a SuplenteSamuel Malafaia

2o SuplenteBebeto

3º SuplenteAlexandre Corrêa

4º SuplenteGustavo Tutuca

JORNAL DA ALERJPublicação quinzenal da Diretoria Geral de Comunicação Social e Cultura da Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro

Jornalista responsávelLuisi Valadão (JP-30267/RJ)

Editor-chefe: Pedro Motta Lima

Editor: Everton Silvalima

Chefe de reportagem: Fernanda Galvão

Reportagem: André Nunes, Fernanda Porto, Marcus Alencar, Melissa Ornellas, Raoni Alves, Symone Munay e Vanessa Schumacker

Edição de Fotografia: Rafael Wallace

Edição de Arte: Daniel Tiriba

Secretária da Redação: Regina Torres

Estagiários : André Coelho, Andresa Martins, Bruna Motta, Cynthia Obiler, Diana Pires, Fernando Carregal, Gabriel Telles (foto), Mauro Pimentel (foto), Nathalia Felix (foto), Paulo Ubaldino e Ricardo Porto.

Telefones: (21) 2588-1404/1383 Fax: (21) 2588-1404Rua Primeiro de Março s/nº sala 406 CEP-20010-090 – Rio de Janeiro/RJEmail: [email protected]/alerjwww.facebook.com/assembleiarjwww.alerjnoticias.blogspot.comwww.radioalerj.posterous.com

Impressão: Imprensa OficialTiragem: 5 mil exemplares

Audiodescrição desta edição http://j.mp/audiobalanco2011

Ou aponte o leitor de QR Code de seu celular

ExPEDIENTE

And

ré Coelho

A produção da Casa

5

83

10

Moradora de Nova Iguaçu, a dona de casa Elidia dos Anjos da Costa (foto) via a rua onde morava sofrer com as enchentes. “Sempre que chovia forte, o esgoto entrava em casa e alagava o quintal do vizinho”, contou. Foi quando soube, através da filha, da existência do Alô, Alerj, um dos serviços do Legislativo mais procurados pela população. Ela ligou e, logo depois, teve o seu problema resolvido pela prefeitura. Reclamações como as de dona Elidia, sugestões de projetos de lei e dúvidas sobre a legislação foram os temas que marcaram as 22.411 ligações de 2011. O serviço teve ainda 3.339 acessos via webchat (http://bit.ly/aloalerj). O Alô, Alerj funciona de segunda a sexta, das 8h às 19h, exceto feriados, pelo número 0800 022 0008.

Projetos de lei apreciados

Leis aprovadas

Audiências públicas

CPIs

Atendimentos nos disques

Mensagens enviadas à Casa

Propostas de emendas constitucionais (PECs)

Comissões permanentes

Comissões especiais

Alô, Alerj

1.123

245

166

82.497

23

34

22.411

3Edição especial - Balanço 2011 3

Mauro Pimentel

DESTAQUE

Ficha suja não tem vez

A partir de 2011, a Constituição do Estado do Rio ganhou um reforço e tanto, graças a uma

emenda aprovada pela ampla maioria dos deputados da Alerj. Dessa forma, futuras nomeações para o alto escalão dos po-deres Executivo, Legislativo e Judiciário de pessoas enquadradas nos critérios de inelegibilidade da chamada Lei da Ficha Limpa federal estão proibidas. A Emenda Constitucional 50/11 – aprovada na forma da Proposta de Emenda Cons-titucional (PEC) 5/11 – foi promulgada pelo presidente da Casa, deputado Paulo Melo (PMDB) e, publicada no Diário Oficial do Poder Legislativo do dia 23 de novembro, o que se tornou um dos mais importantes feitos do Parlamento fluminense este ano.

Na prática, cargos como de secretário, procurador-geral do Estado e de Justiça, defensores públicos, diretores de agências reguladoras e chefes e delegados de polícia não poderão ser ocupados por quem tenha sido condenado pela Justiça, sem que caiba recurso. A PEC foi apresentada pelos deputados Comte Bittencourt (PPS), Luiz Paulo (PSDB) e Robson Leite (PT). “Esta é uma emenda constitucional do Parlamento, a unanimidade mostra isso”, comemorou Luiz Paulo, referindo-se aos 60 deputados presentes à votação no dia 22 de novembro (foto).

Segundo o integrante do PSDB, não faz sentido que políticos, que precisam comprovar sua condição de ficha limpa ao concorrer, possam, depois, nomear pesso-as que não se enquadrem nesse critério. Em plenário, ele defendeu que a norma é vantajosa para os líderes das três esferas de Poder. Robson Leite destacou que a nova regra amplia o efeito de combate à corrupção e demais crimes na política, o que atende as recentes manifestações populares. “É uma necessidade urgente para a construção de um projeto de nação verdadeiramente fundamentado em pilares democráticos. Não podemos jamais abrir mão dos princípios republicanos, e essa PEC vem neste sentido”, argumentou.

Já para Bittencourt, é importante que pessoas já punidas pela inelegibilidade não tenham acesso a cargos públicos, “onde podem dar sequência aos cri-mes já cometidos”. A medida, que não precisou ir à sanção do Executivo, é a segunda no País criada por meio de uma PEC, atrás apenas do Estado de Minas Gerais. “Esta determinação, no entanto, tem equivalente em importância a outras medidas precursoras da Alerj, como a aprovação do fim do nepotismo”, lembrou o deputado Paulo Melo, citando ainda a extinção do pagamento de adicional por sessão extraordinária e a redução do recesso parlamentar.

Com o intuito de estender a apli-cação de Lei da Ficha Limpa para cargos comissionados no alto escalão da administração pública direta e indireta, a Alerj também apreciou o projeto de lei 902/11, de autoria do de-putado Nilton Salomão (PT) (foto), que define os impedimentos para o exer-cício da função. Assim, ficam impe-didos, dentre outros, ex-membros do Congresso Nacional, de assembleias legislativas, da Câmara Legislativa e das câmaras municipais que tenham perdido o mandato; ex-governadores e ex-vice-governadores que tenham perdido os cargos eletivos; e pes-soas que tiverem sido condenadas em decisão transitada em julgado ou proferida por órgão judicial colegiado, até oito anos após o cum-primento da pena, por diversos tipos de crimes.

Comissionados também estão na mira da lei

Rio de Janeiro, 16 a 30 de novembro de 2011

Edição especial - Balanço 201144

cULTURA

A primeira temporada de atividades do recém-criado

Departamento de Cultura da Alerj foi “assistida” por

cerca de 19 mil pessoas. Vinculado à Subdiretoria

Geral de Comunicação Social, o novo setor, criado em abril,

teve o objetivo de promover atividades artísticas gratuitas e

inserir o Palácio Tiradentes no chamado Corredor Cultural do

Centro do Rio de Janeiro, onde também estão o Paço Imperial

e os centros culturais do Banco do Brasil e dos Correios. E, de

abril a novembro, o departamento não só disse a que veio, como

realizou cinco exposições.

artesO ano das

O leite maternoO mês de abril foi marcado pela exposição educativa “AmaMentAção”, do fotógrafo William Santos, que reuniu 26 fotografias produzidas, entre 1994 e 2006, na Maternidade Escola da UFRJ e fora dela. O objetivo foi promover a mensagem do aleitamento materno, com a distribuição de materiais explicativos.

O futuro das metrópolesA exposição “Megalópolis”, do artista plástico Eliseo Posse, ocupou o Salão Nobre de julho a agosto. Com patrocínio da Companhia Estadual de Gás (CEG-Rio), os visitantes puderam conhecer oito quadros-esculturas inspirados pelo traçado urbano das grandes metrópoles e por suas diferentes perspectivas.

Mauro Pimentel

Thaisa A

raújo

5Edição especial - Balanço 2011 5

Peças inventivasEm setembro, o público pôde visitar a “Mostra de Designers do Rio de Janeiro”, um conjunto de 59 peças produzidas por profissionais cariocas, de mobiliário a capas de livros e acessórios. Foram expostos trabalhos assinados por Sérgio Rodrigues, Antônio Bernardo, Índio da Costa, Zanini de Zanine e H Stern, entre outros. O evento foi uma parceria da Alerj com a Firjan e a Secretaria de Estado de Desenvolvimento Econômico.

Crianças na telaEm junho, a exposição “Criança In Defesa”, do artista plástico Ronaldo Araújo, foi produzida em parceria com o Centro de Informação das Nações Unidas (Unic-Rio), para lembrar o Dia Internacional das Crianças Inocentes Vítimas de Agressão (4 de junho). A mostra reuniu 20 pinturas a óleo sobre tela e chamou a atenção para questões que envolvem as crianças na sociedade contemporânea, utilizando, para isso, o próprio cotidiano delas.

Palácio de todos os diasA exposição permanente “Lugar de Memória do Parlamento Brasileiro” recebeu, em 2011, 38.780 visitantes no Palácio Tiradentes, entre estudantes, professores, turistas nacionais e estrangeiros – no período de janeiro a novembro. A Alerj reserva um benefício para escolas e instituições públicas do estado interessadas em levar grupos para conhecer a mostra: lanche e ônibus com 44 lugares. O agendamento pode ser feito pelo telefone (21) 2588-1251. A visita guiada funciona de segunda a sábado, das 10h às 17h, e domingos e feriados, das 12h às 17h.

Um rio de históriasEm março, a primeira exposição, intitulada “Paraíba do Sul: um rio de histórias”, com fotos de Rafael Wallace e textos de Romildo Guerrante, serviu de alerta sobre a importância de um dos mais importantes cursos d'água do Sudeste. Com o objetivo de divulgar a necessidade de preservação deste patrimônio natural, a mostra percorreu 14 cidades e terminou o ano na Estação do Metrô Carioca, no Centro do Rio.

Rafael Wallace

Rafael Wallace

Thaisa A

raújo

Edição especial - Balanço 20116

Há, entre as 245 leis aprova-das este ano, uma grande maioria sancionada pelo governador Sérgio Cabral

motivada por eventos que marcaram o ano, como as chuvas que arrasaram sete cidades na Região Serrana em janeiro. A tragédia motivou a Lei 6.023, do depu-tado Marcelo Simão (PSB), que trata do atendimento psicossocial às vitimas de acidentes naturais e calamidades, e da Lei 6.037, do deputado Flávio Bol-sonaro (PP), que obrigou a realização de estudos, análises de risco e medidas preventivas dos desastres naturais.

Outro assunto que teve destaque nos veículos de comunicação e ganhou regras no Parlamento foram as UPPs, que, a partir da Lei 5.890, do então deputado estadual, hoje federal, Alessandro Molon (PT/RJ), ganharam status de política pública e passaram a prever inclusões de ações sociais. O Estado do Rio tam-bém encerra o ano com importantes medidas desburocratizantes. A Lei 6.052, dos deputados Paulo Melo e Edson Albertassi, ambos do PMDB, e Luiz Paulo (PSDB), André Corrêa (PSD) e Paulo Ramos (PDT), simplificou o atendimento público, dispensando o

reconhecimento de firma e a autentica-ção de documentos. Já a Lei 6.058, dos deputados Paulo Melo e Sabino (PSC), dá preferência de tramitação dos proce-dimentos judiciais sobre adoção.

Vinte e uma leis foram promulgadas pelo presidente da Alerj após a derru-bada de vetos do governador. As mais representativas deram origem a três

novas delegacias especializadas: duas de atendimento às crianças e adolescentes – sendo uma voltada às vítimas de maus-tratos e agressões (Lei 5.973, de Paulo Melo) e outra dedicada aos desaparecidos (Lei 6.038, do ex-deputado Jorge Picciani) – e uma terceira que investigará crimes raciais e de intolerância (Lei 5.931, do deputado Átila Nunes, do PSL).

Rafael Wallace

Rafael Wallace

Marcela Maciel

A pacificação das comunidades e as chuvas na Região Serrana motivaram leis

LEgADO

Pelo direito do cidadão

7Edição especial - Balanço 2011

A preocupação em frear os efeitos da ação humana no meio ambiente motivou a criação das leis 6.034, de Átila Nunes, que obriga postos de combustíveis, lava rápidos, transportadoras e empresas de ônibus a reaproveitarem água, e 5.968, dos deputados Cidinha Campos (PDT) e Paulo Melo, que obriga empresas a informarem sobre destinação adequada de óleos comestíveis (foto abaixo).

A prevenção ao câncer ganhou campanha de vacinação para as mulheres, contra o vírus Papiloma Humano (HPV), em norma do deputado Bernardo Rossi (PMDB) e do deputado licenciado Rafael Picciani. Teve destaque regra que impulsionará o atendimento aos dependentes químicos. A Lei 6.011, dos deputados Claise Maria Zito (PSD), Clarissa Garotinho, Edson Albertassi e Márcio Pacheco (PSC) e de Rafael Picciani, institui parceria entre Estado e instituições religiosas e sem fins lucrativos.

Tema que virou destaque, o bullying ganhou destaque no Parlamento fluminense. Os deputados, para evitar esta prática nociva nas escolas, aprovaram a Lei 6.084, do deputado Chiquinho da Mangueira (PMDB). Na área cultural, a Lei 5.946, de André Ceciliano (PT) e Paulo Melo, buscou favorecer a multiplicação dos pontos de cultura. Ela incluiu em lei de incentivo fiscal para a cultura a aquisição de bens imóveis tombados para instalação de equipamentos culturais. Assim, a criação de novos teatros, centros culturais, cinemas e casas de espetáculo será incentivada.

Meio Ambiente

Saúde

Educação e Cultura

Historicamente alvo de grande parte dos projetos apresentados, o consumidor fluminense encerra 2011 protegido contra a má-fé na cobrança da taxa de conveniência pela compra de ingressos (Lei 6.103, de Clarissa Garotinho, do PR) e com a garantia de informação sobre a procedência da carne que consome – o que tem o efeito adicional de combater matadouros clandestinos. A norma, número 5.936, de Wagner Montes (PSD), recai sobre açougues e supermercados, que terão que dar a informação sobre a origem do alimento.

ConsumidorRafael Wallace

Colin Foster

Érica Ramalho

Entre os projetos de lei de maior alcance aprova-dos pela Alerj estão alguns enviados pelo Governo do estado. Um dos mais recentes, discutido e votado em novembro, criou no estado o programa de transferência de renda chamado Plano Rio Sem Miséria, subdivido nos programas Renda Melhor e Renda Melhor Jovens – para

estudantes. Já transformada em lei, recebeu o número 6.088. Ao todo, o Poder Executivo enviou à Casa, em 2011, 71 mensagens. Já o Poder Judiciário teve seis mensagens avaliadas pelos deputados. O Ministério Público Estadual (MP-RJ), quatro e o Tribunal de Contas do Estado (TCE-RJ), duas.

Mensagens do Governo: Rio sem Miséria

Edição especial - Balanço 20118

Partir para a ação. É esta propos-ta, compartilhada nos eventos do Fórum Permanente de De-

senvolvimento Estratégico do Estado do Rio, que anima o assessor da Diretoria da União Brasileira para a Qualidade (UBQ), Luiz Carlos Nunes (foto), a participar dos encontros promovidos no Palácio Tiraden-tes. Este ano, ele esteve presente a todos os 11 eventos realizados pelo Fórum, que trataram de temas que vão desde o legado dos megaeventos esportivos e a cadeia produtiva do gado de corte ao fomento às micro e pequenas empresas. “Além de trazer temas que colaboram para o crescimento nos diversos setores econô-micos, ele também agrega a sociedade e dá instrumentos para a ação. Uso as informações e estudos apresentados no meu trabalho”, afirma Nunes.

Para o diretor superintendente da Câ-mara de Comércio Americana (Amcham-Rio), Helio Blak, os eventos realizados este ano ampliaram a visão dos toma-dores de decisão. Ele destaca ainda o encaminhamento da Carta que foi gerada no 2º Fórum de Comércio Internacional, realizado em maio, base para o encami-nhamento de sugestões nos segmentos de logística, infraestrutura e tributação na esfera estadual. Este ano também foi aprovada a Lei 6.052/11, que obriga o Poder Executivo, através de seus órgãos e entidades, a ter a Carta de Serviços ao Cidadão, instrumento que explica, através de cartilhas elaboradas pelos próprios órgãos, as suas atribuições e o tempo de resposta das solicitações que podem ser feitas pela sociedade.

Para o secretário de Estado de Desen-volvimento Econômico, Energia, Indústria e Serviços, Julio Bueno, o lançamento do 4º Anuário de Finanças dos Municípios Fluminenses, em outubro, foi um dos principais eventos do Fórum. O estudo apresenta dados das contas municipais, como gastos com pessoal e arrecadação de IPTU, além de artigos de especialis-tas. O Fórum, que agrega 33 entidades e universidades, também tem ampliado o seu debate para a TV Alerj (canal 12 da NET), através de um programa semanal, e para as redes sociais (meadiciona.com/forumdesenvolvimento).

Fernanda Porto

Pensando o futuroPROJETOS

Nathalia Felix

Edição especial - Balanço 2011 9

Dias de treinamentoIniciado em abril, o ciclo de turmas do media trainning ofere-

cido pela Subdiretoria de Comunicação Social fez sucesso entre os deputados. “Se ver na tela, sendo conduzido por pessoas do ramo, é melhor do que tentar acertar sozinho”, pontuou o deputado Alessan-dro Calazans (PMN). As aulas foram divididas em duas etapas: a didática, com a utilização de uma cartilha, e a teórica. “O melhor do curso foi a possibilidade de encarar de frente meus próprios erros”, admitiu o deputado Bernardo Rossi (PMDB). Além do serviço, a subdiretoria também começou a editar o JORNAL DA ALERJ Especial Visita Guiada – cada um deles é produzido logo após a vinda das escolas ao Palácio Tiradentes; com isso, 105 instituições de ensino já receberam a publicação.

Ainda mais próximo de vocêO ano de 2011 foi de consolidação das mídias sociais. Além da

divulgação das atividades parlamentares e da cobertura ao vivo das votações, a participação popular através de comentários, dúvidas e sugestões cresceu. De março a novembro, 4.439 novas pessoas passaram a seguir o perfil da Alerj no Twitter, totalizando 8.121 seguidores. Para completar, a página do perfil ganhou o selo de conta verificada pela administração do serviço, o que garante sua autenticidade. No final de março, foi inaugurada a página da Alerj no Facebook. Até novembro, 911 pessoas haviam curtido a página, que conta com média mensal de 50 mil visualizações. O Parlamento realizou campanhas de assinatura do jornal quinzenal, onde as pes-soas foram convidadas a preencher um cadastro (bit.ly/jornalalerj) para receber gratuitamente, em suas casas, a publicação.

twitter.com/alerj,

facebook.com/assembleiaRJ

gplus.to/assembleiaRJ

Jornal para ser ouvidoUma das principais

iniciativas da Casa em prol da inclusão social em 2011 foi o início do servi-ço de audiodescrição do JORNAL DA ALERJ. Dessa forma, pessoas com deficiência visual também passaram a ter contato com as matérias sobre as ações do Legis-lativo publicadas. “Foi uma grande conquista para os cegos. É um ser-viço que faz do Parlamen-to fluminense uma Casa cada vez mais preocu-pada com o bem-estar dos cidadãos”, declarou o advogado Charles Souza (foto), que recebe a au-diodescrição por e-mail e repassa para sua rede de amigos. Ao todo, 150 en-dereços eletrônicos – de instituições de apoio aos cegos a pessoas físicas – já recebem o serviço.

Comunicação em diaDez anos de excelência

No ano de sua primeira década, a Escola do Legisla-tivo (Elerj) teve motivos para comemorar. Um evento, em novembro, marcou a data. Ele foi aberto pelo presidente da Alerj, deputado Paulo Melo (PMDB), que recebeu das mãos do presidente da Associação Brasileira das Escolas Legislativas, Florian Madruga, a Lei Orgânica do Muni-cípio do Rio e a Constituição Estadual, ambas em braile. Durante a cerimônia, também foi lançada a REVISTA DA ELERJ. Um dos símbolos do sucesso da Escola, a recepcionista Sandra Cardoso (foto), que começou sua carreira profissional como auxiliar de limpeza, disse, no evento, que deve à instituição o sucesso profissional. “Eles me convenceram a fazer o curso de Educação de Jovens e Adultos (EJA) e, a partir daí, cresci no trabalho”, agradeceu. Em 2011, a instituição formou duas mil pessoas, realizou 27 cursos de curta duração e cinco debates abertos ao público externo, ofereceu 45 vagas em mais uma turma de MBA e organizou quatro seminários. As turmas do EJA, cujo objetivo é aumentar a escolaridade de funcionários do Parlamento, tiveram 35 alunos. O Pré-Vestibular Social (PVS) regular, em parceria com a Fundação Cecierj, rece-beu 1.300 inscrições. As aulas contaram com 320 alunos. No PVS intensivo, foram 750 inscritos para 140 vagas. Responsável ainda pelo Coral Pró-Canto, a Escola atendeu a 30 funcionários com aulas específicas às segundas e sextas-feiras. Foram cinco apresentações em 2011.

Em agosto, a Alerj participou do 2º Congresso Fluminense de Municípios, no Cais do Porto. Organizado pela Associação Estadual de Municípios do Rio (Aemerj), o evento teve como uma de suas principais discussões o fortalecimento das parcerias público-privadas (PPPs). A Casa também montou um stand para divulgar a atuação do Legislativo entre os participantes do congresso.

Nathalia Felix

Rafael W

allace

Gabriel Telles

Edição especial - Balanço 20111010

cOmiSSõES

Mauro Pimentel

André Coelho

Deputados nas ruas

Assuntos da Criança, do Adolescente e do IdosoA preocupação com o aumento do uso de crack por crianças e jovens da Baixada Fluminense e as recorrentes denúncias de desrespeito aos idosos nos transportes públicos levaram a Comissão de Assuntos da Criança, do Adolescente e do Idoso, presidida pela deputada Claise Maria Zito (PSD), a lançar duas campanhas de conscientização em 2011. Junto à Frente Parlamentar Pró-Adoção, presidida pelo deputado Sabino (PSC), o colegiado aderiu às ações de incremento dos processos de adoção no estado.

Saneamento AmbientalCriar um marco regulatório para o saneamento no estado. O objetivo da comissão presidida pela deputada Aspásia Camargo (PV) para 2012 começou a ser sedimentado em 2011. Foram dez audiências, nove vistorias externas (incluindo idas à estações de Tratamento de Águas), quatro reuniões ordinárias e 14 reuniões extraordinárias. No final do ano, o grupo voltou suas atenções para o vazamento de óleo da Chevron na Bacia de Campos e sugeriu a criação de um plano de contingência para acidentes deste tipo.

Audiências públicas, reuniões e visitas externas marcaram o primeiro ano da 10ª Legis-

latura. Assuntos diversos motivaram 166 audiências, 95 reuniões ordinárias, 391 reuniões deliberativas e 23 visitas técnicas em dez municípios. Ao todo, funcionaram, em 2011, 36 comissões permanentes, dez comissões especiais e cinco comissões Parlamentares de Inquérito (CPIs). A CPI das Carteiras Estudantis Falsas teve seu relatório apro-vado em novembro. “O que se mostrou mais urgente foi a criação de um órgão central, com farto banco de dados, para controle da emissão através da adoção de documento único”, resumiu o relator, deputado Gustavo Tutuca (PSB). A CPI que investigou o tráfico de armas, munições e explosivos, presidida pelo deputado Marcelo Freixo (PSol), apon-tou deficiência no controle e fiscalização do mercado legal de armas e falta de estrutura dos órgãos de investigação e repressão ao comércio ilegal. As demais CPIs investigaram responsabilidades pela tragédia das chuvas na Região Ser-rana (iniciada em 2010), irregularidades no Ecad e denúncias envolvendo o 9º Registro Geral de Imóveis.

11Edição especial - Balanço 2011 511

Rafael Wallace

Gabriel Telles

Gabriel Telles

EducaçãoA garantia de R$ 40 milhões no orçamento de 2012 para as universidades do estado e os debates em defesa do ensino público de qualidade marcaram a atuação da Comissão de Educação em 2011. Presidida pelo deputado Comte Bittencourt (PPS), o colegiado realizou 36 audiências públicas, que contaram com a participação de secretários de estado, reitores de universidades, representantes de sindicatos, diretores de escolas e alunos. “Realizamos debates qualificados e buscamos sempre dar contribuições, no sentido de encontrar soluções para todos os problemas apresentados”, destacou o parlamentar.

Defesa do ConsumidorA Comissão de Defesa do Consumidor, presidida pela deputada Cidinha Campos (PDT), recebeu, em 2011, 25.529 reclamações e conseguiu solucionar 18.066 pedidos. Os conciliadores contam ainda com 5.742 casos em andamento, que buscam resposta do Judiciário. O maior mecanismo na luta pelos direitos legais dos cidadãos foi o ônibus do consumidor, com 10.203 atendimentos. Já o Disque Defesa do Consumidor (0800 282 7060) alcançou 3.895 ligações. O colegiado também atuou com ações na Justiça, para, dentre outras coisas, acionar a Cedae por cobrança indevida e a Light para explicar as explosões de bueiros.

TransportesProblemas nos trens, acidentes com barcas e bondes, duplicação da Rodovia BR-040 e abuso de agentes de segurança em estações do metrô: 2011 foi o ano de diversos problemas nos transportes públicos. E a comissão que debate o tema na Alerj, presidida pelo deputado Marcelo Simão (PSB), não poderia deixá-los de lado. “Todas as nossas audiências e reuniões foram ao encontro das necessidades e demandas do cidadão fluminense e, por isso, buscamos intensificar o trabalho no sentido de melhorar a qualidade nos serviços prestados pelas concessionárias de transportes do estado”, avaliou o parlamentar.

Segurança Pública e Assuntos de PolíciaO ano da Comissão de Segurança Pública e Assuntos de Polícia, presidida pelo deputado Zaqueu Teixeira (PT), foi marcado por visitas a quatro comunidades cariocas pacificadas – algumas já receberam unidades de Polícia Pacificadora (UPPs): Complexo do Alemão, Pavão-Pavãozinho/Cantagalo, Dona Marta e Rocinha. Os parlamentares do colegiado quiseram conferir se os investimentos do poder público também estão sendo destinados à promoção da cidadania como um todo. A comissão também realizou sete audiências, que contaram com a presença de autoridades, como o secretário de Segurança, José Mariano Beltrame.

As comissões especiais levaram os parlamentares a visitar as obras do Maracanã e os terminais rodoviários (foto) e aero-portuários, para saber a quantas andam os preparativos para a Copa de 2014 e as Olimpíadas de 2016. Também provocaram idas a grandes empreendimentos, como o Superporto do Açu e a Companhia Siderúrgica do Atlântico (CSA). E discutiram temas como a influência do Comperj nos municípios circunvizinhos, o desenvolvimento econômico e social da Baixada Litorânea e a Lei de Transparência dos Gastos Públicos, entre outros.

Obras em pautaMauro Pimentel

Edição especial - Balanço 201112

“Não existe Assembleia Legislativa tão célere e produtiva”

ENTREviSTA

Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro Rua Primeiro de Março s/nº sala 406 – Rio de Janeiro/RJ – CEP-20010-090

Como o senhor encara este primeiro ano da Legislatura?

De uma forma muito positiva. Con-seguimos concluir o calendário numa celeridade nunca vista antes na história do Rio, pois aprovamos o orçamento no dia 1 de dezembro. Para você ter uma ideia, aprovamos mais de R$ 1,5 bilhão em empréstimos para o Governo do esta-do. Aprovamos uma lei importantíssima, que é a lei das Organizações Sociais (OSs). Votamos diversas leis de benefícios para os funcionários públicos. Destaco também o desempenho da Comissão de Constituição e Justiça e da Comissão de Orçamento, que foi célere, mas também parabenizo o trabalho das comissões de Defesa do Consumidor e de Defesa dos Direitos Humanos, que têm um funcio-namento muito dinâmico.

A Casa agiu com autonomia?Muito. Aprovamos leis que sentimos

que tínhamos que aprovar, mas também opinamos, num linguajar popular, demos os nossos pitacos, em todas as matérias do Governo. Inclusive, na que tratava dos funcionários do Inea, sentimos uma oposição muito forte do Governo em re-

lação a uma emenda, num determinado artigo, e eu, como presidente da Casa, deixei bem claro: olha, a Assembleia respeita a posição do Governo, mas vai votar. Tenho uma relação ótima com o governador Sérgio Cabral, mas ele tam-bém já foi chefe do Legislativo.

Como é seu jeito de administrar?É diferente, mas respeito as outras ad-

ministrações, que foram produtivas para a Casa. Estamos gastando onde temos que gastar e economizando onde temos de economizar. Vamos fechar o ano com uma economia de, aproximadamente, R$ 60 milhões. Deste total, 50 milhões deveremos colocar no Fundo da Alerj, que é uma capitalização que estamos fazendo para construir um novo prédio do Legislativo – estamos procurando o local. Também pretendemos investir na reforma do Palácio Tiradentes.

Na prática, o que mudou?Não tenho compromisso com o erro.

Existem setores que foram criados e que estão funcionando maravilhosa-mente bem, como a Cultura. Temos que economizar tempo e dinheiro e, por isso, diminuí vários órgãos. Acabei com diretorias que eram inoperantes e criei novas. Também fizemos o recadastra-mento dos funcionários e conseguimos ter êxito de 100%.

O senhor passa a imagem de ser um homem enérgico e exigente.

Acho que é preciso dar o exemplo, afinal de contas aqui é um laboratório, uma fábrica que fornece tudo para o cum-primento de direitos e obrigações. Para o Legislativo e para população, este foi um ano positivo. Tenho orgulho em presidir o Parlamento e desafio que exista outra Assembleia tão célere e produtiva.

Dinamismo e agilidade foram marcas do primeiro ano da 10ª Legislatura, garante o presidente da Alerj, deputado Paulo Melo (PMDB), em sua estreia à frente da Mesa Diretora. Sob sua administração a Casa conseguiu votar o Orçamento de 2012 em tempo recorde e assegurou a economia de R$ 60 milhões. Deste total, R$ 50 milhões serão destinados ao novo Fundo da Alerj.

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