jornal da agr - 96 - setembro 2013

16
SETEMBRO 2013 - ANO 20 - Nº 96 Sede da AGR: Av. Ipiranga, 5311- Sala 205 - Jardim Botânico - POA / RS - CEP: 90610-001 23ª Jornada Gaúcha de Radiologia Clube Hugolino Andrade Especial Gramado recebe primeira edição fora de Porto Alegre nos dias 19 e 20 de outubro Evento atualiza cerca de 600 profissionais

Upload: mauro-plastina

Post on 03-Apr-2016

217 views

Category:

Documents


0 download

DESCRIPTION

Jornal da Associação Gaúcha de Radiologia - edição 96 (setembro 2013)

TRANSCRIPT

Page 1: Jornal da AGR - 96 - setembro 2013

SETEMBRO 2013 - ANO 20 - Nº 96

Sede da AGR: Av. Ipiranga, 5311- Sala 205 - Jardim Botânico - POA / RS - CEP: 90610-001

23ª Jornada Gaúcha de Radiologia

Clube Hugolino Andrade EspecialGramado recebe primeira edição fora de Porto Alegre nos dias 19 e 20 de outubro

Evento atualiza cerca de 600 profissionais

Page 2: Jornal da AGR - 96 - setembro 2013

Edição do “Jornal da AGR”: Playpress Assessoria de Imprensa

Jornalista Responsável: Marcelo Roxo Matusiak Registro: MTB/RS: 10063Fones: (51) 3361.6016 / (51) 8536.0690 / (51) 8536.0691E-mail: [email protected]

Equipe:Rafael Dias Borges, Mauro Plastina, Lucas Aleixo, Suamy Sejanes, Mariana da Rosa e Renan Bardemaker

Presidente: Dr. Ildo BetineliTesoureiro: Dr. Silvio Cavazzola

Vices-presidentes:Tomografia Computadorizada: Dr. Rodrigo DuarteRessonância Magnética: Dr. Gustavo LuersenRadiologia Geral: Dr. Thiago KriegerAngiologia e Radiologia Intervencionista: Dra. Simone ValdugaDensitrometria Óssea: Dra. Beatriz AmaralMedicina Nuclear e Radioterapia: Dr. Osvaldo EstrelaAdministração: Dr. Everton KruseUltrassom: Dr. Carlos Roberto MaiaMamografia: Dr. Dakir Duarte

Sede da AGR: Av. Ipiranga, 5311- Sala 205 - Jardim Botânico - POA / RS - CEP: 90610-001 - Fone/Fax: (51) 3339.2242

A Associação Gaúcha de Radiologia é filiada ao Colégio Brasileiro de Radiologia e Diagnóstico por imagem. O jornal da AGR é uma publicação oficial, semestral, com distribuição gratuita a todos os médicos radiologistas do Rio Grande do Sul, Sociedade de Radiologia do Brasil e demais países do Mercosul.

EXPEDIENTE

A Associação Gaúcha de Radiologia é filiada ao Colégio Brasileiro de Radiologia e Diagnóstico por imagem. O jornal da AGR é uma publicação oficial, semestral, com distribuição gratuita a todos os médicos radiologistas do Rio Grande do Sul, Sociedade de Radiologia do Brasil e demais países do Mercosul.

EXPEDIENTE

Sumário

6Clube Hugolino Andrade Especial em Gramado /RS

12Presenças Internacionais

1023ª Jornada Gaúcha de Radiologia

2

14Homenagem à radiologistas

Page 3: Jornal da AGR - 96 - setembro 2013

É com alegria que tenho desempe-nhado a função de representá-los. Na esfera científica temos andado bem; a nossa Jornada está se con-solidando com sua sede definitiva em Porto Alegre. O que temos ob-servado é a falta de colegas de tra-

dição do nosso meio e que fazem falta para o engrandecimento da especialidade. Mantivemos no de-correr do ano o tradicional encon-tro Hugolino Andrade, com uma frequência bimestral, intercalado com os Grupos de Estudo na área de Neurorradiologia, coordenado pelo Dr. Rodrigo Duarte; na área do Tórax pelo Dr. Thiago Krie-ger; do Abdômen, pelo Dr. Gus-tavo Luersen; e na área de Mús-culo Esquelético pela Dra. Simone Valduga. Nestes eventos também temos tido baixa frequência, espe-cialmente dos médicos residentes, o que é um desperdício como for-ma de aprendizado.

No campo administrativo temos trabalhado com o binômio ética-valorização profissional buscando

conscientizar os colegas radiolo-gistas a fazer contas e não atender com valores baixos só para aboca-nhar o mercado do outro.

Teremos em Gramado, nos dias 19 e 20 de outubro o nosso Clube Hugolino Andrade Especial, que será realizado no Hotel Alpes-tre aonde teremos uma excelente oportunidade de confraterniza-ção. O evento terá em sua pro-gramação lesões elementares da Radiologia, conforme programa anexo nesse Jornal.

Espero vê-los lá.

Abraços

Dr. Ildo Betineli, Presidente da Associação Gaúcha de Radiologia

Editorial

3

Gostaria de parabenizar a todos, em especial aos meus companheiros de diretoria da AGR e aos membros de nossa comissão científica, pelo su-cesso da XXIII Jornada Gaúcha de Radiologia. Este ano contamos com cerca de 550 participantes, repetindo os números do ano anterior.

Os membros da comissão científica observam que este acréscimo no nú-

mero de participantes tem se efetua-do mais pela abertura de espaço para profissionais que trabalham em con-junto com a especialidade, como os técnicos em radiologia, física e enfer-magem, do que pela participação de médicos radiologistas. Chama a aten-ção que colegas antes assíduos parti-cipantes não estão mais prestigiando não só a Jornada, como também os Cursos de Atualização, as Reuniões dos Grupos de Estudo e o Clube Hu-golino de Andrade.

Gostaríamos de conclamar a todos que tornem a participar dos eventos, pois além da possibilidade de atuali-zação que proporcionam, há o con-vívio e a confraternização para que possamos discutir os problemas que nos afligem e, juntos, possamos for-talecer cada vez mais nossa especia-lidade.

Faço o convite para que todos par-

ticipem do último evento organizado este ano pela AGR, que será um Clu-be Hugolino Especial que ocorrerá em Gramado nos dias 19 e 20 de ou-tubro, com a presença do Prof. An-tônio Eiras (RJ). Serão ministradas aulas em imagem do Abdômen e Tó-rax, além da tradicional apresentação de casos dos residentes dos diversos serviços do estado.

Estamos organizando para agosto de 2014 uma grande Jornada em parce-ria com a ICIS (International Cancer Imaging Society), com foco em Ima-gem em Oncologia. Esperamos con-tar com um número cada vez maior de colegas radiologistas para que possamos fortalecer e consolidar a Jornada Gaúcha Radiologia como o maior evento da especialidade no Sul do Brasil.

Abraço a todos e espero vê-los em Gramado em outubro.

Dr. Silvio Cavazzola, Presidente da Jornada Gaúcha de Radiologia 2013

Page 4: Jornal da AGR - 96 - setembro 2013

A Radiologia e a Oncologia cada vez mais assumem um papel importante na saúde pública do país,

sobretudo com o envelhecimento da população e aumento da expec-tativa de vida. Os temas ligados ao diagnóstico de câncer foram abor-dados em diversas aulas realizadas no primeiro dia da Jornada Gaúcha de Radiologia. A abertura oficial do evento, foi realizada na noite de 28 de junho e a programação contou com aulas durante o sábado ligadas a áreas como: oncologia , enferma-gem, mama, física médica, ultras-sonografia em músculo esquelético e pediátrico, intervenção, coluna e neuro e medicina nuclear.

- Nós radiologistas trabalhamos em clínicas privadas e hospitais e te-mos cada vez mais lidado no nosso dia a dia com essas situações e por isso tem tido uma dimensão mui-to grande. A AGR se tornou uma

das pioneiras em trazer um evento específico de imagem em oncologia para aumentar e trazer conhecimen-to avançado. Procuramos discutir rastreamento, diagnóstico e acom-panhamento das lesões - comentou o médico radiologista, membro do Colégio Brasileiro de Radiologia (CBR), da Sociedade Internacional de Imagem em Oncologia (ICIS) e da Sociedade Internacional de Res-sonância Magnética em Medicina (ISMRIM), Marcos Duarte.

O palestrante destacou também a importância do controle da resposta terapêutica que é fundamental pra avaliar se o tratamento está sendo benéfico ou não.

- Existem ferramentas avançadas que são chamadas de métodos fun-cionais. Partimos de um paradigma no qual vivíamos uma radiologia que era apenas em dimensão contor-nos e características visuais. Entra-

mos na era dos métodos funcionais, ou seja, detectamos alterações fisio-lógicas de forma mais precoce do que morfológica, ou seja, muitas ve-zes há alterações de nível molecular, bioquímicas e que podem ser identi-ficadas com Ressonância Magnética de perfusão ou difusão ou PET CT e que não poderiam ser identificadas com métodos tradicionais como a Tomografia Computadorizada Con-vencional, Raio x ou Cintilografia - completa.

As melhorias fazem com que o diag-nóstico seja mais precoce e a tomada de atitude seja instituída de modo mais correto. Um exemplo foi tra-zido na palestra sobre Mama, pela diretora médica da Mamorad, Radiá Pereira dos Santos, que apresentou detalhes da Mamografia 3D, ou To-mossíntese.

Novas tecnologias fazem radiologia viver uma nova era

Geral

Page 5: Jornal da AGR - 96 - setembro 2013

- A técnica é capaz de nos dar um diagnóstico mais preciso dentro da radiologia mamária porque mini-miza a sobreposição das imagens permitindo que a gente consiga ob-servar melhor as lesões dentro da mama - explicou a diretora médi-ca da Mamorad, Radiá Pereira dos Santos.

A programação contou com a pre-sença de dois convidados estrangei-ros, ambos dos Estados Unidos: Ja-nio Sklaruk, falou do diagnóstico de câncer renal e em abdome e Michael Modic, trouxe aulas focadas na área de coluna.

A palestra de abertura do evento foi realizada pelo jornalista Túlio Mil-man abordando “A Ética e o novo paradigma da comunicação”. A ce-rimônia trouxe ainda homenagens a importantes nomes da radiologia gaúcha e nacional com a distinção oferecida aos médicos Luis Carlos Garcia de Assis Brasil e Osvaldo Estrela Anselmi. No discurso de abertura, o presidente da AGR, Ildo Betineli, destacou 3 importantes compromissos assumidos pela dire-toria da entidade.

- Um dos focos é a área técnico--científica que vai muito bem, pois estamos mantendo atividades exce-lentes e com o auxílio fundamental e entrosamento de todos os membros da diretoria. O segundo aspecto, é o campo ético, porque o radiologista muitas vezes estuda muito, mas não pode deixar de olhar com atenção para esse assunto. O terceiro, é a negociação com prestadores de ser-viços como os planos de saúde, na qual temos conseguido conquistas importantes - afirmou.

Page 6: Jornal da AGR - 96 - setembro 2013

Clube Hugolino Andrade Especial

Solução de Telerradiologia mais completa do Brasil

6

SÁBADO 19/10/2013 - manhã09:00 – 09:30 – Lesão focal na cirrose. Como abordar? – Dr. Antonio Eiras09:30 – 10:00 – Imagem do abdômen agudo vascular – Dr. Antonio Eiras10:00 – 10:30 – INTERVALO10:30 – 11:00 – Consolidação e vidro-fosco: Diagnóstico diferencial – Dr. Bruno Hochhegger11:00 – 11:30 – “Pitfalls do velho e bom raio X” – Dr. Thiago KriegerSÁBADO 19/10/2013 - tarde14:00 – 14:30 – A imagem nas doenças granulomatosas – Dr. Rodrigo Bello14:30 – 15:00 – O coração na TC de tórax: o que temos que relatar? – Dr. Felipe Torres15:00 – 15:30 – INTERVALO15:30 – 16:00 – Abdômen agudo inflamatório e diagnósticos diferenciais – Dr. Antonio Eiras16:00 – 16:30 – Obstrução intestinal: O que o radiologista deve procurar – Dr. Antonio Eiras16:45 – 17:30 – Gincana de casos de emergência. DOMINGO 20/10/201309:00 – 09:45 – Diagnóstico diferencial das lesões hipervasculares no fígado.10:00 – 11:00 – Apresentação de casos

Clube Hugolino Andrade Especial em Gramado discute radiologia de abdômen e tórax

Programa Científico

A constante capacitação profissional e a oportu-nidade de análise de dife-rentes casos clínicos, ca-

racterísticas dos encontros do Clube Hugolino Andrade, acontecem pela primeira vez na Serra Gaúcha. A AGR geralmente promove este evento em Porto Alegre, mas inedi-tamente, a entidade realiza a ativi-dade em Gramado.O encontro reunirá médicos, estu-

dantes e residentes no Hotel Alpes-tre, entre os dias 19 e 20 de outu-bro. Uma das principais atrações da atividade é a palestra do vice-presi-dente de Ressonância Magnética da Sociedade Brasileira de Radiologia, Antônio Eiras (RJ). A primeira edi-ção do Clube Hugolino Andrade Es-pecial traz palestras relacionadas ao abdômen e tórax.

Local: Hotel AlpestreRua Leopoldo Rosenfeldt, 67Gramado - RSData: 19 e 20 de outubroInscrições: AGR [email protected] (51) 3339.2242 Informação sobre hospedagem: Official Turismo - com Fernanda [email protected](51) 3012.7008

Page 7: Jornal da AGR - 96 - setembro 2013

Com um tema atual e de interesse de toda a socie-dade o jornalista Túlio Milman concedeu a pa-

lestra de abertura da XXIII Jornada Gaúcha de Radiologia. Na introdu-ção do assunto o palestrante colocou conceitos básicos da comunicação de emissor, receptor e meio da mensa-gem, ilustrando com exemplos prá-ticos do dia-a-dia do médico, quando o paciente mesmo sem usar palavras, pode através dos sintomas comuni-car uma série de informações ao pa-ciente. Após, comentou o avanço da interatividade no mundo atual.

- Antigamente a comunicação era muito linear e a interatividade era muito pequena. O auge era dar boa noite em voz alta para o apresenta-

dor da televisão, por exemplo. Hoje o jornalista está no Twitter e se tu comentar alguma coisa ele responde - afirmou.

Outro tema atual, que é o crescente uso da internet na busca da informa-ção, não ficou de fora. O número de usuários aumenta e o meio se tornou uma fonte de informação rica, mas que exige cautela na veracidade do que está divulgado. - Vocês, médicos, são a segunda opi-nião, porque o Google é a primeira. Muitas vezes o paciente lê infor-mações absurdas e o profissional é obrigado a desfazer toda aquela ideia que foi criada no imaginário do paciente – completou Túlio.

A palestra tinha como tema origi-nal a ética, porém o jornalista sou-be com maestria conduzir o assunto através de referências aos aconteci-mentos que sacudiram o Brasil com manifestações em todas as partes do país.

- Tenho uma definição de ética que é simples, ou seja, é aquilo que a gente faz quando ninguém está olhando. Tem a ver com comportamento e postura. A moral a gente pode ab-sorver, mas a ética é própria da pes-soa - finalizou.

Túlio Milman é apresentador do ca-nal TVCOM e colunista do jornal Zero Hora e da Rádio Gaúcha.

Túlio Milman fala de ética e nova realidade da comunicação social

Foto: Marcelo Matusiak

Geral

Page 8: Jornal da AGR - 96 - setembro 2013

Geral

Em um cenário fictício o paciente é submetido a um exame com injeção de contraste e em segui-

da ele começa a sentir falta de ar e tontura. O médico radiologista é chamado e a partir daquele exato instante, tudo que fizer nos primei-ros minutos pode ser decisivo para sobrevida e para que o paciente não venha ter sequelas futuras. O exem-plo foi vivido através de um exercí-cio de simulação realizado durante o Curso de Assistência à Vida (AVR) durante a Jornada Gaúcha de Radio-logia.

- Toda diferença do atendimento está nos primeiros 3 a 5 minutos, não só do que é feito, mas também do que deixa de ser feito. O primeiro atendimento é crucial para sobrevi-vência, por exemplo, de um pacien-te em parada cardíaca para que ele sobreviva para que não venha a ter

sequelas futuras - explicou o médico cardiologista Diretor do programa de prevenção da Morte Súbita da Sociedade de Cardiologia do RS, Marcelo Rava de Campos.

O índice de complicações no serviço de radiologia por meio de contraste é pequeno. No entanto, o treinamen-to é fundamental para que o médico radiologista tenha o conhecimento de procedimentos iniciais que são importantes para o atendimento de urgência.

- É preciso primeiro analisar o cená-rio e saber identificar que a pessoa ficou desmaiada, que ela não respi-ra adequadamente, ficou sem pulso, não tem circulação e a partir daí desencadear uma série de atos para desenvolver a melhor forma de aten-dimento. É importante solicitar um desfibrilador e uma equipe de supor-te para poder executar o atendimen-

to - completa Marcelo.

O objetivo do curso é preparar os médicos para atuação em situações inesperadas e que exigem o pronto--atendimento. Durante o turno da manhã, foi feita uma introdução teórica de contrastes, reações ad-versas, riscos e prevenção. No tur-no da tarde o grupo se concentrou na aula prática dividida em Suporte Básico, Vias Aéreas e Suporte Avan-çado.

O Curso AVR foi promovido pela AGR em parceria com o Colégio Brasileiro de Radiologia e Diagnós-tico por Imagem (CBR). As aulas fo-ram ministradas pelo diretor cultu-ra do CBR, Ademar José de Oliveira Paes Junior e pelos médicos Gaston Garcia, Lucas Petersen e Marcelo Rava Campos. A coordenação foi de Simone Valduga.

Curso destaca importância de preparo do médico radiologista em urgências

Foto: Marcelo Matusiak

Page 9: Jornal da AGR - 96 - setembro 2013

A discussão do tema uniu profissionais das três áre-as, durante a realização da Jornada Gaúcha de Radio-

logia, em Porto Alegre. O objetivo foi avaliar como a técnica e uso do PET--CT têm contribuído para o tratamen-to de pacientes com câncer. A tecnolo-gia tem permitido aos médicos, obter uma resposta objetiva em relação ao que está sendo feito visando antecipar mudanças de tratamento quando ele não está sendo efetivo.

- O PET-CT agrega uma informação que chamamos de funcional, ou meta-bólica. Injetamos no paciente um ma-

terial radioativo marcado com um tipo de glicose que tem afinidade por cé-lulas tumorais. Então, é possível ras-trear a atividade do tumor durante o tratamento. Assim é possível verificar se esse tratamento está sendo efetivo ou não – explicou a médica nuclear e gestora do serviço médico de medi-cina nuclear e PET-CT do Hospital Mãe de Deus, Clarice Sprinz.

O PET-CT pode ser considerado como uma tomografia computadoriza-da de corpo inteiro com doses ajusta-das de radiação e uma quantidade mí-nima de elementos radioativos. Todos pacientes tem as doses ajustadas por idade e peso.

Oncologia, radiologia e medicina nuclear ajudam no combate ao câncer

Foto: Marcelo M

atusiak

Page 10: Jornal da AGR - 96 - setembro 2013

23ª Jornada Gaúcha de Radiologia

atualiza cerca de 600 profissionais

com 132 palestras

Page 11: Jornal da AGR - 96 - setembro 2013

Capa

Foram 132 palestras, que aconteceram durante os três dias da 23ª Jornada Gaúcha de Radiologia. O

evento, realizado entre os dias 28 e 30 de junho pela Associação Gaúcha de Radiologia (AGR), contou com a participação de aproximadamente 600 especialistas na área. O tema central desta edição contemplou a contribuição da especialidade no diagnóstico de doenças da coluna e relacionadas à oncologia.

- Foi um sucesso em todos os senti-dos. Os radiologistas se atualizaram em vários temas, principalmente com relação às novas tecnologias que podem facilitar o diagnóstico por imagem precoce do câncer e so-bre lesões neurológicas que afetam a coluna vertebral. Todas as capaci-tações tiveram uma aceitação mui-to grande – afirma o presidente da AGR, Ildo Betineli.

A ligação entre a Radiologia e a Oncologia está cada vez mais forte, sobretudo com o aumento da expec-tativa de vida. Diversas aulas foram realizadas para abordar os mais di-versos âmbitos da doença e caracte-rísticas da interpretação de exames de imagem.

Além disso, foram realizadas ativi-dades de atualização em áreas re-lacionadas à enfermagem, mama, física médica, ultrassonografia em músculo esquelético e pediátrico, in-tervenção, coluna e neuro e medici-na nuclear.

A programação da Jornada Gaú-cha de Radiologia também contou com a presença de dois convidados estrangeiros, ambos dos Estados Unidos: o professor da Universida-de do Texas, Janio Szklaruk, abor-dou o diagnóstico de câncer renal e em abdome. Por sua vez, o professor da Faculdade de Medicina da Cleve-

land Clinic Lerner, Michael Modic, contemplou a radiologia especializa-da em coluna.- Houve um acréscimo no número de participantes e todos gostaram muito do evento. Temos uma série de razões para estarmos satisfeitos com as conquistas dessa edição e para esperarmos que a próxima seja ainda melhor - considera o tesourei-ro da AGR, Silvio Cavazzola.

A 23ª Jornada Gaúcha de Radiolo-gia também reservou espaço para analisar as estratégias governamen-tais com relação à saúde brasileira. A AGR se posicionou referente à iniciativa de migrar médicos estran-geiros sem um processo de revali-dação e, em conjunto com o Colégio Brasileiro de Radiologia, propôs so-luções como a criação de planos de carreira para interiorizar a medici-na, a fim de sanar os gargalos da saúde nos pontos mais isolados do país.

Page 12: Jornal da AGR - 96 - setembro 2013

A busca pela moderação e bom uso no diagnóstico por imagem é a bandei-ra defendida pelo médico

norte-americano, Michael Modic, dos Estados Unidos, que participou da Jornada Gaúcha de Radiologia promovida em Porto Alegre. Presi-dente do Neurological Institute, de Cleveland, mestre e especialista em coluna, Michael T. Modic, acredita que o uso do diagnóstico por imagem está em demasia, o mesmo ocorren-do com intervenções cirúrgicas em casos de dores nas costas.

- Há estudos interessantes que mos-tram o impacto econômico e evidên-cias que essa prática tem provocado. Existe uma nomenclatura que cha-mamos de Red Flags (Bandeira Ver-melha), na qual são identificados nos pacientes 3 situações graves como tumor, infecção ou trauma. A histó-ria natural de doença diz que mui-tas vezes não fazer nada é também

um bom tratamento ao paciente que tem dor nas costas. Se não há risco de câncer, risco de infecção ou trau-ma, para todos os outros casos po-demos dizer que o tempo é a melhor medicação para ver o que acontece ao longo do tempo - afirmou.

A explicação para o fenômeno, se-gundo Michael Modic, está no fato do exame de imagem ser muito fá-cil de fazer e pelo fato dos pacientes, realmente desejarem. Outro motivo é que a imagem contém muitas in-formações úteis para uma tomada de decisão. No entanto, é preciso saber aproveitar esses dados, caso contrário não terá efeito prático ne-nhum.

- Se você olhar a imagem como uma ferramenta para acusar algum sin-toma pode ajudar na decisão de um procedimento cirúrgico. Porém, se não usar para isso, não importa o quanto é bela e quantas informações

elas possuem. Essa é a razão de que precisamos colocar a imagem no lu-gar certo - completa Modic.

A filosofia de uso moderado das imagens tem sido aplicada por paí-ses avançados da Escandinávia com resultados bem sucedidos.

- Existem dois aspectos importan-tes. Se voce não controlar, as pessoas vão usar indiscriminadamente. Ao mesmo tempo, se controlar demais, há prejuízos. O que precisamos é en-contrar um equilíbrio - completou Modic.

O médico radiologista e vice-pre-sidente de tomografia computa-dorizada da Associação Gaúcha de Radiologia, concorda com a mani-festação.

- O que nós queremos são exames com indicações corretas e remune-ração justa - afirma

Médico norte-americano defende bom uso do diagnóstico por imagem

Internacional

Page 13: Jornal da AGR - 96 - setembro 2013

Internacional

13

É sempre um prazer vir ao Bra-sil. A comunidade científica de-senvolve um belo trabalho aqui e a hospitalidade foi espetacular. Para mim é interessante porque é minha primeira vez que estou em Porto Alegre, mas ao mesmo tempo, estou familiarizado há vários anos com a cidade porque muitos radiologistas daqui es-tão em contato comigo há muito tempo. Sempre ouvi e estudamos muitos casos daqui que foram úteis para mim. Foi um prazer

Eventos como a Jornada Gaú-cha de Radiologia são muito importantes para formação do médico. É fundamental que os profissionais tenham experiên-cias práticas, conhecimento de doenças e tumores. Também é uma oportunidade para trazer casos individuais para serem dis-cutidos e acho que normalmente isso é importante não só para radiologistas, mas para todo tipo de médico como oncologistas e clínicos em geral.

“”

“”

Janio Slaruk, professor assis-tente de Radiologia do MD Anderson Cancer Center, dos Estados Unidos

Michael Modic, Presidente do Neurological Institute, de Cleveland, mestre e especialista em coluna

muito grande ter sido convidado para esse evento. É, também, uma importante oportuni-dade de aprendizado.

Page 14: Jornal da AGR - 96 - setembro 2013

Fazendo mais por um mundo melhor... (51) 3431-3770 [email protected]

Ebulidor FH-010

Projetado para prover elevada precisão e confiabilidade na ebulição de radiofármacos (processo de banho-maria), o FH-010 se destaca pela facilidade e segurança na utilização.

Com proteção radiológica para até 600 mCi (22200 Mbq) o FH-010 garante segurança para usuários e pacientes durante o processo de marcação de radiofármacos para medicina nuclear, além de padronizar o procedimento reduzindo a possibilidade de erro humano.

Testado e aprovado pela RPH e com laudo de proteção radiológica emitido pela PhyMed, o equipamento ainda conta com: ajuste de tempo de processo entre 10 e 30 minutos, alarmes sonoros, registro para drenagem facilitada, baixo consumo elétrico, operação intuitiva e simples, além de um ano de garantia contra defeitos de fabricação.

Entre em contato e solicite uma demonstração.

Homenagem

Dois médicos radiologis-tas receberam home-nagem na cerimônia de abertura da Jornada

Gaúcha de Radiologia, que foi reali-zada entre os dias 28 e 30 de junho, no Hotel Plaza São Rafael, em Porto Alegre.

Um dos agraciados foi Luiz Carlos Garcia de Assis Brasil, médico do Hospital São Lucas da PUC-RS des-de a sua fundação e ex-chefe de ser-viço da Instituição. Foi também pre-ceptor de residência de radiologia até o ano de 2012. O homenageado esteve impossibilitado de receber a homenagem por motivos de saúde, mas foi amplamente saudado pelos colegas.

Quem também foi reverenciado foi o médico Osvaldo Estrela Ansel-mi.

- Sou muito grato e estou muito fe-liz por ter participado na formação de médicos nucleares e outros até se dedicando a radiologia hoje. São áreas que se aproximaram. Desta-co ainda iniciativas que fortalecem nossa categoria, como ter trazido a Jornada Gaúcha de Radiologia para Porto Alegre que foi uma iniciativa muito positiva trazendo ainda mais nomes importantes para o evento – afirmou Estrela.

O médico é responsável técnico pelos serviços de Medicina Nucle-ar Convencional e de PET-CT do Hospital Santa Rita da Santa Casa.

Esteve sempre envolvido com a Associação Gaúcha de Radiologia dedicando-se sempre à organização das jornadas médicas.

Médicos radiologistas recebem homenagem durante a XXIII JGR

Page 15: Jornal da AGR - 96 - setembro 2013

Grupo de Estudos do Tórax Coordenação Dr. Thiago Krieger

2 de outubro às 19h30 Local: AMRIGS - Av. Ipiranga, 5311 - Sala: 24

Grupo de Estudos do Músculo Esquelético Coordenação Dra. Simone Valduga

8 de outubro às 19h30Local: AMRIGS - Av. Ipiranga, 5311 - Sala: 24

Agenda

Grupo de Estudos do Tórax Coordenação Dr. Thiago Krieger

4 de setembro às 19h30 Local: AMRIGS - Av. Ipiranga, 5311 - Sala: 24

Grupo de Estudos do Músculo Esquelético Coordenação Dra. Simone Valduga

10 de setembro às 19h30Local: AMRIGS - Av. Ipiranga, 5311 - Sala: 24

Grupo de Estudos em Abdômen Coordenador: Dr. Gustavo Luersen

29 de agosto às 19h30Local: AMRIGS - Av. Ipiranga, 5311 - Sala: 24

Clube Hugolino AndradeCoordenação Dr. Rodrigo Duarte

12 de setembro às 20hLocal: Casa do Marquês - Rua Marquês do Pombal nº 1846

Grupo de Estudos em Abdômen Coordenador: Dr. Gustavo Luersen

26 de setembro às 19h30Local: AMRIGS - Av. Ipiranga, 5311 - Sala: 24

42º Congresso Brasileiro de Radiologia 9 a12 de outubro

Local: Curitiba (PR)Informações: www.congressocbr.com.br

Clube Hugolino de Andrade Especial19 e 20 de outubro

Local: Hotel Alpestre - R. Leopoldo Rosenfeld, 67 - Gramado / RS

Page 16: Jornal da AGR - 96 - setembro 2013

A Mamografia 3D, tam-bém conhecida como Tomossíntese, tem pro-porcionado melhoria

significativa no diagnóstico de cân-cer de mama e redução nos índices de falso-positivo, quando há uma suspeita que acaba não se confir-mando. Em experiências recentes foi observado um índice de diag-nóstico de câncer de 5 em cada mil exames, enquanto o uso combinado da tecnologia 2D com a 3D elevou esse índice para 8. O exame funcio-na através de um tubo que se move em um arco que obtém 15 imagens, posteriormente, reconstruídas em cortes de um milímetro.

- A Mamografia 3D é uma metodo-logia, sem dúvida, top de linha na mamografia e veio para ficar. Ela é capaz de nos dar um diagnóstico

mais preciso dentro da radiologia mamária porque minimiza a sobre-posição das imagens permitindo que consigamos observar melhor as le-sões dentro da mama - explicou a diretora médica da Mamorad, Radiá Pereira dos Santos.

O outro benefício é a redução do ín-dice de falso positivo, ou seja, me-nos lesões são classificadas como malignas. Isso reduz a ansiedade das pacientes até que seja possível a confirmação de um tumor benigno, por exemplo. Também é reduzida a necessidade de um controle que ha-bitualmente é necessário e que pode levar seis meses.

O evento trouxe também o debate de como deve ser usada a tecnolo-gia. Até o momento o mais indicado é a aplicação dos exames para uma investigação de casos, nos quais, há uma suspeita que o médico não te-nha a certeza do diagnóstico pelos métodos tradicionais. Há também uma diferença financeira porque os convênios não cobrem o exame da Tomossíntese, em função de seu alto custo.

- Tudo que pudermos fazer com a mamografia 2D e Ultrassonografia será feito. Em casos nos quais per-siste a dúvida passamos a contar com o benefício da Mamografia 3D - completa Radiá.

Evolução tecnológica traz melhoria na qualidade e precisão de diagnósticos

Foto: Marcelo Matusiak

Foto: Marcelo Matusiak