jornal correio notícias - edição 1296

8
1 Sábado - 29 de Agosto de 2015 Edição 1.296 29 Sábado Agosto / 2015 Edição 1296 Tarifa da bandeira vermelha na conta de luz cai 18% a partir de setembro Com a decisão, o valor adicional para cada 100 kWh consumidos cai de R$ 5,50 para R$ 4,50. Para os consumidores, o novo valor corresponderá a uma redução de dois pontos percentuais no custo da conta de luz. A mudança entra em vigor em 1º de setembro e vai até 31 de dezembro. A decisão foi adotada em razão da redução no custo de produção de energia decorrente do desligamento de 21 termelétricas, com custo variável unitário maior que R$ 600 MWh, apro- vada no início deste mês. Página 8 Richa lança programa para investir R$ 500 milhões em energia na área rural O Mais Clic Rural vai aplicar R$ 500 milhões na melhoria da qualidade do fornecimento de energia elétrica para consumidores do campo, com foco em atividades agropecuárias de importantes processos produtivos. O objetivo do programa é fornecer aos produtores rurais energia elétrica com qualidade equivalente a de grandes centros urbanos. “Um benefício muito grande, visto que a força e economia do Paraná são basicamente de agricultura. Então, nada mais inteligente do que fortalecermos a agricultura e pecuária do estado, porque contribuem para a geração de empregos, renda, fortalecimento da nossa economia”, afirmou Beto Richa, ao lado do prefeito em exercício de Salto do Lontra, Fernando Cadori, e do prefeito licenciado, Maurício Bau. Página 3 Polícia militar de Jacarezinho faz entrega de alimentos para o asilo de Jacarezinho Durante a realização dos jogos em comemoração aos 161 anos da Polícia Militar do Paraná, os Policiais Militares do 2º BPM, com a participação do Corpo de Bombeiros de Jaca- rezinho, arrecadaram mantimentos que foram doados hoje nesta sexta feira, 28 ao Asilo São Vicente de Paulo em Jaca- rezinho. Página 7

Upload: jornal-correio-noticias

Post on 23-Jul-2016

223 views

Category:

Documents


1 download

DESCRIPTION

Jornal Correio Notícias - Edição 1296

TRANSCRIPT

Page 1: Jornal Correio Notícias - Edição 1296

1Sábado - 29 de Agosto de 2015Edição 1.296

29Sábado

Agosto / 2015Edição 1296

Tarifa da bandeira vermelha na conta

de luz cai 18%a partir de setembro

Com a decisão, o valor adicional para cada 100 kWh consumidos cai de R$ 5,50 para R$ 4,50. Para os consumidores, o novo valor corresponderá a uma redução de dois pontos percentuais no custo da conta de luz. A mudança entra em vigor em 1º de setembro e vai até 31 de dezembro. A decisão foi adotada em razão da redução no custo de produção de energia decorrente do desligamento de 21 termelétricas, com custo variável unitário maior que R$ 600 MWh, apro-vada no início deste mês. Página 8

Richa lança programa para investirR$ 500 milhões em energia na área rural

O Mais Clic Rural vai aplicar R$ 500 milhões na melhoria da qualidade do fornecimento de energia elétrica para consumidores do campo, com foco em atividades agropecuárias de importantes processos produtivos. O objetivo do programa é fornecer aos produtores rurais energia elétrica com qualidade equivalente a de grandes centros urbanos. “Um benefício muito grande, visto que a força e economia do Paraná são basicamente de agricultura. Então, nada mais inteligente do que fortalecermos a agricultura e pecuária do estado, porque contribuem para a geração de empregos, renda, fortalecimento da nossa economia”, afirmou Beto Richa, ao lado do prefeito em exercício de Salto do Lontra, Fernando Cadori, e do prefeito licenciado, Maurício Bau. Página 3

Polícia militar de Jacarezinho faz entrega

de alimentos para o asilo de Jacarezinho

Durante a realização dos jogos em comemoração aos 161 anos da Polícia Militar do Paraná, os Policiais Militares do 2º BPM, com a participação do Corpo de Bombeiros de Jaca-rezinho, arrecadaram mantimentos que foram doados hoje nesta sexta feira, 28 ao Asilo São Vicente de Paulo em Jaca-rezinho. Página 7

Page 2: Jornal Correio Notícias - Edição 1296

Sábado - 29 de Agosto de 2015Edição 1.2962

jornalística correio do norte s/c ltda cnpj: 07.117.234/0001-62

Siqueira CamposCornélio ProcópioCuritibaIbaitiJapiraJabotiSalto do ItararéCarlópolisJoaquim TávoraGuapiramaQuatiguáJacarezinhoConselheiro MairinckPinhalão

Direção SUCUrSAL ArAPoTi

Elizabete Gois David BatistareDAção

Isaele Machado, Regiane RomãoDavid BatistaJorNALiSTA reSPoNSÁVeL

Regiane Romão - MTB: 0010374/PRDiAGrAMAção

André MachadoADMiNiSTrATiVo

Claudenice, Isamara MachadoCoLUNiSTA

Gênesis Machado

CirCULAção

rePreSeNTAçãoMERCONET Representação de Veículos de

Comunicação LTDARua Dep. Atilio de A. Barbosa, 76 conj. 03Boa Vista - Curitiba PRFone: 41-3079-4666 | Fax: 41-3079-3633

FiLiADo A

Associação dos Jornais Diários do Interior do Paraná

REDAçãO jORNALRua Piauí, 1546Siqueira Campos - Paraná(43) 3571-3646 | (43) 9604-4882

Site: www.correionoticias.com.br

SuCuRSAL ARAPOTIDIREçãO: DAVID BATISTAAv. Vicente Gabriel da Silva, 369Jardim Ceres - Arapoti - Paraná(43) 3557-1925 | (43) 9979-9691

[email protected]

TomazinaCuriúvaFigueiraVentaniaSapopemaSão Sebastião da AmoreiraNova América da ColinaNova Santa BárbaraSanta Cecília do PavãoSanto Antônio do ParaísoCongoinhasItambaracáSanta MarianaLeópolis

SertanejaRancho AlegrePrimeiro de MaioFlorestópolisSão Gerônimo da SerraSanto Antônio da PlatinaArapotiJaguariaívaSengésSão José da Boa VistaWenceslau BrazSantana do ItararéJundiaí do SulAndirá

AbatiáCambaráRibeirão do PinhalNova FátimaBarra do JacaréSanta AméliaSertanópolisBela Vista do ParaísoRibeirão Claro

oPiNião

Basta de invasões!Moacir Norberto Sgarioni e

Valter Luiz Orsi

Toda e qualquer invasão de propriedade é inaceitável e, principalmente, quando se trata de terras produtivas. O Paraná sofre invasões lideradas pelo MST e também de grupos indí-genas que pleiteiam terras com documentação centenária. Só os indígenas já conseguiram 1,106 milhão de km2, equivalen-tes a 13% do território nacional, recebem até Bolsa Família e não conseguem produzir o sufi-ciente para o próprio sustento. Por que não exigir produtividade dos assentados como o governo exige dos verdadeiros produto-res rurais?

Uma das últimas proprieda-des rurais invadidas pelo MST no Paraná foi à fazenda Figueira, localizada a 60 km de Londrina, entre os distritos de Paiquerê e Guairacá. A fazenda possui uma rica história. Ao morrer, em 2000, o engenheiro agrônomo Alexan-dre Von Pritzelwitz, mais conhe-cido como Alexandre Barão, pecuarista e sócio da Sociedade Rural do Paraná, deixou em tes-tamento a propriedade com 3,7 mil hectares para a Fundação de Estudos Agrários Luiz de Quei-roz (Fealq), sob duas condições: 1) que a fazenda mantivesse seu foco principal em atividades pecuárias; 2) que no local fosse criado um centro de pesquisas com o nome de sua mãe, Hilde-gard Georgina Von Pritzelwitz.

As duas exigências foram rigorosamente cumpridas. Em 15 anos, a fazenda Figueira, através da Estação Experimen-tal Agrozootécnica Hildegard Georgina Von Pritzelwitz, tor-nou-se referência em pesquisas de ponta em produção animal, realizando parcerias com diver-sas universidades brasileiras, inclusive a USP e a UEL. Vale ressaltar que a Fealq é uma fun-dação de direito privado, sem fins lucrativos, que atua no apoio a pesquisas de desenvolvimento científico, econômico, social e ambiental.

Preocupa-nos imensamente a possibilidade de que anos de trabalho científico possam ser comprometidos e, o que é pior, destruídos em pouquís-simo tempo. Seria um prejuízo incalculável para o País. Um risco que aumenta a cada dia de permanência dos invasores na propriedade. Outro aspecto importante é a preservação ambiental: a fazenda Figueira possui e protegem 1,2 mil hec-tares de mata nativa, 32,4% da área total, próximo de duas vezes o tamanho da Mata dos Godoy, com grande diversidade biológica. A presença de invaso-res é um fator de extremo risco para o meio ambiente. Os resul-tados podem ser devastadores. Perguntamos: onde estão as entidades ambientalistas nessa hora?

Há outro aspecto da questão ambiental que muito nos preo-

cupa. Na maioria dos casos, os ambientalistas cobram constan-temente dos produtores rurais as boas práticas de produção e conservação do solo – mas rara-mente se manifestam a respeito dos abusos de péssimos exem-plos dos moradores urbanos, entre os quais podemos citar o Rio Tietê (em São Paulo), o Rio Arroio Dilúvio (em Porto Alegre), a Baía de Guanabara, o Rio Negro (em Manaus) e tantos outros pequenos rios e manan-ciais de cidades brasileiras, em que até esgoto é despejado sem o mínimo cuidado. Mesmo assim, para muitas organizações ambientalistas, é o agronegócio, e não o crescimento desorde-nado das grandes cidades, o ini-migo do meio ambiente.

O verdadeiro produtor rural é um aliado – jamais um inimigo – das boas práticas de conser-vação ambiental. A sociedade precisa estar atenta e cobrar também dos gestores públicos o respeito à propriedade e as boas práticas ambientais urbanas. As Nações Unidas já consideram o Brasil o celeiro do mundo e esperam que até 2050 esteja-mos produzindo 40% de todo ali-mento necessário para alimentar 9,2 bilhões de pessoas no pla-neta. Nós acreditamos no traba-lho e na capacidade do produtor brasileiro, sempre fomos e conti-nuaremos sendo absolutamente contra invasões, demarcações indígenas abusivas e roubos em propriedades particulares.

Não à CPMFFolha Opinião

Como se não bastasse aos bra-sileiros arcar com uma das maio-res cargas tributárias do mundo e ter quase nenhum retorno em serviços públicos, nesta semana começaram a surgir rumores de que o governo federal estuda a proposta de resgate da CPMF, que ficou conhecida como "imposto do cheque". A equipe econômica já teria encaminhado uma proposta ao Palácio do Planalto que teria alíquota de 0,38% sobre movimen-tações financeiras.

A "novidade" é que, desta vez, seria um imposto e não mais contri-buição. A mudança seria uma forma de beneficiar Estados e municípios e, com isso, obter mais apoio à proposta. O momento para discutir

um projeto como esse é totalmente inoportuno. O País enfrenta uma grave crise econômica, a popu-lação sofre com inflação em alta e aumento do desemprego. Além disso, o ajuste fiscal proposto pelo governo federal cortou orçamento de programas federais que benefi-ciavam parte da população, como os de financiamento estudantil, e paralisou obras e outros projetos.

A população já está pagando parte da conta de anos de desa-juste econômico e gastança exa-gerada por parte da administração federal e não conseguirá suportar o peso de mais impostos. Além disso, em um momento de crise política e de desgastes com os eleitores, é provável que os parla-mentares não queriam arcar com mais esse ônus. Tanto que os pre-

sidentes do Senado e da Câmara dos Deputados já se manifestaram contrariamente à proposta e dis-seram que dificilmente será apro-vada. É um alento, mas não uma garantia uma vez que negociatas são frequentes nas duas casas. Por isso, é preciso acompanhar essa discussão e também iniciar uma articulação para impedir isso.

Os brasileiros precisam tra-balhar quatro meses do ano para pagar os vários impostos. Além disso, de acordo com o impostô-metro, índice medido pela Asso-ciação Comercial de São Paulo, a população já pagou mais de R$ 1,3 trilhão em impostos e contribuições desde o início do ano até ontem à noite. É uma carga extremamente alta para suportar qualquer rea-juste. É preciso dar um basta.

Page 3: Jornal Correio Notícias - Edição 1296

3Sábado - 29 de Agosto de 2015Edição 1.296PoLÍTiCA

DEuS É AMOR E juSTIçA

AgROPECuáRIA CRESCE E EVITA quEDA MAIOR DO PIB DO PARANá

A agropecuária do Paraná cresceu 7,4% no segundo trimestre de 2015, na comparação com o mesmo período do ano pas-sado, e evitou uma retração maior da economia do Estado. O Paraná seguiu a conjuntura nacional e registrou uma queda de 1,2% no seu Produto Interno Bruto (PIB) de abril a junho, em relação ao mesmo intervalo do ano passado, de acordo com cálculo do Instituto Paranaense de Desenvolvimento Econô-mico Social (Ipardes).

MuNICíPIOS RECEBEM VEíCuLOS PARA AçõES DO FAMí-LIA PARANAENSE

Fernanda Richa entrega veículos para os municípios de Manoel Ribas, Ortigueira e Nova Laranjeiras A secretária do Trabalho e Desenvolvimento Social, Fernanda Richa, entregou nesta sexta-feira (28), veículos para as prefeituras de Manoel Ribas, Nova Laranjeiras e Ortigueira. A solenidade aconteceu no Palácio das Araucárias, em Curitiba, e contou com a pre-sença dos prefeitos dos três municípios beneficiados, vere-adores, gestores de assistência social e representantes dos comitês municipais do programa Família Paranaense. Os três furgões adaptados da marca Renault serão usados em ações do programa Família Paranaense e funcionarão como Cen-tros de Referência de Assistência Social (Cras) volantes, para atender famílias que vivem em comunidades rurais e isoladas.

RIChA ENTREgA RENOVAçãO DA LICENçA DE INSTALA-çãO DA uSINA BAIxO IguAçu

O governador Beto Richa entregou nesta quinta-feira (27) a renovação da licença de instalação da Usina Baixo Iguaçu, que está sendo construída entre Capitão Leônidas Marques e Capanema, no Sudoeste do Estado. A licença foi emitida pelo Instituto Ambiental do Paraná (IAP) e é um passo funda-mental para a retomada das obras da usina, interrompidas há um ano. Com a licença do IAP, a Copel e a Neoenergia, res-ponsáveis pelo empreendimento, vão discutir com o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) a anuência para o retorno das obras o mais breve possível. Homicídios culposos no trânsito apresentam nova queda no ParanáO número de homicídios culposos (sem intenção de matar) no trânsito caiu 10% no Paraná, de janeiro a junho de 2015, na comparação com o mesmo período do ano passado. Os dados constam em relatório da Coordenadoria de Análise e Planeja-mento Estratégico (Cape) da Secretaria da Segurança Pública e Administração Penitenciária, divulgado nesta quinta-feira (27). Em números totais, foram 769 homicídios culposos no primeiro semestre de 2015. São 85 casos a menos que em 2014, que registrou 854 mortes nessas condições.

RIChA AuTORIzA LINhA DE CRÉDITO PARA CAPITAL DE gIRO DAS EMPRESAS

O governador Beto Richa autorizou a Fomento Paraná a dis-ponibilizar uma linha de crédito para oferecer capital de giro para empresas paranaenses. A autorização foi dada nesta quarta-feira (26). A nova linha BNDES – Progeren - vai aten-der empresas de micro, pequeno e médio porte, com financia-mentos entre R$ 100 mil e R$ 10 milhões. Também podem ser atendidas empresas de grande porte, de setores específicos, conforme as normas do Progeren - Programa BNDES de Apoio ao Fortalecimento da Capacidade de Geração de Emprego e Renda. O objetivo é aumentar a produção, o emprego e a massa salarial, por meio do apoio financeiro para capital de giro.

OBRAS BLOquEIAM CRuzAMENTO DA jOãO LEOPOLDO jACOMEL COM jACOB MACANhAN

O Departamento de Estradas de Rodagem do Paraná (DER-PR) inicia as obras de construção da trincheira na rodovia João Leopoldo Jacomel e, com isso, será interditado o cruza-mento com a avenida Jacob Macanhan, em Pinhais. A partir desta sexta-feira (28.08), o trânsito na região será alterado nos dois sentidos da rodovia. Os motoristas devem pegar des-vios por ruas secundárias do município. “Quando a trincheira estiver pronta, o tráfego da rodovia vai passar por baixo das avenidas Jacob Macanhan e Camilo di Lellis, que formam este cruzamento. A previsão é concluir este trabalho dentro de 12 meses”, informa o engenheiro responsável pela obra, Marcio Tozo.

Richa lança programa para investir R$ 500 milhões em energia na área ruralO governador Beto Richa e o presidente da Copel, Luiz Fernando Leone Vianna, lançaram, nesta quinta-feira (27), em Salto do Lontra, no Sudoeste do Paraná, o

maior programa de investimentos na área rural já implementado no ParanáParanáAEN Notícias

O Mais Clic Rural vai apli-car R$ 500 milhões na melhoria da qualidade do fornecimento de energia elétrica para con-sumidores do campo, com foco em atividades agropecuárias de importantes processos produti-vos.

O objetivo do programa é fornecer aos produtores rurais energia elétrica com qualidade equivalente a de grandes cen-tros urbanos. “Um benefício muito grande, visto que a força e economia do Paraná são basi-camente de agricultura. Então, nada mais inteligente do que fortalecermos a agricultura e pecuária do estado, porque contribuem para a geração de empregos, renda, fortalecimento da nossa economia”, afirmou Beto Richa, ao lado do prefeito em exercício de Salto do Lontra, Fernando Cadori, e do prefeito licenciado, Maurício Bau.

O governador disse que o Mais Clic Rural aprimora um grande programa, o Clic Rural, implantando no governo José Richa, que garantiu a perma-nência das famílias no campo, com mais qualidade de vida e renda a partir da transformação dos seus produtos lá no meio rural.

“Agora é um avanço ainda maior. O Mais Clic Rural vai garantir qualidade à energia for-necida ao campo, com estabili-dade, diminuição ou eliminação dos picos de energia. Isso vai proporcionar mais um impor-tante avanço para as famílias do campo”, afirmou o governador.

Dentro do programa, a Copel vai implementar a tecnologia de redes inteligentes no interior do Paraná. Serão construídos três mil km de novas redes, cerca de 30 subestações, e instalados 1,5 mil religadores automatizados.

As obras atuam em duas frentes: melhoria da infraestru-tura para aumentar a continui-dade do fornecimento de energia e tecnologias de automação para restabelecer o sistema com muito mais rapidez em caso de falta de energia.

Ao todo, o Mais Clic Rural vai beneficiar diretamente cerca de 70 mil produtores das regiões Centro-Sul, Sudoeste e Oeste do Paraná. Essas áreas abrigam a maior concentração de fumi-cultores, aviários, suinocultores e produtores de leite no Estado, nichos agroindustriais mais sen-síveis à qualidade do forneci-mento de energia. No entanto a expectativa é que os investi-mentos na rede elétrica benefi-ciem 2,4 milhões de moradores dessas regiões.

Durante o lançamento do programa, o governador e o pre-sidente da Copel inauguraram a Estação de Chaves de Salto do Lontra, que emprega equi-pamentos e sistemas modernos de automação e proteção para regular a tensão e restabele-cer o fornecimento de energia em tempos muito curtos. Com investimentos de R$ 2 milhões, a unidade vai favorecer sete mil unidades consumidoras, dentre

as quais 536 criadores bovinos, 318 avicultores e 43 suinoculto-res.

“O Mais Clic Rural vai trazer melhorias significativas para importantes áreas produtivas do Paraná. Estamos empenhados em contribuir para que o forne-cimento de energia ofereça aos segmentos agroindustriais um diferencial competitivo para o Estado”, afirmou o presidente da Copel, Luiz Fernando Leone Vianna.

O secretário de Estado da Agricultura, Norberto Ortigara, lembrou que a energia é um insumo essencial para a agrope-cuária. “É uma demanda intensa, com muitos equipamentos em todas as formas de produção agrícola, especialmente em pro-dução de frango, ovos, suínos, leite”, disse ele. Em períodos quentes, de grande demanda, aumenta a interrupção do forne-cimento, com perdas razoáveis da produção. “O programa é uma qualificação no fornecimento de energia, garantir religamento mais automático e reduzir o número de horas sem energia”, afirmou.

O diretor da Copel Distribui-ção, Vlademir Daleffe, disse que a tecnologia já está presente no meio rural e que é preciso acompanhar a evolução. “O objetivo do Mais Clique Rural é dotar o sistema já existente com tecnologia de ponta para que o consumidor seja pouco afetado quando as interrupções aconte-cerem”, destacou.

REDES RURAIS INTELI-GENTES - Com o Mais Clic Rural, a Copel inova ao levar para o campo uma tecnologia empregada em maior escala nas cidades. As redes inteligentes - ou smart grid, como são conhe-cidas - combinam uma série de inovações tecnológicas que con-tribuem para reduzir o número e o tempo dos desligamentos na rede elétrica. Os equipamentos de automação instalados na rede se comunicam com o centro de operações da Copel, o que per-mite monitoramento constante da qualidade do fornecimento de energia.

Em caso de desligamento, o próprio sistema trabalha para restabelecer a energia o mais rápido possível, em alguns casos sem a necessidade de interven-

ção humana. PRESENÇAS – Participaram

da solenidade de lançamento do programa o diretor-presidente da Celepar, Jacson Carvalho Leite; o presidente do Instituto Ambiental do Paraná, Luiz Tarcí-sio Mossato Pinto; o presidente da Assembleia Legislativa do Paraná, Ademar Traiano, os pre-feitos de Éneas Marques, Maikon André Parzianello; Nova Espe-rança do Sudoeste, Jair Stange; Santa Izabel do Oeste, Moacir Fiamoncini; de Boa Esperança do Iguaçu, Claudemir Freitas; de Mariópolis, Mário Paulek; de Ampére, Hélio Alves; os deputa-dos estaduais Paulo Litro, Guto Silva e Vilmar Rechemback; além de funcionários da Copel.

ELETRIFICAÇÃO RURAL NO PARANÁ

Iniciada pela Copel na década de 1960, a eletrificação rural no Paraná se disseminou por todo o estado com o lança-mento do Clic Rural, em 1984. O programa viabilizou 163 mil ligações em pouco mais de seis anos, alcançando mais da metade da população rural no Estado.

Nas décadas de 1990 e 2000 seguiram-se outros programas, como o Força Rural e o Luz no Campo. Em 2012, após a Com-panhia concluir todas as fases do programa Luz para Todos, o Paraná conquistou a univer-salização do fornecimento de energia elétrica. Inspirado no programa pioneiro da década de 1980, que se preocupou com a quantidade de consumidores rurais ligados, o Mais Clic Rural lança uma nova era na eletrifica-ção no campo, ao reunir esforços para que a qualidade da energia fornecida aos produtores rurais seja equivalente aos centros urbanos.

FINANCIAMENTO DE GERADORES - O Governo do Estado também está formatando um programa de financiamento de geradores de energia para os produtores rurais.

Embora já existam várias linhas de crédito para estes equipamentos, o governo deve lançar, ainda este ano, um pro-grama específico, com alguns benefícios, para incentivar os produtores a adquirir os gerado-res para melhorar a segurança energética, principalmente nas

áreas não beneficiadas pelo Mais Clic Rural.

“Os produtores rurais terão uma série de facilidades, por meio da Secretaria da Agricul-tura, para adquirir geradores a um custo bastante baixo e com financiamentos acessíveis, para cobrir as eventuais lacunas que possam ocorrer na distribuição de energia”, explicou o presi-dente da Copel, Luiz Fernando Vianna.

COPEL, DEFESA CIVIL E CELEPAR ASSINAM CONVÊNIO

O governador Beto Richa também assinou em Salto do Lontra um convênio entre Copel, Defesa Civil e Celepar com o objetivo de ampliar a gestão de riscos e desastres naturais no Estado. “O Governo do Estado se preocupa em melhorar o serviço para a população”, disse o governa-dor. “Temos visto a frequência e intensidade de fenômenos climáticos, com fortes chuvas, inundação. Esta parceria vai possibilitar a preservação das famílias e também a prevenção, o que possibilita preparar toda a população para o enfrenta-mento, com segurança, destes fenômenos”, afirmou Richa.

Pelo convênio, a Defesa Civil passará a ter acesso à base de dados cartográfica da Copel, a dados hidrológicos e a localiza-ção geográfica dos postes das redes de distribuição de energia que tenham unidades consumi-doras associadas, os quais sub-sidiarão a ampliação da gestão de riscos de desastres naturais.

“Isso representa uma melho-ria no sistema da Defesa Civil, que já está todo automatizado. Dentro do projeto de preven-ção que fazemos, mapeando as áreas de risco, teremos acesso a todas as residências que exis-tem naquele local”, explicou o coordenador estadual de Pro-teção e Defesa Civil, coronel Adilson Castilho Casitas. “Numa situação de desastres, sabere-mos exatamente quais são as residências atingidas”, disse ele.

Por outro lado, a Defesa Civil manterá atualizadas as informações cadastrais das famílias em áreas de interesse da Copel, importante para eventuais ações emergenciais durante a operação de suas usinas hidrelétricas.

Governador Beto richa lança o programa +click rural, e acompanhado do presidente da copel, luiz Fernando Vianna, inaugura a estação de chaves de salto do lontra

ORLANDO KISSNER/ANPR

Page 4: Jornal Correio Notícias - Edição 1296

Sábado - 29 de Agosto de 2015Edição 1.2964 GerAL / eDiTAiS

PREfEiTuRa DE SÃO JOSÉ Da BOa ViSTaESTaDO DO PaRaNÁ

PORTARIA Nº 139/2015PEDRO SÉRGIO KRONÉIS, Prefeito do Município de São José da Boa Vista, Estado do Paraná, no uso de suas atribuições

legais e regulamentares, nos termos da Lei Orgânica Municipal, pela presente;

Considerando o contido na Portaria nº 136/2015 que nomeou a comissão organizadora do Processo Seletivo Simplificado para

contratação temporária de excepcional interesse público para exercício de funções de Auxiliar de Serviços Gerais, Auxiliar de

Consultório Dentário e Agente de Endemias;

Considerando o que dispõe a Lei nº 745/2011;

Considerando a necessidade de obediência aos princípios constitucionais da impessoalidade;

Considerando a necessidade de se resguardar a Administração e os administrados da lisura do processo seletivo simplificado;

Considerando o requerimento da servidora Luciane Diniz, matrícula 343/1.

R E S O L V E:

Art. 1º - DESIGNAR para compor a comissão do processo seletivo simplificado a servidora MARIA DAS DORES DA SILVA –

matrícula 349/1.

Art. 2º - Fica revogada a nomeação da servidora LUCIANE DINIZ, matrícula 343/1, que trata a Portaria nº 136/2015.

Art. 3º - A presente portaria entra em vigor na data de sua publicação, ficando revogadas as disposições em contrário.

Comunique-se, publique-se, cumpra-se.

Edifício da Prefeitura Municipal de São José da Boa Vista, Estado do Paraná, em 28 de agosto de 2015; 55º ano da Emancipação

Política do Município.

PEDRO SERgIO KRONÉISPREFEITO DO MuNICíPIO

CONSóRCiO iNTERmuNiCiPal PaRa O DESENVOlVimENTO DO TERRiTóRiO DO ValE DO RiO CiNzaS - CiVaRC

hOMOLOgAçãO DO RESuLTADO FINAL DO PROCESSO SELETIVO SIMPLIFICADO DO ChAMAMENTO PÚBLICO - EDITAL N° 001/2015 / NASF - CIVARC

O Consórcio Intermunicipal para o Desenvolvimento do Território do Rio Cinzas – CIVARC, pessoa jurídica de direito público,

cadastrada no CNPJ sob nº 08.976.528/0001-02, após análises de recurso apontado in albis o prazo recursal, HOMOLOGA

o RESULTADO FINAL do Edital de Chamamento Público nº 001/2015, e CONVOCA PARA ASSINATURA DE CONTRATO os

candidatos classificados dentro do número de vagas previstas, de acordo com a tabela abaixo, para no prazo de 05 (cinco) dias

úteis se apresentarem na sede administrativa da entidade situada na Rua Vereador José de Moura Bueno, nº 239, centro, Ibaiti /

PR, CEP: 84.900-000, fone: (43) 3546-1227, quando deverão apresentar a seguinte documentação:

Alvará de Licença de Prestação de Serviços como Profissional Liberal e Certidão Negativa de Débitos Municipais, ou o respectivo

protocolo;

Matrícula do INSS;

Certidão de Débitos Federais;

Certidão de Débitos Estaduais;

Certidão de Quitação Eleitoral;

ASSISTENTE SOCIAL: PONTUAÇÃO

1 GRACELIZ APARECIDA CIBELLO 27,0

2 ADRIANA FURIATTI 20,0

3 VALQUÍRIA ALVES DE SIQUEIRA 19,0

4 DEBORA P. DA SILVA GINES 17,0

NuTRICIONISTA: PONTUAÇÃO

1 CLARISSA PEREIRA MOSTACHIO 20,0

2 LUANA MINÉIA K. PÓSS SIMÃO 9,9

MÉDICO PEDIATRA: PONTUAÇÃO

1 ROSELAINE PROTA CARDOSO 2,5

MÉDICO PSIquIATRA: PONTUAÇÃO

1 RAMIRO LOPES PEREIRA 24,0

PSICÓLOgO: PONTUAÇÃO

1 GISELLY BORDIN MOURA 24,0

2 JAMILE JOAQUIM 20,0

EDuCADOR FíSICO: PONTUAÇÃO

1 EDUARDO SILVA CHUEIRE 27,0

MÉDICO VETERINáRIO: PONTUAÇÃO

1 VALDEMAR A. VALENTINI JR. 17,0

2 MARCOS ANTÔNIO G. SILVA JR. 0,5

FARMACÊuTICO: PONTUAÇÃO

1 PATRÍCIA GONZALES DA FONSECA 24,0

Ibaiti, 26 de agosto 2015.

ROBERTO REgAzzOPRESIDENTE DO CIVARC

Carteira de crédito da fomento Paraná cresce 18,2% em um anoA carteira de crédito total da Fomento Paraná teve um crescimento de 18,2%, em um ano, passando de

R$ 727,7 milhões, registrados em junho de 2014, para R$ 860 milhões em junho de 2015ParanáAEN Notícias

Destaca-se a evolução da carteira de operações do setor privado, que passou de R$ 120,8 milhões, em junho de 2014, para R$ 190,4 milhões, em junho de 2015, com crescimento de 57,6%.

O avanço da carteira privada reflete o aumento do número de contratos firmados com empre-endedores de micro, pequeno e médio porte em todas as regiões do estado. A instituição atingiu a marca de 8.535 contratos ativos, em junho de 2015, o que repre-senta um crescimento de 27,4% em relação ao volume registrado no mesmo período do ano anterior e 219,3% em quatro anos.

Considerando o conjunto de operações com o setor privado, no primeiro semestre de 2015, estas se destinaram a atender empresas de setores da indústria (39,8%), do comércio (20,9%), serviços (37,7%) e pessoas físicas (1,6%).

BALANÇO — Estas informa-ções constam no balanço semes-tral que a instituição financeira de desenvolvimento do Governo do Paraná publicou nesta sexta-feira (28). O documento destaca ainda a realização do Planejamento Estra-tégico 2015-2018; a substituição dos indexadores dos contratos de financiamento; a conclusão da

estruturação do Fundo Garanti-dor de Parcerias Público-Privadas do Paraná (FGP/PR) e uma nova parceria com o SEBRAE-PR, para reformular o curso de capacitação de agentes de desenvolvimento.

De acordo com o presidente da instituição, Juraci Barbosa, o novo perfil da carteira de crédito se con-solidou em 2015 como um marco da atuação da empresa, a partir de 2011. “Entramos efetivamente no mercado e passamos fazer opera-ções de crédito. A carteira de cré-dito hoje representa 53,5% do ativo total, contra 45,8% aplicados em títulos e valores mobiliários. É uma completa inversão da proporção entre os ativos existente há quatro anos”, explica.

Ainda segundo Juraci Bar-bosa, os recursos aplicados em operações para o setor privado passaram de uma participação de 3%, em 2010, para 22,5% nesse ano. “Isso demonstra o esforço do Governo do Paraná em apoiar os empreendedores, para propor-cionar a movimentação da econo-mia, a geração de empregos e de renda”, afirma.

LUCRO E PATRIMÔNIO — A Fomento Paraná obteve um lucro líquido de R$ 41,5 milhões no pri-meiro semestre de 2015. O valor representa um aumento de 17,2% em relação ao primeiro semestre de 2014 e 7,8% a mais do que o

semestre anterior. Colaboraram para o aumento de receitas no período a redução de despesas, a variação das taxas que remuneram os ativos da instituição e a recom-posição de capital, por parte do acionista majoritário.

De acordo com o relatório da administração, o Patrimônio Líquido da instituição cresceu 15,6% e passou de R$ 1.206,3 bilhão, em junho de 2014, para R$ 1.395,0 bilhão em junho de 2015.

A variação é resultado da recomposição do capital pelo acionista majoritário (em R$ 150 milhões) de capitalizações referen-tes a juros sobre o capital próprio creditados aos acionistas, ocorri-das no segundo semestre de 2014, no montante de R$ 30,9 milhões, além da incorporação de resulta-dos apurados no período.

O coeficiente de adequação de capital apurado em conformi-dade com a nova regulamentação de Basileia III em junho de 2015 é de 77,1%. Esse índice está em patamar confortável em relação ao mínimo exigido pelo Banco Central do Brasil, que é de 11%. O Patri-mônio de Referência para o perí-odo encerrado em 30 de junho de 2015 foi de R$ 305 milhões.

FINANCIAMENTO AOS MUNI-CÍPIOS — De acordo com o rela-tório, a Fomento Paraná possui atualmente operações de crédito

ativas com as prefeituras de 315 dos 399 municípios paranaenses, o que representa quase 80% do estado.

Em parceria com a Secreta-ria de Desenvolvimento Urbano (SEDU) e seu ente vinculado, o Serviço Social Autônomo Parana-cidade, a Fomento Paraná assinou 37 contratos de financiamento em 2015 para atender 32 municípios. Os contratos são nas linhas SFM (Sistema de Financiamento aos Municípios), Promap (Programa de Apoio à Aquisição de Máquinas e Equipamentos Rodoviários para

as Prefeituras) e FGTS-Pró Trans-porte e destinam-se a obras de infraestrutura, equipamentos urba-nos e para renovação do maquiná-rio e dos equipamentos rodoviários dos municípios.

Com isso, a carteira de cré-dito de operações com o setor público da Fomento Paraná atingiu o montante de R$ 669,6 milhões. Nenhuma operação com municí-pios apresenta atraso ou inadim-plência.

MICROCRÉDITO — A expan-são da rede de agentes de desenvolvimento proporcionou

um crescimento significativo no número de financiamentos de microcrédito da Fomento Paraná, que chegaram à marca de 6.840 contratos ativos registrados em 30 de junho de 2015.

O número é 23% superior ao mesmo período do ano passado e representa um crescimento de 180% em quatro anos. A carteira de microcrédito, que somava R$ 9,9 milhões em junho de 2011, chegou a R$ 42,9 milhões em junho de 2015, o que representa um crescimento de 333,3% no período.

Page 5: Jornal Correio Notícias - Edição 1296

Sábado - 29 de Agosto de 2015Edição 1.2965

COOPERATIVISMO Laranjeiras do Sul, centro do Paraná, contará com a instalação de duas novas cooperativas agropecuárias. Os investimentos somam R$ 60 milhões, e deverão criar 150 empregos diretos, além de beneficiar os agricultores familiares vinculados a Coasul e Coprossel. Uma das estruturas é focada na atividade avícola com produção de ovos. O outro investimento é uma unidade de beneficiamento de sementes.

ESTRuTuRA PARA SAÚDEHospital Colônia Adauto Botelho, localizado em Pinhais, Região de Curitiba, conta agora com uma nova ala feminina de atendimento a transtornos mentais. Ao todo, são 28 leitos instalados, com novos equipamentos e adaptado às necessidades dos pacientes. A unidade Flor de Maio conta com quatro enfermarias, refeitório, consultório de atendimento ao paciente e ao familiar, sala para reuniões e terapia em grupo, quadra de voleibol, espaço para jar-dinagem, lavanderia e rouparia.

TRANSPORTE DE CARgAEstá cada vez mais movimentada a Estrada de Ferro Paraná Oeste (Ferroeste) localizada em Cascavel, no oeste do Paraná. Em dois anos, o transporte de carnes pelos trens aumentou 60%. Com a criação de cooperativas na região, a quantidade de contê-ineres despachados chega a 885 cada um com 25 mil toneladas de carnes, e que seguem até o Porto de Paranaguá.

CuLTuRA TROPEIRAO 4º Encontro de Tropeiros é uma das atrações em Tibagi, centro, no dia 6 de setembro. O evento tem como objetivo resgatar as tradições tropeiras, reunindo cavaleiros que percorrerão 28 quilô-metros pelo interior, passando pelo Morro do Jacaré e belas fazen-das. O encontro também traz um delicioso café tropeiro, almoço e baile dançante animado por duplas caipiras.

INVESTIMENTO EM SAÚDEA Santa Casa de Paranavaí, noroeste, conta com um Centro de Oftalmologia. O local é referência de atendimento especializado para pacientes de municípios do noroeste do Paraná. O governo do Estado repassou recursos para aquisição de equipamentos para estruturar a unidade e também o centro cirúrgico. Foram investidos R$ 670 mil reais na saúde da região, que conta com uma população de cerca de 500 mil pessoas.

COSTELA FOgO DE ChãOUma das atrações de Marialva, região norte, no dia 13 de setem-bro, é a 11ª edição da Cavalgada Caminhos da Uva. Cerca de cem comitivas e 800 cavaleiros e amazonas participaram do evento que percorrerá um trajeto de 14 quilômetros. Durante o percurso será possível observar as mais belas paisagens rurais da região. Para fechar o dia com chave de ouro, haverá um jantar com a tradicional costela fogo de chão de sobremesa uma deliciosa cuca de uva.

PISCICuLTuRAColombo, na Região de Curitiba, está investindo na piscicultura. Os produtores rurais do Programa de Subsídio de Alevinos pude-ram retirar os pedidos este mês. Ao todo, foram entregues 60 mil alevinos para 34 agricultores da cidade. O programa incentiva a compra de peixes de 12 espécies. Eles têm subsídio de 50% do valor, com apoio da prefeitura, pagando metade do preço de mer-cado.

ATRAçãO CuLTuRALAcontece em Luiziana, centro paranaense, durante o Festival de Bandas e Fanfarras no dia 19 de setembro. O evento é uma ótima oportunidade para visitar a cidade que reunirá músicos de diversas regiões do Estado. Cerca de doze grupos participarão de apresentações que incluem um repertório com música popular brasileira, música internacional e clássica.

NO CAMPOOs municípios localizados em zonas rurais paranaenses, conta-rão com R$ 500 milhões em investimentos por meio do programa estadual Mais Clic Rural. Os recursos serão direcionados ao for-necimento de energia no campo. O foco é melhorar as atividades agropecuárias e fornecer aos produtores rurais energia elétrica com qualidade equivalente a de grandes centros urbanos.

MAçã PROTEgE CORAçãOPessoas a partir de 50 anos podem evitar um infarto comendo uma maçã por dia. É o que indica um estudo da Universidade de Oxford, no Reino Unido. Segundo os especialistas o consumo de uma fruta por dia poderia prevenir ou atrasar cerca de 8,5 mil ata-ques de coração e derrames por ano no país. O efeito da maçã no organismo é similar aos medicamentos que controlam as taxas de colesterol.

RECuRSOS PARA MELhORIASSerão investidos R$ 30 mil em Francisco Beltrão, sudoeste para-naense. O valor será direcionado a um projeto da prefeitura para obras que incluem revisão de todo o sistema elétrico, conserto de calçadas e a lavagem e pintura das estações e da estátua do Cristo, considerado o cartão postal da cidade. Os recursos são todos municipais.

SAúDe

incor comprova eficácia de exercícios fonoaudiológicos no combate ao ronco

BrasilKarina Toledo Em artigo publicado na

revista Chest, pesquisadores brasileiros demonstraram que a prática de seis exercícios fonoaudiológicos simples, sob a orientação de um especia-lista, é capaz de diminuir a frequência e a intensidade do ronco durante o sono, além de amenizar quadros de apneia leve e moderada e evitar a pro-gressão da doença.

O trabalho foi desenvolvido no Laboratório do Sono do Instituto do Coração da Uni-versidade de São Paulo (Incor-USP), com apoio da FAPESP e coordenação do pneumologista Geraldo Lorenzi Filho.

“Embora represente um grande incômodo e possa até mesmo causar certo estigma social, o ronco vinha recebendo pouca atenção da área médica – exceto quando associado a casos graves de apneia obstru-tiva do sono. Nem sequer havia uma forma objetiva de medir a intensidade do ronco nos exames para diagnóstico de apneia”, disse Lorenzi Filho em entrevista à Agência FAPESP.

Segundo o médico, o ronco é causado pela vibração dos tecidos da faringe quando o ar passa nessa região, o que é favorecido pelo relaxamento natural dessa musculatura durante o sono. Característi-cas anatômicas de certos indi-víduos podem predispor ao problema, que tende a piorar com o aumento da idade (pelo aumento da flacidez na muscu-latura da garganta) e do peso (pelo acúmulo de gordura na região, que torna ainda mais difícil a passagem do ar).

“Acreditamos que a vibra-ção dos tecidos da faringe ao longo dos anos também

contribui para o aumento da flacidez da musculatura e, con-sequentemente, para o agrava-mento do ronco. Ou seja, uma pessoa que não tem apneia pode acabar desenvolvendo a doença se não fizer nada para combater o ronco. Esses exer-cícios, possivelmente, seriam uma forma de prevenção”, afir-mou Lorenzi Filho.

Considerada um importante fator de risco para doenças car-díacas, a apneia obstrutiva do sono é caracterizada pela obs-trução parcial ou total recor-rente das vias aéreas durante a noite, que causa a parada da respiração por pelo menos dez segundos nos adultos. Estima-se que o ronco esteja presente entre 70% e 95% dos casos.

“A apneia é diagnosti-cada por meio do exame de polissonografia [que avalia o padrão de sono-vigília por meio de sensores posiciona-dos pela superfície do corpo], mas o ronco não é medido e nem levado em consideração no diagnóstico”, disse Lorenzi Filho.

Em parceria com o pesqui-sador Adriano Alencar, do Insti-tuto de Física da USP, o grupo do Incor padronizou um método para medir o barulho total cau-sado pelo ronco ao longo da noite, o que permitiu avaliar objetivamente a eficácia dos exercícios.

O aparelho de registro con-tínuo do ronco grava os sons concomitantemente à polis-sonografia e, por meio de um software, analisa e registra a intensidade e a frequência do ronco (número de episódios por noite).

Ensaio randomizadoForam incluídos no estudo

39 pacientes de ambos os sexos com queixa de ronco

sem apneia associada ou com apneia leve e moderada. A idade variou entre 20 e 65 anos. Enquanto 19 voluntários praticaram o protocolo de exer-cícios criado no Incor, outros 20 praticaram apenas exercícios respiratórios inespecíficos, ou seja, que não tinham como alvo a musculatura da região onde o ronco é produzido.

As avaliações feitas após três meses de tratamento reve-laram que o grupo submetido ao protocolo do Incor apre-sentou uma discreta redução na circunferência do pescoço, associada à queda de 36% no número de episódios de ronco ao longo da noite e de 60% no barulho total produzido. Já no grupo controle, os resultados permaneceram iguais ao da avaliação feita antes do trata-mento.

“Os exercícios testados no estudo integram os procedi-mentos de uma especialidade da fonoaudiologia conhecida como motricidade orofacial”, explicou Vanessa Ieto, membro da equipe do Laboratório do Sono e primeira autora do artigo.

Em um trabalho publicado em 2009 e realizado durante o doutorado de Kátia Guimarães, o grupo já havia demonstrado que um conjunto de 13 exer-cícios para estimular a motri-cidade orofacial era capaz de reduzir a gravidade da apneia do sono. A redução do ronco nesse primeiro estudo foi medida apenas de maneira subjetiva, por meio de questio-nários.

“Neste estudo mais recente, visando uma maior adesão ao tratamento, simplificamos a técnica e selecionamos os seis exercícios que mais mobilizam a musculatura da região onde o

ronco é produzido: palato mole [final do céu da boca], úvula e fundo da língua. Mensuramos de maneira objetiva a redução do ronco e também por meio de questionários”, disse Ieto.

Embora os exercícios sejam de fácil execução e não tenham contraindicação, Ieto ressalta que devem ser pres-critos e supervisionados por um especialista em motrici-dade orofacial.

“É feita uma avaliação prévia e prescrita uma primeira terapia. Conforme o paciente vai evoluindo, aumentamos o número de séries e o grau de dificuldade. Se os exercícios forem feitos de maneira incor-reta, não vão dar resultado”, disse.

Antes de iniciar o trata-mento, ressaltou a pesqui-sadora, é necessária uma avaliação de um especialista em Medicina do Sono para ver se há um quadro de apneia associado ao ronco e, se houver, qual a gravidade da doença.

“No caso de apneia grave o tratamento é outro. Antes de tudo é preciso ter um diagnós-tico”, disse Ieto.

Estimativas do Incor apon-tam que 54% da população adulta sofre de ronco – com maior prevalência entre obesos, idosos e mulheres na pós-menopausa. Além da prá-tica dos exercícios de motrici-dade orofacial, Lorenzi Filho afirma que outras formas de combater o ronco são o con-trole do peso, evitar o consumo de álcool e sedativos antes de dormir (o que contribui para o relaxamento da musculatura da garganta) e evitar dormir de barriga para cima, pois nessa posição a língua tende a obs-truir a faringe.

Page 6: Jornal Correio Notícias - Edição 1296

6Sábado - 29 de Agosto de 2015Edição 1.296GerAL

PiB recua 1,9% no 2º trimestre, e país entra em recessão técnica

BrasilAnay Cury e Cristiane Caoli

O Produto Interno Bruto (PIB) recuou 1,9% no segundo trimes-tre de 2015, em relação aos três meses anteriores, e o país entrou na chamada "recessão técnica", que ocorre quando a economia registra dois trimestres seguidos de queda. De janeiro a março deste ano, o PIB teve baixa de 0,7% (dado revisado).

Essa retração de 1,9% é a maior desde o primeiro trimes-tre de 2009, quando a economia também registrou o mesmo recuo.

Neste trimestre, contribuíram para o desempenho negativo da economia a queda dos investi-mentos (-8,1%) e do consumo das famílias (-2,1%). Em contrapartida, o consumo do governo registrou alta de 0,7%.

Na análise dos setores, todos registraram queda, puxada pela indústria, que teve retração de 4,3%, pela agropecuária, de 2,7%, e pelos serviços, de 0,7%.

Em relação ao segundo tri-mestre de 2014, a baixa foi ainda mais profunda, de 2,6%, a maior desde o primeiro trimestre de 2009, quando o recuo também foi de 2,6%. Em valores correntes, o PIB no segundo trimestre do ano alcançou R$ 1,43 trilhão.

O resultado do PIB foi pior que o esperado pelo mercado, indi-cando que a retração da economia em 2015 poderá ser maior do que a queda de 2,06% projetada pelos economistas e analistas, segundo a última pesquisa do Banco Cen-tral.

Recessão técnicaO Brasil voltou a ter dois tri-

mestres seguidos de queda no PIB e, por isso, entrou em “recessão técnica”. Na prática, essa classifi-cação serve como uma espécie de “termômetro” para medir o desem-penho da economia. Isso porque, de acordo com economistas, não são apenas dois resultados negativos seguidos que indicam

a recessão, mas sim um conjunto de indicadores negativos, como aumento do desemprego, queda na produção e falência de empre-sas.

O Brasil também havia regis-trado uma recessão técnica no último trimestre de 2008 e primeiro de 2009, durante a crise econô-mica mundial.

“Várias coisas voltam lá para 2009. Na época, em 2008 e 2009, o consumo das famílias não tinha sido tão afetado [pela crise], exis-tiam medidas para tentar reduzir o efeito [sobre o consumo das famí-lias]. São momentos um pouco diferentes [2015 e 2009], mas ambos com turbulências interna-cionais. Isso é um fato similar, no caso", analisou a coordenadora de Contas Nacionais do IBGE, Rebeca de La Rocque Palis.

Segundo ela, tanto a turbu-lência política quanto econômica estão afetando todas as ativida-des. "É um movimento que está afetando a economia toda”, disse.

No ano, de janeiro a junho, a economia registra contração de 2,1%, na comparação com o mesmo período do ano passado. De acordo com o IBGE, esse resultado é o pior desde o primeiro semestre de 2009, quando caiu 2,4%.

O que aconteceu em cada setor

De acordo com o IBGE, a queda registrada na indústria – frente ao primeiro trimestre – foi puxada principalmente pelo desempenho negativo da construção civil, que recuou 8,4%. Na sequência, a apa-rece à indústria de transformação, que também sofreu forte queda de 3,7%.

No caso do setor serviços, o que mais influenciou foi o movi-mento do comércio, que vem mos-trando seguidamente resultados desanimadores. Neste segundo trimestre, a queda foi de 3,3%, seguida pelo recuo de 2% em transportes, armazenagem e cor-reio.

“Tanto pela ótica da produção quanto pela da despesa, a gente tem que os três principais seto-res do PIB apresentaram queda em relação ao trimestre anterior”, apontou Rebeca.

Consumo e investimentosNo segundo trimestre, em rela-

ção ao primeiro, os investimen-tos registraram o oitavo trimestre seguido de baixa, chegando a 8,1% e arrastando o PIB para baixo, assim como a despesa de consumo das famílias, que recuou 2,1%, pelo segundo trimestre seguido. Já a despesa de con-sumo do governo cresceu 0,7% na mesma base de comparação.

Quanto ao setor externo, as exportações de bens e serviços cresceram 3,4%, e as importações, por outro lado, recuaram 8,8%.

Na comparação com o segundo trimestre de 2014, os investimen-tos sofreram uma queda ainda maior, de 11,9% - a maior desde o primeiro trimestre de 1996, quando o indicador recuou 12,7%.

"Este recuo é justificado, prin-cipalmente, pela queda das impor-tações e da produção interna de bens de capital, e também pelo desempenho negativo da constru-ção civil."

Nessa base de comparação, a despesa de consumo do governo caiu 1,1%, e os gastos das famí-lias, que também entram no cál-culo do PIB, recuaram 2,7% - a segunda baixa seguida.

De acordo com o IBGE, essa retração de 2,7% é a maior queda o quarto trimestre de 1997, quando caiu 2,8%.

"O resultado pode ser expli-cado pela deterioração dos indi-cadores de inflação, juros, crédito, emprego e renda ao longo do perí-odo", informou o IBGE.

Também entram no cálculo do PIB as exportações de bens e serviços, bem como as importa-ções feitas pelo país. Nesse caso, as vendas tiveram expansão de 7,5%, e as compras caíram 11,7%, "ambas influenciadas pela desva-

lorização cambial de 38% regis-trada no período".

Poupança e taxa de investi-mento

No segundo trimestre, a taxa de investimento foi de 17,8% do PIB. No segundo trimestre de 2014, o índice havia atingido per-centual maior, de 19,5%.

A taxa de poupança recuou em relação ao ano passado, passando de 16% no segundo trimestre de 2014 para 14,4%, nos mesmos meses de 2015.

Expectativas negativas confir-madas

A expectativa do Banco Central era de que o PIB tivesse mesmo recuado de abril a junho deste ano. O Índice de Atividade Econô-mica (IBC-Br), que é uma espécie de "prévia do PIB", indicava uma retração de 1,89% no segundo trimestre deste ano, frente aos três meses anteriores. Com isso,

quando foram divulgados, em meados de agosto, os números já apontavam que a economia brasi-leira entraria em recessão técnica.

Já a estimativa do mercado financeiro para o ano todo, apre-sentada no início da semana pelo boletim Focus do Banco Central, indicava que a economia deverá ter uma retração de 2,06%, seguida por uma queda de 0,24% em 2016.

Dois anos seguidos de reces-são

A expectativa dos economistas dos bancos é que a queda do PIB neste ano seja seguida por uma retração em 2016, de 0,24%.

Se confirmada a previsão, será a primeira vez que o país registrará dois anos seguidos de contração na economia, pela série do IBGE iniciada em 1948. Todas as seis vezes em que o país fechou o ano com PIB negativo foram sucedidas

por uma rápida recuperação nos anos seguintes.

O cenário atual é bem dife-rente, segundo o economista da Fundação Getúlio Vargas (FGV/IBRE) Paulo Picchetti. “A reces-são começou sem ser possível enxergar os mecanismos que vão levá-la ao fim. Não há instrumen-tos de política econômica capazes de reverter esse quadro num futuro razoavelmente rápido.”

Como um país sai de uma recessão?

O fim de uma recessão só é constatado quando existe um movimento consistente de reto-mada em todos os indicadores econômicos, segundo o econo-mista Paulo Picchetti. Dados como taxa de desemprego, vendas no comércio, produção industrial e outros precisam mostrar de forma clara e conjunta que estão em recuperação.

Receita com exportações melhora, mas resultado não freia queda do PIBBrasil ainda é uma das economias mais fechadas do mundo, mostra BIRD. Apesar de resultado positivo, queda das commodities reduz lucroBrasilTaís Laporta

A alta do dólar favoreceu o ganho em reais com as exportações, mas esse efeito não tem sido suficiente para elevar o volume exportado e frear a retração do Produto Interno Bruto (PIB). No segundo trimestre do ano, o índice recuou 1,9%, confir-mando o quadro de recessão técnica no país.

Mesmo com a balança comer-cial no azul no primeiro semestre, o Brasil continua com uma das parti-cipações mais baixas do mundo no comércio exterior, segundo dados do Banco Mundial.

O dólar avançou 16,9% de janeiro a junho, mas o volume expor-tado pela média diária caiu 14,7% neste mesmo período, para US$ 94,3 bilhões, segundo o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior.

O saldo da balança fechou o semestre com o melhor resultado desde 2012 – mais ajudado pela forte queda de 18,5% nas impor-tações (pela média diária), do que pelas vendas ao exterior.

Com isso, a troca de merca-dorias do Brasil com o mundo está menor. Em 2014, o volume expor-tado do Brasil para todo o mundo somou US$ 225 bilhões – apenas 11,5% do PIB nacional, enquanto a média mundial foi de 29,8% (veja o gráfico). "Esse volume é insignifi-cante e não tem força para fazer dife-rença no PIB”, analisa o economista e professor de comércio exterior das Faculdades Rio Branco, Carlos Stempniewski.

Dados do Banco Mundial mos-tram que, em 2014, o Brasil só perdeu da República Central Afri-cana na quantidade de bens e ser-viços exportados e importados em relação ao PIB.“A nossa existência no mercado internacional é insigni-ficante. O Brasil participa com algo em torno de 1% do comércio exterior mundial”, acrescenta.

“As receitas [em reais] com as exportações aumentaram, mas a despesa menor com importação, por causa do encarecimento desses produtos, pesou mais no resultado”, afirma Stempniewski. Para o profes-sor, não se pode achar que a des-valorização do real, sozinha, consiga

resolver todos os gargalos do comér-cio exterior. “Existem acordos comer-ciais e tratados que não mudam com a variação do câmbio”, afirma.

Empresas como Embraer, Gerdau, BRF e Votorantim desen-volveram políticas independentes do câmbio ou de decisões do governo e seus contratos de comércio com outros países não mudaram, mesmo com a alta do dólar, observa o pro-fessor.

Parceiros enfraquecidosOs principais destinos dos pro-

dutos brasileiros, China e Estados Unidos, ainda levantam dúvidas sobre o vigor de suas economias. A China – que compra 18% de tudo o que o Brasil exporta – desvalorizou sua moeda, o iuan, para tentar forta-lecer as exportações, e deve crescer menos de 7% este ano, bem abaixo dos números registrados anterior-mente.

Soja cultivada no Rio Grande do Sul (Foto: Reprodução/RBS TV)

As bolsas chinesas, que já vinham caindo desde o início do ano, despencaram nesta semana – com temores de uma piora no cenário econômico - e acabaram afetando

os mercados do mundo todo. Com o crescimento menor do que o espe-rado na China, a demanda por com-modities (petróleo, minério de ferro, soja, açúcar) no mundo cai e isso afeta especialmente o Brasil.

Os EUA, que respondem por 12,1% das compras dos produtos brasileiros no exterior, crescem em ritmo moderado, mas os sinais de recuperação ainda não são consis-tentes a ponto de o BC norte-ameri-cano sentir segurança para anunciar quando vai elevar a taxa de juros.

O câmbio permitiu uma entrada maior em dólares, mas os preços caíram tanto que é preciso exportar quantidades maiores para elevar a receita"

Outros importantes parceiros comerciais, como Argentina, Vene-zuela, países da África e Rússia ou pararam de comprar ou compram muito pouco do Brasil, por estarem em situação econômica delicada, lembra o professor das Faculdades Rio Branco.

Queda no preço das commodi-ties pesa

O aumento das exportações beneficiou, principalmente, o setor

de agronegócios. Mas Stemp-niewski lembra que a queda nos preços das commodities em um período recente reduziu os ganhos e a margem de lucro das empresas exportadoras.

O petróleo negociado em Nova York, por exemplo, perdeu 56% do valor nos últimos doze meses. No último mês, os preços do miné-rio de ferro, negociado na China, chegaram aos menores níveis em 10 anos, afetando diretamente os resultados da Vale, grande expor-tadora.

“O câmbio permitiu uma entrada maior em dólares, mas os preços caíram tanto que é preciso exportar quantidades maiores para elevar a receita”, explica. Os custos de esto-cagem, logística e produção sobem com o aumento do volume expor-tado, mas o faturamento não acom-panha com a queda nos preços.

Embarques de soja e milho sobem 70%

O volume exportado cresceu para alguns segmentos, como o agronegócio. A escala de navios previstos para carregar grãos nos portos brasileiros, em agosto, era

mais de 70% maior que na mesma época do ano passado, indicando uma forte demanda pelos produtos brasileiros, segundo a Reuters.

Dados da agência marítima Williams mostram que havia, neste mês, 80 navios previstos para carre-gar soja nos portos brasileiros, tota-lizando 4,78 milhões de toneladas. Para o milho, a escala mostra 82 navios, somando 4,53 milhões de toneladas. O Brasil é o maior expor-tador global de soja e o segundo em milho.

Habitualmente, em meados de agosto, os embarques de soja começam a desacelerar, dando lugar ao milho colhido na safra de inverno, segundo a Reuters. Con-tudo, os dados apontam para uma competição acirrada por espaço nos portos.

De janeiro a julho deste ano, o Brasil exportou 40,7 milhões de toneladas de soja, 7,5% a mais que no mesmo período do ano passado, segundo o Ministério da Agricultura. No mesmo período, as exportações de milho somaram 6,6 milhões de toneladas, aumento de 11% na mesma comparação.

Page 7: Jornal Correio Notícias - Edição 1296

Sábado - 29 de Agosto de 2015Edição 1.2967 PoLiCiAL

Pm encontra 6 Kg de maconha em madeireira desativada no florêncio Rebolho e quatro jovens foram detidos

De Cornélio ProcópioAnuncifácil

De acordo com o SD Edson Costa da equipe do SGT Carlos da Polícia Militar de Cornélio Pro-cópio, no final da quinta-feira, 27 após um trabalho de monitora-mento no Conjunto Habitacional Florêncio Rebolho que averiguava denúncias sobre atividades de tra-ficantes naquela região da cidade, houve a necessidade de abordar e encaminhar um grupo de jovens para averiguação depois que os policiais encontraram próximo a eles, grande quantidade de maco-nha.

Segundo o policial militar, durante o monitoramento, as equi-pes policiais puderam observar cinco jovens, entre eles um menor de idade, nas proximidades de uma antiga madeireira desativada, local já conhecido por ser usado por tra-ficantes para a venda de drogas.

Em poucos minutos os PMs avistaram motociclistas se aproxi-mando dos suspeitos, que rapida-mente se dirigiam para o interior

da madeireira, logo eles voltavam e entregavam algo para os con-dutores das motos em troca de dinheiro e estes deixavam o local com muita pressa, informou o SD Edson Costa.

Diante do fato, foi feita a abor-dagem ao grupo, sendo vários reconhecidos por estarem envolvi-dos com o tráfico, alguns até cum-prindo pena em regime semiaberto pelo mesmo crime.

Com um deles, de nome David, também conhecido como “DB”, os PMs encontraram dinheiro trocado e próximo ao grupo, dentro da madeireira, seis quilos de maco-nha, que todos afirmaram não lhes pertencer, muito menos terem conhecimento de estarem escondi-dos ali, relatou o policial militar.

Em virtude de tudo que foi visto e presenciado pelos policiais, somado a droga encontrada, três dos jovens que são maiores de idade, sendo eles David, o “DB”, Maurílio, conhecido também como “Maurilinho” e Guilherme, o “Gui BMX”, receberam voz de prisão.

Um quarto jovem foi ouvido e

liberado, mas o menor também foi detido, sendo apreendido e enca-minha junto ao grupo e os paco-tes de maconha a 11ª SDP, onde foram apresentados ao delgado de plantão para serem tomadas as devidas providências, disse o SD Edson Costa.

Após a prisão, Maurilio pediu que fosse registrado pelos repór-teres que acompanhavam a ocor-rência sua indignação, onde ele afirmou ser inocente e que só passava pelo local. Ele confirmou que cumpre pena em liberdade por tráfico e inclusive voltada do Fórum após ter assinado o seu registro diário, sendo detido próximo a um bar quando se dirigia para casa.

Guilherme também negou a participação, dizendo ser usuá-rio e ambos afirmaram que foram enganados, pois os policiais teriam dito a eles que seriam levados apenas para a averiguação, mas tudo mudou, onde passaram a ser acusados de tráfico, sendo uma acusação injusta, afirmaram.

Na delegacia o menor tentou assumir a propriedade da droga

para livrar os companheiros, afir-mando estar no ”corre com a mole-cada”, delatando outros menores que trabalham na venda de drogas no Florêncio Rebolho. Depois passou a negar, mas a PM tem

informações que todos são fazem parte de um grande esquema cri-minoso, sendo “funcionários” de um traficante maior poder, que não foi encontrado no local, mas vai ter que arcar com um duro golpe

que lhe causou um grande prejuízo graças à ajuda da população, que vem denunciado a ação dos margi-nais e ajudando a PM no combate ao crime em nossa cidade, agrade-ceu o SD Edson Costa.

ANUNCIFáCIL

Polícia militar de Jacarezinho faz entrega de alimentos para o asilo de Jacarezinho

De jacarezinhogilberto gimenes

Durante a realização dos jogos em comemoração aos 161 anos da Polícia Militar do Paraná, os Poli-ciais Militares do 2º BPM, com a participação do Corpo de Bombei-ros de Jacarezinho, arrecadaram mantimentos que foram doados hoje nesta sexta feira, 28 ao Asilo São Vicente de Paulo em Jacare-

zinho.As equipes que participaram

dos jogos foram a 1ª Cia que representaram Jacarezinho, a 2ª Cia representou Wenceslau Braz, a 3ª Cia representou Ibaiti e a 4ª Cia representou Santo Antonio da Platina, a ROTAM, o PCS e o Corpo de Bombeiros.

Entre as provas estava a arre-cadação de alimentos por parte dos integrantes da equipe. Quem

saísse com a maior pontuação somada em todas as provas ven-ceria os jogos e faria a doação dos mantimentos a uma instituição social da cidade.

A equipe vencedora foi a 1ª Cia PM, sendo representada pelo Sar-gento Fernando Felipe Caldeira, o qual, juntamente com outros Policiais, realizou a entrega dos alimentos ao Asilo São Vicente de Paulo.

alimentos foram entregues para o asilo

POLÍCIA MILITAR

Entregador de marmita tem a moto roubada no centro de Ibaiti

De Ibaitigilberto gimenes

O crime ocorreu no centro de Ibaiti nessa quinta-feira, 27 por volta das 12h 30 min. Segundo a vítima ao chegar para realizar a entrega de marmitas em uma empresa ele foi abordado por dois homens, que o fizeram deitar no chão e o ameaça-ram de morte.

Um dos suspeitos subiu na moto e foi embora, o outro saiu correndo e tomou rumo ignorado.

A vítima avisou a PM que em posse das características do veículo e dos suspeitos iniciou as buscas pela cidade.

Ela também avisou o dono da moto que não se encontrava em Ibaiti.

O proprietário da moto estava vindo de Jacarezinho quando soube do roubo e avistou a moto na BR 153 no KM61 já em Guapirama, o homem fez o retorno e foi atrás do suspeito e tentou para lo, foi quando o moto-queiro veio a cair da moto.

A PM foi avisada e seguiu para

o local e ao chegarem se depararam com o dono da moto contendo o sus-peito.

O rapaz foi algemado e levado para o hospital de Joaquim Távora, onde foi medicado e identificado como sendo um rapaz de 17 anos.

Ele assumiu a autoria do roubo e apresentou a arma que utilizou para ameaçar a vítima. A arma era falsa.

O jovem também revelou que roubou o dinheiro do entregador. Ele foi levado para a delegacia para pres-tar esclarecimentos.

ILUSTRATIVA

Peça se solta de caminhão e mata passageira de carroParanáLucas Emanuel Andrade

Acidente na tarde desta quin-ta-feira, 27 deixou uma mulher de 79 anos morta na PR-451, no trecho entre Grandes Rios e João Vieira, distrito de Cruz-maltina. A peça de um caminhão carregado com madeiras se soltou e acertou o para-brisa de um VW Gol que seguia na dire-

ção contrária da rodovia. De acordo com a Polícia

Rodoviária Estadual, uma pas-sageira do carro, identificada como Maria Augusta da Silva, morreu na hora após ser atin-gida na cabeça. O objeto ainda atravessou o vidro traseiro do veículo. O corpo da vítima foi recolhido ao IML de Ivaiporã.

Outras três pessoas estavam no Gol. Uma mulher de 36 anos,

com ferimentos leves em um dos braços, foi levada a um hospital de Grandes Rios. O motorista de 23 anos e uma adolescente de 14 anos foram liberados no local.

A PRE relatou que o condutor do caminhão seguiu viagem sem perceber o acidente. Ele teria sido localizado posteriormente e levado à delegacia de Grandes Rios para prestar depoimento.

BLOG DO BERIMBAU

Page 8: Jornal Correio Notícias - Edição 1296

Sábado - 29 de Agosto de 2015Edição 1.2968 eCoNoMiA

Tarifa da bandeira vermelha na conta de luz cai 18% a partir de setembro

A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) aprovou hoje (28) a redução de 18% no valor da tarifa da bandeira vermelha, o indicador que engloba os usuários que pagam o custo mais alto de energia

BrasilBem Paraná

Com a decisão, o valor adicio-nal para cada 100 kWh consumi-dos cai de R$ 5,50 para R$ 4,50. Para os consumidores, o novo valor corresponderá a uma redu-ção de dois pontos percentuais no custo da conta de luz. A mudança entra em vigor em 1º de setembro e vai até 31 de dezembro.

A decisão foi adotada em razão da redução no custo de pro-dução de energia decorrente do desligamento de 21 termelétricas, com custo variável unitário maior que R$ 600 MWh, aprovada no início deste mês.

Apesar do pedido das distri-buidoras para que o valor seja mantido, devido ao aumento dos custos de geração, a diretoria da Aneel entendeu que o uso das bandeiras deve refletir o cenário

de disponibilidade da geração e não os problemas de caixa das distribuidoras.

“Não podemos confundir o conceito do fundamento das ban-deiras com o alívio de caixa. O valor arrecadado com as bandei-ras deve cobrir o valor da geração termelétrica. Para outras razões de [alta de] custo existem outros mecanismos de compensação”, disse o diretor da Aneel Reive Barros dos Santos, relator do caso.

Para o diretor Tiago Correia, os consumidores responderam ao instrumento das bandeiras, redu-zindo o consumo e fazendo inves-timentos, como a substituição de lâmpadas incandescentes pelas de led, o que justifica a redução do valor da bandeira.

O diretor-geral da Aneel, Romeu Rufino, ressaltou que a redução não representa melhora

no quadro de geração de energia do país. “O cenário não é favo-rável à mudança da bandeira. Não é um cenário provável. Não estamos dando nenhuma sinaliza-ção de que o consumidor possa relaxar na sua prática de uso da energia. A sinalização ainda é de cuidado com o consumo e de uma situação adversa”, alertou Rufino.

O parque gerador de ener-gia elétrica no Brasil é composto predominantemente por usinas hidrelétricas. Para funcionar, essas usinas dependem da chuva e do nível de água nos reserva-tórios. Quando há pouca água armazenada, usinas termelétri-cas precisam ser ligadas para não interromper o fornecimento de energia. Com isso, o custo de geração aumenta, pois essas usinas são movidas a combus-tíveis como gás natural, carvão, óleo combustível e diesel.

FOTO ILUSTRATIVA