jornal camargo angola-ed-1x · reabilitação da 5ª e 7ª avenidas e infra-estrutura na boa vista...

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Nº 01 Informativo da CCA – Camargo Corrêa Angola UT 832 – Estrada Nacional Benguela-Lubango KUTEMBO KUTEMBO KUTEMBO KUTEMBO KUTEMBONEWS NEWS NEWS NEWS NEWS Agosto de 2008 EDITORIAL ANGOLA C om o término da guerra civil em Angola, abriu-se um mercado necessário para a reconstrução da infra-estrutura do País, atraindo para cá empresas especializadas do sector. Neste contexto inseriu-se o Grupo Camargo Corrêa, através da Camargo Corrêa Angola, que, com o objectivo de fixar-se no País e assim participar desta iniciativa, firmou contratos com o governo de Angola a partir de 2005, para a reabilitação da 5ª e 7ª avenidas e infra-estrutura na Boa Vista em Luanda (capital), da estrada nacional Benguela-Lubango no sul e da linha de transmissão UIGE na região norte do País. A obra da estrada começou pela desminagem e melhoria do trajecto. No início os trabalhadores foram alojados no Hotel Cavalo Preto, no município de Chongoroi, província de Benguela. Enquanto isso, seguindo o planeamento inicial, se construía um Estaleiro na comuna do Kutembo - município de Chongoroi, província de Benguela - localizado estrategicamente entre as duas extremidades da estrada. Uma das preocupações da administração é a saúde dos trabalhadores. Por isso os brasileiros já vêm vacinados, atendendo inclusive exigências legais. Os trabalhadores angolanos submetem-se a exames de admissão previstos na lei geral do trabalho de Angola. Além disso, há enfermeiros e ambulâncias na Área Industrial e no Estaleiro, para atender eventuais emergências e remover pacientes às clínicas e hospitais de Chongoroi ou Benguela de maneira adequada e segura. Na necessidade de exames, consultas, pequenas cirurgias, diagnósticos preliminares (raio X, entre outros), aos angolanos, a empresa os encaminha com despesas pagas. No Estaleiro há internet para os alojados e os contactos são feitos também por telefone através do sistema VOIP e Skype. Nas folgas os brasileiros visitam Benguela ou Lubango - duas cidades importantes da região sul de Angola e mais próximas da obra e os angolanos suas famílias. As praias mais visitadas em Benguela são: Praia Morena (passeio e pesca) e Bahia Azul (natação e mergulho). No Lubango os locais preferidos são: Serra da Leba, Tundavala e o Cristo Rei no miradouro onde se avista a cidade de forma panorâmica. Alguns vão até Namibe (180 km adiante) com lindas praias. Aos angolanos alojados há sala de lazer, refeitório, roupa lavada e folga mensal para ver a família. É comum ver tanto no Lubango como em Benguela - nesta de forma aparentemente mais acentuada - reabilitação ou construção de infra-estrutura. Luanda não poderia ser diferente, pois na capital, com enorme concentração de angolanos vindos de todas as regiões do país no período da guerra, ampliou-se a necessidade de infra-estrutura e tornaram-se urgentes as obras que o governo contratou e divulga nos noticiários. Angola, portanto, é um verdadeiro canteiro de obras e é com essa visão e promessa futura de progresso - tanto para o País como para a empresa - que a Camargo Corrêa Angola investe principalmente na mão de obra angolana de onde já surgiram lideranças naturais e avanço, sendo estas reconhecidas e promovidas pela empresa. No mês de julho começou a implantação das células de trabalho, como ferramenta de interactividade entre as equipes e melhoria da produtividade. A empresa adquiriu e já trouxe para a obra 4 novos mini auto-carros para aumentar o conforto e a segurança dos trabalhadores. Infelizmente tivemos uma perda lastimável no início de agosto. Ficamos sem um dos líderes, mas a luta sempre tem que continuar... O engº Mário Avelino ficou pouco tempo entre nós, nesta obra, mas era veterano experiente nas obras brasileiras e encerrou sua carreira em Angola de forma inesperada. Veio contribuir com sua experiência e deixou seu nome no rol dos reconstrutores desta Nação. Mas, apesar de todo e qualquer contratempo, a empresa veio ao País para ficar e já participa de novas concorrências. As dificuldades naturalmente foram muitas, mas as culturas são bem parecidas e a adaptação está a se firmar. As bandeiras estão, portanto, mais do que nunca unidas num propósito comum de desenvolvimento e crescimento. Troço Asfaltado Veja nesta Edição: - Editorial - Imagem da Obra - Frente de Trabalho - Cultura - Perfil - AGO - Esporte Eduardo Tavares

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Nº 01

Informativo da CCA – Camargo Corrêa Angola

UT 832 – Estrada Nacional Benguela-Lubango

KUTEMBOKUTEMBOKUTEMBOKUTEMBOKUTEMBONEWSNEWSNEWSNEWSNEWSAgosto de 2008

EDITORIAL

ANGOLA

Com o término da guerra civil em Angola, abriu-se um mercadonecessário para a reconstrução da infra-estrutura do País, atraindopara cá empresas especializadas do sector. Neste contexto

inseriu-se o Grupo Camargo Corrêa, através da Camargo Corrêa Angola,que, com o objectivo de fixar-se no País e assim participar desta iniciativa,firmou contratos com o governo de Angola a partir de 2005, para areabilitação da 5ª e 7ª avenidas e infra-estrutura na Boa Vista em Luanda(capital), da estrada nacional Benguela-Lubango no sul e da linha detransmissão UIGE na região norte do País.

A obra da estrada começou pela desminagem e melhoria do trajecto. Noinício os trabalhadores foram alojados no Hotel Cavalo Preto, no municípiode Chongoroi, província de Benguela. Enquanto isso, seguindo oplaneamento inicial, se construía um Estaleiro na comuna do Kutembo -município de Chongoroi, província de Benguela - localizadoestrategicamente entre as duas extremidades da estrada.

Uma das preocupações da administração é a saúde dos trabalhadores.Por isso os brasileiros já vêm vacinados, atendendo inclusive exigênciaslegais. Os trabalhadores angolanos submetem-se a exames de admissão

previstos na lei geral do trabalho deAngola. Além disso, há enfermeiros e

ambulâncias na Área Industrial e no Estaleiro, para atender eventuaisemergências e remover pacientes às clínicas e hospitais de Chongoroi ouBenguela de maneira adequada e segura. Na necessidade de exames, consultas,pequenas cirurgias, diagnósticos preliminares (raio X, entre outros), aosangolanos, a empresa os encaminha com despesas pagas.

No Estaleiro há internet para os alojados e os contactos são feitostambém por telefone através do sistema VOIP e Skype. Nas folgas osbrasileiros visitam Benguela ou Lubango - duas cidades importantes daregião sul de Angola e mais próximas da obra e os angolanos suas famílias.As praias mais visitadas em Benguela são: Praia Morena (passeio e pesca)e Bahia Azul (natação e mergulho). No Lubango os locais preferidos são:Serra da Leba, Tundavala e o Cristo Rei no miradouro onde se avista a cidadede forma panorâmica. Alguns vão até Namibe (180 km adiante) com lindaspraias. Aos angolanos alojados há sala de lazer, refeitório, roupa lavada efolga mensal para ver a família.

É comum ver tanto no Lubango como em Benguela - nesta de formaaparentemente mais acentuada - reabilitação ou construção de infra-estrutura.Luanda não poderia ser diferente, pois na capital, com enorme concentraçãode angolanos vindos de todas as regiões do país no período da guerra,ampliou-se a necessidade de infra-estrutura e tornaram-se urgentes as obrasque o governo contratou e divulga nos noticiários. Angola, portanto, é umverdadeiro canteiro de obras e é com essa visão e promessa futura de progresso- tanto para o País como para a empresa - que a Camargo Corrêa Angolainveste principalmente na mão de obra angolana de onde já surgiram liderançasnaturais e avanço, sendo estas reconhecidas e promovidas pela empresa.

No mês de julho começou a implantação das células de trabalho, comoferramenta de interactividade entre as equipes e melhoria da produtividade.A empresa adquiriu e já trouxe para a obra 4 novos mini auto-carros paraaumentar o conforto e a segurança dos trabalhadores.

Infelizmente tivemos uma perda lastimável no início de agosto. Ficamossem um dos líderes, mas a luta sempre tem que continuar... O engº MárioAvelino ficou pouco tempo entre nós, nesta obra, mas era veterano experientenas obras brasileiras e encerrou sua carreira em Angola de forma inesperada.Veio contribuir com sua experiência e deixou seu nome no rol dosreconstrutores desta Nação. Mas, apesar de todo e qualquer contratempo, aempresa veio ao País para ficar e já participa de novas concorrências. Asdificuldades naturalmente foram muitas, mas as culturas são bem parecidase a adaptação está a se firmar. As bandeiras estão, portanto, mais do quenunca unidas num propósito comum de desenvolvimento e crescimento.

Troço Asfaltado

Veja nesta Edição:

- Editorial- Imagem da Obra- Frente de Trabalho- Cultura- Perfil- AGO- Esporte

Edu

ardo

Tav

ares

Kutembonews Nº 01 2UT 832 – Estrada Nacional Benguela-Lubango

Topografia e Laboratório

A unificação da Língua Portuguesa é um facto. Saiu das discussõesformais para aprovação nos parlamentos. O interesse maior que

unifica as nações nesse propósito é padronizar termos jurídicos, o que facilitariaacordos internacionais e fazer com que o Português - língua oficial de mais230 milhões de pessoas no mundo, sendo que 190 milhões estão no Brasil -seja considerada uma das línguas oficiais das Organizações das Nações Unidas(ONU), que conta hoje com o árabe, o espanhol, o francês, o inglês, omandarim e o russo como idiomas oficiais. As principais alterações previstasno acordo são o fim do trema, a supressão de consoantes mudas (como naspalavras actor e óptimo), novas regras para o emprego do hífen, a inclusãodas letras w, k e y ao alfabeto, além de novas regras de acentuação, em quepalavras como idéia e assembléia perdem o acento agudo.

O novo Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa, que começa a vigorara partir de 2009, visa a unificação gramatical em Angola, Moçambique,Cabo Verde, Guiné-Bissau, São Tomé e Príncipe, Timor Leste, Brasil ePortugal, países que falam o idioma.

Língua Portuguesa Unificada

Fonte: Portal Imprensa

FICHA TÉCNICA

Elaboração: Lourenço de Oliveira

Diagramação: Nelson dos Santos

Cultura e Gramática Angolana: Enfraim Muatile Hitiwasa e Gilberto

dos Santos Mota

Colaboração: Emanuel S. Silva e Reinaldo J.B.Lima

Comitê Editorial: Cláudio Angelo Nicolellis, Carlos Roberto Coraiola

Júnior e Elson Vieira de Souza.

Em pé: Januário, Geraldo, Nino, Anacleto e Daniel.Agachados: Salomão, Vitoriano, Abraão, Feliciano (Jai) e Francisco.(Não estão na foto: Miguel e Alberto)

Topografia

Antonino (NINO)Supervisor Técnico

Laboratório

Noel Eugênio* (Encarregado Técnico)

* Obras:- No Iraque, de 1982 a 1983;na Nigéria, de 1993 a 1995; na Bolívia,

em 2007 e em Angola, desde 24/12/2007.

Em pé: Braschek, Mike, Nuno, Luiz, Joaquim, Tino, Celestino.Abaixo: Benjamim, Cailov, Vitson, Noel, Chiquinho, Nelito, Batista, Alair.

Os primeiros a chegar numa obra são as equipes de Topografia eLaboratório. A equipe de topografia é composta hoje, em nossaobra, de 1 supervisor téc., 2 topógrafos, 2 motoristas, 5 auxiliares

de topografia e 2 operários. A topografia faz os levantamentos e o laboratórioo projecto geotécnico - coletando amostras de solos ao longo de todo otroço para verificação da qualidade e definição dos materiais a serem usadosnas camadas de aterro, sub-base e base. Funções do laboratório:Acompanhamento do betão; Terraplenagem (aterro até o nível da sub-base;Pavimentação: sub-base até a capa de rolamento (ou de desgaste); análisedos materiais e camada de desgaste, acompanhamento do material asfáltico. A equipe actual do Laboratório nesta obra é composta por 25 funcionários:-1 encº téc., 6 laboratoristas (concreto, asfalto e solos), 2 motoristas, 3escriturários, 4 laboratóristas auxiliares, 5 auxiliares de laboratório e 4auxiliares de produção.

Baseado nas informaçõescontidas no projecto, a

Topografia loca os pontos deexecução da obra . Quando a equipechegou foram consideradas asinformações oferecidas pelaprojetista (DAR), através de umalista de marcos, situados em pontosestratégicos. Algumas dificuldadeshoje encontradas ocorrem devido àcarência de mão de obra

especializada. Para suprir essanecessidade, alguns colaboradoreslocais foram treinados para exercerfunções na área e já se saem muitobem nessa tarefa, aceitando comcoragem o desafio e demonstrandotalento e boa vontade.

Em conjunto segue a equipede Laboratório - executando

o Projeto Geotécnico de Clas-sificação dos Solos que serão usadosna obra, sondagem de drenagem parasaber onde são necessários drenosprofundos ou superficiais.

O Executor da obra recebe oProjecto Técnico onde constará asespecificações de onde vai retirar osmateriais a serem usados nascamadas de Aterro, Sub-Base e Base

A obra Benguela-Lubango tem características diferentes deoutras, pois o país atravessou um longo período de guerra (28anos) e há, portanto, necessidade urgente da Infra Estrutura

Rodoviária. No inicio foi difícil encontrar pessoal para o setor,mas hoje estamos com uma boa equipe. Portanto, tudo que se

faz aqui, agora, é um desafio.

e localizar a Pedreira. Antes de iniciara exploração da Pedreira sãoexecutados os ensaios necessáriospara saber se a pedra tem a qualidadeexigida na Especificação.

Nas obras de Artes Especiais eCorrentes (Pontes, Viadutos,Trincheiras, Bueiros, Sarjetas eDrenos) são executados controlesconstantes das qualidades dosmateriais usados, tais como:verificação do solo de fundação,

brita, areia, ferragem e o betão(concreto) e confirmação daquantidade dos materiais que devemser usados em conformidade com aEspecificação.

Na camada de Base sãoexecutados ensaios para verificaçãoda qualidade do material a ser usado.

Na camada de Binder (1ªcapa) ea camada de desgaste betuminosa hácontrole desde a chegada do Betumena Usina até a última rolagem napista. Terminado o processo decompactação na pista, o Laboratórioretira corpos de provas tanto doBinder como da camada de desgastebetuminosa para verificar se acompactação está em conformidadecom a Especificação. Ou seja, tudo aser executado em uma obra passapelo controle do Laboratório. OsEnsaios realizados no Campo são

proporcionalmente inferiores aosexecutados internamente noLaboratório.

A equipe de laboratório destaobra é composta por 25 pessoas: 7brasileiros e 18 Angolanos.

O Brasil atravessou um longoperíodo sem investimento na área deInfra Estrutura e isso desestimuloua formação de Técnico de Estrada.Há Centros Tecnológicos (Cefet) queformam esse profissional, mas édifícil encontrar alguém formado emLaboratório. De alguma forma todosaprenderam e estão aumentandoainda o seu conhecimento na prática.

Kutembonews Nº 01 3UT 832 – Estrada Nacional Benguela-Lubango

PERFIL

Todos nós que vivemos neste alojamento sabemos daimportância de uma roupa bem lavada - fruto do trabalhodessas dedicadas funcionárias que, no dia a dia do seu trabalho,nos proporcionam esse conforto e a certeza de poder contarsempre com uma roupa limpa e bem tratada.

Equipe: Maria da Conceição, Rosaria, Helena, Cristina e Micaela

Domingas - Encarregada de Lavanderia

Dia 28 de julho de 2008 chegou à nossaobra um reforço importante e do qualse esperava mudanças positivas.

Tratava-se de Mário Avelino de Mello,brasileiro, engenheiro, gerente geral da obraBenguela-Lubango. Infelizmente, cinco diasdepois, após visitar o local de uma nova obra -que está para começar no município da Ganda,distrito de Benguela, parou na cidade que dá nomeao distrito para passar o final de semana e sofreuum enfarte. Chegou a ser socorrido no hospital,onde recebeu medicação, mas infelizmente nãoresistiu. Faleceu no sábado, 02/08/2008, antesmesmo de iniciar as mudanças já traçadas - atravésdos contactos e levantamentos feitos nos poucosdias de permanência na obra.

Nosso jornal começa, infelizmente, com umperfil de homenagem após a morte... Mas é,também, uma forma de mostrar que quem veio aomundo para servir é sempre chamado a isso pelasua própria competência e não poderia serdiferente com ele.

Profissional dedicado às suas funções, mesmodepois de reformado deslocou-se de sua residênciano Brasil, no estado de Minas Gerais, municípioMadre de Deus de Minas - próximo a São JoãoDel Rei, afastando-se novamente do convívio coma família e da sua criação de cavalos mangalargamarchador, para aventurar-se em terras longínquasonde - fatalmente - encerraria sua carreira e

Mário Avelino (de boné, à direita) vistoriando a Obra no Km 125+500

Homenagem permanência na Terra. Atendeu ao chamadohumano para resolver problemas terrenos e, logoem seguida, a um chamado maior...

No momento em que encerrávamos estaedição, a Camargo Corrêa providenciava otranslado do corpo de Angola para o Brasil e estavaprevisto para ser sepultado na cidade de Madrede Deus de Minas (MG).

Mário Avelino participou, entre outras obras,da construção da maior hidroelétrica totalmentebrasileira - Tucuruí/Pará e dedicou mais de 20anos da sua vida à Companhia.

Nada mais justo, portanto, que ser lembradoe homenageado agora pelos seus colegas detrabalho como um exemplo a ser seguido.

Nino

Domingas Manoel nasceuno município de Cubal,província de Benguela,

em 10 de Outubro de 1970. Estudouaté a quarta classe e parou aos noveanos devido às dificuldades da épocae pela insegurança em que viviam.Em 1984, aos 14 anos, mudou-secom seus pais para o município deChongoroi, província de Benguelaem consequência da guerra civil. Umano depois casa-se com AlbertoJamba com quem teve 5 filhos dosquais 2 sobreviveram: o filho maisvelho César, hoje com 23 anos e afilha Tereza da Silva, com 17 anos -ambos solteiros.

Em Outubro de 2007 iniciou seustrabalhos na empresa contratadapela Camargo Corrêa Angola para aconstrução do Estaleiro no Km 173da estrada nacional Benguela-Lubango. Sua tarefa era arrumar ascamas, limpar os quartos e lavarroupas dos funcionários queconstruíam os alojamentos,escritórios, refeitório e demaisdependências. Terminado o contratopassou, a partir de 15/01/2008, paraa terceirizada responsável pelaoperação das instalações dorefeitório, manutenção dos alo-jamentos e lavagem da roupa dosalojados - na condição de responsável

pela Lavanderia, atendendo brasi-leiros e angolanos alojados nosníveis: Superior (2ª e 3ª feira), Médio(4ª e 5ª feira) e Básico (sexta-feira esábado). O domingo, como boa cristã,reserva para descanso.

Sua história de vida é parecidacom a de muitos angolanos contem-porâneos. Perdeu, como a maioriadeles, vários familiares na guerra: umirmão de 33 anos, uma irmã de 35,um primo de 18, um tio de 60 e umprimo do pai aos 52 anos de idade.

Considera um presente a

oportunidade recebida e está muitofeliz em participar da construçãodesta obra importante para Angola.Se depender dela - diz - acompanhaa empresa em outras obras.Provavelmente ela não está sozinhanesse pensamento. Afinal, váriosangolanos estão a aproveitar aoportunidade não só para ganhar suajusta remuneração por um trabalhobem executado, mas também, paradesenvolver talentos natos de acordocom a tecnologia colocada em suasmãos!

Página 4Kutembonews Nº 01 4UT 832 – Estrada Nacional Benguela-Lubango

Célula de Trabalho

Emanuel Fagner dos Santos SilvaFutebol: Integração Brasileiro-Angolano

Há em andamento programas deintegração entre brasileiros e angolanos.

Com a finalidade de agilizá-los, a CamargoCorrêa Angola está a formar uma equipe defutebol, para promover lazer e desenvolvimentode pessoas.

No último dia 13 de julho iniciou-se demaneira espontânea essa integração, com a

formação de um time de angolanos, reforçado peloenfermeiro brasileiro Sidnei (Kwester). A disputacom um time local terminou empatada em 3x3,num jogo competitivo e de categoria elevada paraamadores. O time reclamou que o juiz teriaprolongado o horário até o adversário empatar.Mesmo assim os angolanos, alegres por natureza,comemoraram trazendo o brasileiro nos braços e

gritando seu nome.Motivo: um golo espetacular do Kwester.

Fala-se que até então golo de bicicleta em Angolaera mais frequente com o grande Akwa, Porém,para inovação do futebol arte, podemos ver estegolo no jogo disputado pelo time da CamargoCorrêa Angola (Kutembo) no município deChongoroi.

Em pé: Armando (com óculos na mão), Basílio (camisa azul), Alexandre, Enfraim, Romão, Frank, Didi, Lito, Bráz, Ngongo (chapéu branco), Álvaro (camisa amarela).Agachados: Hamilton (1º com a bola), Helder, Osvaldo, Lucas, Cachi, Kwester, Minguito (de colete marron e calção branco).Na frente: Gilberto - técnico informal (não uniformizado) e Salomão - line (de camisa amarela e bermuda branca)

Para ver lances e o golo de bicicleta acesse o Link: futebol arte “marcial” rsrsrs - Youtube

Neste mês de julho foram fixados em alguns locais da obra panfletosanunciando a chegada de algo diferente - era a Célula de Trabalho.Ela é, na verdade, a equipe que sempre existiu em todas as

obras, nas diversas frentes de serviço. Só que com um conceito de organizaçãomais apurado e adaptado às realidades do mercado actual. Hoje em dia aconcorrência em todos os sectores empresariais é mais disputada, motivopelo qual a qualidade dos serviços prestados, a produtividade e o controlede custos se tornam essenciais e fundamentais nas empresas de uma formageral e, principalmente, nas grandes corporações.

O planeamento de uma obra, esteja ela onde estiver, começa, na CamargoCorrêa, na Vila Olímpia (São Paulo/Brasil). Uma vez iniciada, é de lá que osdirectores começam o processo de desdobramento da estratégia. As metasda obra são definidas até o nível de encarregados, passando pelos gerentesda obra que distribuem aos supervisores e estes aos seus respectivosencarregados, para que estes últimos determinem cada qual à sua equipe(uma das células de trabalho) o que deve ser feito e como. É assim, portanto,que o cronograma da obra será cumprido.

Uma das funções da célula de trabalho é consciencializar da importânciade se trabalhar alinhados para atingir um objectivo comum que é a construçãoda obra no prazo determinado e com a qualidade desejada. Geralmentealgumas células dependem de outras e é nessa sequência que é feito odesdobramento. Daí a importância de cada uma cumprir com a sua meta,para não interferir no bom andamento da outra e evitar atrasos ou anecessidade de refazer o trabalho. Uma vez atingida a meta proposta ecumpridos os itens planeados, cada célula será reconhecida e os integrantespremiados. Todas as células receberão antecipadamente um documentoonde estarão impressos os itens a serem cumpridos, abrangendo CUSTO(real sobre o orçado, para se saber se gastou de acordo com o planeado),

META FÍSICA (é o serviço específico que cada célula deverá executar noperíodo na sua respectiva frente de trabalho), PRODUTIVIDADE (é aquantidade e qualidade do serviço executado no tempo previsto). Outrositens como: Gerenciamento, Limpeza e Organização, Segurança e MeioAmbiente são avaliados também.

Esta é, portanto, a novidade que está chegando na obra. Preparem-separa fazer parte da aldeia global. É uma ferramenta importante nestemundo globalizado em que vivemos hoje, e da participação consciente decada um depende o sucesso da célula para ser premiada e o reconhecimentocomo empresa eficiente na execução de uma obra.