jornal brasÍlia capital 176ª ediÇÃo

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PÁGINA 12 PÁGINA15 PÁGINA 11 DETRAN INICIA EM OUTUBRO FISCALIZAÇÃO DA CRLV ÍNDIGOS SÃO PRESENTES PARA OS PAÍS E PARA O PLANETA INVASÃO DOS MACACOS www.bsbcapital.com.br DISTRIBUIÇÃO GRATUITA Ano IV - Nº 176 n Brasília, 27 de setembro a 3 de outubro de 2014 Salve a Democracia Delegado Mauro Cezar quer implantar a linha dura na Câmara Legislativa Ibope confirma subida de Rollemberg e queda de Agnelo Queiroz ENTREVISTA PELAÍ PÁGINA 4 e 5 PÁGINA 8 e 9 PÁGINA 2 e 3 PHS lança candidatura do famosso Macaco Tião em 12 estados. A natureza presenteia o homem com a beleza das cores e recebe em troca agressões como queimadas e aterro de nascentes. 142 milhões de brasileiros irão às urnas no próximo domingo, dia 5 de outubro, segundo o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), para eleger, pelo voto direto, o futuro (a) Presidente (a) da República, 27 governadores, 27 senadores (um terço da Casa) e 432 deputados federais. Também serão escolhidos os deputados estaduais e, no caso do Distrito Federal, 24 distritais. Mas até há pouco tempo não era assim. (Continua na página 6).

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Especial de Primavera

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Page 1: JORNAL BRASÍLIA CAPITAL 176ª EDIÇÃO

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Detran inicia em outubro fiscalização Da crlV

ÍnDigos são presentes para os paÍs e para o planeta

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Ano IV - Nº 176 n Brasília, 27 de setembro a 3 de outubro de 2014

Salve a Democracia

Delegado Mauro Cezar quer implantar a linha dura

na Câmara Legislativa

Ibope confirma subida de Rollemberg e queda de Agnelo Queiroz

entreVista pelaÍ

Página 4 e 5

Página 8 e 9

Página 2 e 3

PHS lança candidatura do famosso Macaco Tião em 12 estados.

A natureza presenteia o homem com a beleza das cores e recebe em troca agressões como queimadas e aterro de nascentes.

142 milhões de brasileiros irão às urnas no próximo domingo, dia 5 de outubro, segundo o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), para eleger, pelo voto direto, o futuro (a) Presidente (a) da República, 27 governadores, 27 senadores (um terço da Casa) e 432 deputados federais. Também serão escolhidos os deputados estaduais e, no caso do Distrito Federal, 24 distritais. Mas até há pouco tempo não era assim. (Continua na página 6).

Page 2: JORNAL BRASÍLIA CAPITAL 176ª EDIÇÃO

E x p E d i E n t E

Diretor de Redação Orlando Pontes

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Diretor de Arte Gabriel Pontes

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Diretor Comercial Júlio Pontes

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Contato PublicitárioPedro Fernandes

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dos principais assuntos do Brasil e do mundo!

Os textos assinados são de responsabilidade dos autores. A reprodução

é autorizada desde que citada a fonte.

2 n Brasília, 27 de setembro a 3 de outubro de 2014 - [email protected]ítica

Impressão Gráfica Jornal Brasília aGora TIragem 20.000 exem-

plares DIsTrIbuIção plano piloto (sede dos poderes leGislativo

e executivo, empresas estatais e privadas), taGuatinGa, ceilândia,

samamBaia, riacho fundo, vicente pires, áGuas claras, soBra-

dinho, sia, núcleo Bandeirante, candanGolândia, laGo oeste,

colorado/taquari, Gama, santa maria, alexânia / olhos d’áGua

(Go), aBadiânia (Go), áGuas lindas (Go), valparaíso (Go),

Jardim inGá (Go) e luziânia (Go).

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CIrCulação aos sáBados.

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Por unanimidade, a Comissão de Constituição e Justiça da CLDF considerou “inadmissível” o Projeto de Lei Complementar do deputado Chico Vigilante (PT) sobre a instalação de postos de combustíveis em supermercados. O relator Aylton Gomes (PR) alegou vício de iniciativa, argumentando que o projeto deveria ter sido apresentado com, no mínimo, 13 assinaturas.

Duas vagas para trêsPela primeira vez, três candidatos a governador do DF chegam na última semana de campanha com reais chances de ir ao segundo turno. Pesquisa Ibope divulgada na quarta-feira (24) aponta o senador Rodrigo Rollemberg (PSB) com 31% das intenções de voto. O governador Agnelo Queiroz (PT), com 19%, está tecnicamente empatado com o candidato do PR, Jofran Frejat, que aparece com 21%. Pitiman (PSDB) e Toninho (PSol) têm apenas 3%.

Rejeição pode ser fator decisivoEmbora a diferença entre Agnelo e Frejat seja de apenas 2%, o governador corre maior risco de ser preterido da disputa em segundo turno pela alta taxa de rejeição ao seu nome. 44% dos entrevistados declararam não votar em Agnelo em hipótese alguma, contra 16% de Frejat. A rejeição de Rollemberg é de apenas 5%.

Na disputa pelo Senado, o Ibope mostra o deputado federal Reguffe (PDT) com uma ampla diferença para o segundo colocado, Geraldo Magela (PT), com 37% contra 16%. O terceiro lugar fica para o senador Gim Argello (PTB), que tenta reeleição, com 13%. Sandra Quezado (PSDB) aparece com 3%. Votos brancos e nulos somaram 10%, e 19% dos entrevistados não sabem ou não responderam. Reguffe subiu dois pontos em relação à pesquisa anterior e Magela caiu dois. Gim tinha 14%.

Reguffe dispara para o Senado

Arrudistas insatisfeitos saem do PRA saída do PR do ex-senador Adelmir Santana e do ex-presidente da Terracap, Antônio Gomes, na quarta-feira (24), para aderir à candidatura de Rodrigo Rollemberg (PSB), foi motivada por insatisfação com a coordenação da campanha de Jofran Frejat. Arrudistas de carteirinha, os dois não concordavam com a centralização das decisões nas mãos de pessoas ligadas ao presidente do PRTB, Luiz Estevão, e ao senador Gim Argello (PTB).

As páginas 6 e 7 da edição 175 são uma aula de jornalismo dada pelo Brasília Capital, colocando a visão dos dois lados da moeda, a situação e a oposição. A página 6 mostrando visão de um peesedebista e a 7 de um petista. Confesso que não tenho ainda um candidato

à presidência para chamar de meu nas eleições que se aproximam, mas, com certeza, independente de qual seja a minha escolha, o jornal de vocês vai ter me ajudado a escolher. Não do ponto de vista de me infuenciar, e sim, de me informar. nJosé Américo –

Taguatinga

Fiquei sensibilizada com a matéria do Palhaço Psiu. Mesmo com a dificuldade que ele encontrou na vida e tudo que ela tirou dele, ele faz o bem e ajuda crianças. Isso é um ponto a se pensar. Tanta gente

que usa drogas como forma de fugir da vida difícil e ele ajudando crianças carentes. Ironia do destino ou não, o fato é que precisamos de mais pessoas com o coração que esse palhaço tem. Vamos ajudar o Psiu!nJanaína Fonseca – Águas Claras

Page 3: JORNAL BRASÍLIA CAPITAL 176ª EDIÇÃO

3 n Brasília, 27 de setembro a 3 de outubro de 2014 - [email protected]ítica

Opinião

As manifestações populares de junho de 2013 ex-pressaram a insatisfação da sociedade com os rumos que o Brasil está seguindo nas áreas das políticas públicas e econômica, da moralidade

pública, além de um claro repúdio à atuação dos nossos po-líticos. No entanto, mais uma vez faltou a continuidade do movimento e a clareza ou unidade de propostas sobre o que de fato se queria.

A verdade é que o Brasil clama por mudanças. Não de “pequenos reparos”, mas de transformações profundas nas áreas política, econômica e social. Não dá mais para con-tinuar com a corrupção generalizada; com a atual políti-ca econômica, que está gerando essa enorme concentração de renda; com a desmedida lucratividade dos bancos e dos grandes grupos multinacionais presentes na nossa econo-mia, cujo resultado é a exclusão econômica e social de uma parcela cada vez maior da população brasileira.

Infelizmente os interesses que estão ditando os ru-mos da próxima eleição não nos deixam sonhar com al-guma mudança, a curto/médio prazo. A verdade é que esta eleição ainda está sendo dominada pelos interesses econômicos, pela grande mídia - nas mãos de poderosos grupos econômicos ou políticos -, pelos empreiteiros de obras públicas, além de regida por um sistema eleitoral perverso, que concede, por exemplo, tempo tão diferen-ciado na TV e no rádio para os candidatos. Afinal, ainda estamos nas mãos daqueles que não querem mudanças, apesar de os candidatos por eles apoiados e financiados dizerem que representam a mudança.

Na realidade, há muito ainda que se avançar na cons-cientização da sociedade, o que está diretamente vincula-do à elevação do nível de educação da sociedade, de modo a prepará-la para participar mais ativamente da vida políti-ca de sua cidade, do seu Estado e do País.

Precisamos estar abertos para ouvir os candidatos que não aparecem nas pesquisas. E se muitas das propostas que eles apresentam não têm viabilidade no atual cenário polí-tico e social, talvez sejam questões que precisamos colocar como metas a serem alcançadas.

Não nos deixemos iludir com as pesquisas eleitorais – que normalmente privilegiam os candidatos que representam a segurança de que nada vai mudar. Devemos votar naqueles que consideramos ter as melhores propostas e que reúnem as condições intelectuais e morais para implementá-las.

E no segundo turno? Bem, aí teremos que escolher o “menos ruim”.

João Batista Pontes (*)

As mudanças ainda estão longe

(*) Ex-consultor de orçamento do Senado Federal e geólogo

Pitiman não decolouO deputado Luís Pitiman (PSDB/foto) lançou-se candidato a governador com o claro objetivo de montar o palanque do presidenciável Aécio Neves no DF. Mas ambos têm pouquíssimas chances de sucesso, segundo todos os institutos de pesquisa. O desempenho de Pitiman é ainda mais sofrível.

Aliados desembarcamEle disputa o quarto lugar com Toninho do PSol e sua coligação está cada dia mais esvaziada. Na quarta-feira (24), 25 candidatos a deputado distrital e federal do PSDC desembarcarem na nau tucana, prestes a ir a pique.

Frejat, o porto seguroA salvação, na visão do correligionário Izalci Lucas, seria Pitiman aderir imediatamente à

candidatura de Jofran Frejat (PR), como informou o Brasília Capital, em primeira mão, na edição passada.

O empresário José Olímpio Neto, dono da siderúrgica Esfera, assumirá em outubro a presidência do Sindicato das Indústrias Metalúrgicas e de Material Elétrico (Simeb). Ele ocupa a vaga aberta com a saída de Jamal Jorge Bittar, eleito presidente da Federação das Indústrias do DF (Fibra) para o próximo trimestre.

A Justiça Federal deve executar imediatamente a prisão, em regime aberto, do ex-senador Luiz Estevão. A determinação é do ministro Dias Toffoli, do STF. Mas a ação que pode levar Estevão para detrás das grades é a fraude em licitações na obra do TRT de São Paulo, na década de 1990, pela qual ele foi condenado a 31 anos de prisão.

Dirigentes do Sinpro têm visitado as escolas do DF em defesa do direito à licença-prêmio da categoria – um mês de férias para cada cinco anos trabalhados. Apresentam-se com adesivos e panfletos dos candidatos petistas Rejane Pitanga (distrital) e Geraldo Magela (Senado). E dizem que a implementação da lei é um compromisso do candidato à reeleição, Agnelo Queiroz.

José Olímpio assume Simeb

Toffoli executa pena contra Luiz Estevão

Licença-prêmio ou pano de fundo?

O Magela apelou e todos nós sabemos disso. Reguffe não corre nem o risco de perder essa eleição, meu voto é dele.nAlisson Caetano – Vicente Pires

Sou leitor do jornal Brasília Capital e a única coisa que não consigo

decifrar nesse jornal são as cruzadinhas. Nunca vi mais difícil. Porém, toda semana continuo tentando.nLuan Vargas - Ceilândia

É preciso mais iniciativas como essa do Detran para conscientizar a população, como a mostrada na 176ª edição

do jornal Brasília Capital. Inclusive, acho que aulas teóricas de trânsito poderiam ser dadas no ensino médio, porque gastamos muito dinheiro com multas e outras formas de arrecadarem, e não temos esse retorno.nMaria Adelaide – Taguatinga

Page 4: JORNAL BRASÍLIA CAPITAL 176ª EDIÇÃO

4/5 n Brasília, 27 de setembro a 3 de outubro de 2014 - [email protected]

Política

En t r E v i s ta / DE l E g a D o Ma u r o CE z a r

Em sua página no fa-cebook, o delegado Mauro Cezar diz que não quer voto de tra-ficante e de bandido para se eleger deputa-

do distrital no dia 5 de outubro. Ele defende a redução da idade penal e o trabalho forçado para presidiários condenados. Goiano de nascimen-to, ele se considera brasiliense por adoção. Criado em Ceilândia, onde chegou com apenas sete anos, Mau-ro Cezar foi presidente do Sindicato dos Delegados da Polícia Civil por dois mandatos. Na infância, chegou a trabalhar como engraxate jorna-leiro e faxineiro. Nesta entrevista ao Brasília Capital, ele condena o cor-porativismo dos políticos eleitos na área de segurança, que, muitas ve-zes, trabalham contra a população para defender suas bases eleitorais. Mas, como ex-sindicalista, orgulha-se de ter triplicado os salários dos delegados de Brasília. A Segurança Pública já tem uma bancada de policiais civis, mili-tares e bombeiros. O senhor não acha que esse pessoal está fazen-do mais política do que cumprin-do suas obrigações para com a população? Quando um polícial civil, militar, federal ou bombeiro se predispõe a ser candidato para representar a cidade, ele deve trabalhar as po-líticas públicas de segurança pú-blica. O que percebo é que vários candidatos estão preocupados em resolver suas questões pessoais e não fazem política para a cidade e, principalmente, para sua base, que é a segurança pública. Temos seis representantes da polícia e nenhum policial militar, civil ou bombeiro está satisfeito. Em contrapartida, a sociedade está mergulhada em uma criminalidade. Temos 600 homicí-dios em Brasília só de janeiro para cá. A capital é o terceiro maior con-

sumidor de drogas do país. Ministro palestras em escolas públicas, parti-culares e nas comunidades há doze anos. Então, esses candidatos, ao serem eleitos, se perderam. No que diz respeito à segurança pública, é como se abrissem as oportunidades para outros corrigirem alguma dis-torção que esteja sendo reclamadas nos quartéis e nas delegacias. Ano passado, o DF virou refém da PM durante a Operação Tar-taruga, quando a tropa, liderada inclusive por um cabo que é depu-tado distrital, deixou de atender aos chamados da população. O re-presentante de uma corporação, depois de eleito deputado, tem que trabalhar só para sua catego-ria ou tem que defender a socie-

dade como um todo?Sou totalmente contra um repre-sentante pegar uma força policial e promover um movimento paredista. Várias pessoas foram brutalmente assassinadas, a população ficou à mercê dos criminosos e nada justifi-ca a perda de uma vida humana por pior que seja o salário do policial. Temos que lutar por melhores con-dições de trabalho e por melhores salários, mas a população não pode pagar a conta. Não posso concordar com qualquer líder que para as ati-vidades de um órgão de segurança pública que tem o dever constitucio-nal de dar segurança ao cidadão. Fui presidente do Sindicato dos Delaga-dos por dois mandatos e nunca agi de forma irresponsável contra a so-

ciedade. Aquele movimento do ano passado foi criminoso.O senhor, como distrital, vai apoiar esse tipo de movimento ou ficará ao lado da população?Quero ser o deputado de Brasília, das famílias e do combate ao crime. Não estou me candidatando para trabalhar para a Polícia Civil. Estou me candidatando também pela se-gurança, mas, principalmente, para trabalhar por Brasília. O senhor apóia o acordo feito pelo governo com os PMs? Trabalhará para que ele seja cumprido?Um governante não pode mentir para um policial civil, militar ou qualquer outro setor. Ele tem que responder na medida do compro-misso firmado. Se houver qualquer

Linha dura na Câmara LegislativaSe for eleito deputado distrital, o ex-presidente do Sindicato dos Delegados do DF mobilizará a sociedade para pressionar o Congresso a reduzier a maioridade penal e obrigar presidiários ao trabalho forçado

Page 5: JORNAL BRASÍLIA CAPITAL 176ª EDIÇÃO

GusTAvO GOes

dificuldade, temos que buscar outras formas de exigir que ele cumpra o compromisso, mas não podemos sa-crificar a população. A segurança pú-blica é uma política de Estado, e não de governo. Brasília dispõe de R$ 13 bilhões para manter a segurança pú-blica e eu não sei onde esses recursos estão sendo aplicados. Vou fiscalizar diuturnamente esses recursos, que vêm do Fundo Constitucional manti-do pelo governo federal. O senhor considera coerente o Estado pagar para um agente de polícia o dobro do que paga a um professor em final de carreira?A gente não pode traçar um paralelo. Fui criado na Ceilândia. Sou filho de família humilde e estudei em escola pública. Sou do tempo que o profes-

sor era respeitado, valorizado e ti-nha uma dignidade salarial. A escola pública era uma referência. Portan-to, a grande transformação desse pa-ís, em relação à cidadania, é através da educação. Vou trabalhar para res-gatar a dignidade e a valorização do professor e da escola pública, assim como a dos servidores da saúde, da educação, da segurança, das admi-nistrações e demais órgãos, como o Detran. Alguns sindicatos são mais incisivos para lutar por melhores condições de trabalho e salários. Is-to acaba criando uma diferenciação salarial para os seus representados.A mobilidade urbana tem sido uma das prioridades apontadas pelos eleitores de Brasília. Qual é a sua proposta para esse setor?

No passado, muitos criticaram um go-vernador que construiu o metrô. Ho-je, a realidade mostra que ele estava certo. Ninguém vai conseguir andar de carro em Brasília daqui a cinco ou seis anos. É caótico nosso sistema de transporte. É necessário investimen-tos a médio e longo prazos. Defendo que o metrô chegue a Valparaíso, pas-sando pelo Gama e Santa Maria, que chegue a Planaltina, passando pela Asa Norte e Sobradinho, que a linha de Ceilândia seja estendida a Águas Lindas. Só isto evitará o caos no nos-so sistema viário. É impossível você falar em mobilidade sem investir ma-ciçamente em metrôs, trens, VLP’s e VLT’s. Aqui em Brasília, cada pessoa vai trabalhar em seu veículo. O gover-no deveria fazer uma campanha da “carona solidária”.O Detran arrecadou R$ 300 milhões em multas e taxas em 2013 e apli-cou apenas R$ 4 milhões em campa-nhas educativas. Como deputado, o senhor defenderia que esse dinhei-ro se revertesse em campanhas educativas na melhor formação de condutores e pedestres?Existe uma empresa privada que explora as multas e repassa uma pe-quena parte para o Detran. Essa mes-ma empresa patrocina vários candi-datos. A gente não vê o dinheiro das multas ser revestido em campanhas educativas. Milhões são arrecadados com essas multas. Eu sou totalmen-te contra essa fiscalização que não educa. São verdadeiras arapucas, que só servem para enriquecer em-presários com fins não republicanos. Se eu for eleito deputado distrital, vou trabalhar uma legislação para que as multas sejam revertidas pa-ra o Detran. Parte do dinheiro seria para equipamentos e a outra para campanhas educativas. Onde está o Ministério Público? Onde estão os gestores, que dizem que querem um trânsito melhor? O senhor é contra ou a favor da li-beração da maconha?

Sou delegado de polícia há 30 anos. Não posso concordar com a libera-ção das drogas. Há 12 anos ministro palestras em escolas públicas e parti-culares para crianças com mais de 12 anos, levando para elas as noções e o conhecimento sobre os malefícios das drogas. Se eu for deputado dis-trital, vou trabalhar um projeto de lei para que todas as escolas tenham em suas grades curriculares noções sobre os malefícios das drogas. Sou totalmente contra a liberação da maconha. Não conheço nenhuma pessoa que seja feliz e sadia usando qualquer tipo de droga. O que fazer com os dependentes químicos?Vou trabalhar para criar uma clínica de recuperação de jovens drogados. Nas ruas, todos os dias eles estão ma-tando pessoas. Seus parentes não têm condições de segurá-los. Vou trabalhar junto aos governos local e federal, à sociedade, ao poder Judi-ciário e ao Ministério Público a in-ternação compulsória desses jovens que estão dominados pela droga. Pa-ra mim, eles são doentes. Mas esse tipo de legislação não diz mais respeito à esfera Federal?Sem dúvida. Mas, eleito deputado distrital, vou entabular um debate que provoque o Congresso Nacional para reduzirmos imediatamente a maioridade penal. A sociedade não suporta mais ter seus entes assas-sinados pelos sem vergonha dos menores de 13, 14 e 15 anos e nada acontecer. Também foi trabalhar pa-ra que seja imediatamente cessado o auxílio-reclusão. O preso tem que trabalhar. Como deputado, posso fazer uma mobilização em Brasília para que os deputados federais e se-nadores desengavetem os projetos que tramitam nas duas casas a esse respeito. O preso tem que ter traba-lho forçado. Se alguém merece al-gum benefício do Estado, é a família da vítima que teve sua vida ceifada ou seus bens desapropriados.

O preso tem que ter trabalho forçado. Se alguém merece algum benefício do Estado, é a família da vítima que teve sua vida ceifada ou seus bens desapropriados”

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Page 6: JORNAL BRASÍLIA CAPITAL 176ª EDIÇÃO

Política6/7 n Brasília, 27 de setembro a 3 outubro de 2014 - [email protected]

Desde o golpe militar de 31 de março de 1964, os brasileiros ficaram impedidos de escolher seus go-vernadores de es-

tado e o presidente da República. O último general-presidente, João Batista Figueiredo, acabou sucedido por um presidente indireto. Tancre-do Neves foi escolhido pelo Colégio Eleitoral formado por deputados e senadores. Mas morreu antes de to-mar posse e foi substituído pelo vice, José Sarney.

A vitória da chapa Tancredo-Sar-ney sobre os dois preferidos do siste-ma – Mario Andreazza e Paulo Ma-luf – foi precedida de um dos mais belos movimentos político-sociais de massas da História do Brasil – as Diretas, já!. Multidões foram às ruas defender a volta da escolha do Presi-dente da República pelo voto direto. Líderes como Ulysses Guimarães, Leonel Brizola e o próprio Tancredo ganharam o apoio de intelectuais e da classe artística. E o povo se so-mou a eles.

Ainda assim, o regime autoritário conseguiu barrar a vontade popu-lar, impondo a sua abertura “lenta e gradual”, como dizia o mago do sis-tema, o general-chefe da Casa Civil, Golbery do Couto e Silva. A tese dele venceu. Mas seus candidatos foram derrotados pelo voto da maioria do Congresso Nacional numa sessão acompanhada em todo o país pela televisão e pelo rádio – naquela épo-ca não existia Internet.

As multidões se formavam em praças públicas. As pessoas para-vam em frente aos bares e restau-rantes, nos aeroportos e nos termi-nais rodoviários e ferroviários. O auge da festa aconteceu no gramado do Congresso Nacional. O povo ex-plodiu em alegria quando o último voto necessário à vitória de Tancre-

do Neves foi proclamado. Termina-va ali o período sombrio de vinte anos em que os brasileiros ficaram sob o jugo dos canhões e baionetas.

A Democracia, no entanto, não estava completa. Era preciso eleger o presidente pelo voto direto. E isto só ocorreu em 1989. É verdade que o povo errou ao consagrar o jovem Fernando Collor de Mello. Inexpe-riente e arrogante, ele não soube

negociar com os velhos caciques da política nacional e acabou enredado num escândalo de corrupção lide-rado pelo tesoureiro de sua campa-nha, Paulo César Farias.

Mais uma vez o povo foi às ruas, a maioria jovens – os cara pintadas – e conseguiu o impeachment do presidente. E a democracia se mos-trou forte. Itamar Franco ascendeu ao poder e promoveu a reforma que

devolveu a estabilidade econômi-ca, com o Plano Real. Seu ministro da Economia, Fernando Henrique Cardoso, tirou proveito, elegendo-se duas vezes presidente da República.

O ex-sindicalista Luís Inácio Lula da Silva o sucedeu e depois se reele-geu. Conseguiu ainda fazer sua su-cessora, Dilma Rousseff, que hoje, assim como os antecessores, busca a reeleição.

(Continuação da 1ª página)

Salve a Democracia

Page 7: JORNAL BRASÍLIA CAPITAL 176ª EDIÇÃO

O Brasília Capital dedica es-ta edição à defesa de dois verdadeiros Patrimônios da Humanidade: a Demo-

cracia e a Natureza. Só os déspotas ou alguém que nun-

ca tenha experimentado viver num re-gime de exceção não sabe dar valor à democracia. Daí o texto nesta pá-gina com um breve resumo da His-tória Política do Brasil nos últimos anos. Queremos que nossos leitores não se esqueçam os percalços pelos quais passamos para assegurar o sa-grado direito ao voto para escolher-mos nossos governantes, em especial o Presidente da República. Vamos às urnas no próximo dia 5 de outubro, e que elejamos nossos melhores repre-

Ode à Democracia e à Natureza

sentantes. É o momento máximo da democracia. Muitos se sacrificaram, pagando com a própria vida ou sendo torturados nos porões da ditadura pa-ra chegarmos a este momento. Cabe-nos honrar a todos eles votando e sen-do votados com consciência e lisura.

Da mesma forma, é nosso dever admirar e preservar a Natureza. No dia 22 de Setembro começou a Pri-mavera. Uma explosão de cores en-che nossos olhos e corações de ale-gria. Dezenas de leitores enviaram fotos de flores que ilustram as pági-nas 8 e 9 desta edição. Infelizmente, elas vieram acompanhadas de ou-tras, do leitor Washington Luiz, de-nunciando o aterramento de duas nascentes em Samambaia. É mais um crime ambiental contra nosso Cerrado, como o são as queimadas provocadas pelo homem.

Vamos dar um Viva à Democracia junto com este grito de alerta de Salve a Natureza!

Ulysses guimarães transformou-se no Senhor Diretas. O palanque reunia lideranças como Fernando Henrique Cardoso e Lula, com o apoio dos intelectuais e da classe artística. O Brasil todo se mobilizou para exigir o voto direto para Presidente da República. É preciso honrar e defender esta conquista de toda a sociedade.

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Page 8: JORNAL BRASÍLIA CAPITAL 176ª EDIÇÃO

Especial8/9 n Brasília, 6 a 12 de setembro de 2014 - [email protected]

PriMaVEra

DEstruição

Bem me quer

Na UnB ou no Lago Sul, no Setor de Clubes ou em Taguatinga, no Jardim Botânico ou no Conic, a explosão de cores cativa as pessoas que sabem admirar e respeitar a Natureza. Todas têm olhos para ver e coração para sentir a emoção de registrar o momento único de brilho de uma flor do Cerrado. Tanta beleza mexe com a sensibilidade e desperta o talento de fotógrafos profissionais e amadores. Emocione-se você também com este espetáculo.

Chegada da Primavera, na terça-feira (23), aumenta o colorido do Cerrado, retratado nas fotos feitas pelos leitores do Brasília Capital.

Mal me querA Natureza que colore e alegra o cinzento dia a dia na cidade no período de seca é também a maior vítima do crescimento urbano desenfreado, não planejado e predatório. Em abril deste ano, o governador Agnelo Queiroz anunciou a construção de dois terminais rodoviários, um em

Samambaia Sul e outro na Norte. Custariam, respectivamente, R$ 5,6 milhões e R$ 4,5 milhões. De acordo com as previsões do governo, as obras devem ser entregues no primeiro semestre de 2015.Ainda na parte de fundação, a construção, tocada pela Construtora Shox, faz um bem à cidade onde os passageiros clamam por melhores condições, e um mal ao Cerrado, que chegou muito antes da gente no DF. Duas nascentes do córrego Anicuns estão sendo destruídas pela empreiteira. Uma delas está

Guilherme Filho - Minas Brasília Tenis Clubelara Gonçalves - unB

Felipe varela - Conic (parte 2) Tayane eloi - TaguatingaFelipe varela - Conic (parte 1)

Lagoa (esq.) seca mais a cada dia devido às intervenções humanas (dir.)

Page 9: JORNAL BRASÍLIA CAPITAL 176ª EDIÇÃO

Amanda Castro - Jardim Botânico

CRéDiTOs: MeiRe RiBeiRO

praticamente aterrada e morta. Sua “sepultura” está sendo coberta com os restos da obra. A segunda, um pouco mais abundante, está sendo usada para abastecer os caminhões-pipa que são usados pela construtora. “É como

matar a Samambaia. Sem água, não tem vida. Este deveria ser um crime inafiançável”, protesta o líder comunitário Washington Luiz.O Ibram afirmou que recebeu a denúncia na quinta-feira (25) e que vai deslocar uma equipe de auditores fiscais para verificar a procedência. A Administração da cidade não atendeu às ligações. A construtora Shox afirmou que obra ainda não começou realmente, que os caminhões pipa que lá estão são de uma empresa terceirizada e que a mesma será notificada.

sarah Pontes - lago Norte Nayara Monteiro, estrelando Maria valentina Mariana Pirineus - Taguatinga

Clapton MouraBárbara Oliveira - Colina (unB) lucas lavoyer - Parque da Cidade lorena Castro - ADe Águas Claras

“É como matar a Samambaia. Sem água, não tem vida. Este deveria ser um crime inafiançável”Washington luiz, líder comunitário

Page 10: JORNAL BRASÍLIA CAPITAL 176ª EDIÇÃO

cristovam buarque (*)

Política 10 n Brasília, 27 de setembro a 3 outubro de 2014 - [email protected]

Não usar a ri-queza do pré-sal seria uma estupidez. Usá-la para iludir a

Nação é uma indecência. As estimativas para as reservas do pré-sal podem não ser exatas, mas não são mitos, são resultados de pesquisas geológicas; a exploração na sua profundidade não é um mito. A engenharia dispõe de ferramentas; a crença de que pode ser feita sem riscos para a ecologia não é um mi-to, embora haja exemplos de vazamentos em campos similares; a expectativa de que a demanda e os preços continuarão altos não é um mito, apesar das novas fon-tes. Mito é a afirmação de que o pré-sal mudará a rea-lidade brasileira.

Se tudo der certo, em 2036 a receita líquida prevista do setor petrolífero correspon-derá a R$ 100 bilhões, aproxi-madamente R$ 448 por bra-sileiro, quando a renda per capita será de R$ 27,8 mil, es-timando crescimento do PIB de 2% ao ano. Apesar da di-mensão da sua riqueza, o pré-sal não terá o impacto que o governo tenta passar. Explorá-lo é correto, concen-trar sua receita na educação é ainda mais correto, mas é indecente usa-lo como uma ilusão para enganar a Na-ção e como mecanismo para justificar o adiamento de in-vestimentos em educação. O Brasil não cabe dentro de um poço de petróleo, nem deve esperar por ele.

Mito também é a afirma-ção de que a educação bra-sileira será universalizada e dará um salto de qualidade graças ao pré-sal. Em 2030, uma educação de qualidade universal custará cerca de R$ 511 bilhões, para o custo aluno ano de R$ 9.500. Se tu-

O tamanho do pré-sal

do der certo, a totalidade dos recursos do setor petrolífero destinado à educação cor-responderá a R$ 37 bilhões, apenas 7,2% do necessário.

Também é um mito dizer que o atual governo teve a ini-ciativa da proposta de inves-tir 75% dos royalties do pe-tróleo em educação. Desde a descoberta do pré-sal, 44 pro-jetos de lei foram apresen-tados na Câmara e no Sena-do. Mas foi com a aprovação

do substitutivo PLC 41/2013 ao PL 323/2007, do deputa-do Brizola Neto, em agosto de 2013, após parecer favorável do deputado André Figueire-do (PDT-CE), que se determi-nou o destino de 100% dos royalties para a educação e a saúde. Os líderes da base de apoio ao governo tentaram impedir a aprovação, mas fo-ram derrotados.

Além de não destinar à educação os R$ 15 bilhões

dos Bônus de Assinatura do Leilão do Campo de Libra, os recursos dos royalties não estão sendo aplicados. Até 28 de agosto, um ano depois da sanção da lei, apenas R$ 912 milhões foram efetivamen-te transferidos para o Minis-tério da Educação, ou seja, 13,5% dos R$ 4,2 bilhões pre-vistos pela Lei de Diretrizes Orçamentárias para 2014.

Enquanto o mundo vive uma revolução no conheci-

mento, estamos ficando pa-ra trás, eufóricos com a pro-messa de mudar nossa triste realidade educacional no fu-turo distante com base em um recurso ainda na pro-fundidade de sete mil me-tros que não será suficiente. E o pouco prometido não es-tá sendo cumprido.

(*) professor emérito da UnB e senador pelo PDT-DF

Page 11: JORNAL BRASÍLIA CAPITAL 176ª EDIÇÃO

gabriel pontes

11 n Brasília, 27 de setembro a 3 outubro de 2014 - [email protected]ítica

Macacos querem

invadir o Congresso

Em protesto, PHS lança candidatura do famoso Macaco Tião em 12 estados

Em 1988, uma br incadeira criada pela re-vista Casseta Popular em de-

fesa do voto nulo, culminou com o lançamento da candi-datura não oficial do Macaco Tião para a Prefeitura do Rio de Janeiro. O personagem re-cebeu 400 mil votos, nomi-nais, nas cédulas de papel usadas à época, e foi o tercei-ro mais votado dentre os do-ze candidatos ao cargo.

Com 1,52m de altura e 70 kg, o Macaco Tião tornou-se, então, personagem central do mais emblemático caso de protesto nas urnas brasi-leiras. Em memória ao len-dário chimpanzé carioca, o PHS lançou este ano doze candidatos à Câmara Fede-ral usando o nome e a ima-gem de Tião. Os humanistas têm representantes no DF, em São Paulo, Rio de Janei-ro, Minas Gerais e em mais oito estados. Mas, desta vez, os “macacos” têm número, legenda e estão prontos para serem eleitos.

O movimento começou durante os protestos de ju-nho de 2013, proposto pe-lo publicitário brasiliense Tiago Adaldo, 27 anos. “Ne-nhum deputado tinha cora-gem de chegar no povo que estava em frente ao Con-gresso”, explica. A ideia é colocar cidadãos comuns no poder e continuar nas urnas os protestos que co-meçaram no ano passado. “Vimos a real necessidade de ocupar o poder de verda-de e nos organizamos politi-camente para isso”.

Outra inspiração, além do Macaco Tião, é o Movimento 5 Estrelas, que nasceu na Itá-lia em 2009 e foi apadrinha-do pelo comediante Beppe Grillo. Nas eleições de 2013 para o Parlamento Italiano,

o movimento obteve 26% da Câmara dos Deputados e 24% do Senado. Lá, cidadãos comuns foram colocados no poder usando apenas a inter-net. E é assim que tem sido tocada toda a estratégia de marketing dos doze Macacos Tião espalhados pelo Brasil. Nada de panfletos, apenas redes sociais e Whats App.

Df- No Distrito Federal, quem carrega a bandeira e o nome do Macaco Tião é a professora Rejane Soares, de 42 anos. Quando conhe-ceu o projeto, achou que fos-se uma boa forma de pro-testar e resolveu se filiar ao partido. “Concordei com a proposta de tentar me ele-ger sem gastar nada. É uma

forma de tentar mudar o sis-tema vigente”, argumenta.

A candidata é profes-sora do Ensino de Jovens e Adultos, cristã e preten-de levantar na Câmara dos Deputados a bandeira da educação e das outras rei-vindicações das manifesta-ções, que não foram só pe-los vinte centavos.

reforma política- O voto de protesto, porém, esbarra na legislação brasileira, que obriga que os candidatos se-jam filiados a partidos e que os votos sejam computados pela legenda, podendo fazer com que os eleitores que vo-tarem no Macaco Tião aca-bem elegendo políticos com ideais diferentes dos pro-postos pelo movimento. “In-felizmente, nós não temos autonomia para montarmos uma chapa, escolhermos os partidos da coligação e os candidatos”, lamenta Tiago.

Em Brasília, os candi-datos favoritos da coliga-ção para vencer a corrida à Câmara dos Deputados são Roney Nemer (PMDB) e Alírio Neto (PEN). Trata-se de dois políticos de carrei-ra que tentam saltar da Câ-mara Legislativa para a Fe-deral. “Queremos atingir 50 mil votos e, com isto, trocar um dos velhos políticos pelo Macaco Tião”, afirma com otimismo o publicitário, mi-rando a vaga de Roney.

não é bem assim... - Pa-ra a professora de Ciências Políticas do Uniceub, Ma-ria de Fátima Guimarães, o protesto é válido, mas o ti-ro pode sair pela culatra. “Quando os votos eram es-critos em papel havia mais oportunidades de fazer de-boches como este. Hoje, di-ficilmente a foto de um macaco vai para a urna ele-trônica. Se o número for re-gistrado é para um candida-to real”, afirma a doutora.

“Popularizar o Legislati-vo pode ser uma saída para quem desacredita da políti-ca e dos políticos que atual-mente ocupam os cargos que lá estão, mas ainda acre-dito que todo candidato de-ve ter propostas. Voto de protesto é, historicamente, o voto nulo”, conclui.

Page 12: JORNAL BRASÍLIA CAPITAL 176ª EDIÇÃO

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O Projeto “Veja o que eu Vejo” chega ao Distrito Federal para

uma exposição de fotografias nos dias 8 e

10 de outubro, no Centro Social Comunitário Tia

Angelina, no Varjão. O projeto tem como

objetivo chamar a atenção da população

sobre o crescimento do consumo das drogas

no país, a partir de fotos reproduzidas por

crianças e adolescentes, de 10 a 14 anos, que

vivem na periferia. Além do Varjão, a iniciativa, financiada pelo Fundo

de Apoio à Cultura do Distrito Federal

(FAC-DF) percorrerá mais dez locais no DF. Mais informações pelo

telefone (61) 3242-9058.

ÁGuAs ClARAs

TAGuATiNGA

viCeNTe PiRes

Jovens da periferia viram

fotógrafos

Mais perto da regularização

O Corpo de Bombeiros anunciou na quinta-feira (25) o lançamento das obras para o primeiro quartel de Águas Claras. A corporação justifica a necessidade dessa nova estrutura por conta do aumento no número de ocorrências na cidade. Atualmente, as ocorrências são registradas em Taguatinga e no Guará. A unidade terá 1,3 mil metros quadrados e custará R$ 6,8 milhões. As obras começarão devem ser concluídas em 450 dias.

O leitor Rodrigo Ferreira, morador de Taguatinga Norte, teve um prejuízo de R$ 500 por conta de um buraco na QSF 13. “Caí em um buraco na rua da Paróquia Nossa Senhora do Carmo, entrando na QSF 13. Prejuízo Enorme no carro, roda e suspensão”, disse ele pelo Facebook do Brasília Capital. “Cadê a nova pavimentação que foi prometida?”, perguntou. A Administração foi contatada, mas não respondeu às perguntas sobre a previsão de obras no setor.

Cidade ganhará quartel de bombeiros

Buraco na QSF dá prejuízo de R$ 500 a motorista

Fiscalização do licenciamento de 2014 começa em outubro

Uma parte de Vicente Pires está mais perto de ser regularizada. É o que diz o decreto assinado terça-feira (24) que trata da regularização fundiária da Gleba 3, próximo à área do Jockey Club. O parcelamento compreende 866 lotes residenciais, cinco chácaras e 23 lotes destinados a condomínios urbanísticos. Ao todo, cerca de 3,3 mil habitantes devem ser beneficiados. A outra parcela, onde está aproximadamente 80% da população e é de responsabilidade do governo federal, ainda não tem data para passar pelo processo. A previsão do governo é que o ocorra ainda este ano.

DisTRiTO FeDeRAl

O prazo para circular com o Certificado de Registro e Licenciamento de Veículo (CRLV) de 2013 termina na terça-feira (30). Cerca de 660 mil veículos ainda não estão licenciados. Até o momento, 879.833 veículos estão licenciados, representando 57% da frota de 1,547 milhões de veículos. A partir do dia 1º de outubro, todos os condutores deverão portar o documento de 2014. Trafegar sem ele é infração gravíssima, resultando em multa de R$ 190 e sete pontos na CNH..

Page 13: JORNAL BRASÍLIA CAPITAL 176ª EDIÇÃO

Cléber Batista (C) comanda a equipe da Zona Oeste (Taguatinga) do Detran-DF

Política 13 n Brasília, 27 de setembro a 3 outubro de 2014 - [email protected]

CrônicaFErnanDo Pinto (*)

Meu pedido de desculpas

(*) Fernando Pinto é jornalista e escritor

Resultado de uma reflexão, tipo oração na hora de dormir, me dei conta (felizmente, em tempo) de que tenho sido bastante amargo em minhas crônicas anteriores, batendo na mesma tecla, ao exigir a criação de um Projeto de Emenda

Constitucional (PEC) para que seja inserida uma Lei que admita a Pena de Morte no Brasil, Cadeira Elétrica ou Forca, para quem cometer crimes hediondos.

Como atenuante dessa medida legal, que funciona em países democráticos, como os Estados Unidos, na edição passada cheguei a parodiar o genial Gabriel, O Pensador, sugerindo que os pedófilos e tarados que estupram crianças e mulheres (a exemplo do médico Roger Abdelmassih, que estuprou 39 clientes, depois de dopá-las) fossem devidamente capados, de preferência sem anestesia, para que não gerassem descendentes monstrinhos humanos, iguais a eles.

Muito embora essa minha revolta tenha se baseado numa triste realidade que todos nós constatamos no dia-a-dia de Brasília, corroborados pelos noticiários televisivos e impressos --, por essa falha peço sinceras desculpas aos leitores deste impoluto hebdomadário, dirigido por um jornalista ético e idealista, chamado Orlando Pontes.

Na impossibilidade de insuflar uma Tomada da Bastilha nacional, desisto desta utopia e passarei a abordar temas suaves, característicos desta Capital bem-amada. Por exemplo, as alamedas arborizadas de nossas Quadras, nas quais pássaros canoros dão show todas as manhãs, inclusive um tímido Sabiá que não consigo ver porque se esconde em meio aos galhos.

No rico cenário desta cidade-avião que tem um palácio de traços curvilíneos, que surpreenderam e deixaram os turistas que vieram ver a Copa do Mundo de boca aberta, há muita coisa bonita para se contemplar. Entre as quais, dou apenas um exemplo: o céu de Brasília tem um ângulo de 360 graus, o que não é comum em outras metrópoles. De qualquer ponto em que se esteja, basta levantar a cabeça para ver o céu azul-anil vislumbrado por Dom Bosco.

E eis uma boa novidade: os zumbidos sonoros das Cigarras já começaram a anunciar o início da Primavera, terça-feira (23). Então, vamos dar vivas à chegada das chuvas, que aliviará a seca que incomoda nosotros, principalmente as crianças!

Detran faz intervenções

em Taguatinga e Ceilândia

População pede e vias de acesso à Feira dos Goianos e ao Shopping Popular ganham revitalização

Após demanda de moradores, Taguatinga e Ceilândia recebem obras

de melhorias no trânsito. A Feira dos Goianos e o Shopping Popular, foram os principais pontos de intervenção do Detran-DF. As medidas marcam a Semana Nacional do Trânsito, que terminou na quinta-feira (25).

Na feira, foram instalados três Painéis de Mensagens Variáveis (PMV’s) e três vias receberam sentido único. Já

no shopping, pinturas foram feitas, assim como em vários outros pontos de Taguatinga e Ceilândia, que receberam outros sete PMV’s.

“Facilitou muito o acesso ao Shopping Popular, ainda mais para mim que estou aqui todos os dias. Agora, com a sinalização adequada, os motoristas respeitam mais os pedestres que circulam aqui”, disse a comerciante Marta Rosário.

Além das pinturas nas faixas de pedestre, também estão sendo colocados cones para chamar a atenção do

motorista brasiliense. Desde 1996, quando um forte movimento de “Paz no Trânsito” foi feito, o motorista do Distrito Federal vem, cada vez mais, desrespeitando o local de passagem dos pedestres.

serviçoO Detran pauta suas

intervenções pelo DF a partir de demandas da comunidade. Para registrar alguma reclamação, sugestão ou elogio acesse o link (http://www.detran.df.gov.br/ouvidoria) e ajude a melhorar a sua cidade.

GusTAvO GOes

gustavo goes

Page 14: JORNAL BRASÍLIA CAPITAL 176ª EDIÇÃO

MARCELO RAMOSO REPÓRTER DO POVÃO

Programa O Povo e o Poderde segunda a sábado das 8h às 10h

Rádio Bandeirantes - AM 1.410Ligue e participe: 3351-1410 / 3351-1610

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Facebook.com/jornalbrasíliacapital

o que está achando doBrasília capital?

14 n Brasília, 27 de setembro a 3 de outubro de 2014 - [email protected]

“O PT se contenta em

administrar a pobreza”

Criticou o candidato a presidência aécio neves

(PSDB) na quinta-feira (25) em um painel promovido pelo

Grupo RBS.

Dilma critica ação dos EUA contra Estado Islâmico

A presidente Dilma Rousseff criticou na quarta-feira (24) a ação militar dos Estados Unidos e de países aliados contra o grupo militante Estado Islâmico, também conhecido como Isis, no Iraque e na Síria, e disse que os bombardeios, feitos sem a autorização da Organização das Nações Unidas (ONU), não levam à paz. Em Nova York, onde fez o discurso de abertura da 69ª Assembléia-Geral da ONU, a presidente condenou em entrevista coletiva as ações militares e voltou a defender uma reforma do Conselho de Segurança, incluindo a entrada como membros permanentes de

Exame – 24.9

agência Brasil – 23.

g1 – 25.9g1 – 25.9

mais países, entre eles o Brasil. “Vocês acreditam que bombardear o Isis resolve o problema? Porque, se resolvesse, eu acho que estaria resolvido no Iraque, e o que se tem visto no Iraque é a paralisia”, disparou Dilma.

Menino de três anos pesa 70kg e espera por exame no ES

“Ele é um neném ainda, pede colo, e eu não posso dar”. O desabafo é da dona de casa Josiane de Jesus, mãe de Misael, uma criança de três anos que já pesa 70 quilos. Segundo ela, o filho engorda cerca de três quilos por mês. A suspeita é de que ele sofra de uma síndrome, mas a família não tem dinheiro para

pagar o exame que poderia diagnosticar a doença. Com dificuldades para realizar atividades básicas, como andar e respirar, a criança aguarda a

autorização do exame. A Secretaria Estadual de Saúde (Sesa) disse que o exame está em processo de compra, porque é raro e caro, e que esse processo deve ser finalizado até o final deste mês.

Mantega defende uso do Fundo Soberano para cobrir despesas

Favelas do Rio seriam 7ª maior cidade do país

O ministro da Fazenda, Guido Mantega, considerou “legítima” a utilização do Fundo Soberano do Brasil (FSB) para cobrir despesas da União em 2014. A frustração nas projeções de crescimento da arrecadação levou o governo a sacar R$ 3,5 bilhões do fundo para impedir novo corte de despesas discricionárias (não obrigatórias). “O Fundo Soberano é uma poupança primária que nós fizemos em 2008. Portanto, ele é perfeitamente utilizável”, disse na terça-feira (23), em Brasília.

Pesquisa divulgada pelo Instituto Data Favela mostra que os dois milhões de moradores das favelas do Rio formariam o sétimo maior município do Brasil, com uma população maior do que capitais como Manaus, Recife, Curitiba e Porto Alegre. Os moradores das comunidades cariocas têm renda anual de R$ 12,3 bilhões, 19% do total da renda dos brasileiros que moram em favelas.

Page 15: JORNAL BRASÍLIA CAPITAL 176ª EDIÇÃO

Entendendo crianças e jovens índigos

JOSÉ MaTOSJOSÉ MaTOS

Escrever sobre índigos é comentar sobre a melhor notícia deste milênio. É falar de seres que vão trabalhar

para que este mundo de competição e egoísmo transforme-se num mundo de cooperação, baseado na amizade e honestidade. São verdadeiros presentes para os pais, países e planeta.

O nome índigo (azul) deve-se às cores de suas auras (campo magnético

Sáude e Nutrição

Carolineromeiro

As bebidas à base de extratos vegetais são conhecidas também como “leites vegetais”. Elas são feitas a

partir de grãos, sementes e cereais e usadas em substituição aos leites de origem animal. Trata-se de uma opção para vegetarianos e para quem possui intolerância à lactose ou alergia às proteínas do leite de vaca. São consideradas bebidas altamente nutritivas e saudáveis. Existem versões cruas (germinadas) e cozidas, e a escolha vai de acordo com o gosto e poder aquisitivo do consumidor.

Um pouco sobre “leites” vegetais

Os alimentos mais usados na preparação dessas bebidas são: soja, arroz, aveia, amêndoas, castanhas, macadâmia, quinua, linhaça, girassol, gergelim e amendoim. As características principais de cada leite vegetal acompanham as características de suas matérias-primas. Portanto, o teor de macro e micronutrientes varia entre eles. De forma geral todos apresentam menor teor proteico quando comparado ao leite de vaca.

Leites de castanhas são cada vez

mais comuns. A castanha do Pará (ou castanha do Brasil) apresenta alto teor lipídico e proteico, além de ser rica em metionina e selênio. A metionina é um aminoácido

essencial e o selênio é um mineral antioxidante. O leite de amêndoa, bastante comum entre os povos do mediterrâneo, apresenta também elevado teor lipídico e proteico, e é fonte de vitamina E, magnésio, manganês, cobre, fósforo, fibra, riboflavina, ácidos graxos monoinsaturados.

Como fazer o leite de castanha ou de amêndoa? Deixe as castanhas ou amêndoas de molho na água de um dia para o outro. A proporção é uma xícara de oleaginosas para 3 copos de água filtrada. Bata no liquidificador e coe. Acrescente fava ou extrato de baunilha, e pronto.

colorido que temos em volta do corpo . Começaram a nascer após a segunda guerra, mas intensificou-se a partir dos anos 1970, segundo os especialistas. Os estudiosos os dividem em quatro tipos:

1- Humanistas - Serão os grandes líderes. Fazem amizade facilmente, conversam com todos, são compassivos e trabalharão com as massas.

2- Conceituais - Serão os grandes

intelectuais e criadores. Serão mais voltados para projetos criativos do que para pessoas.

3 – Artistas - Grande sensibilidade e intuição. Neles impera a criatividade.

4 – Interdimensionais - São os que trarão as novas filosofias e espiritualidades para o nosso mundo.

Como são distraídos e inquietos em aulas que não despertam seus interesses, são normalmente diagnosticados com déficit de atenção e hiperatividade, podendo

tornar-se introvertidos se não encontrarem semelhantes.

Embora a escola possa ser um foco de problemas, o maior problema é o lar, quando não compreendidos. Não gostam de autoridade e só aceitam o relacionamento democrático, necessitando de explicações sobre o porquê do que lhes é pedido.

Os pesquisadores do assunto pedem: Trate-os com respeito. Evite críticas negativas. Nunca os diminuam e ajude-os a criar suas próprias soluções disciplinadas.

15 n Brasília, 27 de setembro a 3 de outubro de 2014 - [email protected]

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16 n Brasília, 27 de setembro a 3 de outubro de 2014 - [email protected]

CRUZaDaSTiRinHaS

ENTRETENIMENTO

PiadanO guarda prende a prostituta (na época, elas eram presas). A mulher explica a situação:- Há um equívoco aqui, seu guarda! Eu não vendo sexo!- Ah, é?- É! Sou uma trabalhadora ambulante e vendo um produto absolutamente legal!- Que produto? - Questiona o guarda - Eu flagrei você e um cliente mandando ver no beco escuro!

- É que eu vendo camisinha, seu guarda! - explica a trabalhadora. – Com direito a test drive!

nO bêbado, completamente desorientado, ouve a música e entra num enorme galpão. Era uma festa.Com a visão turva, ele distingue uma pessoa e se aproxima. Entre um soluço e outro, com a voz pastosa, ele tenta ser educado.

- A senhora... hic... Me daria o prazer desta... hic... dança?- Não. Queira se retirar.O bêbado insiste:- Mas por que não? Hic! Me dê um motivo, senhora...Respirando fundo, a pessoa respondeu:- Vou lhe dar três: primeiro, o senhor está bêbado. Segundo, esta é uma festa da Igreja. E terceiro, senhora é a PQP, eu sou o vigário da diocese!

RESPOSTaS