jornal brasília capital 170ª edição

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Arruda sobe no DataFolha, mesmo impugnado pelo TRE Moçambique atrai investidores brasileiros Favorito às eleições de 15 de outubro no país africano participa de seminário na CNI. PELAÍ - PÁGINAS 2 E 3 E 6 PELAÍ - PÁGINAS 2 E 3 PÁGINAS 4 E 5 CANDIDATOS RICOS ABUSAM DO PODER ECONÔMICO www.bsbcapital.com.br DISTRIBUIÇÃO GRATUITA Ano IV - Nº 169 n Brasília, 9 a 22 de agosto de 2014 D epois de fazer sua primeira cirurgia como médica do Hospital das Forças Armadas, uma oftalmologista fotografou o paciente e postou a imagem numa rede social. Um colega dela se ocupava em fazer “selfies” enquanto pessoas aguardavam atendimento na fila do Hospital Regional de Planaltina. Conselho Federal de Medicina diz que isto é proibido. PÁGINAS 10 Na terça-feira (12), o Tribunal Regional Eleitoral (TRE) impugnou o candidato do PR. Na sexta (15), DataFolha divulga nova pesquisa com ele na liderança das intenções de voto. Arruda fala a empresários da ADE de Águas Claras João Bosco Borba cumprimenta Filipe Nyuse MIGUEL ÂNGELO/ CNI ROBERTO RODRIGUES/ PR

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Page 1: Jornal Brasília Capital 170ª Edição

Arruda sobe no DataFolha, mesmo impugnado pelo TRE

Moçambique atrai investidores brasileirosFavorito às eleições de 15 de outubro no país africano participa de seminário na CNI.

pELAÍ - páginAs 2 e 3 E 6

pELAÍ - páginAs 2 e 3páginAs 4 E 5

candidatos ricos abusam do poder econômico

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Ano IV - Nº 169 n Brasília, 9 a 22 de agosto de 2014

Depois de fazer sua primeira

cirurgia como médica do Hospital das Forças Armadas, uma oftalmologista fotografou o paciente e postou a imagem numa rede social. Um colega dela se ocupava em fazer “selfies” enquanto pessoas aguardavam atendimento na fila do Hospital Regional de Planaltina. Conselho Federal de Medicina diz que isto é proibido.

páginas 10

Na terça-feira (12), o Tribunal Regional Eleitoral (TRE) impugnou o candidato do PR. Na sexta (15), DataFolha divulga nova pesquisa com ele na liderança das intenções de voto.

arruda fala a empresários da aDE de Águas Claras

João bosco borba cumprimenta Filipe Nyuse

MIGUEL ÂNGELO/ CNI

RObERtO ROdRIGUEs/ PR

Page 2: Jornal Brasília Capital 170ª Edição

E x p E d i E n t E

Diretor de Redação Orlando Pontes

[email protected]

Diretor de Arte Gabriel Pontes

[email protected]

Diretor Comercial Júlio Pontes

[email protected]

Contato PublicitárioPedro Fernandes

[email protected]: 61-9618-9583

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dos principais assuntos do brasil e do mundo!

Os textos assinados são de responsabilidade dos autores. A reprodução

é autorizada desde que citada a fonte.

2 n Brasília, 9 a 22 de agosto de 2014 - [email protected]ítica

Impressão Gráfica Jornal Brasília aGora TIragem 20.000 exem-plares DIsTrIbuIção plano piloto (sede dos poderes leGislativo

e executivo, empresas estatais e privadas), taGuatinGa, ceilândia, samamBaia, riacho fundo, vicente pires, áGuas claras, soBra-dinho, sia, núcleo Bandeirante, candanGolândia, laGo oeste,

colorado/taquari, Gama, santa maria, alexânia / olhos d’áGua (Go), aBadiânia (Go), áGuas lindas (Go), valparaíso (Go),

Jardim inGá (Go) e luziânia (Go).

ADE Conjunto 02 lotE 07 - ED. SEDE - núClEo BAnDEirAntE -

BrASíliA - DF - CEP: 71735-720 - tEl: (61) 3961-7550 -

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www.BSBCAPitAl.Com.Br - www.BrASiliACAPitAl.nEt.Br

CIrCulação aos sáBados.

CART

AS

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Ai

A assessoria da campanha do

candidato do PR, José Roberto Arruda, tem encontrado dificuldade em recuperar imagens de arquivo da época em que ele foi governador. O material pertence a algumas produtoras que só aceitam fornecer cópias mediante pagamento à vista. E o preço, dizem, está salgadíssimo.

Transportes no DFEntra governo, sai governo, e o transporte público no Distrito Federal continua um drama. Se antes a frota era de ônibus velhos e imundos, agora, o problema é que há poucas linhas, poucas faixas exclusivas de ônibus, pouco metrô e nenhum

trem metropolitano de passageiros, com uma população em torno de 4 milhões de habitantes no DF e Entorno. Os governadores de plantão, de esquerda, de direita, de centro, dão a entender que precisam, cada um deles, de algumas décadas para resolver o problema, como

se a solução não fosse uma questão de política de estado.nAlexandre Magno Pimenta e Castro, Águas Claras

EstacionamentoJá está mais do que na hora de o governo construir estacionamentos

subterrâneos na Esplanada dos Ministérios. Aquela região já está parecendo o Setor Comercial Sul, onde os motoristas estacionam um em cima do outro.nClara Vargas, Plano Piloto

DueloA manchete da penúltima edição do Brasília Capital

A noite de terça-feira (12) ficará marcada como mais uma data triste na trajetória política do ex-governador José Roberto Arruda (PR). Depois de um dia inteiro participando de eventos com eleitores, ele passou em casa para tomar um banho antes de ir ao jantar com 300 convidados na casa de um aliado, no Park Way. Na saída, porém, o aguardavam o senador Gim Argello (PTB) e alguns assessores com a notícia da decisão do Tribunal Regional Eleitoral (TRE-DF): o registro de sua candidatura havia sido negado.

Arruda e sua esposa, Flávia Peres, choraram. Mesmo emocionado, Gim o encorajou a seguirem para o compromisso. Na casa do empresário amigo, foi recebido com aplausos, agradeceu o apoio, garantiu que seus advogados recorreriam da decisão ao Tribunal Superior Eleitoral e reafirmou que a campanha continuaria nas ruas. Ali mesmo convocou reunião para a manhã seguinte, no comitê, onde voltou a pedir mais garra aos cabos eleitorais. “Quem decide eleição é o povo, com o voto. Não é com manobras no tapetão que vão me derrubar”, avisou. Ele se disse otimista, baseado na jurisprudência do TSE.

Arruda vive mais uma decepção

Choro e reação

RObERtO ROdRIGUEs/ PR

Page 3: Jornal Brasília Capital 170ª Edição

MIGUEL ÂNGELO/ CNI

3 n Brasília, 9 a 22 de agosto de 2014 - [email protected]ítica

Opinião

Os stalinistas chamavam de reacionários, anticomunistas ou agentes da CIA aos democratas liberais que denunciavam os crimes de Stalin. Fui lembrado disso ao tratar sobre Gaza nos dias de hoje. Qualquer um de nós que respeita o povo judeu, reconhece o direito de existência do Estado de Israel, admira o que este país fez na inóspita terra que recebeu e conhece seu exemplo na educação, fica com receio de ser acusado de antissionista e se intimida em criticar o que fazem hoje as tropas israelenses contra o povo de Gaza. Mas, como antes, não é hora de silêncio.

Desde o século XIX, o sonho de líderes idealistas como Theodor Herzl pela criação de um estado para reunir em um território o historicamente perseguido povo judeu foi uma das maiores aventuras do espírito humano. Independentemente de discordância sobre a correção do local escolhido, a criação de Israel pelas Nações Unidas foi um dos fatos mais notáveis do século XX. Isso justifica o reconhecimento da existência de Israel e seu direito à autodefesa. Mas é injustificável se calar diante do que sofre o povo de Gaza.

Israel tem o direito de se defender contra foguetes lançados sobre sua população civil, um ato que pode ser considerado terrorista. Esses lançamentos devem ser impedidos tanto pelo uso de tecnologias como também atacando os autores. Mas no lugar de as FFAA de Israel enfrentarem terroristas estão massacrando o povo que mora em Gaza. Não são alguns terroristas que foram presos, foram mais de 1.200 civis mortos, entre os quais mais de 250 crianças. A destruição não atinge apenas as bases de lançamento de foguetes. Foram mais de 4 mil casas demolidas por bombas, além de hospitais e escolas. Gaza inteira foi jogada na escuridão da falta de eletricidade, com todas as suas consequências.

A vitória de Israel, mesmo exterminando Gaza para acabar com todos os pontos de lançamento de foguetes, virá ao custo de uma derrota moral na opinião pública mundial e não trará paz duradoura para a nação israelita. Alguns palestinos sobreviverão e o ódio será ampliado. A sobrevivência de Israel, ao longo dos próximos séculos, vai exigir uma força moral que o massacre de Gaza está comprometendo. É como se o Hamas e Israel se unissem para destruir Gaza, empatando na derrota moral de ambos.

É comum aos que estão no poder, enfrentando atos como foguetes de destino indiscriminado, perderem o sentido crítico da moralidade de seus atos e suas consequências, e é comum que os aliados, por medo, por autocensura, por acomodamento ou por simples obtusidade deixem de fazer as críticas necessárias. Fiquem também apequenados moralmente e deixem de ser aliados críticos para se transformarem em apoiadores irresponsáveis.

Com todos os riscos e incompreensões que isso possa provocar, é preciso dizer que a escuridão em Gaza não ilumina o futuro de Israel.

Cristovam Buarque e Alfredo pena-Vega*

A escuridão não ilumina o futuro

*professor da UnB e senador (pDT-DF), e professor do Centro Edgar Morin da França

foi, novamente, na mosca. Realmente, José Roberto Arruda e Agnelo Queiroz polarizaram a campanha eleitoral para o GDF, e, no embate, Agnelo está perdendo, tanto nas pesquisas de intenção de voto quanto no discurso. O debate na Associação Comercial que o diga. A

esperança do petista é que a Justiça abata Arruda.nMariângela Gusmão de Oliveira, Taguatinga

AcupunturaA matéria sobre “Acupuntura”, publicada na 167ª edição do jornal Brasília Capital, foi de grande importância

para mim. A partir da publicação, procurei os especialistas da Escola Nacional de Acupuntura e estou fazer um tratamento complementar ao meu problema de saúde e estou percebendo bons resultados.nJosé Olimpio – ADE de Águas Claras

A primeira reunião de Arruda na terça-feira foi com 350 empresários e funcionários da Área de Desenvolvimento Econômico (ADE) de Águas Claras/Núcleo Bandeirante, na Indústria Rossi. Ele se comprometeu a atender todas as reivindicações apresentadas pelo presidente da Associação Comercial e Industrial de Águas Claras (Aciac), Valdeci Machado, caso se eleja para o mandato de 2015 a 2018 no palácio do Buriti. Disse que construirá a Via Interbairros, ligando Samambaia ao Plano Piloto; retirará o albergue do Areal; regularizará os setores Arniqueiras e Vicente Pires; extinguirá a Agência de Fiscalização (Agefis); substituirá os pardais por barreiras eletrônicas.

Arruda pediu votos para os candidatos a distrital que o apóiam e estavam presentes no encontro: Delmar Caixeta (PR), Charles Kireibara (PTB), Tércio (PT do B), Wanderley Mecânico (PT do B) e Jonas Lessa (PPL). E citou o nome de vários postulantes a deputado federal de sua coligação: Alberto Fraga (DEM), Laerte Bessa (PR), Juraci Tesoura de Ouro (PTB), Eliana Pedrosa (PPS), Izalci Lucas (PSDB), entre outros.

Quando pede votos para Gim Argello (PTB), o candidato do PR Arruda aproveita para cutucar os adversários do candidato ao Senado. “Este aqui trabalha. Foi o homem que mais trouxe dinheiro para Brasília em toda a História, ao contrário de outros dois senadores e de um candidato que estão por aí que só sabem fazer discurso. São iguais a pastel de vento. Muito bonito por fora, mas quando a gente morde é oco e não tem gosto de nada”.

O presidente regional do Partido Pátria Livre (PPL), Marco Antônio Campanella, notificou na sexta-feira (8) os candidatos a distrital Pedro do Ovo, Jonas Lessa, Leonardo Rodovalho, Iolando e Eustáquio por fazerem campanha “casada” com candidatos a federal que não pertencem ao partido. Os quatro primeiros estariam trabalhando com o petista Rafael Barbosa e Eustáquio teria se aliado ao pastor Paulo Vitor (PRB). Segundo Campanella, existe uma decisão da Executiva local no sentido de todos os candidatos a distrital estarem obrigados a apoiar um dos dois postulantes da legenda à Câmara Federal – ele próprio e o policial civil Leo Moura. Quem desobedecer fica sujeito a ser expulso e ter a candidatura cassada.

Compromissos com a ADE

Votos para aliados

Pastéis de vento

PPL enquadra infieis

Filipe Jacinto Nyusi, candidato que lidera as pesquisas para as eleições presidenciais moçambicanas pelo partido governista Frelimo fechou, quinta-feira (14) o seminário Brasil-Moçambique, na sede da Confederação

Nacional da Indústria, em Brasília. Entre os participantes, ele cumprimentou o presidente da Associação Nacional de Empresários e Empreendedores Afro-Brasileiros (Anceabra), João Bosco Borba (foto), que está organizando mais uma missão empresarial àquele

Page 4: Jornal Brasília Capital 170ª Edição

“Sabemos que Rosso é refém de seu antecessor

na presidência da Codeplan. Ele deu sequência a tudo

o que vinha sendo feito até assumir

a empresa”

Política4 e 5 n Brasília, 9 a 22 de agosto de 2014 - [email protected]

Poder econômico

desequilibra

Candidatos ricos têm mais chance de vitória. Caixa dois é prática comum

eleiçãoC

ampanha política é co-mo cotação de moeda estrangeira: existe a ofi-cial e a paralela. No ca-so, a prestação de con-tas que é entregue ao

Tribunal Regional Eleitoral (TRE) e a contabilidade extraoficial, o chama-do “caixa dois”. É por este caminho que passa o dinheiro que todo mun-do sabe existir, mas ninguém vê. Ou pelo menos admite ver, gas-tar ou receber.

O abuso do po-der econômico se evidencia no tipo e na quantidade de material que cada concorren-te põe na rua, nas adesões nada ide-ológicas a deter-minados comitês e nas defecções sofridas pelas candi-daturas mais pobres. É comum alia-dos repentinamente mudarem de lado para trabalhar para um adver-sário mais abastado.

Na atual campanha no Distri-to Federal, muitos concorrentes re-clamam da atitude predatória de ri-vais. Candidatos mais endinheirados chegam a pagar salários a lideres co-munitários ou religiosos. O apoio comprado acaba afastando os verda-deiros líderes do processo eleitoral. Os chamados “cabos eleitorais” sem ideologia alguma se vendem, ou se alugam, para quem pagar mais.

Este lado sombrio das eleições afeta não só cidades mais carentes, como Areal, Guariroba, Sol Nascen-te, mas também regiões mais desen-volvidas, como Águas Claras, Tagua-

tinga e Plano Piloto. Encorpada pelo combate às derrubadas de casas em Arniqueiras, Telma Rufino (PPL) ten-ta, pela segunda vez, alcançar uma das 24 cadeiras na Câmara Legislati-va. Para isto tem como meta dobrar os 6,8 mil votos que obteve em 2010.

Telma, porém, perde terreno em seu próprio campo eleitoral pa-ra candidatos com campanhas mais vistosas. Porém, não se preocupa. “Quando um cabo eleitoral me pro-cura para dizer que recebeu uma proposta para trabalhar por um sa-lário que não posso pagar, eu desejo boa sorte, faço votos para que Deus o acompanhe e o libero”, admite.

Candidato pelo Psol a deputado distrital, o jornalista Chico Sant’Anna vê como círculo vicioso a relação “promíscua” entre os candidatos, o

empresariado e o governo. “Comprar o voto é proibido; comprar o candida-to, não”, adverte.

E não são apenas os 40 distritais do Psol que sofrem com o alto custo das campanhas. O partido disputa pela segunda vez o GDF, com Toninho An-drade. Também tem candidato ao Se-nado e outros dez à Câmara Federal. De acordo com a prestação de contas do TSE, Toninho gastou em 2010 R$ 31.390,00. Agnelo Queiroz (PT), que acabou vencedor, empregou, oficial-mente, R$ 1.821.126,62 na campanha.

reforma política – Até mesmo can-didatos com vários mandatos nas costas se dizem contra a injustiça política e exigem uma reforma. Chi-co Vigilante (PT) é um deles.

“Quando estávamos lutando con-

Page 5: Jornal Brasília Capital 170ª Edição

Enquanto o Congresso não trabalha, o Ministério Público Federal (MPF) lançou campanha incentivando uma disputa justa nas eleições. Para isto convoca a população a fiscalizar os candidatos. “O MP não tem condição de estar o tempo todo em todo lugar e, por isso, buscamos o engajamento do eleitor na fiscalização das regras do processo eleitoral.”, sustenta o procurador-geral da República, Rodrigo Janot.

O objetivo da campanha é apresentar a regra para todos e fazer dos eleitores os grandes fiscais da campanha. “O eleitor ainda tem o poder de não eleger estes candidatos desleais. A ajuda da população é essencial para o pleito e para o crescimento do país”, afirmou Janot.

Quem souber de alguma irregularidade que esteja sendo cometida ou que deseja saber as regras da campanha pode acessar http://eleitoral.mpf.mp.br e ficar por dentro!

Disputa desleal não é legal

tra a ditadura, onde estavam os em-presários? Não todos, mas os que fazem a política hoje? Estavam en-riquecendo com a ditadura! Depois, quando nós conquistamos o direi-to de ter eleições, direito de votar, e essas liberdades todas, aquele gru-po que estava acumulando recursos veio para a política. Agora compram time de futebol, compram partidos, compram igrejas. Montam esque-mas nos quais o deputado será fun-cionário dele, preposto dentro do Parlamento”.

Para Vigilante, esta distorção só se-rá corrigida com uma reforma políti-ca profunda, com financiamento pú-blico de campanha, com fiscalização rígida. “Esse é o calcanhar de Aquiles. A democracia brasileira não se sus-tenta se a gente não fizer isso”, alerta.

esperançoso – Outro que recla-ma do abuso de poder econômico pelos adversários é Sinézio, candi-dato a distrital pelo PHS. “O político que não tem dinheiro entra em des-vantagem, porque não pode com-prar apoio. Os candidatos que têm empresas, cargos comissionados, ou que já são deputados, entram em larga vantagem. A compra de lide-ranças é o coronelismo atual”.

Sinézio conta que, na Guariro-ba, onde milita, ele tem apostado em conversar pessoalmente com os eleitores. “Acredito que a desilu-são na política é a grande esperan-ça para nós, candidatos com menos recurso. A população está vendo que do jeito que está não dá pra fi-car. Tem que ter gente nova e é nis-so que nós apostamos”.

O partido de Jonas Lessa está na coligação do pT, que apoia a reeleição do governador Agnelo Queiroz. Mas o candidato a distrital não tem seguido a orientação da direção da legenda, cujo presidente regional, Marco Antônio Campanella, concorre a deputado federal. Lessa faz dobradinha com o petista Rafael Barbosa, ex-secretário de saúdetais

Page 6: Jornal Brasília Capital 170ª Edição

A primeira pesquisa do instituto Datafolha no Dis-trito Federal após a oficia-lização das candidaturas aponta que o candidato do PR, José Roberto Arru-da (PR), é o preferido dos eleitores para ocupar o Pa-lácio do Buriti a partir de janeiro de 2015. O levanta-mento foi feito nos dias 12 e 13 de agosto e registrado no Tribunal Regional Elei-toral. Foram ouvidos 736 eleitores do DF, com 16 anos ou mais.

Mesmo com a candida-tura impugnada pelo Tri-bunal Regional Eleitoral no dia 12. Arruda tem 35% das intenções de voto, seguido pelo governador e candida-to à reeleição, Agnelo Quei-roz (PT), com 19%, e pelo se-nador Rodrigo Rollemberg (PSB), com 3%. Consideran-do a margem de erro de 4%. Agnelo pode ter entre 15% e 23% e Rollemberg entre 9% e 17% dos votos.

Na sequência apare-cem Toninho do Psol, com 7%, e Luiz Pitiman (PSDB), com 4%. A candidata Per-ci Marrara (PCO) não atin-giu 1%. Votariam em bran-co ou nulo, 12%, e 10% não souberam responder.

Na intenção de voto es-pontânea, Arruda tem 25%

Os trabalhos deste semestre da Câmara Legislativa fo-ram abertos às 15h de terça-feira (5), com a presença de 14 dos 24 distritais, mas em menos de duas horas a ses-são foi encerrada, sem votação. Logo em seguida, o pre-sidente da Casa, Wasny de Roure (PT), recebeu o Brasília Capital e reafirmou sua disposição de “seguir aquilo que o Regimento Interno estabelece sobre os dias e horários de trabalho”. Ele referia-se aos três dias da semana (ter-ça-feira, quarta e quinta), em que os distritais tentam vo-tar as matérias em plenário. Mas reconhece a dificuldade que isso representa considerando-se que 21 deputados estão em campanha eleitoral.

“Temos poucos projetos de deputados nas comissões em condições de ir ao plenário e algumas emendas à Lei Orgânica que podem ser deliberadas; a maior parte das matérias a serem apreciadas são vetos – parciais ou to-tais –, que chegam à casa de 80”, explicou. De qualquer for-ma, os distritais têm muito trabalho pela frente. O GDF en-viou para o Legislativo mais de 80 emendas apenas à Lei de Uso e Ocupação do Solo (Luos), às quais os parlamenta-res somaram também mais de 80.

Luos e ppcub – Os distritais dividem-se entre os que acham que a Luos deve ser apreciada pelo Conselho de Ur-banismo e Meio Ambiente (Conplan) antes de ir a plenário e os que ignoram o Conplan. Isto deverá ser definido ainda este mês. Outra matéria desgastante que espera pelos dis-tritais é o Plano de Preservação do Conjunto Urbanístico de Brasília (PPCUB).

Para que Brasília permaneça na lista de patrimônio cul-tural da humanidade, a Organização das Nações Unidas pa-ra a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco) fez uma série de recomendações, entre as quais uma legislação específi-ca que preserve os espaços públicos da capital. Há três anos, o governo, instituições, especialistas e a sociedade partici-pam de arrastada discussão sobre o assunto, na busca de se construir o marco regulatório sobre o tema.

Participaram da sessão de terça-feira os deputados Wa-sny de Roure, Arlete Sampaio, Chico vigilante, Chico Leite e Cláudio Abrantes, do PT; Joe Valle (PDT); Evandro Garla (PRB); Israel Batista (PV); Robério Negreiros (PMDB); Be-nedito Domingos (PP); Agaciel Maia (PTC); Eliana Pedrosa (PPS); Olair Francisco (PTdoB); e Liliane Roriz (PRTB).

Não participaram, pelas mais diversas razões, inclusi-ve devido a compromissos oficiais: Cristiano Araújo (PTB), Rôney Nemer (PMDB), Washington Mesquita (PTB), Paulo Roriz (PP), Cabo Patrício (PT), Celina Leão (PDT), Welling-ton Luiz (PMDB), Aylton Gomes (PR), Alírio Neto (PEN) e Dr. Michel (PP). Este último estava internado na UTI do Hospital de Base com suspeita de infecção abdominal, de-vido a dieta alimentar a que está se submetendo.

Política 6 n Brasília, 9 a 22 de agosto de 2014 - [email protected]

Em câmara lentaCLDF abre trabalhos deste semestre em ritmo eleitoralArruda tem

35% contra 19% de Agneloda redação

intenção de voto para governador

rejeição, em %avaliação do

governador agnelo Queiroz (pt), em %

35

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Arruda

Agnelo Queiroz

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O)

FONtE: dAtAFOLhA

dataFoLHa

das citações, Agnelo aparece com 16%, Rollemberg é men-cionado por 6%, Luiz Pitiman (PSDB) e Toninho do PSOL com 2% cada e a candidata Per-ci Marrara não foi citada. Não souberam responder 34% e 13% declararam que votariam em branco ou nulo.

Agnelo é o candidato mais rejeitado: 48% não votariam no petista de jeito nenhum. Arruda é o segundo, com 37%. Em seguida aparecem empatados Toninho do Psol, com 15%, Luiz Pitiman com 14%, Rollemberg com 13% e Perci Marrara com 11%.

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Page 7: Jornal Brasília Capital 170ª Edição

Política 7 n Brasília, 9 a 22 de agosto de 2014 - [email protected]

“Agnelo será reeleito”Deputado aposta, também, que Dilma Rousseff será reeleita no primeiro turno

Em entrevista exclusiva para o Brasília Capi-tal, o deputado distrital Chico Vigilante (pT), candidato a mais um mandato na Câmara

Legislativa do Distrito Federal, res-salta que a Lei da Ficha Limpa é clara e que o ex-governador José Roberto Arruda (pR), que concorre ao gover-

no do DF, será afastado da corrida ao palácio do Buriti. para Vigilante, o atual governador, Agnelo Queiroz (pT), candidato à reeleição, será vi-torioso, “até porque é o que mais fez por Brasília”. no nível federal, Vigilante também não tem a menor dúvida: “Dilma Rousseff (pT) será re-eleita no primeiro turno e Lula (pT) voltará em 2018”.

por orlando pontes

BC – Nas primeiras pesquisas Ibope e MDA, o governador Agnelo Queiroz não apa-receu bem. Está tecnicamente empatado na segunda posição com o senador Rodrigo Rol-lemberg (PSB) e muito atrás do ex-governa-dor Arruda (PR). A quê o senhor atribui esse resultado?

Vigilante – Isso derruba uma crença que a gente tinha de que Brasília era a cidade mais politizada do Brasil. Com essas pesquisas, isso cai por terra, porque todo mundo fala que é importante a Lei da Ficha Limpa, um projeto de iniciativa popular, das igrejas, do movi-mento sindical. Donas de casa foram às ruas, coletaram mais de dois milhões de assinatu-ras e isso se tornou uma lei simples, de fácil aplicação. No artigo 19 ela diz que ninguém pode ser candidato se tiver sido condenado em segunda instância. Portanto, todo mundo que apresentou pedido de candidatura teria o protocolo acatado pelo Tribunal. Mas não quer dizer que seja candidato. Candidato só depois de homologado pelo Tribunal.

BC – Mas existe jurisprudência na Justiça Eleitoral em que os candidatos que apresen-tam o registro de candidatura antes do julga-mento em segunda instância são homologa-dos...

Vigilante – Isso não existe! Essas são ma-térias que não se sustentam. A lei é absoluta-mente clara. Alguém só é candidato depois do registro. Só a partir do momento em que for deferido. A lei também é clara quando diz que mesmo depois de candidato, se no processo da campanha você receber alguma condena-ção em segunda instância, não será diploma-do. Porque mesmo depois de ganhar a eleição só será diplomado quem preencher todos os requisitos, e ele (Arruda) não preenche.

BC – O senhor acha que essa discussão vai dominar a campanha?

Vigilante – Esse é um debate político que a mim não interessa muito. O que eu quero saber é sobre o debate real que vamos fazer com a sociedade de Brasília. Mostrar quem fez mais e quem fez menos. Porque tem muita gente dizendo que fez muito e não fez nada. No caso do Agnelo Queiroz, em qualquer ponto que qualquer candidato, em qualquer tempo no DF, quiser debater conosco, vamos mostrar que nós fizemos mais. Seja na educa-ção, na saúde, na segurança, na habitação, no transporte. Em qualquer ponto de vista que você pegar, a gente tem provas cabais de que fizemos mais.

Page 8: Jornal Brasília Capital 170ª Edição

8/9 n Brasília, 9 a 22 de agosto de 2014 - [email protected]

PolíticaE n t r E v i s ta / Ch i C o V i g i l a n t e

Dilma vai ganhar a eleição

em primeiro turno e cairá por terra o

discurso de bom moço do

Aécio Neves”

O Rollemberg é um mal agradecido. Jamais teria sido

senador sem o PT. Eu acho que dá pra fazer política sem cuspir n o

prato que comeu”

BC – Mas não foi essa impressão que ficou no primeiro debate entre os candidatos, promovido pela Asso-ciação Comercial do DF...

Vigilante – O Arruda deixou uma UPA inacabada; o Agnelo inaugu-rou cinco. O Arruda fez a licitação das vans, que levou pais e mães de família ao suicídio, ao desespero, e deixou tudo sucateado nas mãos do Wagner Canhedo. Quem não se lembra da história da Fácil, que era gerida pelas empresas? Nós retoma-mos o controle, implementamos a licitação e já trocamos quase toda a frota velha, pois tinha gente andan-do dentro de ônibus com guarda-chuva. Trocamos tudo. Estamos na primeira cidade do Brasil cuja frota tem 100% de acessibilidade. E quem tem alguma dúvida da qualidade das obras é só comparar o transpor-te que vem do Gama e Santa Maria com a EPTG feita pelo Arruda e pelo Rosso. Daí cai por terra qualquer tese de que ele sabe fazer as coisas.

BC – Mas isso até agora não fi-cou claro, pelo menos no primeiro debate.

Vigilante – Em todas as eleições no DF, o PT nunca saiu na frente. Em 1990, o Saraiva, um ilustre desconhe-cido, teve 22% dos votos, faltando 2% para levar as eleições ao segundo turno. Depois veio o Cristovam com 3% e ele ganhou as eleições. Agora, o Agnelo está em segundo, com 17%. Eu estou feliz, pois tenho certeza de que ele vai ganhar as eleições. Disso não tenho dúvida nenhuma.

BC – E quanto à rejeição de 46%? Vigilante – Eu diria que é um

caso da população tomar conheci-mento efetivamente do que está sen-do feito e, na hora de fazer a com-paração, essa rejeição vai diminuir. Até mesmo porque o Ibope sempre errou em Brasília.

BC – Então o senhor tem a mesma avaliação quanto ao desempenho da presidente Dilma Rousseff?

Vigilante – Com certeza. Ela vai ganhar a eleição em primeiro turno. Começa a cair por terra o discurso de bom moço do Aécio Neves. As pesso-

as estão vendo que de bom moço ele não tem nada.

BC – O senhor é morador e tem como principal reduto a cidade de Ceilândia. Como avalia o desempe-nho do ex-administrador Ari de Al-meida?

Vigilante – Surpreendente. Com certeza, ele foi um dos melhores administradores, sem querer fazer com que os outros fiquem enciuma-dos. Ari conseguiu fazer uma coisa muito importante: administrou com

todas as correntes políticas, ideoló-gicas e religiosas da cidade. Ele tem contato permanente com pastores de todas as igrejas; tem reuniões constantes com a comunidade dos terreiros, onde os espíritas estão inseridos; reuniões com os padres, com as associações de moradores e com o empresariado. Ele conseguiu ser um verdadeiro líder na cidade.

BC – Por que ele não é candidato? O senhor pediu que ele renunciasse à candidatura?

Vigilante – Não, eu não pedi. O Ari é uma pessoa bastante ajuizada. Há pouco mais de um ano, o gover-nador Agnelo o chamou para uma conversa e falou: “Ari, por tudo que o Chico fez, por toda a sustentação

que ele tem dado ao meu governo, eu quero muito que o Chico seja ree-leito deputado distrital”. O governa-dor não pediu para ele não ser can-didato. Ele só disse que queria muito que eu fosse reeleito. O Ari compre-endeu e hoje é o coordenador da mi-nha campanha.

BC – O senhor acha que faltou essa compreensão do ex-governador Cristovam Buarque, em 1998?

Vigilante – Eu não tenho dúvida nenhuma quanto a isso. Certa vez, um artista famoso da TV Globo falou para o Cristovam: “Cristovam, você é um homem mau. Você jamais po-deria ter permitido que o Chico Vi-gilante perdesse as eleições. O Chico é importante para a democracia, para a sociedade. O Chico é impor-tante dentro do Congresso, porque é o único que consegue falar a língua do povo. Porque ele vai lá para re-presentar os anseios do povo e não poderia perder aquela eleição em hi-pótese nenhuma”. Outro que escre-veu centenas de artigos a respeito da minha derrota foi o Carlito Maia, filósofo, pessoa extraordinária.

BC - Esse homem mau hoje bate no seu candidato a governador. Ele está na coligação do Rodrigo Rollem-berg e apoiando o candidato do PDT ao Senado, o Reguffe, que aparece como favorito...

Vigilante – Eu tenho um respeito e um carinho enorme pelo Cristo-vam. Até porque, em 1994, quando ninguém acreditava na candidatura dele, eu e dona Gladis, o Hermes de Paula, funcionário da Caesb e depois secretário de Obras, e o Carlos Alber-to Torres, que foi candidato a sena-dor, fomos juntos às ruas fazer cam-panha para o Cristovam. E a gente o elegeu governador. Outro dia estive na casa dele e o convidei a dar uma volta pela cidade para ele ver as escolas que o Agnelo está fazendo, para ele ver que estamos fazendo aquilo que ele sempre sonhou. Ele não quis ir, mas eu ainda pretendo levá-lo nesse passeio.

BC – O senhor quer levá-lo agora ou só no segundo turno?

Vigilante – Quero levá-lo inde-pendente de campanha eleitoral, para que ele veja que tudo em que ele acredita, nós estamos fazendo.

BC – A participação dele na cam-panha pode ser decisiva?

Vigilante – Eu acho que ele vai ajudar muito. Ele já me disse mais de uma vez que nunca vai trabalhar contra o PT.

BC – E, pelo visto, nem a favor também...

Vigilante – Eu acredito que no se-gundo turno ele vai apoiar a gente. Ele tem as mágoas dele, com razão.

BC – A mágoa maior é por causa da demissão do cargo de ministro da Educação, por telefone, pelo ex-pre-sidente Lula?

Vigilante – Na época eu falei para o Lula que se eu fosse ele não nomeava o Cristovam, porque ele não era bom para aquela pasta, por-que ele era um sonhador.

BC – Ele não é um bom execu-tivo?

Vigilante – Não que ele não fos-se um executivo. É porque ele teria muita dificuldade. Uma das primei-ras coisas que ele propôs foi separar

Page 9: Jornal Brasília Capital 170ª Edição

Agnelo ampliou os gastos com a

educação em R$ 1 bi por ano, o que demonstra o apreço com os professores’’

E n t r E v i s ta / Ch i C o V i g i l a n t e

É fácil fazer propostas vãs, dizendo que vai

custar tanto ou não dizendo

nem de onde vair tirar. É

importante que as pessoas votem com consciência”

o ensino superior. O MEC não res-ponderia mais pelo ensino superior. Ele estava certo, mas a comunidade acadêmica caiu de pau nele. Mesmo sendo professor universitário e ex-reitor da UnB, ele foi minado pela própria comunidade acadêmica do Brasil. Foi essa proposta dele, que, repito, estava correta, que causou todo o desgaste.

BC – Será que o PT, caso mante-nha-se no poder, vai chegar a fazer isso, uma vez que considera que é o correto?

Vigilante – A proposta do Cris-tovam de federalização do ensino é uma coisa correta e isso de certa forma começou com o piso nacional para professores. Havia municípios no Brasil que pagavam um terço do salário mínimo e hoje temos um piso acima dos R$ 1,3 mil, que todos são obrigados a pagar. O PSDB entrou no STF para derrubar a lei. Para mim, a federalização é importante. É você fazer com que o governo federal cui-de do ensino básico.

BC – O Rollemberg tem sido o alvo preferido do Agnelo. Por quê?

Vigilante – É porque ele é um mal agradecido. Jamais teria sido se-nador sem o PT. Eu acho que dá para fazer política sem cuspir no prato em que comeu.

BC – Mesmo mal agradecido, ele foi um senador produtivo?

Vigilante - Tem uma coisa que tenho conversado muito com o go-vernador Agnelo e com o vice, Tadeu Fillipelli (PMDB). Pela primeira vez a gente vai para uma eleição onde todo mundo já foi governo. O PDT, o PSB e até o PSol foi governo. Quan-do o Cristovam foi governador pelo PT, a secretária de Saúde era a Ma-ninha, que é uma estrela do PSol, e o secretário de Administração era o Toninho, que depois virou adminis-trador de Brasília. Então, todo mun-do tem o que mostrar, ou não. Basta comparar quem fez mais.

BC – O que o Toninho fez?Vigilante – Ele foi secretário de

Administração e administrador de Brasília. Vamos comparar!

BC – E a Maninha?

Vigilante – Eu tenho um respeito profundo por ela. No dia que ela saiu do PT, eu disse: Maninha, não saia! Mas ela foi induzida ao erro e saiu

do PT. Era uma companheira muito valorosa. Jamais deveria ter saído do partido.

BC – Como o senhor Imagina que o governador Agnelo poderá garan-tir a reeleição?

Vigilante – Espero que o eleitor analise a história dos candidatos e as propostas de cada um. Que faça a conta quando cada um propor al-guma coisa, quanto vai custar e de onde vai tirar. Porque é fácil fazer propostas vãs, dizendo que vai cus-tar tanto ou não dizendo nem de onde vai tirar. É importante que as pessoas votem com consciência. Aci-ma de tudo, estávamos cansados de sair do DF e ser atacados. Teve gente lá fora, por causa da crise em Brasí-lia, que não queria nem receber nos-sos cheques. Teve casos de carros com placa de Brasília sendo apedre-jados e hoje estamos na cidade refe-rência no mundo. Quem veio à Copa do Mundo quer voltar.

BC – O PT certamente será criti-cado pelo custo do estádio. No deba-te, o Arruda falou que faria com R$

700 milhões e a obra custou R$ 2 bi.Vigilante – O Arruda iria fazer

uma reforma no estádio, talvez igual a que ele fez no Bezerrão, que não serve para nada. Está caindo aos pe-daços. Nós construímos uma arena multiuso. Tem um shopping cons-truído ali para ser licitado. Tem te-atro, tem centro de convenções, tem tudo ali dentro. É um negócio que atrai cada vez mais investimentos para o DF. Por aí Brasília está des-cobrindo sua vocação, que é uma cidade de eventos. Cada vez mais a gente vai se apresentar para o mun-do, porque todo mundo vai querer realizar atividades na capital da Re-pública. Tem uma maldade com o Agnelo, porque ele gastou R$ 1,2 bi no estádio, mas a partir de agora é só retorno.

BC – Esse dinheiro não seria me-lhor aplicado, por exemplo, na área social ou na contratação de pessoal?

Vigilante – O Agnelo ampliou os gastos com a folha de educação em R$ 1 bilhão por ano. Isso demons-tra efetivamente o cuidado que ele tem com os professores. A fábrica social na Estrutural vale a pena ser visitada para se ouvir o depoimento

daquelas pessoas que estão partici-pando. Na Saúde, no dia em que o Agnelo assumiu, estávamos com o centro cirúrgico do Hospital de Cei-lândia infestado de piolho de pom-bos. Estávamos com o Hospital de Planaltina interditado. Tinha uma ação de despejo do Ministério da Saúde, porque estava devendo dez anos a uma igreja e não pagavam ao padre. Essa foi a realidade que encontramos. Salvo raras exceções, não se ouve mais falar em falta de medicamentos, especialmente os de alto custo, porque a gente descentra-lizou. As Upas funcionam plenamen-te. A saúde da família está crescendo para uma cobertura plena. Temos o Hospital da Criança, que é um hos-pital de referência. Quem vai lá não acredita que seja público, porque temos uma besteira no Brasil de que só é bonito o que é privado. Hoje, so-mos referência em transplante e tra-tamento de câncer. E quanto mais a gente melhorar, mais virá gente do Brasil todo para se tratar aqui.

BC – O que o senhor acha do mo-vimento Volta Lula?

Vigilante – O Lula deixou muito claro, desde o primeiro momento, que não queria mais voltar, que iria trabalhar para a Dilma continuar. Ele disse também que se fosse ne-cessário ele voltaria, mas não acho necessário.

BC: Mas ele tem até quinze dias antes das eleições...

Vigilante – Ele não vai fazer isso! Agora, a direita que se prepare, por-que a Dilma ganhando, o Lula volta em 2018 para continuar consertan-do e mudando esse Brasil. Conheci a história do dr. Cícero, que era um catador de material reciclado, que comia do lixo e hoje é médico graças ao Prouni, graças a essa invenção do Lula e da Dilma, de fazer com que pobre possa fazer uma facul-dade. O curso de medicina na facul-dade onde ele estudou custa R$ 5,2 mil. Ele jamais seria médico. Esse é o novo Brasil. São essas coisas que me emocionam e fazem com que eu continue na política e defendendo o meu partido, o PT.

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gabriel Pontes

10 n Brasília, 9 a 22 de agosto de 2014 - [email protected]

Intimidade revelada

Médicos aderem às “selfies” e expõem pacientes durante expediente

A cultura da expo-sição e do com-part i lhamen-to, associada à corrida por cur-

tidas, tem revelado os bas-tidores de ambientes qua-se secretos. Um exemplo são os hospitais e clínicas. Até fa-mosos, como Neymar, que foi flagrado quando chegou ao hospital logo depois de se machucar durante a Copa, não escapam das lentes.

Nas últimas semanas, dois casos vieram a público no DF. Primeiro, o de um mé-dico que tirava “selfies” no Hospital Regional de Planal-tina (HRPa) enquanto a fila só aumentava. Depois, o de uma oftamologista do Hos-pital das Forças Armadas (HFA), que fotografava e di-vulgava imagens dos pacien-tes durante procedimentos cirúrgicos naquela unidade de saúde.

Em ambos os casos, os médicos, aparentemente, fi-zeram algo inocente. Ou por não conhecerem as regras vigentes no Conselho Fede-ral de Medicina (CFM) ou por não terem noção da propor-ção que isto tomaria. A revol-ta dos pacientes pode não ser com o médico, mas com o sis-tema de saúde em geral, que não funciona. Ver um doutor tirando foto enquanto pesso-as morrem nos corredores é só o estopim da rebeldia.

Selfie - Uma paciente que levou a mãe doente para o HRPa disse que, cansada de esperar, foi procurar o mé-dico de plantão e viu, por uma vidraça, o profissional sentado em uma sala tiran-do autorretratos. “Eu fui ao hospital com minha mãe, que estava com pressão ar-terial muito alta. Quando nos aproximamos, ele saiu do consultório e foi para a

sala da recepção. Como ela passava muito mal, eu fui atrás dele e vi que ele estava tirando fotos tranquilamen-te enquanto nós aguardáva-mos na fila”, disse a jovem, que não quis se identificar.

A Secretaria de Saúde do Distrito Federal abriu sindi-cância para apurar o caso de Planaltina. Já no HFA, a últi-ma foto publicada, e a mais polêmica, foi de um proce-dimento cirúrgico, em abril

deste ano. Ela mostra um pa-ciente com o olho suturado, que na rede social foi batiza-da de “Costurado”. A imagem foi postada em maio de 2013. A foto, de acordo com a le-genda, era para comemorar

a primeira cirurgia feita pela médica sem a ajuda de outro profissional.

A direção do hospital dis-se reprovar a exposição de pacientes ou procedimentos médicos em mídias sociais. Atualmente, a instituição tem 353 médicos e 91 residentes. Desses, dez são oftalmologis-tas e seis se especializam na área. A entidade afirmou que vai divulgar, por meio de um memorando interno, que eles evitem situações do tipo.

cFm – O vice-presidente e co-ordenador do Departamento de Fiscalização do Conselho Federal de Medicina, Emma-nuel Fortes, afirma que os médicos que fazem este tipo de divulgação estão ferindo a legislação da profissão. “Foto de paciente só pode aparecer em eventos científicos, sem a identificação da pessoa ou do caso, e com a autorização do paciente. Caso contrário, o si-gilo médico está ferido”, aler-ta Fortes.

As punições para o não comprimento das normas de divulgação do trabalho do médico podem acarre-tar advertências e até a per-da do registro profissional. Segundo Fortes, alguns mé-dicos só não perderam o re-gistro, ainda, devido às pro-pagandas indevidas porque recorreram à Justiça co-mum. Mesmo assim, con-tinuam correndo risco de não poderem mais exercer a profissão.

segundo o CFM, divulgar foto de paciente pode acarretar até em cassação do registro

Page 11: Jornal Brasília Capital 170ª Edição

da redação

CrônicaFernando Pinto*

Passeio no zoo: fique de olho no seu filho!

*Fernando pinto é jornalista e escritor

O ataque de um tigre a um menino de 11 anos, no dia 30 de julho, no Jardim Zoológico da cidade paranaense de Cascavel, chocou a opinião pública nacional ainda mais, com o depoimento de Marcos Carmo Rocha, pai da criança, ao badalado programa Fantástico, da TV Globo, exibido na noite do último domingo, neste início de agosto. Felizmente, embora tenha tido o seu braço direito amputado até a altura do ombro, o garoto escapou com vida e já recebeu alta do hospital.

O mais fantástico do relato de Marcos é que o menor, pouco antes, tinha pulado a cerca de proteção, de 1,50 metro de altura, se aproximado das grades da jaula de um leão e alimentado o tigre com um osso de galinha, sem qualquer reação agressiva do animal. Onde o filho conseguiu o osso galináceo?, quis saber o entrevistador. Tranquilamente, o entrevistado respondeu: no restaurante, onde pouco antes ele e os dois filhos, o caçula ainda de colo, haviam almoçado.

Se ele havia visto o filho pular a cerca na área proibida e se aproximar da jaula do tigre, por que não impediu? Mais uma vez o papai displicente retrucou que achava que o tigre teria a mesma atitude amistosa do leão. Fez a ressalva, afirmando que socorrera o menino dos dentes cravados no braço do filho, chegando mesmo a enfiar um dos dedos no olho do tigre. Resumindo: sensacionalismo à parte, não assumiu qualquer culpa pelo grave acidente, apesar do delegado responsável pelo inquérito esteja tentado a enquadrá-lo no crime de lesão corporal, de dois a cinco anos de cadeia, por negligência e ter exposto o próprio filho ao ataque da fera.

De nossa parte, fica a advertência que pode ser relacionada ao Dia dos Pais, comemorado no domingo, 10: crianças adoram passeios aos zoos citadinos. Porém, fiquem de olho nos seus filhos! Acidentes com menores nos zoológicos são frequentes. Basta uma rápida pesquisa no noticiário. Aqui mesmo na cidade, em 27 de agosto de 1977, houve um fatal acidente de uma criança que caiu no poço das ariranhas e foi salva graças à pronta intervenção de um militar gaúcho, que se encontrava em visita à cidade, em companhia da família e que por sua coragem, perdeu a própria vida.

Pelo ato de heroísmo em tempo de paz, era sargento e foi promovido pelo Ministério do Exército. À guisa de justa homenagem, hoje o Zoológico de Brasília tem o seu nome: Tenente Sílvio Delmar Hollembach.

11 n Brasília, 9 a 22 de agosto de 2014 - [email protected]

Parque ganha placas de

sinalização

Quem pratica exercí-cios no Parque Eco-lógico de Águas Cla-ras criticava a falta

de sinalização adequada nas pistas internas. No início des-te ano, o Hospital Santa Marta fechou parceria com o Institu-to do Meio Ambiente e dos Re-cursos Hídricos do DF (Ibram) e instalou 19 placas que indi-cam aos usuários onde devem correr ou caminhar e as distân-cias de cada percurso. Os to-tens, com mapas de localização e dicas para a prática correta dos exercícios, foram instala-

dos ao longo das quatro pistas internas.

“É muito importante mos-trar aos usuários como prati-car corretamente exercícios físicos ao ar livre, com dicas sobre a melhor maneira de usufruir do parque”, destacou Luci Emidio, superintenden-te do Hospital Santa Marta. A administradora do Parque de Águas Claras, Maria Lucinei-de Nascimento, ressaltou a im-portância da sinalização das pistas, dizendo que era uma antiga reivindicação da comu-nidade.

No domingo (3), aconte-ceu a segunda edição da feira

de saúde Domingo no Parque, promovida pelo Hospital San-ta Marta, no Parque de Águas Claras. Os usuários receberam gratuitamente orientação nu-tricional, aferição de pressão e glicemia, informações sobre os cuidados com o aparelho diges-tivo e verificação de pressão ocular. Foram realizados 1.426 atendimentos com os profissio-nais de saúde do HSM.

A professora Manuela Si-mões aproveitou a ida ao par-que para checar a saúde. “Foi uma excelente oportunidade para cuidar de mim. Fiz vários exames e depois fui fazer mi-nha caminhada”, elogiou.

Praticar exercícios, se encontrar com amigos ou caminhar se tornou ainda mais prazeroso

Os usuários do parque Ecológico de águas Claras contam agora com marcações de

percurso de caminhadas ou corridas

Page 12: Jornal Brasília Capital 170ª Edição

12 n Brasília, 9 a 22 de agosto de 2014 - [email protected]

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Expulsos da própria casa

Skatistas de luto. A praça do DI perdeu um dos seus principais atrativos na quarta-feira (7), quando a Administração Regional de Taguatinga, sem qualquer

aviso prévio, demoliu o Skate Park que existia há quase 30 anos no local e que havia sido reformado há dois anos. A pedido de moradores e comerciantes, que comemoram a destruição, a Admi-nistração promete revitalizar a praça e construir novas instalações, ainda não definidas. Sem data prevista, a expec-tativa é que outra pista seja construída no Taguaparque.

A notícia pegou todos de surpresa. Vários skatistas que frequentavam o local e chamavam a praça de sua “se-gunda casa” não acreditaram no que viram. “É um absurdo o que está acon-tecendo. Ando há 12 anos neste lugar e nunca imaginei que isso pudesse acon-tecer. Aqui em Taguatinga não existe outra pista melhor”, disse Rafael Tole-do. Contrariados pela falta de informa-ção, os usuários da pista protestaram em frente à sede da Administração, na Praça do Relógio.

A mudança de ambiente da praça, ou “revitalização”, termo usado pela Assessoria de Comunicação, tem como objetivo reduzir a falta de segurança do local. “Atendemos a um pedido da própria comunidade e comerciantes,

que alegaram que o local estava ser-vindo como ponto de drogas, além do barulho e gritaria que incomodava a vizinhança”, respondeu por e-mail. Po-rém, a poucos metros do lugar de lazer onde jovens praticavam o esporte, se encontra um posto policial, construído há quatro anos. “De nada adianta, eles ficam lá dentro, enquanto tudo aconte-ce aqui fora”, disse o praticante de Ska-te Erick Queiroz.

comércio – Os comerciantes que ven-dem produtos relacionados à modali-dade esportiva também lamentam a destruição. A pouca movimentação de skatistas no local vai causar uma gran-de queda nas vendas. “Vai diminuir muito o movimento na praça, vai cau-

Demolição da pista da Praça do DI deixa skatistas desabrigados

sar um prejuízo não só para as lojas que vendem produtos voltados ao ska-te, mas também para as outras lojas de uma forma geral”, comentou a vende-dora Monalisa Abreu, que trabalha na loja Neuroze Skate.

Além da loja, que funciona há qua-tro anos, outro estabelecimento que vai perder com a expulsão dos skatistas do local é a loja Carter, que funciona há apenas três meses. “Decidimos abrir a loja nesse lugar por ser um ponto de en-contro de skatistas, não só de Taguatin-ga, mas de todo o Distrito Federal. Com o ocorrido, nossa estratégia foi por água abaixo. Estou em estado de choque. Não sei como vou fazer agora”, disse o dono da loja, Izaias Magalhães.

Em contrapartida, outros estabe-

lecimentos acharam melhor a retira-da do local. “Se for mesmo construí-do um estacionamento no lugar da pista seria muito bom”, disse um lo-jista, que preferiu não se identificar. Entre os que defendem a demolição, todos querem ver no local vagas para os carros dos consumidores, já que, frequentemente, os comerciantes lo-cais perdem vendas por falta de esta-cionamento.

negociação – A Administração de Taguatinga mantém diálogo com al-guns skatistas que frequentavam o lo-cal. A reunião aconteceu após o Skate Park ser demolido na quarta-feira (6) e voltou a acontecer na quinta-feira (7). Outra reunião está marcada para a próxima quarta-feira (13), com os di-versos segmentos sociais existentes na praça do DI, para rediscutir a ocupação daquele espaço.

A reportagem do Brasília Capital havia flagrado o abandono da praça em sua 163ª Edição, no dia 28 de junho, mostrando a grande quantidade de moradores de rua que tomavam conta do lugar. A única forma de lazer, que estava em plenas condições de ser uti-lizada era a pista de skate. Agora, com a expulsão dos skatistas do local, resta saber se o vazio deixado no lugar vai ser aproveitado pela Administração Regional ou vai ser aproveitado pelos moradores de rua, que continuam pro-movendo churrascos no local.

gustavo goes GUstAvO GOEs

Os skatistas que frequentavam a praça ficaram desolados

Page 13: Jornal Brasília Capital 170ª Edição

dIvULGAçãO

MARCELO RAMOSO REPÓRTER DO POVÃO

Programa O Povo e o Poderde segunda a sábado das 8h às 10h

Rádio Bandeirantes - AM 1.410Ligue e participe: 3351-1410 / 3351-1610

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o que está achando doBrasília capital?

13 n Brasília, 9 a 22 de agosto de 2014 - [email protected]

Disse Eduardo Campos em sua última entrevista, que foi

ao ar no Jornal Nacional, da TV Globo, na terça-feira (12)

Eu quero representar o seu

sonho e seu desejo de um Brasil melhor. É preciso

coragem para mudar”.

Eduardo Campos morre em acidente aéreo em São Paulo

Campos ofereceu carona para sua vice, Marina Silva, no jatinho que caiu na manhã de quarta-feira (13). Ela preferiu ir direto para São Paulo, onde gra-varia a propaganda eleitoral do PSB.

Eduardo Campos foi o espelho de seu avô, Miguel Arraes desde o início da vida. Foi Arraes que o introduziu na política, nomenando-o chefe de gabinete e depois secretário de fa-

O candidato à Presidência da República Eduardo Campos (PSB) morreu, na manhã de quarta-feira (13), na queda de um jato particu-lar em Santos, no litoral de São Pau-lo. O ex-governador de Pernambu-co havia saído do Aeroporto Santos Dumont, no Rio de Janeiro, para um compromisso no Guarujá (SP).

O jato particular caiu próximo ao Canal 3, bairro nobre da cidade. Além dele, estavam a bordo, Pedro Valadares, assessor direto; Carlos

Correio Braziliense – 13.8

Estadão – 13.8

Augusto Percol, assessor de im-prensa; Marcelo Lira, cinegrafista; e Alexandre Severo, fotógrafo, e os pilotos Marcos Martins e Geraldo da Cunha.

A Força Aérea Brasileira (FAB) informou que a aeronave Cessna 560 XL de prefixo PR-AFA se prepa-rava para pousar quando teve de arremeter. Uma equipe do Quarto Serviço Regional de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuti-cos (SERIPA IV) investiga as causas do acidente. Alguns prédios foram atingidos pela aeronave.

Marina Silva recusa carona e escapaEstadão – 13.8

Miguel Arraes era modelo na políticazenda do governo de Pernambuco. Quando faleceu, em 2005, Eduardo era governador do estado. Coinci-dentemente, neto e avô morreram na mesma data, 13 de agosto. Arraes por infecção pulmonar e Campos por acidente aéreo.

FAB diz que gravação da caixa-preta de jato não era do voo de Campos

A Força Aérea Brasileira (FAB), responsável pela investigação do acidente aéreo, informou na sexta-feira (15) que já foram extraídas e analisa-das por quatro técnicos do Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa) as duas horas de áudio da caixa-preta do jato que conduzia o ex-governador pernambucano para o litoral paulista. Segundo a FAB, a gravação da cai-xa-preta do avião com prefixo PR-AFA não é do voo de Campos.

G1 – 15.8

Novo candidato será anunciado dia 20G1 – 15.8

O deputado federal pelo PSB de Pernambuco Gonzaga Patriota afirmou na sexta (15) que as de-finições sobre a substituição do nome de Eduardo Campos na chapa que vai disputar a Presidência só devem começar a ocorrer em uma reunião prevista para a quarta-feira (20), na sede do partido em Bra-sília. Patriota deu a declaração quando chegava à casa onde o ex-governador de Pernambuco mora-va, para prestar solidariedade à família.

Page 14: Jornal Brasília Capital 170ª Edição

Judeus X palestinos - solução definitiva à vista

JOsé MATOsJOsé MATOs

O que parece impossível está muito próximo, garantem mensagens vindas de várias tradições religiosas,

porque o prazo para que os homens se entendessem acabou. A Organização das Nações Unidas (ONU), ao criar o estado judeu e não criar o estado palestino, criou este “imbroglio”, agravado com a guerra dos seis dias, que fez Israel invadir as terras dos palestinos para não mais sair.

Erraram os judeus que em todo

Sáude e Nutrição

Carolineromeiro

Já falamos aqui do uso de suplementos protéicos entre os praticantes de exercícios físicos, principalmente,

daqueles voltados ao ganho de força e massa muscular. Até pouco tempo atrás havia pouca opção de suplementos para vegetarianos, pois a maioria dos suplementos proteicos é à base de leite, ovo e, mais recentemente, carne. A única opção disponível no mercado eram os isolados protéicos de soja.

Recentemente temos visto mais opções de suplementos para esse público, como a proteína isolada de arroz e de ervilha. Especialmente

Proteína isolada do arroz

sobre os produtos de arroz, eles parecem ser excelentes opções no que diz respeito à mudança na composição corporal e melhora de performance.

Em 2013, um estudo publicado em uma revista científica de impacto comparou o efeito da suplementação de Whey Protein, uma das proteínas mais indicadas atualmente pelo seu perfil de aminoácidos e capacidade de estimular síntese protéica, com a proteína isolada de arroz.

Os resultados desse estudo, mostraram que o ganho de massa muscular, a redução de gordura

corporal, o tempo de recuperação entre o treino e a força muscular, foram semelhantes tanto para o

grupo suplementado com Whey Protein como para o grupo que usou a proteína de arroz. Esse resultado se dá pelo perfil de aminoácidos encontrado no arroz e pela elevada concentração de leucina, um aminoácido capaz de estimular a síntese protéica.

Trata-se de uma opção interessante para quem opta por não consumir alimentos de origem animal, mas quer ter bons resultados com exercícios, e também para quem apresenta alguma intolerância ou alergia aos outros produtos disponíveis no mercado.

este período não deram condições de melhoria àquele povo, melhoria que se reverteria em benefício próprio pelo aumento da capacidade de consumo. É da lei de Deus que “quem mais pode mais deve ajudar”.

Rabin, o primeiro ministro israelense, ofereceu um plano de paz devolvendo 90% das terras confiscadas. Além do plano não ser aceito, ele foi assassinado. Erraram os palestinos. Para cada judeu assassinado, 30 palestinos perdem

a vida, mas essa lógica não entra na cabeça dos combatentes. Se tivessem aceitado o plano certamente já estariam com seu território integralmente restituído.

Ensinou o mestre Emmanuel no livro A Caminho da Luz: “Durante dois mil anos os judeus foram exilados para que desenvolvessem fraternidade entre si”. Será que vão precisar de mais dois mil anos para que desenvolvam fraternidade com os demais?

Não, porque o tempo acabou. O profeta Isaías já previa em suas profecias o fim do desentendimento, e as novas tradições informam que será ainda neste século. O eixo da terra se verticalizará e só sobrará um terço da humanidade, o mundo de regeneração. Não mais “minha pátria”, mas “a nossa terra, a nossa escola, a nossa morada”.

João Evangelista, no Apocalípse, confirma o profeta Isaías: “Então, eu vi um novo céu e uma nova terra”.

14 n Brasília, 9 a 22 de agosto de 2014 - [email protected]

Page 15: Jornal Brasília Capital 170ª Edição

15 n Brasília, 9 a 22 de agosto de 2014 - [email protected]

CRUzADAsTiRinhA

ENTRETENIMENTO

PiadanSandra, você cancelou todos os meus compromissos para este fim de semana, como eu te pedi? — indaga o chefe.— Sim, patrão! Quem não gostou nem um pouco foi a sua noiva, já que o casamento de vocês estava marcado para o sábado!

nNum daqueles restaurantezinhos sem-vergonha de beira de estrada, o sujeito chama o

garçom e reclama:— Este frango está mal passado!— Como você sabe, se nem chegou a experimentar? — É que ele comeu toda a minha salada!

nA professora pergunta aos alunos:— Quem aqui reza antes das refeições?Todos levantam a mão, menos Joãozinho.

— Joãozinho! Você reza antes das refeições?— Não, fessora… Lá em casa não precisa! A minha mãe cozinha bem!

nUm cara morre e seu amigo vai ao velório. Para fazer bonito, ele resolve dizer algumas palavras quando sua dentadura cai sobre o caixão. E, para não pagar mico, diz: — Vai, amigo, leve meu último sorriso!

REspOsTAs

Page 16: Jornal Brasília Capital 170ª Edição

Esportes 16 n Brasília, 9 a 22 de agosto de 2014 - [email protected]

Nilson Nelson vai ferver

Brasília recebe o UFC pela primeira vez

As vendas para o maior evento de MMA do mundo, que terá sua edição em Brasília, no Ginásio Nilson

Nelson, começaram na quinta-feira (7). O UFC Fight Night acon-tecerá no dia 13 de setembro e te-rá como luta principal o duelo de pesos pesados entre Antônio Sil-va, o Pezão, contra o ex-campeão da categoria, Andrei Arlovski. Po-rém, o evento internacional, as-sim como a Copa do Mundo, não vai sair barato para os brasilien-ses. O Ingresso mais em conta cus-ta R$ 135, a meia-entrada, poden-do chegar a R$ 1.000.

A luta mais aguardada da noi-te é uma reedição de um confron-to que aconteceu há cinco anos, quando Pezão derrotou Arlovski por decisão unânime. “Estou mui-to feliz de poder lutar no Brasil. Já fui vaiado muitas vezes lá fo-ra; agora, quero ter o gostinho de ter um ginásio inteiro ao meu la-do. Não dá para não entrar moti-vado dessa forma”, comemorou o brasileiro, que nunca lutou no seu país. A vitória, ocorrida no tor-neio Strikeforce, alavancou a car-reira do paraibano no Ultimate Fighting Championship, que mais tarde integrou o Strikeforce aos seus eventos.

Ao contrário de Jon Jones e Da-niel Cormier, que, no dia anterior, começaram a brigar fora do octó-gono, durante a promoção de su-as lutas. O clima entre Pezão e o Arlovski foi de muita descontra-ção na terca-feira (6).

O brasileiro ainda criticou a postura dos dois lutadores. “MMA

O MMA (Mixed Martial Arts), termo inglês que significa Artes Marciais Mistas, são artes marciais que incluem tanto golpes de combate em pé quanto técnicas de luta no chão. Utilizam uma grande variedade de técnicas permitidas de artes marciais — tais como golpes utilizando os punhos, pés, cotovelos e joelhos. Além de técnicas de imobilização, tais como lances e alavancas. Em opinião popular, os termos MMA e vale-tudo têm o mesmo significado. Entretanto, as diferenças entre esses termos devem ser identificados e ambos devem ser distinguidos.

preÇosarquibancada:

R$ 270 e R$ 135 (meia-entrada)Cadeira:

R$ 500 e R$ 250 (meia-entrada)Cadeira especial uFC*:

R$ 1.000 e R$ 750 (meia-entrada)octógono:

R$ 690 e R$ 345 (meia-entrada)octógono premium:

R$ 990 e R$ 495 (meia-entrada)Portadores de necessidades Especiais:

R$ 135 (meia-entrada)*O preço da “Cadeira especial” custa

R$ 750 a meia-entrada por incluir serviços de catering (comida e bebida), estacionamento e banheiros exclusivos

card principaL (INÍCIO Às 21h)Peso-pesado:

Antônio Pezão x Andrei ArlovskiPeso-leve:

Gleison tibau x Piotr hallmannPeso-leve:

Léo santos x Lukasz sajewskiPeso-meio-médio:

serginho Moraes x santiago PonzinibbioPeso-galo:

Iuri Marajó x Russell doanePeso-galo:

Jéssica Andrade x valerie Letourneau

card preLiminar (INÍCIO Às 18h45)

Peso-pena: Godofredo Pepey x dashon Johnson

Peso-meio-médio: Igor Araújo x George sullivan

Peso-leve: Francisco Massaranduba x Efrain

EscuderoPeso-meio-médio:

Paulo thiago x sean spencerPeso-galo:

Rani Yahya x Johnny bedford

não é briga, tem muita criança que acompanha. Eles passaram do ponto”, disse o peso pesado.

Além de Pezão, outros conhe-cidos da torcida estarão lutan-do, entre eles, os brasilienses Igor Araújo, Francisco Massaranduba e Paulo Thiago, que, assim como os demais lutadores, representa-rão o Brasil em duelo contra es-trangeiros. O evento ainda conta com a luta entre Jéssica Andrade e Valerie Letourneau, válido pela categoria peso galo feminino.

Os ingressos podem ser com-prados no site: www.ticketsfor-fun.com.br, na loja Fnac do Park Shopping e pelo telefone: 4003-5588. A bilheteria do Ginásio Nil-son Nelson só vai comercializar ingressos entre os dias 6 e 12 de setembro, das 10h às 18h.

origem

pezão, que morou em Brasília até os nove anos, encara Andrei Arlovski

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