Uma região com muita história

Zona Noroeste comemora 35 anos e resgata parte importante da sua história

Ano 1 - Nº 1. Santos, 27 de agosto de 2011

DISTRIBUIÇÃO GRATUITA

Aprenda uma profissãogratuitamente e aindareceba ajuda de custo

Movimento inicia luta pela construção do túnel Zona Noroeste

Avenida Nossa Senhora de Fátima terá ciclovia em 2012

Restaurante Bom Prato vai fornecer almoço a R$ 1 na ZN

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Arquivo DL

Arquivo DL

DivulgaçãoDivulgação

BDZN

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2. Comunidade

Canil

Santos, 27 de agosto de 2011

Muito bom dia para você

Um dia de cão no Jardim Botânico Quem mora na Zona

Noroeste e nos morros sabe como é difícil encontrar notícias locais nos grandes veículos de comunicação de Santos. Na grande maioria das vezes, o espaço conce-dido se limita a reportagens policiais.

O “Bom Dia, Zona No-roeste e Morros” surge para suprir essa carência de infor-mações e, democraticamente, ampliar as discussões sobre as necessidades da região. O jornal nasce na data em que a Zona Noroeste comemora 35 anos de sua criação oficial.

Não vamos falar apenas dos problemas, que não são poucos. Queremos também mostrar as muitas coisas boas que existem por aqui. Contar a história das ruas e bairros e retratar o amor que os moradores têm pela Zona Noroeste e morros.

Nesta primeira edição, abrimos espaço para o movimento que luta pela construção do túnel ligando as zonas Leste e Noroeste de Santos. O projeto é discutido há mais de duas décadas e terá o apoio e divulgação nas edições mensais do jornal.

Esperamos contar com a sua participação, por meio de sugestões de pauta, comen-tários e críticas. Afinal, você é a razão de ser deste jornal. Participe!

Muito bom dia e uma ótima leitura.

Era uma vez um lugar muito tranqüilo e agradável na Zona Noroeste. As pessoas podiam caminhar, praticar atividades fí-sicas ou simplesmente contem-plar a natureza sem nenhum risco. Um dia tudo mudou. O belo gorjear dos pássaros foi substituído pelo som forte do latido de cães, com os seus ca-ninos afiados.

Esse lugar é o Jardim Botâ-nico de Santos, no Bom Retiro. Para os moradores vizinhos ao antigo Horto Municipal, o sos-

sego acabou com a chegada do Canil da GUarda Municipal. De dia, de noite e principalmen-te durante a madrugada, a ca-chorrada não para de latir. Hou-ve até registro de ocorrência na Polícia Militar.

Os abusos foram comuni-cados à Secretaria Municipal de Segurança – responsável pelo canil –, à Secretaria Muni-cipal de Meio Ambiente e à Ou-vidoria Pública. Por último, foi feito um abaixo-assinado com 1.050 adesões e entregue ao

Ministério Público para apura-ção das denúncias.

“Estamos aguardando a resposta da Prefeitura e dos promotores para decidirmos o que iremos fazer. Uma coi-

sa é certa. Do jeito que está não pode ficar”, disse o em-presário Marcos Gouveia, que foi procurado pelos mo-radores para ajudar na solu-ção do problema.

Jornal ‘Bom Dia Zonoreste e Morros’ Jornalista responsãvel: Maurício Juvenal MTb 23260. Diagramação: Fábio Tatsubô. Charge: Duda Ki Hap. Contato: bomdiazn@gmail.com

Moradores apelaram ao Ministério Público para remover o canil do antigo Horto Municipal

Mais de 1.000 pessoas apoiaram o abaixo-assinado

Fotos: BDZN Palavra do editor

Expediente

Com a palavra:

“O abaixo-assinado expressa a indignação dos moradores. Após a entrega do docu-mento ao Ministério Público, houve o remanejamento da equipe que trabalhava no canil. Já melhorou muito, mas o que queremos mesmo é a sua transferência para outro local”.

Joaquim Francisco do Nascimento, Bom Retiro, aposentado

“Sou contra o canil porque sua instalação fechou o acesso das crianças ao campinho e ao playground. A garotada perdeu a sua área de lazer. Hoje, com os cães ocupando esse espaço, o uso do Jardim Botânico ficou mais restrito para todos”.

Tânia dos Santos Gomes, Bom Retiro, inspetora

Tenho 77 anos e depois de tanto trabalhar preciso de paz. Esse canil nem deveria estar funcio-nando em um bairro residencial. Aguardo ansiosamente a sua transferência para uma área apropriada”.

Armando Correia de Sou-za, Bom Retiro, serralheiro aposentado

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Comunidade .3 Santos, 27 de agosto de 2011

Ganhe dinheiro, material e transporte para aprender uma profissão

Conheça os cursos do Via Rápida em Santos

ONG oferece ajuda para quem deseja se inscrever

Você não leu errado. O tí-tulo está correto. O Governo do Estado criou um progra-ma de capacitação profis-sional que oferece bolsa de estudo mensal de R$ 210, auxílio transporte de R$ 120 e todo material didático para desempregados, jovens ca-rentes, idosos e pessoas com deficiência, durante o período do curso, que pode durar de 1 a 3 meses.

O nome do programa é o Via Rápida Emprego, lança-do pelo governador Geraldo Alckmin e pelo secretario de Desenvolvimento Econô-mico, Ciência e Tecnologia do Estado, Paulo Alexandre Barbosa. São 30 mil vagas em mais de 130 cursos nas áreas da construção civil, co-mércio, indústria e serviços. Só a Baixada Santista ofere-ce mais de 2.500 vagas.

“Muita gente está desem-pregada porque não tem uma profissão, nem dinheiro para pagar a mensalidade de um curso particular. Com o Via Rápida, as pessoas vão estar melhor preparadas para conquistar emprego ou

Cursos são oferecidos pelo programa de qualificação profissional do Estado de São PauloDivulgação SDECT

BDZN

Via Rápida:

Para facilitar a participa-ção dos moradores da Zona Noroeste no Via Rápida Em-prego, a Associação Bene-ficente Mãos Entrelaçadas colocou um terminal de com-putador à disposição dos in-teressados em se inscrever nos cursos. Uma funcionária da ONG também está no lo-cal para esclarecer as dúvi-das sobre o programa.

“É uma colaboração es-pontânea e voluntária. A nos-

abrir o próprio negócio”, ex-plicou Paulo Alexandre.

Como participar Qualquer cidadão pode

fazer o curso do Via Rápi-da. Basta ter no mínimo 16 anos, ser alfabetizado e re-sidir no Estado de São Pau-

lo. As inscrições devem ser feitas pelo site www.viarapi-da.sp.gov.br. Quem estiver desempregado ou for arrimo de família terá a preferência. Os beneficiários dos progra-mas sociais Ação Jovem e Renda Cidadã também terão prioridade.

- Recepção e Atendimento

- Operador de Carga

com Habilitação em

Empilhadeira

- Operador de

Empilhadeira

- Eletricista Básica

e Segurança em

Instalações e Serviços em

Eletricidade

- Eletricista Instalador

- Instrumentação

- Mecânico de

Automóveis

- Operador de

Empilhadeira com Noções

de Logística

- Soldador Eletrodo

Revestido Posição 3G

- Auxiliar de Escritório

- Operador de

Computador

- Manipulação e

Higienização de

Alimentos

- Formação em

Telemarketing

- Informática Básica

- Camareiro

- Almoxarife e Estoquista

- Recreacionista

- Atendimento de SAC

sa entidade está começando o seu trabalho com uma pre-ocupação especial com as pessoas mais humildes. Mui-tas passam por dificuldades porque não têm emprego. E esses cursos vão ajudá-las”, disse a presidente da ONG, Eliane Rocha.

A Associação Mãos En-trelaçadas fica na Rua Vi-riato Correia da Costa, 635, Bom Retiro. Telefone: (13) 3291-2143.

Paulo Alexandre quer levar os cursos do Via Rápida para a ZN e morros

Inscrição do Via Rápida deve ser feita somente pela Internet

Venha participar: essa é a oportunidade que você queria para mudar a sua vida.

g o v e r n o d o e s ta d o d e s ã o pa u l o

emprego

AF_FolhetoViaRapida10x15.indd 1 7/8/11 8:42:24 PM

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4. Comunidade Santos, 27 de agosto de 2011

Campanha terá pontos de coleta de assinatura

Zona Noroeste se mobiliza em defesa do túnel

Moradores e empresários da Zona Noroeste e morros iniciaram em agosto uma grande mobi-lização para garantir a cons-trução do túnel ligando as zo-nas Leste e No-roeste de San-tos. Batizado de “Movimento em Defesa do Túnel da ZN”, o grupo pre-tende obter 100 mil assinatu-

ras de apoio à obra. A ideia é retomar um projeto sonhado desde a década de 80.

“O túnel deve ser uma priorida-de de governo. Dependendo do horário do dia é praticamente im-possível passar pelas avenidas Nossa Senhora de Fátima e Mar-

tins Fontes sem pegar um congestionamento. Com o

crescimento da região, a coi-sa vai piorar cada vez mais”, justificou o empresário Mar-cos Gouveia, um dos ideali-zadores do movimento.

Não andouEm 2003, a obra chegou

a ser licitada pela Prefeitura ao custo de R$ 120 milhões e prazo de execução de 28 meses. Na ocasião, o então prefeito Beto Mansur decla-rou na imprensa que o túnel seria entregue ao final do

Para conseguir 100 mil adesões ao projeto, o Movi-mento em Defesa do Túnel da ZN vai montar pontos de coleta de assinatura em toda a cidade, em especial nos bairros da Zona Noroeste e morros. O abaixo-assinado vai ainda percorrer São Vi-cente, que também será be-neficiada pela obra.

Quem aderir ao abaixo--assinado receberá um ade-sivo de apoio à construção

do túnel. Com a colaboração de empresários, os organi-zadores vão produzir faixas para chamar a atenção da população. Os voluntários responsáveis pela coleta de assinatura estarão identifi-cados por um crachá e uma camiseta do movimento.

“Acreditamos que so-mente a força da comuni-dade fará com que o projeto volte a se tornar uma priori-dade. As autoridades sabem

que o túnel é importante, mas se ninguém lutar por ele jamais vai sair do papel”, ex-plicou Marcos Gouveia.

Trânsito fica bastante

complicado na Avenida

N.Sªde Fátima

Projeto está previsto há mais de duas décadas, mas não saiu do papel“O túnel com ligação da Zona Noroeste e a Zona Leste deixará mais rápido os deslocamentos. Com certeza, vai melhorar, e mui-to, o fluxo de carros na Avenida Nossa Senhora de Fátima. Será um benefício muito importante para o comércio da região”.

Daniel Martins Pereira, comercianteda ZN

“O túnel é uma obra necessária não só para o município de Santos, mas para todo o Estado. A partir do adensamento da população na Zona Noroeste e de parte de São Vicente, as condições do trânsito da região ficaram bastante precárias.

Diácono José Pascon Rocha, Bom Retiro, aposentado

“Acho que a construção do túnel vai melhorar muito o fluxo de carros, além de valorizar os imó-veis da Zona Noroeste e fortale-cer o comércio. Com a chegada dos investimentos oriundos da exploração do petróleo do pré--sal, o túnel será muito mais do que necessário”.

Luiz Antônio Carvalho Lopes, comerciante da ZN

“Só quem enfrenta diariamente o trânsito na entrada de Santos sabe o quanto o túnel é necessá-rio. Quando chove forte, o caos é completo. Tudo para. É uma obra que deve ser prioridade número 1 do próximo prefeito. Vou aderir ao abaixo-assinado e divulgá-lo bastante”.

Nivaldo Aubin , Castelo, motorista

Com a palavra:Campanha

seu governo, em 2004, o que acabou não acontecendo.

Com 1.350 metros de ex-tensão, o túnel estava pro-jetado para interligar a Rua Dom Duarte Leopoldo Silva, no Marapé, com a Avenida Francisco da Costa Pires, na Vila São Jorge, no limite entre São Vicente e Santos. O projeto previa duas pistas, sendo que cada uma com três faixas para automóveis e uma ciclovia.

Nesse período, a impor-tância do projeto só aumen-tou. Para fugir do trânsito, muitos motoristas sobem e descem os morros da Nova Cintra e Marapé. Porém, essa alternativa está cada vez mais perigosa, pois esse caminho não foi projetado para receber um grande flu-xo de veículos.

FOTOS: BDZN

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Só é possível oferecer a refeição R$ 1 porque o res-taurante recebe subsídio do Estado e do Município. Para garantir a qualidade dos alimentos, todo pro-cesso de preparo tem a su-pervisão de nutricionistas. O prato é rico em nutrien-tes, garantindo, em média, 1.600 calorias. O cardápio inclui arroz, feijão, carne, frango, peixe, farinha de mandioca, salada, legu-mes, suco, frutas e pão.

Cada restaurante dispo-nibiliza uma quantidade de refeições diárias, que são

servidas até que se encer-re a cota do dia. Adminis-trado pela Secretaria de Desenvolvimento Social do Estado, o programa Bom Prato conta com 33 unida-des instaladas na Capital, região metropolitana, litoral e interior paulista, totalizan-do 47 mil refeições servidas diariamente.

Desde 2005, Santos conta com uma unidade do Bom Prato na Praça Igua-temi Martins, s/nº, ao lado do Mercado Municipal. Com cerca de 1.200 refeições fornecidas diariamente, de segunda a sexta-feira, o equipamento é gerenciado pela Associação de Pro-moção e Assistência Social Estrela do Mar, que também será a responsável pela uni-dade da Zona Noroeste.

Comunidade .5 Santos, 27 de agosto de 2011

Preparo da refeição tem a supervisão de profissionais

Em breve, os moradores da Zona Noroeste poderão saborear uma deliciosa e nu-tritiva refeição e pagar apenas R$ 1. A implantação do Bom Prato na região foi confirma-da por meio de uma Carta--Compromisso entregue ao prefeito João Paulo Tavares Papa pelo então secretário de Desenvolvimento Social do Estado, Paulo Alexandre Bar-bosa, hoje titular da pasta de Desenvolvimento Econômico, Ciência e Tecnologia.

A futura unidade do res-

taurante vai funcionar em um prédio alugado pela Prefeitu-ra. No local, também serão oferecidos café da manhã e cursos de capacitação pro-fissional na área de gastro-nomia pelo programa esta-dual Via Rápida Emprego. Haverá ainda um posto do programa Acessa São Paulo para que os frequentadores possam acessar, gratuita-mente, à internet.

O Bom Prato vai beneficiar principalmente as famílias em situação de risco social. Traba-

lhadores, aposentados, pen-sionistas e até donas de casa poderão almoçar no restauran-te, que deverá fornecer cerca de 1.500 refeições diárias.

“Os moradores terão acesso a uma refeição de qualidade. Será um dos mais importantes equipamentos sociais da região”, ressal-tou Paulo Alexandre, que durante a campanha para deputado estadual havia se comprometido em trabalhar para trazer o Bom Prato para a Zona Noroeste.

Restaurante Bom Prato também irá oferecer café da manhã e cursos profissionalizantes gratuitos

Prefeito Papa e Alexandre assinam parceria para o Bom Prato na ZN

Divulgação/Govenno do Estado

Fotos: divulgação/Govenno do Estado

Zona Noroeste terá restaurante com refeição a 1 real

Bom Prato

“O Bom Prato será muito bom em nossa região, principalmente para as famílias carentes e idosos que vivem sozinhos. Além do alimento espiritual, o nosso corpo necessita de alimento material.

Adelson Brás da Silva, o Pinha, Bom Retiro, aposentado

“A população aqui é muito carente e a implantação do Bom Prato vai ser muito boa, pois se pensarmos bem vai fazer a diferença no orçamento familiar. Essa iniciativa é simplesmente maravilhosa”.

Elizabeth Rovai de França, Santa Maria, responsável pelo Abrigo Casa da Vó Benedita

“A vinda do Bom Prato para Zona Noroeste é muito valiosa para a população de baixa renda, sem falar na importância do valor nutritivo que é preparado com amor e carinho.”

Claudia dos Santos Fer-nandes, Santa Maria, agente comunitária de saúde

“Por ser uma região de menor poder aquisitivo, a implantação do Bom Prato irá possibilitar uma melhor qualidade de vida, aliviando a sobrecarga de pais de família que ganham salário mínimo”.

Márcia de Oliveira Losija, Areia Branca, administra-dora

“O Bom Prato já deveria ter acontecido, pois atendera muitas pessoas necessita-das na Zona Noroeste. Fico muito feliz por ser o Paulo Alexandre Barbosa que esta tendo esta iniciativa tão maravilhosa”.

Elenilda Davino de Jesus, Bom Retiro, responsável pela Creche da Tia Nilda

“O Restaurante Bom Prato será muito bem vindo à Zona Noroeste, pois temos aqui muitas pessoas carentes que irão se bene-ficiar deste alimento, sau-dável e balanceado que é privilégio para poucos”.

Triciana da Silva Freitas, Bom Retiro, administradora e comerciante da Zona Noroeste

Com a palavra:

Qualidade dos pratos é garantida por nutricionistas

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6. Variedades Santos, 27 de agosto de 2011

‘Momento do Autor’Escritores da região já po-dem se inscrever no projeto ‘Momento do Autor’, cujo objetivo é motivar a produção literária. Desta vez o forma-to escolhido é o conto. Os interessados têm até 16 de setembro para se inscrever.A obra deve ser entregue pelo autor na Hemeroteca Muni-cipal ‘Roldão Mendes Rosa’ (térreo do Centro de Cultura Patrícia Galvão – Av. Pinheiro Machado, 48, Vila Mathias), com currículo resumido, das 9h às 13h e das 14h às 18h. Informações: 3226-8021.

CaricaturaQuem gosta de desenho a opção é ‘Arte em Caricaturas’, do artista Aikau Oliva (na foto), que fica em exposição

até 9 de setembro, na Gibi-teca Marcel Rodrigues Paes (Posto 5 – praia do Boquei-rão). A visitação pode ser feita de segunda a sábado, das 9h às 19h, e aos domingos, das 9h às 14h, com ingresso livre. Informações: 3288-1300.

Stand up comedy O humorista Edson Junior se apresenta toda quinta--feira, a partir das 20h30, no palco do Metrópole Res-taurante e Café, no Centro Histórico de Santos. Edson Junior é o atual cam-peão de Stand Up Comedy, vencedor do 1º Risadaria, concurso promovido no início deste ano com humoristas de todo o Brasil.Praça da República, 50 – Centro de Santos.

10Km da ZNO Nem a forte chuva e a tempe-ratura de 12º na largada da quarta etapa do Campeonato Santista de Pedestrianismo espantaram os participantes da prova de 10 Km, comemo-rativa ao 35º aniversário da Zona Noroeste.A corrida realizada no dia 21, contou com 1.530 atletas e teve a dobradinha da equipe Memorial/Prefeitura de Santos nos primeiros lugares das ca-tegorias masculina e feminina, respectivamente, com Elias Rodrigues Bastos e Rosineide Flor da Silva.

Inscrições I O Centro Recreativo “Ma-noel Nascimento Jr” oferece modalidades esportivas de Basquete, Capoeira, Futebol de Campo, Futsal, Ginástica Localizada e Step, Handebol, Hidroginástica, Judô, Lam-baeróbica, Natação, Pólo Aquático, Voleibol, Recreação Aquática, Dança de Salão e Alongamento. Documentos necessários para inscrição:

cópia do RG

ou Certidão de Nascimento, comprovante de residência e duas fotos 2 x 2. Informações: Rua João Fracarolli, s/nº, Bom Retiro, telefone 3203-3802.

Inscrições IIVagas abertas para atividades esportivas no Centro Comuni-tário “Antônio Feliciano” (Dale Coutinho). As modalidades dis-poníveis são Karatê, Ginástica, Judô, Musculação, Hidroginás-tica, Patinação, Tai chi chuan, Boxe, Natação, Caminhada, Dança de Salão, Alongamento, Futsal, Vôlei e Futebol Society. Documentos necessários para inscrição: cópia do RG ou Cer-tidão de Nascimento, Atestado de Aptidão Física, comprovante de residência e duas fotos 2 x 2. Informações: Rua Fausto Felício Brusarosco, s/nº, Caste-lo, telefone 3203-4448.

Agenda Cultural

Agenda esportiva

Mentirinhas.com.br

PALAVRAS CRUZADAS DIRETAS

Solução

www.coquetel.com.br © Revistas COQUETEL 2011

BANCO 42

"Rotação",em rpm(Fís.)

Ótimaocasião

para voar(pop.)

GracilianoRamos,autor de"Caetés"

Que estáentre os14 e 16

anosSebas-tião (?),fotógrafobrasileiro

Triste,em inglês

Posiçãode cadaator em

cena

Programade entrete-nimento

diário (TV)

"Querer(?) poder"

(dito)

AlainDelon,ator

francês

Labora-tório

(abrev.)

Adminis-trada (pe-lo chefe)

Mim, eminglês

Formatodo palitode fósforo

Osso dobraço

Dez, eminglês

O menorcaminho

entre doispontos

Saído do (?):recém-

produzido

Decifra(o texto)

Tecidoque cobreo curativo

O 1o daSantíssi-ma Trinda-de (Rel.)

Antonio Banderas,

atorespanhol

(?) Salva-dor, país

da Améri-ca Central

Sucessode Chitão-

zinho &Xororó

500, emromanos

Objetivoda vida,para o

hedonista

A mãe docônjuge

Papa queexerceu o pontifica-do duran-te a Se-gundaGuerraMundial

Cerca de plantasÉ admirada em todo

o mundo por suagraça e beleza

(?) de crises: visa re-duzir perdas em mo-mentos críticos, co-

mo desastres

Peça que conecta oveículo ao reboque

Índice de Preços aoConsumidor (sigla)

Mulherque vota

Barulho

Acolher(vítimas)

Semefeito

Extrema-mente

inclinados

Conse-quênciada falta

do adver-sário aum jogo

Instânciamáxima

da JustiçaEleitoral(?) da

amargura:intensaaflição

A esmo;ao léu

Planetarelacio-nado aoadjetivo

"telúrico"

VSTINGREMESCTEPUBERE

SOGRALEUUARRETHSAD

INOVELAEMARCARLAB

PIABRIGARCOMANDADAIOREMUSDG

WELEITORAFORNOLEED

UTENGATEPIOXIIAIADPRAZER

FIODECABELO

2/me. 3/sad — ten. 4/nulo. 5/forno — marca. 6/prazer. 7/salgado. 12/vitória por w.o.

Por Fábio Coala

PMS

Divulgação

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Comunidade .7 Santos, 27 de agosto de 2011

Avenida Nossa Senhora de Fátima terá ciclovia

A Prefeitura vai implan-tar uma ciclovia na Avenida Nossa Senhora de Fátima. O projeto deve ser licitado ainda este ano e terá início imediato, de acordo com o prefeito João Paulo Tavares Papa. A via é uma das cam-peãs em atropelamentos na cidade. Os ciclistas são as principais vítimas.

A ciclovia deverá ocupar toda a extensão do canteiro central da Nossa Senhora de Fátima, no trecho entre a Avenida Martins Fontes e a divisa com São Vicente. A estimativa é que obra custe R$ 3,5 milhões. O dinheiro para a execução será do Go-verno do Estado, repassa-do pelo Fundo Estadual de Apoio às Estâncias – Dade.

Além da interligação com a ciclovia já existente na Martins Fontes, a Nossa Se-nhora de Fátima vai ganhar melhorias, como repavimen-tação, drenagem e nova si-nalização viária. Quando as

obras estiverem concluídas, o ciclista poderá circular pela via com maior segurança.

O projeto deverá seguir o modelo adotado nas ciclo-vias das avenidas Francisco Glicério e Afonso Pena. “Ha-verá um pequeno desloca-mento do canteiro central da avenida para a pista sentido São Vicente/ Santos e o en-curtamento da calcada deste mesmo sentido. Mas as duas pistas continuarão com três faixas de rolamento em am-bos os sentidos”, explicou o prefeito.

Papa também confirmou a reconstrução da ponte de acesso à Rua Júlia Ferrei-ra de Carvalho, a partir da Nossa Senhora de Fátima. Ela passará dos atuais 6 me-tros para 15 metros. O local á apontado como o principal gargalo da Nossa Senhora de Fátima, pois a ponte ser-ve de acesso às inúmeras empresas e contêineres ins-taladas no local.

Pedalar pela avenida é uma rotina de muitos moradores da região

Ciclistas correm riscos no trânsito

Andar de bicicleta pela Avenida Nossa Senho-ra de Fátima exige muito mais que atenção. Quem se aventura pedalar no trânsito sabe que os ris-cos de perder a vida são enormes. Só nos primeiros seis meses deste ano, dois ciclistas morreram em aci-dentes na via.

“Hoje agradeço a Deus por não ter sofrido nenhum acidente”, conta José Lo-pes da Silva Neto, morador

do Bairro Santa Maria e que costuma transitar de bici-cleta pela Nossa Senhora de Fátima. Diariamente, milhares de moradores da Zona Noroeste, morros e de São Vicente utilizam a via para ir trabalhar de bike.

Na Zona Noroeste, a única ciclovia existente é a da Avenida Martins Fontes, na entrada da cidade. An-tes de acessá-la, o ciclista passa um sufoco em razão da proximidade de ônibus e caminhões. Para fugir do aperto, muitos preferem cir-cular pelas calçadas, o que acaba comprometendo a segurança dos pedestres. A instalação de radares para controlar a velocidade de veículos é outro pedido dos moradores.

Bicicletas disputam espaço na pista com veículos

“A ciclovia na Nossa Senhora de Fátima já deveria existir há muito tempo, pois assim diminuiria acidentes com ciclistas que an-dam no meio de carros, ônibus, caminhões. Aqui é um trans-torno. Quando chove fica ainda pior, alaga tudo. Os carros não respeitam os ciclistas”

José Lopes da Silva Neto, Santa Maria, estivador aposentado

“A ciclovia na Nossa Senhora de Fátima faz muita falta porque vou aos mercados fazer compras para meu car-rinho de lanche e uso minha bicicleta cargueira para isso. Tenho que correr risco no transito. Esperamos que essa ciclovia tenha ligação com os bairros da Zona Noroeste.”

Edivaldo Neves, Santa Maria, autônomo

Com a palavra:

Foto: Arquivo DL

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8. História Santos, 27 de agosto de 2011

Tudo começou no mangue Reprodução da foto de Evaristo Pereira de Carvalho do jornal A Tribuna, 20/01/1966

Reprodução

Zona Noroeste

História da minha rua

Bois eram laçados nas ruas

Rua Sizino Patusca, Santa Maria

O povoamento da região se intensificou na década de 50, quando muitos nor-destinos vieram trabalhar no pólo industrial de Cuba-tão, que estava se formando com a construção da Cosi-pa (atual Usiminas). Muitos trabalhadores portuá-rios adquiriam lotes da Imobiliária Bom Retiro no final dos anos 60.

Quem tem mais de 40 anos ainda se lem-bra do Matadouro Muni-cipal, que até a década de 80 era a principal re-

Homenagem ao 1º pre-sidente do Santos FC, fundado em 14 de abril de 1912. Sizino não só presi-diu o clube como também gerou dois craques para história no Peixe. Os filhos Ary Patusca, bicampeão paulista pelo Santos em 1913/1915, e Araken Pa-tusca, atacante santista de

ferência do lugar. Ao redor do prédio onde hoje funciona o Sesi, os bois dominavam.

O gado chegava ao ma-tadouro de trem, em vagões da São Paulo Railway (SPR), que mais tarde foi incorpora-da à Rede Ferroviária Fede-ral. Por um desvio na atual Rua Bóris Kauffmann, no Saboó, onde havia um entre-posto, os bois seguiam para o local de abate, posterior-mente arrendado pela Prefei-

tura na década de 60.Durante o transporte, feito

por ruas e avenidas, alguns animais desgarravam da ma-nada, indo se abrigar em resi-dências. De laços em mãos, como cowboys americanos, os funcionários disparavam a cavalo para laçar os bois fujões. O trânsito também se complicava quando um dos animais se desembestava no meio dos carros.

Por ironia do destino, a primeira grande obra na Zona Noroeste “be-neficiou” apenas os que já não eram mais mora-dores. Foi o Cemitério da Areia Branca, inau-gurado em 1953, pelo então prefeito Antônio Ezequiel Feliciano.

Patusca denomina uma das ruas do Bairro Santa Maria

Região se desenvolveu com a chegada de muitos nordestinos que construíram suas casas em área de manguezal

“A Zona Noroeste faz parte da minha infância. Gosto muito da região, onde vivo intensamente momentos de alegria com as pessoas daqui, pois também faço parte deste grupo. Vamos continuar valorizando-a com determinação e muito amor”.

Eralda Neres da Silva, Areia Branca, professora

“Sou morador da Zona Noroeste desde 1962. Pra mim, não tem lugar melhor em que passei a minha infância, juventude e agora na minha melhor idade. Constitui aqui minha família. Temos tudo: hospital, comércio e até bailes”.

João Carlos dos Santos, Rádio Clube, militar reformado

Eu amo a ZN

Quem olha a Zona Noro-este ganhando prédios com mais de 10 andares nem ima-gina que a região já foi um dia um imenso manguezal. Não havia água tratada, nem luz. Os primeiros moradores po-dem ser chamados de “des-bravadores”. Eles construíram pequenos chalés em áreas aterradas onde passavam ria-chos com fartura de peixes.

A paisagem era bem dife-rente da atual. Nas extensas faixas de mangue, alagadiços

e terras arenosas, os bana-nais dominavam, espalhan-do-se em uma exuberante vegetação tropical. Os mais antigos juram de pés juntos que era possível encontrar animais silvestres, como ra-posas e gambás. Até jacarés e onças apareciam pelas ban-das da Zona Noroeste, que oficialmente só recebeu essa denominação em 1976.

É claro que há muitos exageros, mas quem está na região há mais de 50 anos

sabe o quanto foi difícil iniciar a vida em um lugar sem qual-quer infraestrutura. Só na década de 20, com a implan-tação da linha de bondes da Companhia City, surgiram os primeiros sinais de progres-so. Os burros puxavam os carros do bonde. Mais tarde, os animais foram “aposenta-dos” com a introdução do sis-tema elétrico.

A área que estava co-meçando a ser loteada era conhecida como “atrás dos

morros”, em referência aos morros que cercam a região. Para chegar por essas terras, o bonde saía do Largo do Ro-sário (atual Praça Rui Barbo-sa) até o Matadouro Municipal (atual Centro Educacional e Esportivo do Sesi, na Avenida Nossa Senhora de Fátima).

A linha passava pelo Bair-ro Chinês (atual Valongo, na Avenida São Leopoldo) e Sa-boó (Cemitério da Filosofia), sempre contornando os mor-ros. Só mais tarde, os trilhos da chamada “Linha 1” chega-ram a São Vicente, pela Ave-nida Antônio Emerich.

Como os trilhos se limita-vam às avenidas principais, o acesso aos atuais bairros

Santa Maria, Bom Retiro, Rá-dio Clube, entre outros, tinha que ser feito a pé. Em dias de fortes chuvas, o barco era o meio de transporte mais apropriado.

1915-1923, fazendo parte do primeiro grande time antes da era Pelé. Prédio do antigo Matadouro Municipal

Reprodução

Avenida Nossa Senhora de Fátima recebeu drenagem e pavimentação em 1966, quando foi alargada pela Prefeitura

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