jornal boca do inferno edição 28

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  • Ana Taguchi advogada licenciada, especialista em Direito Constitucional, estagiria de ps-graduao no Ministrio Pblico do Estado do Paran e desenhista de final de semana

  • ...] A GENTE TEM A PERSPECTIVA DE [TAMBM SER UM DIFUSOR DA CULTURA DO NOSSO PAS L FORA [...]

  • CAL

    Algumas palavras sobre o

    conselho de representantes discentes

    Acredito que a maior parte das pessoas saiba que a funo de um centro acadmico vai muito a lm de simplesmente fazer festas ou recepcionar calouros no comeo do ano. O que muitos ignoram que centro acadmico corresponde, por definio, totalidade dos estudantes do curso, embora, para fins prticos, um grupo menor se coloque na gesto central, dando a cara a tapa, para representar o todo exatamente como numa metonmia. Da que aquela separao que eu sentia quando era calouro o CAL e os demais alunos no fazia qualquer sentido lgico. Todos ns fazemos parte do CAL, e justamente por isso existe a necessidade de que ele seja encarado com seriedade afinal, ningum vai passar pela faculdade sem se inteirar de pelo menos alguma coisa relacionada ao centro acadmico, ainda que indiretamente. Alm da direo geral (a gesto em atuao), o estatuto do CAL prev tambm outro tipo de representao discente o ponto aonde quero chegar, afinal de contas, dela que eu fao parte. O CRHE Conselho de Representantes de Habilitaes e nfases do Curso de Letras funciona mais ou menos como os antigos representantes de turma (nome, inclusive, que vigorava no e s t a t u t o a n t e r i o r , m u d a d o recentemente). Como ns sabemos, o conceito de turma no se aplica no curso de Letras como nos demais cursos de graduao: ns temos, sim, as divises por habilitaes, lnguas e as nfases de bacharelado (estudos lingusticos, literrios e da traduo). Logo, a funo do CRHE representar essa galera toda. Mas representar onde? Basicamente, o nosso trabalho (se que se pode dizer assim) frequentar as reunies do Delin, do Delem e do Colegiado, sendo a voz dos alunos com relao a assuntos que tangem seus interesses como um todo. E foi isso que fizemos. Acompanha-

    mos diversas reunies departamentais, nas quais ns no s demos palpites, mas tambm pudemos acompanhar como o funcionamento dos departamentos acaba por afetar a nossa vida diria dentro da universidade. Os vinte e dois membros do Conselho acabaram por se organizar de maneira independente, de modo que tambm t ivemos a oportunidade de nos inteirar de alguns problemas e refletir sobre eles (no apenas sobre posicionamentos polticos dentro da universidade, mas dando apoio a professores to queridos dentro da graduao ou refletindo sobre o funcionamento do curso). Vale citar a problematizao em torno da disciplina de Iniciao Pesquisa Cientfica, que tanto que ns discutimos (chegamos a brincar que o IPC era nossa pauta fixa), acabamos por sugerir uma reformulao da mesma. Alis, o CRHE funcionou muito bem no ano que se passou: conseguimos nos organizar sem muitas brigas internas, e as reunies funcionaram de maneira realmente produtiva. A discusso sobre a IPC, levada s reunies departamentais aps Assembleia Geral dos Estudantes de Letras, acabou no s acatada pelos professores como, j na oferta seguinte, a famigerada disciplina passou a ser ofertada de maneira diferente, conforme pedido dos alunos. O mais legal dessa histria toda que, assim como eu, todos os membros do conselho j haviam cursado a referida disciplina, o que mostra de maneira clara que, na verdade, o que ns estvamos e estamos fazendo lutar pelo bem geral do nosso curso, acreditando que as futuras geraes possam ter acesso a coisas que ns no tivemos. Talvez eu esteja exagerando nessa minha viso altrusta, mas acho tudo isso legal pra caramba. Por fim, alm de uma certa sensao de dever cumprido j que, no que tange a representao discente, acho que

    conseguimos acertar mais do que errar fica a vontade de fazer ainda mais frente a tudo isso. A atual gesto do CRHE acaba em outubro, mas uma nova gesto estar firme e forte continuando o nosso trabalho. Gostaria de mandar um abrao especial a alguns amigos que estiveram em todas as reunies e que foram responsveis pelo funcionamento de tudo. So eles: Priscila Sima Martins (que eu inclusive acordei numa certa madrugada por conta da necessidade de marcar uma reunio do conselho), Isis Knoblauch e Raphal Ghnnter. Tambm mando um abrao a todos os demais membros do conselho e a todos os membros da gesto do centro acadmico Vem ni mim, Bakhtin! E que venha o novo ano, e os novos desafios. We can work it out.

    Aion Roloff

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    Aion Roloff veterano do terceiro ano do Curso de Letras ele mantm um blog onde compartilha algumas de suas criaes: eantesqueeu.blogspot.com, ele tambm tem outro blog criado com vrios amigos do curso de letras: coleradocao.blogspot.com.

    Textculos

    CHARME ATRAVESSADO

    Fbio Dantas Amaral Lisba da Silva

    Fbio Dantas Amaral Lisba da Silva, So Jos (SC), 3 de outubro de 1990. Escreve mais do que l. Gosta de se pensar poeta, pois considera montono ser apenas estudante. Encontre-o em [email protected]

    Se voc olhar pro lado, vai ver que eu estou te olhando tambm de lado, pra esconder essa cara de tonto que voc causa em mim. Se voc olhar pro lado, eu vou ficar avermelhado, meio roxo... Se voc olhar pro lado, v se ignora minha falta de jeito, minha cor que no cor direito e o suor que me acomete quando voc flagra meu flerte de filme com defeito...

    J que estou te alertando sobre meu charme atravessado, bom que voc saiba que eu no sou nenhum tarado de botequim. Sou s um cara que flerta errado. Se eu soubesse fazer isso certo, eu no seria eu, eu seria Banderas ou James Dean!

    No me condena, deixa eu te olhar pra virar poema. Quando souber disso, entra no clima, olha pra mim e seja a musa da cena. Talvez assim, voc possa se apaixonar por meu charme atravessado, logo antes do fim, pra fechar esse dilema!

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