jornal blitz - abril/2014 - 13ª edição

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LONDRINA - ABRIL/2014 - 13 EDIÇÃO O ator Eriberto Leão es- teve em Londrina, no evento Catuaí Trends, para prestigiar os lançamentos da coleção de outono-inverno Como a tecnologia interfere na sua vida? Entenda como os avanços da era digital podem influenciar no nosso coti- diano, desde o trabalho até o lazer pág 06 e 07 BEM-ESTAR Você sabe quantos co- pos de água, por dia, são necessários para manter o organismo em perfeito funciona- mento? E ingerir lí- quidos durante as refeições, realmente faz mal à saúde? Descubra pág 10 ESPORTE Além de servirem como válvula de escape do es- tresse, auxiliando na me- lhora da qualidade de vida, esportes de aventura exploram as belezas e de- safios da natureza pág 15 BUSINESS Que tal fazer a sua pri- meira aplicação finan- ceira? Conheça algu- mas dicas importantes para investir com mais segurança. pág 16 CAIU NA BLITZ pág 19 CULTURA ª

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Page 1: Jornal Blitz - Abril/2014 - 13ª Edição

LONDRINA - ABRIL/2014 - 13 EDIÇÃO

O ator Eriberto Leão es-teve em Londrina, no evento Catuaí Trends, para prestigiar os lançamentos da coleção de outono-inverno

Como a tecnologia interfere na sua vida?Entenda como os avanços da era digital podem infl uenciar no nosso coti-diano, desde o trabalho até o lazer pág 06 e 07

BEM-ESTARVocê sabe quantos co-pos de água, por dia, são necessários para manter o organismo em

perfeito funciona-mento? E ingerir lí-

quidos durante as refeições, realmente faz

mal à saúde? Descubra pág 10

ESPORTEAlém de servirem como válvula de escape do es-tresse, auxiliando na me-lhora da qualidade de vida, esportes de aventura exploram as belezas e de-safi os da natureza pág 15

BUSINESSQue tal fazer a sua pri-meira aplicação fi nan-ceira? Conheça algu-mas dicas importantes para investir com mais segurança. pág 16

CAIU NA BLITZ

pág 19

CULTURA

perfeito funciona-mento? E ingerir lí-

quidos durante as refeições, realmente faz

mal à saúde? Descubra

ª

Page 2: Jornal Blitz - Abril/2014 - 13ª Edição

Bem-EstarBeber águe ajuda a manter a saúde..................................... pág 10

Ensino a Distância quebra barreiras na educação.............. pág 11

Explore as opções de entretenimento em Londrina............ pág 12

Gastronomia brasileira é no Menina Bar................................ pág 13

CulturaChinelos que ditam moda.........................................................pág 04

Teatro: ferramenta para a educação.....................................pág 05

Como a tecnologia interfere na sua vida?....................pág 06 e 07

Ter um hobby ajuda a acabar com o estresse......................pág 08

Os brutos do sertanejo brasileiro...............................................pág 09

EsporteSlackline conquista novos adeptos no Brasil.....................pág 14

Um mergulho no universo das energias e emoções........pág 15

Em busca de nós mesmos

Abril é um dos meses-chave do ano, pois é o período carac-terizado por um calorzinho ainda remanescente do verão, e o iní-cio da estação que evidencia as particularidades de uma certa melancolia produzida pelo tom gris das manhãs já frias e dos fi ns de tarde, quando buscamos aquele restinho de sol, que, já oblíquo, se afasta, parece que mais lentamente, e nos aparta de seu conforto.

O outono nos convida ao re-colhimento, à convergência com os amigos mais íntimos, ao romance com o ser amado e amante. É uma época propí-cia às viagens às regiões mais frias, onde encontramos lareiras aquecidas e pratos fumegantes para o deleite de nossas sensa-ções e regozijo de nosso espírito.

Nossa casa é nosso refúgio, não no sentido de fuga a um pe-rigo, mas no de amparo. É onde nos sentimos confortáveis e sen-síveis às boas emanações dos re-lacionamentos amistosos e amo-rosos. Nada substitui o prazer de lá fi car nesse friozinho acolhedor outonal. É a época de sentir o carinho do lar. É a época de hu-manizar mais o domicílio familiar, de estreitar mais os laços que nos unem às pessoas com quem con-vivemos mais fraternalmente.

É o momento propício para convivermos mais com nós mes-mos, para refl etirmos sobre a vida e a nossa própria evolução, para buscar dentro de nós mesmos o que a maioria procura nas ruas: a felicidade.

Diretor de Comunicação: Fábio Moraes

Diretor de Arte: Tiago Bana

Diretor Comercial: Jonattan Belluzzi

Diretor-Geral e Revisão: Dílson Catarino

Jornalista: Mariana Diorio

Designer: Henrique Murate

Colaboradores: Daniel Belquer e Luan Beluco

BusinessOnde devo investir o meu dinheiro?..................................... pág 16

Da farmácia de bairro à Rede Vale Verde......................... pág 17

Caiu na BlitzChurrasco de Marketing........................................................ pág 18

Catuaí Trends........................................................................... pág 19

Circuito Internacional de Blues.............................................. pág 19

Editorial Índice

Expediente

Quadrinhos

Blitz On-line

CONTATO:Rua Dep. Nilson Ribas, 40 sala 5 - Jd. dos Bancários - CEP [email protected] Tiragem: 8.000 exemplaresDistribuição gratuita em Londrina

ANUNCIE CONOSCO: (43) 3361-7000 e (43) 3361-6000

Confi ra os melhores ‘takes’ do Catuaí Trends

Saiu na foto? Veja todos os fl ashes do

Sertanejo acústico. Davi e Fernando criam versão exclusiva

Saiu na foto? Veja todos os fl ashes do

Page 3: Jornal Blitz - Abril/2014 - 13ª Edição

Gostei de ver a equipe do Jornal Blitz em ação durante o Churrasco de Marke-ting. Já participei de diversas festas universitárias, mas nunca tinha visto ações

diferentes e interativas como as que foram realizadas. Fiquei surpresa com a atenção que o Jornal Blitz teve com o público, distribuindo brindes, entretendo a galera e dando a oportunidade a todos para se cadastrarem e receberem o jornal, gratuitamente, em casa. Realmente, estão de parabéns! Não vejo a hora a ter em mãos essa edição, que com certeza será um sucesso. Abraços a todos da equipe Blitz.

Jaqueline Gutierrez, estudante de psicologia

Carta do Leitor

Perfil - Fernando Brevilheri

1- O seu primeiro trabalho foi vender pão caseiro na rua. Que aprendizado essa experiência trouxe para sua vida?

Minha família era pobre, mas essa ini-ciativa de trabalhar com 12 anos de ida-de foi só minha. Eu pegava a cesta de pães e ia de porta em porta vender. Es-tudava de manhã e trabalhava à tarde. Com o meu primeiro salário, comprei um par de tênis. Essa experiência foi funda-mental para eu conhecer e entender o valor das coisas.

2- Como foi o seu ingresso no rádio?Quando eu fi z 16 anos, queria arrumar

outro emprego. Meu pai me ajudou e, assim, consegui o trabalho de sonoplas-ta na rádio do meu tio em Cornélio Pro-cópio. Foi nesse momento que eu colo-quei o pé na comunicação. Aos poucos, aprendi a fazer locução, programas de rádio e comecei a me interessar pelo jor-nalismo.

3- Por que o jornalismo o atraiu?Diria que foi a união do útil ao agra-

dável. Como eu já estava trabalhando com rádio e gostando da comunicação, o curso veio numa boa hora. Mudei para Londrina em 1990 e, durante o curso na UEL, arrumei o emprego na rádio Paique-rê AM. Ao todo, foram 18 anos de rádio.

4- Como foi a transição do rádio para a TV?

Eu tive facilidade para me adaptar à televisão por causa do rádio. O jornalis-mo é um só na verdade, o que muda é a forma de passar a informação em cada meio de comunicação. Se o profi ssional é um bom repórter de rádio, será um bom repórter de televisão.

5- Como é a responsabilidade de de-cidir o que vai virar notícia?

É um desafi o com o qual a gente tem de lidar a todo o momento. Então, para tomar uma decisão, eu levo em conside-ração o impacto da matéria, o interesse do público no assunto, o ineditismo do fato e também a concorrência.

6- No Jornal Tarobá, a sua atuação é a de comentarista. Como é desempenhar essa função?

É uma responsabilidade muito gran-de. Eu vejo que o comentário deve sem-pre somar, enriquecer a informação. A intenção é despertar no telespectador uma refl exão para o assunto aborda-do. O interessante também é que muita gente se identifi ca com a opinião emi-tida pelo apresentador. O que eu mais escuto das pessoas na rua é ‘você falou o que eu queria falar’. Isso é muito ba-cana.

7- Na teoria jornalística, a imparciali-dade é muito frisada. Como é trabalhar isso na prática?

Acredito que não existe veículo de comunicação que seja 100% imparcial, porque são empresas. Mas, ao realizar uma matéria, procuramos não tomar partido e sempre ouvir os dois lados.

8- O que você gosta de fazer fora do ambiente de trabalho? Você tem algum hobby?

Sim, eu gosto muito de jogar futebol com os amigos no fi nal de semana e participar de campeonatos em clubes. Para relaxar, eu gosto muito de nadar, andar de bicicleta, ir ao cinema e tam-bém reunir os amigos em churrascos.

Envie sua conrrespondência para [email protected]

Blitz Gramatical

Um outdoor propaga-va a avaliação de um político londrinense, di-zendo ser ele o mais bem avaliado por uma comis-

são. O adequado não se-ria melhor avaliado?

A gramática padrão diz que, quando o vocá-bulo bem partici-par de expressão comparativa de

superioridade com particípio de verbo – for-ma verbal terminada em -ado ou -ido –, não se poderá usar a forma sintética melhor, e sim a analítica mais bem. O mesmo ocorre com mal: mais mal no lugar de pior. São adequa-das, portanto, as seguintes frases: Sua teoria foi mais bem apresentada que a do seu con-corrente; esse professor está mais mal pre-parado que seus colegas. O mesmo ocorre quando houver a expressão superlativa de superioridade o(s) mais ou a(s) mais ou de in-ferioridade o(s) menos ou a(s) menos, como em A explicação dele foi a mais bem dada.

Particípio é uma forma nominal de verbo muitas vezes com características de adjeti-vo. Com os verbos ser e estar forma locução verbal indicadora de sujeito paciente, ou seja, sujeito que sofre a ação verbal, como em O político foi avaliado pela comissão; O criminoso está cercado pelos policiais. Com os verbos ter e haver, forma locução indica-dora de tempo verbal composto, como em A comissão tem avaliado os políticos; Eles haviam assinado o documento.

Alguns verbos, denominados de abundan-tes, possuem dois particípios: o regular, termi-nado em -ado ou -ido, que forma locução com ter ou haver, e o irregular, com outra terminação, que não -ado, -ido, que forma locução com ser ou estar, mesmo havendo ter ou haver junto. Veja alguns exemplos: En-tregar: Eles têm entregado as encomendas em dia; As encomendas são entregues em dia; As encomendas têm sido entregues em dia. Eleger: Temos elegido muitos corruptos; Muitos corruptos são eleitos; Muitos corruptos têm sido eleitos. Pegar: A polícia havia pega-do vários bandidos; Vários bandidos foram pegos; Vários bandidos haviam sido pegos.

Os advérbios bem e mal se ligam ao par-ticípio irregular dos verbos abundantes; mais bem e mais mal também: Essas cópias foram mais bem impressas que as anteriores; Mi-nhas sugestões foram as mais mal aceitas.

Dílson Catarino

va a avaliação de um político londrinense, di-zendo ser ele o mais bem

são. O adequado não se-ria melhor avaliado

O POLÍTICO MAIS BEM AVALIADO

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Cultura04

Foi-se a época em que os chinelos

de borracha eram usa-dos somente dentro de casa. Hoje, é comum encontrar pessoas usando esse calçado em shoppings, bares e universidades. Mas, nem sempre foi assim. Antigamente, o uso do chinelo em público podia gerar uma cono-tação social negativa. “Causava a impressão de desleixo e ócio em tempos de calor”, afi r-mou a professora do departamento de De-sign da Universidade Estadual de Londrina (UEL), Cleuza Bitten-court Ribas Fornasier.

Hoje, com tantas opções de modelos, é possível abusar das possibili-dades na elabora-ção de l o o k s . “ N ã o existe n e -nhu-

ma regra para a com-binação de roupas com as sandálias de borracha. Quem usa esse calçado para sair, já tem o seu estilo”, afi r-mou a professora.

A jornalista Francine Paladino é apaixonada pelas sandálias de bor-racha. Já com uma co-leção de 30 pares, ela garantiu que continua sempre ligada aos lan-çamentos. “Uso diaria-mente, para ir à acade-mia, sair com as amigas e frequentar shoppings. Eu acho que combina com qualquer tipo de roupa”, opinou.

Quan-do se fala d e s s e tipo de

calça-do no Brasil, as Havaianas logo vêm à mente. Destaque no seg-mento, a marca possui 362 lojas em todo o país e 81 lojas no mundo. Em

2 0 1 2 , 2 3 0 m i -lhões d e p a -

res foram v e n d i d o s no Brasil e em outros 106 países. Q u a n d o a Alpar-

gatas criou as Havaianas, em 1962, a intenção foi e l a b o r a r

Chinelos que ditam modaum calçado acessível a qualquer brasileiro. A palmilha granulada das sandálias, seme-lhante a grãos de arroz, teve como inspiração uma tradicional sandá-lia japonesa, chamada Zori, feita com tiras de pano e palha de arroz trançada.

Nos anos 80, as Ha-vaianas brancas com tiras azuis marcaram época. Para lançar moda e dar um diferen-cial ao calçado, algu-mas pessoas viravam a sola das Havaianas, tornando-as monocro-máticas. Na década

de 90, o d e s t a -que fi cou com os modelos que tra-ziam uma pequena

bandeira do Brasil nas tiras, em homenagem à Copa do Mundo de Futebol, realizada em 1998.

Atualmente, a linha Havaianas Flat é o des-taque da marca. Com tiras mais curtas e um solado mais fi no e de-licado, semelhante às rasteirinhas femininas. Os exemplares trazem um mix de estampas e cores vibrantes, que ajudam a montar um look contemporâneo e descontraído.

Marusa Gonçalves é gerente de duas fran-quias das Havaianas em Londrina. Segundo ela, o que mais tem agradado aos londri-

As Havaianas possuem mais de 450 tipos de modelos disponíveis

Calçado conquistou as ruas e virou acessório curinga na elaboração de looks descolados

nenses são as sandálias de cores fortes, com estampas fl orais, e tam-bém as que brilham no escuro. “Nos últimos anos, a procura por esse calçado se intensi-fi cou. Hoje, as sandálias de borracha têm sido muito procuradas para presentes”, contou.

Para quem gosta de incrementar o look, a

customização é uma boa pedida. Nas fran-quias credenciadas, é possível aplicar pin-gentes metálicos nas sandálias. “Para quem deseja algo mais sofi s-ticado, há o modelo revestido com cristais swarovski. Custa cerca de R$ 250 e tem sido bastante procurado por noivas”, citou a ge-rente.

é possível abusar das possibili-dades na elabora-ção de l o o k s . “ N ã o existe n e -nhu-

tipo de calça-do no Brasil, as Havaianas logo vêm à mente. Destaque no seg-mento, a marca possui 362 lojas em todo o país e 81 lojas no mundo. Em

2 0 1 2 , 2 3 0 m i -lhões d e p a -

res foram v e n d i d o s no Brasil e em outros 106 países. Q u a n d o a Alpar-

gatas criou as Havaianas, em 1962, a intenção foi e l a b o r a r

“Gosto dos modelos coloridos,

com tons vibrantes”, contou Francine Paladino

94% dos brasileiros têm ou já tiveram Havaianas.

Nos anos 80, o governo federal considerou as Ha-vaianas como um dos itens da cesta básica.

Na fábrica de Campina Grande, são fabricados 9 pares de Havaianas por se-gundo.

Se um consumidor quiser comprar todas as combina-ções de modelos, estampas e cores de Havaianas, com-praria 454 sandálias.

Curiosidades

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64 janelas tremem furiosamente en-quanto o trem passa chacoalhando todo o ambiente, mas não há o trem, só seu som e o tremor real que emanam dele;

um exímio pianista cria ao vivo uma nova música para cenas do fi lme “2001 - Uma Odisseia no Espaço”;

um homem todo envolvido num traje antirrradiação faz música com um

Contador Geiger, aparelho utilizado para medir níveis de radiação;

imagens abstratas projetadas no espaço criam belas formas enquanto são alteradas pelos movimen-tos de quem presencia a obra;

um exímio violinista canta e toca enquanto ve-mos imagens ritualísticas e surreais projetadas na pare-de da sala.

As cenas descritas acima podem parecer saídas de um fi lme de Buñuel, cineasta espanhol, maior expoen-te do surrealismo no cinema, mas, acreditem, elas são reais. Todas elas aconteceram (e muitas outras acon-tecem) no HARVESTWORKS DIGITAL MEDIA ARTS CENTER (www.harvestworks.org), um centro de arte e tecnolo-gia sediado na Broadway.

Fundado em 1977, o HW é um caldeirão pulsante, onde se celebra a inquietude do espírito humano se-quioso por inovar, criar, experimentar…

Sem julgamentos de valor e extremamente antiburo-crático, esse lugar recebe há quase 40 anos artistas de todas as partes do mundo, que buscam um abrigo para nutrir suas ousadas criações.

Os diretores do Centro, a americana Carol Parkinson e o alemão Hans Tammen, recebem de braços abertos o público que se renova a cada semana para ver de perto as novidades que sempre acontecem lá.

Nesta coluna quis homenagear este polo de criação e experimentação, pois o Harvestworks é o responsável pela minha contratação em Nova Iorque, onde serei responsável pelo grupo artístico que leva o nome do Instituto: o HARVESTWORKS INTERNATIONAL ART COLLEC-TIVE.

A dica alternativa da vez fi ca por conta da van “Ca-lexico”, que fi ca estacionada a duas quadras do Har-vestworks e serve uma das melhores comidas mexicanas que pode se comer na Big Apple. Não se acanhe, mes-mo executivos que trabalham próximo ao local frequen-tam essa pequena maravilha da culinária mexicana. Na esquina da Wooster com a Prince Street, você pode en-contrar esses incríveis burritos!

Bom proveito e até mais.

Daniel Belquer

Cultura

“Teatro é a imi-tação da vida.

É uma reprodução da realidade com liberda-de expressiva”, defi niu o coordenador da Esco-la Municipal de Teatro (Funcart), Silvio Ribeiro. Segundo ele, para pra-ticar não é necessário palco, nem plateia. É possível interpretar uma peça dentro da escola, durante uma aula de matemática, química ou literatura, por exemplo.

A melhora do traba-lho em equipe, a perda da timidez e o aperfeiço-amento da dicção são algumas formas de con-tribuição do teatro. Para Ribeiro, outro benefício está na melhora do rela-cionamento interpesso-al. “O teatro é procurado até por adultos que pre-tendem melhorar suas habilidades para aplicar no trabalho”, relatou.

Na opinião do co-ordenador da Funcart, falta incentivo ao teatro como ferramenta de ensino nas escolas. “An-tigamente era mais co-mum observar iniciativas dessa natureza. Hoje, em Londrina, existem pou-

cas experiências, que têm apresentado resul-tados ótimos”, expôs.

O Colégio Estadu-al Newton Guimarães mantém ativo o proje-to de teatro amador há cinco anos. A idealizado-ra é a professora de por-tuguês e literatura, Reja-ne Morisca de Andrade Zambrim. Segundo ela, o projeto é realizado com os alunos do segundo ano do Ensino Médio e aborda obras da literatu-ra brasileira. “Ao interpre-tar as histórias, eles con-seguem ter maior noção do contexto histórico das obras e aprendem mais facilmente”, decla-rou Rejane.

O trabalho é dividi-

Teatro: ferramenta para a educação

do em equipes: fi gurino, interpretação, cenário, cartaz e adaptação. Dessa forma, cada alu-no contribui de acordo com o seu perfi l e habi-lidades. No fi nal do ano letivo, a turma apresen-ta o espetáculo no tea-tro Zaqueu de Melo.

A professora de fi loso-fi a do Colégio Estadual Newton Guimarães, Vi-viane Luiza dos Santos, também ministra ofi ci-nas do projeto. Segundo ela, após a inclusão do teatro, os alunos se de-monstraram mais à von-tade para tirar dúvidas. “A intenção não é que eles se tornem profi ssio-nais do teatro, e sim que aproveitem as habilida-des desenvolvidas com essa atividade”, disse.

O aluno Murilo Fon-seca de Almeida, de 16 anos, que já parti-cipou do projeto em 2013, encenou a obra ‘Os Deuses de Casaca’, de Machado de Assis. “Foi uma experiência bastante enriquecedo-ra. Com certeza, levarei esse aprendizado para a vida toda”, disse.

Escola pública apostou no método e comemora resultados

As professoras Rejane e Viviane desenvolvem o projeto de teatro amador no Colégio Estadual Newton Guimarães há cinco anos

New York Connection

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Cultura06

Atualmente, é co-mum encontrar

crianças com menos de cinco anos de idade que dominam disposi-tivos eletrônicos, como tablets e celulares. Os chamados ‘nativos di-gitais’ desenvolveram habilidades como essa, por conviverem num ambiente marcado pela popularização da internet e pelo cresci-mento acelerado de aparelhos high tech.

De acordo com o psicanalista Fábio Bri-nholli, o desenvolvimen-to tecnológico criou novos hábitos e formas de relacionamento na sociedade atual. “Hoje temos o conforto de pagar uma conta pelo celular e conversar

com uma pessoa que está longe, por meio de um chat em vídeo”, exemplificou.

O psicólogo também ressaltou a maior auto-nomia que as pessoas possuem atualmente para buscar e compar-tilhar informações an-tes restritas a poucas pessoas. “A tecnologia serve para nos ajudar em nossa relação com o mundo. As técnicas, os instrumentos e o co-nhecimento nos ofere-cem possibilidades de controle maior sobre a realidade”, afirmou Bri-nholli.

Contudo, o uso contínuo da internet, que, hoje, ultrapassa os computadores e se

Como a tecnologia interfere na sua vida?

estende aos apare-lhos de acesso móvel, também pode ter um efeito negativo, produ-zindo excesso de dis-tração e ocupando o tempo que antes era dedicado ao descan-so. “É importante man-ter o momento off-line, de quem espera, tole-ra, cria. Quando não há esses espaços, tan-to em crianças quanto em adultos, há conse-quências”, observou o psicólogo.

O especialista ainda alertou para os cuida-dos com a privacidade e a segurança nas re-des sociais. “Geralmen-te as pessoas desconsi-deram as implicações de publicar ou trocar informações pessoais

Desenvolvimento tecnológico pode impactar no trabalho, na educação e nos momentos de lazer

na internet. Ali, é pro-priamente uma realida-de vigiada. Até onde esse monitoramento é inofensivo ainda não sabemos”, pontuou.

Mudanças no trabalho

Nos dias atuais, pode ser difícil imagi-nar como seria o tra-balho de muitos pro-fissionais sem o uso do computador e da internet. Tais tecnolo-gias possibilitaram a dinamização dos pro-cessos, a maior capa-cidade para o arma-zenamento de dados, além da ampliação das possibilidades de comunicação. “Um executivo que traba-lha com comércio ex-

terior em Londrina, por exemplo, consegue fechar um negócio de importação de pro-dutos da China sem sair de seu escritório”, exemplificou o psicólo-go Fábio Brinholli.

Se, por um lado, as novas tecnologias fa-cilitaram muitas ativi-dades relacionadas ao trabalho, por outro têm provocado maior cansaço nos profissio-nais. “O trabalho mui-tas vezes deixa de es-tar restrito ao horário comercial, infiltra-se no descanso e pode unir-se com a nova obriga-ção, que é a de res-ponder de imediato. Essa influência pode ser exaustiva”, consi-derou o psicólogo.

Atualmente, tornou-se comum o uso de dispositivos tecnológicos, como tablets e smartphones, pela nova geração

Page 7: Jornal Blitz - Abril/2014 - 13ª Edição

Cultura 07Para a professora Sô-

nia Maria Costa Men-des, doutora em Com-petências Cognitivas e Cibercultura, e diretora de Pós-Graduação da Universidade Norte do Parará (Unopar), o uso das tecnologias no tra-balho é um caminho sem volta. “Hoje, se o profi ssional não domi-nar os aparelhos tec-nológicos, é excluído. É uma condição de so-brevivência mercado-lógica”, opinou.

Aprendizadoconectado

O acesso à tecnolo-gia digital já atinge ao menos a metade dos brasileiros, como cons-tatou a tese de douto-rado da professora Sô-nia Mendes. Dados do estudo mostram que atualmente 56% das famílias brasileiras pos-suem computador em casa e quase 70% dos brasileiros acessam a internet no ambiente familiar ou fora dele.

O contato com a internet e os aparelhos de acesso móvel, como tablets e celulares, têm surtido efeitos no pro-cesso de aprendiza-gem. “A informação não está mais centrali-zada no professor que, hoje, tem de adaptar toda a sua metodolo-gia de ensino”, expli-cou a professora Sônia.

Segundo a docente, a geração atual, que cresceu em contato com os aparelhos e l e t r ô n i c o s , é mais autôno-ma, autodidata e aprende de forma diferente da ge-ração anterior. “Hoje, as crian-ças aprendem primeiro pela

imagem, depois pelo som e, por último, pelo texto. Anos atrás, era o inverso”, afi rmou Sônia.

A doutora em Com-petências Cognitivas e Cibercultura é otimista em relação às novas demandas na educa-ção. “Acredito que as novas tecnologias po-dem acelerar muito o desenvolvimento dos estudos com a amplia-ção do acesso a diver-sos conteúdos”, defen-deu.

Levando em consi-deração os benefícios da internet e as facilida-des trazidas pelos dis-positivos móveis para a educação, um colégio particular de Londrina iniciou a utilização de lousas interativas e ta-blets na sala de aula. A instituição possui um

departamen-to de Tec-

nolo-

gia da Informação (TI) que desenvolve, junto com os professores da escola, apostilas exclu-sivas para os tablets. “Com a tecnologia, o aluno consegue ter acesso a uma biblio-teca inteira na palma das mãos”, contou o professor de química e diretor do colégio, Mi-guel Afonso Vargas.

O colégio também adotou o uso de uma plataforma gratuita, chamada Moodle, que funciona como uma sala de aula virtu-al, onde os professores postam conteúdos e atividades a serem re-alizadas digitalmente pelos alunos. “O resul-tado tem sido excelen-te. Eu acredito que a tendência mundial é o maior uso dos recursos tecnológicos. Talvez, no futuro, os livros de papel sejam substituí-dos pelos recursos digi-

tais”, projetou Var-gas.

Os nativos digitais, nascidos entre 1981 e 2000, possuem algumas características em comum, como apontou a tese de doutorado ‘Competências Cognitivas e Cibercultura’, da professora Sônia Mendes. A Geração Y é:

- Multitarefa, pois consegue realizar mui-tas atividades ao mesmo tempo;

- Autodidata, impaciente e ansiosa;- A maioria reside com a família; - 91,6% dessa geração são usuários da in-

ternet e cresceram jogando videogames; - 54% dessa geração possuem renda aci-

ma de R$ 5.000,00 (capitais e regiões metro-politanas);

Tempo Gasto com Internet

“Hoje, as crianças aprendem primeiro pela imagem, depois pelo som e, por último, pelo texto”, afi rmou a professora Sônia Mendes

Page 8: Jornal Blitz - Abril/2014 - 13ª Edição

Cultura08

Você dedica um tempo do seu

dia, ou da semana, para fazer só aquilo que curte? São diversas as possibilidades para cul-tivar um hobby. Pode ser, por exemplo, pes-car, colecionar, fazer artesanato, acampar, cozinhar ou praticar es-portes. O que importa é sentir-se bem.

“Hobby pode ser ca-racterizado como toda atividade que não en-volva remuneração, ocorra fora do ambien-te de trabalho e ocasio-ne bem-estar e prazer a quem o realiza”, defi niu o

psicólogo clínico e pro-fessor do curso de Psico-logia da Universidade Norte do Paraná (Uno-par), Márcio Neman do Nascimento.

Mas até que ponto uma atividade pode ser classifi cada como hobby? O professor disse que os hobbies perdem a essência e a defi nição quando se tornam vícios. “Com-portamentos obsessi-vos não constituem um hobby, mesmo sendo considerados prazero-sos para alguns”, adver-tiu o psicólogo.

Segundo ele, o ideal é habitu-ar-se a u m a a t i v i -dade q u e

Ter um hobby ajuda a acabar com o estresse

gera bem-estar, pois pode ser uma forma de combater o mau humor, melhorar a criatividade e sair da rotina, sem, po-rém, torná-la obsessiva. “Ter um hobby pode auxiliar a suportar o es-tresse e as cobranças do trabalho”, citou Nas-cimento.

O programador de si-tes, Lucas Eduardo Car-neiro Almeida, cultiva o hobby de colecionar. Ele mantém uma cole-tânea de bonecos de chumbo, dos heróis da Marvel, importados da Inglaterra, que contém 200 exemplares, dos quais ele já adquiriu 39. “Quando comecei a trabalhar com tecnolo-gia, tive contato com esse universo das his-tórias em quadrinhos e descobri esse hobby”, contou.

Cada boneco da coleção tem muito va-lor para Almeida. Mas, o preferido dele é o an-ti-herói chamado Justi-ceiro, que protagoniza HQs de muita ação e aventura. “Entrar em contato com as histórias de cada personagem é uma forma de se des-ligar da realidade por um momento e deixar a imaginação ocupar a mente”, afi rmou o programador.

O arquiteto e professor universi-tário aposentado, João Baptista Bor-tolotti, encontrou na fotografi a

o seu maior hobby.

Entre suas obras, Bortolotti destacou a fotografi a realizada na Ro-dovia conhecida como ‘Caracol’, nos Andes, território chileno.

Conheça duas pessoas que se benefi ciaram por incluir na rotina atividades prazerosas

“Eu sempre gostei de máquinas fotográfi cas e fi lmadoras. Em 1964, eu já fi lmava, em pre-to e branco, com uma câmera de corda”, re-cordou. Durante muitos anos, esse gosto pela imagem fi cou guarda-do por conta das ativi-dades profi ssionais dele, que consumiam bastan-te tempo. Em 2008, com a chegada da aposen-tadoria, ele decidiu mu-dar de vida e resgatar a paixão pela fotografi a. Comprou uma câmera semiprofi ssional e entrou para o Foto Clube de Londrina, de onde hoje é o presidente.

A fotografi a artística é a modalidade preferi-da de Bortolotti, porque, segundo ele, possibilita expor as imagens em quadros, para a con-templação e a refl exão. “Gosto de registrar to-dos os temas. Seja algo que me sensibilizou, seja na natureza, ou na vida urbana. Acredito que, por meio das imagens, eu represento quem sou”, destacou.

Entre todas as suas

obras, o aposentado destacou uma foto rea-lizada durante uma via-gem de Santiago (Chile) a Londrina, de ônibus. Na região dos Andes, ele avistou uma estrada em formato de caracol e fez o registro. “É uma paisagem muito linda e eu consegui captar esse momento de um ângu-lo muito bom”, lembrou empolgado.

Quando questiona-do sobre a contribui-ção do hobby para a sua vida, a resposta do apaixonado por foto-grafi a veio fácil. “É uma atividade de libertação, que possibilita extrapo-lar o meu interior. Penso que todos, independen-temente da idade, pre-cisam de uma atividade de realização pessoal”, defendeu Bortolotti.

Serviço:

Foto Clube de LondrinaEndereço:Rua Souza Naves, 2380Telefone:3028-1550Funcionamento: Sábado, das 16h às 18h.

a quem o realiza”, tiu o psicólogo.

Segundo ele, o

a t i v i -

q u e

ligar da realidade por

a imaginação ocupar

programador.

tário aposentado, João Baptista Bor-tolotti, encontrou

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Gravado no aterro do Lago Igapó II, durante o réveillon de 2011, e com a presença de mais de 65 mil pessoas, o DVD “Ao Vivo em Londrina” traz a essên-

cia do trabalho musical da dupla. Com 13 faixas, sendo algumas inéditas e as demais coletâneas dos dois primeiros CDS, as músicas se espalharam por todo o Brasil.

São quatro anos e meio na estrada,

três CDs e um DVD gra-vados. Agenda com mais de 15 shows por mês e uma legião de fãs para tratar com carinho e atenção. Nas horas vagas, quase que raras, o lazer se divide entre o descanso, a música e os cavalos. Certamen-te não é fácil ser uma estrela do sertanejo uni-versitário, mas, com sim-plicidade e bom humor, a dupla Davi e Fernando t e m

mostrado ao Brasil ‘como é que o bruto faz’.

Tudo começou em um pequeno sítio, pró-ximo a Londrina, onde ambos cresceram cui-dando da terra e dos cavalos. Além da cria-ção humilde, os pais, Davi e Inez Stadler, tam-bém ensinaram os me-ninos a ter gosto pela música e pelo meio ar-tístico. “Desde crian-

Os brutos do sertanejo brasileiro

ça a gente participava de festivais sertanejos e fi cava em contato com os músicos”, lembrou Fernando. E foi exata-mente esse incentivo dos pais que fez a dupla ‘sair do papel’. “Quan-do meu pai faleceu, há cinco anos, a gente de-cidiu se juntar para dar continuidade ao sonho dele, que era nos tornar um dos grandes nomes do cenário sertanejo”, contou.

As primeiras apresen-tações, ainda no estilo de baião, ocorreram em festas mais modes-tas, geralmente em encontros de família e amigos. Com o tempo, a dupla chegou aos ba-res e boates, conquis-tando respeito do públi-co jovem. “Misturamos nossas infl uências, que vêm da tradição gaú-cha, com o sertanejo universitário, que é uma vertente mais animada do que o de raiz. Gos-tamos de ver a galera pra cima, dançando. Então, esse é nosso es-tilo de tocar”, desta-cou Fernando.

Para Davi, o rápi-do assédio dos fãs foi um pouco as-sustador no come-

ço da carreira. Para um rapaz que vivia no

Com letras inspiradas no jovem do campo, a dupla Davi e Fernando tem conquistado fãs por todo o país

campo, tudo aquilo era novidade, uma grande mudança de realidade. “Começou como uma brincadeira e, de repen-te, a gente já estava to-cando em várias cida-des do Paraná, de Mato Grosso, de Santa Catari-na e até de São Paulo”, exemplifi cou.

O primeiro hit de su-cesso foi “Curso Bão”, que fala sobre o jovem do campo que se mu-dou para a cidade para cursar faculdade. Além dela, “Como é que o bruto faz”, “Colheita-deira do Vovô”, “Atiça” e “Dor de Perda” são algumas das músicas de destaque da dupla, que recebeu mais de 65 mil pessoas no aterro do Lago Igapó II para a gra-vação do DVD, ao vivo, em Londrina. “Foi fantás-tico ver todo o mundo cantando as músicas, curtindo o show. Esse é o nosso maior combustível para seguir em frente”,

frisou Davi.

Todavia, o sucesso da dupla vai além do talento e carisma de Davi e Fernando. Passa, também, pela mãe e empresária, Inez Stadler, que trabalha ainda na composição das músi-cas. Segundo ela, o se-gredo é escrever as le-tras com paixão, sempre mantendo a identidade dos fi lhos. “É aquele ra-paz simples, do campo, que está descobrindo uma nova vida na cida-de. Depois é só dar uma pitada de romantismo”, brincou Inez.

A empresária disse que se lembra dos mo-mentos difíceis que ela e os fi lhos tiveram de superar antes do reco-nhecimento da dupla. “Muita gente descon-fi ava de nós, inclusive alguns amigos. Hoje eu olho para trás e vejo que cada noite mal dormida valeu a pena”, fi nalizou.

Para Davi e Fernando, o público é o maior ‘combustível’ para seguir em frente com a carreira de músico

a dupla Davi e Fernando t e m

tístico. “Desde crian-

nossas infl uências, que vêm da tradição gaú-cha, com o sertanejo universitário, que é uma vertente mais animada do que o de raiz. Gos-tamos de ver a galera pra cima, dançando. Então, esse é nosso es-tilo de tocar”, desta-cou Fernando.

do assédio dos fãs foi um pouco as-sustador no come-

ço da carreira. Para um rapaz que vivia no

DVD Davi e Fernando

Crédito: João Carlos Filho

Cultura 09

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Bem-Estar10

Você só bebe água quando

sente sede? Se sim, preste atenção nesta matéria, que poderá fazer você mudar de ideia. De acordo com a nutricionista clínica e esportiva, Kamylla Gar-buio, o consumo diá-rio recomendado para um adulto é de aproxi-madamente dois litros. Para atingir essa meta, pode-se tomar tanto água pura quanto su-cos e chás. “É impor-tante atentar para as calorias. Bebidas muito

açucaradas em exces-so podem fazer mal, inclusive os sucos natu-rais”, indicou.

A nutricionista expli-cou que as reações quí-micas do corpo acon-tecem na presença de água e, por isso, o metabolismo funciona melhor quando está hi-dratado. “Os esportistas precisam consumir ain-da mais água para que o aumento da massa muscular e a queima de gordura aconteçam de forma satisfatória”, afi rmou Kamylla.

É preciso, também, fi car atento à distribui-ção do consumo ao longo do dia. Segun-

do a nutricionista, não adianta

ingerir dois litros de água ape-nas durante

um período do dia e depois não

beber mais nada. “Se você chegou a

sentir sede, quer di-zer que seu corpo já estava precisando de água havia bas-tante tempo. Então é sempre bom ter uma garrafi nha por perto”, co-mentou.

E n t r e t a n t o , durante as re-feições, não é indicado ingerir água ou suco. Kamylla conta

Beber água ajuda a manter a saúde

que o ideal é beber 30 minutos antes ou 1h30 depois de se alimen-tar. “Líquido junto com a comida atrapalha a digestão porque o am-biente estomacal fi ca muito mais aquoso. Se a pessoa tem refl uxo, gas-trite ou algum outro pro-blema estomacal, vai prejudicar ainda mais”, analisou.

Além de atuar na manutenção do corpo, a água gelada pode ser uma aliada na conquis-ta da boa forma, devido ao efeito termogênico que ela possui. “O cor-po tende a esquentar a água gelada ingerida para a absorção. Com isso, o gasto energético pode aumentar em até 300 calorias diárias”, re-velou a nutricionista. Ela ainda relatou que mui-tos pacientes reclamam de sentir fome mesmo tendo acabado de

“É importante evitar tomar água junto com a refeição, para não atrapalhar a digestão”, orientou Kamylla Garbuio.

Consumo adequado de líquido mantém o corpo saudá-vel e pode auxiliar no emagrecimento

comer. Essa sensação pode ser, na verdade, o refl exo da falta de água no organismo. “No nosso cérebro, o setor da fome e o da sede são muito próximos e, por isso, a gente pode confundir. Se você permanecer hi-dratado, vai evitar esses picos de fome sem moti-vo”, aconselhou.

Se uma pessoa sau-dável ingerir um pouco mais de água do que o corpo precisa, o organis-mo conseguirá eliminar sem nenhum problema, como afi rmou a médica dermatologista, Flávia Valone Gorini Jacob.

“Se você toma pouca água, o corpo despre-za pouco na urina. Se você ingere mais que o necessário, os rins con-seguem fazer esse equi-líbrio”, disse.

De acordo com Flá-via, o corpo humano é composto por 70% de água. A pele, responsá-vel por dar integridade à nossa estrutura e de-fender do meio externo, também necessita de água para realizar suas funções. “A pele hidra-tada é mais elástica, bonita e mais resistente às agressões externas”, destacou Flávia.

afi rmou Kamylla.

É preciso, também, fi car atento à distribui-ção do consumo ao longo do dia. Segun-

do a nutricionista, não adianta

ingerir dois

água ape-nas durante

um período do dia e depois não

beber mais nada. “Se você chegou a

sentir sede, quer di-zer que seu corpo já estava precisando de água havia bas-tante tempo. Então é sempre bom ter uma garrafi nha por perto”, co-mentou.

E n t r e t a n t o , durante as re-feições, não é indicado ingerir água ou suco. Kamylla conta

Banho - Seja rápido. Cada 5 minutos embaixo do chuveiro ligado con-somem aproximadamen-te 70 litros de água.

Escovar os dentes - Para isso é necessário apenas um copo de água. Evite deixar a torneira aberta.

Feche a torneira - Ao la-var as mãos ou a louça, não deixe a torneira aberta todo o tempo. Isso evitará que vários litros de água tratada sejam desperdiçados.

Carro limpo - Use baldes, e não a mangueira, para la-var o carro. Seu automóvel fi ca limpo, e a economia pode chegar a 300 litros de água.

Viagens - Quando viajar, feche o registro do cavale-te de entrada de água, evitando desperdícios e vaza-mentos.

Consumo Responsável

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Bem-Estar 11

Foi-se o tempo em que estudar era

somente sinônimo de professores e alunos reunidos em uma sala de aula, com o quadro-negro cheio de anota-ções. Com o avanço da tecnologia, já é possível cursar uma graduação, uma especialização ou até mesmo realizar uma capacitação profi ssio-nal sem precisar sair do ambiente de trabalho ou do conforto da resi-dência. Essa é a propos-ta do Ensino a Distância (EAD), que, a cada ano, se consolida mais como uma opção de educa-ção.

“Os cursos de EAD no Brasil seguem os mesmos parâmetros dos presenciais. A úni-ca diferença é que o estudante e o professor estão separados por tempos e distâncias diferentes”, afi rmou o diretor da Associação Brasileira de Educação a Distância (Abed) e da Universidade Positi-vo, Carlos Roberto Lon-

go. Segundo ele, o EAD teve início na década de 60, mas só se po-pularizou na virada do século, com o impulso dos cursos coorporati-vos e de ensino superior. “As pequenas cidades, com oferta reprimida de ensino presencial, foram as primeiras a se-rem benefi ciadas. Hoje, o EAD já atinge os gran-des centros, principal-mente pela difi culdade de deslocamento e fal-ta de horários fl exíveis”, comentou.

Para o diretor, a de-mocratização do aces-so à internet e os resul-tados positivos obtidos no Exame Nacional de Desempenho de Estu-dantes (Enade) – que avalia a qualidade dos cursos nacionais de gra-duação –, são fatores importantes na atual ex-pansão do Ensino a Dis-tância no país. “A nota média foi igual ou até superior à dos alunos do ensino presencial. O mercado de trabalho já reconhece isso, então

Ensino a Distância quebra barreiras na educação

não há mais distinção”, assegurou.

Ainda de acordo com Longo, a regula-mentação criada pelo Ministério da Educação (MEC), em 2007, foi ou-tro ponto que ajudou no reconhecimento dos cursos de EAD. “Muitos polos irregulares, sem estrutura para ensinar, foram fechados. Se, por um lado isso freou um pouco o crescimento, por outro foi extrema-

“É preciso ter planejamento, disciplina e foco, pois você é o seu próprio professor”, alertou Araújo

Além de democratizar o acesso ao ensino, sistema conquistou reconhecimento do mercado de trabalho

mente positivo pela qualifi cação que trou-xe”, frisou.

Na avaliação da di-retora de Ensino a Dis-tância da Universidade Norte do Paraná (Uno-par), Elisa Maria de As-sis, a inclusão do EAD no Fundo de Financia-mento Estudantil (Fies), facilitaria o ingresso de novos estudantes no sis-tema. “O MEC deveria rever as políticas gover-namentais. Falta maior valorização do ensino a distância, que ultima-mente tem apresenta-do resultados fantásti-cos”, justifi cou. Outra barreira a ser superada, segundo Elisa, é no pró-prio meio acadêmico. “É curioso, mas a maior resistência, hoje, vem dos conselhos”, revelou.

O proprietário e co-ordenador do polo da Uniseb em Londrina, Carlos Alberto Vidal, acredita que o EAD seja

o futuro. “O sistema se-mipresencial via satélite tende a desaparecer. Com a evolução da in-ternet, o aluno não pre-cisará mais sair de casa para assistir a uma aula, que poderá ser transmi-tida de qualquer lugar do mundo”, projetou.

Para o advogado Victor Morais Araújo, o Ensino a Distância já se tornou algo indispensá-vel na vida dele. Foi por meio dessa metodo-logia, que Araújo con-cluiu a pós-graduação em Direito e Processo do Trabalho. Atualmen-te, o EAD faz parte da rotina do advogado, que tem como obje-tivo ser aprovado em um concurso público. “É bom, pois você tem autonomia, determina seus horários e a ma-neira de estudar. Mas é preciso ter planejamen-to, disciplina e foco, pois você é o seu pró-prio professor”, alertou.

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Bem-Estar12

Já escolheu o pro-grama para o fi nal

de semana? Então saiba mais sobre as possibilida-des de lazer na região e agende o próximo pas-seio. “Londrina é uma cidade muito bonita, e os moradores precisam valorizar mais isso”, opi-nou o diretor de turismo do Instituto de Desen-volvimento de Londrina (Codel), Altemir Lopes.

Para quem procura um passeio que possi-bilite o contato com a natureza, o Jardim Botâ-nico de Londrina é uma das principais opções. Com mais de um milhão de metros quadrados de vegetação nativa, o local segue aberto para visitação. Segundo Lo-pes, o parque tem sido bastante frequentado por famílias aos sábados e domin- g o s . “ S ã o cerca d e

quatro mil visitantes por semana”, relatou.

Na mesma linha de turismo ecológico, a ci-dade oferece o Parque Municipal Arthur Tho-mas. De acordo com o diretor de turismo, atual-mente a área está pas-sando por estudos para a revitalização das tri-lhas. “O parque é consi-derado o terceiro maior do Paraná em número de visitas”, informou.

Um pouco mais re-tirada do centro urba-no, encontra-se a Mata dos Godoy, na Fazenda Santa Helena, distrito de Espírito Santo. A área abriga 675,70 hectares de fl oresta subtropical, além de cerca de 200 espécies de árvores e mais 180 de aves silves-tres. O local é bastante visitado por excursões

escolares e também pelos interes-sados em sa-ber mais so-bre a mata

nati-

v a

Explore as opções de entretenimento de Londrina

do Norte do Paraná. Já para quem gosta de praticar esportes, o ater-ro do Lago Igapó é uma alternativa. “É uma área fantástica de lazer, a céu aberto”, disse Alte-mir Lopes.

O cinema também fi gura entre as princi-pais opções de entre-tenimento em Londrina. Conforme o último le-vantamento da Prefei-tura Municipal, a cida-de conta com mais de 4.740 poltronas de cine-ma, divididas entre as salas do Cine Araújo, Ci-nemark, Lumière e Cine Com-Tour. Elas fi cam lo-calizadas nos shoppings Catuaí, Boulevard, Ca-tuaí Norte, Royal Plaza e Com-Tour, respectiva-mente. Ainda de acordo com a mesma pesquisa, Londrina possui mais de 8.860 ca-deiras de t e a t r o , s e n d o os prin-cipais o T e a t r o Marista, o Zaqueu de Melo e o Circo Funcart.

A gastrono-mia é outro d e s t a q u e na cidade.

O diretor exe-cutivo da Associa-

ção Brasileira de Bares e Restaurantes (Abra-sel) do Norte do Para-

O Jardim Botânico possui mais de um milhão de metros quadraros de vegetação nativa

Marcada pelo turismo de negócios, a cidade também ofe-rece passeios ecológicos e gastronômicos

ná, Arnaldo Falanca, informou que Londrina abriga cerca de 1200 estabelecimentos nesse segmento. “A cidade recebeu mais de 40 et-nias em seus quase 80 anos de história, e isso refl etiu na gastronomia. Temos uma riqueza mui-to grande de pratos tí-picos, desde a culinária

italiana até a japone-sa e a árabe”, exempli-fi cou.

Segundo Falanca, os restaurantes rurais da cidade são outro atra-tivo para quem gosta de aliar a gastronomia ao lazer. “Aos fi nais de semana, esses espaços têm sido uma excelen-te opção, porque per-mitem que as famílias aproveitem o dia todo. Em alguns locais até

apresentações musicais acontecem”, acrescen-tou.

A gestora executiva do Londrina Convention & Visitors Bureau, Miryan Siqueira Rosinski Alves, afi rmou que o turismo de negócios é o que impulsiona os eventos em Londrina. De acor-do com ela, cerca de 3.300 eventos são rea-lizados todos os anos. Para impulsionar o setor, Myrian citou a possível construção de um Cen-tro de Convenções, que seria capaz de atrair 60 novos eventos em cin-co anos e movimen-tar aproximadamente R$165 milhões. “O estu-do de viabilidade já foi feito. Agora, estamos em busca de investi-dores para dar início às construções. Londrina está apta para isso, pois existe demanda”, de-clarou.

Temos uma riqueza de pratos típicos, desde a culinária italiana

até a japonesa”, disse Arnaldo Falanca

por famílias aos sábados e domin- g o s . “ S ã o cerca d e

tres. O local é bastante visitado por excursões

escolares e também pelos interes-sados em sa-ber mais so-bre a mata

nati-

v a

Londrina possui mais de 8.860 ca-deiras de t e a t r o , s e n d o os prin-cipais o T e a t r o Marista, o Zaqueu de Melo e o Circo Funcart.

O diretor exe-cutivo da Associa-

ção Brasileira de Bares e Restaurantes (Abra-sel) do Norte do Para-

Temos uma riqueza de

até a japonesa”, disse

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Bem-Estar 13

Imagine um bolinho de creme de man-

dioca com carne-seca desfi ada, logo depois de frito, totalmente crocante. Agora, adi-cione algumas pitadas de molho rose ou de pi-menta. Só de pensar já dá água na boca. Não é à toa que o Bolinho Nordestino, do Menina Bar, é a porção de bo-teco mais pedida pelos clientes.

“É uma receita que veio lá do Nordeste e que nós adaptamos ao paladar do londri-nense. Em pouco tem-po, virou o carro-che-fe da casa”, contou a cozinheira do Menina, Rosemir Coutinho. Ela contou que já criou di-ferentes tipos de pratos durante os mais de seis anos à frente da culi-nária do bar. “Algumas receitas não deram certo. Por outro lado, outras se tornaram um sucesso, como a Pipo-

ca de Mignon”, exem-plifi cou.

Já para quem está a fi m de desfrutar uma refeição mais com-pleta, a dica fi ca com o Bobó de Camarão. Feito à base de cre-me de mandioca, ca-marão, tomate, coen-tro, pimentão, leite de coco e cheiro-verde, o prato recebe muitos elogios da clientela. “É gratifi cante ver que as pessoas gostaram tan-to da comida que até voltam outras vezes”, declarou Rosemir.

Seja uma porção ou um prato mais ela-borado, a intenção do Menina é oferecer um cardápio variado e de qualidade. “O objetivo é trazer algo diferente, mas sempre voltado para a gastronomia re-gional brasileira. Então, eu vivo viajando pelo país para trazer novas ideias e receitas”, afi r-

Gastronomia brasileira é no Menina Bar

mou o pro-p r i e t á r i o do bar e restauran-te Menina Bar, Márcio Grott Lobo.

Ele contou que, du-rante uma noite, a cozi-nha chega a preparar mais de 150 pratos, ao passo que 170 garrafas de cerveja são servidas, em média. “A maioria gosta de cerveja para acompanhar a comi-da, principalmente se for uma porção. Mas nem por isso posso dizer que ela é a melhor be-bida para harmonizar. O importante é o gos-to do cliente”, opinou Lobo.

Além da parte gas-tronômica, o Menina Bar agrada com as op-ções de entretenimen-

Com cardápio variado e diversas atrações culturais e musicais, o local tornou-se referência em entretenimento

to. Conhecido com o ‘bar do blues’ em Lon-drina, o local já trouxe vários nomes importan-tes do cenário nacio-nal e internacional da música, como Décio Caetano e Mud Mor-ganfi eld. “Só em 2013, foram cinco artistas de Chicago, berço do blues. Já para quem gosta mais de teatro, há os espetáculos de stand-up comedy, que são muito divertidos”, destacou o proprietá-rio.

O arquiteto Flávio Fernandes Libarino dos Santos disse que o Me-nina Bar é um dos seus locais favoritos para sair em Londrina. Fã do

Quibe do Oriente e da Batata Frita com Queijo e Bacon, Santos marca presença aos fi nais de semana. “É um espa-ço bacana, muito bem decorado e que traz música e gastronomia de qualidade. Vale a pena conferir”, acon-selhou.

Serviço:

Menina BarEndereço:Av. Santos Dumont, 1113Telefone:3028-1550Funcionamento: De terça-feira a domin-go, a partir das 18h.

Já para quem está a fi m de desfrutar uma refeição mais com-pleta, a dica fi ca com o Bobó de Camarão. Feito à base de cre-

Gastronomia brasileira é no Menina Bar

mou o pro-p r i e t á r i o do bar e restauran-

Com cardápio variado e diversas atrações

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Esportes14

Andar sobre uma fi ta de nylon, es-

treita e fl exível, apoia-da em quaisquer dois pontos fi xos. Esse é o conceito do slackline, esporte que não para de ganhar novos prati-cantes pelo mundo, es-pecialmente no Brasil. Além de desenvolver o equilíbrio, a concen-tração e a consciência corporal, a modalida-de também é opção para quem quer rela-xar e praticar uma ati-vidade saudável.

O slackline surgiu em meados dos anos 80, nos Estados Unidos, no Vale do Yosemite, local frequentado por escaladores em busca de aventura e que, nos tempos vagos, gostam de caminhar e se equi-librar sobre fi tas estica-das. Já no lado profi s-sional, o esporte possui algumas variações de modalidades e locais para a prática. As mais comuns são a longline e trickline, sendo o ob-jetivo da primeira a tra-vessia de grandes dis-

tâncias, e da segunda a execução de mano-bras. Além dessas, exis-te o highline, praticado sobre montanhas ou pontes, e o waterline sobre a água.

Gabriel Aglio da Sil-va, slackliner profi ssio-nal e campeão brasi-leiro em 2011, afi rmou que uma das grandes vantagens do esporte é que ele proporciona viajar e conhecer luga-res maravilhosos. “Hoje o slackline é mais que uma profi ssão, é uma paixão mesmo. Con-tudo, o esporte ainda precisa se fortalecer melhor por aqui. Acre-dito que resultados de expressão em campe-onatos e a divulgação da mídia são funda-mentais para isso”, opi-nou.

Nos bastidores, a

comunidade slackliner tem crescido e se unido mais a cada dia, pro-movendo esse esporte e seu estilo de vida. A facilidade na mon-tagem e no uso dos

Slackline conquista novos adeptos no Brasil

equipamentos ajuda na rápida ascensão. Atualmente, qualquer um, independente-mente da faixa etária, pode comprar um kit e começar a praticar em menos de 5 minu-tos. “Para iniciantes, é necessário paciência e boa postura. Os pri-meiros passos podem ser complicados, mas é com um pouco de treino e quedas que se aprende”, brincou o campeão brasileiro.

Além da esfera es-portiva, o slackline também tem conquis-tado novos adeptos devido aos benefícios que a modalidade traz à saúde, como a quei-ma de gordura, forta-lecimento muscular, desenvolvimento das habilidades motoras e até diminuição do estresse. Outro ponto positivo é o espírito de cooperação e amiza-de entre os praticantes dessa atividade, o que acaba contribuindo para uma vida social mais ativa.

Desafi ador e prazeroso, o esporte requer muito treino, superação e principalmente equilíbrioO editor de ima-

gens Fabio Belezzi co-nheceu o esporte por meio de um parente e, desde então, co-meçou a treinar todos os dias. “No início, é uma sensação incrível,

de que você é dono do mundo. Já com o tempo, você começa a buscar novas mano-bras e desafi os. Mas é incrível, algo que refl e-te no corpo e na men-te”, frisou.

Na Copa do Mundo de 2013, organizada pela World Slackline Federation (WS-Fed) – Federa-ção Mundial de Slackline –, qua-tro brasileiros estive-ram na competição. Com quatro etapas du-rante o ano, o carioca Carlos Neto terminou no topo do ranking geral. Além dele, Felix Carrera, Gabriel Aglio e Igor Zam-belli fi caram, respectiva-mente, com o 3º, o 7º e o 10º lugares. Durante as apresentações, os ju-rados avaliam os seguin-tes quesitos: técnica, difi -culdade e diversidade de manobras e estilo de cada participante.

OS BRAZUCAS NO SLACKLINE

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Esporte 15

Como uma válvu-la de escape do

estresse da cidade, mui-tos procuram praticar esportes de aventura. O excesso de trabalho e as cobranças diárias fazem as pessoas buscarem no-vas experiências e desa-fi os, deixando para trás tudo o que não lhes faz bem. É preciso explorar o verdadeiro potencial de cada um e, para isso, não há lugar mais propí-cio do que a natureza, com práticas que não poluem nem agridem o meio ambiente.

Criado em 2004, o Clube de Aventura é uma empresa sem fi ns lucrativos que desenvol-ve atividades de espor-tes outdoor, em meio a ambientes naturais. Com equipamentos es-pecífi cos e acompanha-mento de profi ssionais especializados, os par-ticipantes podem des-frutar atividades como arborismo, canoagem, escalada, rapel, corrida de aventura, trekking, mountain bike e até co-

lônia de férias.

“É unir lazer a prática esportiva. Uma aventura com segurança, extre-mamente consciente e rigorosa no aspecto de saúde”, declarou a di-retora fi nanceira do Clu-be, Bian-ca Zanini. Por meio de indi-c a ç õ e s de ami-gos e do interesse em participar que se for-talece e se desenvolve cada vez mais o traba-lho do Clube na cidade. “Qualidade de vida é investir naquilo de que você gosta”, afi rmou Bianca.

O Circuito Pro Adven-ture surgiu para com-plementar os treinos e colocar à prova os par-ticipantes. Realizado desde 2005 pelo Clube de Aventura, o projeto é uma corrida multies-portiva que conta com a participação de mais de 300 atletas de todo o

Um mergulho no universo das energias e emoções

Brasil. As categorias são Aventura Light, Aventu-ra, Pro Adventure e Mou-ntain Bike Adventure. “As provas nunca são iguais às já realizadas. Então há sempre um novo desafi o. Além disso, é possível ad-mirar as riquezas naturais

do percur-so, que nos proporcio-nam pai-sagens fas-cinantes e momentos de des-

contração”, ressaltou Bianca.

O professor de edu-cação física Vitor Loni, que há alguns anos par-ticipa de diversas ativida-des do Clube, destacou a importância da ami-zade dentro do grupo, além do bem-estar físico e mental. “É diferente da mesmice de lugares fe-chados, pois há a oportu-nidade de conhecer lu-gares maravilhosos, que fi cam perto da cidade, mas que nunca imaginei existir. Tornou-se um vício saudável”, declarou.

O Circuito Pro Adventure, promovido desde 2005, atrai mais de 300 competidores de todo país

Clube de Aventura proporciona bem-estar, novas amizades e diversão em harmonia com a natureza

Contudo, o cardiolo-gista Adriano Freitas Ribeiro, especiali-zado em me-dicina do e s p o r t e , a f i r m o u que são n e c e s -s á r i o s a l g u n s c u i d a -dos com a atividade de “alta intensi-dade”. Segundo ele, o primeiro pas-so, independente-mente da idade, é realizar uma ava-liação física e um eletrocardiograma. “Fazer algum tipo de fortalecimento muscular, seja com musculação, exer-cício funcional ou pilates, pode ajudar na prevenção de le-sões”, completou. No aspecto nutricional, o médico citou como fundamental desenvol-ver uma alimentação saudável e manter-se sempre hidratado. “A suplementação alimen-tar antes e depois da prática esportiva, tam-bém é muito importan-te”, fi nalizou.

Serviço:

Clube de AventuraEndereço: Mercadão da Prochet Av. Harry Prochet, 309Telefone: 3037-5499Funcionamento:Segunda a sábado das 9h às 19h

“Qualidade de vida é investir

naquilo de que você gosta”,

afi rmou Bianca

Crédito das imagens: Rafael Mayrink

Page 16: Jornal Blitz - Abril/2014 - 13ª Edição

Business16

Quem é que não sonha em juntar

o seu primeiro milhão? Certamente, essa não é uma das metas mais fáceis de alcançar na vida. Mas, com disci-plina e um pouco de conhecimento sobre o mercado e a econo-mia brasileira, é possível arriscar os primeiros in-vestimentos para fazer o dinheiro começar a ren-der mais.

“É fundamental acompanhar os ciclos econômicos e as taxas de juros para analisar quais são as melhores oportunidades de ne-gócio. O perfi l individual e a tolerância aos riscos do investimento tam-bém devem ser levados em consideração”, en-sinou o especialista em aplicações fi nanceiras – trader – do Banco Itaú na Bolsa de Valores, Jor-ge Cunha Lima.

Segundo ele, mesmo com o equilíbrio fi nan-ceiro obtido na implan-

tação do Plano Real – ainda no governo FHC –, o Brasil sempre foi mar-cado pela infl ação e ju-ros altos. “Não faz senti-do poupar para perder o poder de compra no mês seguinte”, explicou. No entanto, Lima fez al-gumas ressalvas quanto ao comportamento do mercado brasileiro nos últimos anos. “Vimos a taxa básica de juros, conhecida como Selic, alcançar seu menor ní-vel histórico, fi cando na marca de 7,25% entre outubro de 2012 e mar-ço de 2013”, relatou.

Mas em que essa mu-dança interferiu nas apli-cações fi nanceiras? Em tudo, principalmente no rendimento das transa-ções. Com o cenário, as ações de renda fi xa – re-alizadas em títulos públi-cos e privados – passam a remunerar pouco, tor-nando-se menos atrati-vas. “A única vantagem é a segurança de retor-no, que já é previamen-te estabelecido no mo-

Onde devo investir o meudinheiro?

mento em que é feita a aplicação. É indicado para investidores mais conservadores, com o objetivo de preservar o capital ou de resgatar os recursos em curto pra-zo”, informou o trader.

Já as aplicações de renda variável, em que não há um percentual fi xo de retorno, são re-comendadas aos clien-tes que toleram riscos e que têm como meta obter rendimentos mais lucrativos. “O mercado de ações é muito dinâ-mico. São milhões de ordens de compra e de venda que podem fazer o valor subir ou cair de repente”, avaliou o es-pecialista.

A atual situação econômica do país e o perfi l do investidor infl uenciam na escolha do tipo de aplicação

Cultura de altos juros no Brasil faz aplicações de renda fi xa serem as mais procuradas por investidores

Com os juros reduzi-dos, outras possibilida-des de aplicação são as cadernetas de pou-pança, os certifi cados de depósito bancário (CDB) e as letras de cré-ditos agrícolas e imobi-liárias. Elas são isentas de recolhimento de im-posto de renda para pessoa física (IRF). “Pra-ticamente todos esses investimentos têm o res-paldo do Fundo Garan-tidor de Crédito, o FGC, mas vale lembrar que o limite de reembolso é de até R$ 70 mil”, alertou o contabilista e sócio da Organização Nacional Contabilidade, Leônidas Pereira da Silva Júnior.

Contudo a esco-lha da aplicação ideal

depende da situação fi nanceira e dos acon-tecimentos macroeco-nômicos no Brasil. Atu-almente, o cenário não é favorável a grandes investimentos. Com o aumento do risco país e a retomada dos juros altos, as ações de ren-da fi xa voltaram a ter uma remuneração mais atrativa e segura. “Va-mos sediar a Copa do Mundo e, em seguida, haverá as eleições. Isso deve deixar o mercado bastante volátil, já que se vive a expectativa por mudanças. É funda-mental que o investidor tenha muita cautela e, principalmente, conhe-cimento na hora inves-tir”, fi nalizou o trader Jor-ge Cunha Lima.

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Business 17

Uma farmácia pe-quena, voltada

para atender às neces-sidades dos moradores de um bairro carente de atendimento de saúde em Londrina. Foi com esta proposta que o empresário Rubens Augusto deu início a uma das maiores redes de farmácia do Para-ná, a Vale Verde. Con-tudo, antes de todo esse sucesso, há muita história de superação e desafi o.

“Eu comecei a tra-balhar em farmácia, aos 12 anos, c o m o

faxi-n e i r o e, depois, entregador, em Bela Vista do Pa-raíso, sem ga-nhar nada. Mi-nha mãe sempre achou que eu

deveria trabalhar além de estudar, então, ela mesma me arranjou esse emprego”, lem-brou Augusto. Aos 16 anos, ele já se mudava com a família para Lon-drina, onde atuou na Farmácia Central. “Eu gostava do meu tra-balho, mas o sonho era ter algo próprio. Quan-do completei 21 anos, em 1974, consegui abrir a minha primeira loja, chamada Farmácia Augusto”, contou orgu-lhoso.

Em pouco tempo, a drogaria, localizada

na Vila Casoni, t o r n o u - s e

r e f e r ê n -cia na c i d a d e , o que im-pulsionou a inaugu-ração de outra uni-

d a -de, em

1986, na rua Sergipe com a ave-

nida Juscelino Kubits-

Da farmácia de bairro à Rede Vale Verde

chek. “Foi justamente em referência ao fun-do de vale que existe ali nas proximidades da região que surgiu o novo nome para a rede”, revelou o pro-prietário.

Hoje, a Vale Ver-de possui 32 lojas, dis-tribuídas em cidades paranaenses, como Londrina, Maringá, Ara-pongas, Apucarana e Rolândia. “Um dos nossos diferenciais é o atendimento ao clien-te. Eu vim de um bairro pobre, onde as pesso-as se ajudam. Então, eu trouxe essa proxi-midade com o povo como um dos ideais da empresa. Todo mundo gosta de ser tratado com respeito e carinho, de ser atendido pelo nome”, ensinou o em-presário.

De acordo com ele, a qualidade e o preço dos produtos também são fatores que podem fazer toda a diferença. Por esse motivo, a equi-pe da Vale Verde re-

Apostando no atendimento ao cliente e na qualifi cação interna, empresa alcançou 32 lojas no Paraná

aliza, periodicamente, um estudo detalhado do perfi l de consumo de cada região. “Uma das lojas que mais ven-de medicamentos é a do Cinco Conjuntos. Na Gleba Palhano, a linha de dermocosméticos é muito procurada. Então, sempre tem de se pen-sar em um mix de produ-tos diferente para cada uma delas”, explicou.

Outra política em-presarial interessante da Vale Verde é a de investir na capacita-ção dos funcionários. Desde que foi implan-tado, em 2000, o pro-grama de trainee da companhia forma uma média de 50 trabalha-dores todos os anos. “É uma forma de qualifi -carmos a nossa mão de obra e, ao mesmo tem-po, oferecermos uma oportunidade para o funcionário crescer na empresa”, destacou Rubens.

A farmacêutica e gerente de Recursos Humanos (RH) da rede,

Janaina Barbieri Nasci-mento, é um dos exem-plos do sucesso da fór-mula de apostar nas ‘pratas da casa’. Em dez anos de Vale Ver-de, Janaina atuou em quatro cargos diferen-tes antes de chegar ao RH. “A missão da em-presa é proporcionar a melhor experiência de compra ao cliente. Essa excelência em atendi-mento começa já com o nosso público interno, funcionários e colabo-radores, até chegar ao balcão das lojas”, enal-teceu a gerente.

O aposentado Desi-dério Luiz Bandeira, 69 anos, é cliente fi el da Vale Verde. Há mais de 15 anos, ele vai sempre à mesma loja da rede, localizada no Calça-dão da cidad e (Aveni-da Paraná, 278). “Lá eu sou muito bem tratado. O pessoal é atencioso e simpático. Às vezes eu passo na farmácia, nem que seja para ba-ter um papo e tomar um cafezinho”, brincou Bandeira.

Em 1974, aos 21 anos, Rubens abriu a sua primeira loja, que mais tarde virou Vale Verde

Crédito: Rede Vale Verde

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Caiu na Blitz18

A banda Maria Muleka trouxe um repertório pop-rock de primeira, duran-te apresentação no Palco Principal.

As ações promovidas pelo Jornal Blitz, em parce-ria com a Minds, foram um dos destaques do evento. Quem participou, ganhou uma caneca personalizada para curtir o evento.

O Churrasco de Marketing atraiu mais de mil pessoas para a Xácara Eventos, no dia 22 de março. Além do tradicional open bar, os participantes curtiram mais de 15 atrações musicais, entre o eletrônico, o reggae e o pop-rock.

Em clima de “Caiu na Blitz”, o pú-blico se divertiu pousando para as fo-tos, cheio de estilo. Todo mundo en-trou na brincadeira.

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Após fazer um pocket show, na Praça de Eventos do Catuaí, a can-tora Luiza Possi participou de uma ses-são de autógrafos exclusiva.

Caiu na Blitz 19Catuaí Trends

A presença do ator global Eriberto Leão foi um dos destaques do desfi le adulto. A cada apari-ção na passarela, as mulheres iam ao delírio.

Com muita elegância e estilo, os modelos trouxeram as novas tendências da moda para a esta-ção outono-inverno deste ano.

Carisma, simpatia e uma pitada de ‘fofura’ marcaram o desfi le infantil.

Durante o even-to, diversas ações, como workshops, coquetéis, e sessões de degustação mo-vimentaram o pú-blico. Até renovar a make up foi pos-sível.

A festa de encerramento, promo-vida no deck do Shopping, contou com a participação da banda lon-drinense Sarará Criolo e do DJ João Lee. Os convidados ainda puderam desfrutar da gastronomia japonesa e de taças de champagne Chandon.

A banda Cristiano Crochemore & Blues Groovers foram os primeiros a se apresentar na primeira etapa do Cir-cuito Internacional de Blues, promovi-da todos os anos pelo Menina Bar.

Na sequência, os músicos do Luke de Held Trio arrepiaram a plateia com seus solos de guitarra inconfundíveis.

Realizado no dia 22 de março, o evento con-tou com um dos maiores blusistas brasileiros, Dé-cio Caetano. “Iniciativas como essa são raras hoje em dia. E o resultado disso você vê na ex-pressão do público. Foi um sucesso”, defi niu.

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