jornal atenção - 5ª ediÇÃo

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WWW.FABRICASOCUPADAS.ORG.BR Ato na Prefeitura de Sumaré exige solução para a Flaskô {pág 12} R$ 0,50 solidário: R$ 1,00 2ª quinzena de novembro de 2010 Edição Nº 5 Indústrias de armas financiam eleição de deputados {pág 05} Saiba como acompanhar o orçamento de sua cidade {pág 03} Empresa de ônibus desrespeita passageiros {pág 04} Três operários morrem em empresa de Paulínia {pág 09} As mulheres do MST: Conheça a produção, organização e a luta {pág 16} Acampamento Zumbi dos Palmares completa dois anos de muita luta {pág 20} eSPECIAl! supl emento I nfanti l

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Jornal Atenção - 5ª EDIÇÃO

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Page 1: Jornal Atenção - 5ª EDIÇÃO

WWW.FABRICASOCUPADAS.ORG.BR

Ato na Prefeitura de Sumaré exige solução para a Flaskô {pág 12}

R$ 0,50solidário: R$ 1,00

2ª quinzena de novembro de 2010Edição Nº 5

Indústrias de armas financiam eleição de deputados {pág 05}

Saiba como acompanhar o orçamento de sua cidade {pág 03}

Empresa de ônibus desrespeita passageiros {pág 04}

Três operários morrem em empresa de Paulínia {pág 09}

As mulheres do MST: Conheça a produção, organização e a luta {pág 16}

Acampamento Zumbi dos Palmares completa dois anos de muita luta {pág 20}

eSPECIAl!

suplemento

Infantil

Page 2: Jornal Atenção - 5ª EDIÇÃO

02 /opinião

Jornal Atenção – Publicação da Associação Centro de Memória Operária e Popular - Tiragem: 5.000 exemplares Edição ColetivaRedação: Carolina Chmielewski, Josiane Lombardi, Alexandre Mandl, Fernando Martins, Bruno Rampone, Luciano Claudino, Ana Elisa, João da Silva, Luana Raposo, Batata, Pedro Santinho, Letícia Teixeira Mendonça, Cristina Alvares, Rafaela Camargo, Daniela Morais e Fátima da Silva.. Colaboração: Coletivo Comunicadores Populares, Carlos Latuff, Coletivo Miséria, MTST Acampamento Zumbi dos Palma-res, MST Regional Campinas, Grupo de Teatro Cassandras, Trabalhadores Fábrica Ocupada Flaskô, Universidade Popular e Comitê pelo direito de Lutar. Fotografias: Neander Heringer, Fernando Martins, João da Silva, Luciano Claudino, Mauricio Azevedo, Nelson (Inveval) e Filipi Jordão Jesus - Telefone: (19) 3854 7798 / 3832 8831 / 3864 2624 - [email protected] - fabricasocupadas.org.br

Queremos que o nosso jornal seja também seu, que ele seja NOSSO. Por isso convidamos você leitor a participar. Pretendemos que esse jornal seja quinzenal, por isso sua ajuda é muito importante. Assine o jornal Atenção. Procure um de nossos colaboradores ou entre em contato pelo e-mail

[email protected]

Assine

A crise continua nos bastidores

Banco Panamericano. É o banco do Silvio Santos. Há mais de um ano atrás para não quebrar a Caixa Econô-mica Federal comprou 36% das ações. Hoje as ações ca-íram mais de 50% e o banco está para quebrar. Tudo foi preparado pelo estado para ajudar o Silvio. E mais dinhei-ro se prepara para ajudá-lo. Agora são 2,5 bilhões.

SBT, a crise não poderia deixar de afetar o canal. Que já anunciou demissões, ter-ceirizações e fechamento do canal em algumas regiões do país.

Há dois anos o movi-mento das fábricas ocupadas anunciava a necessidade de se estatizar o Banco Panameri-cano. E colocá-lo sob o con-trole dos trabalhadores. Pois a

gestão privado do Silvio tinha já mostrado seu papel.

Todo o sistema privado de TV no país há décadas demonstra que não serve efe-tivamente para informar o povo trabalhador e nem edu-car nossas crianças. Esta seria a hora de se estatizar o canal e colocá-lo sob o controle dos trabalhadores, dos movimen-tos populares e sindicais. Para organizar a comunicação para o povo.

O Jornal Atenção continua atento para informar as traba-lhadoras e aos trabalhadores o que possa ajudar a avançar.

E sabemos que este ca-minho passa pela luta. E por nos afastarmos das alianças com patrões e fa-zendeiros que há séculos governa nosso país.

TV FlaskôO comitê de mobilização da Flaskô está consti-

tuindo uma TV na Internet. Com notícias diárias sobre o movimento das

fábricas e outras. Acompanhem no site: www.fabricasocupadas.org.br

“Somos o que fazemos,

mas somos, principalmente, o que fazemos

para mudar o que somos.”

Eduardo Galeano

O preço dos alimentos tem subido em todo o mundo. Para nós brasileiros é um verdadeiro absurso, pois temos muita carne e o preço sobe, temos muitos grãos e o preço sobe. Temos até gasolina e o pré-sal e o preço sobe.

Preço do rango

Page 3: Jornal Atenção - 5ª EDIÇÃO

Previdêncial Social27,84%

Juros e amortizações da dívida 30,57%

Transferência a Estados e Municípios

13,61%

03/cidades

Se você tem um

a reclamação envie para nosso jornal. Em

ail: [email protected] ou telefone (19) 3854-7798

Vamos iniciar uma série durante algumas edições sobre o orça-mento dos governos. Pretendemos apresen-tar os casos das situ-ações das cidades de Sumaré, Campinas e dos governos do Es-tado e Federal. Isto é fundamental para en-tendermos pelo que e como lutarmos.

Assim já sabemos o que vai acontecer. Se o prefeito e os vereado-res em novembro não estão prevendo gastar mais em saúde, é por

Orçamento: O que você tem com isso?

que a saúde vai pio-rar. Se o governo não pretende gastar mais com educação, é por-que a educação vai piorar. E podemos assim nos preparar para lutar.

Oficialmente, o governo gastou, até 2008, 30,57% do or-çamento com juros e amortizações da dí-vida pública (R$ 282 bilhões). Ao lado, um gráfico que mostra o drama da divisão do orçamento em 2008.

Todo ano, tanto as prefeituras, como os governos estaduais e o governo Federal precisam aprovar a lei orçamentária. Mas o que é isto?

É uma lei na qual se prevê tudo que en-trará de dinheiro dos impostos. A partir disto se calcula uma previsão de gastos para o governo.

Nesta lei se aprova

quanto será investido em educação, em saú-de, em reforma agrá-ria, em novos investi-mentos. Enfim, todos os gastos.

Por isso é fun-damental a pressão sobre os prefeitos, governadores e o go-verno federal, pois com a aprovação da Lei saberemos o que será feito no próximo ano.

O que é o Orçamento?

Energia 0,05%Desporto Lazer 0,02%Encargos Especiais 5,13%Legislativa 0,51%Judiciária 1,92%Essencial à justiça 0,46%Administração 1,40%Segurança Pública 0,59%Defesa Nacional 2,01%Relaçoes Exteriores 0,20%Assistência Social 3,08%Transporte 0,51%Comunicações 0,04%Comércio e Serviços 0,14%Indústria 0,17%Organizaçao Agrária 0,27%Agricultura 0,79%

Saúde 4,81%Trabalho 2,38%Educação 2,57%Direitos da Cidadania 0,10%Cultura 0,06%Urbanismo 0,12%Habitação 0,02%Saneamento 0,05%Gestão Ambiental 0,16%Ciência e Tecnologia 0,43%

Orçamento de Campinas será votado em dezembro

A Lei Orçamentá-ria Anual (LOA) de Campinas, que define o orçamento muni-cipal para o ano se-guinte, será votada até o final de dezembro. Essa votação defini-rá o quanto de verba será repassado para as áreas de saúde (postos de saúde, hospitais), educação (escolas,

creches), cultura (es-paços culturais e ar-tísticos, teatros, mu-seus), melhorias dos bairros, entre outras áreas. Na cidade de Campinas, o docu-mento com a propos-ta do Prefeito Dr. Hé-lio foi encaminhado à Câmara no dia 30 de setembro e entrará em votação até o final do

ano.O que quase nin-

guém sabe, no entan-to, é que nós podemos reivindicar verbas para as áreas que conside-ramos mais impor-tantes. No dia da vo-tação, os vereadores propõem emendas orçamentárias, com sugestões de mudan-ças na proposta do

Prefeito. A população também pode sugerir uma emenda popular ou procurar algum vereador antes da vo-tação ocorrer. Todas as votações da Câma-ra dos Vereadores são abertas à população. Fique ligado na vota-ção da Lei Orçamen-tária Anual de sua ci-dade e participe.

Page 4: Jornal Atenção - 5ª EDIÇÃO

/cidades

O Jornal Atenção procurou a prefeitu-ra de Hortolândia pra saber sobre a constru-ção da ponte entre o Parque Bandeirantes (Sumaré) e o Nova Europa (Hortolân-dia).

A assessoria de im-prensa da Prefeitura de Hortolândia nos informou que a culpa

Prefeitura de Hortolândia diz que atraso é culpa do governo do Estado

PONTE NOVA EUROPA X PARQUE BANDEIRANTES

O jornal Atenção também conversou com moradores do Parque Bandeirantes e do Nova Europa. Abaixo alguns depoimentos:

“Não aguento mais subir isso aqui todo dia”,

do atraso é do gover-no estadual, do PSDB. A prefeitura (PT) fa-lou que se o Estado demorar com o proje-to, vai entrar com pe-dido junto ao governo federal (Lula/Dilma).

Nesse conflito en-tre prefeitura, gover-no estadual e federal quem leva a pior é a população.

Moradores do bairro continuam esperando

nos contou uma senho-ra de mais de 70 anos. “Eles tão prometendo que vão construir essa ponte há muito tempo e nada”, falou um vendedor da região. “Eu acho que a única forma da gente conseguir a construção da ponte é se organizan-do e ir bater panela lá na prefeitura”, nos falou um jovem de Hortolândia.

04

Os passageiros da Viação Ouro Verde an-dam insatisfeitos com o serviço da empresa. Uma das reclamações é sobre a forma como

Manifestação contra demora dos ônibus em Goiás

Viação Ouro Verde não respeita passageiros

Veículos insuficientesAlém do desrespeito, a

empresa Ouro Verde não disponibiliza veículos su-ficientes para transportar a população: “Quando quebra um ônibus eles não mandam outro no lugar e você tem que ficar esperando o próximo, o que significa esperar mais 1 hora e meia.” reclama uma senhora que mora em Sumaré.

A verdade é que a Ouro Verde, como empresa privada, não está tão preocupada com os passageiros do transporte público, mas, sim, com o seu

os idosos são trata-dos. Mesmo que tenha banco vazio atrás com a inscrição “acento re-servado para gestantes, deficientes e idosos”,

eles são obrigados a fi-car em pé, espremidos, na parte da frente.

Questionada sobre esses fatos, a empresa Ouro Verde respondeu ao Jornal Atenção que a lei não permite que os idosos sentem nos bancos de trás, uma vez que, se houver algum acidente, é mais fácil retirar as pessoas da parte da frente.

O que podemos fazer diante dessa situação?

lucro. É bom lembrar que as empresas de transpor-te recebem permissão do Estado e cabe ao Poder Público fiscalizar esse serviço. Por isso, pode-mos e devemos cobrar o

Poder Público. Uma boa opção é organizar um abaixo-assinado e mo-bilizar a população que depende dessa linha, e, ainda, buscar a Defenso-ria Pública, que tem um serviço especializado em proteção ao idoso.

A defensoria funcio-

na na cidade judiciária de Campinas, na Rua Francisco Xavier de Arruda Camargo, 300, Jardim Santana.

Assine o abaixo assi-nado na Flaskô.

Para maiores in-formações, ligue para 3832-8831

Page 5: Jornal Atenção - 5ª EDIÇÃO

05/brasil

Fabricantes de ar-mas e munições decla-raram à Justiça Eleito-ral ter doado mais de 1 milhão e meio de dó-lares a deputados.

O dinheiro finan-ciou congressistas da chamada bancada da bala. Esses deputados atuam no congresso o tempo todo defenden-do a indústria de armas

Os três políticos que mais recebe-ram recursos foram

reeleitos. São eles os deputados Onyx Lorenzoni(DEM-RS), Sandro Mabel(PR-GO) e Abelardo Lu-pion (DEM-PR). To-dos eles receberam dinheiro da Taurus e da Aniam (Associa-ção Nacional de Ar-mas e Munições), que reúne Taurus e CBC (Companhia Brasilei-

7Deputados receberam dinheiro da indústria bélica. Somente um não foi eleito em 2010.

Deputados se elegeram com dinheiro das armas

ra de Cartuchos). Outros políticos

financiados pelas ar-mas foram a senadora eleita Ana Amélia Le-mos (PP-RS), os de-putados federais Paes de Lira (PTC) e Vi-centinho (PT) e o es-tadual Fernando Ca-pez (PSDB). Desses, só Lira não conseguiu se reeleger.

Pais, mães, alunos, professores e outros funcionários da Escola Esta-dual Joaquim Álvares Cruz, localiza-da no bairro de Parelheiros, Zona Sul de São Paulo, se organizaram contra os abusos da direção da escola.

Essa direção cometeu vários ab-surdos. Chegou a permitir que um

Diretora de escola é deposta na Zona Sul de São Paulo

aluno fosse interrogado por um po-licial em uma sala de aula a portas fechadas.

A comunidade se organizou, jun-tou forças e conseguiu depor a gestora autoritária. Eis aí uma demonstração do que pode ser o Poder Popular no contexto de uma comunidade escolar.

Comunidade se organiza contra direção de escola pública na Zona Sul de São Paulo

No dia 17 de novembro, a Polícia Fe-deral deu início ao despejo do acampa-mento Osvaldo de Oliveira, na fazenda Bom Jardim, em Macaé (RJ).

O latifúndio, que foi ocupado por

Famílias Sem Terra sofrem despejo em Macaé

400 famílias Sem Terra no último dia 7 de setembro, tem 1600 hectares e foi considerado improdutivo pelo Institu-to Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) ainda em 2006, por não

cumprir com sua função social e am-biental.

No dia 1º de setembro, a fazenda foi decretada de interesse social para fins de Reforma Agrária. Mesmo assim, o proprietário pediu a reintegração de posse. Desde a ocupação, ruralistas e latifundiários da região aliados a parte do Judiciário local vêm se organizando para a realização do despejo.

As famílias denunciam que o pro-prietário da fazenda não respeita a le-gislação ambiental. A área de Reserva Legal não estava registrada no Ibama e as áreas de proteção permanente tam-bém não estavam protegidas. O MST propõe criar na área um assentamento com princípios agroecológicos e de for-ma cooperada.fonte: www.mst.org.br

Page 6: Jornal Atenção - 5ª EDIÇÃO

06 /mundo

Pouco se houve fa-lar da juventude nos EUA. Mas o ano de 2010 começou no EUA com uma marcha de 2.580Km organizada pelo Movimento Estu-dantil. O principal pon-to na pauta foi o fim

França: Trabalhadores vão as ruas

O presidente da França, Nicolás Sarko-zy, resolveu aumentar o tempo necessário para os trabalhadores se aposentarem de 60 para 62 anos. Isso faz parte do plano de go-

Juventude luta nos EUA.

Imigrantes lutam pelo fim da deportação de jovens

Foto: SWER

A faixa diz: “Aposentadoria. Em greve até aposentarmos!”

Quem aparece na foto é a americana Te-resa Lewis, de 41 anos, acusada de conspirar para matar o marido e o enteado. Foi mor-ta por injeção letal em 23/09.

A 12ª vez que uma mulher foi executada nos EUA. No mesmo período morreram 1.215 homens.

Lewis tinha um Q.I. de 72, sendo 70 o li-mite abaixo do qual se considera que a pessoa é portadora de defici-

Mulher é morta por injeção letal nos EUA

verno de tirar dinheiro e direitos dos trabalha-dores para ajudar os empresários, que estão cada vez mais endivi-dados. Neste caso, é a Reforma da Previdên-cia que está em ques-

tão.Os trabalhadores

sabem que isto faz par-te do plano de ajudar as irresponsabilidades dos empresários, que só querem aumentar os lucros e não se preocu-

pam com a qualidade de vida dos cidadãos franceses. Por conta disso foram às ruas e “fecharam” a França em protesto. Fecharam quase todas as estradas de acesso a Paris.

da deportação de jo-vens. Nos dois primei-ros anos do governo Obama nada mudou. E o Senado tem se re-cusado a votar uma lei que torna os estudantes Universitários, que es-tão há mais de 5 anos no pais cidadãos ame-ricanos.

O que acontece hoje

é que os estudantes são capturados, arrancados das salas de aula e de-portados. Muitos deles nascidos nos EUA, ou que passaram quase toda sua vida lá.

Por isso no colégio o movimento estudantil levantou a bandeira de defesa dos imigrantes.

“A High School é

uma máquina de as-similação, nossos co-legas nos veem como americanos. Cresce-mos juntos e não acei-taremos mais calados a separação ao atingir a maioridade”, afirma Felipe Matos, brasileiro e um dos dirigentes do Studentes Working for Equal Rights.

ência mental.Na mesma semana

o iraniano Ahmadine-jaad denunciou uma "campanha midiática contra o Irã" no caso Sakineh Mohammadi Ashtiani, uma irania-na de 43 anos con-denada à morte sob acusação de adultério e participação no as-sassinato do marido. A imprensa se mostra-va indignada contra a execução da iraniana mas calava-se sobre Teresa Lewis.

Page 7: Jornal Atenção - 5ª EDIÇÃO

07/cultura

O Museu da Ima-gem e do Som de Campinas, mais co-nhecido como MIS, é um dos poucos espa-ços culturais da cida-de com participação direta da população. O Museu funciona no Palácio dos Azulejos, no centro, oferecen-do diversas atividades

MIS Campinas: união de cultura e participação popular

mais de 2.000 filmes (em vídeo e em pelí-cula) e 20.000 discos no acervo musical. O Museu fica aberto de segunda a sábado, das 10h00 às 17h00, com possibilidade de vi-sitas agendadas para grupos e escolas. Aos interessados em pro-por alguma atividade

A população de Campinas e região foi pega de surpresa com a notícia da possível

Agenda Cultural

Abaixo-assinado é contra a transferência do MIS Campinas

judicará o acervo do Museu e provavel-mente impossibilita-rá a continuidade das

Museu da Imagem e do Som

Programação de Novembro / 2010

Exibição de filmes

A mulher sem cabeçaDia: 26 / 11 / 10 (sexta-feira) - 19h Direção: Lucrecia MartelAno: 2008 – (Argentina / França / Itália / Espanha)87 min

ServiçoDia: 27 / 11 / 10 às 16h Direção: Brillante Men-dozaAno: 2008 – (Filipinas)Para maiores de 18 anos. Aviso: inclui cenas de sexo explícito não pornográfico.

Rip – a história viva do punk

Dia: 29 / 11 / 10 às 19h

ExposiçõesNovo horário para visi-tação pública das expo-sições: de terça a sexta-feira, das 10h às 18h e sábados, das 10h às 16h.

Ponto InfinitoExposição coletiva de pesquisa e criação que reúne 47 artistas forman-dos em 2010 do curso de Artes Visuais com ênfase em Design da PUC Cam-pinas. Abertura: 12/11, às 20h.Visitação: de 13/11 a 04/12, de terça a sexta-feira, das 10h às 18h e sábados, das 10h às 16h.

Don Ramón: vida e obra nas artes circenses

Com a curadoria de Da-niel de Carvalho Lopes e Erminia Silva, a exposição retrata a vida de Ramón Martin Ferroni, Don Ra-món, um dos mais impor-tantes artistas de circo que atuou no Brasil. Abertura: 16 de novembro, às 16h.Visitação: de 17/11 a 11/12, de terça a sexta-feira, das 10h às 18h e sábados, das 10h às 16h.

Ciclo de filmes comen-tados “A Contempora-neidade do cinema de

David Lynch”Realização: Oficina Cultu-ral Hilda Hilst Coordenador: Márcia Mar-tins RamosA oficina gratuita é direcio-nada a adultos, cinéfilos, estudantes e interessados na filmografia de David Lynch e tem por intuito apresentar e debater con-ceitos e procedimentos envolvidos na obra deste importante cineasta.Período de Realização: 13/10 a 01/12 - quartas-fei-ras – 18h30 às 21h30Público: iniciantesFaixa Etária: adultosSeleção: primeiros inscritosInscrições: 04/10 a 13/10 Vagas: 30

Paradinha no MISAudições comentadas de LPsTom Jobim e Edu LoboDia 18/11, às 17h30, na sala de audição.

Maria BethâniaDia 25/11, às 17h30, na sala de audição.

diversas atividades culturais, artísticas e educativas, oferecidas gratuitamente.

Em resposta a esta ameaça, foi criado o Movimento MIS no Palácio, contra a transferência do Mu-seu, que vem divul-gando um abaixo-assinado para que a população se mani-feste.

Para quem quiser assinar a petição, está disponível no site:

http://www.miscam-pi n a s . c om . br / p e t i -cao_online.php

gratuitas, como exi-bição de filmes, ex-posições temporárias e permanentes, ofi-cinas e cursos. Além disso, o Museu conta com um riquíssimo acervo, acessível ao público, com 75 co-leções de fotografias ( a p r o x i m a d a m e n -te 35.000 imagens),

na programação ou participar de alguma atividade, basta entrar em contato ou compa-recer no Museu.

Endereço: Rua Regen-te Feijó, 859, Centro, Campinas. Tel: (19) 3236-7851 Site: http://www.mis-campinas.com.br/

transferência do MIS de sua atual sede: o Palácio dos Azulejos.

A mudança pre-

Page 8: Jornal Atenção - 5ª EDIÇÃO

0908 /fábrica de esporte e cultura

A fábrica ocupada Flaskô criou a Fábrica de Esportes e Cultura como protesto contra a falta de atividades culturais e esportivas na região de Sumaré, principal-mente em sua periferia. Junto com

O que é a Fábrica de Esportes e Cultura

Curso de Ballet – turma de 4 a 7 anos – 2ª a 6ª feira das 18h às 19h30 / turma acima de 8 anos – 3ª e 5ª das 19h20 às 21h

Oficinas Fábrica de Cultura Flaskô

Curso de Jazz – turma acima de 14 anos – sábado das 7h30 às 8h30Curso de Dança de Salão – turma aci-ma de 15 anos – 2ª das 19h30 às 20h30Curso História em Quadrinhos – todas as idades – 5ª das 14h às 15h30Cinema infanto-juvenil – todas as ida-des – 3ª às 15hMais informações: 3864-3491 (Carolina)

Jornal Atenção: Quais as atividades que acontecem na parte de esportes?

Cleber Dib: Aqui há alguns projetos da Secretaria de Esportes e Cultura, como o vôlei e o Projeto Cidadania com o judô e o tênis de mesa. Tínhamos também o Projeto 2º Tempo, do governo federal, mas este está em fase de renovação de-vido às eleições. No 2º Tempo são traba-lhados esportes coletivos, o esporte do ponto de vista social. Dentro deste projeto temos futebol, vôlei e iniciação de xadrez e dama. Pela Associação Dib trabalhamos o xadrez e a dama para competição. Tive-mos uma equipe mista de damas e uma de tênis de mesa feminina vice-campeãs dos jogos regionais de 2010 e ganhamos medalha de bronze com o xadrez. Todos estes representando a cidade de Sumaré.

J. Atenção: Quantas crianças e jovens frequentam o espaço semanalmente?

Dib: Entre 150 e 200 crianças e jovens diferentes e 25 adultos e idosos. Alguns vêm até mesmo em horário que não tem aula. Jogam futebol, pingue-pongue...

Cleber Dib fala sobre a Fábrica de Esportes e Cultura

J. Atenção: Qual é a luta aqui da parte de esportes?

Dib: Temos uma luta diária para que as crianças tenham uma vivência de esporte, uma oportunidade de mu-dança de vida. Muitas delas tinham problemas na escola e, depois de co-meçar a praticar esportes, melhoraram muito seu desempenho. Queremos tirar as crianças da rua, das drogas. Além disso temos uma grande difi-culdade de manutenção do espaço. A prefeitura não paga por ela porque es-tamos em uma propriedade particular.

J. Atenção: Você é à favor da desa-propriação deste espaço?

Dib: Sim. Se a prefeitura desapro-priasse este espaço ela teria que se res-ponsabilizar pela estrutura, pela lim-peza, pela manutenção. Poderíamos ir além da iniciação ao esporte e nos tor-nar um centro de treinamentos.

Ao final da entrevista Cleber Dib agradeceu à Secretaria de Esportes e Cultura pela parceria.

Entrevista: a Associação Dib e alguns pais de alunos, transformaram um galpão abandonado da fábrica neste espa-ço de lazer aberto à comunidade.

Alguns coletivos foram se jun-tando à Fábrica de Esportes e Cul-tura, como é o caso do grupo de capoeira Raízes Baianas, o grupo de teatro Cassandra e Coletivo Mi-séria de história em quadrinhos. Atualmente a Secretaria de Espor-tes e Cultura mantém ali atividades como judô e o projeto 2º Tempo.

Há o desejo de que a prefeitura transforme o projeto em curso em um projeto público com recursos e com a transformação da Fábrica de Cultura e Esporte em um cen-tro cultural e esportivo municipal controlado democraticamente por seus professores, seus alunos e pela comunidade.

A Fábrica de Esportes e Cultura está aberta para sugestões, críticas e novas oficinas. Venha você tam-bém fazer parte da construção des-te espaço coletivo!

Page 9: Jornal Atenção - 5ª EDIÇÃO

09/trabalho

Na manhã da últi-ma quarta-feira, 4 de novembro, ocorreu um grave acidente na Fênix Lubrificantes, indústria petroquímica de Paulí-nia.

Três operários sãoassassinados pelo lucro

Uma explosão segui-da de incêndio no setor de clarificação de óleo matou na hora um jo-vem de 25 anos, Valde-mir Cabral. Além dele, mais dois trabalhadores,

Cristiano Barbosa de 37 anos, e Nicolau Luis Drosdoki, de 44 anos, ficaram gravemente feri-dos com as queimaduras e faleceram nessa quinta e sexta-feira.

Explosão e incêndio em fábrica de Paulínia mata três trabalhadores

Foto: quimicosunificados.com.br

www.memoriaoperaria.org.br

Os trabalhadores quimicos de campinas e região realizaram as-sembléia em 14/11 para discutir a campanha salarial.

A assembléia discutiu a propos-ta patronal de 8% de reajuste, o que significaria em torno de 2% de au-mento real. As intervenções em real afirmavam que era possível mais. No entanto como não havia mais negociação foi aprovado aceitar e continuar a luta em cada fábrica.

Também foi discutido a neces-sidade de se fazer a campanha pela redução da jornada de trabalho para 40h. Os trabalhadores da Flaskô

Químicos discutem campanha salarial

apresentaram a proposta de realizar um plebliscito, antecedido de uma campanha de esclarecimento até o Primeiro de Maio.

A taxa negocial, apresentada pela patronal também foi discu-tida: após diversas intervenções foi aprovado por maioria. Foi es-clarecido pelos trabalhadores da Flaskô e por membro da oposição que é importante o sindicato dis-cutir a questão mais profundamen-te. Principalmente porque entende que a luta dos trabalhadores deve ser sustentada pelos esforço dos proprios trabalhadores.

A Federação dos patrões (FIESP) discute o risco de desindutrialização em função do aumento das importa-ções. Os trabalhadores devem saber o que fazer: fábrica fechada é fábrica ocupada, que deve ser estatizada sob o controle dos trabalhadores.

Mesmo com a economia em cres-cimento continuam os fechamentos de fábricas. Ao mesmo tempo que o desemprego diminui. Ocorre que as multinacionais estão concentran-

Fábricas continuam fechando

do sua produção e o desemprego cai principalmente com o trabalho na construção civil. O que farão os operários quando as construições acabarem?

Por isso a importância de se dis-cutir a ocupação das fábricas. A CUT em Pernambuco se enfrenta com o fechamento da Philips Eletrô-nica do Nordeste.

O Jornal Atenção tem acompa-nhado a questão e voltará ao tema.

Page 10: Jornal Atenção - 5ª EDIÇÃO

10 /humor

O Dia Em Que o Morro Descer e Não For Carnaval

O dia em que o morro descer e não for carnavalninguém vai ficar pra assistir o desfile finalna entrada rajada de fogos pra quem nunca viuvai ser de escopeta, metralha, granada e fuzil(é a guerra civil)

No dia em que o morro descer e não for carnavalnão vai nem dar tempo de ter o ensaio gerale cada uma ala da escola será uma quadrilhaa evolução já vai ser de guerrilhae a alegoria um tremendo arsenalo tema do enredo vai ser a cidade partidano dia em que o couro comer na avenidase o morro descer e não for carnaval

O povo virá de cortiço, alagado e favelamostrando a miséria sobre a passarelasem a fantasia que sai no jornalvai ser uma única escola, uma só bateriaquem vai ser jurado? Ninguém gostariaque desfile assim não vai ter nada igual

Não tem órgão oficial, nem governo, nem Liganem autoridade que compre essa briganinguém sabe a força desse pessoalmelhor é o Poder devolver à esse povo a alegriasenão todo mundo vai sambar no diaem que o morro descer e não for carnaval.

Wilson das Neves (1936) é baterista, cantor e compositor. Carioca, tocou bateria com vários artistas brasileiros, como Cartola, Nelson Cavaquinho, Elis Regina e Chico Buarque.

Coletivo M

iséria: Para ler m

ais charges entre em m

iseriahq.blogspot.comP

ara ler mais tirinhas entre em

tirasdamiseria.blogspot.com

Page 11: Jornal Atenção - 5ª EDIÇÃO

suplemento Infantil

Jornal

Que nome deve ter a parte infantil do jornal atenção?Mande sua sugestão de nome para [email protected] com o título sugestão de nome.

Page 12: Jornal Atenção - 5ª EDIÇÃO

fazendoarte

Desenhos: Ícaro, Willian, Guilherme, Rogério, Kauan, Adriano e Gabriel, pessoal do Bom Retiro, Vila Operária e Parque Bandeirantes, que participam do curso de quadrinhos. Quadrinho coletivo feito por todos os participantes do curso de História em Quadrinho que acontece

todas as quintas-feiras, as 14h, na Fábrica de Esporte e Cultura da Flaskô

Page 13: Jornal Atenção - 5ª EDIÇÃO

MACACOGALINHA

URSOGIRAFACAVALOOVELHA

CACHORROBOI

ONÇATIGREVACA

COELHO

cruzadinha

o que e, o

que e?

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`

1-Que mesmo sendo seu, é mais usado pelos outros?2-Que sempre cai, mas nunca se machuca?3-Que fala e ouve, mas não é gente?4-Que quando estamos deitados está em pé, e quando estamos em pé está deitado?

RESPOSTAS: 1. Nome - 2. Chuva 3. Telefone 4. Pé

Endereço: Av. Engº Jaime Pinheiro Ulhoa Cintra, nº 2355 – Pq. Bandeirantes Contato: [email protected] – 3832 8831 – 3864 3491 (Carolina)

Page 14: Jornal Atenção - 5ª EDIÇÃO

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Page 15: Jornal Atenção - 5ª EDIÇÃO

09 11/Vila Operária

A ocupação, hoje denominada Vila Ope-rária e Popular está localizada no terreno pertencente à antiga fábrica ocupada Ci-pla. No mesmo terreno onde se encontra a fa-brica ocupada Flaskô.

Há mais de cinco anos os trabalhadores da Flaskô e as famílias sem teto da região se unirão para ocupar o terreno e construir a ocupação de moradia batizada Vila Opera-ria e Popular. Uma luta que se iniciou exigin-

Muitos moradores se pergun-tam sobre as garantias de suas ca-sas. Fomos conversar com o Dr. Alexandre Mandl sobre a questão.

Jornal Atenção: Há algum pe-rigo para os moradores?

Mandl: Sim. Sempre na luta do povo trabalhador há perigos. O primeiro é que o patrão e a pró-pria justiça pode atacar a qual-quer momento. O segundo é que podemos deixar de lutar, e nos

Vila Operária e Populardo água e saneamento na prefeitura e hoje já discute a regularização dos lotes.

Todo o terreno está penhorado por dívidas dos patrões com o go-verno, e atualmente a comissão de fábrica da Flaskô responde por sua manutenção.

Por isso os traba-lhadores da Flaskô têm como decisão lutar pela declaração de in-teresse social para de-sapropriação da área e regularização da Vila Operária. Ato público realizado em 16 de julho mostrou a força dos trabalhores e moradores da Vila Operária

Há perigo na Vila?

desunir, e sem luta não vamos con-quistar nada.

Jornal Atenção: Como podem ser regularizadas as moradias?

Mandl: Em primeiro lugar é im-portante saber que temos acompa-nhado cotidianamente a questão. A maneira em que chegamos mais fácil é a declaração de interesse so-cial para desapropriação do terre-no. A prefeitura alega que não te-ria dinheiro para a desapropriação,

mas na realidade as dívidas dos proprietários são maiores que os valores, assim bastaria fazer uma compensação tributária.

Jornal Atenção: Qual a impor-tância da unidade dos moradores da Vila Operária e a luta dos traba-lhadores da Flaskô?

Mandl: Esta pergunta é muito importante. Em primeiro lugar foi a luta dos trabalhadores da Flaskô que abriu o caminho para a luta por moradia. Que impediu que o dono entrasse com um pedido de reintegração de posse e outras me-didas contra os moradores. Em se-gundo lugar também será a força da luta dos operários por seus em-pregos, pela estatização da fábrica

que pode também abrir uma sa-ída para os moradores da Vila. Um exemplo importante para entendermos isso: quando no iní-cio deste ano resolvemos iniciar a luta da Flaskô com mais força em Sumaré e com a proposta de passeata em direção a prefeitura, nossa força acabou conquistando em junho uma lei que obrigado o poder público a colocar água e es-goto em áreas irregulares.

Assim foi a mesma coisa agora em novembro, pautando as obri-gações da prefeitura vamos avan-çando também na defesa da Vila Operária

Por isso penso que temos que nos unir mais e mais. Construir um comitê de moradores e traba-lhadores para avançar.

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09 09

Em 16 de novembro os trabalhado-res da fábrica ocupada Flaskô realiza-ram um grande ato público na prefeitu-ra de Sumaré. Com o apoio de diversas entidades a passeata tomou o centro da cidade e contou com a presença do MST, do MTST, de estudantes, do Sin-dicato dos Quimicos Unificados, do Sindicato dos Vidreiros de São Paulo, do Sindicato dos Metalurgicos de Jaca-rei e outras entidades.

O ato foi continuidade da campanha pela declaração de interesse social de toda a fábrica, incluindo o terreno onde está construída a Vila Operária e Po-pular (veja materia nesta edição) com o objetivo de avançar na estatização da fábrica e na regularização das moradias na Vila.

Depois de uma grande pressão o prefeito da cidade recebeu uma comis-

são de trabalhadores da fábrica e de re-presentantes da Vila Operária. “O pre-feito disse que não pode desapropriar pois teria que pagar uma indenização aos patrões, mas isto não é verdade pois os patrões devem mais de 120 milhões de reais”, disse Fernando Gomes, traba-lhador da Flaskô, após o ato.

Como conclusão foi formada uma comissão para dar encaminhamentos no sentido da desapropriação da fábri-ca e da Vila Operária. Nesta comissão os trabalhadores, representantes da Vila Operária e a prefeitura pretendem avançar no entendimento até o mês de fevereiro de 2011 para poderem adota-rar uma solução.

A prefeitura também se compro-meteu a agendar uma reunião com a nova presidente, Dilma Roussef, no inicio do ano.

Há oito anos o Mo-vimento das Fábricas Ocupadas luta pela bandeira de estatiza-ção sob o controle dos trabalhadores de toda fábrica fálida ocupa-da pelos operários. Eles entendem que as fábricas devem ser es-

O que querem os trabalhadores da Flaskô

tatizadas para serem de propriedade social.

O movimento rea-lizou oito Caravanas a Brasilia com esta reivindicação. Desde 10/02/2010 os traba-lhadores apresenta-ram um projeto de Lei em Sumaré que preve

a desapropriação da Flaskô dos antigos pa-trões pela prefeitura de Sumaré. A fábrica seria transferida para o estado sob o contro-le dos trabalhadores e o terreno onde está a Vila Operária se-ria regularizado para

fins de Moradia, as-sim como o galpão da fábrica de esporte e cultura seria transfor-mado em um grande centro cultural muni-cipal controlado de-mocraticamente pela juventude, pelos ar-tistas e professores de

esportes.Esta medida pode

ser feita por meio de um decreto municipal baseado no Interesse Social, como preve a lei 4.132 de 1962.

O que diz a lei:

Art. 1º A desapro-priação por interesse social será decretada para promover a justa distribuição da pro-priedade ou condicio-nar o seu uso ao bem

estar social, na forma do art. 147 da Consti-tuição Federal.

Art. 2º Considera-se de interesse social: I - o aproveitamento de todo bem improdutivo ou explorado sem cor-respondência com as necessidades de habi-tação, trabalho e con-sumo dos centros de população a que deve ou possa suprir por seu destino econômico.

Ato na Prefeitura de Sumaré exige solução para a Flaskô

12 /fábrica ocupada

Imagens retiradas do vídeo sobre o Ato em Sumaré, que pode ser visto no canal na TV Flaskô em: www.youtube.com/mobilizacaoflasko

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09 13

Nos dias 11 e 12/12 os trabalhadores da fá-brica ocupada Flaskô realizarão um encontro para discutir as pers-pectivas para a luta dos trabalhadores em 2011. Diante da eleição de um novo governo, os traba-lhadores convidam os movimentos populares e sindicais a participa-rem desta reflexão sobre como fazer avançar a luta de classes.

“Nós temos que or-ganizar desde hoje uma grande caravana com os sem terra, os sem teto, e todos os trabalhado-res, para uma grande marcha. Não podemos esperar. Nestes 7 anos fizemos todo ano uma caravana, por isso ago-ra, neste encontro de dezembro precisamos decidir ir todo mundo junto”, disse Carlão, tra-balhador da Flaskô.

A proposta apresen-tada pelo Conselho da Flaskô é uma caravana no mês de abril do próxi-mo ano. O encontro con-tará com a participação do MST, do MTST, do Comitê pelo Direito de Lutar de Campinas e ou-tras entidades dos traba-lhadores e da juventude.

Mudança na data do Encontro na Flaskô

Programação:

Dia 11/12

9h inscrições e café

9h 30 Mesa de Abertura: Serge Goulart – Movimento das Fábricas Ocupadas

11h Mesa de Criminalização: MST, MTST, Abraço, Movimento Fábricas Ocupadas

12h almoço e exposições de fotos

14h Mesa: A luta pela Estatização da Flaskô

15h Mesa: A luta pela (r)estatização no Brasil

Dia 12/12

10 horas: Circulo de debates sobre comunicação e cultura.

Peça de teatro: Exceção e a Regra

Lançamento do livro Flaskô: Fábrica Ocupada sobre a luta da Flaskô.

Lançamento do Livro: Flaskô: Fábrica Ocupada

O que você faria se fosse demitido hoje? No dia 12 de dezem-bro acontece, em Su-maré, o lançamento do livro Flaskô: Fábri-ca Ocupada. A repor-tagem humanizada, dos jornalistas Lucia-no Claudino e Cami-la Delmondes, relata o drama vivido por

trabalhadores do mu-nicípio, em junho de 2003, diante do fan-tasma do desemprego.

A narrativa descre-ve o drama diante da situação iminente de falência, os momen-tos que antecedem a ocupação, a conjun-tura política da época, com a eleição de Luis Inácio Lula da Silva para presidente da re-pública e a luta diária para manter a fábrica em funcionamento.

Imagens retiradas do vídeo sobre o Ato em Sumaré, que pode ser visto no canal na TV Flaskô em: www.youtube.com/mobilizacaoflasko

Page 18: Jornal Atenção - 5ª EDIÇÃO

14 /galeria LUTA

Ato Contra Bush - 9 de março de 2007

Prefeito Bacchin promete ajuda a Vila

Operária e Flaskô - 8 de fevereiro de 2006

Acampamento João Cândido 7 de maio de 2007

4ª Caravana dos trabalhadores da Flaskô à Brasília - 19 Julho de 2006

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4ª Caravana dos trabalhadores da Flaskô à Brasília - 19 Julho de 2006

Ato do MTD – Palácio Governo do Rio Grande do Sul - 19 de abril de 2007

Fábrica ainda Ocupada Cipla, em

Joinville-SC - 2 de maio de

2007

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16 /campo

Nos assentamentos e acampamentos do MST o “setor de gênero” discute e atua na solução dos pro-blemas que as mulheres sofrem no seu cotidiano. O coletivo de mulheres Luísa Mahin surgiu na região de Campinas em 2007 devido à necessi-dade das mulheres se or-ganizarem e lutarem por seus direitos. Além das mulheres travarem a luta política por terra, trabalho e moradia, lutam cotidia-namente para sobreviver. E, como se não bastasse,

O MST (Movimento dos Trabalhadores Ru-rais Sem-Terra) luta pela Reforma Agrária, isto é, pela distribuição de ter-ras entre os trabalhadores rurais. Pressionaram nos últimos anos para que o Governo Lula cumpris-se o prometido. Porém

No Governo Dilma vamos à luta pelos nossos direitos!

a política de criação de assentamentos foi aban-donada. Em 2009, 55.498 famílias foram assenta-das em todo o país, sendo que a meta no início do governo era de 250 mil famílias por ano.

Em 2009, foram cor-tados ‘em função da crise’

41% dos recursos des-tinados a reforma agrá-ria. Nesse ano também houve corte de 62% no orçamento do programa de educação agrária. Já os empresários do campo - o agronegócio - ganha-ram uma ajuda do gover-no de R$ 12 bilhões.

O governo desrespei-tou as próprias metas, criou assentamentos sem acabar com a injustiça na distruibuição de terras e não enfrentou os milio-nários do campo.

A eleição de Dilma Roussef (PT) também não garante conquistas sociais aos trabalhado-res e trabalhadoras. Se quisermos ter uma vida digna, com terra, traba-lho, saúde, alimentação, moradia de qualidade, precisamos nos unir e ir à luta!

Toda conquista é fru-to da luta dos trabalha-dores!

No Governo Dilma, vamos à Luta!

As mulheres do MST: produção, organização e luta

A eleição de Dilma não garante conquista, mas a luta sim

Quem foi Luiza Mahin

Luiza Mahin foi uma ex-escrava africa-na que lutou toda sua vida pela libertação dos escravos. Viveu em Salvador, na Bahia e foi liberta da escravi-dão em 1812. De sua

Luísa participou de todas as revoltas e le-vantes de escravos que sacudiram a Bahia nas primeiras décadas do século XIX. Esteve envolvida na Revol-ta dos Malês (1835) e na Sabinada (1837-1838). Caso o levante dos malês tivesse sido vitorioso, Luísa teria se tornado Rainha da Bahia.

1935Luiza Mahin poderia ter se tornado Rainha da Bahia, no caso da vitória dos Malês tivesse acontecido.

união com um por-tuguês, nasceu Luís Gama - poeta que de-fendia o fim da escra-vidão.

necessitam também lu-tar contra o machismo, o abuso e a violência que sofrem pelo simples fato de serem mulheres.

No último mês as mulheres desse coletivo organizaram uma expo-sição de fotos durante a 3a Mostra Luta. Através dessas fotos tiradas pe-las próprias mulheres foi possível mostrar imagens do MST e do cotidiano das mulheres que não aparecem na grande mí-dia empresarial.

“Queremos mostrar

as nossas lutas: a luta por justiça social; luta por terra, trabalho e moradia; luta pela sobrevivência; luta por reconhecimento, respeito e dignidade; luta pela igualdade de genero e pela diversidade sexu-al; luta pela igualdade de direitos entre homens e mulheres; luta pelo fim das opressões, do ma-chismo e da homofobia; resumindo, a luta pela verdadeira transforma-ção social! Por isso, nos-so lema é: Mulheres uni-das na luta e na vida!”

Produção das mulheres

O coletivo de produção das mu-lheres do MST pro-duz pães, chips de banana e mandioca e bolachinhas e se-quilhos deliciosos.

Prove você e sa-boreie também os frutos dessa luta justa.

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17/direitos

É comum vermos trabalhadores sendo “contratados” por pa-trões como prestadores de serviço, ou como autônomo, sem regis-tro na carteira de tra-balho.

Na maioria das ve-zes o que se percebe é que os trabalhadores são verdadeiros em-pregados e não estão recebendo os direitos devidos. Segundo a lei, empregado é aque-le que recebe salário (por hora, mensal, por obra ou por comis-são), exerce sua função com pessoalidade (não pode enviar outro em-pregado em seu lugar),

Ao comemorarmos o dia da consci-ência negra, devemos ter muito claro: a luta contra o racismo deve ser feita na perspectiva da luta contra o capitalis-mo, como nos ensina este grande líder da África do Sul.

O que nos une ou o que nos separa é nossa posição como patrão e peão, trabalhador e empresário. Vivemos numa sociedade racista, e devemos lu-tar contra o racismo, que é criado para dividir a classe trabalhadora. Mas, a burguesia é hipócrita e diz que vive-mos numa plena democracia. Diz que vivemos em plena igualdade. Sabemos que não é bem assim.

Devemos combater a burguesia racista e todas as formas de opressão. Nesta linha, há um importante movi-

Trabalhador sem registro na carteira

Fraudes na relação de trabalho

são subordinados (re-cebem ordens) e exer-cem a atividade com certa freqüência (todos os dias ou até mesmo duas vezes por sema-na).

A fraude acontece porque os patrões não querem pagar todos os direitos trabalhistas do empregado, como o Fundo de Garantia, férias, décimo terceiro, etc.

A categoria que mais sofre com essa atitude são as empre-gadas domésticas, que já não tem muitos di-reitos garantidos em lei, e ainda, sofrem com fraudes no seu

contrato de trabalho. Os trabalhadores

devem ficar atentos aos seus direitos e exigir o registro na carteira de trabalho, pois isso é importante para a contagem do tempo para aposentadoria. Em último caso, a Jus-tiça do Trabalho é o meio para resolver esse tipo de situação, onde o trabalhador deverá fazer prova de que era realmente emprega-do, devendo o patrão ser condenado ao pa-gamento de todas as verbas devidas durante todo o período em que o trabalhador prestou serviço para ele.

A categoria que mais sofre com o problema da carteira assinada são as domésticas

“Racismo e Capitalismo são faces da mesma moeda” (Steve Biko)

mento de luta contra o racismo cha-mado "Movimento Negro Socialista". Veja mais em www.mns.org.br

Junto com a luta política, um dos instrumentos para combater o racis-mo é denunciar! Racismo é crime! A Constituição Federal de 1988, em seu artigo 5º, inciso XLII, passou a consi-derar a prática do racismo como crime sem direito à fiança e sem prescrição. A Lei 8081/90 acrescentou o art. 20 à lei anterior, a Lei nº 7.716/89: Praticar, induzir ou incitar, pelos meios de co-municação social ou por publicação de qualquer natureza, a discriminação ou preconceito de raça, cor, religião, etnia ou procedência nacional. Pena: reclusão(prisão) de 2 (dois) a 5 (cinco) anos.

Ainda hoje há trabalhadores em condições de escravidão. Nos campos são muitos os ca-sos, mas também nos grandes centros urbanos, como foi o caso recentemente divulgado da empresa Marisa, que foi multa-da pelo Ministério Público do Trabalho porque mantinha tra-balhadores bolivianos em con-dições desumanas.

A escravidão nos dias atuais

Você sabia que... Há um projeto de emenda constitucional (PEC do trabalho escravo) que pretende incluir nas hipóteses de desapropriação, sem direito à indenização, proprieda-de que mantém trabalhadores em condições de escravidão.

O crime de escravidão (art. 149 do Código Penal) tem pena menor do que a de furto de carro. Para o legislador o patrimônio vale mais que a dignidade do ser humano!

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18 /juventude

A Rede da Juventu-de pelo Meio Ambien-te e Sustentabilidade (REJUMA) se carac-teriza como rede au-togestionada, está pre-sente em todo o país, criando ou articulan-

Rede da Juventude e Meio Ambiente terá V Encontro Nacional

do estruturas organi-zacionais em escolas, comunidades e espaços de relevância socioam-biental.

A rede se prepara para o V Encontro Na-cional de Juventude e

Meio Ambiente, de 8 a 12 de dezembro em Brasí-lia, onde 120 jovens com idade entre 15 e 29 anos devem discutir o futuro das Políticas Públicas de Juventude e Meio Am-biente no Brasil.

QUANDO:8 à 12 de dezembro 2010

ONDE:Brasília-DF

Com o movimento da cultura negra,seja o rap, reggae, o funk, e juntamente com o sam-ba brasileiro, os ataques racistas aumentaram muito nos anos 80.

O jovem negro ga-nhou estilo com as in-fluências africanas que vieram de vários lu-gares do mundo. Mas, ainda hoje em dia, se um “muleque” do rap usando calças largas, bonés, cabelo black po-wer, entrar num restau-rante, por exemplo, já é discriminado na hora.

Até por aqueles que dizem: “não sou racis-ta”. Ou um jovem, ca-belo rasta, não importa

Consciência Jovem e Negrapor onde passa é tacha-do de drogado, nunca é bem visto pela socieda-de.

O racismo não é só desmerecer uma pes-soa, só por causa da cor de sua pele. Racis-mo também é desme-recer a cultura negra: as músicas, o modo de vida, jeito de se vestir, as tradições e as lutas dos antepassados ne-gros.

No Brasil e em vá-rios lugares do mun-do onde a cultura dos povos negros se espa-lharam, desde a época em que os africanos foram forçados a dei-xar sua Mãe África.

O Enem foi marcado por muitos protestos dos estudantes, após erros na aplicação da prova nacio-nal. No Rio de Janeiro cer-ca de 300 estudantes fize-ram na sexta-feira (12/11) uma manifestação contra o que consideram de-

sordem no Enem. Eles se concentraram na Ci-nelândia e caminharam, com narizes de palhaço, caras-pintadas, carro de som e faixas, até o Palácio Gustavo Capanema, onde funciona a sede do Minis-tério da Educação (MEC).

Erros no ENEM geram protestos

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19/esporte

Aconteceu em São Paulo neste sába-do, dia 6, a primeira Copa Dos Movimen-tos. O evento foi pu-xado pelo Autôno-mos F.C., um time de futebol fundado em 2006 “com espí-rito anárquico”, como dizem, e foi fruto do encontro deste time com a Frente De Luta Por Moradia (FLM)

Futebol e moradia

em algumas ocupa-ções por moradia. Ao final da Copa houve um amistoso entre o Autônomos e o time da FLM.

A Copa ocorreu no Centro Desporti-vo Municipal Bento Bicudo, no bairro da Lapa, em São Paulo, próximo à Ponte do Piqueri e durou quase todo o dia. Além dos

dois times pioneiros, participaram tam-bém MST, Movimen-to pelo Passe-Livre, Associação Nacional dos Torcedores, Rá-dio Várzea, Movi-mento Rua São Jorge (Gaviões da Fiel) e Ativismo ABC.

Durante o torneio, foram armadas bar-racas dos movimen-tos sociais divulgan-do suas lutas, suas necessidades e sua solidariedade. Soli-dariedade essa que foi práticada inclusi-ve com arrecadação de alimentos, roupas, colchonetes e mate-rial escolar para as famílias das ocupa-ções do centro de São Paulo.

Fonte: Autônomos F.C.

Integração e solidariedade

Alimentos, roupas e material escolar foram arrecadados no evento

II SOU ÁFRICA EM TODOS OS SENTIDOS

Casa de Cultura Fazenda RoseiraAv. John Boyd Dunlop, s/n. - Em frente a PUC II - dentro do loteamento – Caminho das Árvores

Do dia 15/11 (seg) ao dia 28/11 (dom)Para ver a programação completa: http://comu-nidadejongoditoribeiro.blogspot.com

Destaque para as progra-mações:

19/11 (sex) - Meio Am-biente/Natureza - Essên-cia Ancestral10h (Oficina) Meio Ambiente e Mestres dos Saberes14h (Debate/Cinema) – A Semente da Memória16h Atividade Cultural:

Exibição de filme19h – Tambores de Ouro

20/11 (sab) – Viva Zumbi dos PalmaresFilme: Ninguém Leva Nossa Casa15h Roda da Comunida-de Jongo Dito Ribeiro na Mãe Preta

21/11 (dom) - Povos Tradicionais de Terreiro: Curiosidades e Ensina-mentos10h Benção dos Povos Tradicionais de TerreiroToques, Comidas, Vestuá-rios: Cultura ou Tradição?14h (Roda de Conversa) – BAOBÁ - Lideran-ças de povos e culturas tradicionais, TC – Casa de Cultura Tainã/Rede Mocambos16h (Debate/Cinema) A Rota dos Orixás - Saúde, Educação, Resistência e TradiçãoAtividade Cultural: Leitura: As Mulheres de Xangô!

27/11 (sab) - Memórias da Cidade e Movimentos Sociais10h (Roda de Conversa) Memórias da Cidade e Movimentos Sociais13h (Roteiro Afro de Campinas) Memórias da Cidade de Campinas 17h Atividade Cultural

28/11 (dom) - Troca de Saberes/Rede Trançan-do a Vida e O Estilo da Negritude10h (Oficina) Maquila-gem e Como se Vestir bem/ Desfile Improvisa-do(Oficina de Tranças) Mu-lheres da Rede Trançan-do a Vida14h (Oficina de MC, Discotecagem e Grafite) – Movimento Hip Hop e Participação da Família MLK18h Encerramento do II Sou África em Todos os Sentidos

Agenda CulturalEspecial: mês da consciência negra

Neste sábado (20/11), às 15h30, no Centro Esportivo, ocorrerá a partida que vai definir o campeão do título Veterano 2010. Mas independente do time que vença, o título ficará no Bom Retiro.

Isso porque em partida disputada pelas semi-finais, E.C. Bom Retiro ven-ceu no sábado (12), no Campo do Ma-

Título Veterano ficará no Bom Retiro

tão o Grêmio Esportivo Família Unida pelo placar de 2 a 1.

Com este resultado o E.C. Bom Re-tiro vai fazer a final com o União Bom Retiro (que bateu o União Bandeirante).

No clássico local, o Esporte Clube tem a vantagem de só precisar de um empate pra ser campeão, mas o União promete muita garra. O E.C. Bom Retiro precisa só de um empate para ficar com o título de 2010

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20 /Moradia

Mini MercadoLegumes,Verduras,

Salgados, pastéis, lanches, churrasquinhos

Oficina de costuraVenham conhecer!Em frente à escola

Do Jd. DenadaiTEL: (19) 9810 5007

Feira Popular Zumbi dos Palmares, todas as semanas de terça à domingo

A nossa conquista foi construída com as mãos de muitas pessoas, com o suor e com as lágrimas de todos os acampados, coordenadores, aliados políticos, ou seja, todos aqueles que se dedicaram de alguma maneira para ver a bandeira do MTST erguida. É com muita sa-tisfação que chamamos a todos e a todas para o aniversário de dois anos do acampamento Zumbi dos Palmares que se rea-lizará nos dias 20 e 21 de novembro.

Acampamento Zumbi dos Palmares convida todos para aniversário de dois anos

No dia 15 de no-vembro o Acampa-mento Zumbi dos Palmares do MTST (Movimento dos Tra-balhadores Sem Teto) comemora o 2º ani-versário na cidade de Sumaré.

“Foram dois anos de muitas lutas em-baixo de sol e de chuva, com muitos sorrisos e choros. Continuamos com os pés fincados na terra e organizados, tanto no acampamento quanto nos núcleos nos bair-ros .Neste processo encontramos diver-sas dificuldades, por-que nos deparamos com uma prefeitura do Partido dos Tra-balhadores intransi-gente que se negava a negociar com os tra-balhadores sem-teto”, contou um morador do acampamento pro Jornal Atenção.

Lutadores do MTST acamparam na frente da casa

de Lula

Depois da última liminar de despejo, no

Acampamento Zumbi dos Palmares completa dois anos

mês agosto de 2009, os moradores do acam-pamento Zumbi foram para o tudo ou nada e realizaram um acam-pamento em frente à casa do Presidente Lula. Lá enfrentaram muito frio e chuva e conseguiram uma abertura para negociar diretamente com o Go-verno Federal, que fez a ponte com a Prefeitu-ra de Sumaré.

“Hoje temos uma demanda fechada de 835 casas para serem construídas em Hor-tolândia e Sumaré. Em Hortolândia o projeto já foi assina-do e as construções já começaram. Em Su-maré as coisas estão atrasadas e estamos enfrentando um lon-go processo burocrá-tico para ter o projeto assinado. Atualmente está sendo analisado pelo cartório e pela Prefeitura, após isso será encerrado pela análise da Caixa Eco-nômica Federal com a assinatura final para serem iniciadas as construções.”, infor-mou o movimento.

Placa no acampamento Zumbi dos Palmares deixa claro a força e o poder do povo