jornal atenção - 4ª edição

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WWW.FABRICASOCUPADAS.ORG.BR R$ 0,50 solidário: R$ 1,00 03 de Novembro de 2010 Edição Nº 4 Como uma família pode morar com conforto nas casas populares? {pág 03} Meia casa, meia vida Secretaria dos Direitos Humanos desmente Serra PNDH - Saiba mais sobre o programa {pág 04} As estatizações na Venezuela Trabalhadores estão ocupando as fábricas e pressionando o governo. {pág 05} Haiti aguarda ajuda internacional Após terremoto, país sofre com epidemia de cólera {pág 05} Banda internacional faz homenagem ao MST {pág 06} SUMARÉ: Fumaça é campeão amador {pág 15} INJUSTO: Estudante da Unicamp é dopada {pág 14} ENTREVISTA: Coordenador do Conselho de Fábrica da Flaskô, Pedro Santinho, fala sobre a situação da fábrica e a luta dos trabalhadores {pág 08/09} ENTREVISTA: Assentado da Comuna Elizabeth fala sobre a luta pela terra {pág 03}

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Jornal Atenção - 4ª Edição

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Page 1: Jornal Atenção - 4ª Edição

WWW.FABRICASOCUPADAS.ORG.BR

Jornal

R$ 0,50solidário: R$ 1,00

03 de Novembro de 2010Edição Nº 4

Como uma família pode morar com conforto nas casas populares? {pág 03}

Meia casa, meia vida

Secretaria dos Direitos Humanos desmente Serra

PNDH - Saiba mais sobre o programa {pág 04}

As estatizações na Venezuela

Trabalhadores estão ocupando as fábricas e pressionando o governo. {pág 05}

Haiti aguarda ajuda internacional

Após terremoto, país sofre com epidemia de cólera {pág 05}

Banda internacional faz homenagem ao MST{pág 06}

SUMARÉ: Fumaça é campeão amador {pág 15}

INJUSTO: Estudante da Unicamp é dopada {pág 14}

ENTREVISTA: Coordenador do Conselho de Fábrica da Flaskô, Pedro Santinho, fala sobre a situação da fábrica e a luta dos trabalhadores {pág 08/09}

ENTREVISTA: Assentado da Comuna Elizabeth fala sobre a luta pela terra {pág 03}

Page 2: Jornal Atenção - 4ª Edição

02 /opinião

Jornal Atenção – Publicação da Associação Centro de Memória Operária e PopularTiragem: 5.000 exemplares

Edição Coletiva

Redação: Carolina Chmielewski, Josiane Lombardi, Alexandre Mandl, Fernando Martins, Bruno Rampone, Luciano Claudino, Ana Elisa, João da Silva, Luana Raposo, Batata, Pedro Santinho, Letícia Teixeira Mendonça, Cristina Alvares, Rafaela Camargo, Daniela Morais e Fátima da Silva.Colaboração: Coletivo Comunicadores Populares, Carlos Latuff, Coletivo Miséria, MTST Acampamento Zumbi dos Palmares, MST Regional Campinas, Grupo de Teatro Cassandras, Trabalhadores Fábrica Ocupada Flaskô, Universidade Popular e Comitê pelo direito de Lutar.Fotografias: Neander Heringer, Fernando Martins, João da Silva, Luciano Claudino, Mauricio Azevedo, Nelson (Inveval) e Filipi Jordão Jesus

Telefone: (19) 3854 7798 / 3832 8831 / 3864 [email protected] - www. fabricasocupadas.org.br

Somos um jornal voltado para os traba-lhadores e trabalha-doras. Um jornal feito por trabalhadores e que quer contar com o apoio e a contri-buição para trazer as notícias que a grande mídia e pequena im-prensa não traz. Uma opinião voltada para ajudar a luta das tra-balhadoras e dos tra-balhadores.

A iniciativa foi apresentada pelos trabalhadores da fá-

brica ocupada Flaskô, mas já está envol-vendo moradores e a comunidade, movi-mentos populares e sindical.

Traremos notícias e opiniões que refli-tam a vida e a luta dos trabalhadores e das trabalhadoras, das domésticas, dos desempregados e dos trabalhadores do campo.

Por isso contamos com seu apoio e dese-jamos uma boa leitura.

QUEM SOMOS

SAMU: 192BOMBEIROS:193CPFL: 0800.101010DAE: 0800-015-10-25FÓRUM: 3873.2811PRONTO SOCORRO: 3828.4727DELEGACIA DA MULHER: 3873.3493 CONSELHO TUTELAR: 9762-6088 / 9753-0737 PROCON: 3873.1071FARMÁCIA POPULAR 39033649HOSPITAL DR. LEANDRO FRANCESCHINI: 3828.4700 / 3828.4727Reclamação para prefeitura de Sumaré OUVIDORIA MUNICIPAL: 3828-2187

TELEFONES ÚTEIS / sumaré

CampinasÔnibus Municipal: R$ 2,60Ônibus Seletivo: R$ 3,00Alternativo Municipal: R$ 2,60HortolândiaInter. Campinas R$ 2,60Sumaré R$ 2,90Municipal R$ 2,00Alternativo Intermunicipal:Campinas R$ 2,70Sumaré R$ 2,90SumaréInter. Campinas R$ 2,90Hortolândia R$ 2,90Dom Pedro e Unicamp R$ 3,15Municipal R$ 2,20Alternativo Municipal R$ 2,20

Queremos que o nosso jornal seja também seu, que ele seja NOSSO. Por isso convidamos você leitor a participar. Pretendemos que esse jornal seja quinzenal, por isso sua ajuda é muito importante. Assine o jornal Atenção. Procure um de nossos colaboradores ou entre em contato pelo e-mail

[email protected]

Rango $

Busão $

Assine

Percorremos por alguns postos de saúde de Sumaré e Hortolân-dia, não gostamos do que presenciamos, e temos a certeza que ninguém que é obri-gado a usar esse ser-viço público está satis-feito. Fomos ao Pronto Socorro do bairro Ma-tão, no Pronto Socorro

Saúde pública da região está abandonada

SUMARÉ / HORTOLÂNDIA

Vila Real, no Rosolen, e nenhum desses ha-via médico pediatra, o único que explicou o porque foi o do Ma-tão, disseram que o médico havia pe-dido demissão há muito tempo. En-contramos médico pediatra somente no Hospital Mário Co-

vas em Hortolândia, mas em compensa-ção flagramos e fo-tografamos bem na hora que as pessoas reclamavam que já estavam há mais de duas horas esperan-do por atendimento. Algumas senhoras estavam irritadíssi-mas, com a demora.

Alimentos voltam a subir

Em setembro, a taxa do Índice do Custo de Vida na cidade de São Paulo, calculada men-salmente pelo DIEESE, chegou a 0,53%, com alta de 0,28 pontos per-centuais (pp) em relação a agosto (0,25%). Ali-mentação e habitação foram os grupos com os maiores aumentos.

Page 3: Jornal Atenção - 4ª Edição

03/cidades

Se você tem um

a reclamação envie para nosso

jornal. Email: jornal@

fabricasocupadas.org.br ou telefone (19) 3854-7798

O jornal Atenção continua ouvindo reclamações de mo-radores de Sumaré e Hortolândia pela fal-ta da ponte entre os bairros Nova Europa

BUSÃO

Ponte entre Nova Europa e Pq. Bandeirantes ainda não foi construída

e Parque Bandeiran-tes. A filha de uma moradora do Nova Europa caiu de uma moto ao tentar atra-vessar o trecho.

Até quando vai

esse descaso? Os moradores desses bairros devem se or-ganizar para cobrar do Bachin e do Pe-rugini uma solução para o caso.

Além de reprimir vários movimentos sociais na região de Campinas, como a ocupação do MTST na avenida Amorei-ras em 2008, o pre-feito Dr. Hélio está fazendo política de repressão aos mora-dores de rua. Com o programa Bom dia

Política de repressão continua em Campinas

Morador de Rua, que na verdade deveria se chamar Tolerância Zero, por maltratar os moradores de rua. “É um absurdo inco-modar a gente, não tamo fazendo mal pra ninguém, pô”, contou um morador que pre-fere não ser identifi-cado.

Como uma família pode morar com conforto nas ca-sas populares que estão sen-do construídas em Hortolân-dia. São três cômodos muito pequenos. Entrando no quar-to, a impressão que dá é que só cabe uma cama de casal e um pequeno guarda-roupas. Como uma família que tem

Poucos ônibus, atrasos, descon-fortos, veículos quebrados, e os usu-ários reclamam que às vezes ficam duas horas nos pontos esperando. Nos horários de pico ônibus peque-nos com passageiros pendurados

Meia Casa, Meia Vida

MORADIA

cinco pessoas pode viver bem nessa casinha? Tá certo que é muito melhor que pagar alu-guel, morar de favor, mas es-sas casas não são uma esmola, a população paga por isso e paga muito dinheiro, normal-mente são décadas pagando.

O que acaba acontecendo é que as famílias acabam sen-do obrigadas a ampliar a casa, construindo mais cômodos, e passam a pagar as parcelas pra prefeitura e para o depósito de material de construção.

Com casas pequenas, moradores são obrigados a aumentar as residências

Como está a situação do transporte coletivo?

uns em cima dos outros e passagens com preços absurdos. Dona Hele-na Gomes que é obrigada a usar o transporte coletivo todos os dias às 7h da manhã de Sumaré à Campi-nas, disse que não aguenta mais o descaso que os usuários sofrem há anos. Certo dia ela recebeu a notícia que o ônibus tinha quebrado, e que passou somente duas horas depois.

A empresa responsável pelo transporte coletivo de Sumaré é a Ouro Verde, mas o problema é se-melhante também em Hortolândia e nas periferias de Campinas.

Page 4: Jornal Atenção - 4ª Edição

04 /brasil

Aumentam as greves

Com o aquecimento da economia o número de greves tem aumen-tado nos últimos anos. Enquanto em 2002 ti-

Empresários serão maioria na Câmara em 2011

Dados indicam que o núme-ro de representantes dos traba-lhadores será bem menor que o

vemos 298 greves, em 2009 foram 516 - um au-mento de 73%. Registro do DIEESE mostra que foram motivadas princi-palmente por aumento salarial. Greves contra as demissões representa-ram 8% do total.

dos patrões Foram eleitos 169 empresá-

rios diante de 62 sindicalistas. Isto significa que aumenta-

ram 49 deputados empresários comparado com a eleição de 2006.

Tenham certeza que isto pe-sará na balança.

Segundo a Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da Repú-blica, Serra deturpou o conteúdo do Programa Nacional de Direitos Hu-manos com fins eleitorais, usando do polêmico tema sobre o aborto. A Secretaria se manifestou publica-mente.

Na nota pública, esclareceram que o Programa Nacional de Di-

Secretaria de Direitos Humanos do Governo se manifesta contra ataques do Serra

reitos Humanos (PNDH-3) trata o aborto como tema de saúde pública. Na versão definitiva do Programa, publicada em 13/05/2010, consta “Considerar o aborto como tema de saúde pública, com a garantia do acesso aos serviços de saúde”.

Também colocaram que o PNDH-3 não foi feito pelo PT ou por um partido. É um decreto presidencial resultado de amplo processo democrático, com pro-postas debatidas e aprovadas na 11ª Conferência Nacional dos Direitos Humanos (2008) e em dezenas de outras conferências com a partici-pação da sociedade civil e governos estaduais. A Conferência Estadual de São Paulo, por exemplo, foi con-vocada pelo Decreto 53.005 de 16 de maio de 2008, pelo então gover-nador José Serra.

Segundo a secretaria, a desinfor-mação não colabora com o proces-so democrático, desrespeitando a cidadania e os Direitos Humanos.

Na terça-feira, dia 26 de outubro, mor-reu o senador Ro-meu Tuma. O corpo do senador foi en-terrado no cemitério São Paulo, na zona oeste da capital pau-lista. Romeu Tuma foi delegado na épo-

Política

PNDH de FHC defendia aborto como tema de saúde pública

O Programa Na-cional de Direitos Humanos do go-verno Fernando Henrique Cardoso

Romeu Tuma morre aos 79 anosca da Ditadura Mi-litar e participava do Departamento de Ordem Política e Social(DOPS), órgão ligado à torturas e assassinatos.

“É o homem do diálogo. Nunca o vi do lado da persegui-

ção, mesmo no tem-po da ditadura, quan-do estávamos em lados opostos”, disse Fernando Henrique Cardoso.

O presidente Lula e Dilma Rousseff também lamentaram a morte do senador.

(PNDH-2) defen-dia explicitamen-te o aborto como tema de saúde pública, propon-

do a ampliação dos casos em que seu uso se-ria permitido pela lei: no caso de

estupro, atenta-do violento ao pudor e posse sexual mediante fraude.

Page 5: Jornal Atenção - 4ª Edição

05/mundo

De acordo com o ex-ministro do Comércio Eduardo Samán o governo da Venezuela prevê na sua estratégia econômica quatro tipos de estatização: a primeira são os setores afetados por desabasteci-mento, com produtos alimentícios principalmente.

A segunda são empresas a abei-ra da falência, como foi o caso da processadora de sardinhas La Ga-viota, que foi estatizada em 2009. A

Andamento das estatizações na Venezuela

Venezula

terceira diz respeito à indústria de base e a setores estratégicos, como aço e alumínio. E por último é a criação de empresas binacionais em parceria com outros países, como a fabricante de automóveis Venirauto e a Vltelca que fabricam celulares.

As estatizações só acontecem porque os trabalhadores estão ocupando as fábricas e pressionan-do o governo.

Fonte: Conindutria, com dados até setembro deste ano.

A repressão po-licial não acontece apenas no Brasil, como mostramos no jornal Atenção número 3. No bair-ro do Asilo 28 de Maio, no Monte da Caparica, em Por-tugal, a população também sofre com a violência da po-lícia.

Segundo relato de um morador, fa-mílias comemora-vam uma festa de aniversário quan-do a polícia chegou batendo nos mora-dores. “Os polícias

Portugal

Repressão policial em Portugal

estavam a bater mesmo e acabaram por bater numa se-nhora com sessenta e tal anos de ida-de. A bater mesmo, mas a bater a sério como se estivessem a bater num ho-mem de 150 kg.”, contou o morador.

Por que em vá-rios lugares do mundo a violência policial acontece sempre contra os pobres?

Fonte: Plataforma Gueto - Passapalavra - http://pas-sapalavra.info)

A polícia me-xicana fechou a Rádio Proletária na terça-feira, dia 13 de outubro, alegando que esta-vam dando voz às manifestações da OPEZ em frente ao palácio do go-verno de Chiapas, onde reivindica-vam a libertação dos presos políti-cos que foram de-tidos em 16 de ju-lho e 22 de agosto, ambos dirigentes da OPEZ.

A OPEZ faz parte do Movi-mento de Liber-tação Nacional (MLN), que se formou a partir de uma fusão de sin-dicatos, campone-ses, indígenas, jo-vens e estudantes no ano de 2007.

Polícia mexicana fecha Rádio Proletária

O Haiti, país mais pobre da América La-tina, recentemente de-vastado por um terre-moto que deixou mais de 250 mil mortes e 300 mil pessoas desa-

Fábrica Ocupada Inveval – Hoje estatizada e sob Controle Operário

Haiti clama por ajuda internacional

brigadas, ainda espera ajuda internacional para se reerguer.

Pelas condições ex-tremamente precárias que ainda se encontra a população, teve início uma epidemia de cóle-ra, nas últimas sema-nas de outubro. Já são mais de 3.000 casos re-gistrados e 295 vítimas

fatais. A epidemia é mais uma conseqüên-cia da situação em que se encontra o país após o terremoto: quase nada foi reconstruído, grande parte da popu-lação ainda vive sobre os escombros e nos acampamentos impro-visados e muito pouca ajuda internacional.

Page 6: Jornal Atenção - 4ª Edição

06 /cultura

A banda Rage Against the Machi-ne se apresentou no evento SWU, em Itu, e dedicou a música “People of the sun” (“Pessoas do sol”) ao MST.

“O MST tem uma experiência muito importante de solidariedade humana e na cria-ção de espaços fora do modelo capita-lista, e é muito im-portante para mui-tos de nós que nos EUA estamos lu-

Rage Against the Machine dedica música ao MST no SWU

FESTIVAL DE MÚSICA SWUFoto: Mauricio Acevedo

tando pelas mesmas coisas. Eu acho que o MST já criou um exemplo maravilho-so de luta por justiça social e econômica. É um grande exemplo para nós”, declarou o vocalista Zack de la Rocha.

Durante a música “Wake up” (“Acor-de”) o guitarrista vestiu o boné do MST e, por uma in-crível coincidência, a TV Globo cortou a transmissão ao vivo que fazia.

E, para fechar com chave de ouro, ao final do show cantaram em russo “A Internacional”, o famoso hino socia-lista. Há um trecho que diz: “Bem uni-dos façamos / Nes-ta luta final / Uma terra sem amos / A Internacional / Senhores, Patrões, chefes supremos / Nada esperamos de nenhum / Sejamos nós que conquiste-mos / A terra mãe livre e comum”.

Atividades CulturaisDia 05/11 (sex) às 20hHOMENAGEM À JACOB DO BANDOLIMMúsica com Guilherme Lamas e Murilo Begnami, o duo busca uma sonoridade peculiar do choro em obras de Jacob do Bandolim.Onde: SESC Campinas (Área de Convivência) - R. Dom José I, 270/333 - Bonfim - Campinas – SPGRÁTIS

Dia 06/11 (sáb) às 17hBRINCADEIRA Circo com Grupo Acrobáticos Fratelli (SP)Uma trupe de artistas, acrobatas, músicos e malabaristas revive as melhores brincadeiras da infância com teatro, esquetes e música ao vivo. Onde: Estação Central de Americana - R. Antônio Lobo, s/nGRÁTIS

Dia 06/11 (sáb) às 19hKAMCHÀTKA Teatro com Grupo Kamchàtka (ESP)

Performance baseada no improviso em que um grupo de pessoas recém chegadas de uma terra distante e sem conhecer nada e ninguém, passa a se relacionar com quem cruza seu caminho. A cumplicidade e a interação com o público é o que determina a apresentação.Onde: Estação Central de Americana - R. Antônio Lobo, s/nGRÁTIS

Dia 14/11 (dom) às 16h30TRIO TAMOYOMúsicaPesquisa em etnomúsica brasileira é a base do trabalho instrumental do trio. Música indígena, samba, guarânia, rock, baião, fundem-se ao Jazz resultando numa sonoridade singular. O trio é formado por Fabius (viola de cabaça), Otávio Gali (contrabaixo acústico) e Emílio Martins (bateria). Onde: SESC Campinas (Área de Convivência) - R. Dom José I, 270/333 - Bonfim - Campinas – SPGRÁTIS

2010. Capitão Nascimento, poli-cial, fantoche do governo, enfrenta um novo inimigo: as milícias. Mas ao bater de frente com o sistema que domina o Rio de Janeiro, ele descobre que o problema é muito

maior do que imaginava. O próprio governador, o secretário de segu-rança, alguns parlamentares e poli-ciais, todos eles corruptos. Formam as milícias - máfia que mata muito por poder e dinheiro. O BOPE é a chave, tomam as favelas dos tra-ficantes a mando do governo. De-pois da saída do tráfico, entram as milícias e comandam tudo que gira na comunidade: TV a cabo, internet, comida, transporte .Tudo com muita violência, tudo pelo que é mais valioso: o voto das favelas! Fazem de tudo para se manter no poder, tudo mesmo!

SINOPSE

Page 7: Jornal Atenção - 4ª Edição

0907/fábrica de esporte e cultura

Dia 05/08/2010 o Correio Po-pular publicou uma matéria com o título “Palácio dos Azulejos: Hélio retoma o projeto de Toninho”, que falava da mudança do Museu da Imagem e Som (MIS) do Palácio dos Azulejos, sua sede atual, para a Estação Cultura. O Palácio seria transformado em sala de recepção do poder executivo. Todos foram pegos de surpresa, uma vez que tal notícia não havia sido comunicada nem aos responsáveis pelo MIS.

Ao contrário do que dizia a ma-téria, o MIS cumpre o papel cultu-

Continua o abaixo assinado para manter o MIS no Palácio dos Azulejos

ral de dar visibilidade ao Palácio dos Azulejos, pois abre suas portas para as mais variadas atividades culturais, artísticas e educativas, em sua grande maioria, gratuitas. Em contato vivo com a popula-ção, o MIS é um dos pouquíssimos espaços de Campinas onde há in-tervenção popular direta em sua programação e funcionamento. A média de visitação e participação no Museu é de 1.500 pessoas por mês.

Ele está localizado na R. Regen-te Feijó, 859 (Centro).Para assinar o abaixo assinado basta acessar: www.miscampinas.com.br/peticao_online.php

Endereço: Av. Engº Jaime Pinheiro Ulhoa Cintra, nº 2355 – Pq. Bandeirantes Contato: [email protected] – 3832 8831 – 3864 3491 (Carolina)

A 3ª Mostra Luta! acontenceu entre 16 e 24 de outubro no MIS (Museu da Imagem e do Som), em Campinas. Organizada pelo Coleti-vo de Comunicadores Populares o evento exibe as produções audiovi-suais sobre o cotidiano e as lutas dos trabalhadores e trabalhadoras. A Mostra é uma luta contra as grandes mídias como a Globo, SBT, BAND e outras que dizem apenas coisas que beneficiam os interesses dos ricos. O coletivo de comunicadores é um grupo anticapitalista que luta para que todos possam produzir seus próprios meios de comunicação e usá-los para fortalecer a luta por uma vida digna para todos e todas.

A 3ª Mostra Luta! apresentou sessões de vídeo, mostra de foto-grafias, quadrinhos e poesia, mesas

3ª Mostra Luta debateu e fortaleceu as lutas dos trabalhadores e trabalhadoras

de debate, apresentações de dança e sarau. O evento contou com a exposição fotográfica sobre as lu-tas sociais como a do coletivo de mulheres “Luísa Mahin” do MST (Movimento dos Tabalhadores Sem Terra)

Os debates contaram com a participação de militantes dos movimentos sociais: MST, Fábrica Ocupada Flaskô, Grupo Identida-de (LGTTB), MTST (Movimento dos Trabalhadores Tem-Teto) e ABRAÇO (Associação Brasileira de Rádios Comunitárias).

Este encontro nos serviu para mostrar, debater e forta-lecer as lutas dos trabalhadores e trabalhadoras pela tranfor-mação social e a construção de uma nova sociedade!

Page 8: Jornal Atenção - 4ª Edição

08 /especial

Jornal Atenção: Qual a luta dos trabalhadores da Flaskô?

Pedro Santinho: Lutamos há 7 anos em defesa dos empregos e dos direitos. Mais do que isso em defesa do parque fabril con-tra o fechamento das fábricas. E para isso propomos a ocupa-ção e o controle operário como método e a estatização como bandeira de luta. Sabemos que há várias formas de se estatizar uma fábrica.

Uma delas é o governo por meio da declaração de interesse social desapropriar a fábrica e o conjunto dos seus bens. Outra seria a compra da empresa por uma das estatais brasileiras. Nós defendemos a expropriação sem indenização, mas sabemos que de acordo com a constituição ela somente é possível por meio do pagamento da indenização. Mas no caso da Flaskô esta indeniza-ção não precisaria ser paga, pois os proprietários devem mais de R$ 100 milhões e a lei também prevê a compensação tributária, isto é, a indenização seria abati-da dos impostos devidos.

JA: Quem tem o poder de aten-der suas reivindicações?

ENTREVISTAATENÇÃO entrevista Pedro Santinho, coordenador do Conse-lho de Fábrica da Flaskô

PS: Qualquer um dos entes da federação, isto é o governo municipal, o governo estadual ou o governo federal. Seria sim-ples se aprovasse a declaração de interesse social e em seguida a desapropriação transferindo os bens da empresa para o governo. Entendemos que a responsabili-dade principal é do presidente Lula e do governo federal, mas não deixaremos de exigir uma

solução para nenhum governo. Por isso apresentamos o projeto de lei em Sumaré com o mesmo objetivo.

JA: O que é a desapropriação?PS: Desapropriação é o mes-

mo que expropriação. Quando falamos em estatização estamos falando em transformar os bens da empresa em propriedade so-cial ou pública. Estamos mais

acostumados com o termo ex-propriação, mas são sinônimos. Nós queremos a Flaskô estatiza-da, mas sob o controle dos tra-balhadores. Assim como quere-mos o Banco Panamericano e o Banco Votorantim sob o contro-le dos trabalhadores. Assim é fá-cil ser patrão.

JA: E qual a situação da Flaskô hoje?

PS: Seguimos na luta, produ-zindo com a fábrica sob o contro-le dos trabalhadores. A cada dia avançamos mais em nossa luta. Mas sabemos que somente com o avanço da luta da classe operária podemos ser vitoriosos, por isso queremos a Vale estatizada, a Em-braer estatizada e discutimos que toda fábrica quebrada deve ser ocupada e estatizada.

Muitos não acreditam em nos-sa luta. Mas sabemos que estamos no caminho certo. Se não fosse o estado brasileiro, a economia brasileira nesta crise teria sido destruída. Mas o governo usou dinheiro para salvar os patrões e não para retomar para o povo seu patrimônio estatizando os setores chaves da economia. Por isso se-guimos explicando nossa luta.

Você sabia? O governo no dia 9 de janeiro de 2009 comprou por 4,95 bilhões de re-ais, 49,9% das ações do Banco Votorantim, mantendo Antônio Ermínio de Moraes no controle acionário do banco. E que a Caixa Econômica Federal comprou o Banco Panamericano do Grupo Silvio Santos por R$ 739 milhões. Fez isso para salvar os patrões!

Chão de fábrica da Flaskô e bombonas produzidas pelos trabalhadores

Page 9: Jornal Atenção - 4ª Edição

09

Trabalhadores da Flaskô e moradores da Vila Operária vão a prefeitura exigir soluções para empregos e moradia

ATO EM SUMARÉ

Em 04/12 todos os companheiros estão convidados a participa-rem do Encontro pela estatização da Flaskô, pela reestatização da Embraer, da Vale e por uma Petrobrás 100% estatal.

O encontro está sendo organizando pelo Movimento das Fábricas Ocupadas e

Trabalhadores discutem estatização das fábricas ocupadas

pretende discutir um balanço da luta pela es-tatização e pelas reesta-tizações além de adotar medidas de continui-dade da luta em 2011, diante do novo gover-no eleito.

Para isso convida-mos todos a participa-rem da preparação nos locais de trabalho, nas escolas e nos bairros.

A Câmara Mu-nicipal é conhecida como “casa do povo”. Todos os cidadãos têm o direito de se manifestar em uma sessão da Câmara fa-zendo uso da Tribu-na Livre.

Isso existe em lei desde 1989 e os tra-balhadores da Flaskô já fizeram o uso des-te instrumento algu-mas vezes.

No entanto dia 19/10 foram impedi-dos de falar pelo pre-

Flaskô é barrada na ‘Casa do Povo’

DISCRIMINAÇÃO sidente da Câmara Municipal, Geraldo Medeiros, que inde-feriu o nosso pedido alegando falta de do-cumentação.

Trata-se claramen-te de discriminação e joguete político. A Câmara enrola os tra-balhadores desde fe-vereiro. Não querem que se fale da luta da Flaskô e nem da Vila Operária principal-mente neste momen-to de eleições! Mas o povo não se cala!

Trabalhadores são impedidos de fazer o uso da Tribuna Livre

Os trabalhadores da Fábrica Ocupada Flaskô decidiram am-pliar os esforços em defesa da fábrica e, assim, vão adotar me-didas mais ofensivas em relação aos governos no Brasil. Por isso, convida todos os trabalhadores e trabalhadoras, suas organizações, os mandatos parlamentares com-prometidos com o povo, as enti-dades democráticas, a juventude para se somar ao ato na prefeitu-ra de Sumaré no dia 11/11/2010.

O que queremos?Há 7 anos a fábrica está ocu-

pada sob o controle dos traba-lhadores que lutam para manter seus empregos, além de se trans-formarem em um exemplo con-tra a ameaça de fechamento de fábricas, aplicando as conquistas

Ato Público dia 11/11/2010, quinta-feira!Concentração na Fábrica Flaskô às 11h00!

sociais históricas dos trabalha-dores. Por isso, os trabalhadores têm como palavra de ordem a de-fesa do parque fabril a partir da ocupação das fábricas, o controle operário e a estatização sob con-trole dos trabalhadores.

Há 5 anos com os moradores da cidade foi iniciada a ocupa-ção por moradia que hoje é Vila Operária, o primeiro verdadeiro projeto habitacional popular na cidade. Onde o povo conquistou sua moradia por sua própria luta. Por isso, exigimos que a prefei-tura conclua imediamente a im-plementação da água e esgoto e inicia a desapropriação para re-gularizar a área.

Há mais de 3 anos iniciamos projetos culturais e esportivos em um galpão da fábrica. Há um

ano este projeto se transformou na Fábrica de Cultura e Esporte. Por isso, entendemos que é ne-cessário que a prefeitura trans-forme o projeto em curso em um projeto público com recursos e

com a transformação da Fábri-ca de Cultura e Esporte em um centro cultural e esportivo mu-nicipal controlado democratica-mente por seus professores, seus alunos e pela comunidade.

SA

IBA M

AIS

sobre 0 projeto de lei de Declaração de Interesse

Social da área da Flaskô em

ww

w.fabricasocupadas.org.br

09

Page 10: Jornal Atenção - 4ª Edição

10 /trabalho

REDUÇÃO DE JORNADA

Estamos em plena campanha salarial dos Quí-micos. Entre suas pautas está a cam-panha pela redu-ção da jornada de trabalho.

Lembramos que na fábrica do ramo químico Flaskô a jornada é de 30 horas semanais,

Campanha Salarial dos Químicos

sem redução dos sa-lários. Mas como foi possível isto? Em primeiro lugar por ser uma fábrica ocu-pada e controlada pelos trabalhado-res. Em segundo lu-gar, na Flaskô foram cortados os salários milionários dos exe-cutivos que por toda a parte passam de 10

mil reais. Em ter-ceiro lugar, ao invés do lucro do patrão, temos na Flaskô a preocupação com a melhora das condi-ções de vida para os trabalhadores.

Se na Flaskô é possível 30 horas, é mais que possível 40 horas em todas as empresas.

A taxa negocial é um valor oferecido e pago pela patronal em todo Brasil para encerrar as campanhas salariais.

Um ditado antigo afirma que, “quem paga a banda escolhe a músi-ca”. Por isso é uma posi-ção histórica dos traba-

Você sabe o que é taxa negocial?

lhadores de não receber para seu sindicato, di-nheiro nem dos patrões e nem do estado. Todas as assembléias devem reafirmar isto: qualquer taxa deve ser incorpo-rada na Carteira Pro-fissional!. Não compre gato por lebre.

A Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP) é conhe-cida como uma das melhores e mais ricas universidades públicas do país. Mas o que poucos sabem é que, também na UNICAMP, trabalhadoras e trabalhadores ter-ceirizados enfrentam condições de trabalho terríveis.

Seus salários são baixíssimos

Ataques a trabalhadores da Unicamp continuam

UNICAMP

Foto: http://www.ler-qi.org

(cerca de R$460), eles não rece-bem as horas extras que fazem, são humilhados por seus supervi-sores, perdem a cesta básica mes-mo com falta justificada, etc. As empresas terceirizadas ganham dinheiro público e superexploram os trabalhadores. A Reitoria da UNICAMP é conivente e respon-sável por esta situação.

Joaquim Madei-ra, de 74 anos, foi morto no dia 29 de outubro na Ferrovia de Ferro Carajás, sob concessão da

Trêm da Vale do Rio Doce faz mais uma vítima em assentamento no Pará

Vale do Rio Doce, na altura do assen-tamento Palmares, do MST, atropelado pelo trêm da mine-radora.

O idoso já ha-via perdido o filho, Juari Madeira, na mesma circunstân-cia e local há oito anos atrás.Fonte (João Márcio - www.mst.org.br)

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11/diversão

Ouça a Rádio Muda 105,7 FM

QUADRINHOS

Pesquisa publicada prova:Preferencialmente preto, pobre, prostitutaPra polícia prenderPare, pense, porque?ProssigoPelas periferias praticam perversidades: PMsPelos palanques políticos prometem, prometemPura palhaçada Proveito próprio,Praias, programas, piscinas, palmas...Pra periferia? Pânico, pólvora, pápápáPrimeira páginasPreço pago?Pescoço, peito, pulmões perfuradosParece pouco?Pedro PauloProfissão: pedreiroPassa-tempo predileto: pandeiroPreso portando pó Passou pelos piores pesadelosPresídios, porões, problemas pessoais, psicológicosPerdeu parceiros, passado, presentePaís, parentes, principais pertencesPC: político privilegiadoPreso parecia piadaPagou propina pro plantão policialPassou pela porta principalPosso parecer psicopataPivô pra perseguiçãoPrevejo populares portando pistolasPronunciando palavrõesPromotores públicos pedindo prisões...Pecado, penaPrisão perpétuaPalavras pronunciadas pelo profeta, periferia

Música: Brasil com PAutor: GOG

Brasil com P

Uma rádio livre com músicas alternativas, in-formações, lutas e que não tem fins lucrativos.

Ouça, por exemplo, o Boletim Operário e Popu-lar, todas às terças das 16h às 18h.

Participe das reuniões do coletivo Rádio Muda,

seja um dos programado-res.

A reunião acontece to-das às segundas-feiras às 20h, na Praça Ciclo Básico da Unicamp.

Ouça pela internet em www.radiolivre.org

Coletivo M

isériaP

ara ler mais charges entre em

miseriahq.blogspot.com

Para ler m

ais tirinhas entre em tirasdam

iseria.blogspot.com

Page 12: Jornal Atenção - 4ª Edição

12 /campo

ENTREVISTA

No começo de 2007, cerca de duzentas famílias ocuparam uma área pública do governo Federal em Limeira. A ocupação aconte-ceu com famílias da Região Me-tropolitana de Campinas (Sumaré, Hortolândia, Nova Odessa, Limei-ra e outras).

Em novembro do mesmo ano, o prefeito de Limeira, Sílvio Félix, agiu contra a constituição. Orde-nou que a polícia tirasse os mora-dores da área. A polícia agiu com extrema violência e destruiu os barracos, móveis e eletrodomésti-cos dos moradores.

O jornal Atenção entrevistou Maurício Amaral, assentado da Comuna da Terra Elizabeth Tei-xeira, nome dado ao assentamento do MST (Movimento dos Traba-lhadores Rurais Sem Terra).

Jornal Atenção – Como foi a ação da polícia no local?

Maurício – Foi muito violenta. Muitas famílias ficaram trauma-tizadas pelo despejo, com medo, não tinham pra onde ir. Jogaram bomba no pessoal do conselho tu-telar, na freira que estava no local, bateram em criança, deram tiro de bala de borracha em várias pesso-as.

JA – E como foi isso pros mo-radores?

MA - Pessoas falam disso e se emocionam até hoje, sentem a emoção na pele.

JA– E como estão os assentados hoje?

MA – O povo põe a fé acima de tudo, querem lutar, não desistem. Se a gente mostrar pra sociedade que aquela terra abandonada vai ficar bonita, plantando alimentos saudáveis, será uma vitória.

JA – E como está a produção de alimentos no lote?

MA – Muito boa. Muitas famí-lias tiram seu sustento no lote. Na minha terra, por exemplo, têm 180 pés de abacaxi, pé de jaca, cana-caiana, banana, mandacaru...

JA – E nos outros lotes?MA – Outras famílias plan-

tam hortaliça, mandioca, batata-doce, abóbora. Tem gente, como o Paulo e a Quitéria, que plantam até arroz, uma coisa que poucos agricultores plantam nessa re-gião.

JA – E como está a luta pela terra?

MA – Continuamos firmes. Até hoje, mesmo com a gente produzindo tudo isso, a justiça não tomou a decisão. As famílias estão homologadas pelo INCRA – a terra é nossa por direito.

Elizabeth Teixeira, 82 anos, foi militan-te das Ligas Campo-nesas junto com seu companheiro João Pedro Teixeira, as-

Quem é Elizabeth Teixeira?

sassinato na Paraíba em 1962. Foi home-nageada em Limeira por continuar na luta, apesar de ter perdido parentes em embos-

cadas e assassinatos. “Que continuem a luta de João Pedro e a minha”, falou Eliza-beth no Quinto Con-gresso do MST.

O filme Cabra Marcado pra morrer conta a história das Ligas camponesas de Galiléia e de Sapé (ci-dades da Paraíba) e a

Filme Cabra Marcado Pra Morrer conta vida de Elizabeth Teixeira

vida de João Pedro Tei-xeira através das pala-vras de sua viúva, Eliza-beth Teixeira. O filme foi interrompido em 1964, em razão do Golpe Mi-

litar, e recomeçado 17 anos depois, recolhen-do os depoimentos dos camponeses que trabalharam nas pri-meiras filmagens.

O vídeo sobre a vida de Elizabeth pode ser visto em: http://www.youtube.com/watch?v=E6X9__lBbiA

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13/direitos

A lei brasileira não per-mite que a empresa faça a revista íntima nos emprega-dos. Revista íntima é aquela que invade a intimidade do empregado, e não se refere apenas à questão corporal, mas diz respeito também à revista de armários, gavetas e bolsas dos trabalhadores.

Pode o patrão obrigar o empregado a abrir sua bolsa todos os dias para verificar o furto de coisas da empre-sa? Fazer isso não é acusar o trabalhador sem prova? Até onde vai o poder do patrão?

A empresa pode revistar o trabalhador?

REVISTA NO TRABALHO

No artigo 5º, inciso X da Constituição Federal, está es-crito:

X - São invioláveis a in-timidade, a vida privada, a honra e imagem das pessoas, assegurado o direito a indeni-zação pelo dano material ou moral decorrente de sua vio-lação.

Portanto, o trabalhador que for revistado deve procu-rar um advogado ou o sindi-cato para se defender contra esse ataque.

Saiba que se você não consegue uma vaga para seu fi-lho nas creches das prefeituras de Su-maré, Hortolândia ou Campinas, essas prefeituras são obri-gadas a pagar uma creche particular.

São projetos que funcionam há bom tempo, mas não são muito divulgados para população. Vá, corra atrás dos seus direitos.

Saiba que existem algumas vacinas que não eram aplicadas na rede pública e agora

EDUCAÇÃO

Prefeituras são obrigadas a pagar creche particular

SAÚDE

Rede pública disponibiliza novas vacinas

são. Como vacinas que previnem problemas nos aparelhos respi-ratórios e problemas

crônicos nas crianças. Vacinas essas que cus-tas até 300 reais a dose. Procure os postos de saúde, pergunte ao seu médico quais são as va-cinas. Isso é importan-te. Previna sua família.

O Acampamento do Zumbi dos Palmares, próximo a escola do Jd. Denadai, em Sumaré, completa neste dia 15 de novembro dois anos de muita luta.

PARABÉNS

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14 /juventude

Na quinta-feira, 21 de outu-bro, policiais invadiram a Uni-camp proibindo a realização de um festival de música na Uni-camp.

Eles ameaçaram confiscar o patrimônio do Centro Aca-dêmico de Ciências Humanas. Tudo isso motivado por uma ação judicial da AMOC (Asso-ciação dos Moradores da Cidade

LIBERDADE?

Polícia invade UnicampUniversitária), uma associação que não permite a participação de estudantes. Apenas famílias são permitidas.

Os estudantes fizeram uma manifestação em frente a DP da Cidade Universitária. Se-gundo os estudantes, a entra-da da Polícia Militar no cam-pus faz lembrar tempos da ditadura militar.

No dia 14 de outu-bro, a estudante Aline Teles Cristalino, apeli-dada de Janis, realizou uma manifestação pela diversidade sexual, pela liberdade do seu corpo e seu território na Uni-camp. Seus cartazes fo-

ABSURDO!Estudante da Unicamp é injustamente internada e dopada

A estudante protesta dentro da Unicamp

ram arrancados e ela le-vada para o Hospital de Clínicas (HC) da Uni-camp, onde foi dopada, amarrada e internada. No laudo dos médicos, escreveram que uma das causas da internação foi o fato da estudante

fazer “um protesto pelas minorias homossexu-ais”, título até então des-conhecido pela manifes-tante. Janis disse querer o direito a liberdade do corpo e expressão. “O corpo é meu e eu faço o que quiser com isso”.

Essa atitude contra a estudante lembra a pior fase do nazismo, em que os opositores do regime eram internados como loucos.

Para saber mais aces-se www.janisturso.web-node.com.br.

Em julho desse ano, a travesti Cami-le foi brutalmente as-sassinada a pauladas em Campinas. Seu

VIOLÊNCIA

Julgamento do assassino de Camile acontece em novembro

assassino foi preso. O julgamento acon-tecerá no dia 04/11, às 14h e 30, no Mi-nistério Público.

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15/esporte

O Congresso discute os pro-jetos do Pacote Olímpico. Entre eles medidas que incentivam o mer-cado imobiliário e justificam as re-moções das áreas ocupadas pela po-pulação mais po-bre!

Os projetos tra-mitam em regime de urgência:

- PL 716/2010 - concede bene-fícios fiscais para os grandes e tra-dicionais donos de hotéis da Ci-dade e incorpo-radores imobili-

Projeto Olímpico favorece as empresas e prejudica os moradores pobres

RIO 2016

ários: o perdão de todas as dívidas de IPTU, para os gru-pos que adquirirem ou reconverterem imóveis em estabe-lecimentos de hos-pedagem, além da isenção fiscal de ITBI e demais ta-xas até 60 dias após a realização dos jogos Olímpicos. Também concede isenção total de ISS a todas as entida-des e organizações envolvidas na re-alização dos Jogos Olímpicos de 2016, incluindo patroci-nadores e a emisso-ra de televisão que

terá os direitos de exclusividade na transmissão do evento.

No PLC44/2010 a Prefeitura altera padrões constru-tivos e índices ur-banísticos de di-versas regiões da Cidade e aprova uma Operação In-terligada

Os projetos fo-ram elaborados para atender aos grandes capitais, e descon-sidera os impactos sobre os diversos bairros e espaços fra-gilizados social e am-bientalmente. Vão passar o rodo!

Fumaça conquista título amador de Sumaré

cou no travessão.Aos 30 minutos em um erro

do adversário saiu o 2º gol, bo-tando um balde de água fria na equipe do Nova Era.

Campeã: Fernanda Cristina Vice Campeã: Nova Era3º Colocado: Unidos do Vergilio BassoMelhor Goleiro: Leandrinho (Fu-maça)Artilheiro: Danilo (Nova Era)

O time Fernanda Cristina (Fumaça) conquistou neste do-mingo, 24 de Outubro 2010, no Centro Esportivo Vereador José Pereira o título máximo do futebol amador de Sumaré ao vencer o Nova Era pelo placar de 2 a 0. Com este resultado sa-grou-se Campeão Amador 2010 da 1ª Divisão.

O Fumaça precisava vencer, já o Nova Era bastava segurar o empate. Mas ambas as equipes partiram para o ataque buscan-do a vitória e com isso o que se viu foi uma partida muito dis-putada com várias oportunida-des de gols.

Mas o primeiro gol só saiu aos 28 minutos do 2º tempo com uma linda jogada do meia nº. 10, que penetrou ao interior da área passando por dois ad-versários e finalizando forte. A bola antes de entrar ainda to-

Fernanda Cristina vence o Nova Era e comemora título do futebol amodor de Sumaré

Page 16: Jornal Atenção - 4ª Edição

16 /classificados

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