jornal aeamesp - edição 29

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BOAS FESTAS E UM FELIZ 2013 A AEAMESP deseja a todos os Associados, Amigos e Colaboradores paz e alegria durante as festas de final de ano. E que 2013 seja igualmente feliz e com muitas realizações. Planejamento de longo prazo para evitar descontinuidades na cadeia do ‘trilhonegócio’ horizonte para toda esta década é de forte expansão dos sistemas sobre trilhos no País. Os atuais governantes estão atuando decididamente no sentido de planejar e garantir a expansão de todos os segmentos do setor metroferroviário. E nós temos de estar preparados para atender a esta expansão – projetistas, empreiteiras, indústria, profissionais, academia e operadoras. Os recursos financeiros estão disponíveis, mas os projetos nem sempre estão. Precisamos inverter esta ordem. Planejar em longo prazo é preciso para que não tenhamos descontinuidades na cadeia do trilhonegócio”. Com estas palavras de otimismo, mas que compreendem também um alerta, o presidente da AEAMESP, engenheiro José Geraldo Baião, abriu a 18ª Semana de Tecnologia Metroferroviária, evento realizado de 11 a 14 de setembro de 2012. Ele assinalou em seu discurso que, por meio do tema principal – A Contribuição dos Trilhos para a Mobilidade – a 18ª Semana buscaria mostrar a importância da união de esforços dos governos, da indústria, das operadoras, das entidades de classe, dos profissionais e dos cidadãos brasileiros para que investimentos permanentes em projetos de infraestrutura, principalmente em sistemas estruturantes sobre trilhos, continuem sendo feitos, possibilitando assim melhorias no transporte, na mobilidade e na acessibilidade para todos. Baião assinalou que a mobilidade passou a ser um dos graves problemas das cidades, independentemente do tamanho que possam ter, e que resolvê-lo é o grande desafio que os gestores públicos têm para o setor de transporte. Salientou que, no âmbito federal, o governo revê o seu papel no desenvolvimento do setor e com forte atuação, ao propor planos que preveem recursos financeiros do Orçamento Geral da União, do BNDES e da Caixa Econômica Federal. “O leilão do TAV, com nova modelagem, sinaliza a sua determinação de levar à frente a implantação deste projeto”. O presidente da AEAMESP destacou que em São Paulo o governo estadual dá continuidade ao plano de expansão e modernização ora em curso nas redes do metrô e do trem metropolitano, ao garantir um cenário firme, com linhas de metrô e monotrilhos para operar até 2014 e outro planejado até 2020. “O governo paulista decidiu colocar em marcha os projetos de implantação dos trens regionais, para promover as ligações intermetropolitanas, como resposta a um trânsito cada vez mais caótico e tendendo à saturação nas rodovias que chegam à capital. Por outro lado, e para resolver de uma vez por todas o problema da convivência da carga com o transporte de passageiros nas linhas da CPTM, há, no momento, uma interlocução positiva entre o governo federal, estadual e a iniciativa privada para tirar definitivamente do papel o projeto do Ferroanel”. Baseando-se em dados coletados pelo Anuário Metroferroviário de 2012 que seria distribuído aos participantes da 18ª Semana, o presidente da AEAMESP sublinhou que há 996 quilômetros de linhas de trens urbanos e de metrôs, que são 16 sistemas em operação no País, e o número de passageiros é crescente. “Em 2011, o último ano com dados fechados, alcançou-se a marca de 2,4 bilhões de passageiros transportados. Esta demanda representou um acréscimo de 7,5 %, em relação a 2010”. Ele comentou que cerca de 90% desses passageiros estão nas duas maiores metrópoles do País, São Paulo e Rio de Janeiro, mas nos outros grandes centros e capitais, há vários projetos para melhorar os sistemas e integrá-los mais adequadamente aos outros modos de transporte. E salientou que, além disso, outras cidades importantes estudam alternativas para também contar com os trilhos como parte da oferta de transporte público urbano. Referindo-se novamente ao tema principal do encontro – A Contribuição dos Trilhos para a Mobilidade –, Baião afirmou que essa frase é um desafio da AEAMESP. “Isso, por acreditarmos que a nossa competitividade no cenário mundial e as soluções de transporte de pessoas e mercadorias em nosso País dependem de uma maior participação do modo metroferroviário na matriz de transporte. O nosso objetivo, ao longo destes próximos três dias, é fazer com que mais pessoas acreditem nisto”. O O presidente da AEAMESP, José Geraldo Baião

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Jornal com notícias importantes sobre a comunidade metroferroviária brasileira

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Page 1: Jornal AEAMESP - edição 29

BOAS FESTAS E UM FELIZ 2013

A AEAMESP deseja a todos os

Associados, Amigos e Colaboradores paz

e alegria durante as festas de final

de ano. E que 2013 seja igualmente

feliz e com muitas realizações.

Planejamento de longo prazo para evitar descontinuidades na cadeia do ‘trilhonegócio’

horizonte para toda esta década é de forte expansão dos sistemas sobre trilhos no País. Os atuais governantes

estão atuando decididamente no sentido de planejar e garantir a expansão de todos os segmentos do setor metroferroviário. E nós temos de estar preparados para atender a esta expansão – projetistas, empreiteiras, indústria, profissionais, academia e operadoras. Os recursos financeiros estão disponíveis, mas os projetos nem sempre estão. Precisamos inverter esta ordem. Planejar em longo prazo é preciso para que não tenhamos descontinuidades na cadeia do trilhonegócio”.

Com estas palavras de otimismo, mas que compreendem também um alerta, o presidente da AEAMESP, engenheiro José Geraldo Baião, abriu a 18ª Semana de Tecnologia Metroferroviária, evento realizado de 11 a 14 de setembro de 2012. Ele assinalou em seu discurso que, por meio do tema principal – A Contribuição dos Trilhos para a Mobilidade – a 18ª Semana buscaria mostrar a importância da união de esforços dos governos, da indústria, das operadoras, das entidades de classe, dos profissionais e dos cidadãos brasileiros para que investimentos permanentes em projetos de infraestrutura, principalmente em sistemas estruturantes sobre trilhos, continuem sendo feitos, possibilitando assim melhorias no transporte, na mobilidade e na acessibilidade para todos. Baião assinalou que a mobilidade passou a ser um dos graves problemas das cidades, independentemente do tamanho que possam ter, e que resolvê-lo é o grande desafio que os gestores públicos têm para o setor de transporte. Salientou que, no âmbito

federal, o governo revê o seu papel no desenvolvimento do setor e com forte atuação, ao propor planos que preveem recursos financeiros do Orçamento Geral da União, do BNDES e da Caixa Econômica Federal. “O leilão do TAV, com nova modelagem, sinaliza a sua determinação de levar à frente a implantação deste projeto”.

O presidente da AEAMESP destacou que em São Paulo o governo estadual dá continuidade ao plano de expansão e modernização ora em curso nas redes do metrô e do trem metropolitano, ao garantir um cenário firme, com linhas de metrô e monotrilhos para operar até 2014 e outro planejado até 2020. “O governo paulista decidiu colocar em marcha os projetos de implantação dos trens regionais, para promover as ligações intermetropolitanas, como resposta a um trânsito cada vez mais caótico e tendendo à saturação nas rodovias que chegam à capital. Por outro lado, e para resolver de uma vez por todas o problema da convivência da carga com o transporte de passageiros

nas linhas da CPTM, há, no momento, uma interlocução positiva entre o governo federal, estadual e a iniciativa privada para tirar definitivamente do papel o projeto do Ferroanel”.

Baseando-se em dados coletados pelo Anuário Metroferroviário de 2012 – que seria distribuído aos participantes da 18ª Semana, o presidente da AEAMESP sublinhou que há 996 quilômetros de linhas de trens urbanos e de metrôs, que são 16 sistemas em operação no País, e o número de passageiros é crescente. “Em 2011, o último ano com dados fechados, alcançou-se a marca de 2,4 bilhões de passageiros transportados. Esta demanda representou um acréscimo de 7,5 %, em relação a 2010”. Ele comentou que cerca de 90% desses passageiros estão nas duas maiores metrópoles do País, São Paulo e Rio de Janeiro, mas nos outros grandes centros e capitais, há vários projetos para melhorar os sistemas e integrá-los mais adequadamente aos outros modos de transporte. E salientou que, além disso, outras cidades importantes estudam alternativas para também contar com os trilhos como parte da oferta de transporte público urbano.

Referindo-se novamente ao tema principal do encontro – A Contribuição dos Trilhos para a Mobilidade –, Baião afirmou que essa frase é um desafio da AEAMESP. “Isso, por acreditarmos que a nossa competitividade no cenário mundial e as soluções de transporte de pessoas e mercadorias em nosso País dependem de uma maior participação do modo metroferroviário na matriz de transporte. O nosso objetivo, ao longo destes próximos três dias, é fazer com que mais pessoas acreditem nisto”.

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O presidente da AEAMESP, José Geraldo Baião

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om presença institucional da AEAMESP e de outras entidades e empresas representativas do setor, o

pavilhão brasileiro se destacou na feira internacional Innotrans 2012, realizada de 18 a 21 de setembro em Berlim.

Otimismo. "Nosso estande foi bastante visitado por empresas internacionais interessadas em investir no Brasil, e isso possibilitará aplicar no nosso País o desenvolvimento que se observa no setor metroferroviário da Europa, além das

expectativas de exportação que a participação brasileira na Innotrans criou”, avaliou Vicente Abate, presidente da Associação Brasileira da Indústria Ferroviária (Abifer) em declaração publicada pelo informativo de sua organização. Já o presidente-executivo da Associação

Nacional dos Transportadores Ferroviários (ANTF), Rodrigo Vilaça, frisou: "O pavilhão brasileiro proporcionou uma visão forte do País, num setor que tem na competitividade o seu maior foco. Certamente, nos diferenciamos e inovamos, com a responsabilidade de

mostrar os planos de expansão metroferroviária e estabelecer oportunidades de negócios que se reflitam na melhoria do sistema de transporte de cargas e pessoas sobre trilhos".

s engenheiros brasileiros, associados da AEAMESP, Peter Alouche e Tadashi Nakagawa, participaram nos dias 6 e 7 de

novembro de 2012, em Assunção, Paraguai, do Fórum Internacional sobre a Problemática do Trânsito e de Transporte Público de Assunção e Área Metropolitana, organizado pela Secretaria de Transporte da Área Metropolitana de Assunção e pelo Ministério de Obras Públicas e Comunicações do Paraguai, com participação de empresários, sindicato de trabalhadores e de comerciantes, e representantes de outros segmentos. Além dos especialistas brasileiros, atuaram como expositores os especialistas argentinos Juan Carlos Rudel e Hugo Rolón.

Reunião com o presidente da República. Durante a estada na capital paraguaia, Alouche e Tadashi foram recebidos pelo presidente da República, Federico Franco, e também pelo senador nacional Alfredo Jaeggli, além de terem sido convidados por duas vezes a almoçar com dirigentes e editores do diário ABC Color, um dos mais influentes do país. O jornal cobriu o fórum e abriu espaço para Alouche falar sobre as características e a importância do Metrô de São Paulo (veja links ao final desta matéria).

Discussão nacional. Segundo Peter Alouche, há hoje no Paraguai uma discussão nacional, que envolve até a Presidência da

República, a respeito do tipo de transporte público a implantar em Assunção. O Projeto Metrobus, por ônibus, idealizado por Jaime Lerner, acabou vetado pelo Congresso porque seria implantado na única avenida razoavelmente larga da cidade e exigiria um grande volume de desapropriações. Além disso, o corredor mostrou não ser solução adequada, uma vez que haveria muitos cruzamentos em toda sua extensão.

Tecnologias brasileiras. “O governo do Paraguai me convidou para um fórum para expor tecnologias brasileiras, para que desse minha opinião a respeito do sistema de transporte público mais adequado para a capital do país. Viajei com Tadashi para Assunção. Nossa presença lá foi um grande sucesso técnico e de mídia. Penso que honramos a tecnologia brasileira”, disse Alouche.

Ele prossegue: “Na minha palestra, que foi assistida por três ministros do Paraguai e por toda a imprensa, e no debate público que

tive no dia seguinte sobre o transporte em Assunção, sugeri para a capital do país vizinho um transporte moderno – metrô leve, VLT ou monotrilho. Defendi a tese de que o planejamento de transporte da capital do Paraguai deveria ter uma visão de ‘estadistas’, e não de ‘planejadores’ cujo entendimento é de curto prazo e normalmente limitado aos problemas de custos, de financiamento e de tarifa”.

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DESTAQUE PARA O PAVILHÃO BRASILEIRO DA INNOTRANS 2012

EM ASSUNÇÃO, ALOUCHE E TADASHI PARTICIPAM DE FÓRUM SOBRE O MODELO DE TRANSPORTE PÚBLICO PARA A CAPITAL PARAGUAIA

Na foto superior, o presidente da República do Paraguai, Federico Franco, Alouche e Tadashi. Na foto de baixo, Alouche durante sua conferência.

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TRANSPORTE DE PASSAGEIROS SOBRE TRILHOS TEVE DESTAQUE NO

I CONGRESSO METROFERROVIÁRIO BRASILEIRO

Em 6 de novembro de 2012 houve a solenidade de instalação da feira Negócios nos Trilhos 2012, no Pavilhão Vermelho, no Expo Center Norte, em São Paulo, com a participação do presidente da AEAMESP, engenheiro José Geraldo Baião. Ele afirmou na ocasião: “Estamos vivendo um momento muito especial no setor, e esse I Congresso e a NT 2012 representam tudo aquilo que idealizamos para o segmento metroferroviário: atividades permanentes como qualquer outro setor da economia, e um ambiente de participação de todos os profissionais, operadoras, indústria, fornecedores e projetistas que atendem ao mercado brasileiro”.

Descerramento da fita. O presidente da AEAMESP, dirigentes das outras entidades promotoras do I Congresso Metroferroviário Brasileiro; o ministro dos Transportes, Paulo Sérgio Passos; Isabel Sales de Melo Lins, diretora de Regulação e Gestão da Secretaria Nacional de Transportes e de Mobilidade Urbana no Ministério das Cidades, e também organizadores da NT 2012 participaram do ato de descerramento da fita, simbolizando a inauguração da NT 2012.

Números finais. A feira Negócios nos Trilhos 2012, com 180 expositores do Brasil e de 16 outros países, recebeu 7.844 visitantes, 12% a mais do que na edição do ano passado.

s debates a respeito do transporte de passageiros sobre trilhos – por meio de modais essencialmente urbanos

ou por intermédio de trens regionais e inter-regionais – compuseram parte significativa da programação do I Congresso Metroferroviário Brasileiro, desenvolvido de 6 a 8 de novembro, no Pavilhão Vermelho do Expo Center Norte, em São Paulo, paralelamente à feira Negócios nos Trilhos 2012. O encontro foi promovido pela AEAMESP e por outras quatro entidades nacionais do setor: Associação Nacional dos Transportadores Ferroviários (ANTF); Associação Brasileira da Indústria Ferroviária (ABIFER); Sindicato Interestadual da Indústria de Materiais e Equipamentos Ferroviários e Rodoviários (SIMEFRE) e Associação Nacional dos Transportadores de Passageiros sobre Trilhos (ANPTrilhos). O I Congresso Metroferroviário teve o patrocínio das empresas Indra, GE, All Tasks e Thales.

Abertura do I Congresso. Em 6 de novembro, ao lado dos dirigentes das entidades parceiras, Baião participou do painel de abertura do I Congresso Metroferroviário Brasileiro. O ato teve a presença de Isabel Sales de Melo Lins, diretora de Regulação e Gestão da Secretaria Nacional de Transportes e de Mobilidade Urbana no Ministério das Cidades, e do secretário de Transportes Metropolitanos do Estado de São Paulo, Jurandir Fernandes.

Transporte de passageiros. Em 7 de novembro, com moderação do presidente da AEAMESP, engenheiro José Geraldo Baião, desenvolveu-se a mesa-redonda Cenário da mobilidade urbana nas médias e grandes cidades: Expansões e modernizações para a melhoria do transporte público. Ao introduzir o tema, o presidente da AEAMESP assinalou que a alta taxa de urbanização do País – de 84,4% – insere, entre os principais problemas urbanos, a crítica situação da mobilidade, que afeta não apenas os grandes e médios centros e suas periferias, mas também as pequenas cidades.

“Entre as causas dessa situação, uma das principais é a grande ênfase que se dá ao transporte individual. O governo federal vem incentivando a venda de automóveis, com facilidades para financiamentos, mas, também, com redução de impostos”, disse Baião, acrescentando que outro grande problema está na falta de integração de

políticas, em especial, aquelas que dizem respeito à organização da ocupação e do uso do solo urbano. O painel reuniu o presidente da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM), Mário Bandeira; o representante da ANTPTrilhos, Conrado Grava de Souza; o representante do Metrô de Fortaleza (Metrofor), Francisco Edilson Aragão, e o diretor da Supervia, Oberlam Moreira Calçada, representante da Supervia.

Trem de alta velocidade. Também em 7 de novembro, coube ao engenheiro e consultor Plínio Assmann moderar a mesa-redonda Como superar os desafios relacionados à implantação do Trem de Alta Velocidade no Brasil: Financiamento, prazos e planos. Plínio se declarou favorável ao TAV, entre outros motivos, por acreditar que o empreendimento aumentará a sinergia entre São Paulo e Rio de Janeiro. Ele afirmou que São Paulo já é uma metrópole global, frisando que o Brasil tem condições e necessidade de ter duas metrópoles globais. Participaram na sessão Roberto Dias David, supervisor executivo da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT); Marco Antônio Ladeira, diretor da Andrade Gutierrez, e o presidente da Agência de Desenvolvimento de Trens Rápidos entre Municípios (AD-TREM) e principal dirigente da União Internacional de Ferrovias (UIC) para a América do Sul, Guilherme Quintella.

A FEIRA NEGÓCIOS NOS TRILHOS 2012

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O sucesso da 18ª Semana de Tecnologia Metroferroviária

18ª Semana de Tecnologia Metroferroviária contou com mais de 2.300 participantes. Foram

desenvolvidos 12 painéis de debates, além de sessões solenes e de homenagens. Manteve-se o formato da programação técnica adotada pela primeira vez, com êxito, em 2011, quando se ampliou de 36 para 44 o número de trabalhos inscritos. As apresentações técnicas focalizaram

temas nas áreas de planejamento, comunicação, marketing, construção civil, sistemas de sinalização e alimentação elétrica, operação, manutenção e novos modos de transportes, como monotrilhos, VLTs e corredores de ônibus. Os trabalhos estão disponíveis no Portal da AEAMESP [Veja os trabalhos no Portal da AEAMESP].

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Sessões iniciais. No primeiro dia da 18ª Semana, houve uma apresentação a respeito da Estação Conhecimento, rede social criada pelo Metrô-SP para estimular o compartilhamento de informações entre profissionais dessa Companhia. Houve também uma palestra do navegador Amyr Klink, que falou de suas viagens, destacando o significado do planejamento para a obtenção de êxito em empreitadas longas e arriscadas.

NO SEGUNDO DIA,LEI DE MOBILIDADE, IMPLANTAÇÃO DE UMA LINHA DE METRÔ, GESTÃO E INDÚSTRIA

Em 12 de setembro, o segundo dia da 18ª Semana, aconteceram os primeiros quatro painéis. Foram discutidos os impactos da recente Lei de Mobilidade Urbana (Lei 12.587/12); os requisitos para a implantação de uma linha de metrô, incluindo procedimentos técnicos

e prazos; a questão da gestão estruturada de projetos e, também, o ânimo da indústria metroferroviária, que vem se preparando para crescer, de modo a participar efetivamente da implantação de 10 mil km de ferrovias anunciados pelo Plano Nacional de Logística e Transportes (com investimentos de R$ 133 bilhões em obras de infraestrutura de transportes e logística, dos quais, R$ 91 bilhões só

para ferrovias). A indústria pretende produzir nesta década, até 2019, 40 mil vagões, 2.100 locomotivas e 4 mil carros de passageiros.

NO TERCEIRO DIA,SUSTENTABILIDADE,TECNOLOGIAS, INTEROPERABILIDADE ELIGAÇÕES REGIONAIS

Além do tema da sustentabilidade (veja boxe nesta página), houve no terceiro dia, 13 de setembro, painéis que focalizaram o emprego de sistemas inteligentes de transporte em metrôs e o tema das tecnologias e da interoperabilidade no transporte ferroviário. A União Internacional de Ferrovias (UIC) para a América do Sul mostrou em sua apresentação

TAXAS DE INSCRIÇÃO

PATROCINADORES:

CATEGORIA

ATÉ 15/07 ATÉ 30/08 DURANTE O EVENTO

Associados AEAMESP(*) e Associados da AEEFSJ Gratuita (**) 60,00 80,00

Profi ssionais não associados 300,00 400,00 500,00

Empregados do METRÔ-SP, STM, EFCJ, CPTM, EMTU 150,00 200,00 250,00

Empresas Expositoras / Patrocinadoras (convite extra )Entidades de Apoio Institucional 150,00 200,00 250,00

Estagiários METRÔ-SP, STM, EFCJ, CPTM, EMTU (***) 50,00 80,00 100,00

Estudantes (***)

50,00 80,00 100,00

(*) Em dia com a contribuição associativa.(**) Desde que a inscrição seja feita através do site até 15/07.(***) Deverão enviar fax ou e-mail do comprovante de matrícula para (11) 3285-4509 até o dia útil seguinte ao da inscrição.

Mais Informações: http://semana.aeamesp.org.br/18a/default.aspx

APOIADORES:

Secretaria dos Transportes Metropolitanos

Ministério dasCidades

RealizaçãoOrganização

marcelo fontanap r o m o ç õ e s & e v e n t o s

MFAssociação dos Engenheirose Arquitetos de Metrô

METRO

A Contribuição dos Trilhospara a Mobilidade

11 a 14de setembroSão Paulo - Brasil

[email protected]: + 55 11 3284-0041

Em sessão da 18ª Semana, o presidente da CPTM, Mário Bandeira; o consultor Plínio Assmann; o presidente da AEAMESP, José Geraldo Baião, e o diretor de Operações do Metrô-SP, Mário Fioratti Filho.

O presidente do Metrô-SP, Perter Walker, faz a sua saudação na solenidade de abertura da 18ª Semana de Tecnologia

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que, na visão consolidada por esse organismo internacional, a interoperabilidade significa a reunião de condições necessárias para que diversos operadores, através do compartilhamento da infraestrutura e da padronização dos sistemas ferroviários, possam oferecer serviços ao mercado. No entender da organização, para que se estabeleça a interoperabilidade é preciso que estejam estabelecidos: regulação e regras operacionais, padrões de segurança e ambientais, definições quanto a vias, sinalização e comunicação, e definições referentes aos sistemas de TI e bilheteria, ao material rodante e a programas de manutenção e reparos.

Houve espaço na 18ª Semana para discussões sobre a mobilidade regional por meios ferroviários, em especial, com as novas linhas prometidas pelo governo estadual em São Paulo, interligando a capital paulista com Jundiaí, Santos e Sorocaba e, pelo governo federal, com o Trem de Alta Velocidade (TAV)

entre Campinas, São Paulo e Rio de Janeiro. O projeto do TAV, como se sabe, foi atribuído à Empresa de Planejamento e Logística (EPL), estatal do governo federal, que investirá R$ 1 bilhão, assegurando participação acionária em torno de 30%, segundo afirmou o seu presidente, Bernardo Figueiredo; o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) financiará outra parte à empresa vencedora da licitação.

NO ÚLTIMO DIA,PARCERIAS COM O SETOR PRIVADO, DEMANDA E CENÁRIO DO SETOR

No último dia, um painel debateu o tema das parcerias público-privadas (PPPs) e novas concessões no setor metroferroviário, focalizando os conceitos e as dificuldades de implantação dos sistemas privados; esse debate se valeu, em boa medida, das experiências referentes

à operação privada da Linha 4 – Amarela, do Metrô de São Paulo, feita pelo consórcio ViaQuatro, e dos sistemas de trens e de metrô no Rio de Janeiro.

Em outra sessão, houve debate sobre os desafios embutidos no crescimento das demandas. O Metrô-SP e a CPTM apresentaram as estratégias operacionais que têm possibilitado às duas companhias enfrentar o consistente crescimento de demanda, uma vez que os dois sistemas transportam diariamente perto de 8 milhões de passageiros. Quanto ao Metrô-SP, foi dito que além de estratégias aplicadas no dia a dia, as atividades de operação melhorarão à medida que forem sentidos os efeitos de duas outras linhas de ação: a modernização do sistema e a expansão da rede, com novas linhas, que ampliam a condição de opção dos usuários, redistribuindo a demanda. Outro ponto salientado foi o entendimento de que a crise de

O tema da mobilidade sustentável

Um dos painéis do terceiro dia da 18ª Semana colocou em debate o tema da mobilidade sustentável. Foi ressaltado que o desenvolvimento sustentável pressupõe a existência de transporte e de mobilidade também sustentáveis, sendo o transporte essencial para a vida em sociedade e para o desenvolvimento econômico – conforme ficou consignado no documento final do evento Rio+20, conferência da ONU realizada em junho de 2012 no Rio de Janeiro. A inserção desse tema no documento internacional se deu a partir de mobilização coordenada pela Iniciativa Latino-americana para o Transporte Sustentável (ILATS), com participação da AEAMESP e de outras instituições brasileiras e de outros países. Essa ideia está expressa também no relatório O custo do insustentável, que a ILATS lançou na 18ª Semana.

O secretário de Transportes Metropolitanos, Jurandir Fernandes, à esquerda, e, a seu lado, o secretário nacional de Transporte e Mobilidade Urbana do Ministério das Cidades, Júlio Eduardo Santos posam com membros da Diretoria e do Conselho Consultivo da AEAMESP.

Presidente da AEAMESP, José Geraldo Baião, entrega exemplar do Anuário Metroferroviário 2012 à diretora de Regulação e Gestão da Secretaria Nacional de Transporte e Mobilidade Urbana, , Isabel Sales de Melo Lins. Editada em parceria com a OTM Editora, a publicação revelou que o setor transportou 2,43 bilhões de passageiros em 2011.

Anuário Metroferroviário

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Recursos para investir em São Paulo

O secretário dos Transportes Metropolitanos do Estado de São Paulo, Jurandir Fernandes, apresentou no painel final a composição dos R$ 45 bilhões que o governo paulista pretende investir no setor metroferroviário até 2014. Ele informou que parcela considerável dos recursos (aproximadamente R$ 16 bilhões) já está contratada ou bem encaminhada com bancos de fomento e agências de cooperação internacionais – Banco Mundial (BIRD); Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), Banco Japonês de Cooperação Internacional (JBIC), Agência Francesa para o Desenvolvimento (AFD) – e com instituições nacionais – BNDES e Caixa Econômica Federal. Trata-se de recursos com três anos de carência e 30 anos para pagar, e taxas “baixíssimas”.

Jurandir Fernandes informou também que o governo estadual começou a

buscar novos recursos – cerca de R$ 7 bilhões – porque obteve uma janela de ampliação de investimentos, em razão do êxito do ajuste fiscal e de economia. Um Estado somente pode fazer empréstimos até duas vezes a sua receita líquida, e a capacidade de endividamento do governo paulista é, segundo o secretário, satisfatória, pois o endividamento alcança apenas 70% do dobro da receita líquida. Ele disse ainda que outros R$ 15 bilhões terão de ser obtidos no capital privado por meio de parcerias público-privadas (PPP) para a CPTM e o Metrô-SP, e que mais R$7 bilhões serão providenciados pelo Tesouro paulista.

Bernardo Figueiredo e Maysa Minervino

Por meio de solenidades ocorridas em momentos diferentes da 18ª Semana de Tecnologia Metroferroviária, a AEAMESP homenageou com a distinção Personalidade 2012, por sua atuação no setor

metroferroviário, o economista Bernardo Figueiredo, presidente da Empresa de Planejamento e Logística – EPL, e Maysa Minervino, assessora do cerimonial e eventos da Secretaria de Estado de Transportes Metropolitanos de São Paulo, por relevantes serviços prestados à AEAMESP.

mobilidade urbana somente será efetivamente equacionada com a readequação do modelo de uso e ocupação do solo, com a melhor distribuição de moradias, empregos e serviços por toda a cidade, com geração de viagens de menor duração.

Na penúltima sessão da 18ª Semana, a Associação Nacional dos Transportadores de Passageiros sobre Trilhos (ANPTrilhos) mostrou que há atualmente no Brasil 63 médias e grandes regiões metropolitanas no País e que apenas 12 delas possuem algum tipo de sistema de transporte de passageiros sobre trilhos, razão pela qual a entidade vem trabalhando de forma integrada com outras entidades, com operadores dos sistemas e com a indústria metroferroviária, defendendo, como ponto central, a ampliação do investimento no setor.

Nesse painel, o Metrô-SP mostrou que sua rede será de 74,3 km no final de 2012, chegando a 137,7 km em 2015; o metrô convencional passará de 74,3km para 92,6 km daqui a três anos, enquanto a extensão dos sistemas de metrôs leves alcançará 45,1 km. Também até 2015, o número de estações saltará de 62 para 125, enquanto o total de conexões subirá de 13 no fim de 2012 para 21 em 2015. O número de passageiros transportados por dia no sistema de metrô subirá de 4,4 para 7 milhões. O Metrô de Fortaleza (Metrofor) apresentou todos os projetos de transportes urbanos sobre trilhos do Estado do Ceará e os respectivos estágios de desenvolvimento, considerando as linhas Sul e Oeste do Metrô de Fortaleza, o ramal Parangaba-Mucuripe, a Linha Leste e os sistemas do Cariri e de Sobral.

O secretário Jurandir Fernandes

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19ª Semana e Metroferr 2013 já têm data

O calendário de atividades referentes à 19ª Semana de Tecnologia Metroferroviária e à Metroferr 2013 foi anunciado ao final da 18ª Semana pelo presidente da AEAMESP, engenheiro José Geraldo Baião. Os eventos acontecerão novamente no Centro de Convenções Frei Caneca, em São Paulo, entre os dias 10 e 13 de setembro de 2013.

O quarto andar do Centro de Convenções Frei Caneca passará por remodelação nos próximos meses e, em razão, disso, a área útil desse recinto será ampliada, possibilitando a expansão da Metroferr 2013.

Contatos. A comercialização de espaços na exposição foi iniciada ainda durante a Metroferr 2012. Os contatos podem ser feitos com a área de Eventos da AEAMESP, pelo e-mail: [email protected] ou pelo telefone: (11)3284-0041.

Critérios. O presidente da AEAMESP, engenheiro José Geraldo Baião, informou que a escolha dos homenageados do ano resulta da análise, por um conselho da Associação, com base em critérios previamente definidos.

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ontando com aproximadamente 270 participantes, o

Jantar Dançante de 22 Anos da AEAMESP repetiu, em uma noite de descontração e confraternização entre amigos e familiares, o êxito obtido em edições anteriores, o que consolida esse evento anual. O jantar aconteceu no dia 19 de outubro no Buffet Colonial em São Paulo.

izo chegou em segundo lugar na prova final, realizada na noite de 21 de novembro de 2012, e alcançou 185 pontos na classificação geral, tornando-se campeão do 11º Desafio de Kart entre Amigos da AEAMESP. Com 178 pontos, Márcio é o vice-campeão. Carlos Raul ficou em terceiro na classificação

geral, com 172 pontos; Valter é o quarto colocado, com 162 pontos; Araújo terminou em quinto, com 144 pontos, e Manoel é o sexto colocado, com 122 pontos.

DESAFIO DE KART Zizo é o campeão

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JORNAL AEAMESP é uma publicação da Associação dos Engenheiros e Arquitetos de Metrô – AEAMESP, Rua do Paraíso, 67, 2º andar, 041103-000, São Paulo-SP, telefone/fax: (11) 3284 0041, [email protected]. Diretoria Executiva – Presidente: José Geraldo Baião. Vice-Presidentes: Ayres Rodrigues

Goncalves (Administração e Finanças), Carlos Augusto Rossi (Assuntos Associativos) e Jayme Domingo Filho (Atividades Técnicas); 1º Diretor Secretário: Maria Toshiko Yamawaki, 2º Diretor Secretário: Pedro Armante Carneiro Machado; 1º Diretor Tesoureiro: Arnaldo Pinto Coelho; 2º Diretor Tesoureiro: Luiz Eduardo Argenton, Conselho Deliberativo – Antônio Luciano Videira Costa, Ariovaldo Ferraz de Arruda Veiga, Bárbara Ramos Coutinho, Christian Becker Bueno de Abreu, Fabio Dos Santos, Fabio Tadeu Alves, Jose Arnaldo Macedo Catuta, Mara Silvana Siqueira, Mario de Mieri, Odécio Braga de Louredo Filho, Rolando Jose Santoro Netto, Valter Belapetravicius. Conselho Fiscal – Antônio Fioravanti Iria Aparecida Hissnauer Assef, Manoel Santiago Da Silva Leite. Conselho Consultivo – Emiliano Stanislau Affonso Neto, Jose Ricardo Fazzole Ferreira, Laerte C. Mathias de Oliveira, Luiz Carlos de Alcântara, Luiz Felipe Pacheco de Araújo, Manuel da Silva Ferreira Filho. Arte e Projeto: Casa da Arte. Jornalista Responsável: Alexandre Asquini (MTb 28.624).

JANTAR DANÇANTE Com 270 participantes, Jantar Dançante de 22 Anos

da AEAMESP reedita êxito de anos anteriores

Animação e participação

O conjunto que animou a festa

Ninguém ficou parado

Alegria na pista de dançaMomento romântico