jornal ação 01

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SANTA LUZIA 1 0 ANO DISTRIBUIÇÃO GRATUÍTA 02 de abril a 09 de MAIO de 2012 AVENIDA BRASÍLIA P AGINAS 6 E 7 Valorização imobiliária GAROTA SENSAÇÃO ESTÁDIO DO GRÊMIO TATIANE RIBEIRO P AGINA 3 TATIANE RIBEIRO Não somente nos grandes cen- tros, mas principalmente nos municí- pios que integram a região metropolitana de Belo Horizonte, a valorização imobiliária esta em alta e constante elevação. Apesar de todos os problemas existentes, a Avenida Brasília, principal ponto comercial de Santa Luzia, tem sido local de inves- timento de pequenos e grandes co- merciantes. Entre estes empresários, se destaca o dono da rede de Super- mercados BH, que investe pesado em Santa Luzia, gerando renda e empre- gabilidade para o município. A luziense Marcília Catrine Silva Neves tem 19 anos de idade, mora no bairro São João Batista, em Santa Luzia, e cursa psicologia, na Puc Realização Um grupo de amigos apaixonados pelo fute- bol amador, se empe- nhou, buscou parcerias, venceu barreiras e atra- vés do próprio trabalho conseguiu realizar um grande sonho: a trans- formação de um bota- fora de entulhos em um dos campos de futebol mais bonitos e comple- tos de Santa Luzia. P AGINA 5 BAIRRO LONDRINA Sr.José Marcelino (fo- to), por meio da Asso- ciação Comunitária do Bairro Londrina (da qual é presidente), oferece cursos profissionalizan- tes e atividades culturais com o objetivo de pro- mover ações de melho- ria na qualidade de vida da população local. HEBERTON LOPES Inclusão

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Page 1: Jornal ação 01

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AVENIDABRASÍLIA

PAGINAS 6 E 7

Valorização imobiliária

GAROTA SENSAÇÃO ESTÁDIO DO GRÊMIO

TATIANE RIBEIRO

PAGINA 3

TATIANE RIBEIRONão somente nos grandes cen-

tros, mas principalmente nos municí-pios que integram a regiãometropolitana de Belo Horizonte, avalorização imobiliária esta em alta econstante elevação. Apesar de todosos problemas existentes, a AvenidaBrasília, principal ponto comercial deSanta Luzia, tem sido local de inves-timento de pequenos e grandes co-merciantes. Entre estes empresários,se destaca o dono da rede de Super-mercados BH, que investe pesado emSanta Luzia, gerando renda e empre-gabilidade para o município.

A luzienseMarcília CatrineSilva Neves tem19 anos de idade,mora no bairroSão João Batista,em Santa Luzia, ecursa psicologia,na Puc

RealizaçãoUm grupo de amigosapaixonados pelo fute-bol amador, se empe-nhou, buscou parcerias,venceu barreiras e atra-vés do próprio trabalhoconseguiu realizar umgrande sonho: a trans-formação de um bota-fora de entulhos em umdos campos de futebolmais bonitos e comple-tos de Santa Luzia.

PAGINA 5

BAIRRO LONDRINA

Sr.José Marcelino (fo-to), por meio da Asso-ciação Comunitária doBairro Londrina (da qualé presidente), oferececursos profissionalizan-tes e atividades culturaiscom o objetivo de pro-mover ações de melho-ria na qualidade de vidada população local.

HEBERTON LOPES

Inclusão

Page 2: Jornal ação 01

2 AÇÃO l o jornal de Santa Luzia e região02 de abril a 09 de MAIO de 2012

EDITORIAL

EXPEDIENTE

CHARGE

Viemos para somarSanta Luzia, esta bela cidade

histórica de 320 anos, queabriga atualmente quase 300

mil habitantes, é uma das princi-pais cidades históricas de MinasGerais. Apesar da infraestruturaturística modesta, o município sedestaca pelo seu potencial de de-senvolvimento industrial e comer-cial. Seu povo, gente trabalhadora,tranquila e de fé, luta para manterviva a tradição através de suas fes-tas religiosas, casarões, ruas eigrejas, e, ao mesmo tempo, buscaformas de transformar o que é pre-ciso para que a população tenhaqualidade de vida.

No entanto, sabemos que nãose vive só de história e que ne-nhuma cidade se desenvolve senão houver planejamento e muitotrabalho. Já há algum tempo, a po-pulação luziense, principalmente amais humilde, tem sofrido com aprecariedade e com a falta de ser-viços públicos que são essenciaispara a garantia da saúde. Falta es-

trutura, saneamento, cultura, edu-cação, saúde, arte... faltam queboas ideias e ideais sejam espa-lhados por todos os cantos destacidade! E é por isso que viemos!

Não chegamos com o intuitode tomar o lugar dos nossos com-panheiros de comunicação que hámuito tempo lutam pela melhoriadesta querida cidade. Nem é nossopropósito concorrer com os res-peitosos jornais que atuam emSanta Luzia. Nosso objetivo é so-mar, é ser porta-voz da população,é reunir empenho para gerar maisforça e obter conquistas para opovo luziense. Queremos bomatendimento nos postos de saúde,queremos segurança, saneamentobásico, educação para nossos fi-lhos... Queremos contribuir paraa transformação desta cidade, deforma que ela se desenvolva, mas,continue sendo tão acolhedoracomo é na lembrança dos nossosbisavós... Queremos diversão eatrativos culturais para desviar

nossa juventude dos caminhos er-rados e queremos ter provas paramostrar aos nossos filhos e netosque o bem é sempre o melhor ca-minho.

Então é isso... com toda a hu-mildade de quem acaba de chegar,pedimos licença para entrar emsua casa e, desde já, deixamosclaro que contamos com o apoiode todos vocês. O Jornal Ação nãovai calar enquanto o povo tiver oque dizer, porque o povo é a nossamotivação. Assumimos o compro-misso e o dever de investigar, de-nunciar e cobrar, no entanto, é vá-lido frisar que não estamosdeclarando guerra a ninguém (oque também não quer dizer quevamos nos intimidar). A cada edi-ção nos empenharemos para fazero melhor possível e vamos traba-lhar seguindo os valores que acre-ditamos, pois, temos fé de que amistura de boa vontade, seriedadee trabalho só pode resultar embons frutos.

Este espaço é reservadopara você, cidadão luziense!Aqui você terá voz e vez paraexpor problemas que existemna sua rua ou no bairro, cobrarações da Administração Muni-cipal, fazer denúncias e reivin-dicações com o objetivo depromover melhorias e quali-dade de vida para a cidade.Nesta coluna, você poderáainda, parabenizar alguém oualguma instituição por um feitoem prol do município de SantaLuzia.Para que seu manifesto seja

publicado na Tribuna do Lu-ziense, você deve enviar emailcom sua solicitação para o se-guinte endereço eletrônico:[email protected] do Luziense foi

feita para que você seja ouvidoe para que as dificuldades dascomunidades sejam vistas!Participe, reivindique, faça co-branças, lute por seus direitose por uma Santa Luzia melhorpara se viver!

Minas Uai Comunicação Ltda.Avenida Brasília, 1.687, sala 204,São Benedito, Santa Luzia/MG

CEP: [email protected]

Diretor: Joveline FerreiraEditora-Chefe: Tatiane Ribeiro

Reportagem: Heberton Lopes (15908/MG) eTatiane Ribeiro (15996/MG)Impressão: Sempre Editora

O Jornal Ação não se responsabiliza por con-ceitos, ideias ou opiniões expressas em maté-rias assinadas ou informes publicitários. As

matérias publicadas aqui, não necessaria-mente condizem com o pensamento deste jor-nal, contudo as publicamos por seremmanifestações da liberdade de expressão.

Distribuição gratuita: 10 mil exemplaresdistribuídos em Santa Luzia/MG e região

Tribuna doLuziense

Page 3: Jornal ação 01

3 AÇÃO l o jornal de Santa Luzia e região02 de abril a 09 de MAIO de 2012

FOTOS: TATIANE RIBEIRO

AVENIDABRASÍLIA

Setor imobiliário em alta

Não é necessário ter formaçãoprofissional no setor imobiliário, nemconsultar estáticas de pesquisas e nemser muito entendedor do assunto paraperceber que a valorização imobiliá-ria esta em alta, não somente nosgrandes centros, mas principalmentenos municípios que integram a regiãometropolitana de Belo Horizonte.Aqui mesmo, em Santa Luzia, já nãose encontram facilmente pontos co-merciais para serem alugados, e ospoucos que ainda estão disponíveis,tem custo de aluguel alto.

Conversamos com Avelino San-tos, empresário e corretor de imóveis,que falou um pouco sobre o ramoimobiliário na Avenida Brasília, re-gião do São Benedito. Ele contou quepela proximidade com a capital e oCentro Administrativo do Estado,além do seu potencial econômico,Santa Luzia tem sido alvo de grandescomerciantes: “As grandes lojas estãoinvestindo no município porque acre-ditam no potencial econômico queSanta Luzia tem. Apesar de todos osproblemas que a cidade tem enfren-tado com relação a infraestrutura e afalta de planejamento, comerciantesvisionários sabem que esta é uma ci-dade que merece investimento pe-sado. Com isso, como a demandaaumenta e os espaços disponíveis jánão são tantos, a tendência é que ospreços de venda e de aluguel dos lotese imóveis da região tenham alta”,disse Avelino que ainda acrescentouque naAvenida Brasília o preço de lo-cação de loja por metro quadrado giraem torno de R$50 a R$120, e que nocaso de venda de terreno, o preço por

metro quadrado gira em torno deR$4.000 a R$10.000: “Aqui na Ave-nida Brasília, encontra-se lojas compreços de aluguéis até mais altos doque na região da Savassi, em Belo Ho-rizonte. Isso prova que o setor imobi-liário em Santa Luzia esta emexpansão. Outra prova disso, é quegrandes lojas tem fixado unidadesaqui. Podemos citar ‘Ricardo Eletro’,‘Magazine Luiza’, ‘Casas Bahia’,‘Pernambucanas’, ‘Dadalto’, ‘LojasRede’ e outras tantas”. Avelino co-mentou ainda que, por enquanto, nosentornos da Avenida Brasília, onde ofluxo comercial ainda não é tãogrande, o setor imobiliário ainda nãoesta tão valorizado, mas que a tendên-

cia é que esta realidade mude:“Quando não houver mais espaços naavenida, o comércio terá que se rami-ficar por onde houver espaço, assim,a tendência é que os custos de locaçãoe compra destes pontos também te-nham alta. Acredito que eles são terãocustos tão altos como naAvenida Bra-sília, mas é certo que serão muito maisvalorizados comercialmente”, disseAvelino.

Outro comerciante que tem inves-tido pesado no município é o dono darede de Supermercados BH. Já sãosete lojas em Santa Luzia, o que gerarenda para o município, empregabili-dade para a população, conforto e co-modidade para a clientela luziense

(devido ao atendimento e bom preço)e, claro, rentabilidade para o dono darede de supermercados.

No entanto, a chegada dos gran-des comerciantes são dois lados dife-rentes da mesma moeda: Pode-seimaginar que fica mais difícil a sobre-vivência dos pequenos lojistas na re-gião, isto porque, com a grandeprocura e com os custos mais altos, atendência é que os micro empresáriosdesistam dos negócios e cedam lugarpara os grandes empresários. Poroutro lado, os micros empresários querealmente confiarem nos seus traba-lhos e não desistirem, terão chancesde crescer em nome e em números, jáque com o apoio das grandes lojas, atendência é que aumente o número depessoas que circularão pelo comérciona Avenida Brasília, ou seja, aumen-tando também o número de possíveisclientes.

Sabe-se que ainda há muito traba-lho para ser feito na Avenida Brasíliae que, infelizmente, até onde sabemos,não há nem sinais de melhorias naquestão estrutural da via, que se tor-nou o maior ponto comercial de SantaLuzia e um dos mais conhecidos deBelo Horizonte. Mas, ainda de acordocom o corretor de imóveis, apesar detodos os problemas da cidade, tantopara os grandes, quanto para os pe-quenos comerciantes, o lucrativo éque o investimento no local continuesendo feito: “Quem esta fora, quer en-trar; e quem esta dentro, se esforçapara não sair, porque sabemos que atendência é que a Avenida Brasíliaseja uma região ainda mais valori-zada”, destacou Avelino Santos.

Page 4: Jornal ação 01

4 AÇÃO l o jornal de Santa Luzia e região02 de abril a 09 de MAIO de 2012

RenegociaçãoIMAGEM MERAMENTE ILUSTRATIVA

Em 1998, Minas Gerais devia aogoverno federal 14,8 bilhões de reais.Em 2011, o estado fechou o ano comum débito de R$ 58,6 bilhões de reais,sendo 19,7 bilhões de reais apenas dejuros, o que deixa o estado em quartolugar no ranking dos mais endivida-dos no Brasil. Tudo começou quandoo governo federal renegociou as dívi-das dos estados, no ano de 1998.Nesta renegociação, a União passou ausar como indexador da dívida o Ín-dice Geral de Preços – Disponibili-dade Interna (IGP – DI). No caso deMinas, o valor pago é o IGP-DI mais7,5% de juros ao ano, o que compro-mete 13% da arrecadação para pagar adívida.

A renegociação das dívidas dosestados com a União foi feita pelo pe-ríodo de 30 anos, que vencerá em2028, commais 10 anos para quitar osresíduos. Se nenhuma intervenção forrealizada e o indexador da dívida con-tinuar o mesmo, em 2028, cerca de

se a dívida for renegociada, sobrarianos cofres públicos do estado cerca deR$ 1,25 bilhão, o que, no prazo de umano, daria para elevar em 6,25 vezeso recurso da assistência social; cons-truir 12.500 postos de saúde; asfaltar1.250 quilômetros de estradas; ouconstruir 625 escolas estaduais. Paraisso, seria necessário reduzir o com-prometimento da receita líquida do es-tado de 13% para 9%.

Vários debates regionais estãosendo realizados para discutir a rene-gociação da dívida pública de MinasGerais com a União.As cidades de Je-quitinhonha, Governador Valadares,Uberlândia, Varginha e Uberaba jáforam sede para os encontros. Os pró-ximos debates serão em Ipatinga, em16/5; Patos de Minas, em 18/5; Divi-nópolis, em 21/5; Juiz de Fora, em22/5; e em Montes Claros, em 24/5.

Para saber mais, acesse o hotsitecriado pela ALMG: http://www.rene-gociacaoja.com.br/

17% da receita líquida mineira teráque ser destinada à quitação dos débi-tos com o governo federal. Preocupa-dos com a situação e com a crise quepode ocorrer nos cofres públicos nospróximos anos, os deputados esta-duais da Assembleia Legislativa deMinas Gerais (ALMG) lançaram, re-centemente, a Frente Parlamentar emDefesa da Renegociação da DívidaPública do Estado de Minas Gerais,que busca uma forma de apresentarsoluções e incentivar o envolvimentoda população para pressionar a Uniãoa renegociar a dívida de maneira maisadequada a realidade econômica dopaís.

Na época da renegociação, em1998, a maioria dos estados estavapraticamente falida. O Brasil viviacom a inflação mensal de dois dígitose os acordos foram feitos com base narealidade econômica daquele ano.Hoje, a economia é outra e, por isso,os parlamentares pedem uma revisão

da dívida. Se nada for feito, mesmopagando em dia, no ano de 2038,quando o estado ainda estará quitandoos resíduos da dívida, até 40% da re-ceita líquida de Minas pode ser abo-canhada pela União.

Em encontro realizado na cidadede Uberlândia, lideranças políticas,empresários, deputados da ALMG emembros da Federação das Indústriasdo Estado de Minas Gerais (FIEMG)discutiram o assunto. O presidente dolegislativo mineiro, Dinis Pinheiro,lembrou que no passado o estadopagou cerca de R$ 3,3 bilhões àUnião. O deputado ressaltou que essevalor é superior ao investimento emalguns setores. Uma das propostasdiscutidas foi a redução da taxa dejuros. EmMinas Gerais, os cofres pú-blicos pagam 7,5% de juros por ano, oque atualmente compromete 13% dareceita estadual com o pagamento dadívida.

De acordo com o site da ALMG,

Minas Gerais é o 4º Estado que mais deve àUnião. Assembleia Legislativa cria FrenteParlamentar para buscar a renegociação

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5 AÇÃO l o jornal de Santa Luzia e região02 de abril a 09 de MAIO de 2012

Inclusão social nobairro Londrina

Por meio de cursos profissionalizantes e atividades culturais, José Marcelino, presidenteda Associação Comunitária, promove ações de melhoria na qualidade de vida

FOTOS: HEBERTON LOPES / DIVULGAÇÃO

Prestes a completar 30 anos de exis-tência, a Associação Comunitária doBairro Londrina (ACBL) continua comosbraços abertos à comunidade. A entidadefilantrópica oferece diversos cursos e ati-vidades gratuitas (ou com valores simbó-licos), o que promove a inclusão social e acapacitação profissional da população.

AACBL foi fundada em 25 de maiode 1982 por um grupo de moradores quetinham como objetivo promover a quali-dade de vida da população do bairro. “Vá-rias melhorias foram conquistadas, masainda há muito para ser feito”, explica oatual presidente da associação, José Mar-celino, que foi o primeiro dirigente a sereleito por meio do voto direto, em 1984.

Atualmente, a entidade conta com seismembros na Diretoria e seis no ConselhoFiscal.Alémdisso, professores dos cursosoferecidos na sede da associação traba-lham recebendo apenas ajuda de custo, jáque os alunos pagam ape-nas 20 reais, que são re-vertidos na manutençãodo prédio e pagamentodas contas de água e ener-gia elétrica.

No ano de 2002,Marcelino saiu da direto-

ria e a associação passou por um períodocomplicado. A situação ficou precária e aACBL chegou a ser desativada, privandodos moradores o acesso ao local. A sede,tomada por mato e lixo, passou a ser utili-zada por usuários de drogas, que depreda-vam o prédio. Em 2011, ao ver a situaçãolastimável em que se encontrava a asso-ciação, um grupo de pessoas residentes naregião incentivou Marcelino a reativar aentidade, que estava mergulhada em dívi-das: “Reassumimos a associação em junhodo ano passado, fizemos diversas inter-venções, oferecemos cursos para a comu-nidade e defendemos os interesses dapopulação,mas ainda temos um longo ca-minho a percorrer”, pondera Marcelino,que conseguiu junto à Promotoria de Jus-tiça de Santa Luzia transferir a responsa-bilidade dos débitos das gestões anteriores,que giravam em torno de 30 mil reais, àdiretoria da gestão passada.

Marcelino explica que a entidade nãorecebe nenhuma ajuda financeira da Pre-feitura ou dos vereadores. Toda a renda éobtida por meio da contribuição dos alu-nos dos cursos: “Às vezes tenho que tirardomeu próprio bolso para ajudar amantera associação, mas faço com gosto, porquesei que valemuito a pena”, revela.Algunsmateriais emóveis foramdoados àACBL,como o mobiliário e os computadores dasala de informática (que eram doTribunalde Justiça doEstado deMinasGerais), e astintas utilizadas para pintar as paredes, por-tas, grades e janelas (que foram cedidaspela Prefeitura de Santa Luzia).

Vários cursos e oficinas são ofereci-dos à comunidade na sede da associação,que conta com um salão para eventos eaulas, quadra de esportes, sala de informá-tica e uma pequena cantina. Caminhadas,bailes da melhor idade, bingos beneficen-tes, encontro de ciclistas e outras ativida-des são rotina na sede da associação. Porapenas 20 reais, o público tem acesso a vá-rias opções: estudar informática básica,ballet infantil, dança de salão, música,taekwondo, ginástica aeróbica, artesanato,reforço escolar e inglês.

AACBL oferecerá, em breve, cursosde manicure e de cabeleleiro. “Nem sem-pre os pais podem pagar o valor integralpara que seus filhos participemdos nossoscursos, mas isso não impede o ingressodeles nas oficinas. Damos um jeito aqui eali e garantimos o acesso de todos às nos-sas atividades”, completa Marcelino.

Mais de 100 pessoas circulam diaria-mente pelas dependências da ACBL.Grande parte são crianças e adolescentes,de 7 a 17 anos de idade, participantes doprograma social SegundoTempo, que temcomo objetivo incentivar a prática espor-tiva na comunidade.

AFlorda vida

Havia uma jovem muito rica, quetinha tudo: um marido maravilhoso, fi-lhos perfeitos, um emprego que lhe pa-gavamuitíssimobem, uma família unida.O estranho é que ela não conseguia con-ciliar tudo isso, o trabalho e os afazereslhe ocupavam todo o tempo e a sua vidaestava defici tária em algumas áreas. Seo trabalho lhe consumiamuito tempo, elatirava dos filhos, se surgiam problemas,ela deixava de lado o marido... E assim,as pessoas que ela amava eram sempredeixadas para depois.

Até que um dia, seu pai, um homemmuito sábio, lhe deu um presente: umaflor muito cara e raríssima, da qual sóhavia um exemplar em todo o mundo. Edisse à ela: - “Filha, esta flor vai te aju-dar muito mais do que você imagina!Você terá apenas que regá-la e podá-lade vez emquando, ás vezes conversar umpouquinho com ela, e ela te daráem troca esse perfume maravilhoso eessas lindas flores”.

A jovem ficou muito emocionada,afinal a flor era de umabeleza sem igual.Mas o tempo foi passando, novos proble-mas surgiam, o trabalho consumia todooseu tempo, e a sua vida, que continuavaconfusa, não lhe permitia cuidar daflor. Ela chegava emcasa, olhava a flor evia que as flores ainda estavam lá, nãomostravam sinal de fraqueza ou morte,apenas estavam lá, lindas, perfumadas.Então ela passava direto.Até que umdia,semmais nemmenos, a flor morreu.

Ela chegou em casa e levou umsusto!Estava completamentemorta, suasraízes estavam ressecadas, suas florescaídas e suas folhas amarelas. A jovemchorou muito, e contou a seu pai o quehavia acontecido. Seu pai então respon-deu: - “Eu já imaginava que isso aconte-ceria, e eu não posso te dar outra flor,porque não existe outra igual a essa, elaera única, assim como seus filhos, seumarido e sua família. Todos são bênçãosque o Senhor te deu, mas você tem queaprender a regá-los, podá-los e dar aten-ção a eles, pois assim comoa flor, os sen-timentos também morrem. Você seacostumoua ver a flor sempre lá, sempreflorida, sempre perfumada, e se esque-ceu de cuidar dela. Cuide das pessoasque você ama!”

E você? Tem cuidado das bênçãosque Deus tem lhe dado? Lembre-se daspessoas que você ama, pois como as flo-res, elas são bênçãos do Senhor: Ele nosdá,masnós éque temosquecuidardelas!

Mesmo sabendo que aindatem muito a ser feito,Marcelino apresenta com oorgulho as conquistasobtidas pela associação

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6 AÇÃO l o jornal de Santa Luzia e região02 de abril a 09 de MAIO de 2012

GRÊMIO RECREATIVO E

Um sonho

Os integrantes do Grêmio Re-creativo e Esportivo Cristina con-tam que as dificuldades foraminúmeras, que muitas vezes busca-

não nos fez desistir, pelo contrário,foi ai que a união de amigos deci-diu se organizar e lutar não apenaspela reativação do campo de fute-bol, mas também pelo objetivo detransformar aquele bota-fora emum dos mais belos estádios da re-gião metropolitana de Belo Hori-zonte”.Ainda segundoMarquinho,eles recomeçaram do zero: “Bus-camos parcerias, protestamos con-tra o bota-fora neste local,brigamos e não sossegamos en-quanto não conseguimos resgatar ocampo. Depois que conseguimosrecuperar o espaço, nos organiza-mos ainda com mais força, destavez, com objetivo de realizar nossosonho”.

Nodia 1º de maio, o GrêmioRecreativo e EsportivoCristina, que nasceu atra-

vés do empenho de um grupo deamigos apaixonados pelo futebolamador, completa 16 anos. Nossareportagem esteve na sede do Grê-mio, conversou com o atual presi-dente da associação, Marquinho, epôde ver de perto a realização dosonho daquela comunidade.De acordo com Marquinho,

mais ou menos na década de 90, ocampo do Grêmio foi desativado,causando tristeza profunda emgrande parte da comunidade dobairro Cristina: “Na época, ocampo foi transformado em bota-fora de entulhos, mas esta situação

Um sonho

Marquinho, presidente do Grêmio RecreativoCristina contou que no início, muitas pessoasnão acreditaram que a realização seria possível

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7 AÇÃO l o jornal de Santa Luzia e região02 de abril a 09 de MAIO de 2012

E ESPORTIVO CRISTINA

o realizadopor tudo o que o Grêmio Recrea-tivo e Esportivo Cristina conquis-tou: “Tivemos companheiros quedesistiram no meio do caminho,que se afastaram do campo e dofutebol por não acreditarem queseria possível fazer tudo o que fi-zemos. Houve quem afirmou quenosso sonho era utopia, que éra-mos loucos. Mas houve tambémquem acreditou e lutou conosco, eque por isso, fazem parte desta vi-tória”.Após tantas conquistas, a

união de amigos do Grêmio Re-creativo e Esportivo Cristina aindaesta a todo vapor. “Nosso próximoobjetivo é a construção da quadrasintética”, contou Marquinho.

ram parcerias em vão, que tantasoutras vezes se sentiram derrota-dos e sem possibilidades, mas queoutras vezes também encontraram

apoio, e eram justamente estesmomentos de apoio que semprerenovavam a vontade de continuarem busca do objetivo. “Nossa pri-meira conquista foi o alambrado.Depois, aos poucos e contandocom a ajuda do empresariado lu-ziense e de alguns prefeitos dasadministrações passadas, conse-guimos construir a sede, o vestiá-rio, a sauna, o salão de festas, aquadra de areia... até que, no dia12 de fevereiro de 2011 chegamosno topo do nosso sonho: a inaugu-ração do gramado do campo”,contou Marquinho com entu-siasmo. Ele ainda acrescentou quequando se lembra do caminho tri-lhado até aqui, se sente honrado

FOTOS: TATIANE RIBEIRO

o realizado

ATUALDIRETORIAA atual diretoria do Grêmio Recreativo eEsportivo Cristina é composta por

Presidente:Marcos AntônioVice-Presidente:Adão da Silva1ª Secretária:Mariângela Rosária2º Secretário: Bronsilber Souza1º Tesoureiro: Elson Figueiredo2º Tesoureiro: Geraldo CupertinoDiretor de Esportes: Paulo Alves

Representante Grec: Eduardo FreitasDiretor Social: Rui Lopes

Diretor de Patrimônio: Ronaldo Alves

Page 8: Jornal ação 01

8 AÇÃO l o jornal de Santa Luzia e região02 de abril a 09 de MAIO de 2012

8ª CopaAguinaldo Campos

TATIANE RIBEIRO

Começou no dia 31 de marçode 2012 e tem previsão de términopara o dia 23 de maio do mesmoano, a Copa Aguinaldo Campos.Em sua 8ª edição, a copa traz umanovidade: neste ano, além dostimes de Santa Luzia, sendo eles,Grêmio Cristina, XVI de Março,Real Sociedade, Grêmio FC, Cris-tinense, Santa Rita e Cristal, outrasduas equipes da cidade de Sabarátambém estão participando. Asduas equipes são Sabará e Rivera.

Para o idealizador, Crélio Al-meida, os objetivos alcançadoscom relação a Copa AguinaldoCampos superaram as expectati-vas: “A copa se tornou tradição emSanta Luzia! Os amantes do fute-bol nos cobram pela realizaçãodela e muitos já me disseram quese sentem honrados em participare acompanhar os jogos”, disseCrélio que ainda acrescentou: “Éde suma importância promover aintegração, e é melhor aindaquando temos a oportunidade defazer isso praticando esporte, afi-nal de contas, todos nós sabemosque esporte é saúde”. Com relaçãoa homenagem à Aguinaldo Cam-pos, Crélio contou que o ex secre-tário municipal de esportes não foiescolhido em vão: “AguinaldoCampos sempre foi visionário e

dedicado às questões do esporteem Santa Luzia. Ele não apenascriou projetos importantes, como oAtleta do Amanhã, como tambémnão negou esforços nas tantasvezes em que o procuramos embusca de ajuda para a manutençãoda pratica esportiva”.

Os jogos acontecem aos sába-dos, às 15h, em vários campos domunicípio de Santa Luzia.

Crélio Almeida, idealizadorda Copa Aguinaldo Campos

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9 AÇÃO l o jornal de Santa Luzia e região02 de abril a 09 de MAIO de 2012

ZoomAcidade de Santa Luzia já está começando a se preocupar com a valori-

zação dos imóveis na região altaneira de Jaboticatubas. Tivemos a opor-tunidade de ouvir um idoso senhor, muito conhecido no bairro Ponte

Grande e adjacências, comentando sobre os empreendimentos portugueses nacidade vizinha. Ouviu que chácaras nas proximidades do condomínio que estásendo construído já chegam a ser vendidas por mais de um milhão, isto mesmo,milho pequeno é canjica. Isto porque até aeroporto privativo, com mil e seis-centos metros de comprimento, terão os moradores que além de aeronaves terãoshopping, hospital, escola e até pontes sobre o rio das Velhas, para chegar aoaeroporto de Confins passando por Lagoa Santa.

SegurançaNo idioma inglês, zoom é aumento de tamanho, e a cidade de Santa

Luzia está aumentando de população a cada dia, por isto, é precisotambém aumentar a segurança. A transferência da 150ª Companhia

da Polícia Militar para o bairro Boa Esperança chegou a contrariar vereadorque mora no bairro Morada do Rio (onde o posto ficava instalado). Assim sevê que as vezes não adianta bajulação... o vereador “puxou-saco” do pre-feito durante três anos e meio e nem assim conseguiu manter a posto poli-cial no seu bairro. Isso é que é bola fora (do vereador, ou do prefeito... nemse sabe!) A prefeitura alega que o número efetivo de policiais aumentou eque as instalações do antigo posto policial ficaram pequenas, sendo neces-sária a mudança para o antigo escritório do INSS, que é maior. O que sesabe, é que o Zum Zum Zum e a revolta no bairro Morada do Rio estão emalta, já que a população local se sentiu prejudicada com a mudança.

CandidatosNão se fala em outra coisa na cidade. Os moradores estão aguardando a

relação dos verdadeiros candidatos ao executivo local, mas já se co-menta que alguns dos ex-prefeitos estão portadores de pendência na Jus-

tiça, e que até o atual ainda não obteve parecer favorável das contas do ano 2010.As pessoas que acompanharam o trabalho do legislativo local até ouviram emplenário que alguns vereadores questionam porque não veio o parecer do Tri-bunal de Contas do Estado. Ficam todos aguardando a definição, enquanto ou-tros candidatos, como a petista Cristina Corrêa, antecipou seu lançamento(certamente porque é novata na política, embora seja irmã de deputado federal).

InfraestruturaNofuturo, quando o empreendimento português mencionado ante-

riormente estiver funcionando, acesso a Lagoa Santa já está previstono projeto, mas não se fala no trajeto que passa por Santa Luzia, e o

bairro Ponte Grande está com ambas as pontes pequenas para o fluxo de veí-culos, que vai triplicar ou mais. Nós apenas contamos o que ouvimos o velhosenhor comentar, e ele nem pensa que a gente conta o milagre, mas não es-palha o nome do Santo, pois ele tem seus poderes, e até acredita que Go-verno do Estado pode dar uma observada nos projetos antigos, de quando aduplicação da Avenida Brasília estava prevista para atravessar o rio das Ve-lhas e através de uma nova ponte, ligar com aAvenida Raul Teixeira da CostaSobrinho, que vai até o bairro Industrial Americano e pode ser ligada com arodovia MG-20, que liga a Capital a Jaboticatubas, chegando a Santa Luziapela Avenida das Indústrias.

PavimentaçãoInformaram para um amigo nosso que estão pavimentando a rua

onde mora o Bigode, o motorista do executivo municipal. Quemconta um conto, aumenta um ponto, mas nem souberam dizer se

era asfalto ou calçamento poliédrico. Só não deixaram de dizer que narua tem apenas duas moradias. Curiosa como toda reportagem deveser, o informante disse que até gostaria de ver fotos da obra nessas pá-ginas, para saber se o Bigode merece mesmo os elogios que recebe pornão falar muito.

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ZUM ZUM ZUM

Ser free lancer na cidade é engraçado, muitas pessoas até imaginam queo cidadão é aposentado, e não chegam a pagar o trabalho feito, pen-sando que o cidadão faz apenas para ocupar o tempo. Não é assim,

quando se compromete, cumpre-se com a palavra. Mas principalmente ospersonagens políticos encomendam e não definem se vão querer mesmo, equando tem pressa de serviço pronto, não tem pressa de pagar. Perguntarampara um projetista porque não anunciava seu trabalho, e ele disse que co-nhece pessoas que conhecem seu trabalho para não deixar faltar trabalho,não quer se comprometer em fazer o que não é capaz.

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FOTOS: DIVULGAÇÃO

MUSEU CULTURAL

“Chico eMillôr”OBrasil, em um pequeno espaço de tempo, perdeu um pouco

de sua arte e do seu sorriso com as mortes de Chico Anysio(1931-2012) e Millor Fernandes (1924-2012). O primeiro,

humorista, escritor, diretor e tudo o mais que a vida lhe ofereceu.Nordestino do Ceará, trouxe para o Sul a arte do riso largo e solto.Tinha o DNA da arte no espírito. Homem de talento, visão crítica ehumana singulares. Deu à Tv Brasileira uma cara com tantos per-sonagens quanto a diversidade do que é o Brasil com suas tragé-dias, páginas anônimas e heróicas. Chico criou e interpretou comoninguém mais de 200 tipos, personagens que traduziam o Brasil deforma leve. A sua trajetória, desde os 17 anos como locutor daRádio Guanabara, no Rio de Janeiro, até à TV Globo, foi de um su-cesso ímpar.

O segundo, jornalista, escritor, cartunista, tradutor, teatrólogoe humorista fluminense. Millôr transitava uma via de mão dupla,uma cabeça que girava 360 graus. Tinha no olhar a acidez de se an-tepor a fatos e coisas, e por isso, ver o que poucos conseguem per-ceber. Foi o “Pelé do giz”, do naquim e do humor refinado. Atuouna revista ‘O Cruzeiro’ (1928-1975), um marco da imprensa brasi-leira, fruto da ousadia e pioneirismo do Sr. Assis Chateuabriand(1892-1968). Seu papel na imprensa brasileira foi de vanguarda,puxou a fila. Desenhava a realidade sem compromisso, seu traço foio da vã filosofia. Millôr, também foi um dos fundadores do jornal in-dependente ‘O Pasquim’, em junho de 1969, em plena Ditadura Mi-litar (1964-1985). Brincava de ser sério, e na verdade, persuadia atodos com isso. Seu texto era gasoso, habitava o espaço imaginário.Fazia sentido. Era gênio demais para falar de gente.

Ambos, reinventaram o Brasil. Cada um a seu modo e com a suaassinatura. Foram além e nunca usaram isso como resposta paraalgo, o trabalho em si justificava o conjunto da obra. Chico, abu-sou do deboche para estampar na alma o jeito de ser brasileiro, sejano rádio, teatro ou mesmo, diante das câmeras de televisão. Millôr,camuflou a sabedoria com a rotina e sem holofotes arriscou-se, co-loriu a imprensa com “sacanagem de alto nível”. Escreveu com le-tras douradas o seu brilhante ofício.

Eles foram e são exemplos para as futuras gerações de artistase profissionais que pensam em fazer história, criando e inovandosempre, com genialidade. Tanto Chico quanto Millôr, vêm de umtempo em que o conceito de mundo era outro, não tiveram nas mãosa facilidade tecnológica de hoje. Mas com certeza, tiveram a grandesorte de fazer o que gostavam. Abriram caminhos, encurtaram dis-tâncias, valorizando e revelando ao mesmo tempo, muita gente comamor e paixão.

A capela primitiva foi erguida porvolta de 1701, em torno da qual se for-mou um rancho para tropeiros que vi-nham dos currais da Bahia paraabastecer a região das minas.

De 1744 a 1778 a primitiva capelasofreu várias alterações, tendo contri-buído para isto o Sargento Joaquim Pa-checoRibeiro, em agradecimento à curade sua visão.

O apuro ornamental do seu interiorreflete três fases estilísticas do períodocolonial.Alémda excepcional qualidadede entalhe da 2ª fase doBarroco – EstiloD. João V, cuja presença deAleijadinhoé considerada, assim como o requinteRococó e também a linguagem despre-tensiosa dos padrões neoclássicos.

Foi inteiramente restaurada entre1988 a 1992.

Eduardo Lacerda

Igreja Matrizde Santa Luzia

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1ª Corrida do Trabalhador de Santa LuziaNo próximo sábado, dia 5 de maio, os luzienses poderão participar da 1ª

Corrida do Trabalhador de Santa Luzia. A concentração será na Praça daSavassi, no bairro Palmital, a partir das 7h. Outras informações podem serobtidas através do (31) 3641-5838 ou (31) 3641-5297.

Tarde de Bingo na Igreja do RosárioSerá realizado com o objetivo de arrecadar recursos para a manutenção

do Prospac (Projeto Social Passo Certo). O bingo será no próximo domingo,dia 6 de maio, a partir das 15h no adro da Igreja do Rosário, no bairro Cen-tro de Santa Luzia. Entre as prendas, estão os valores de R$500,00 (1ªprenda) e R$1.000,00 (última prenda). Compareça! Se divirta e colabore!

Apresentação teatral – “As Mona Lisas”De 4 a 27 de maio, o Espaço Cultural Imaculada é palco para a peça tea-

tral “As Mona Lisas”. Mona = alguém muito afeminado e LISA = alguémsem dinheiro. Essa é a situação de três amigos que dividem um apartamentoe encaram commuito bom humor uma crise financeira.A situação fica aindamais difícil (ou engraçada) quando o Klauss, o afilhado de um deles decidese casar. Dinheiro eles não tem, mas não deixarão faltar Glamour nesse ca-sório. O espetáculo acontece as sextas e sábados às 20h30, e domingos às20h. Outras informações através do telefone (31) 3014 5382.

Show de Ana CarolinaO Chevrolet Hall recebe o show da Ana Carolina, sexta-feira, dia 4 de

maio, às 22h. A cantora apresenta o projeto “Ensaio em Cores”, lançadoem julho de 2010, que traz em seu repertório canções de outros composito-res, todas em um formato acústico, intimista e com o acompanhamento deuma banda de mulheres. Ingressos a partir de R$ 180 (inteira) – Mais in-formações: (31) 3209 8980 – Classificação: 16 anos

Show do Padre Fábio de MeloPadre Fábio de Melo apresenta seu novo show “No meu interior tem

Deus”, no dia 06 de maio, domingo, no Chevrolet Hall. O repertório da apre-sentação resgata sua forte ligação com a música sertaneja de raiz, incluindocanções inéditas, composições próprias e grandes sucessos já consagrados.A classificação é de 16 anos. Outras informações podem ser obtidas atra-vés do telefone (31) 3209 8989.

CULTURAE LAZERFOTOS: TATIANE RIBEIRO / HEBERTON LOPESLOPES

SOCIAIS

Na loja Feminina, na AvenidaBrasília, as funcionárias TalitaAlves e Camila Santos

O casal Meire Nunes eLuiz Domingues,no bairro Engenho

Michelle Cirilo em companhiada filhinha Clarice, no bairroSanta Rita

Joseane Wnuc (D), proprietária dafranquia da Cazo no bairro São Be-nedito, em companhia de sua fun-cionária, a consultora Rose Lucas

No bairroCristina,

Eduardo Freitas,Marcos Antônio,Emerson San-tiago e Carlos

Martins, colabo-radores do Grê-mio Recreativo

Também nobairroEngenho, osamigos MarcosPinheiro,WelligtonMoura eEuzébioRoberto

HeleniceMarta, BiancaPacheco eJeane Soares,funcionárias daloja O Boticá-rio, da unidadena AvenidaBrasília

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Muitas pessoas buscam a fór-mula para o amor eterno, edesde o início da civiliza-

ção, uma das normas para o enlacematrimonial, perante á Igreja, é que ocasal permaneça junto “até que amorte os separe”. No entanto, os casa-mentos duradouros, os amores que sóacabam quando a vida acaba, tem setornado cada vez mais raros.

Para a alegria dos filhos e orgulhodaqueles que os conhecem, feliz-mente, este não é o caso de Sr. Mizael(74) e dona Tarcísia (70). Eles são ca-sados, e vivem felizes juntos, há 52anos. Pais de Regina (falecida), Re-nato, Roberto (falecido), Ronaldo (falecido),Raimundo, Rui, Ricardo e Renata, Sr. Mizael edona Tarcísia se casaram no ano de 1959, naépoca ele tinha 22 anos e ela apenas 17. “Hoje,quando paro para pensar em tudo o que vivemosnestes 52 anos, tenho a certeza de que nada foitão difícil quanto o falecimento dos nossos fi-lhos. As dificuldades foram muitas, mas nada émais doloroso do que a morte de alguém que éparte de nós mesmos. Superamos os problemas,mas a dor não passa nunca”, disse dona Tarcísiaque ainda destacou: “ Quando nos casamos, otrabalho era pesado demais e o dinheiro erapouco. Ele trabalhava nas roças e eu, para aju-dar no sustento dos nossos filhos, dava aulas.Garantir a educação e a boa criação deles foi umdesafio... me recordo, ainda com emoção, dastantas vezes que nos privamos da companhia umdo outro em prol dos estudos das crianças”, dissedona Tarcísia que ainda acrescentou que apesardo sofrimento, valeu muito a pena: “Houve umaépoca em que eu tive que ir para o Centro deSanta Luzia com as crianças e ele ficou no bairroEngenho. Foi uma época difícil, mas não tinhaoutro jeito. Apesar de tudo, eu e Mizael conti-nuamos lutando juntos, cada um contribuindo daforma que podia e cedendo sempre que possível.Hoje, tenho a certeza de que nossas privaçõessão recompensadas, pois nossos filhos são meumaior orgulho, são pessoas de boa índole e quesabem valorizar todos os sacrifícios que fizemos

por eles”. Ao se referir a Sr. Mizael,dona Tarcísia ressaltou que não há re-ceita para um amor eterno, mas que éprimordial que ambos se respeitem,tenham paciência e tentem se com-preender: “Todo casal tem dificulda-des e todo mundo tem defeitos,ninguém é igual a ninguém! Mizael émeu companheiro de muitos anos,muitas lutas e de alegrias ainda maio-res. Tanta felicidade não acontece sóporque tivemos sorte, mas sim porquetemos fé em Deus e acreditamos noamor”.

Sr. Mizael também não acreditaque haja uma fórmula para o amor.

Ele diz há ingredientes que não podem faltar,como compreensão e respeito, e que sendoassim, o amor não se acaba nunca. Com sim-patia, tranquilidade e bom humor, ele não negaque foram muitas as vezes que dona Tarcísiase desentendeu com ele: “Tenho duas motiva-ções de vida, minha família e meu violão. Porcausa da segunda paixão, minha esposa jáficou brava muitas vezes”, contou Sr. Mizaelsorrindo. Emocionado, ele ainda disse que sesente realizado: “Não tenho nenhum sonhoporque Deus é bom demais para mim e reali-zou todos eles antes mesmo que eu pedisse...Deus me deu a melhor companheira do mundo,uma família maravilhosa, muitos desafios egrandes problemas para que eu aprendesse adar valor ao pouco que tenho! Meu único de-sejo é poder contar o que aprendi na vida paradespertar nas pessoas a importância de se va-lorizar a família e ter compaixão. Se temos en-frentado tantos problemas no mundo é porquetem faltado amor ao próximo e fé em Deus. Épreciso resgatar os valores familiares e, alémdisso, a humanidade precisa reconhecer que ascoisas mais importantes estão nas coisas maissimples... Não adianta ganhar muito dinheiro,desenvolver tecnologias e criar máquinas senão temos a felicidade verdadeira! Digo comtoda certeza que aquele que não tem um amorpara a vida toda não conheceu a felicidade ver-dadeiramente”.

12 AÇÃO l o jornal de Santa Luzia e região02 de abril a 09 de MAIO de 2012

SENHORMIZAELE DONATARCÍSIA

52 anos de amor e uniãoFOTOS: TATIANE RIBEIRO