jornal academico 16

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Jornal Oficial da AAUM DIRECTOR: Vasco Leão DISTRIBUIÇÃO GRATUITA 165 / ANO 6 / SÉRIE 3 TERÇA-FEIRA, 27.MAR.12 academico.rum.pt facebook.com/jornal.academico twitter.com/jornalacademico Reportagem ACADÉMICO Página 04 campus “Capital da Juventude” foi tema de debate enterro da gata Xutos e Pontapés são a primeira confirmação no cartaz de 2012 Página 06 reportagem Aliar a moda à música a partir de braga Página 09 inquérito Sentes-te inseguro nas imediações da UMinho? empreendedores da universidade do minho com projetos de sucesso

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Page 1: jornal academico 16

Jornal Oficial da AAUMDIRECTOR: Vasco LeãoDISTRIBUIÇÃO GRATUITA165 / ANO 6 / SÉRIE 3TERÇA-FEIRA, 27.MAR.12

academico.rum.pt facebook.com/jornal.academicotwitter.com/jornalacademico

Reportagem ACADÉMICO

Página 04

campus“Capital da Juventude” foi tema de debate

enterro da gataXutos e Pontapés são a primeira confirmação no cartaz de 2012

Página 06

reportagemAliar a moda à música a partir de braga

Página 09

inquéritoSentes-te inseguro nas imediações da UMinho?

empreendedores

da universidade do minho

com projetos de sucesso

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27.MA

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“Competição pela vida”Um projeto importante e essen-cial de forma a conscencializar os estudantes para as práticas saudáveis.Juntar os atletas de todo o país, que vão estar em Braga e Guima-rães a disputar os Campeonatos Nacionais Universitários, a hábi-tos de vida saudáveis é uma ini-ciativa de louvar.Em tempos onde o número de dadores tem diminuido, o Minho tem aqui uma nova oportunidade de voltar a afirmar-se.

Estudo revela universitários sem dinheiro nem perspetivas futurasÉ apenas mais um estudo, vale o que vale, mas sinaliza, uma vez mais, aquilo que todos os outros sublinham... Os estudantes estão descrentes e sem dinheiro para, pelo menos, terminar a licencia-tura. Uma triste realidade que vive no nosso país e que piora de ano para ano. Acredito na renovação de mentalidades porque penso que não é na transmissão de co-nhecimento que o país deve pou-par, muito pelo contrário.

Empreendedorismo na UMPelos exemplos que lemos nesta edição do ACADÉMICO, ganha-mos alguma vontade de acreditar que o conhecimento e capacita-ção dos alunos do Minho dá azo a novos voos. O empreendedo-rismo está, realmente, na moda (não é chavão) e muitos são os casos de sucesso que saem das paredes das salas de aula da UMinho. Um excelente trabalho de casa que deve ser aproveitado pelo mercado. A qualidade está lá... E recomenda-se!!!

NO PONTOEM ALTA EM BAIXO

FICHA TÉCNICA // Jornal Oficial da Associação Académica da Universidade do Minho. // Terça-feira, 27 MARÇO 2012 / N165 / Ano 7 / Série 3 // DIRECÇÃO: Vasco Leão // EDIÇÃO: Daniel Vieira da Silva // REDACÇÃO: Adriana Couto, Alexandre Rocha, Ana Lopes, ana Pinheiro, Ângela Coelho, Bruno Fernandes, Carlos Rebelo, Cátia Alves, Cátia Silva, Daniel mota, Daniela Mendes, Eduarda Fernandes, Fabiana Oliveira, Filipa Barros, Filipa Sousa, Joana Neves, José Miguel Lopes, José mateus pinheiro, Mariana Flor, Maura Teixeira, Miguel Araújo, Neuza Alpuim, Sara Pestana, Sónia Silva e Vânia Barros // COLABORADORES: Elsa Moura, José Reis e Maria joão Pinto // GRAFISMO: gen // PAGINAÇÃO: Daniel Vieira da Silva // MORADA: Rua Francisco Machado Owen, 4710 Braga // E-MAIL: [email protected] //TIRAGEM: 2000 exemplares // IMPRESSÃO: GráficaAmares

REUNIÃO GERAL DE ALUNOS

ORDINÁRIA - AAUM

Pela presente convocatória, e de acordo com o disposto no art.º.º31º,n.º 3,

dos Estatutos da Associação Académica da Universidade do Minho, a Mesa

da Reunião Geral de Alunos convoca TODOS os alunos da Universidade do

Minho para a Reunião Geral de Alunos Ordinária a ter lugar no Auditório

B2, Complexo Pedagógico 2, em Gualtar – Braga, no próximo dia 28 de

Março de 2012, pelas 15h00m, com a seguinte ordem de trabalhos:

1. Informações;

2. Aprovação da acta da reunião anterior;

3. Discussão e votação do relatório final de contas e actividades de

2011;

4. Discussão do plano de actividades e orçamento para 2012;

5. Outros assuntos.

AAUM, 19 de Março de 2012

O Presidente da Mesa da RGA

N.B.: Atempadamente disponibilizar-se-á toda a documentação necessária aos

trabalhos nos GAA.

Page 3: jornal academico 16

PÁGINA 03 // 27.MAR.12// ACADÉMICO

LOCALpinto da costa enche auditório numa conferência sobre o perfil do criminoso

CÁTIA ALVES

[email protected]

FILIPA BARROS

[email protected]

Auditório repleto de alunos, filas à entrada na tentativa de ocupar os poucos lugares que havia disponíveis nas escadas. Foram assim pas-

direto devido à adesão em massa dos alunos), não ar-redou pé e o professor resol-veu abrir mais um conjunto de diapositivos, lembrando o encore de um grande ar-tista em concerto. Ao ACADÉMICO, o con-vidado confessou que não estava à espera de tamanha adesão. Também a diretora de seminários e conferên-cias da ELSA, Daniela Gui-marães, referiu que nunca esperou uma audiência tamanha, e que o mérito de tal conquista se devia ao professor, o verdadeiro cha-mariz da atividade, graças às suas capacidades de ora-tória e de entreter o público, falando de assuntos sérios com uma leveza louvável. Três horas passaram até que a conferência fosse dada por terminada, num clima de enorme satisfação.Este tipo de atividades extra--curriculares, promovidas pela ELSA Uminho, com a participação de José Pinto da Costa, foram já seguidas por outras faculdades de Di-reito do país.

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sados os últimos minutos que antecederam o início de mais uma conferência de José Pinto da Costa na Esco-la de Direito da Universida-

de do Minho.Na passada quarta-feira, dia 21 de março, o conhecido médico legista e professor jubilado voltou à Escola de Direito, desta vez para dis-sertar sobre o tema “O Per-fil do Criminoso”.Já vem sendo hábito a sua colaboração com a ELSA UMinho (European Law Students Association), con-forme o mesmo referiu em declarações ao ACADÉMI-CO, sendo este o quarto ano em que leciona o curso ex-tra-curricular de Medicina Legal aos alunos de Direito da Universidade do Minho.

Sala cheia para ver fórmula de sucessoNum discurso não raras vezes espirituoso, todavia, repleto de ensinamentos, foram-se expondo diversas ideias, conceitos e técnicas, contadas histórias e traçado um perfil que não tem ros-to. No final, o público, que entretanto se dividia entre a sala principal e uma sala ad-jacente (onde a conferência estava a ser transmitida em

Auditório repleto para ver mais uma conferência de José Pinto da Costa na Universidade do Minho.Desta feita o tema era: O perfil do criminoso

Page 4: jornal academico 16

PÁGINA 04 // 27.MAR.12 // ACADÉMICOLOCAL

GACCUM promove workshops para estudantes RITA MAGALHÃES

[email protected]

O Departamento de Proje-tos do Grupo de Alunos de Ciências da Comunicação da Universidade do Minho (GACCUM) organizou, na passada quarta-feira, as “Jornadas de Escrita Jorna-lística: Desporto, Economia e Ciência”. Esta atividade está inserida numa série de oito eventos relacionados com as três áreas do curso - Jornalismo e Informação,

Relações Públicas e Publici-dade, Audiovisual e Multi-média - que visam oferecer aos alunos outras ferramen-tas para além do plano cur-ricular. O principal objetivo destas formações é dar aos partici-pantes “uma noção da reali-dade do mercado de traba-lho” e proporcionar-lhes “o contacto com profissionais da área”, como explicou Ana Isabel Lopes, diretora do de-partamento. Para esta conferência foram convidados três profissio-

nais: de economia, Pedro Romano, do desporto, Eu-génio Queirós, e da ciên-cia, Silvio Mendes. Durante mais de duas horas os con-vidados partilharam expe-riências das suas carreiras, deram conselhos e respon-deram a perguntas e curio-sidades dos estudantes. Eugénio Queirós, jornalista do Record, considera estas iniciativas extremamente importantes para ambas as partes: “por um lado os alunos têm a oportunidade de interagir connosco e, por

outro lado, nós, profissio-nais, ficamos a saber como funcionam e como pensam as novas gerações”. No seu discurso, o jornalista des-portivo salientou a paixão que tem pelo futebol e re-lembrou que o mundo jor-nalístico é “um autêntico zoo humano”. Já Pedro Romano, que es-creve para o Jornal de Ne-gócios, é ex-aluno da Uni-versidade do Minho e focou a importância deste tipo de atividades “por serem feitas por alunos e para alunos,

criando uma ligação pró-xima entre a UMinho e o mercado de trabalho”. Por seu lado, Silvio Mendes, que trabalha para a Associação Viver a Ciência e para a So-ciedade de Ciências Médi-cas de Lisboa, realçou que, na área da ciência, “ainda há muita falta de comunicação e confiança entre cientistas e jornalistas”. As informações sobre as próximas atividades desen-volvidas pelo GACCUM vão estar disponíveis no sítio www.gaccum.pt

CAMPUS

capital da juventude em debateCÁTIA SILVA

[email protected]

MAURA TEIXEIRA

[email protected]

No passado dia 21 de mar-ço, realizou-se o Seminário Connecting the Dots, um projeto oficial da Capital Eu-ropeia da Juventude (CEJ) em conjunto com a Associa-ção Académica da Univer-sidade do Minho (AAUM), nomeadamente através do Gabinete do empreendedor – Liftoff.Três foram os painéis ao longo do dia. Na parte da manhã, Pedro Gonçalves, CEO da Gen, Nuno Freitas, Co-Owner da Sketchpixel e Raquel Veloso, Diretora Geral “Nós e a Família”, falaram dos “Recursos Ca-pitais e estratégias para o Sucesso”, numa conferência moderada por José Mendes, vice-reitor da Universidade do Minho. O painel II, inti-tulado “Jovens de Futuro”, contou com Ricardo Diniz, velejador solitário, e Fernan-do Alvim, radialista e apre-

sentador de televisão, como oradores. Hugo Pires, presi-dente da Fundação Bracara Augusta e responsável do CEJ, foi o moderador.Numa intervenção muito dinâmica, Ricardo Diniz co-meçou por contar um pou-co do caminho que percor-reu até obter o sucesso. “A vida vai-se construindo aos pontinhos”, diz ele, que em 1998 saiu de Portugal com apenas 25 euros no bolso atrás do seu sonho.Hoje, Ricardo tem vários projetos em mão. Um deles é o “Portugal Ocean Race”, uma plataforma de comuni-car Portugal através do mar, que é, segundo ele “algo ful-cral para a economia Portu-guesa”.Este aventureiro encontrou vários obstáculos no seu caminho, mas graças à sua ambição e persistência, con-seguiu ultrapassá-los a to-dos. “Deliguem a televisão” e esqueçam o que de mau se passa no mundo, foi o con-selho deixado.“Inovação”, “tecnologia” e “qualidade” foram as

palavras-chave dadas pelo orador para a obtenção de sucesso. Segundo Ricardo, o importante é seguirmos os nossos sonhos e termos tempo para estar com os nossos. “Não sou o melhor de Portugal nem do mundo, mas dou o meu máximo”, conclui.

Alvim lembra histórias de uma vida ligada à rádio

“Tudo o que fazemos tem de ter aquela coisa que nos diferencia”, referiu Fernan-do Alvim na sua interven-ção. Ele, que começou aos 18 anos a caminhada para o seu sonho na rádio Nova Era, no Porto, mostrou que é preciso acreditar, inovar, e trabalhar muito para se

conseguir chegar onde que-remos.Aos 24 anos tinha o obje-tivo de trabalhar na Rádio Comercial, onde começou por ser repórter de praia. A vontade era tanta que, mes-mo não havendo dinheiro para lhe pagar, aceitou ficar a custo zero. Ao fim de seis meses, surgiu a oportunida-de de participar num cas-ting para a TVI, do qual saiu vencedor. Fernando Alvim, cheio de ideias e criatividade, apro-veitou ainda para anunciar alguns dos seus projetos: organizar o 1.º Torneio de Golf para Nabos; o 1.º Jogo de Ténis às Escuras (em par-ceria com a TMN); criar um jornal desportivo gratuito.“Não podemos estar muito

colados ao passado. Quando se fala no pretérito perfei-to, é porque algo está mal”, aconselha o radialista.No terceiro e último pai-nel, subordinado ao tema “Sonhos da Juventude”, os oradores António Guima-rães Rodrigues, Reitor da Universidade do Minho en-tre 2002 e 2009, João Pinto Costa, jurista e autor do li-vro/blogue “Mail de um lou-co” e Jorge Sequeira, Head Manager da Teambuilding, pautaram as suas interven-ções pela inteligência, bom humor e perspicácia, numa conferência moderada pelo presidente da AAUM, Hél-der Castro.Esta atividade dinamizada pelo Liftoff integra-se num conjunto de etapas do Con-necting the dots, resultado de uma parceria com Braga 2012: Capital Europeia da Juventude.Esta sessão – “O Capital da Juventude” - contou com um auditório cheio e ficou marcada pelo bom humor e pelo espírito empreendedor dos oradores.

Iniciativa conjunta Liftoff e CEJ

Page 5: jornal academico 16

CAMPUSPÁGINA 05 // 27.MAR.12 // ACADÉMICO

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cecri assume reconhecimento e qualidade dos colóquiosCATARINA HILÁRIO

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Nos passados dias 20 e 21 de março realizou-se a 33ª edição dos Colóquios de Relações Internacionais, organizados pelo Centro de Estudos do Curso de Re-lações Internacionais (CE-CRI). O local escolhido foi o auditório A1 do campus de Gualtar, em Braga, e o tema central foi “primavera Árabe: Quo Vadis?”. O prin-cipal objetivo dos colóquios era criar um debate entre especialistas da temática e a comunidade académica, analisar e discutir este fe-

nómeno e perceber quais as suas origens e influências no cenário politico, social e diplomático mundial. A sessão de abertura reali-zou-se com a presença de António Cunha, reitor da Uminho, seguida de dois dos quatros painéis previs-tos. No dia seguinte, reali-zaram-se mais dois painéis e uma sessão de encerra-mento, onde estiveram pre-sentes Hélder Castro, presi-dente da AAUM, Fernando Alexandre, presidente do Conselho Pedagógico da EEG, Maria do Céu Pinto, diretora da licenciatura e mestrado em Relações In-

ternacionais e Gustavo Silva e Susana Afonso, represen-tantes do Núcleo de Coló-quios do CECRI.

Balanço positivo da edição deste anoOs participantes puderam ainda usufruir de uma ex-posição, no hall do CP1, so-bre a história do CECRI, o núcleo de estudantes mais antigo da Uminho, dos Colóquios de RI e do lan-çamento de uma edição da Revista ZOOM sobre o tema dos colóquios.Carlos Alberto Videira, pre-sidente do CECRI, fez, ao ACADÉMICO, o balanço

da iniciativa: “Entendo que estes colóquios decorreram da melhor forma e que o balanço só pode ser muito positivo. Recebemos um feedback muito bom, sendo que a presença do Sr. Reitor e da diretora do Instituto Di-plomático do Ministério dos Negócios Estrangeiros na sessão de abertura também constitui um reconheci-mento da importância deste evento, que tem crescido de ano para ano e é já uma re-ferência na Universidade do Minho”. Já Gustavo Silva, coordena-dor do núcleo de colóquios, sublinhou: “Sempre tive-

mos expectativas elevadas em relação a este evento, pois trata-se da sua 33ª edição e de na sua história se ter afirmado como um evento de excelência quer pela organização do mesmo, quer pelas temáticas aborda-das, quer pelos magníficos oradores que já visitaram a Universidade do Minho no âmbito desta iniciativa liga-da às Relações Internacio-nais e política no geral”.Quanto à próxima edição o mesmo nada pode adiantar para já, mas não duvida que o CECRI irá continuar a ele-var a fasquia e a qualidade do evento.

saúde envolve semana temática da aaumJOSÉ MATEUS PINHEIRO

[email protected]

É já esta semana que irá decorrer a primeira edição das Semanas Temáticas de Empreendedorismo da Associação Académica da Universidade do Minho (AAUM). O tema “Saúde” assumirá um papel central em duas tertúlias que de-correrão nos dias 27 e 30 de março, terça e quarta-feira respetivamente. Assim sen-do, este evento encontra-se a cargo do Departamento de Saídas Profissionais e Em-preendedorismo da AAUM, encabeçado atualmente por André Miranda, estudante de Medicina.Na primeira sessão debater--se-á “Gestão e Saúde: Sus-tentabilidade do Sistema

Nacional de Saúde (SNS)”, que terá enquanto orador o professor doutor Jorge Si-mões, presidente da Enti-dade Reguladora de Saúde. “Nos dias que correm o SNS encontra-se assombrado por uma dívida avultada, o que acaba por em causa a sua própria sustentabilidade”, analisa André Miranda. Mesmo assim, o dirigente associativo defende que este se trata de “um direito da população”, pelo que atra-vés desta palestra esperam “cativar estudantes da área da saúde, assim como dis-centes das vertentes socioe-conómicas”, sublinha o ex--presidente do NENUM.Já na sexta-feira, decorrerá na Escola de Ciências da Saúde (ECS) uma aborda-gem à “Empregabilidade na

Saúde: Será a saída de Por-tugal a alternativa?”. Embo-ra a ideia inicial envolvesse a junção de um membro da ordem dos Enfermei-ros e outro da Ordem dos Médicos, como nos adian-ta André Miranda, acabou por se confirmar apenas a presença do Doutor Miguel Guimarães, presidente da Secção Regional Norte da Ordem dos Médicos. “Ire-mos abordar as vagas para Medicina, que se têm vindo a revelar escassas quando comparadas com o núme-ro de candidaturas”, subli-nha o dirigente associativo, pretendendo-se demonstrar também que Medicina já não constitui um emprego certo, existindo “uma quan-tidade de licenciados que não arranja colocação uma

vez findada a licenciatura”, sublinha o aluno.

Page 6: jornal academico 16

CAMPUSPÁGINA 06 // 27.MAR.12 // ACADÉMICO

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aliar a moda à música a partir de bragaADRIANA COUTO

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E se tivesses oportunidade de dar à tua vida uma ban-da sonora que te acompa-nhasse nos mais variados momentos sem que inter-ferisse com a tua segurança ou no convívio com os teus amigos? “Vários estudos di-zem que o uso de headpho-nes é perigoso, sobretudo nas passadeiras. Assim, o sistema áudio da EarBOX permite-nos ouvir o mundo que nos rodeia.”, afirmam os criadores do projeto.Sinónimo de inovação, o EarBox Wear alia as novas tecnologias à arte. Senão vejamos: o seu vestuário possui um sistema de áudio integrado, que passam por colunas colocadas estrategi-camente no capuz das suas sweats ou ‘CacheCool’ cria-das à base de cortiça que se-gundo os criadores, possui variadas vantagens como “a leveza, a acústica que este material nos oferece, a im-permeabilidade e sobretudo porque é Português.” Finalistas do concurso de ideias de negócio da Uni-versidade do Minho e ven-cedores do concurso “O Empreendedorismo está na Moda”, arriscar num pano-rama onde a crise toma con-ta de parte dos noticiários todos os dias, tornou-se em algo mais do que espírito de aventura. “Não tínhamos nada a perder. Se não éra-mos felizes com o que fazí-amos e se encontrámos um negócio que nos faz feliz, então não havia razão para não avançar. Não acredita-mos numa geração à ras-

ca, mas sim numa geração start-up.”Pedro Becken e João Oli-veira são o rosto do projeto EarBox Wear que apareceu como uma lufada de ar fresco no mundo da moda, aliando a música ao design têxtil e gráfico alternativo. Segundo o par de amigos, “Sabíamos que este é um mercado agressivo e que para vingar era necessário criar algo único. Adoramos ouvir música mas não con-seguíamos usar os tradi-cionais headphones e como ambos temos experiência na área, surgiu a possibili-dade de integrar um siste-ma áudio no vestuário!”

trar os nossos argumentos. Felizmente houve pessoas que nos criticaram de forma a podermos evoluir e mos-trar que o nosso projeto era possível. Desde o início que a empresa Confeções Chou-selas acreditou em nós, depois contactámos várias entidades aqui no Minho que nos pudessem finan-ciar o projeto mas apenas os Invicta Angels, do Porto, acreditou em nós. Com eles, reestruturamos a empresa e acima de tudo recebemos uma formação ativa que nos fez crescer imenso como empresários. O negativismo é um problema sério do nos-so país.”A EarBOX Wear promete não parar por aqui e novos produtos serão apresenta-dos em breve. “A EarBOX está neste momento a pla-near a internacionalização e pretende evoluir nos têxteis tecnológicos. Queremos ter modelos únicos, tal como o nosso CacheCool e com uma utilidade tecnológica! Sempre ligados à música.” Um excelente exemplo de empreendedorismo jovem.

A receção dos seus produ-tos por parte do público não poderia estar a correr

melhor e a EarBox Wear já marca presença na internet numa loja online que rece-be encomendas um pouco para todo o mundo mas para já, conquistar Portu-gal é o principal objetivo. “O primeiro CacheCool que vendemos, o cliente quando recebeu o produto, enviou mais dinheiro de forma a dar os parabéns pela ideia e projeto. O público começa a perceber que temos uma atenção especial quanto aos materiais utilizados e que não queremos ser apenas uma marca de roupa que dá música, mas também uma marca de roupa de luxo.”, contam Pedro e João.

Um percurso de altos, mas também de... Baixos

Mas nem sempre tudo foi um ‘mar de rosas’ para a jovem empresa. A equipa teve que enfrentar mui-tas críticas e negativismo por parte de muita gente “principalmente no início. Inicialmente reagíamos um pouco mal, mas com o tempo começámos a mos-

DR

Conceito quer afirmar-se no mercado nacional

Juntar ao dia a dia, uma boa dose de música é a aposta

Page 7: jornal academico 16

CAMPUSPÁGINA 07 // 27.MAR.12 // ACADÉMICO

estudo revela universitários pouco preparados e sem dinheiro para concluir estudosCARLA SERRA

[email protected]

Com a crise que se faz sen-tir no país não é de admirar que os estudantes sintam os seus efeitos. A Associação Académica da Universida-de de Trás-os-Montes e Alto Douro (AAUTAD) efetuou recentemente um estudo que comprovou que 58% dos estudantes universitá-rios não se sentem prepara-dos para o mundo do traba-

lho e que muitos temem ter de abandonar os estudos.O estudo, recentemente di-vulgado após o ENDA (En-contro Nacional de Direções Associativas), em Évora, foi baseado em respostas de quatro mil alunos num universo de 130 mil. Dos inquiridos, 1855 afirmaram passar dificuldades econó-micas, 1224 disseram temer abandonar o ensino supe-rior por esse motivo. Por último, 1265 dos estudantes inquiridos revelaram que não recebem qualquer bolsa de ação social.

para “terem a noção da rea-lidade do ensino superior”. “Quase metade dos alunos que respondeu a estes in-quéritos demonstra difi-culdades económicas e isto preocupa-nos muito” uma vez que as dificuldades eco-nómicas podem desencade-ar outros problemas como a manutenção no ensino su-perior, comenta o presiden-te da AAUTAD.A necessidade de um maior apoio para os alunos com necessidades financeiras co-meça a crescer e a ser mais notória no nosso país.

Uma das questões fulcrais prendia-se com o facto de se sentirem ou não preparados para enfrentar o mundo do trabalho. Perante a questão, cerca de 58% afirmaram que não se sentem prepara-dos para “enfrentar” o mun-do do emprego, contra os 42% que dizem estar.

E revelam poucas perspeti-vas de futuro...Os estudantes foram ainda questionados sobre se a for-mação que estão a receber se ajusta às oportunidades de emprego em Portugal, ao

qual mais de metade dos in-quiridos, cerca de 62%, res-ponderam negativamente.No que diz respeito à possi-bilidade de emigrar quando terminado o curso, 2110 dos alunos responderam já ter considerado a hipótese de emigrar e 1743 dos mesmos que não consideram a possi-bilidade. Sérgio Martinho, presidente da AAUTAD, afirmou que o associativis-mo nacional está “muito preocupado” com os resul-tados do estudo, sendo que os mesmos serão enviados para outros órgãos do setor

UNIVERSITÁRIO

as 100 melhores universidades do mundoAs universidades Orientais, que começam a ter relevân-cia neste tipo de estudos, surgem representadas pelo Japão, Singapura e China. As japonesas Tóquio e Quio-to ocupam, respetivamente, os 8º e 20º lugares. A uni-versidade de Singapura está em 23º lugar, enquanto que as academias chinesas de Tsinghua, Pequim e Hong Kong aparecem em 30º,

38º e 39º lugares, respetiva-mente. A suíça Swiss Fede-ral Institute of Technology (ETH) é, excetuando as bri-tânicas, a universidade eu-ropeia melhor conceituada, ocupando o 22º lugar (15% de referências). Em 42º sur-ge a alemã Ludwig-Maximi-lians-Universität (8,4%).Segundo a THE este ranking ajuda as institui-ções a escolher alunos, pro-

fessores e parceiros e, por outro lado, ajuda também os alunos a escolher as me-lhores universidades à sua disposição.O inquérito foi feito a profes-sores a exercer funções nas universidades há 16 anos ou mais, dos quais 44% ha-bitam na América, 28% na Europa, 25% na Ásia, Pací-fico e Médio-Oriente e 4% em África.

MIGUEL ARAÚJO

[email protected]

Nenhuma universidade portuguesa faz parte das 100 instituições mais con-ceituadas no mundo, num ranking elaborado pela Times Higher Education (THE). Os EUA e a Grã-Bre-tanha lideram a lista.Foram entrevistados 17.554 académicos, de 149 países

diferentes, com o objetivo de saber quais as universi-dades que consideravam ter melhor reputação. O estudo revela que as norte-america-nas Harvard e Massachus-setts Intitute of Technology (MIT) ocupam os 1º e 2º lu-gares no ranking, com 100 e 87,2% de referências, res-petivamente. Logo a seguir surge Cambridge, na Grã--Bretanha, com 80,2%.

“É quase como ser dador por princípio”preocupação. Desta forma, “foi do interesse da AAUM trabalhar numa estratégia conjunta para contrariar essa situação e aumentar o número de dadores”, afirma Hélder Castro.“As associações académicas têm sempre como princí-pio esta responsabilidade social, deste modo é do in-teresse de todas promover as dádivas de sangue”, diz o presidente da AAUM. “É quase como ser dador por princípio”, conclui.Para além da assinatura do protocolo, foram ainda apresentadas as fases finais

dos Campeonatos Nacio-nais Universitários (CNU’s) 2012, que se irão realizar na UM de 14 a 22 de abril. A apresentação dos CNU’s decorre no âmbito das dádi-vas de sangue e surge numa ação conjunta com o IPS, que durante essa semana vai disponibilizar duas uni-dades móveis de recolha de

sangue nos campi da UM. Assim, todos os estudantes e atletas das várias univer-sidades portuguesas serão chamados a contribuir para o aumento das reservas de sangue a nível nacional.No total foram registados 432 dadores de sangue e 102 recolhas de sangue para análise de medula.

ÂNGELA COELHO

[email protected]

A Associação Académica da Universidade do Minho (AAUM) assinou na passa-da terça-feira, um protocolo de cooperação para a solida-riedade, com a Federação Académica de Desporto Universitário (FADU) e o Instituto Português do San-gue (IPS). Este protocolo foi o ponto de partida para o projeto “Competição pela Vida”, que se iniciou com mais uma “Dádiva de San-gue”, no campus de Gualtar da Universidade do Minho

(UM), e se prolongará até ao final de 2012.A iniciativa tem um âm-bito nacional, pois todas as associações académicas do país foram chamadas a contribuir para esta causa solidária, no último Encon-tro Nacional de Direções Associativas (ENDA), onde a AAUM levou a votação a moção “Competição pela Vida”, aprovada por 49 asso-ciações.Hélder Castro, presidente da AAUM, confessa que a asso-ciação académica recebeu a notícia da quebra das reser-vas de sangue com alguma

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PÁGINA 08 // 27.MAR.12 // ACADÉMICO

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CURSOS AO RAIO-X

LÉNIA REGO

[email protected]

O que é que se pode apren-der com este curso?

Aquilo que é fundamental na Contabilidade. Toda a gente deveria ter Contabili-dade, para saber quais são as suas receitas e despesas, os compromissos que assu-mem e o seu agendamento. Se todos tivessem um bo-cadinho de conhecimento de Contabilidade, provavel-mente Portugal não estaria na crise que está, porque teriam feito bem as contas. Acho que é uma licencia-tura importante, pois qual-quer instituição e organiza-ção, quer seja uma creche,

escola, hospital, loja ou con-sultório médico, precisa de prestar as suas contas e de saber como o fazer. Qualquer um de nós, no dia a dia, precisava de saber um pouco de Contabilidade.

Claro. Enquanto professo-ra choca-me ver reporta-gens sobre famílias com crédito mal parado, onde se nota que as pessoas não são capazes de fazer contas básicas como a soma das receitas que devem depois comparar com as despesas mensais, para verificar que o dinheiro não chega. Mas a Contabilidade não é só isto, se bem que este é o seu fundamento, permitir à ins-tituição saber como estão as

suas finanças.

Falando de saídas profissio-nais, o que é que o curso de Contabilidade possibilita?

Qualquer organização pre-cisa de um contabilista, inserido ou não na própria organização. Os alunos po-dem ser técnicos oficiais de contas, revisores oficiais de contas, inspetores de fi-nanças, auditores, contabi-listas ou professores. Cada vez mais as organizações verificam a importância da Contabilidade. Se há alguns anos atrás não se falaria de um contabilista numa esco-la, hoje já há funcionários que “medem” o impacto das decisões da administra-ção da escola, na gestão dos

seus recursos financeiros.

Acha que é um curso que se recomenda?

A Universidade do Minho insere-se numa região de pequenas e médias empre-sas, onde o contabilista é o senhor que faz tudo, trata do processamento de salá-rios, de entregar as decla-rações ao fisco, de dizer ao empresário que é preciso poupar aqui e investir ali. Nessa perspetiva, penso que sim, que é um curso com grandes potencialidades.

Este curso é diferente dos outros que existem no país?

A Universidade do Minho é a única do setor público a

fornecer uma licenciatura em Contabilidade, pois nor-malmente isto só acontece no ensino politécnico. Gostamos de dizer que damos um bocadinho do nosso contributo enquanto sistema universitário. Te-mos uma formação a três níveis: prático, teórico e tec-nológico e queremos fazer essa abrangência. O nosso finalista deve fazer, mas sa-ber como fazer. Tentamos incutir-lhe a componente prática, para que ele possa trabalhar em Portugal, Es-panha, em qualquer país da União Europeia ou que utilize normas internacio-nais de Contabilidade, por-que damos essa formação. E penso que isso é uma mais valia para os candidatos.

FILOMENA BRÁS

contabilistas, precisam-se!

CONTABILIDADE

“Se todos tivessem um bocadinho de conhecimento de Contabilidade, provavelmente Portugal não estaria na crise que está”

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INQUÉRITOA estudante de Psicologia admite que só se sente inse-gura quando passa por sítios mais escuros ou onde não está mais ninguém. “Quan-do é à noite já é diferente, como existe pouca lumino-sidade, falta de segurança no campus e à sua volta, não me inspira muita confiança e sinto-me bem mais des-protegida do que durante o dia”, assegura. Na sua opi-nião, as medidas a adotar para evitar esta falta de se-gurança passam por “colo-car mais iluminação do que a que existe neste momento, uma vez que a falta de luz facilita a criminalidade, os comportamentos duvidosos e apostar numa maior se-gurança/vigilância à noite, tanto no campus como nas ruas à sua volta”. A aluna refere ainda que por causa do clima de insegurança que se tem gerado não pode evitar o percurso que faz to-dos os dias mas, “claro que a atenção duplicou” e evita ao máximo andar sozinha, tentando andar sempre em grupo.”

O aluno de Relações In-ternacionais assume que não se sente inseguro nas imediações da Universi-dade do Minho. “Na parte dos complexos pedagógicos penso que não há problema, apesar das áreas como os parques de estacionamento, quando saímos às 18h, já são mais isoladas”. Em re-lação às possíveis medidas que podem ser impostas, o aluno entende: “penso que nas áreas mais isoladas de-veria haver mais seguran-ças e à volta dos complexos pedagógicos”. Acrescenta ainda que à volta do cam-pus, durante o dia na zona dos bares, não há problema algum. “À noite é que têm acontecido uns casos mais problemáticos como certas abordagens de pessoas na rua, entre outros, que po-dem merecer mais atenção”, acrescenta. Em relação às mudanças que esta situação poderá trazer à sua vida, Frederico assume: “Não vou alterar nenhuma rotina nem nenhum trajeto”.

A estudante Catarina Lima, do curso de Direito, conta que, perante esta situação, não se sente insegura por-que nunca passou por isso, assim como os seus ami-gos, por isso “a sensação de insegurança não é muita”. Quando questionada com o que se poderia fazer para reverter esta situação a alu-na responde que “a medida passa essencialmente por mais policiamento. Como já houve uma tentativa de vio-lação a uma rapariga den-tro do campus, mas como o controlo das entradas na universidade é praticamen-te impossível, as medidas devem passar por mais se-gurança na Universidade”. Apesar de a aluna admitir que não se sente insegura dentro do campus, acha que vai começar a alterar os seus hábitos, declarando: “para já não alterei, mas vou come-çar a alterar de certeza, por causa das coisas que se têm passado nos últimos tem-pos.”

O aluno relata que “a ver-dade é que se fala muito de insegurança no que toca às imediações da Universida-de, mas o facto é que para além de histórias de viola-ções e baleados não sinto qualquer alteração de há um ano para cá e continuo a sentir-me bastante segu-ro, tanto dentro como fora do campus.” Para evitar este clima de insegurança o aluno sugere “uma maior presença da PSP, assim como melhor qualidade na segurança, que era capaz de ajudar os alunos em geral a sentir-se melhor. Também acredito que a presença de algumas personagens nos parques de estacionamen-to e arredores não ajudam para um sentimento de se-gurança por parte dos alu-nos.” Em relação à mudança de hábitos devido a esta situ-ação, o aluno diz ainda que continua a usar os mesmos caminhos, seja de noite ou de dia. “Não mudei muito os meus hábitos, seja nos dias em que saio à noite ou nos dias em que tenho de estudar até mais tarde na bi-blioteca. De qualquer modo continuo a fazer as mesmas coisas”, sublinha.

FREDERICO TEIXEIRA2º ANO//

RELAÇÕES INTERNACIONAIS

CATARINA LIMA2º ANO//

DIREITO

NUNO VIANA2º ANO //

ECONOMIA

ANA PINHEIRO

[email protected]

Com a academia assombrada por um clima de insegurança devido a alguns acontecimentos ocorridos nos últimos tempos, os estudantes estão alerta e pedem mais policiamento.

Os sucessivos casos de desacatos e assaltos dentro e fora do Campus têm preocupado de sobremaneira a comunidade académica, sendo necessárias medidas de segurança excecionais para que este ambiente de insegurança deixe de fazer parte do dia a dia da Universidade.O ACADÉMICO foi falar com alguns alunos, tentando saber quais as diferentes opiniões, os seus receios e como estão a pensar alterar os seus hábitos devido a esta preocupante situação.

CATARINA FERREIRA2ºANO //

PSICOLOGIA

sentes-te inseguro nas imediações da universidade do minho?

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mas pela pica que é andar-mos aqui a batalhar contra o mundo” confessa Roberto. Quando questionado sobre a origem deste espirito em-preendedor, brinca dizendo que foi “quase um nego-ciante desde pequenino.”Para Francisco Pereira e Filipe Macieira, jovens pro-ativos de 26 anos e douto-randos no Departamento de Engenharia Biológica da Uminho “é muito impor-tante os empreendedores serem otimistas e serem ambiciosos, porque, se não forem, vão chegar a um ponto em que vão estagnar e pronto… nesse momento já não são empreendedo-res”. Francisco e Filipe são também exemplos de jovens empreendedores.

FermentUM

FermentUM é o atual proje-to de negócio em que estão envolvidos. Este “surge ba-seado essencialmente num primeiro projeto de negócio que tem a ver com o lança-mento de cervejas artesa-nais diferentes e, também,

DR

jovens empreendedores da uminho com projectos de sucesso

a criação de uma imagem e presença online, assim como o fomento da comuni-cação com os associados e o público em geral. “A nossa ideia é agregar um conjun-to de funcionalidades que existem de forma dispersa (...) em que as pessoas só com o log in conseguissem ter acesso a muita coisa e fazerem muita coisa dentro da sua própria organização” acrescenta Roberto, focando ainda a ideia de que a Group Buddies quer ser um par-ceiro ativo na atividade dos seus clientes.“Temos já uma boa car-teira de clientes, bastantes contactos e um horizonte bastante promissor à nossa espera” afirma o ex-aluno, adiantando que se encon-tram a trabalhar numa pla-taforma renovada.O jovem de 23 anos expõe ter “um objetivo pessoal, que é até aos 25 anos ter criado seis projetos”. “Eu gosto mesmo disto que faço, gosto de ser empreen-dedor, não pelo sentido da palavra, nem para andar com a palavra atrás de mim,

REPORTAGEM

Group Buddies pretende ser mais um produto de sucesso saído da UM

EDUARDA FERNANDES

[email protected]

NEUzA ALPUIM

[email protected]

O empreendedorismo não passa ao lado dos jovens da Universidade do Minho. No contexto de crise eco-nómica e financeira em que Portugal se encontra e numa altura em que as ta-xas de desemprego jovem atingem valores históricos, ser-se empreendedor é, para alguns jovens, uma alter-nativa. Roberto Machado, jovem de 23 anos e ex-aluno do Mestrado em Engenha-ria Informática, faz parte do leque de jovens empre-endedores da Universidade do Minho (UM). O seu per-cursoacadémico conta com vários projetos próprios e em grupo. Em 2011, junta-

mente com Miguel Palhas e Pedro Pereira, participou no Innovation Challenge e numa parceria com a agên-cia da UM para a Energia e o Ambiente, com a ideia de uma aplicação Android que permitisse ao utilizador “de-nunciar” qualquer tipo de desperdício energético.

Group Buddies

Group Buddies é o seu mais recente projeto. Roberto Ma-chado, Miguel Regedor, Pe-dro Pereira, André Santos, Luis Ferreira e Hugo Ma-rinho são a equipa que dá corpo à Group Buddies, um negócio que surgiu inicial-mente com o nome Simon, no âmbito de uma unidade curricular do 2º ano do mestrado em engenharia informática. A Group Bu-ddies, em atividade desde

fevereiro de 2011, pretende oferecer ao mercado a so-lução para os problemas das pequenas organizações como os problemas de co-municação interna, como a comunicação digital entre colaboradores e problemas de comunicação externa, como a gestão de atividades,

DR

O projeto da cerveja artesanal já deu que falar na Universidade do Minho

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ENTREVISTAPÁGINA 11 // 27.MAR.12 // ACADÉMICO

tem a ver com o facto de nós termos experienciado durante o nosso mestrado com o setor cervejeiro” refe-re Francisco.O projeto “Cerveja Artesa-nal do Minho” visa a intro-dução de cervejas especiais no mercado, com caracte-rísticas muito particulares e cujo método artesanal de fabrico faz diferir da cerveja que habitualmente se pro-

duz e consome em Portugal. Pretende-se, no âmbito do projeto, implementar uma mini-fábrica para produção e comercialização de cerveja artesanal no interior de um bar com serviço de snacks introduzidos num edifício rústico com um espaço exte-rior único. Tem ainda como objetivo envolver pessoas de outros departamentos (Marketing, design…), “que-

remos envolver as pessoas da universidade para criar esta envolvência mais inte-ressante à volta do projeto” destaca Francisco.Questionados sobre o local de alojamento do Fermen-tUm, Francisco diz que o projeto segue em direção a Braga porque acham “que Braga é uma cidade que tem tudo para aceitar bem o con-ceito, pelo facto de ser uma cidade aberta a novas ideias, novos conceitos, o facto de ser uma cidade jovem.” “Quer pelo facto de o nosso público-alvo serem pessoas que querem experimentar novas coisas e acredito que a cidade de Braga seja uma boa aposta”, acrescentam.Satisfeitos, confessam: “as coisas estão a correr bem, estamos a aperceber-nos do impacto que isto está a ter nas pessoas, o facto de elas procurarem as cervejas di-ferentes e é isso que nos dá forças para continuarmos neste caminho, nesta dire-ção do projeto.”Os jovens confessam que para além deste projeto de negócio têm outras ideias que querem começar a tra-balhar, mais concretamen-te na área das leveduras, vinhos… “acreditamos que todo este dinamismo que anda aqui à volta e que se sente na UM é muito im-portante para isso aconte-cer.”“É preciso ter a ideia, é pre-ciso ter vontade, muita von-tade e trabalhar de borla nos primeiros tempos”, este é para Francisco e Filipe o perfil de um empreendedor.

Situação atual vivida em Portugal

Em relação à atual con-juntura, as opiniões cami-nham, de certa forma, no mesmo sentido. Para Ro-breto “é crucial neste mo-mento que o país atravessa, criarmos os nossos próprios horizontes e ter uma visão bastante aberta do que é que há la fora”. “Cada vez mais com a crise, as pessoas e

ver o que tu podes oferecer ao mercado e de que forma o teu trabalho pode ser apro-veitado”, acrescenta Filipe.

DR

os alunos da universidade têm de perceber que não vai haver empregos para toda a gente, por isso há que tentar

REPORTAGEM

“Devem arriscar, devem perseguir as suas próprias ideias, falar com pessoas, perguntar. Sempre que têm uma ideia, perguntem se as pessoas acham piada ou não acham. Testem as suas ideias. Ser empreen-dedor não é criar uma em-presa, podemos ser empre-endedores só a procurar o nosso trabalho e dentro

da empresa conseguirmos um trabalho”, aconselha Roberto.“É um bocado complica-do, porque acredito que as coisas não devem ser forçadas. É preciso ter um bocadinho de sorte e não forçar muito, porque as coisas têm que se conciliar, a verdade é essa”, orienta Francisco.

conselhos

A opinião dos três jovens é partilhada quando ques-tionados sobre os apoios que sentiram. O gabinete do empreendedor da As-sociação Académica da Universidade do Minho, o Liftoff, foi referido pelos jovens como um apoio im-portante neste processo. “Atualmente, tem-se avan-çado muito, principalmen-te na UM, com o gabinete do empreendedor, o Lifto-ff, que tem dado algumas palestras interessantes e que tem mostrado, no fun-do, que aqui no Minho há empreendedores e pesso-

as com vontade de criar o próprio negócio. Por isso achamos que estamos no bom caminho” conclui Filipe. Roberto refere, ain-da, a importância da ajuda prestada pela TecMinho e pelos “nossos amigos e outras pessoas que estão sempre disponíveis para nos ajudar.”Ana Rita Ribeiro, técnica do Liftoff, confessa notar um acréscimo da procura do gabinete, referindo que crê que muitas pessoas co-meçam a colocar a criação do seu próprio emprego como possível.

apoios

DR

Roberto Machado é mais um jovem que demonstra a sua vontade empreendedora

Filipe e Francisco querem continuar a ver crescer o seu projecto: FermentUM

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O convidado desta semana da Burning List é Jorge Moita, designer português cujo trab-alho é conhecido e reconhecido pelos quatro cantos do mundo.A sua principal criação é a La.Ga, uma mala produzida num material inovador e com um design vanguardista. Mas o seu percurso inclui passagens pela Dinamarca e por Itália, onde trabalhou para a Casa Benetton. Vamos então conhecer o percurso e as escolhas de Jorge Moita. Alentejano da raia, Jorge Moita trabalha desde 1998 em projetos de comu-nicação nas áreas do design e da moda. Foi fundador, juntamente com Daniela Pais, do Laboratório de Design de Moda krvkurva, sendo o seu diretor criativo. O seu trabalho, desenvolvido no âmbito deste laboratório mas não só, já foi galardoado com inúmeros prémios nacionais e internacionais, entre eles a Medalha de Ouro do Prémio Infante D. Henrique - The Duke of Edinbrough e o Young Creators for Europe Award. O trabalho de Jorge tem uma forte componente social, a que não é alheia a sua passagem pela Fab-rica, Centro de Comunicação e Pesquisa do Grupo Benetton em Treviso, Itália. Assim, Jorge estabeleceu uma parceria com o Esta-belecimento Prisional Feminino de Tires. O objetivo passava por aliar uma produção de qualidade e não convencional à preocupação de reabilitar a população reclusa.

Segunda: R.E.M. - Drive (Automatic for the People, 1992)“Estamos neste momento a viver fim da banda que marcou muitos, entre eles a minha geração. Este é um dos temas que me marcou muito, na altura e que é sempre bom relembrar. Foi uma

banda que marcou pela postura em palco, nome-adamente do Michael Stipe, mas também muito trabalho de imagem, trabalho que ia para além da música.”

Terça: Lykke Li - Sadness is a Blessing (Wounded Rhymes, 2011)“Curiosamente descobri, através de um amigo meu que entrevistou a Lykke Li, que ela chegou a viver no Alentejo, portanto foi minha conter-rânea durante um período de tempo! Mas para além disso, é uma das minhas referências em termos de vozes femininas. Aprecio também a sua postura em palco - pelo que ouvi dizer houve uma passagem por Portugal impressionante a esse nível e penso que vai marcar também a sua época.”

Quarta: Soundwalk - Puglia (Ulysses Syn-drome, 2009)“O projeto Soundwalk é um conjunto de músicos muito interessante e o seu trabalho é apreciado sobretudo por um conjunto de “ascetas” ligados a uma espécie de “arquitetura” do som. Este Ulysses Syndrome é uma viagem sónica, como eles próprios descrevem, através do Mar Mediter-râneo, desde Troia até Ítaca. Para mim, todas aquelas sonoridades e todo aquele material que eles editaram são sons que me são familiares e que fazem parte da minha infância - transpor-tam-nos imediatamente para aqueles lugares!”

Quinta: Micro Audio Waves - Sunshine Sun-light (Zoetrope, 2009)“Este é um dos exemplos em que um coreógrafo

como o Rui Horta trabalha com uma banda como os Micro Audio Waves e acabam por ter um produto final completamente novo e ines-perado. Eu já conhecia o trabalho dos Micro Audio Waves e, atualmente, tenho em mãos um trabalho em conjunto com a Cláudia Efe. Eles são um dos exemplos da criatividade atual que se pode exportar e ter eco em qualquer parte do mundo!“

JOR

GE

Sexta: Buraka Som Sistema - Hangover (Ba-BaBa) (single, 2011)“Para mim, a música é uma daquelas coisas que vai sempre à frente e abre o caminho para toda a outra produção criativa. Hoje em dia, com toda a tecnologia a música é um link para um download e viaja muito rapidamente. Os Buraka Som Sistema são um bom exemplo disso, numa ligação dos ritmos mais africanos, que são miscigenados em Lisboa e enviados daí para todo o lado!”

MO

ITA

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TECNOLOGIA E INOVAÇÃO

PUB

DIOGO LEMOS

[email protected]

iPad ultrapassa os três milhões de vendasA Apple anunciou na passada terça-feira que o seu mais recen-te iPad atingiu os três milhões de unidades vendidas, após o seu lançamento no dia 16 de março.Entre as principais funcionali-dades deste produto, destacam-se o novo ecrã retina, um novo chip gráfico e uma câmara ca-paz de capturar fotos e vídeos

em HD 1080p... Tudo com mais autonomia, agora com 10 horas. O novo iPad estará disponível em lojas nacionais desde 23 de março em revendedores au-torizados Apple em 24 outros países em todo o mundo.

80% das empresas não sabe gerir crises nas redes sociaisUm estudo promovido pela In-finiteLatitude mostra que 80% dos departamentos de comu-nicação das empresas não de-finem procedimentos para lidar com crises nas redes sociais, apesar de estarem já prepara-

das para as mesmas situações nos media tradicionais. Apesar da importância dada aos media, a preparação continua insuficiente. A grande maioria dos departamentos de comu-nicação não tem estruturas de monitorização online, procedi-mentos de aprovação de posts ou mesmo colaboradores espe-cializados.

Windows 8 com lançamento previsto para outubroA nova versão do sistema op-erativo Windows poderá ser lançado em outubro, avança a

agência Bloomberg.Segundo esta agência, o novo Windows 8 será lançado pela Microsoft em outubro, tanto nas versões para PC como para Tablet.O novo sistema operativo de-verá estar concluído no próximo verão e estará disponível numa primeira fase para equipamen-tos com processador Intel para PC e ARM no caso dos Tablets.A principal novidade deste siste-ma, além de poder ser utilizado em Tablets, será a interfaceMetro, disponível já no Win-dows Phone e na XBOX360.

Internet será quinta maior eco-nomia do mundo em 2016Um estudo estima que em 2016 a internet estará em 5º lugar na tabela dos países do G20. À fr-ente da Internet estarão os EUA, a China, o Japão e a Índia e ime-diatamente atrás a Alemanha.Analisando apenas as econo-mias online do G20, a multina-cional prevê que a Internet mov-imente 4.2 biliões de dólares (cerca de 3.2 biliões de euros). Este relatório aponta ainda a importância das redes sociais, que chegarão a 4 em cada 5 dos cibernautas mundiais.

twittadas

DANIEL VIEIRA DA SILVA

[email protected]

Como tudo se processa na GeoJustiça?Sempre que nos chega um caso levantamos todos os requisi-tos ligados a esse problema. A partir deste levantamento dos requisitos todos, vamos sele-cionar a informação que nos dá algumas respostas. Portanto, recuámos aos anos 40, para nos dar uma resposta aérea,

etc, cruzamos então essa in-formação e elementos e no fim tecemos o nosso relatório e o nosso parecer.

Como é que é o dia a dia na GeoJustiça? Como é que as pessoas chegam à GeoJustiça?Temos sempre a porta aberta. As pessoas contactam-nos para tirar informações da empresa e tentamos perceber o problema de quem entra em contacto connosco e direcionamos os nossos serviços.

Sentem um crescimento nos últimos tempos?Sim! Apesar de ser um cliente que necessita de ser conquista-do e sentir confiança no serviço que está a adquirir.Sentimos que o nosso volume tem crescido e os nossos princi-pais clientes são os advogados e autarquias.

A tendência é para con-tinuarem a crescer? Quantos

pessoas estão envolvidas no projeto?Somos as duas, uma histo-riadora , o Dr. Paulo, ligado à Universidade do Minho e o Dr. Domingues. Existe também um Conselho Científico que reúne professores universitários do Minho, Porto e Lisboa espe-cialistas nas áreas que consid-eramos chave. Procuramos os mentores no país nestas áreas e com eles trocamos impressões.

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TECNOLOGIA E INOVAÇÃOPÁGINA 15 // 27.MAR.12 // ACADÉMICO

Irá decorrer entre as 18h00 e as 20h00 no Auditório 103 do Complexo Pedagógico 2, Campus de Gualtar, em Braga. Este workshop será dinami-zado pelo Dr. Paulo Nóvoa e pela Dr.ª Sara Brandão (CEPSI Braga). Objectivos:- Desenvolver conhecimen-tos e atitudes de procura ati-va de emprego, de forma a facilitar a sua integração no mercado de trabalho;- Fomentar o conhecimento e exploração das oportuni-dades de emprego;- Desenvolver competências de procura ativa de emprego e aplicação de técnicas efica-zes. Conteúdos Programáticos:1. Importância do autoco-nhecimento e da auto-ava-

liação:- Qual o seu potencial? Quais os seus objectivos de carreira? Quais as suas ex-pectativas?- Analise dos pontos fortes e pontos fracos individuais (Análise SWOT)

2. Implementação prática na procura de emprego:- Como começar?- Atitudes e Comportamen-tos- Procurar Emprego: quan-do, como e porquê- Empreendedorismo A participação é gratuita, mediante inscrição.Aberta a participação à co-munidade em geral.Inscrições em:www.liftoff.aaum.pt

Mais informações em:[email protected]

Workshop “Transição para

o Mercado de Trabalho”

ções sediadas em Portugal. A iniciativa contará com as presenças de:

- João Oliveira, promotor da empresa EarBox, projecto vencedor do concurso “O Empreendedorismo está na Moda!”;- Professor Doutor Fernan-do Ferreira enquanto Direc-tor do Centro de Ciência e Tecnologia Têxtil da Univer-sidade do Minho;- Engenheiro Fernando Me-rino (Director do Departa-mento “Têxteis do Futuro”

liftoff,gabinete do empreendedor da AAUM

noticia...> 11 ABRIL 12Flash TalkInova TêxtilGuimarães

> 23 ABRIL 12Workshop“Networking”

> 28 MARÇO 12Workshop“Transição para o Mercado de Tra-balho”

> 18 ABRIL 12Workshop“Marketing Pessoal”

>

Estágio de Curta Duração de Economia/Gestão para Gui-marães

Perfil:Formação na área de Econo-mia/Gestão;Conhecimentos / Facilidade de conversação em Inglês, Francês e Espanhol.

Oferta: Refeição.

Estágio de Curta Duração em Direito para Guimarães

Perfil:Formação na área de Direito;Conhecimentos / Facilidade de conversação em Inglês, Francês e Espanhol.

Oferta: Refeição.

Professor de Matemática (M/F) para Braga

Para explicações a alunos do Ensino Secundário, Centro de Estudos pretende recru-tar Professor de Matemática (M/F).

Perfil:Habilitações académicas ao nível da Licenciatura;Experiência profissional rel-evante para a função (factor valorizado);

Disponibilidade imediata.Outras ofertas disponíveis:

- Operadores de Call Center para Braga (Part/Full Time);

- Comerciais para Braga (Part/Full Time);

- Engenheiro Estagiário (M/F) para Lisboa;

- Informático (M/F) para Gui-marães.

by

Ofertas de emprego

O LIFTOFF - Gabinete do Empreendedor da AAUM e o spin-off EDIT VALUE encontram-se a promover uma sessão de apresentação do Concurso “Inova Têxtil” na Universidade do Minho. Este concurso de âmbito na-cional visa estimular e pro-mover ideias, materiais, pro-dutos, aplicações, serviços e conceitos de negócio novos e inovadores associados à fileira têxtil. Os destinatários são as pes-soas singulares com mais de 18 anos e/ou organiza-

do CITEVE - Centro Tecno-lógico das Indústrias Têxtil e do Vestuário de Portugal) que fará uma apresentação do Concurso Inova Têxtil.O evento terá lugar no próxi-mo dia 11 de Abril, pelas 15 horas, no Campus de Azu-rém da Universidade do Mi-nho, em Guimarães. As inscrições para o Flash Talk são gratuitas mas sujei-tas a inscrição.

Mais informações e inscri-ções em:[email protected]

Flash Talk

concursoInova Têxtil

Universidade do MinhoGuimarães

> 2 MAIO 12Tertúlia“Quero um emprego”

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CULTURA

RAQUEL MOREIRA

[email protected]

“Os homens que odeiam as mulheres” ou mais conhe-cido por “The girl with the dragon tatoo” é um filme que estreou a 11 de janeiro em Portugal, realizado por David Fincher, conhecido por outras películas, como “A rede social” e “O Estra-nho Caso de Benjamin But-ton”.”The girl with the dragon tattoo”, baseado no livro com o mesmo nome, é uma versão americana alterna-tiva à versão finlandesa. Já não é novidade esta fórmu-la de pegar em sucessos estrangeiros e fazer outra

versão, exemplo de “The ring” ou “Ringu”. No entan-to, enquanto a maior parte destas novas versões nunca chega a igualar a versão ori-ginal, o mesmo não se pode dizer de “The girl with the dragon tatoo”, onde Fincher volta a provar o seu brilhan-tismo ao conseguir ser fiel à versão original sem nunca perder a tensão sentida em todo o filme. Se, por um lado, muitos ficaram desi-ludidos pela semelhança, quase shot a shot, à versão finlandesa, outros aclamam a capacidade de Fincher de conseguir recrear de manei-ra cinematograficamente apelativa e editar com um brilhantismo de aplaudir.Mikael Blomkvist (Daniel

ALEXANDRE VALE

[email protected]

Inserido na programação da Capital Europeia da Cul-tura, decorreu no passado sábado, a terceira edição do 20XX20, organizado pela Lovers & LollyPops e a Re-volve, no Instituto de Design de Guimarães. A noite foi de muita música, de muito movimento mas também de alguns percalços.A ideia que guia o evento é simples, mas ousada: pro-mover uma noite agitada, onde as várias linguagens artísticas se expressam e se cruzam no mesmo espa-ço. São 20 bandas, 20 dj’s e 20 designers que marcam presença para mostrarem aquilo que valem e o que têm para dar a quem os vê. Os concertos decorrem a um ritmo de contrarrelógio, onde cada banda tem cerca de 15 minutos para atuar. Já os dj’s passam no máximo

até três músicas, enquanto numa sala de exposições estão afixados os cartazes do evento, elaborados por

“20 bandas, 20 DJ’s e 20 cartazistas numa noite”

“the girl with the dragon tatoo”

vários designers.A edição deste ano concreti-zou por inteiro a ideia subja-cente ao evento. Foram cerca

de cinco horas de um ritmo bastante acelerado e muito energético. Passava da uma da manhã (três horas depois do ínicio) e estava a entrada repleta de gente para assistir aos espetáculos. Dentro do recinto, à medida que as ho-ras passavam, mais difícil se tornava circular entre tantos espectadores presentes. Os concertos foram, sem dúvida, os que registaram maior afluência do público. Tocaram desde nomes me-nos conhecidos até nomes com alguma projeção nacio-nal, como Black Bombaim, The Glockenwise e The Shi-ne, bandas que já marcaram presença em alguns festi-vais reputados.Cátia Laranjeira, que assis-tiu a grande parte dos con-certos, achou boa “a ideia de só terem 15 minutos para tocar” o que faz com que “toquem as suas melhores músicas” e que as pessoas “fiquem a conhecê-las me-lhor”.

Já João Mendes salientou “ a energia musical que vem” de as bandas “serem desa-fiadas a tocarem num curto espaço de tempo”. O des-taque tem que ir para The Shine, que com o seu kudu-ro progressivo, incendiaram a plateia e trouxeram gente para dançar no palco.Mas a noite não correu sem falhas.Houve atrasos nos concertos que não só tiraram ímpeto ao evento, como amputa-ram o tempo disponibiliza-do a algumas bandas. Hou-ve também bandas que não tocaram, como Mr. Miagy, mas a falha que mais inco-modou o público presente foi mesmo o fim repentino do concerto dos The Shine e de todo o evento em si. Este parece ter sido motivado pela mudança da hora, uma vez que o fim estava progra-mado para as 4 da manhã, e, se tivesse decorrido nor-malmente, só acabaria às 6 da manhã.

SALA DE CINEMA

Graig), é um repórter a quem lhe é confiada a tare-fa de investigar um desapa-recimento ocorrido há 40 anos. É ajudado por Lisbeth Salamander (Rooney Mara), uma hacker, tutelada pelo estado, que trabalha para uma empresa de investiga-ção. A introdução, notoriamente longa, relembra-nos os fil-mes de 007, com gráficos disformes e pouco revela-dores, que retratam Lisbeth como uma agente 007 no feminino. Esta personagem torna-se tão real ao longo do filme que nos leva a conec-tar com uma figura que ini-cialmente seria de esperar o contrário. A evolução desta marca o compasso do filme

e é através dela que as emo-ções ultrapassam o ecrã.”The girl with the dragon tatoo”, nomeado pela acade-mia para melhor cinemato-grafia, melhor mistura de som, melhor atriz principal e vencedor do óscar de me-lhor edição é um filme que

poderá chocar os mais sen-síveis pelas suas cenas de violência explícita e da con-dição mais obscura do ser humano. No entanto, são duas horas de tensão que conseguem manter o espec-tador curioso sobre o desfe-cho destas personagens.

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PÁGINA 17 // 27.MAR.12 // ACADÉMICO

AGENDA CULTURALRUM BOXTOP RUM - 12 / 201223 MARÇO

1 BLACK KEYS, THELonely boy

2 RAPARIGA ELÉCTRICATens de sair

3 SHINS, THE - Simple song

4 RODRIGO LEÃOO fio da vida

5 CHARLOTTE GAINSBOURG Terrible angels

6 DEUS - Constant now

7 DJANGO DJANGO - Hail bop

8 MARK LANEGAN BANDThe gravedigger’s song

9 TOM WAITSBack in the crowd

10 UTTER - The walking dead

11 WE TRUST - Again

12 ADULTS, THENothing to lose

13 JANE’S ADDICTION Irresistible force

14 QUEENS OF THE STONE AGE - Outlaw blues

15 SBTRKT - Wildfire

16 VACCINES, THEPost break-up sex

17 BEST YOUTH - Hang out

18 M83 - Midnight city

19 METRONOMY - She wants

20 KILLS, THE - Baby says

POST-IT

26 março > 30 março

HELLO ATLANTICThe Leaving Song

JULIA HOLTERIn The Same Room

MIIKE SNOWThe Wave

BRAGAMÚSICA30 de MarçoJP Simões + MárciaSalão Medieval da Reitoria da UM - Organização RUM/CEJ

31 de MarçoAnaquimFnac Braga

31 de MarçoMafalda Arnauth + Marco RodriguesTheatro Circo

TEATRO27 a 30 de MarçoÚltimo ActoTheatro Circo

GUIMARÃES

MÚSICA30 de MarçoZENSão Mamede

31 de MarçoGala DropCCVF

TEATRO28 de MarçoQuartas dos atores – Teatro dos atoresCCVF

FAMALICÃOMÚSICA31 de MarçoLuna PenaCasa das Artes

31 de MarçoConcerto de Canto e PianoCasa das Artes

LEITURA EM DIAEu Sou Bolaño de Celina Manzoni (Clube do Autor); conjunto de ensaios, de leitura obrigatória, para conhecer o obra do escritor chileno.

Ouro do Inferno de Eric Frattini - Porto Editora.As relações proibidas entre o grande capital suíço, a igreja católica e o nazismo.

Frankenstein III - Morto e Vivo de Dean Koontz - Bertrand.A conclusão da trilogia e, como é natural, o Bem vence o Mal. Grande leitura.

Para ouvir de segunda a sexta

(9h30/14h30/17h45) na RUM ou em

podcast: podcast.rum.pt Um espaço

de António Ferreira e Sérgio Xavier.

O Livro de Areia de Jorge Luís Borges - Quetzal.Uma das obras fundamentais da tradição literária e de todos os tempos.Sublime.

ABEL DUARTE

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Os londrinos We Have Band estão de regresso aos discos e também aos concertos. Depois de terem passado em 2010 pelo palco after--hours de Paredes de Cou-ra, esta semana atuam no Musicbox em Lisboa e na bagagem trazem o seu se-gundo álbum de originais “Ternion”. Após a edição em 2010 de “WHB”, o seu dis-co de estreia, poucos foram aqueles que acreditaram na sobrevivência da banda. No entanto, em finais de janeiro último, surge nos

escaparates o segundo ál-bum, revelando uma proje-to capaz de se impôr através das suas bem trabalhadas e atraentes canções. Navegan-do num universo bastante povoado, os We Have Band conseguiram afirmar a sua criatividade de forma deci-dida, resultando num sem-pre difícil segundo regres-so. Não sendo um disco de temas poderosos, “Ternion” destaca-se pela profundida-de melódica e alguma con-tenção, funcionando como um todo. É um grande pas-so para a banda, colocando--a na linha da frente da cena musical da atualidade.

CD RUMwe have bandternion

DR

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PÁGINA 18 // 27.MAR.12 // ACADÉMICO

DESPORTO

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CARLOS REBELO

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De 14 a 22 de abril as cidades de Braga e Guimarães vão re-ceber as Fases Finais Concen-tradas dos Campeonatos Na-cionais Universitários (CNU) 2011/12. Numa organização conjunta entre a Associação Académica da Universidade do Minho, Universidade do

Minho e Federação Académi-ca do Desporto Universitário, estas fases finais irão contar com as modalidades de: An-debol F/M, Basquetebol F/M, Futsal F/M, Futebol 11 M, Rugby 7 M e Voleibol F/M. De relembrar que para estas modalidades houve torneios de apuramento com o objeti-vo de qualificar as melhores equipas das várias institui-

tes do intervalo, Nené igualou a partida e estabeleceu o resul-tado com que as equipas foram para o descanço.Na 2ª metade os pupilos de Pe-dro Palas entraram a pressionar alto e a estratégia surtiu efeito. Os bracarenses fizeram o 2-1, mas ainda assim, deixaram-se empatar pouco depois.Os últimos minutos foram el-etrizantes e no pavilhão a an-siedade estava no ar. Ansiedade essa só tranqulizada no último minuto quando André Machado fez o 3-2. Os visitantes ainda tentaram igualar, mas em con-tra ataque, o mesmo André Machado bisou e colocou ponto final na discussão do resultado.O Sp.Braga/AAUM ultrapassa o AMSAC e sobe ao 11º lugar na tabela, com 16 pontos. Na próxima jornada os bracarenses deslocam-se ao Fundão.

espaçoscbraga/aaumby DVS

Vitória muito importante dos bracarenses neste fim de se-mana.Os “estudantes” receberam e venceram o AMSAC por 4-2, num jogo que se revelava im-portante para ambas as equi-pas, adversários diretos na fuga à despromoção.O jogo até começou com um golo do AMSAC, mas ainda an-

ções/universidades para o CNU respetivo de cada mo-dalidade. O quadro seguinte apresenta a lista das várias equipas que estão apuradas diretamente para os CNU’s de cada modalidade (sombre-ado) e as equipas que ainda terão de fazer repescagem (a branco) ou seja, competir entre si para conseguirem as últimas vagas.

estão aí os cnu’s

MAURA TEIXEIRA

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Na passada quinta-feira Gil Vicente e Sp. Braga bateram--se no Estádio Cidade de Bra-celos. Este duelo de equipas minhotas, a contar para a Taça da Liga, teve os “galos” como vencedores, depois de derrotar o Braga por 4-2 (após grandes penalidades). Deste modo, e para surpresa de muitos, será o Gil Vicente o adversário do Benfica na final desta competição, a re-alizar-se dia 14, em Coimbra. No que diz respeito ao Cam-peonato Nacional, apenas se pode fazer referência ao jogo do Vitória de Guimarães, que venceu o Rio Ave por 1-0, uma vez que até fecho desta edição os jogos entre o Sp. Braga-Académica e Maríti-mo - Gil Vicente não se ha-viam ainda realizado. Este fim de semana realizou--se ainda a 20ª Jornada do

Campeonato Nacional da 1ª Divisão de Hóquei em Patins que foi cheio de dissabores para as três equipas minho-tas: o Óquei de Barcelos per-deu com o FC Porto (6-3), que continua no 1º lugar da classificação; a Juventude de Viana deslocou-se a Torres Vedras para defrontar o AE Física, num jogo do qual saiu derrotada (4-3) e o HC Braga foi derrotado pelo CD Paço Arcos por 4-2. No basquetebol as equipas minhotas tiveram sortes di-ferentes. Na jornada 20 da Liga Portuguesa de Basque-tebol, o Vitória SC perdeu com o Ovarense por 82-74, já o Basquete de Barcelos derrotou o Lusitânia com um resultado bastante expressivo (78-55).Por fim, em jogo da fase final do Campeonato Nacional de Andebol, o ABC perdeu com o FC Porto por 26-27, um resultado muito contestado pela equipa do Minho.

“galos” abatem “guerreiros do minho” e estão na final da taça da liga

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Encerrou no passado do-mingo o Parlamento da Ca-pital Europeia da Juventude com o encerramento da As-sembleia Geral. O Erasmian European Youth Parliament é uma iniciativa que fomen-ta a participação dos jovens entre os 14 e os 18 anos no desenvolvimento de políti-cas europeias. O objectivo é criar um espaço de debate sobre questões europeias, permitindo a apresentação de propostas que visem a resolução de algumas ques-tões.O Presidente da Fundação Bracara Augusta, Hugo Pires, falou de uma “verda-deira semana de construção europeia e de trabalho con-junto. Hugo Pires salientou que esta semana os jovens aqui “partilharam espaços, ideias, contrastes, diferen-ças, cumplicidades, aliados, às vezes suspeições, e no final um entendimento”, fe-chando dizendo que “hoje, e mais que nunca, a Europa deve ser solidária, consis-tente e confiante.”A cerimónia de encerra-mento contou com a presen-ça também do presidente da FNAJ, que falou do momen-to de crise que o país passa e a importância da partici-pação jovem neste contexto. O Dr Vítor Dias, presidente regional do IPJ, mencionou a importância das políticas de juventude e o Dr Pompeu Martins, da Agência Nacio-nal do Programa Juventude em Ação, que relembrou a importância dos fundos para a formação europeia.O Parlamento da Capital

Parlamento da Capital Europeia da Juventude aprova propostas contra o desemprego jovem e para combater o aumento da estabilidade económica e redução do défice dos países da União Europeia

Europeia da Juventude, aprovou duas propostas, entre as quais um conjunto de propostas para combater o desemprego, entre elas a continuação de estágios e aumento da flexibilidade laboral e outra para o au-mento do Fundo Europeu de Estabilidade Financeira para mil bilhões de euros e o acréscimo dos subsídios destinados a potenciar o turismo proveniente de pa-íses fora da União Europeia. Uma outra proposta apro-vada relaciona-se com o au-mento do acesso ao ensino superior. Na primeira moção apresen-tada incluiu propostas para o aumento da estabilidade económica e redução do dé-fice da União Europeia. As resoluções, que foram apro-vadas, incluem o aumento da capacidade de financia-mento da ESFE para mil bilhões de euros, o aumen-to dos subsídios destinados ao aumento do turismo na União Europeia, provenien-te dos Estados Unidos da América e países BRIC (Bra-sil, Rússia, India e China). A concessão de bolsas para fo-mentar as exportações para países não-europeus, o au-mento em 2% dos impostos diretos sobre combustíveis fosseis e, por fim, a fusão das delegações de Bruxelas e Estrasburgo numa única sede em Bruxelas, com o objectivo de reduzir custos administrativos.Os argumentos apresen-tados pela comissão para o aumento da capacidade

de financiamento da ESFE relacionaram-se com a ne-cessidade de estabilizar os mercados e assegurar aos investidores que, em caso de incumprimento dos países, o fundo ESFE assegura o pagamento do empréstimo. Por outro lado, o comité evi-denciou que as exportações e o turismo são duas das principais fontes de cresci-mento económico dos paí-ses da União Europeia, mo-tivo pelo qual se aprovaram os subsídios a estas duas economias.

A segunda moção apresen-tada focou a necessidade de informatizar os regis-tos médicos num único sistema europeu, acessível a médicos, enfermeiros e farmacêuticos. A Comissão dos Jovens para a saúde, comida, segurança e pro-teção ambiental defendeu que este sistema permitia o aumento da segurança e fia-bilidade dos dados médicos, chegando mesmo a compa-rar o sistema apresentado com o sistema existente nas instituições bancárias. A existência de backups e a fa-cilidade de acesso a estes re-gistos foram duas das vanta-gens associadas à proposta, apesar desta proposta não ter sido aprovada. O Parla-mento apresentou dúvidas quanto à fiabilidade do sis-tema, nomeadamente quan-to à possibilidade de ataques informáticos. A redução da produção e consumo de carne bovina foi outra das propostas re-jeitadas. O comité respon-

sável pela elaboração desta proposta defendeu que o consumo excessivo de car-ne bovina é prejudicial à saúde, principalmente de-vido aos elevados níveis de proteínas existentes na car-ne vermelha. A par deste motivo, o comité defendeu que a produção em massa de carne bovina é um dos principais responsáveis pelo aquecimento global. Para substituir o consumo de carne bovina o comité pro-pôs igualmente a promoção de comida macrobiótica e geneticamente modificada. O comité considera que as opções são mais benéficas para a saúde e que permi-tem um maior acesso das populações carenciadas a uma dieta saudável.As razões apresentadas para a rejeição desta proposta relacionam-se com os cus-tos económicos associados à sua aprovação. Econo-mias como a Dinamarca dependem da produção e exportação de carne bovina e a diminuição da produção resultaria num aumento do preço no consumidor.O início da tarde ficou mar-cado por mais dois debates, que visavam a diminuição do desemprego dos traba-lhadores com mais de 55 anos e um maior acesso ao ensino superior. No pri-meiro debate da tarde, foi sugerida a criação de quotas nas grandes empresas (com mais de 500 trabalhadores) para trabalhadores com mais de 55 anos, permitin-do a sua reintegração no mercado de trabalho. Para o

comité responsável pela ela-boração desta proposta, esta medida reduz os encargos do Estado com reformas e fomenta a criação de novos empregos. Esta proposta foi rejeitada porque o Parla-mento acredita que, com a sua aprovação, as empresas passariam a contratar com base na idade em detrimen-to do mérito dos candidatos. Por outro lado, a existência desta quotas reduzia as va-gas existentes para os re-cém-licenciados.A última proposta apresen-tada e aprovada defendeu a criação de medidas que fa-cilitam o acesso ao ensino superior e a qualidade do ensino nas universidades europeias. As propostas apresentadas incluem a par-tilha de boas práticas entre as universidades europeias, o aumento das bolsas no en-sino privado e a existência de quotas para bolseiros, a criação de parcerias entre universidades e empresas locais, bem como o aumen-to da cooperação entre uni-versidades e escolas secun-dárias, de forma a aumentar a consciencialização sobre a importância do ensino su-perior.

O EEYP foi um momento essencial de colaboração e construção europeia do pro-jeto Braga 2012, com cerca de 150 alunos de 13 países europeus, estimulando o debate, o pensamento crí-tico e a criação de soluções por parte de uma nova ge-ração de jovens líderes eu-ropeus.

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