jornal abra - 13ª edição

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13ª IMPRESSÃO Santa Maria, junho de 2008 Jornal Experimental do Curso de Comunicação Social - Jornalismo - UNIFRA União de circo, dança e teatro é a proposta do trabalho da Cia Sorriso com Arte, que encantou os participantes do Fórum Mundial de Educação, em Santa Maria Contracapa Várias faces do estudar Gabriela Perufo Lugar de música na noite da cidade Arte circense Bares garantem espaço para a produção local e transformam-se em alternativa cultural para público e oportunidade de divulgação de artistas independentes Página 3 No Centenário, inclusão é lição para ser aprendida na sala de aula Com a TV Unifra no ar, alunos têm a oportunidade de colocar em prática o que aprenderam sobre produzir para televisão Página 5 Página 5 Estudantes comentam sobre a vizinhança de risco entre a instituição de ensino e os bares das redondezas Estela Fonseca Beatrice Witt Gabriela Perufo

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Jornal ABRA - 13ª edição, de junho de 2008. Jornal laboratório do curso de Jornalismo do Centro Universitário Franciscano (Unifra), Santa Maria - RS.

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Page 1: Jornal ABRA - 13ª edição

13ªImpressão

Santa Maria, junho de 2008 Jornal Experimental do Curso de Comunicação Social - Jornalismo - UNIFRA

União de circo, dança e teatro é a proposta do trabalho da Cia Sorriso com Arte, que encantou os participantes do Fórum Mundial de Educação, em Santa MariaContracapa

Várias faces do estudar

Gabriela Perufo

Lugar de músicana noite da cidade

Arte circense

Bares garantem espaço para a

produção local e transformam-se

em alternativa cultural para

público e oportunidade de

divulgação de artistas

independentesPágina 3

No Centenário, inclusão é lição para ser aprendida na sala de aulaCom a TV Unifra no ar, alunos têm a oportunidade de colocar em prática o que aprenderam sobre produzir para televisãoPágina 5

Página 5

Estudantes comentam

sobre a vizinhança

de risco entre a instituição de ensino e

os bares das redondezas

Estela Fonseca

Beatrice Witt

Gabriela Perufo

Page 2: Jornal ABRA - 13ª edição

2 abra 13ª impressão

JUNHo 2008

Expediente

EditorialImprevistos

Jornal experimental interdisciplinar produzido sob coordena-ção do Laboratório de Jornalismo Impresso e Online do curso de Comunicação Social – Jornalismo do Centro

Universitário Franciscano (Unifra). Esta atividade é desen-volvida por estudantes de segundo semestre de Jornalismo.

Reitora: Irani RupolloDiretora de Área: Célia Helena de Pelegrini Della MéaCoordenação Jornalismo: Rosana Cabral Zucolo

Professores orientadores: Daniela Pedroso, Laura Elise Fabrício, Liliane Dutra Brignol, Maicon Kroth e Sione Gomes (MTb/SC 0743)

Reportagem e textos:Alice Dutra Balbé, Aline Teixeira de Lima, Bruno Mariano da Rocha Barichello, Bruno Pinheiro Garrido, Carine Jorgens Horstmann, Carolina Moro da Silva, Caroline Rocha da Silva, Cláudia Monique Zappe Abade, Denise Araujo Rissi, Fabrício Santos Vargas, Gabriela Kieling da Silva, Gilkiane Cargnelutti de Mello, Giulianna Resende de Lima Belmonte, Igor Borges Müller, Juliana de Oliveira Bolzan, Juliana Menezes Farias, Marcelo Pereira Figueiredo, Marta Bonow Rodrigues, Patric Reginaldo Chagas da Silva, Rafael Soares Krambeck, Raquel da Silva Acosta, Renata de Araujo Ceratti, Tiago Pascotini Sackis e Vanessa Ferrari Roepke.

Fotografia: Beatrice Witt, Bibiane Moreira, Gabriela Perufo e Vinicius Freitas (integrantes do Núcleo de Fotografia e Memória) e Estela Fonseca.

Tratamento digital de imagem: Bibiane Moreira, Douglas Menezes, Rodrigo Simões e Vinicius Freitas.

Diagramação: Carine Jorgens Horstmann, Carolina Moro da Silva e Igor Borges Müller.

Campanha publicitária: Alexandre Soares, Ana Camila Antunes, Anderson C. B. Stock, Bruna Casseres, Eduardo Frantz, Rogério Gomez.

Impressão: Gráfica Gazeta do Sul

Tiragem: 1000 exemplares

Distribuição: gratuita e dirigida

No mês de junho foi realizado o 33º Congresso Estadual de Jornalistas. Promovido pela primeira vez no interior do Estado, Santa Maria

foi a sede escolhida pela referência em educação e for-mação de jornalistas. O mundo do trabalho na comuni-cação foi o tema debatido.

Nascido em Cachoeira do sul, o jornalista Carlos Dorneles é mais um gaúcho bem sucedido na carreira e foi um dos palestrantes do congresso. Há 25 anos na Central Globo de Jornalismo, Dorneles afirma que a informação está cada vez mais atrelada ao comércio e isso lhe preocupa. Para ele, a informação deve ser pública: “nem partidária, nem governamental”.

De forma realista, desfez a “glamorização” sobre trabalhar na Rede Globo: “a forma de trabalho é como em qualquer outra empresa. Mas existem vantagens como preferências e reconhecimento”.

Sobre cobertura de guerras comentou que é raro um profissional que não queira participar, mas ninguém é punido se não aceitar. “O perigo existe, mas também têm as mordomias dos hotéis, as viagens”.

Confessou que tinha preconceito com a internet, mas que foi perdido em 2001 quando foi organizada a maior manifestação contra a guerra do Iraque, no segundo mandato do presidente Bush: “Nos veículos não se falava no encontro, foi tudo combinado pela rede, isso mostra a força que tomou”.

Centro da informaçãoAcredita que podem surgir pensadores novos e

implantar mudanças: “Não sabemos se é possível, nem quando”. Para ele, se tudo que é estudado fosse aplicado, teríamos uma revolução na educação e no jornalismo. Para mudar o jornalismo, precisa mudar a sociedade: “A imprensa tem papel muito importante, dizer que não tem o que fazer é errado”.

Dorneles resumiu os critérios de noticiabilidade da Rede Globo em região e poder. Ele defendeu existência de órgãos reguladores: “cada empresa tem seu posicio-namento, regular não é censura”.

No Congresso também esteve presente o filósofo especialista em economia social e do trabalho José Dari Klein. Ele afirmou que o mercado está desestru-turado e as pessoas tendem a trabalhar em mais de uma empresa e por menos tempo em cada uma. A jornada de trabalho tem aumentado e mistura-se com a vida social, para ele: “Se vive para trabalhar e não mais se trabalha para viver”.

O diretor de redação do Correio do Povo, Telmo Flor explicou a trajetória dos jornalistas: “é um caminho longo a seguir, mas não impossível de realizar”. Para isso, citou como exemplo Carlos Henrique Schröder, hoje diretor geral do jornalismo da Globo, que foi seu funcionário na redação

Por Alice Dutra Balbé

Se há uma certeza, na medida em que adentrar-mos no mundo do conhecimento jornalístico é de que nossos dias nunca serão iguais. Rotina é uma coisa na qual não cairemos e que imprevistos acontecem.

Uma edição do ABRA com uma proposta diferente, a de não ter proposta temática. Este foi o primeiro desafio para nossos jornalistas aprendizes. Ainda treinar o olhar para encontrar novas e boas matérias, mas dessa vez sem limites ou restrições de temas.

É o segundo ABRA deste semestre, e este, seguindo o anterior, também teve um prazo curto para ser pro-duzido. Isso de fato dá uma impressão de realidade. A escolha da pauta, a apuração bem feita, o texto bem estruturado e o deadline que se aproxima.

Nessa correria toda, e foi mesmo, tivemos a opor-tunidade, mesmo não querendo, de termos que lidar com os imprevistos. A pauta que caiu, o entrevistado que sumiu ou não quis falar, as alterações na pro-posta original de pauta. Enfim, exercitamos a nossa flexibilidade. E esta é uma qualidade que, inegavel-mente, precisamos desenvolver. Nossa vida profis-sional talvez não seja um mar de rosas, ou nossas tarefas nem sempre serão as que mais nos agradam. Mas não há nada que nos desanime se amarmos o que fazemos. E tendo uma pitada daquilo que nos espera lá fora, com a experiência do ABRA começamos a entender um pouco melhor como as coisas funcionam. Sempre com um gostinho de quero mais.

ErrataNa 12ª impressão do Abra foram publicados dois nomes errados. A

matéria “40 anos depois do maio francês”, na página 4, foi produzida pela acadêmica Flávia Alli. Na página 7, a matéria “Um cachorro quente, por favor” foi desenvolvida pelo acadêmico Fabiano Oliveira.

Por uma infância melhorA organização não-governamental (ONG)

Infância-ação proporciona a integração de crianças carentes no convívio social santa-

mariense. Foi criada por alunos da Universidade Fede-ral de Santa Maria (UFSM). Esses estudantes dedicam parte de suas vidas, de maneira voluntária, à construção de uma infância melhor e mais alegre para diversas cri-anças.

O Projeto Fazendo Rir é desenvolvido na ala pediátrica do HUSM, onde, nos finais de semana, são desenvolvidas brincadeiras para as crianças internadas. Também preocupados com a saúde bucal da criançada, existe o Projeto Escova-ação, que atende às escolas carentes com a ajuda de estudantes de Odontologia do Centro Universitário Fransiscano (Unifra). A iniciativa garante conscientização de crianças e pais para o cuida-do com a higiene bucal infantil, mostrando qual o uso correto do fio dental e como a escovação deve ser feita. São doados materiais e há a indicação da alimentação ideal para evitar cáries.

Outro projeto da ONG, em uma parceria com a Pas-toral da Criança, que cede o espaço para a realização do projeto, leva brincadeiras a mais de 100 crianças enquanto suas mães recebem orientações. Esse projeto leva o nome de Turma do Chiquinho.

Já o Projeto Clubinho de línguas, realizado em parce-

ria com a escola de idiomas Challenger Brasil, doará o material didático usado e proporcionará o ensino de línguas para crianças de até 13 anos, freqüentadoras de instituições como Aldeia SOS, Recanto da Esperança e a Escola Municipal de Ensino Fundamental Fontoura Ilha. Esse projeto teve início em maio deste ano e terá a duração de um semestre.

Existe também o Projeto Materializando, que tem como meta integrar a participação da sociedade com escolas e instituições, melhorar as condições de insti-tuições de ensino cadastradas na Ong, como a escola Municipal Borges de Medeiros e a escolinha Padre Or-lando. O Projeto Integrar, ainda em estruturação, visará um maior conhecimento dos voluntários sobre as insti-tuições a serem ajudadas.

A ONG já esteve atuando em diversos locais da ci-dade, como praça Saldanha Marinho, Shopping Monet, show da Ivete Sangalo, quando manteve uma tenda para venda de produtos que levam o nome da instituição, adesivos, canetas e squeeze (garrafinhas para água).

A Infância-ação conta com parceiros na cidade como Lojão Total, Avênida Tênis Clube, Challenger Brasil. Para participar ou conhecer os trabalhos da Ong basta acessar www.onginfancia.org/ ou a comunidade Infância-Ação, no Orkut.

Por Juliana Faria e Denise Rissi

Equipe de voluntários da ONG (foto ao lado) também é responsável por atendimentos a comunidades (foto acima)

Reprodução site oficial

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Segundo a Fe-de-ração Internac-ional da Indústria

Fonográfica (IFPI), os países que merecem pri-oridade nas campanhas anti-pirataria, tanto de unidades físicas quanto de downloads ilegais, através da internet são: Brasil, Espanha, China, Índia, Indonésia, Méxi-co, Paquistão, Paraguai, Rússia e Ucrânia. Com-prar um CD pirata ou baixar músicas da in-ternet pode até parecer vantajoso, mas dados da Associação Bra-sileira de Produtores de Disco (ABPD) apontam que, para cada nova barraca de camelô nas ruas, seis empregos formais são perdidos. A tolerância ao crime de pirataria é um dos maiores problemas da indústria fonográfica do Brasil e é difícil de combater já que faz bem ao bolso do consumidor.

As gravadoras Sony e BMG uniram-se para com-bater a crise da indústria fonográfica, enquanto a EMI e a Virgin estão por fechar as portas. Para combater a pirataria algumas bandas abusam da criatividade e do marketing, como os músicos da The White Stripes, que lançaram seu trabalho em formato MP3 em um pen drive personalizado (foto acima), com a intenção de fazer os fãs pensarem duas vezes antes de adquirir um produto pirata ou fazerem pela internet.

Outros artistas famosos há mais de 20 anos como Madonna e Janet Jackson estão mais à frente de seu tempo, ambas assinaram um contrato com a Live Na-tion (promotora e nova gigante da indústria musical). Tudo indica que o futuro da indústria fonográfica é pro-mover a sinergia entre música, internet, televisão e ci-nema. O interessante agora não é mais ter um contrato assinado com uma gravadora de grande porte, mas sim, ter um contrato com uma empresa de mídia.

Em Santa Maria existem poucas lojas de produtos fonográficos que ainda se mantém, como a Multisom, que faz parte de uma rede de 80 lojas em todo o Brasil e possui três estabelecimentos na cidade. As opções da loja impressionam devido a sua variedade e preço, pois há desde clássicos do rock como The Rolling Stones até o POP/R&B de Jennifer Lopez. Os preços também variam, com CDs a partir de R$6,00, preço semelhante ao dos produtos piratas.

Longe da aldeia criada pelo escritor Gabriel García Márquez e apresentada no livro Cem Anos de Solidão, o Macondo santa-mariense

fica na Rua Serafim Valandro, 643. Ao contrário do lu-gar solitário mostrado no livro, o bar é ponto de encon-tro para diversas identidades da cidade. Assim como a obra do autor colombiano, considerada um marco para a literatura latino-americana, o bar se tornou um divi-sor de águas para a cena cultural santa-mariense.

Do realismo fantástico criado por Gabo, como é conhecido García Márquez, surgiu a cidade que serviu de inspiração para dar nome à idéia. De um projeto dos amigos Fernando Budini, Atílio Correa e Jeferson Egelmann nasceu o espaço que faltava para um público carente de alternativas na cidade. No dia 17 de março de 2005, na Rua Floriano Peixoto, nascia o Macondo Lugar. O bar mudou de endereço devido à venda da casa onde funcionava antes. Com uma proposta volta-da para a cultura, o bar é conhecido nacionalmente no meio independente. No local, também são realizadas festas onde a renda é repassada para iniciativas cultu-rais como peças de teatro e exposições artísticas. Além se ser ponto de referência para bandas locais, pelo palco da “casa verde” da Valandro já passaram bandas reconhecidas na cena independente como Vanguard e Zeferina Bomba.

Para quem busca espaço como a banda Retropro-jetores, faltam iniciativas desse tipo em Santa Maria. Formada em 2006, com covers de bandas como Strokes e Beatles, os amigos Marcelo Figueiredo, Tiago Rodri-gues, Daniel Amaral, Guilherme Neu e Jean Senna já estão com trabalho próprio. “Se não fossem bares

Bar abre portas para culturacomo o Macondo Lugar, Bunker e a boate do DCE, não haveria espaço para quem está começando”, afirma o baterista Marcelo.

Diferente da banda Retroprojetores, o Murruga Trio que trabalha com músicas no formato acústico, eco-nomiza nos ensaios que custam em média R$ 10,00 a hora nos estúdios santa-marienses. O projeto começou sua atividade por brincadeira pelos amigos João Mur-ruga, Letícia Seca e Roberto Nóia. O trio, fazendo uso de violão e percussão, toca um reggae com letras críti-cas, uma das características do ritmo jamaicano. “A música A Semente e a Flor faz uma homenagem aos amigos que sempre estão apoiando nos shows”, revela João. Além do trabalho autoral, os músicos trazem no seu repertório canções de bandas como Natiruts. Além disso, fazem releituras de artistas como Seu Jorge e Zeca Baleiro.

Por Patric Chagas e Bruno Garrido

Com poucas opções, artistas valorizam iniciativa de proprietários que abrem espaço para quem deseja mostrar seu trabalho

Macondo LugarEndereço: Serafim Valandro, 643Site: www.macondolugar.com.brTelefone: 30254809

BunkerEndereço: Floriano Peixoto, 1592Site: www.obunker.com

Boate do DCEEndereço: Professor Braga, 79

para saber mais

Internet e pirataria mudam o mundo

da música

Por Bruno Barichello

JUNHo 2008Gabriela Perufo

Reprodução site da banca

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Hoje, a Unifra oferece cursos de graduação, pós-graduação, extensão e técnicos. Busca-mos algumas opiniões, neste Abra, sobre o

que os alunos pensam sobre a qualidade de ensino na instituição.

No geral, os alunos gostam dos professores, notam interesse pelo menos na grande maioria e acham que o incentivo à pesquisa e materiais adi-cionais oferecidos excelentes.

Quanto à qualidade de ensino, todos entre-vistados falaram que pode concorrer com outras universidades e até ter alunos mais qualificados. As respostas indicaram que a Unifra oferece o suporte necessário para a formação dos alunos.

Os estudantes e o ensino

Por Marcelo Figueiredo

Há menos de um mês para a formatura, estu-dantes universitários se preparam para receber o diploma. Junto com a ansiedade, vem a preo-

cupação com o Trabalho Final de Graduação (TFG).A estudante de farmácia da UFSM Karine de Bona

conta que, apesar de cinco anos de faculdade, sente que precisa aprender mais. “Não basta só a formatura para se tornar uma grande profissional, é preciso descobrir coisas novas e aperfeiçoar as técnicas, só assim me sentirei preparada para atuar no mercado de trabalho”. A universitária conta que há meses se prepara para a apresentação do seu trabalho de conclusão de curso.

Para Samuel Pretto, acadêmico do curso de Jorna-lismo da Unifra, a sensação de estar na reta final é mui-to boa. “Estou muito confiante, pois ao longo dos anos adquiri um ótimo nível de instrução acadêmica, isso fez com que eu chegasse fortalecido para encarar a reta final da graduação”.

Além de ter facilidade para se comunicar, ele conta que desde pequeno gostava de ouvir as narrações fute-bolísticas, tanto na rádio como na TV. Fato que facilitou a escolha do tema do seu TFG. O estudante irá analisar as estratégias discursivas utilizadas pelo locutor Pedro Ernesto Denardin nas aberturas das jornadas esportivas da Rádio Gaúcha. “Pretendo analisar as estratégias que ele usa para cativar os ouvintes, também busco enten-der se ele é um locutor que usa termos regionais para atingir os ouvintes”.

Para Samuel, cada vez mais o mercado de trabalho ganha bons profissionais. “Tem muitos jovens saindo das universidades. Eles adquirem maior capacitação para atuar nas diversas frentes de trabalho”, justifica o universitário.

Na reta final

Por Aline Lima

A maioria dos jovens enfrenta um dilema na hora de escolher uma profissão. Muitas vezes nem param para pensar no que querem para sua vida

e com isso acabam fazem escolhas nem sempre bem pensadas, baseadas em exemplos de pessoas da própria família ou de conhecidos.

Desse modo, muitas vezes optam pela faculdade errada, acabam desistindo ainda no primeiro semestre por que não sabem nem do que se trata o curso.

Mas hoje em dia os jovens contam com várias ma-neiras de conhecer mais a fundo a área profissional em que vão atuar. A busca de informações mais precisas, por meio de visitas às instituições de ensino, empresas e até mesmo testes vocacionais podem contribuir para garantir a escolha certa.

Segundo alunos de um cursinho pré-vestibular de Santa Maria, a escolha de uma profissão muitas vezes é complicada, pois na maioria dos casos a família ainda tem o poder de influenciá-los. O estudante Marcelo da Costa Carneiro afirma: “estou indeciso e a pressão da família ainda piora a situação”. Além disso, os jovens acabam tendo pouco tempo para decidir, pois no ensino médio a maioria parece nem pensar sobre o assunto.

Mas com o passar do tempo, os alunos per-cebem que realmente vale a pena deixar de sair para as festas para estudar, pesquisar os campos de trabalho, as possibilidades, os aspectos positivos e negativos que cada profissão oferece.

Incerteza do futuro

Por Vanessa Ferrari

Asocialização do ser humano por meio da arte é uma das principais preocupações da Escola Estadual de Ensino Fundamental General Edson

Figueiredo, em Santa Maria. A escola procura mostrar através da arte, que todos os alunos são especiais, cada um com seus sonhos e suas limitações.

A instituição incentiva os alunos a praticarem dança, teatro, desenho, através de uma feira cultural onde são apresentados os trabalhos. Também participam do fes-tival Santa Maria em Dança, onde conquistaram o pri-meiro lugar em 2007.

Segundo o professor de Educação Artística, Luis Carlos Assumpção, quanto mais as crianças têm con-tato com a arte, mais sensíveis elas se tornam, mais elas aprendem a expressar seus sentimentos, o que é ótimo para a formação completa de cada aluno. Pois assim, o

Artistas de um mundo melhorprofessor têm a oportunidade de conhecer o aluno, e trabalhar voltado para o aspecto que ele demostra mais interesse.

A união dessas duas vertentes, arte e educação, ga-rantem a prática verdadeira do que é declarado na Lei de Diretrizes e Bases Educação Nacional: “Respeitar, valorizar e garantir ao educando uma formação com-pleta de conteúdos práticos em sua existência”. Essa prática é exigida pela 8° Coordenadoria Regional de Educação de Santa Maria, que dispõe de um departa-mente específico de Arte, para que seja realizado em todas as escolas públicas, um bom trabalho, e que as salas de aulas passem a formar cidadão mais cons-cientes e preocupados com seu semelhantes.

Por Gilkiane Cargnelutti de Mello

“Professores com vontade de mostrar serviço, com receios de serem mal vistos pelos alunos, com interesse numa boa formação dos acadêmicos, com defeitos e qualidades, facilidades e dificuldades. Pessoas abertas a críticas e opiniões.”

Bruna Fialho, 4º semestre, Administração

“A estrutura da Unifra em relação ao meu curso eu acho boa, professores bons. Não sei em relação a outras universidades particulares ou federais, mas eu acredito que pode sim, qualificar qualquer pessoa a ser um bom profissional.”

Carlos Alves dos Santos, 2º semestre, Sistemas de Informações

“A Unifra é muito bem equipada e qualificada. No caso do meu curso, a instituição nos disponibiliza todos os equipamentos necessários para os diversos estudos. Quem sabe até seja, em parâmetros de qualidade de ensino e preocupação com o aluno, melhor que uma universidade federal.”

Bruna Salamoni Sinhori, 3º semestre, Arquitetura e Urbanismo

O que dizem

4 abra 13ª impressãO

JuNHO 2008

Gabriela Perufo

Page 5: Jornal ABRA - 13ª edição

Todos são iguaisColégios e faculdades estão cada vez mais preparados

para acolher alunos portadores de necessidades especiais.No Instituto Metodista Centenário, existem três casos

de inclusão no processo educativo. Os profissionais são preparados para entender a situação do aluno e existe um acompanhamento psicológico e com a orientadora educa-cional Mirsa Marli Scherer, que trabalha com a turma e o portador de necessidade.

Esses alunos especiais são avaliados como todos os ou-tros. “Todos são diferentes, mas todos fazem parte de um mesmo grupo”, relata a coordenadora pedagógica Adriana do Nascimento Silva. Por Caroline Rocha e Juliana Bolzan

O Campus II da Unifra está cercado pela tentação. Em torno ao prédio estão situados inúmeros bares em que o público é formado por

estudantes de diferentes cursos da instituição. Um deles é vulgarmente conhecido como Campus III, título dado como brincadeira pelos alunos, evidenciando a conexão entre a faculdade e o estabelecimento. São nesses bares que acontecem encontros e esquentas pré e pós-aula e que é tomada uma decisão que se reflete em uma atitude que se repete todos os dias em diferentes turnos, a de faltar aula. O que se pode ver é um movimento considerável nesses estabelecimentos nos horários das aulas.

A estudante de jornalismo Carla Marques, 24 anos, não é freqüentadora do bar, mas conta que seu namorado, que estuda pela manhã, seguidamente comenta ter deixado de assistir uma ou outra aula para jogar sinuca com seus colegas. Andrez Dorneles Granez diz que é necessário ter responsabilidade para não tornar o bar um inimigo das notas e ainda frisa que a faculdade é cara e esse dinheiro não deve ser desperdiçado. Segundo o aluno, o lazer deve vir antes ou depois, mas não no horário das aulas.

Há, por outro lado, tantas histórias, pessoas que se conheceram e amizades que se desenvolveram graças à existência desses locais. Eles unem indivíduos e proporcionam lazer ao pessoal, o que é necessário para aliviar as tensões do cotidiano. O segredo é regular diversão e estudo para garantir uma vida saudável e promissora.

Por Tiago Pascotini Sackis

Quando o estudo fica entre copos

e cadernosNas instituições de ensino superior, como é o caso do

Centro Universitário Franciscano (UNIFRA), existem seis casos de alunos portadores de necessidades especiais. A de-ficiência visual, por exemplo, não foi obstáculo para uma ex-aluna que se formou em pedagogia, em 2007.

Existem também escolas especializadas no tratamento desses alunos, como a Escola Antônio Francisco Lisboa, onde eles participam de oficinas e grupos de convivências. Dentro da entidade, os portadores de deficiência estão in-cluídos dentro do próprio ciclo, onde dançam, namoram, conversam e aprendem tudo como todos.

Desde o dia 19 de maio, a TV Unifra entrou no ar no canal 15 da Net. Isso foi possível através da lei do cabo, que dá direito à veiculação de programação feita por instituições universitárias que possuam o curso de Comunicação Social. A tradicional ocupante do canal, a TV Campus, da UFSM, passou a dividir o espaço, cedendo duas horas de transmissão para a programação da Unifra.

A grade horária atual é considerada experimental para o recém formado Conselho da TV. O papel do conselho é definir o perfil da programação e para qual público alvo ela irá se dirigir. A partir do mês de agosto, a grade passará por uma reestruturação. Serão incorporados programas novos e alguns terão horário reduzido.

Um diferencial da TV Unifra é a diversidade de sua programação. Houve um cuidado especial para que houvesse equilíbrio. Não só entretenimento, tampouco apenas programas de cunho institucional. Para atender a essa diversidade de programação, a participação dos alunos foi fundamental. Na opinião da professora Caroline Brum, coordenadora do Núcleo de Audiovisual da Publicidade e Propaganda, a TV Unifra está no ar graças aos alunos, pois o curso não possui estrutura de professores e técnicos suficientes para produzir uma programação inteira sem a participação dos alunos.

Dentre esses programas produzidos pelo curso de Jorna-lismo, e que contam com produção integral dos alunos, des-tacam-se nomes como Calça Frouxa, Studio Rock e Espor-tiva. Cada programa tem conteúdo e linguagens diferentes, e nenhum com a cara “quadrada” de um canal universitário tradicional, como comenta o aluno Rodrigo Simões, que apre-senta o programa Studio Rock.

A produção do programa dá liberdade total para criar o cenário, as entrevistas, a linguagem usada, comenta a pro-fessora Caroline Brum. A acadêmica Renuska Celidonio,

apresentadora do Studio Rock e diretora do Calça Frouxa, considera que a TV traz programas inovadores para um ca-nal universitário.

A troca de conhecimentos entre a equipe técnica e os alunos é o que enriquece a aprendizagem. O acadêmico Fab-rício Carbonell ressalta o quanto tem aprendido com a expe-riência em trabalhar no Calça Frouxa. O cinegrafista Paulo Roberto Sangoi, da equipe técnica, sente-se gratificado em poder passar para os alunos a experiência acumulada em 20 anos de profissão.

Toda a equipe que a integra a recém criada TV Unifra reconhece que ainda há muito que melhorar, mas se orgulha de fazer parte de um projeto diferenciado e inovador. A TV é um solo novo e fértil para uma programação de televisão universitária de qualidade.

Por Igor Müller

Os músicos e suas bandas estão na mira do Studio Rock

Quarteto masculino comanda as discussões no Calça FrouxaEsportiva é uma das produções elaboradas pelos acadêmicos

Mirsa Marli Scherer (à esquerda) orienta o

processo de inclusão no Instituto Metodista Centenário. Para a co-ordenadora pedagógica Adriana do Nascimento Silva (à direita), o tra-

balho permite o convívio com as diferenças

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JUNHo 2008

Programação em busca de qualidade na TV universitária

Gabriela Perufo

Bibiane M

oreira

Beatrice W

itt

Page 6: Jornal ABRA - 13ª edição

6 abra 13ª impressão

JUNHo 2008

para saber mais

Por Carine Jorgens Horstmann e

Gabriela Kieling

Campanha anti-tabaco gera polêmica entre jovens

O cigarro é a segunda droga mais consumida

entre os jovens. 90% deles começam a fumar antes dos 18 anos, o que tornou o tabagismo uma doença que preocupa os pediatras. Em resposta a isso, o ministro da Saúde, José Gomes Temporão, e o diretor-geral do Instituo Nacional de Câncer, Luis Antonio Santini, apre-sentaram no final do mês passado as novas ima-gens para as embalagens de cigarro de 2009. As imagens foram mostra-das a jovens e as que causaram maior impacto foram selecionadas para integrar a nova propa-ganda anti-tabagista. A nova forma de abor-dagem ao combate do fumo causou polêmica, muitos concordaram e outros acharam exagero, independente de possuírem o vício.

Segundo o psicólogo Felipe Schroeder, as ima-gens são fortes, mas a tendência é que a longo prazo o impacto diminua. “O impacto é subjetivo, depende da identificação do jovem com as figuras. Talvez uma em especí-fico o incomode por asso-ciar a alguma experiência ou medo. Pode também surtir efeito contrário. Podem repugnar os novos rótulos e fazer de conta que não existem”, diz Schroeder. O psicó-logo explica que, entre os homens, fumar simboliza poder, força, porque o cigarro representa um risco que ele corre, no entanto, acha que tem domínio sobre o produto.

O estudante de Publi-cidade Danilo Teles, de 23 anos, não fuma e con-corda com a propaganda. “As pessoas devem ter consciência que fumar

Segundo o Instituto Nacional de Câncer (Inca), o tabagismo responde atualmente por 45% de todas as mortes por câncer.

50% dos que experimentam cigarro tornam-se fumantes na vida adulta.

O total de mortes anuais é de 4,9 milhões de pessoas, o que corresponde a mais de 10 mil mortes por dia.

O Brasil é um líder global no controle do taba-gismo com sucesso nessa área, como no trata-mento gratuito de fumantes.

A equoterapia é uma atividade em que pes-soas com necessidades especiais intera-gem com cavalos. Profissionais das áreas

de saúde e educação a indicam como tratamento complementar de doenças físicas e mentais. Em Santa Maria, a Universidade Federal de Santa Maria (UFSM) possui o Núcleo de Apoio e Estu-dos da Educação Física Adaptada, um setor espe-cífico que trabalha com pesquisas nessa área.

Os praticantes da equoterapia são, em sua maio-ria, crianças portadoras de síndrome de Down, pa-ralisia infantil, problemas mentais e hiperatividade. Pessoas muito agitadas ou deprimidas também podem ter indicação para a atividade. Os par-ticipantes devem ser conduzidos por um médico e todo o processo requer uma equipe de terapeutas, formada por médicos, fonoaudiólogos, psicólo-gos, fisioterapeutas e profissionais da área de edu-cação física e educação especial. Especialistas em trato com cavalos também fazem parte do trabalho.

O orientador em equitação do projeto de equo-terapia da UFSM Jorge Raimundo Ferrari de Abreu lembra que é importante a harmonia em grupo. “Todos trabalham para que uma pessoa melhore sua qualidade de vida. É interessante salientar as melhorias físicas, como aumento do tônus muscu-lar, e psicológicas, pelo envolvimento emocional do praticante com o cavalo e com as pessoas”, diz Abreu. “O cavalo é o mediador entre o terapeuta e a criança, não é um instrumento”, lembra ainda.

Segundo Abreu, na UFSM, há pesquisas em anda-mento sobre a equoterapia que são difundidas em congressos nacionais e internacionais. O coordena-dor de pesquisas, professor Fernando Copetti, é membro do Conselho Mundial de Equoterapia e leva o nome da universidade para vários países. Os profissionais trabalham em conjunto para trazer melhorias a pessoas com necessidades especiais.

A atividade de equoterapia é realizada no centro de eventos da UFSM e na Brigada Mili-tar de Santa Maria e, a cada semestre, cerca de 15 pessoas são encaminhadas para a prática.

Além da terapia, além dos cavalos

Outros animais são usados de forma terapêu-tica. Além da terapia, estudos comprovam que o convívio diário com animais traz benefícios para a saúde humana.Segundo pesquisadores, crianças expostas a animais tendem a desenvolver menos doen-ças respiratórias. Também as crianças autis-tas têm melhor contato com mundo externo a partir da relação com animais.Mas não são apenas as crianças que são privilegiadas, pessoas depressivas ou com problemas cardíacos têm uma significativa melhora clínica, pois a interação homem-ani-mal costuma diminuir o estresse mental que está intimamente ligado as duas doenças.

Equoterapia:vitória em equipe

Por Marta Bonow e Rafael Krambeck

prejudica. Muitas pessoas associam o cigarro à festa, porém quem gosta de fumar não vai parar por ver uma imagem”, diz Teles. A estudante do curso de Arquitetura Thesse Ludu-vico, 22 anos, fuma e também é a favor da cam-panha. Diz que as pessoas começam a fumar muito cedo como se fosse uma brincadeira e quando per-cebem já estão viciados. “As pessoas não pensam muito nas conseqüên-cias porque elas vêem no decorrer do tempo”, diz.

Outras pessoas acham o conteúdo apelativo, mas o oncologista Everaldo

Hertz afirma que as ima-gens de fato correspon-dem com a realidade. “É muito triste ver a pessoa no fim da linha, acham que devem se sentir, então, usados pelo mer-cado tabagista. A indús-tria associa o cigarro a um calmante aos problemas do cotidiano”, acredita. Segundo o médico, a prin-cipal substância que vicia é a nicotina, que chega ao cérebro em menos de nove segundos e dá sen-sação de relaxamento.

Na adolescência há um alto índice de meninas que fumam. Isso, segundo Hertz, acontece porque as

meninas amadurem mais rápido que os meninos e sofrem pressão e desafios psicológicos antes e, em vez de procurarem ativi-dades saudáveis como esportes e terapias ocu-pacionais, optam pelo cigarro. “O cigarro está pegando as pessoas pela emoção. É preciso mostrar como o tabaco engana. Ele dá um alívio imediato e, mais tarde, ele dá uma apunhalada pela costas, tirando a saúde física e mental”, diz o oncologista.

Imagens escolhidas pelo Ministério da Saúde têm o obje-

tivo de chamar a atenção quanto aos

principais malefí-cios do cigarro

www.agenciacentralsul.orgAcesse

Cenas chocantes procuram afugentar os jovens do vício

Page 7: Jornal ABRA - 13ª edição

JUNHO 2008

Eucaliptos completa 73 anos

Amistoso entre Riograndense e Internacional, transmissão da Rádio Difusora de Porto Alegre, grande público e bola do jogo lançada ao campo de avião. Assim foi marcada a inauguração do estádio dos Eucaliptos no dia 14 de julho

de 1935. Palco de grandes lutas e vitórias, destino de amigos e famílias ávidas por lazer de

fim de semana, o clube da Rua Pedro Gauer, como era chamado, tornou-se paixão de muitos santa-marienses. “Ontem, hoje e sempre, para ti vamos torcer. Na vitória ou na derrota, Riograndense até morrer”, diz o hino do clube que o escrivão judicial, José Vicentini torce desde que veio para a cidade, há 10 anos. “Tenho orgulho de ser periquito.

O Riograndense é um dos clubes mais antigos do Rio Grande do Sul”, ressalta. Sempre que pode, Vicentini vai até o estádio prestigiar o time e se emociona ao ver a garra dos jogadores.

Para Gilberto Carvalho Filho, atual conselheiro e advogado jurídico do clube, os últimos anos foram produtivos. Ele elogia a dedicação da presidente Norma Rolim e dos demais departamentos do clube. Carvalho Filho conta que tem uma longa jor-nada ao lado time da cidade. No ano de 1979, recém-formado em educação física, foi treinador do periquito, e a frente da equipe enfrentou grandes clubes como o Grêmio e o Internacional, de Porto Alegre e o Guarani, de Bagé.

O Riograndense Futebol Clube criado em 1912 pela força ferroviária em conjunto com a Casa de Saúde, o Colégio de Artes e Ofícios, a Vila Belga, a Cooperativa e a Associação dos ferroviários. O clube tornou-se um dos símbolos do progresso e desenvolvimento da cidade naquela época.

Estratégias para aquecer este invernoO inverno está chegando e com ele vêm à preguiça.

As pessoas ficam mais caseiras, sem vontade de sair para rua. Para impedir que a estação desanime

seu associados, clubes da cidade proporcionam várias atividades para esquentar a estação mais fria do ano.

O Clube Dores (na foto ao lado) oferece sauna, piscina térmica e atividades físicas como jump, axé, judô, mus-culação, entre outras atividades esportivas. O associado Rafael Freire Cardoso, militar de 27 anos, freqüenta o clube há dois anos. Ele pratica natação e musculação para manter a forma, e também por motivos profissionais.

Felipe Saraiva, estudante e estagiário de 16 anos, usa a academia do clube toda a semana. “Venho malhar para estar mais bem prepa-rado fisicamente para a chegada do verão”, diz.

O clube Avenida Tênis Clube (ATC) disponibi-liza aos seus associados diversas atividades, entre algumas delas yoga, alongamento, jump, axé, sauna, boxé, tênis, futebol e basquete. O sócio Gabriel Genro, estudante de onze anos, luta judô e joga tênis há cinco meses e afirmou que adora jogar com os amigos e que o frio não atrapalha essa rotina.

A professora estagiária de tênis Bruna Martins, 18 anos, ressalta: “A freqüência dos alunos é a mesma tanto no verão como no inverno. A paixão pelo esporte é tanta, que até em dias de chuva os alunos não deixam de ir ao clube, mesmo que seja para jogar ping-pong”.

Petshops ganham força

Você sabia que o mercado que mais cresce no Brasil é o mercado de petshops, lojas especializadas na venda de produtos para animais? Sabia também que 99% é a precisão com que os cães treinados con-

seguem identificar pelo hálito de uma pessoa se ela tem câncer de pulmão, segundo pesquisadores? E o diagnóstico é mais confiável que exames de raio x.

Pode parecer engraçado, mas a cada dia que passa nos deparamos com situações onde percebemos que realmente o cão é o melhor amigo do homem.

Em Santa Maria, o mercado de petshops cresce gradativamente. Já existem cerca de 15 pets na cidade. Eliana Resende, proprietária de um estabelecimento, e Lúcia Maria, médica veterinária, dividem a opinião de que este tipo de comércio cresce de acordo com a necessidade de que as pessoas têm de ter um animal de estimação.

“Os animais também tem o direito de poder escolher sua roupa e sua comida, o público vem crescendo ainda mais, mas a pena maior é que ainda existem pessoas que não se importam com isto, praticando assim o abandono e deixando também animais soltos sujeitos a serem mortos e também à proliferação”, conta Maria de Lourdes, cliente de petshop.

Para evitar este tipo de dano, existem campanhas de castrações para animais de rua ou até mesmo pessoas menos favorecidas que gostariam de participar e castrar seu bichinho. Algumas clínicas veterinárias reúnem-se para realizar a campanha, que geralmente acontece de agosto a setembro de cada ano.

Por Renata Araujo Ceratti e Raquel Acosta

Por Giulianna BelmontePor Monique Abade

Divulgação

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Page 8: Jornal ABRA - 13ª edição

JUNHO / 2008

Jornal Experimental do Curso deComunicação Social - Jornalismo - UNIFRA

13ª Impressão

Flagrantes da Feira 2008

O tema do debate era a educação e, para tratá-lo, a Cia Sorriso com Arte optou por mostrar as crianças, futuro do

Brasil. A apresentação da abertura do Fórum Mundial de Educação, ocorrido em maio, no Centro Desportivo Municipal, juntou a magia do circo com o teatro e formou um espetáculo lúdico e colorido, que encantou o público e ficará na lembrança no cenário cultural santa-mariense.

A companhia foi criada em 2002 e faz parte do Colégio Coração de Maria. Lá se pratica a arte circense, dança e teatro, com malabares, perna-de-pau, argola, cubo e tecido. A com-panhia já conquistou o 1º lugar no Festival Latino-americano de Dança no Chile, 1º e 2º lugares no Festival de Dança Infantil em Florianópolis.

O grupo teve um mês de ensaios para que o espetáculo do Fórum ficasse impecável. O processo de criação foi pensado para que fosse o mais lúdico possível. “Eram crianças,

por isso pensei em fazer algo bem lúdico e alegre”, diz Karine Pissutti, responsável pela companhia, formada em dança pela Unicruz.

“Pessoas apreensivas e curiosas para nos verem. Mostraram respeito e admiração antes mesmo de entrarmos no palco e após a apre-sentação nos parabenizaram”, comentou Alan Balbinot, 19 anos, integrante do grupo desde começo deste ano. Ele entrou na Cia Sorriso com Arte por indicação de um amigo e por já ter praticado acrobacias.

Há sete anos, Karine Pissuti trabalha com o grupo que é formado por alunos da escola e também por pessoas da comunidade. Os integrantes são selecionados através de turmas preparatórias. Segundo os artistas, os pré-requisitos para entrar na companhia são só ter força de vontade e não ter medo do desafio.

Acrobacias e magia para a educação

Texto: Carolina Moro da SilvaFotos: Estela Fonseca

Elementos do teatro e da dança estão presentes no espetáculo