jornal a voz do povo - 02 de fevereiro de 2013 - edição 11

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A VOZ 6 Sábado 02 de Fevereiro de 2013 www.avozdopovobp.com Tiragem Sul Fluminense 5.000 exemplares R$1,00 - Edição nº 11 - Ano I - Semanal [email protected] DO POVO Este é o sexto dos seus dez selos para concorrer a um netbook novinho. Regulamento na pág 02 Familiares de Dr. Júnior e de dois vereadores ganham ‘boquinhas’ na prefeitura; Pedrinho ADL joga casos ‘no ventilador’ Desempregados quase piram com estatísticas que apontam aumento de 2% na oferta de trabalho em BP #FAIL PÁGINA 10 NEPOTISMO PÁGINA 03 Após tragédia gaúcha, fiscalização em boates é intensifi cada; Plano B Hall fecha as portas BELEZA PÁGINA 11 Público LGBT ‘colore’ o Centro de BP em evento que reuniu cerca de 10 mil pessoas TRANSPORTE PÁGINA 05 Prefeito autoriza reajuste do preço da passagem ESSA É TOP! Sérgio Saraiva (Bella da Semana) É DIA DE PARADA, BEBÊ! PÁGINAS 06 E 07 MEDO DO PERIGO PÁGINA 08 Usuários ‘sobem nas tamancas’ com tarifa de R$ 2,80 em ônibus municipais; medida desencadeia onda protestos pela cidade Divulgação (Frank Tavares) Reprodução/Facebook Reprodução/Internet

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11ª edição do semanário barrense A Voz do Povo

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Page 1: Jornal a Voz do Povo - 02 de Fevereiro de 2013 - edição 11

A VOZ 6Sábado

02 de Fevereiro de 2013

■ ■ ■ ■www.avozdopovobp.comTiragem Sul Fluminense 5.000 exemplaresR$1,00 - Edição nº 11 - Ano I - Semanal

[email protected] POVOEste é o sexto dos seus

dez selos para concorrer a um netbook novinho.

Regulamento na pág 02

Familiares de Dr. Júnior e de dois vereadores ganham ‘boquinhas’

na prefeitura; Pedrinho ADL joga casos ‘no ventilador’

Desempregados quase piram com estatísticas que apontam aumento de 2% na oferta de trabalho em BP

#FAIL PÁGINA 10 NEPOTISMO PÁGINA 03

Após tragédia gaúcha, fiscalização em boates é intensifi cada; Plano B Hall fecha as portas

BELEZA PÁGINA 11

Público LGBT ‘colore’ o Centro de BP em evento que reuniu cerca de 10 mil pessoas

TRANSPORTE PÁGINA 05

Prefeito autoriza reajuste do preço da passagem

ESSA É TOP!

Sérgio Saraiva (Bella da Semana)

É DIA DE PARADA, BEBÊ! PÁGINAS 06 E 07

MEDO DO PERIGO PÁGINA 08

A VOZDO POVO

PÁGINA 03

Usuários ‘sobem nas tamancas’ com tarifa de R$ 2,80 em ônibus municipais; medida desencadeia onda protestos pela cidadeDivulgação (Frank Tavares)

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Page 2: Jornal a Voz do Povo - 02 de Fevereiro de 2013 - edição 11

2. Sábado - 02 de Fevereiro de 2013 JUNTOS, FAZEMOS HISTÓRIA

www.avozdopovobp.comLEITOR

As opiniões e juízos expressados nas colunas deste semanário são de inteira responsabilidade de seus autores, não representando, em hipótese alguma, a opinião do jornal quanto aos assuntos abordados.

Expediente: CML de Paula Empreendimentos CNPJ: 17.150.485/0001-50 Editor-chefe: Felippe Carotta. Editor-gráfi co (paginação): Elías Moura Barbosa da Silva. Gestora Comercial: Soraia Soares. Redação (provisória): Rua Ana Nery, 126, sl 213, Centro. Barra do Piraí - RJ. Impressão: Gráfi ca Correio de Notícias

Casa:5qts,3bhs,2salões,copa,mesanino,-2coz,área laser,Gr-2car,ter mil mts² 300.000 fi nan-caixa,Ipiabas

Casa1: 3 qts , sala , coz , bh , gar ,varan, á. serv c/ 1qt , bh , casa 2 sl,cz, bh,qt, 300.000 fi nan- caixa Ipiabas

Casa:3 qts , sala , coz , bh , gar , despensa , quintal 110.000 avista Belvedere

Casa: 3 qts ,sala , suite , coz- ,varan , gar , quinta c/ pomar 350.000 fi nan-cai-xa Conservatória

Casa: 3qts, sala ,coz , bh,gar , varan , quin-tal 220.000 fi nan-caixa California

Casa: 3 qts , sala ,coz , bh , copa , varanda quintal 80.000 fi nan-caixa Asilo

Casa:2pav-4qts,2suites 1c/hidro,2sls,á-rea serv,gar,área laser 470.000-fi -nan-caixa of-velha

Casa:2 pav:, 2 qts c/ sacada , sl coz , bh área de serviço e varan , area de la-ser c/ churr , piscina e lago c/ peixe 350.000 fi nan-caixa Ipiabas

Casa: 3qts,sl,coz copa ,bh, área de lavan-varan 230.000 fi nan-caixa centro , satanésia

Casa:3pav, 120.000,00 avista Quimica Casa 3 qts , sala , coz , 2 bhs , dispe-sa ,var c/ churras , terr, quintal , gar fi nan-caixa 150.000 Ipiabas

Casa: nova 2 pav: 3 qts , suites c/ hi-dro ,sala ,coz , copa , gar ,quintal 470.000 Ipiabas

Casa: 2 qts , sala,coz- , bh , + terreno 60.000 avista Quimica

Casas:

02 casas , 1ª gar, sl, 3 qts , bh , coz- , área de serviço, 2ª 2 qts , sl ,coz, bh 220.000,Caeira

Casa: 3 qts , sl ,coz , bh , varan , área de lazer e serviço ,350.000 avista , Vila Suiça

Casa:3 qts, sl ,coz , copa , bh , area de serv- , gar ,2 kitinetes fi na-caixa 200.000 Ipiabas

Casa:nova, 4 qts , 2 suiti ,sala ,coz , copa , bh área de serviço quintal 2mil² 320.000 Ipiabas

Casa: 2qts,sl cp,coz, bh,área serviço e ter-raço 100.000 avista Cristiano Otoni

Casa:2qts,sl,coz,2 bh, área se serviço fi -nan-caixa 200.000 Centro

Casa:2 qts,sl copa,coz-,bh 2 varan + terre-no 650m² 70.000 avista D.RibeiroCasa : 2 qts ,sl , bh , gar 65.000 avis-ta coimbra

Casa:3qts ,sl ,coz bh,var,área ser +ter 525m² 150.000 fi nan-caixa Califor-nia

Casa:1qto,1 suíte,bh,sl,coz,área de lazer 200.000 fi nan-caixa Ipiabas

Casa:1 qto , sala , coz ,bh 40.000 avista Morro do Gama

Casa:excelente ponto 370m² cons-trução 200.000 avista Rodovia 393 Apt:2qts,sl,coz,bh,á-serv,novo, 170.000 a vista Muqueca

Apt:3qts,sl,coz,copa,área de serviço 250.000 fi nan-caixa Santana

Apt:2qts,sl,coz,bh, terraço 140.,000

avista Assis Ribeiro

Apt:1 qt,sl,coz,bh e área de serviço 100.000 a vista Assis Ribeiro

Terreno:500m² 400.000 fi nan-caixa Mata-douro

Terreno: 420m², fi an- caixa 45.000 , Quimica

Terreno:40.000 avista Dr Mesquita

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Terreno:45.000 m² ,na pista 400.000 avista Conservatoria

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Galpão + terreno:2.140m² 500.000 avista Ofi cina velha

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Rua Governador Portela, 146- sala 6. | Tel: 2442-9222 / 9999-1086/3022-1773

CLASSIFICADOS

Um Netbook pra você!Depois de sortear dois

tablets, cujos ganhadores foram Leila Regina Bráz Batista, moradora do Ofi -cina Velha, e Rodolpho de Oliveira Thompson, da Muqueca, a VOZ quer te dar um Netbook novi-nho em folha. Bora saber como entrar nessa?!

Regulamento da promo-ção:

1) Para participar, basta colecionar os selos de 01 a 10, que serão publica-dos a partir desta edição. Ou seja, o leitor deverá adquirir os exemplares da VOZ durante dez semanas consecutivas para, então, participar do sorteio.

2) O décimo e último

selo será publicado na edição 16 do jornal, que chegará às bancas no dia 2 de março.

3) Conforme estabe-lecido na promoção dos tablets, o leitor que con-seguir juntar os dez selos promocionais deverá en-tregá-los diretamente na redação da VOZ, dentro de um envelope, devida-mente colados numa folha branca com identifi cação.

4) O sorteio será realiza-do na sexta-feira seguinte à publicação da edição 16, ou seja, no dia 8 de março. Já o nome do fe-lizardo que faturar o Ne-tbook será divulgado na edição 17 da VOZ, que chega às bancas em 9 de março (um dia depois do

sorteio).

Leia a VOZ, fi que bem informado e ainda tenha a chance de ganhar um super prêmio. Participe e junte seus selos promo-cionais!

Foram mais de cem car-tas recebidas e os primei-ros felizardos, ganhadores de um tablet cada, foram:

LEILA REGINA BRÁZ BATISTA - Ofi cinas Velhas

RODOLPHO DE OLIVEI-RA THOMPSON - Muque-ca

E as promoções se-guem, um netbook está na parada, junte os 10 selos, e boa sorte!

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Todos os comentários publicados nesta seção são extraídos das nossas pá-ginas na Internet. Frise-se que os comentários não representam a opinião do

jornal, sendo a responsabilidade do autor da mensagem.

II Parada da DiversidadePovo colorido! Gente feliz e que luta por seu ideal, quem dera que se todos colocassem

a cara a tapa como eles. Sou super a favor! Digo não a esse e a qualquer outro tipo de preconceito.

Andreza Januário, via Facebook

Reajuste do preço da passagemEu apoio [os protestos], é um absurdo. Esses dias, fui ao bairro Maracanã de ônibus,

e parecia que eu estava andando de carroça, o veículo estava uma nojeira. Com esse preço, deveriam dar melhores condições ao usuário. A gente não anda nada e paga um absurdo, enquanto em outras cidades anda-se muitos mais quilômetros por um preço menor.

Marco Antonio Raymundo, via Facebook

Na boa, podem falar o que quiserem, mas, a passagem vai aumentar e todo mundo vai continuar andando de ônibus, estando eles bons ou ruins, de cara feia ou não. Sem contar que em todo o Brasil a passagem sempre aumenta, todos os anos.

Fernando Venturelli, via Facebook

Vassouras - 24 2471 2032

Page 3: Jornal a Voz do Povo - 02 de Fevereiro de 2013 - edição 11

.3Sábado - 02 de Fevereiro de 2013 JUNTOS, FAZEMOS HISTÓRIA www.avozdopovobp.com PODER

PAÍS

O ministro da Previdência Social, Garibaldi Alves Filho, não descarta a possibilidade de o fim do fator previdenciário, ou outro tipo de mudança no cálcu-lo das aposentadorias, ficar para debate no Congresso durante o próximo governo. As informa-ções são da Agência Brasil.

Ele admitiu, na quarta-fei-ra, 30, que as discussões “esfriaram” e que há outros temas importantes na pauta do Congresso, como a votação dos royalties do petróleo, dos fundos de Participação dos Estados e dos Municípios e a cassação do mandato de de-putados condenados pelo Su-premo Tribunal Federal (STF). Ele acredita que essa pauta poderá impedir a análise de mudanças no cálculo das apo-sentadorias antes de 2015.

“Eu vou continuar lutando, e há projetos para isso, mas não tenho como impor a pau-ta. Eu compreendo que nem sempre se consegue as coisas facilmente. Nós vamos ficar no nosso lugar da fila esperando

que as coisas aconteça”, disse Garibaldi. De acordo com o mi-nistro, o governo não poderá aceitar o fim “puro e simples” do fator previdenciário. Segun-do ele, o ministério não tem di-nheiro para arcar com os custos de uma possível eliminação do redutor das aposentadorias.

Atualmente, a aposentadoria dos contribuintes do Instituto Na-cional do Seguro Social (INSS) é aprovada de acordo com a com-binação de dois critérios: idade mínima (65 anos para homens e 60 anos para mulheres; e 60 anos para homens e 55 anos para mulheres que trabalham no campo) e tempo de contribui-ção (35 anos para homens, 30 anos para mulheres).

Caso a aposentadoria seja feita antes ao cumprimento de algum dos dois critérios, o valor a ser recebido pelo tra-balhador é calculado de acor-do com uma fórmula – o fator previdenciário –, que leva em consideração o tempo de con-tribuição do trabalhador, a alí-quota paga, a expectativa de vida e a idade da pessoa no momento da aposentadoria.

Fim do fator previdenciário pode ser adiado

DENÚNCIA ■ Nedino desrespeita bancada do PR na indicação de cargos e ainda ‘nomeia’ o próprio irmão em secretaria

Fura olhoBARRA DO PIRAÍ

Durante a campanha do ano passado, era comum ver, principalmente nos co-mícios, o então candidato a vereador, Nedino Pereira de Carvalho, se irmanando aos demais membros de seu partido, o PR. Vieram as eleições, e Nedino con-seguiu uma vaga na Câma-ra Municipal, formando a bancada da sigla ao lado de outros dois parlamen-tares: Rafael Couto e José Luiz Brum, o Pastor Brum. Mas, hoje, tudo indica que o morador do distrito da Cali-fórnia se esqueceu de toda aquela união e de suas ba-ses partidárias.

Segundo denúncia apu-rada pela VOZ na tarde de quarta-feira, 30, ele teria “traído” o PR e indicado, sozinho, quem ocuparia os três cargos supostamente disponibilizados à legen-da pelo prefeito Maércio

de Almeida (PMDB). Tem mais. De acordo com os relatos de *Marcos, o autor da denúncia, Nedino ainda teria infringido a Lei do Ne-potismo, que, em âmbito municipal, é de autoria do vereador Pedro Fernando de Souza Alves, o Pedrinho ADL (PRB) – ele mesmo está denunciando outros casos, conforme reporta-gem publicada abaixo, gri-fo nosso.

“Ele indicou o próprio irmão, Neil de Carvalho, para assumir um cargo alto na Secretaria da Cali-fórnia, o que é completa-mente irregular”, afi rmou o denunciante. Portanto, Nedino pode ter cometido dois erros. Primeiro, des-respeitar a bancada do PR e as diretrizes partidárias, indicando, à revelia, três pessoas para ocupar va-gas no governo – isso sem qualquer discussão com os demais vereadores da

sigla, nem com lideranças republicanas, grifo nosso. E, segundo, ter um familiar nomeado no âmbito do po-der público municipal.

“As nomeações do Neil e dos outros que o Nedino in-dicou para a Secretaria da Califórnia constam no Bole-tim Municipal publicado em 24 de janeiro deste ano”, revelou Marcos.

A VOZ consultou o docu-mento e confi rmou que Neil de Carvalho está ocupando o cargo de diretor da Divi-são de Limpeza Urbana, do quadro permanente da refe-rida autarquia – pra piorar, o chefe da pasta, também “peixe” do parlamentar, seria primo do prefeito Maércio, novamente des-respeitando a Lei do Nepo-tismo, grifo nosso.

Na mesma edição do Bo-letim Municipal, aparecem, ainda, outras três nome-ações para a Secretaria da Califórnia, as quais, de

acordo com a denúncia, foram frutos de indicação pessoal de Nedino.

Procurado, na tarde de anteontem, 31, para co-mentar o assunto, o vere-ador do PR se esquivou. “Não tenho nada a decla-rar”, resumiu. Então, tá.

*O nome Marcos é fi ctí-cio e a VOZ se reservou o direito de utilizá-lo apenas para facilitar o entendimen-to do leitor.

NOTA DA REDAÇÃO: Na manhã de anteontem, a equipe de reportagem da VOZ ligou para a sede da Secretaria da Califórnia. O titular da pasta, Paulo Cézar Vieira de Almeida, atendeu a chamada, mas, informou que Neil não se encontrava, pois estava fazendo “traba-lhos na rua”. Sendo assim, o irmão de Nedino não foi localizado, até o fechamen-to desta edição.

NEPOTISMO ■ Pedrinho ADL denuncia que filho do vereador Paulista e primo de Dr. Júnior estão ocupando cargos no governo municipal

Tudo em famíliaBARRA DO PIRAÍ

Na tarde de anteontem, 31, o vereador Pedro Fernando de Souza Alves, o Pedrinho ADL (PRB), visitou a redação da VOZ. Não foi para tomar um cafezinho, mas, o assunto a ser tratado seria tão quente quan-to esse saboroso chá. O parla-mentar apresentou denúncias dando conta de que o nepo-tismo estaria “rolando solto” nos corredores da prefeitura, contrariando a Lei Municipal Nº 2063/2012, de sua auto-ria. Pior. A prática infringe, tam-bém, a 13ª súmula vinculante do Supremo Tribunal Federal (STF), aprovada pela corte, em 2008, para vetar a prática de nepotismo em todo o poder público brasileiro – incluindo Executivo, Legislativo e Judi-ciário, em qualquer unidade federativa do país, grifo nosso.

De acordo com Pedrinho, pelo menos três casos foram registrados. Um deles é o do jovem Diego Aparecido Teixei-ra Borges, que, por ser fi lho do vereador Jair Ferreira Borges, o Paulista (PPS), não poderia

estar ocupando a diretoria do Departamento de Trabalho e Renda. Outro envolve Richard Fernandes Silva, que é primo do vice-prefeito, Norival Garcia da Silva Júnior, mas, mesmo assim, é chefe da Divisão de Saúde da Família. Por último, o irmão do parlamentar Nedi-no de Carvalho, esse já abor-dado na reportagem acima.

Pedrinho ADL revelou com exclusividade à VOZ como tomou conhecimento dos ca-sos. “Chegaram denúncias pra mim na Câmara e eu liguei para o prefeito Maércio de Al-meida (PMDB). O comuniquei, via telefone, mas, acho que isso eu nem precisava fazer, pois a própria Procuradoria Geral do Município deveria ter alertado o chefe do Executivo sobre sua conduta errônea. O Maércio simplesmente me disse que ia passar o caso para a procuradoria”, disse.

Sem papas na língua

Polêmico como sempre, o vereador do PRB alfi netou o todo-poderoso do Palácio 10

de Março. “O prefeito está muito mal assessorado juridi-camente, principalmente por ter fi cado 24 anos na Câmara. Ou deve estar pensando que as orelhas dos vereadores nasceram pra cima, e que não cumpriremos nosso papel de fi scalizadores. Ele está muito enganado, digo isso pelo me-nos da minha parte. Continuo o mesmo Pedrinho de sem-pre, combativo”, escrachou.

“Não vão me calar. Nem mesmo me matando conse-guirão fechar minha boca, pois, mesmo morto, darei um jeito de denunciar os deslizes do Executivo através de men-sagens psicografadas”, acres-centou o republicano brasileiro, em tom de ironia e brincadeira.

O parlamentar destacou que não se trata de persegui-ção pessoal. “Como legislador, tenho a maior admiração pelo Richard (primo de Dr. Júnior). No entanto, entendo que a denúncia precisava ser apura-da, principalmente sendo eu o autor da Lei do Nepotismo no âmbito municipal”, escla-receu, emendando: “Será que

isso não confi gura um caso de improbidade administrativa? A lei está sendo infringida”.

Pedrinho encerrou dizendo que os casos ainda não foram levados a medidas mais extre-mas porque ele está esperan-do para ver qual será o andar da carruagem. “Estou igual ao Zeca Pagodinho: ‘deixa a vida me levar’. Ainda não denunciei ao Ministério Público, pois, pri-meiro, vou aguardar as justifica-tivas da procuradoria para esse desvio, e observar os trâmites das exonerações, pois elas te-rão que acontecer se o prefeito tiver interesse em andar dentro da lei”, arrematou, sem deixar de dar aquela alfinetada básica.

NOTA DA REDAÇÃO: Na tar-de de anteontem, a equipe de reportagem da VOZ encami-nhou um e-mail à assessoria de imprensa da prefeitura, so-licitando declarações do prefei-to Maércio de Almeida, ou do procurador geral, Heitor Favieri Filho, sobre o assunto aborda-do. No entanto, o órgão não respondeu à mensagem até o fechamento desta edição.

Nedino de Carvalho: ‘Não tenho nada a declarar sobre o assunto’; vereador se esquiva de polêmicas envolvendo

seu nome

Reprodução/Facebook

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4. Sábado - 02 de Fevereiro de 2013 JUNTOS, FAZEMOS HISTÓRIA

www.avozdopovobp.comCOMUNIDADE

CAROLINA ARAÚJOBARRA DO PIRAÍ

[email protected]

Às margens da estrada que divide o município bar-rense de Piraí, a RJ-145, é possível encontrar lugares calmos para se viver. O bair-ro Chalet, por exemplo, é um daqueles locais onde as pessoas levam calmamen-te seus dias, se conhecem umas às outras, se entrea-judam, e trabalham no dia a dia para ganhar seu susten-to. Porém, nessa mesma co-munidade, existem popula-res que lamentam o fato de não terem acesso à vida me-lhor que sempre sonharam.

Moradores da Rua da Lama, como é conhecida por todos, relatam que a si-tuação do local está crítica. Nem mesmo ambulâncias, carros de compras, cami-nhões do lixo, entre outros serviços básicos, estariam cruzando a via, comprome-tendo a qualidade de vida da população local.

Na manhã de quarta-fei-ra, 30, a equipe de repor-tagem da VOZ visitou a rua, no Chalet. Ao chegar lá, de fato, não é possível se depa-rar com um cenário agradá-vel. A entrada é escondida numa curva apertada, onde há uma árvore alta e com muitas folhas. Pior. Quando os olhos se deparam com a subida íngreme de terra nitidamente vermelha, as pernas chegam a bambear. Custa até acreditar que por ali possam passar pedes-tres, quanto mais carros e caminhões.

Na metade da primei-ra subida, uma casa, com uma senhora debruçada na varanda, olhando a rua e a vida passando. O marido se preparava para tirar seu fusca metálico da garagem, mas, parou para falar com a reportagem.

“Os carros não passam dali para cima, depois da curva. No máximo, con-seguem trafegar veículos pequenos, enquanto cami-nhões quase caem do bar-ranco, porque não há pro-teção, e já despencou terra no asfalto lá embaixo”, con-tou o aposentado Fernando Ramos.

“Eu é que venho cuidan-do dessa rua em frente à minha casa. Fiz o ‘mani-lhamento’ e o escoamento da água, porque, caso con-trário, ia direto pro asfalto com o barranco. Eu acho que essa rua é muito fácil de arrumar, basta tirar um pouco daquele barranco na curva e asfaltar, e fazer um ‘murão’ para sustentar esse barranco alto que cai sempre no asfalto quando tem chuva forte”, sugeriu o simpático senhor.

‘Socorro!’

Segundo relatos de mora-dores locais, outro proble-ma na Rua da Lama é que, depois da curva em que fi ca a casa de Fernando, existem mais residências e mais famílias. As perguntas que se colocam são quase infi nitas. Como vivem e se deslocam essas pesso-as que moram mais para “dentro”, onde a rua ainda está pior que na entrada? Como fazem crianças e idosos que por lá moram? Como os serviços básicos respondem aos chamados daqueles moradores? E os serviços de saneamento básico, será que funcionam corretamente?

Vivendo há anos nas pro-ximidades do local, José Maria Ribeiro Costa tam-bém acha que a Rua da Lama não é um caso per-dido. “Aqui é um local fácil de arrumar, não entendo por que não fi zeram nada até agora. E, me desculpe o palavreado, mas isto está uma porcaria. Os garis não pegam o lixo até o fi nal da rua. Quando chega próximo à minha casa, o caminhão volta”, explanou ele.

“Mas tem outro problema ainda mais grave: a água. Minha casa está sem água porque o abastecimento só vai até no meu vizinho. Es-tou indo agora à prefeitu-ra para ver essa situação, porque mais importante que asfaltar a rua, é colo-car água dentro da minha casa”, reivindicou José Ma-ria, descendo rápido e com cautela no meio da lama, para não perder o ônibus, e chamando a vizinha que su-

bia a rua para dar mais um depoimento.

A idosa Luzia Aparecida de Oliveira vinha cruzando a ladeira íngreme, com um andar cansado de passar há tantos anos na mesma subida de lama pura, e deu uma parada acolhedora para tecer seus comentá-rios – curiosa para saber se seria dessa vez que um jor-nal falaria da rua e ajudaria a resolver o problema, grifo nosso.

“A minha fi lha ganhou neném e descemos, aliás, ‘escorregamos’ de carro, e para subir não tinha como, porque caiu um pedaço de barranco e não tivemos condições de passar. Con-clusão: minha fi lha teve que subir a pé, cheia de dores”, recordou.

Enquanto isso, José Ma-ria continuava descendo, ao mesmo passo em que chamava mais uma vizinha para falar sobre a rua la-macenta. No andar da car-ruagem, Dona Luzia seguia conversando com a reporta-gem.

“A ambulância não sobe lá não. Não tem condições. Já carregamos pessoas com carrinhos de mão, porque não havia como descer com elas. Aqui, moram crianças, idosos, e é uma tristeza não termos condições e chegar ao ponto crítico de morrer dentro de casa”, lamentou, esperando a outra vizinha chegar perto para se pro-nunciar.

“Eu moro aqui há 25 anos e sempre foi assim essa rua. Tenho mais medo pe-las crianças. Imagine só se elas vêm correndo, não con-seguem parar, escorregam nesse barro, caem lá em-baixo e morrem. Já pensou nisso?”, encerrou a mulher, que preferiu não se identifi -car.

NOTA DA REDAÇÃO: A reportagem da VOZ tentou localizar o secretário mu-nicipal de Obras, Walace Nóbrega, mas, até o fecha-mento desta edição, ele não foi encontrado. De qualquer maneira, fi ca o convite para que o gestor conheça a Rua da Lama e atenda o grito de socorro dos moradores locais.

CHALET ■ Situação precária de via conhecida como ‘Rua da Lama’ impede acesso de veículos e preocupa moradores locais

Meu pedaço de terra vermelha

Ladeira: Moradores penam para subir a via, onde falta tudo, menos lama e matagal

Carolina Araújo

Page 5: Jornal a Voz do Povo - 02 de Fevereiro de 2013 - edição 11

.5Sábado - 02 de Fevereiro de 2013 JUNTOS, FAZEMOS HISTÓRIAwww.avozdopovobp.com CIDADE

TRANSPORTE ■ Reajuste do preço da passagem para R$ 2,80 é alvo de protestos

‘Mais um aumento eu não aguento!’BARRA DO PIRAÍ

[email protected]

Houve uma época em que bastava juntar umas moedinhas e era sufi ciente para pagar a passagem do ônibus e ir perambulando por aí. Morar no Parque Santana e sair para visitar um amigo, no Maracanã, por exemplo, não custa-va mais do que R$ 0,45, nos idos da década de 90. “Bons tempos”, dizem os saudosos, em tom nostál-gico, enquanto sentem o bolso “doer” ao terem que pagar, atualmente, nada menos que R$ 2,80 para fazer o mesmo trajeto. A nova tarifa dos coletivos municipais entrou em vigor ontem, 1º, depois do rea-juste de quase 5,7% – um aumento real de R$ 0,15, grifo nosso – ter sido auto-rizado pelo prefeito Maér-cio de Almeida (PMDB).

A medida é válida para os ônibus da Viação San-to Antônio, responsável pelas linhas que circulam na maioria dos bairros do município, como Ofi cina Ve-lha, Lago Azul, Vila Helena, Química, Areal, São João, Maracanã, Roseira, Parque Santana, e por aí vai.

Disposto a pressionar os empresários do ramo e a Prefeitura de Barra do Piraí para que revoguem o aumento, o grupo “Prelú-dio” está fazendo barulho no município. Formado por jovens que se articulam principalmente através das redes sociais, o movimen-to lançou, no Facebook, a campanha “Mais um au-mento eu não aguento!”, que prevê iniciativas rea-cionárias ao reajuste. E a primeira delas foi colocada em prática ontem.

O grupo organizou um boicote à viação, numa iniciativa que, segundo in-formações apuradas, teve grande adesão por parte

dos usuários. “Evite pegar ônibus no

dia do aumento. Organize ‘caronas solidárias’, use bicicletas e ande a pé. Mesmo se não puder evi-tar a utilização deste meio de transporte, você tam-bém pode participar de outra forma. No dia 1º de fevereiro (ontem) vá para o trabalho de preto. Use também fi tas no pulso para demonstrar sua indignação frente ao aumento”, convo-cou o Prelúdio, sendo cur-tido e compartilhado por centenas de usuários.

Além dessa iniciativa, o movimento convocou a po-pulação para um debate pú-blico sobre o assunto, reali-zado na tarde de ontem, no coreto da Praça Nilo Peça-nha (Centro). Foram discuti-dos temas como o aumento das tarifas, a qualidade do serviço, a participação po-pular na gestão dos trans-portes em Barra do Piraí e o papel do poder público na fi scalização. Devido ao cro-nograma de fechamento da VOZ, não foi possível publi-car, nesta edição, fotos do evento, nem as demandas apresentadas pelos partici-pantes.

Repercussão

Enquanto isso, pelas ruas a insatisfação é total. Na manhã de quarta-feira, 30, a equipe de reporta-gem da VOZ percorreu al-guns pontos de ônibus, no Centro, para saber o que os usuários pensam sobre o reajuste. Revolta e indig-nação defi nem o sentimen-to entre os entrevistados, que se demonstraram de-solados com o fato de te-rem que encarar o aumen-to do preço da passagem.

A diarista Carmen Ribei-ro foi uma das que não se calou diante do que cha-mou de “absurdo”. “Preci-so do transporte todos os

dias e, com esse aumento, vai fi car ainda mais difícil. O jeito vai ser revezar e, de vez em quando, ir para o trabalho a pé mesmo. E o pior é que os ônibus só andam quebrados, sem contar os atrasos e os pou-cos horários. A situação está vergonhosa, e eles ainda têm coragem de su-bir o preço para R$ 2,80”, criticou.

A doméstica afi rmou que as reclamações da popu-lação quanto à qualidade do serviço prestado nunca renderam resultados. “O povo também é culpado, porque não se organiza para cobrar melhorias. Se as pessoas se juntassem e dessem um jeito de fi car alguns dias sem andar de ônibus, as empresas iam sentir na pele e, sem dúvi-das, pensariam mais nos passageiros”, sugeriu ela.

Nas redes sociais, o bo-chicho também é grande. Tão logo a notícia do rea-juste foi divulgada na pá-gina da VOZ no Facebook, os internautas começaram a “metralhar” as empresas e o poder público com crí-ticas. Cerca de 200 com-partilhamentos e de 50 comentários foram regis-trados.

“Isto é uma pouca vergo-nha. Os ônibus da Química são horríveis, com bancos rasgados, além de quebra-rem tantas vezes que não podemos contar com eles. Sem falar na sujeira, já que a empresa manda ônibus amarrado com arame na parte de frente. O senhor, prefeito, deveria andar uma vez pelo menos de ôni-bus e sentir na pele o que a população passa, ao invés de autorizar um aumento absurdo como esse”, es-creveu a internauta Elaine da Silva, chamando a res-ponsabilidade para o chefe do Executivo, Maércio de Almeida (PMDB).

O anúncio ofi cial de que o prefeito Maércio de Al-meida havia assinado o de-creto autorizando o reajus-te do preço da passagem foi feito na sexta-feira, 25, através de nota divulgada no site do governo munici-pal.

No comunicado, o órgão público esclarece os crité-rios adotados na fi xação das tarifas, destacando que “as empresas conces-sionárias do transporte pú-blico no município solicita-ram o reajuste de R$ 2,65 para R$ 3,79”, o que foi recusado – fontes ofi cio-

sas garantem que o valor mais alto é colocado pe-las empresas apenas para que se chegue ao preço menor, grifo nosso.

“Diante do parecer opi-nativo dos representantes da procuradoria geral, a prefeitura contratou um perito para avaliar um valor justo para o reajuste da ta-rifa. Após análise das pla-nilhas de custo, o profi ssio-nal opinou pela fi xação do valor em R$ 2,90. De pos-se dessas informações téc-nicas, o prefeito optou pela tarifa de R$2,80, inferior à apontada pelo perito, um

aumento real de R$0,15”, argumenta a nota.

A mensagem termina com justifi cativas dadas pelo próprio chefe do Exe-cutivo: “Segundo o prefeito Maércio de Almeida, é im-portante ressaltar que as novas tarifas foram anali-sadas levando-se em con-ta o não comprometimen-to do equilíbrio fi nanceiro das empresas de ônibus, bem como a legalidade do reajuste, sem que para isso precisasse penalizar a população com reajustes acima dos índices neces-sários”.

Prefeitura tenta convencer população de que novo preço da passagem é ‘justo’

Debate: Militante mostra panfl etos distribuídos anteontem pelas ruas do Centro, con-vocando a população para discutir o assunto

Carolina Araújo

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6. Sábado - 02 de Fevereiro de 2013 JUNTOS, FAZEMOS HISTÓRIA

www.avozdopovobp.comCAPA

LGBT ■ II ‘Parada Gay’ do Sul Fluminense reúne 10 mil pessoas em Barra do Piraí

‘Viva a diversidade sexual!’BARRA DO PIRAÍ

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O ano era 1969. Na noi-te de 28 de junho, o Sto-newall Inn, bar gay mais popular de Nova Iorque, nos Estados Unidos, re-cebia seus tradicionais frequentadores: gays, lés-bicas, travestis e drags queens. O cenário era de luto, com os “coloridos” chorando a morte da diva Judy Garland, a eterna Do-rothy do fi lme “O mágico de Oz”, que estava sendo velada naquele dia.

Em meio ao clima de comoção, policiais inva-diram o local, para mais uma batida rotineira, só que, dessa vez, os presen-tes reagiram à repressão, liderando, naquela madru-gada e quatro noites se-guidas, uma rebelião que resultou no espancamen-to e prisão de dezenas de manifestantes. Mas, re-sultou, também, no início do movimento gay no país norte-americano e, conse-quentemente, em todo o mundo.

Um ano depois, em ju-nho de 70, milhares de gays foram às ruas da ci-dade, num ato cívico que marcava a memória do Le-vante de Stonewall, dando origem ao primeiro registro que se tem mundialmente de uma Parada Gay. Pas-sados mais de 30 anos desde o acontecimento, Barra do Piraí se transfor-mou um pouco naquele cantinho de Nova Iorque, quando, no domingo, 27, sediou a realização da II Parada da Diversidade do Sul Fluminense.

No rastro de Stonewall

A data foi de pura “fer-veção”, mas, principal-mente, de refl exões, nas principais ruas do Centro. Em clima de muita festa, cerca de dez mil pessoas participaram da II Parada da Diversidade Sexual do Sul Fluminense – segundo estimativas de um poli-cial militar que estava

nas imediações do even-to, grifo nosso.

Embalada pelo “tuntz-tuntz” dos trios elétricos e animada pelo entusiasmo dos travestis, a multidão percorreu toda a Rua Go-vernador Portela, partin-do da Praça Nilo Peçanha em direção à Pedro Cunha (Largo da Feira). As pala-vras do superintendente estadual de Direitos Indivi-duais, Coletivos e Difusos, Cláudio Nascimento, emo-cionaram o público pre-sente, levando inúmeros militantes às lágrimas.

O evento começou por volta das 16h, com o dis-curso do vereador Pedro Fernando de Souza Alves, o Pedrinho ADL (PRB). Au-tor da Lei Rosa de Barra do Piraí, que garante os mes-mos direitos dos heteros-sexuais aos gays no âm-bito de estabelecimentos comerciais, o parlamentar frisou que é preciso com-bater o preconceito, inclu-sive, entre a classe que ele representa.

“As pessoas insistem em dizer que não são pre-conceituosas, porque, hoje em dia, se tornou feio para alguém assumir sua intole-rância aos homossexuais. No entanto, a gente sabe que a homofobia está aí, pra quem quiser ver, fa-zendo inúmeras vítimas. E prova disso é que nem mesmo os políticos estão aqui hoje. Onde estão os meus colegas?”, alfi netou o vereador, sendo ovacio-nado pelo público.

Em seguida, foi a vez da presidente da comissão organizadora, Alexandra Oliveira, se pronunciar. “Sinto uma alegria sem ta-manho por estar em cima deste trio, representando a luta pelos direitos das Lésbicas, Gays, Bissexu-ais, Transexuais e Traves-tis (LGBT), bem como a resistência ao preconcei-to. Não foi fácil organizar a parada, pois fomos calu-niados e injustiçados por aqueles que não aceitam a classe. Mas, nada nos pa-rou, e estamos aqui para

dizer um basta ao precon-ceito”, falou.

‘Nós existimos’

O ponto alto da cerimô-nia de abertura da II Para-da foi, sem dúvidas, a fala do superintendente esta-dual Cláudio Nascimento. Representando o governa-dor Sérgio Cabral (PMDB), o militante iniciou seu dis-curso de maneira inusita-da. “Viva as lésbicas, viva os travestis, viva os gays, os transexuais, os bissexu-ais, viva os heterossexuais. Viva a diversidade e a plu-ralidade sexual”, exclamou ele, acompanhado do ma-rido, João Batista Pereira da Silva – que é cabo da Marinha, grifo nosso –, e do fi lho que ambos conse-guiram adotar legalmente.

As palavras do gestor se-guiram sendo contunden-tes. “A sociedade muitas vezes prefere fi ngir que nós [os gays] não existimos. Estamos aqui, em praça pública, dando a cara tapa, justamente para contrariar essa ideia. Existimos, sim, e somos cidadãos como outros quaisquer”, enfati-zou.

Até a chuva, que não deu trégua durante boa parte do evento, se tornou parte das ponderações de Cláu-dio.

“Os preconceituosos po-dem dizer que a chuva veio para impedir a realização da parada, mas, tenho cer-teza que não. Ela veio para lavar Barra do Piraí do pre-conceito, para limpar essas ruas de qualquer homofo-bia, e encharcar o coração das pessoas de amor e to-lerância”, assinalou, nova-mente ao som de milhares de aplausos.

“O governador Sérgio Cabral enviou uma men-sagem, de que está muito feliz por essa cidade enca-rar de frente a luta contra o preconceito”, acrescentou Nascimento. Veja, na pá-gina ao lado, imagens que marcaram a II Parada da Diversidade do Sul Flumi-nense.

Se teve uma presença que emocionou durante a II Parada da Diversidade do Sul Fluminense essa foi a do superintendente estadual de Direitos Indi-viduais, Coletivos e Difu-sos, Cláudio Nascimento. Considerado o “papa” da causa LGBT no estado fl u-minense, o militante apro-veitou a passagem por Bar-ra do Piraí para anunciar que o programa “Rio Sem Homofobia”, do governo estadual, chegou ao muni-cípio, além de apontar os avanços alcançados a par-tir da iniciativa.

“O projeto foi um divisor de águas para a população de Lésbicas, Gays, Bissexu-ais, Travestis e Transexuais (LGBT), pois abriu prece-dentes para a garantia de direitos, auxiliando na pro-moção da cidadania e dos direitos humanos dessa população. Dentre as rea-lizações, destaco a criação do Conselho dos Direitos da População LGBT do es-tado do Rio, com 60% dos membros da sociedade ci-vil e 40% do poder público, e a realização da união es-tável homoafetiva de mais de 200 casais, em parceria com a Defensoria Pública do Estado e o Tribunal de Justiça”, assinalou.

Cláudio propôs refl e-xões acerca do combate ao preconceito. “Falar de Homofobia é falar da cria-ção de políticas públicas voltadas para o enfren-tamento e combate das práticas discriminatórias e crimes de ódio contra a população LGBT, especial-mente àqueles voltados às travestis e transexuais – gênero que sofre dupla-mente a discriminação e o preconceito. Devido à gran-de exposição, ele se torna o mais vulnerável de todo o grupo. E o maior desafi o é estabelecer parcerias e políticas públicas que auxi-liem e embasem a garantia dos direitos da população LGBT e o combate à homo-fobia”, ponderou.

O superintendente apro-veitou para frisar que as-suntos importantes como saúde e segurança pública fazem parte das pautas englobadas no Rio Sem Homofobia. “Essas temáti-cas são tratadas com prio-ridade e seriedade no pro-grama, pois, assim como a área da educação, são os setores de maior incidên-cia de demandas da popu-lação LGBT. Na saúde, as questões mais solicitadas em nossos serviços de atendimento são hormo-

nioterapia e cirurgia de transgenitalização pela po-pulação trans. Na seguran-ça pública, como o índice de violência infelizmente é alto, a maior solicitação da classe está relacionada à agressão física e verbal, sendo que no caso de tra-vestis e transexuais, nos chama atenção os casos de assassinatos que, mui-tas vezes, são praticados com requintes de cruelda-de”, abordou.

Finalizando a entrevis-ta, Cláudio falou sobre o fato de Barra do Piraí estar aderindo às propostas do programa criado pelo Go-verno do Estado.

“Podemos dizer que Bar-ra do Piraí inicia um gran-de passo rumo à implan-tação de políticas públicas para LGBT. Com a realiza-ção da parada deste ano, percebi a organização do movimento social e a von-tade de lutar em prol da promoção e da garantia dos direitos dessa popula-ção. Vejo com muito bons olhos essa iniciativa, que tem tudo para formar uma parceria com o Governo do Estado, através do Progra-ma Estadual Rio Sem Ho-mofobia e a implantação do Tripé da Cidadania”, fi nalizou.

Cláudio Nascimento destaca avanços do ‘Rio Sem Homofobia’; programa

chega ao município

Felippe Carotta

Cláudio Nascimento: ‘O maior desafi o é estabelecer parcerias e políticas públicas que auxiliem e embasem a garantia dos direitos dos LGBTs’

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.7Sábado - 02 de Fevereiro de 2013 JUNTOS, FAZEMOS HISTÓRIAwww.avozdopovobp.com CAPA

Ferveção: LGBTs lotam a Rua Governador Portela, no Centro, na luta pela cidadania da classe

Largo da Feira: II Parada Gay da região termina na Praça Pedro Cunha, com grande público

Sorridente: A presidente da comissão organizadora, Alexandra Oliveira, posa para a foto

Coloridos: Travestis são clicadas ao lado do superintendente Cláudio Nascimento Fantasias: Alegria dos trans ‘pinta’ Barra do Piraí com as cores do arco íris

Divulgação (Frank Tavares) Divulgação (Frank Tavares)

Reprodução/Facebook

Reprodução/Facebook (Fabby Blanche) Reprodução/Facebook (Jeciléa Mattiolli)

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8. Sábado - 02 de Fevereiro de 2013 JUNTOS, FAZEMOS HISTÓRIA

www.avozdopovobp.comESPECIALREPERCUSSÃO ■ Após tragédia em Santa Maria, fi scalização em boates é intensifi cada; Plano B fecha as portas

Evitando que o pior aconteça

FELIPPE CAROTTABARRA DO PIRAÍ

[email protected]

“Morri em Santa Maria hoje. Quem não morreu? Morri na Rua dos Andra-das, 1925. Numa ladeira encrespada de fumaça. (...) A fumaça corrompeu o céu para sempre. O azul é cinza, anoitecemos em 27 de janeiro de 2013. As chamas se acalmaram às 5h30, mas a morte nun-ca mais será controlada”. Esses versos são parte da crônica que o escritor gaú-cho, Fabrício Carpinejar, escreveu sobre o segundo maior incêndio da história do Brasil, ocorrido na ma-drugada de domingo, 27, na Boate Kiss, situada em Santa Maria, cidade no in-terior do Rio Grande do Sul.

Sem dúvidas, o verde da bandeira brasileira fi cou manchado de cinzas com a dimensão da tragédia, que já teve mais de 230 mortes confi rmadas. Nos noticiá-rios, na televisão, nas redes sociais, pelas ruas, no tra-balho: por onde quer que se olhe, é possível ver rastros do fogo, que, de alguma maneira, se espalhou por todo o país. Milhões de bra-sileiros parecem sufocados pela fumaceira, ao mesmo tempo em que rezam para que o “incêndio” dentro de cada familiar das vítimas deixe o mínimo possível de coração ferido.

Chamas como aquelas, que ceifaram tantas vidas, não se dão por vencidas. Podem estar à espreita em

qualquer lugar, na casa das pessoas, esperando um pe-queno deslize para se acen-derem. E é visando apagá-las, de uma vez por todas, que o Corpo de Bombeiros deu início, esta semana, a uma bateria de fi scaliza-ções em todo o estado do Rio de Janeiro, percorrendo diversos estabelecimentos comerciais, mas, principal-mente casas noturnas.

Segundo o tenente Barros, assessor de imprensa da corporação, a intensifi cação na fi scalização percorrerá os 92 municípios do estado fl uminense. “Todos os dados recolhidos serão compilados e divulgados uma semana após o início das fi scaliza-ções”, informou.

E o processo chegou, esta semana, ao Sul Flu-minense. Em Volta Redon-da, por exemplo, “Black Jack Pub” e “Oasis”, duas tradicionais boates, foram interditadas, na noite de terça-feira, 29, numa ope-ração realizada pelo Corpo de Bombeiros, em parceria com a Polícia Militar.

Já em Barra do Piraí, o mesmo está acontecendo. De acordo com reportagem publicada na quarta-feira, 30, no site do DIÁRIO DO VALE, o prefeito Maércio de Almeida (PMDB) deter-minou à Defesa Civil e à Secretaria de Cidadania e Ordem Pública que façam imediatamente uma vistoria em todas as casas noturnas e clubes da cidade, para verifi car suas condições de funcionamento.

“Serão elaborados, após

a vistoria, relatórios de cada empreendimento visitado, que serão encaminhados à unidade do Corpo de Bom-beiros do município, para que todas as providências relativas à segurança dos frequentadores sejam devi-damente cumpridas. A ação foi motivada pelo Comando Geral dos Bombeiros do Rio de Janeiro, que determinou que cada município monte uma comissão de avalia-ção”, informou o jornal.

Sinal de fumaça

Procurados na tarde de quarta-feira, os responsá-veis pelas duas únicas ca-sas noturnas de Barra do Piraí falaram sobre a “fuma-ça” que vinha envolvendo seus respectivos estabele-cimentos desde a tragédia de Santa Maria. O primeiro a atender a reportagem foi o empresário Samir Rodri-gues Anchite, que anunciou o fechamento temporário do “Plano B Music Hall” – situ-ada no bairro Belvedere, às margens da Rodovia Lúcio Meira, grifo nosso.

“Não recebemos nenhu-ma fi scalização, ainda. Mas, como temos um processo tramitando junto ao Corpo de Bombeiros, decidimos encerrar as atividades do local, visando maior segu-rança e conforto do nosso público”, explicou.

Samir fez questão de dei-xar claro que o pub não foi interditado. “Nenhum órgão determinou que fechásse-mos as portas. Adotamos essa postura de livre e es-

pontânea vontade, por não termos a liberação defi nitiva de funcionamento do Corpo de Bombeiros, e prezarmos, acima de tudo, pela vida dos nossos frequentadores”, fri-sou, ressaltando, porém, que o “Plano B Chopperia” continuará normalmente aberto, e que somente a área superior, da boate, foi desativada.

Já o produtor de even-tos, Sérgio Carvalho Júnior, proprietário do “Bar Night”, localizado no bairro Ofi cina Velha, informou que o se-cretário de Ordem Pública, Antonio Carlos Elias, o Bitu, havia entrado em conta-to com ele e agendado a fi scalização do local para a tarde de ontem. Devido o prazo de fechamento da VOZ, não foi possível apu-rar o resultado da auditoria.

Aproveitando o ensejo, Serginho pediu espaço para defender seu estabe-lecimento de críticas das quais estaria sendo alvo, no Facebook e em emisso-ras de rádio locais.

“Temos uma estrutura feita à base de alvenaria, de modo que os frequen-tadores fi cam em contato com chapas metálicas não infl amáveis. Admito, porém, que nosso único erro é não possuir saídas de emergên-cia, o que é amenizado pelo fato de não trabalharmos com o famoso ‘curral de en-trada’, pois não cobramos bilheteria, e tanto a escada quanto o portão são bastan-te largos”, argumentou.

Sobre a alegação de que o portão principal do Bar

Night abre pra dentro, o que estaria fora das conformida-des vigentes, o produtor res-pondeu: “Amanhã mesmo (quinta-feira, 31), ele será trocado e substituído por outro, que funcionará da maneira correta. Faremos o que for preciso para estar dentro da lei e zelar pela se-gurança do nosso público”.

Serginho desabafou di-zendo que a repercussão da tragédia fez com que as pessoas voltassem os olhos apenas para seu es-tabelecimento.

“Toda a nossa documen-tação está em dia, ao con-trário de outras boates da cidade. Temos alvará, libe-ração etc. Mesmo assim, tudo que acontece de ruim em Barra do Piraí é culpa do Bar Night. Estou aí para cumprir a lei e o que a fi s-calização mandar, mas, vou exigir que os parâmetros sejam os mesmos pra mim e para os demais empre-sários do ramo. O que vale para um, tem que valer para todos. Se estivermos erra-dos, aí, sim, vamos parar e reformar, de acordo com as determinações”, assinalou.

NOTA DA REDAÇÃO: Na tarde de quarta-feira, 30, o secretário Bitu foi procurado para comentar o assunto, no entanto, disse que não poderia dar entrevista por telefone. O gestor marcou um encontro com a reporta-gem da VOZ para o dia se-guinte, ou seja, anteontem, porém, devido à agenda de fechamento do jornal, não foi possível comparecer.

Reprodução/Facebook

Samir Anchite: ‘Fechamos o Plano B Hall por livre e espontânea vontade, enquanto tomamos medidas para garantir a segurança do público’

Page 9: Jornal a Voz do Povo - 02 de Fevereiro de 2013 - edição 11

.9Sábado - 02 de Fevereiro de 2013 JUNTOS, FAZEMOS HISTÓRIAwww.avozdopovobp.com ESPORTE

Por Jo Mariano

Salve galerinha que com-pra esse jornal boladão que dá pano pra manga. Quero, antes de mais nada, agradecer o carinho, as mensagens e os emails que tenho recebido. Vocês não imaginam o quanto fa-zem esse barrense gaiato feliz. Obviamente existem os que passam emails mal-vadinhos com seus recibos lotados de nomes bonitos à minha pessoa, mas a es-ses penso destiná-los a al-guém que os venda barato a alguma família bacana de Santa Rita - opa, Gangnam Style.

Quando fui convida-do pra fazer parte dessa equipe fi quei obviamente lisonjeado, mas também preocupado, afi nal tinha que fazer bem feito, falo pra gente da minha gente, gente que me encontra nas ruas, gente que já tentou (uns conseguiram) mergu-lhar no chafariz da Praça Nilo Peçanha, pessoas que já se embriagaram no Lar-go da Feira, cidadãos que imaginam a merda que será o dia que interditarem nossas duas pontes simul-taneamente. E isso é um verdadeiro teste da farinha.

Graças a Deus, à equi-pe e a vocês, hoje posso escrever agradecendo o imenso sucesso que vem sendo esse espaço e pe-dindo sempre no sapatinho frenético que me é peculiar que não deixem de continu-ar prestigiando esse jovem “barradopiraiense” que sempre senta em frente ao computador na intenção de fazer o melhor pra todos.

Mas fugindo dessa len-ga-lenga que não é a minha cara, quero dizer também que estou feliz com a gale-rinha barrense que pratica esportes. Nunca antes na história desse país vimos tantos conterrâneos fazen-do sucesso mundo afora. Seja no futebol, natação, bolinha de gude ou cam-peonato de porrinha, o barrense deixou de lado a vira-latice adquirida e faz frente a atletas de grandes centros e capitais.

Aliás, nunca entendi essa vira-latice toda que toma conta de Barra do Piraí. Acredito que o bar-rense fi cou confuso desde a eleição de nosso ex-pre-feito que veio com um Lula versão Xing-ling - genuíno, gordinho, engraçado e per-

sistente mesmo levando coco em várias eleições - e absorveu o vira-latismo tupiniquim que assola o brasileiro fazendo acreditar que tudo nosso é pior e me-nos valioso.

Barra do Piraí sempre foi celeiro de craques no passado e hoje não pode-ria ser diferente. Sabem aquele time argentino, chato, marrento e que cis-ma ser o melhor do mundo só porque tem um estádio onde os inchas espumam até terem um colapso e tem Maradona como maior ídolo? Nosso conterrâneo Paulo Valentin fez bonito e foi ídolo por lá. Cara fez tanto dinheiro na corcova dos argentinos que saiu investindo em imóveis no Rio como se não houvesse o amanhã. Galera do Boca Juniors conhece o cara e venera.

Nosso Royal Sport Club, o primo pobre, empatou com a Seleção Brasileira cuja base serviu para a montagem do espetacular time de 1970. Nosso trico-lor enfi ou dois tentos na ca-chola de um time que tinha ninguém menos que Dino Sani, Bellini (sim, o cara da

estátua) e o mala do Val-dir Perez. Isso sem contar os “menos importantes”: Djalma Santos, Garrincha, Tostão...

É Dona Joana e Seu Ar-lindo, nós temos tradição em pagar de sonso e pa-par na calada a janta toda e por isso as empresas barrenses deveriam patro-cinar mais nossos times e atletas. Só ouço falar em patrocínio quando chega a Copa Rio Sul onde sem-pre vemos os barrenses no banco e um bando de gente que nunca pisou na cidade fazendo lambança e entre-gando a paçoca, como na última vez que perdemos a vaga pra Valença. Poxa doutor, Valença não! É pre-ciso atentar a uma galeri-nha que vem que vem que vem quicando pra não dei-xar passar mais essa safra.

Tanto investimento será pelo bem estar do povo. A cidade e eu sentimos sau-dade das embriaguezes comemorativas ao som de funk do carro de alguém em pleno Largo da Feira num domingo qualquer.

E quemj á tomou um por-re em frente à Nalin sabe do que estou falando.

■ Valeu Barra! Agora Partiu Acordar Pra Cuspir ■ Probóscoide a Esmo. A arte da albinoelefantologia

Mais do que ninguém sobre esse pedaço de chão ver-de amarelo, sou totalmente confi ante em nosso sucesso como organizadores da Copa do Mundo. Nunca fi z couro com os revolucionários do dedo indicador que pensam poder mudar o mundo pos-tando uma foto de um menino da Mongólia no facebook e dizendo ser aquela a realida-de do Brasil. Não passo o dia imaginando qual boné colori-do do Cone irei comprar, nem prego o assistencialismo aos pobres nacionais sendo que sou incapaz de abdicar um dia do dinheiro do lanche no colé-gio para alimentar um faminto mendigo. Mas ainda assim te-nho minhas ressalvas quanto ao que será feito de nossos estádios no pós-Copa.

Estádio de futebol deixou de ser apenas um lugar aon-de vamos assistir uma pelada bem remunerada e xingar juiz. Estádios modernos são gran-des blocos de concreto cujo espetáculo na arena é apenas o primeiro de tantos. Cons-truí-los visando apenas obter renda nos jogos é comprar um cavalo pra rodar o mundo, programa de índio. Vejam, por exemplo, o Vasco e seu está-dio claramente ultrapassado que nem sequer consegue pa-gar um jogador reserva tendo jogos o ano inteiro. Flamengo alugando o Engenhão produz mais renda que o Vasco atu-ando em casa. E olha que o estádio João Havelange não é nenhum poço de dinheiro.

Precisamos destinar melhor o que já está sendo investido. Museus internos são legais, mas não dão dinheiro. É preci-

so lojas, restaurantes, um am-biente familiar e tudo que insti-gue o visitante a deixar todos os seus dobrões durante sua cur-ta, porém, rotineira passagem. Em meu projeto até puteiro eu colocaria. Por que não? Legali-zado é o que vale.

Pense no estádio no Ama-zonas. Agora imagine-o um mês depois da Copa. Vai ser-vir apenas pra receber pelada da molequeira da fl oresta e Hexagonal Inter-tribos. E será sem dúvidas o maior elefante branco do eixo Mercúrio/Plu-tão. Isso pra não citar Brasília, Fortaleza, Cuiabá… Lugares que na mesma frequência que anos bissextos - ou mais que isso veem seus clubes dispu-tando a Série A. E Série B só dá lucro se o time começar a voar e na reta fi nal. Fora isso são 35 fanáticos empunhados com mini-bandeiras e toalhas de ba-nho do time gritando como lou-cos a cada pixotada pela zaga desferida.

A brazucada pensa no desti-no dado a metrôs, aeroportos, ônibus, mas isso é fi chinha. Quem viveu de jiló sabe dar banquete com pirão. Vamos voar como nunca, pegar busão como nunca e ouvir pregações em metrô como nunca antes na história desse país. Raiva vão dar os estádios que após a Copa certamente decepcio-narão.

Tenho vontade de perguntar às autoridades se eles imagina-ram a merda que seria a manu-tenção de um estádio bem na divisa da Vuta que Variu como Inferno. Nada contra a Vuta Que Variu, nem o Inferno, mas a divisa é fróide. Manaus é lon-ge bagaraio.

Reprodução/Internet

Histórico: Recorte de reportagem relembra o lendário jogo entre o time do Royal Sport Clube e a Seleção Brasileira, no longínquo ano de 1966

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10. Sábado - 02 de Fevereiro de 2013 JUNTOS, FAZEMOS HISTÓRIA

www.avozdopovobp.comECONOMIA

TRABALHO ■ Desempregados lamentam a escassez de oportunidades no mercado em BP

Um lugar ao sol

BARRA DO PIRAÍ[email protected]

Em geral, os crédulos em alguma religião reservam alguns minutos antes de dormir para fazerem suas orações. Há todo tipo de pe-didos, desde os que rogam aos céus por uma vaga na fa-culdade até aqueles que su-plicam para ser agraciados com os números da Mega Sena. No caso da técnica em química Neiva Ferreira dos Santos Bandeira, 23, seu único desejo é conseguir um emprego, para ajudar no sustento de sua fi lha, que tem apenas quatro aninhos.

Assim como ela, que é mo-radora do bairro Parque San-tana, centenas de barrenses acordam e saem às ruas, diariamente, em busca de uma oportunidade no mer-cado de trabalho. Mas, nem sempre (ou quase nunca) eles encontram aquilo que

procuram. “Estou desempre-gada desde o fi nal de 2011. Sempre mando currículos, no entanto, está muito difí-cil, infelizmente. Na verda-de, desde que me formei, nunca consegui trabalhar no ramo”, lamentou a jovem.

Como é de se imaginar, a situação está causando transtornos à vida de Neiva. “O principal problema é fi -nanceiro, por causa do acú-mulo de contas e o stress que isso acaba criando. O emocional da gente vai a mil, porque as dívidas aparecem, mas nem sempre a quanti-dade de dinheiro correspon-de”, disse.

A técnica em química che-gou a se emocionar quando questionada sobre a pior sensação que o desemprego lhe traz. “O mais duro é ver minha fi lha pedir algo e eu não ter condições de dar. E o pior é que ela só tem qua-tro anos, não entende direito

o que é um ‘não’. Às vezes, chega a ser constrangedor, pois as amigas me chamam para ir levar as crianças na praça, e eu não posso ir, por-que sei que minha fi lha vai me pedir um sorvete, e não terei dinheiro pra comprar nem um mísero sorvete”, de-sabafou.

Mesmo passando por momentos difíceis, Neiva é otimista e não perde as es-peranças. “Rezo e torço para que, em 2013, as portas se abram pra mim. Sei que as oportunidades virão, e vou agarrá-las com unhas e den-tes, pois quem passa pelo desemprego aprende a dar o devido valor ao trabalho”, afi rmou.

Preconceito

Moradora da Boca do Mato, a auxiliar de serviços gerais, Aiara da Silva Kelly, 23, também é uma das que

vão dormir rezando por uma oportunidade no mercado de trabalho. A jovem, que já está desempregada há oito meses, relatou que a situa-ção chega a criar problemas até mesmo entra ela e seus parentes.

“Além de não conseguir comprar coisas das quais preciso, eu sou julgada, pois pessoas da minha pró-pria família acham que não quero trabalhar. Elas não entendem que é por falta de emprego e me criticam”, la-mentou.

Segundo Aiara, ela ainda sofre outro tipo de precon-ceito: “Pelo fato de eu ser gordinha, muitas empresas acham que não tenho ca-pacidade, e não tem nada a ver. É muito triste isso”. “Mas, a esperança é a últi-ma que morre. Tenho fé que, este ano, Deus vai me aben-çoar”, arrematou a jovem. Que assim seja.

Felippe Carotta

Vale tudo: Desempregados recorrem até ao Tio Google para conseguir uma oportunidade, mas nem o todo podero-so da internet tem dado jeito na situação

Curiosamente, o merca-do de trabalho em Barra do Piraí esteve mais aque-cido em 2012 do que em 2011. Pelo menos, é isso o que apontam os núme-ros do Cadastro Geral de Empregados e Desempre-gados (Caged), interpreta-dos pela economista Pa-loma de Lavor Lopes, na tarde de quarta-feira, 30.

Segundo análises da professora, que é coor-denadora do curso de Administração do Centro Universitário Geraldo di Biase (UGB), o índice acu-mulado do ano passado (somados os números re-gistrados até novembro) apresenta um aumento em relação ao mesmo pe-ríodo de 2011.

“Pelos dados forneci-dos, percebe-se uma ele-vação de 2,10% na oferta de emprego no município. O maior aumento foi regis-trado no setor extrativa mineral (com 15,56%), e a maior queda na constru-ção civil (4,37%). A melho-ria nos índices mostra um aquecimento da econo-mia local, o que é sempre positivo”, ponderou.

“Toda economia aque-cida signifi ca novos pos-tos de trabalho, o que viabiliza recém-formados ingressarem no mercado de trabalho com mais fa-cilidade”, acrescentou a especialista.

Aproveitando o ense-jo, Paloma deu uma dica para jovens que, assim como Aiara e Neiva, estão com difi culdades para dar um basta no desemprego. “O mercado está cada vez mais competitivo e, com

isso, a permanência na vaga requer uma qualifi -cação contínua por parte dos profi ssionais. Bus-car cursos de extensão e qualifi cação profi ssional é a chave para a entrada e permanência no merca-do”, orientou.

Para aqueles que dese-jam a primeira oportuni-dade, mas, são barrados por empresas que exigem experiência na oferta da vaga, a economista reco-menda: “O mais importan-te é o jovem ter se quali-fi cado o máximo possível, para que sua experiência acadêmica ou técnica chame mais a atenção do que a inexperiência profi s-sional”.

A professora abordou, ainda, as categorias do desemprego e o que cada uma delas acarreta à so-ciedade: “Existem quatro tipos de desemprego: o natural, que ocorre quan-do os indivíduos estão desempregados tempo-rariamente; o estrutural, que é consequência de mudanças na economia; o sazonal, que é função da sazonalidade (entressafra na agricultura, turismo, por exemplo); e o cíclico ou involuntário, que acon-tece em momentos de re-cessão, como o ocorrido na crise internacional”.

“Ninguém quer fi car sem trabalhar, porém, o mais preocupante são as taxas de desemprego crescentes, pois elas re-presentam redução de postos de trabalho, o que nos leva a períodos de recessão”, arrematou Pa-loma.

Economista analisa números do Caged e destaca aumento de 2%

na oferta de emprego em BP

INSTITUCIONAL

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.11Sábado - 02 de Fevereiro de 2013 JUNTOS, FAZEMOS HISTÓRIAwww.avozdopovobp.com OPINIÃO

Natural do Rio Grande do Sul, Sharon Weber encanta o público masculino com um ensaio repleto de char-me, sensualidade e muitas caras e bocas. O ensaio da modelo Sharon Weber tal-vez seja um dos mais belos do site Bella da Semana (www.belladasemana.com.br).

Natural de São Leopoldo (RS), a gaúcha tem grande parte da carreira dedicada a campanhas publicitárias para marcas de lingerie, biquíni e fi tness. Sharon é modelo desde os 15 anos e mantém o corpo saudá-vel com muita musculação

e corrida. “Também adoro andar de roller”, diz a moça.

Além da dedicação aos trabalhos fotográfi cos, a morena se orgulha do pró-prio negócio. “Tenho uma empresa que presta servi-ços estéticos. É linda e me dedico muito.”

A personalidade forte, que faz com que ela tenha sucesso em tudo o que faz, está presente não apenas no lado profi ssional. “Se estou bem comigo mesma, não me importo se estou chamando atenção ou não!”

O ensaio de Sharon no Bella da Semana foi foto-grafado por Sérgio Saraiva.

Ousadia é peça-chave neste ensaio do Bella da

Semana

Sérgio Saraiva (Bella da Semana)

Mundo Rizomáticopor *Rafael Nunes

Por que tanto sensacionalismo na mídia?Domingo passado acor-

damos com a triste notícia de que a boate Kiss, após um show pirotécnico, pe-gou fogo e causou a morte imediata de pelo menos 234 pessoas, também dei-xando milhares de feridos em estado crítico podendo vir a óbito a qualquer mo-mento. Todos os holofotes da imprensa se voltaram para o sul do país, onde a própria presidenta Dilma Rousseff saiu do Chile, antes do término de sua visita ao país andino, para chorar junto aos familiares das vítimas.

Então, qual o sensa-cionalismo da imprensa neste caso? Devemos nos atentar para a quantidade de notícias veiculadas que tendem a moldar o pensa-mento do cidadão brasi-leiro. Muitos dizem que a imprensa é controlada por

empresas que necessitam do lucro para sobreviver vendendo o que a popu-lação quer ver e ouvir, ou seja, tragédias. Em certo momento, um jornalista da maior emissora do país perguntou a um dos fami-liares qual o sentimento de enterrar o parente, morto na boate quando voltou para salvar mais pessoas do incêndio. O questio-namento que me veio à mente foi: “Qual o limite da informação e do sensacio-nalismo?”.

Ao escrever este texto me lembrei de uma série que é veiculada no canal pago HBO, chamada “The Newsroom”. Essa série re-lata o cotidiano de uma re-dação de um telejornal de grande audiência nos EUA, que passa por uma grande mudança de fi losofi a de trabalho quando o âncora

decide parar de agradar a classe média-alta, com matérias sensacionalis-tas, e passa a informar o povo estado-unidense das classes inferiores (em sua maioria negros e imigran-tes) de seus direitos, deve-res e também questionar as políticas públicas do governo.

Fico preocupado com a grande parcela da popula-ção que não teve acesso a uma educação de qualida-de que lhe proporcionaria um pensamento crítico a fi m de diferenciar a opi-nião da informação. Se partirmos do pressuposto de que toda matéria é es-crita por alguém, este al-guém deve, dentro de sua ética profi ssional, manter a imparcialidade e somen-te passar as informações para o público, somente isso. O que observamos

no cotidiano são pesso-as ocupando lugares de detentoras do saber, que repassam informações como verdades absolutas, que, por sua vez, para os ouvintes, viram fi losofi as, modos de agir, pensar e amar.

Ano passado tivemos um documento vazado pela Polícia Militar de São Paulo, orientando os poli-ciais a abordar com mais veemência os indivídu-os de cor parda e negra. Pouquíssimos veículos de comunicação noticiaram o caso, que praticamente fora esquecido pelas gran-des emissoras de televi-são... Deixamos uma per-gunta no ar: afi nal, temos uma imprensa a serviço do que e de quem?

*Rafael Nunes é psicó-logo

Habeat Sibi Competentis Administratoris in Civitate?por *Heraldo Bichara

A tradução do título, para quem conhece bem o La-tim, que é o meu caso, pois fui aluno do Nilo Peçanha que funcionava no Casarão do Barão do Rio Bonito, é: “Temos administradores competentes na cidade?”. Respondo que sim, conhe-ço pessoas de excelente ní-vel intelectual, e que estão atualizadíssimas em maté-ria de administração, seja privada ou pública. Pena é que não são aproveitadas por nossos políticos, que só pensam de forma micro, sem uma visão holística, focados apenas nos inte-resses pessoais, naquela do que é dando que se re-cebe.

Então, dentro desta óti-ca, sempre vão se perpetu-ando e manipulando, além de mascararem as reais necessidades, ou melhor, as prioridades da cidade. Torna-se um vício a mesmi-ce, e ainda rotulam estes pseudo-colaboradores de ph Deuses do sabe tudo, mas não sabem nada.

Conhecem a literatura de gibis, e quando muito, um jornal de conteúdo informa-tivo, mais noticioso do que técnico. Com isto, são con-siderados o supra sumo da inteligência, os imbatíveis, os insubstituíveis que se perpetuam no Poder.

Deviam, ao assumirem postos na administração pública, apresentarem seus currículos, destacan-do os últimos cursos de que participaram, com um resumo de seus conteúdos, presença em congressos ou seminários, para que o povo soubesse quem es-taria conduzindo determi-nada secretaria. Não vale apresentar Curso Walita, ou especialidade em drops de hortelã.

Mas, não fazem isto, e fi camos sem saber para o que vieram, se meros pen-duricalhos do prefeito, ou curiosos no assunto. Digo e repito, temos administra-dores de escol na cidade, pessoas altamente qualifi -cadas para desempenha-

rem quaisquer tarefas, pois são estudiosos e atuali-zadíssimos com qualquer tipo de situação que lhes sejam apresentadas, além da criatividade e determi-nação. O problema, como disse, é chamá-los, inde-pendentemente de suas posições políticas.

É difícil encarar esta re-alidade para nossos políti-cos, e vou dar um exemplo simplório: temos um enge-nheiro de trânsito na Se-cretaria de Ordem Pública, para opinar sobre os sinais luminosos, e o fl uxo de veí-culos na cidade? Claro que não, quem determina tudo é o secretário, que não é um especialista no assun-to, concordam, alguma dú-vida? Agora, imaginem em outras secretarias, como na Água. Qual a solução para a falta deste líquido nas torneiras? Qual o en-genheiro que é qualifi cado nesta área na citada secre-taria, para justifi car e resol-ver o problema?

E por aí vai, mas que

tem gente muito qualifi ca-da para responder a estas indagações na cidade, isto tem, só que nossos admi-nistradores não querem resolver os problemas que se nos afl igem, e com isto, perde a população. Só para concluir, já viram aquele aguaceiro que desce lá nas bandas da Exposição?

Já furaram aquela rua uma dúzia de vezes, tro-cando manilhas e gastan-do com camadas de as-falto. Sorte da empreiteira que faz este serviço, pois a toda chuva, tem que voltar para refazer o que foi feito. A Secretaria de Obras fi ca próxima deste local, mas não detecta o problema que qualquer cidadão me-nos informado tem uma ideia do que está ocorren-do. Habeat sibi competen-tis, administratoris in civi-tate, com certeza. Basta procurá-los.

*Heraldo Bichara é pro-fessor aposentado e ex-ve-reador

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12. Sábado - 02 de Fevereiro de 2013 POR RENAN ANDRADE

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■ CLOSE DA SEMANAII Parada da Diversidade Parabéns pra você

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No domingo, 27, quem mar-cou presença mais do que VIP (risos) na II Parada da Diversi-dade do Sul Fluminense, que é realizada em Barra do Piraí, essa galerinha da foto. Da esquerda para a direita: o co-merciante Renan de Andrade (eu mesmo, risos); ao fundo, a estudante May Albano; Janna Mello, e os administradores de empresas, Bradon Palmeira e Thiago Barbosa.

“Em homenagem aos meus amigos gays, vim fantasiada de drag queen. Vamos com-bater o preconceito que a sociedade insiste em guardar

dentro de si contra os LGBTs”, declarou Janna à coluna.

Segundo os organizadores, a II Parada da Diversidade levou cerca de 10 mil pes-soas às ruas, que, mesmo com chuva, decidiram sair de suas casas para gritar contra o preconceito. Parabéns a to-dos nós, héteros, homos, bis-sexuais, trans e a toda classe LGBT, por ter mostrado, mais uma vez, que luta se faz sem guerra, e, sim, disseminando o amor. Ah, acompanhe a co-bertura completa do evento nas páginas 6 e 7 desta edi-ção da VOZ.

31/01 – No mesmo dia, rolou a festa para a comer-ciária Rafaela Diniz, mo-radora do bairro Santana. Ela é mãe da modelo mi-rim, Emily Ribeiro Vieira, e tem se dedicado para que a carreira da fi lha deslan-che cada vez mais. Na foto, Rafaela aparece ao lado da amiga Ana Glace, que também aniversariou esta semana, mais precisamen-te ontem. Então, beijo em dose dupla! Felicidades!

31/01 – Quinta-feira foi dia de o jovem Ronan Gui-marães, que, por sinal, é meu irmão, acordar de idade nova. Ele comple-tou 22 anos e tem entre seu rol de paixões o Fla-mengo. Quem manda um super beijo e os desejos de felicidades é sua na-morada, Jéssica Silva, sua mãe, Rosimere Gui-marães, e seus irmãos, Renan e Ramon. Para-béns, mano!

30/01 – Quem comple-tou 23 anos, na quarta-feira, foi o jornalista Felipe Eiras. Formado em Comu-nicação Social pelo Cen-tro Universitário Geraldo di Biase (UGB), o jovem é fl amenguista “roxo” e mo-rador do bairro Cantão. Um dos seus programas prediletos é sair para zuar com seus amigos, além de, é claro, assistir aos jogos do Mengão. Aquele abraço, Felipe!

Flopando & Arrasando

ArrasouO grupo que defende os direitos dos LGBTs

(Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais) em Barra do Piraí. Trata-se da mes-ma equipe que organizou a II Parada da Diversidade do Sul Fluminense, que transcorreu perfeitamente, sem nenhum registro negativ. Quero parabe-nizar todos os políticos e au-toridades que apoiaram essa ideia, em especial o prefeito Maércio de Almeida, o vereador Pedrinho ADL e o empresário Mario Esteves. Vocês arrasam!

FlopouUm grupo de militan-tes alienados de um

determinado político da ci-dade. Eles, um ex-vereador e comerciante, e uma nova co-missionada, além de outros membros da mesma “pane-la”, tentaram desmerecer a organização da II Parada da Diversidade. E tudo porque cismaram em dizer que a parada estava sendo usada como gancho político. A indig-nação é pela falta de respeito com uma equipe que lutou para que o evento saísse do papel em tão pouco tempo. Prestem atenção antes de fa-lar, porque quem acaba pas-sando por ridículos são vocês mesmos. Fica a dica.