jornal a voz do bras 11ª edição 11 08 14

13
A VO BRÁS EX RA! A! EX A VOZ AS T ! EX ! @AVozdoBras facebook.com/avozdobras Ano I - Edição 11 - de 31 de julho a 31 de agosto de 2014 Para enxegar uma cidade melhor pág. 2 pág. 10 pág. 19 pág. 11 E o ano que começa... Balanço e movimento com muito estilo Elvis Back EDITORIAL OPINIÃO MODA TEATRO Pág. 8 Pág. 4 Dia dos Pais Pág. 24 Pág. 6 Vacinação Saúde O uso dos números para a manipulação da opnião pública O Brás em obras Pág. 21

Upload: claudio-zumckeller

Post on 02-Apr-2016

216 views

Category:

Documents


0 download

DESCRIPTION

 

TRANSCRIPT

Page 1: Jornal a voz do bras 11ª edição 11 08 14

A VOBRÁS

EX RA!A! EX

A VOZAST ! EX!

@AVozdoBrasfacebook.com/avozdobrasAno I - Edição 11 - de 31 de julho a 31 de agosto de 2014

Para enxegar umacidade melhor pág. 2

pág. 10

pág. 19

pág. 11

E o ano que começa...

Balanço e movimentocom muito estilo

Elvis Back

EDITORIAL

OPINIÃO

MODA

TEATRO

Pág. 8

Pág. 4

Dia dos Pais

Pág. 24

Pág. 6

Vacinação SaúdeO uso dos números para a

manipulação da opnião pública

O Brás em obras

Pág. 21

Page 2: Jornal a voz do bras 11ª edição 11 08 14

De tudo se perde muitoNo Brasil, 26,3 milhões de tonela-

das de alimentos vão ao lixo por ano

No país há um enorme desperdício de re-cursos naturais. De tudo se perde muito. A cada ano, 26,3 milhões de toneladas de comida são jogados fora. Esse volu-me seria suficiente para distribuir 131,5 quilos para cada brasileiro ou 3,76 para cada habitante do planeta. Segundo a Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO) toda essa comida alimentaria os 13 milhões de brasileiros que ainda passam fome e ainda atuaria como fator de combate à inflação. Com oferta maior de produtos, os preços não subiriam tanto. Nas centrais de abastecimento o desper-dício de hortaliças é visível. Há casos em que 40% da produção ficam no ca-minho entre as fazendas e os supermer-cados.A comida desperdiçada provoca mais do que prejuízos financeiros, gera re-volta e inconformismo. Ainda assim, o Brasil pouco se mobiliza para mudar esse quadro. Desde 1998, a chamada

Lei do Bom Samaritano, em alusão a uma passagem bíblica, tramita no Congresso Nacional, e não há pre-visão alguma para que seja votada. A intenção da proposta é isentar doadores

de alimentos de responsabilidade civil e penal, se agirem de boa fé, na dis-tribuição de comida — semelhante ao que ocorre em países da Europa e nos Estados Unidos.

Enquanto essa lei não é aprovada, o Estado brasileiro pune severamente os doadores. A legislação atual prevê até cinco anos de prisão caso quem receba os alimentos sofra algum tipo de dano em decorrência da comida doada. Com isso, donos de restaurantes, por exem-plo, são obrigados a despejar no lixo as sobras diárias da produção. “É um crime”, define o diretor-executivo da Associação Brasileira de Bares e Res-taurantes (Abrasel), Gustavo Timo.O ajuste na legislação, segundo Timo, poderia ajudar e muito o Brasil a con-ter o desperdício. “A regra em vigor é completamente inapropriada. Por parte do setor, não falta boa vontade”, insiste o representante da Abrasel, ressaltando que em outros países existem progra-mas organizados de doações, para evi-tar que toneladas de comida em bom estado acabem no lixo. É trágico, mas é real, na esteira desse desperdício sucumbe uma parcela sig-nificativa da população que, subnutrida, se torna inapta para desenvolver seus talentos.

2 Editorial

EXA VOZ

AST ! EX!

A VOBRÁS

EX RA!A!

JORNAL A VOZ DO BRÁS LTDACNPJ: 18 730 278/ 0001-80

Rua São Caetano, 884 - 3º Andar (Shopping Via Sul) - Fone: (11) 3228-7110 - São Paulo - SPe-mail: [email protected] Facebook.com/avozdobras @AVozdoBras

www.avozdobras.blogspot.com

Expediente:Diretor Executivo e Comercial: Helbert Periferia

Diretor de Redação: Claudio ZumckellerEditor: Rodrigo De Giuli

Diagramação e arte: Francisco Roca MatiasFotografia: Helbert Periferia, Claudio Zumckeller e Rodrigo De Giuli

Circulação Nacional – Tiragem 44 mil exemplares – Impressão OESP Gráfica S/A .Os anúncios publicitários com ofertas e promoções são de inteira responsabilidade dos anunciantes. O jornal A VOZ DO BRÁS orienta que o leitor pesquise e certifique-se antes da conclusão de qualquer compromisso comercial, cabendo reclamações a serem feitas ao PROCON regional.

Regulamentação: Lei municipal 14517, artigo 26, parágrafo 2º. Considerando o disposto do inciso IX do artigo 5º, da Constituição Federal, excetua-se da vedação estabelecida no “Caput” deste artigo a distribuição gratuita de jornais e periódicos que se enquadram na lei federal nº 5.250, de 09 de fevereiro de 1967.

FALE CONOSCO, DÊ SUA OPINIÃO: [email protected]

31Onde Comprar Bem no Brás

A VOBRÁS

EX RA!A!

De tudo se perde muitoNo Brasil, 26,3 milhões de tonela-

das de alimentos vão ao lixo por ano

No país há um enorme desperdício de re-cursos naturais. De tudo se perde muito. A cada ano, 26,3 milhões de toneladas de comida são jogados fora. Esse volu-me seria suficiente para distribuir 131,5 quilos para cada brasileiro ou 3,76 para cada habitante do planeta. Segundo a Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO) toda essa comida alimentaria os 13 milhões de brasileiros que ainda passam fome e ainda atuaria como fator de combate à inflação. Com oferta maior de produtos, os preços não subiriam tanto. Nas centrais de abastecimento o desper-dício de hortaliças é visível. Há casos em que 40% da produção ficam no ca-minho entre as fazendas e os supermer-cados.A comida desperdiçada provoca mais do que prejuízos financeiros, gera re-volta e inconformismo. Ainda assim, o Brasil pouco se mobiliza para mudar esse quadro. Desde 1998, a chamada

Lei do Bom Samaritano, em alusão a uma passagem bíblica, tramita no Congresso Nacional, e não há pre-visão alguma para que seja votada. A intenção da proposta é isentar doadores

de alimentos de responsabilidade civil e penal, se agirem de boa fé, na dis-tribuição de comida — semelhante ao que ocorre em países da Europa e nos Estados Unidos.

Enquanto essa lei não é aprovada, o Estado brasileiro pune severamente os doadores. A legislação atual prevê até cinco anos de prisão caso quem receba os alimentos sofra algum tipo de dano em decorrência da comida doada. Com isso, donos de restaurantes, por exem-plo, são obrigados a despejar no lixo as sobras diárias da produção. “É um crime”, define o diretor-executivo da Associação Brasileira de Bares e Res-taurantes (Abrasel), Gustavo Timo.O ajuste na legislação, segundo Timo, poderia ajudar e muito o Brasil a con-ter o desperdício. “A regra em vigor é completamente inapropriada. Por parte do setor, não falta boa vontade”, insiste o representante da Abrasel, ressaltando que em outros países existem progra-mas organizados de doações, para evi-tar que toneladas de comida em bom estado acabem no lixo. É trágico, mas é real, na esteira desse desperdício sucumbe uma parcela sig-nificativa da população que, subnutrida, se torna inapta para desenvolver seus talentos.

2 Editorial

EXA VOZ

AST ! EX!

A VOBRÁS

EX RA!A!

JORNAL A VOZ DO BRÁS LTDACNPJ: 18 730 278/ 0001-80

Rua São Caetano, 884 - 3º Andar (Shopping Via Sul) - Fone: (11) 3228-7110 - São Paulo - SPe-mail: [email protected] Facebook.com/avozdobras @AVozdoBras

www.avozdobras.blogspot.com

Expediente:Diretor Executivo e Comercial: Helbert Periferia

Diretor de Redação: Claudio ZumckellerEditor: Rodrigo De Giuli

Diagramação e arte: Francisco Roca MatiasFotografia: Helbert Periferia, Claudio Zumckeller e Rodrigo De Giuli

Circulação Nacional – Tiragem 44 mil exemplares – Impressão OESP Gráfica S/A .Os anúncios publicitários com ofertas e promoções são de inteira responsabilidade dos anunciantes. O jornal A VOZ DO BRÁS orienta que o leitor pesquise e certifique-se antes da conclusão de qualquer compromisso comercial, cabendo reclamações a serem feitas ao PROCON regional.

Regulamentação: Lei municipal 14517, artigo 26, parágrafo 2º. Considerando o disposto do inciso IX do artigo 5º, da Constituição Federal, excetua-se da vedação estabelecida no “Caput” deste artigo a distribuição gratuita de jornais e periódicos que se enquadram na lei federal nº 5.250, de 09 de fevereiro de 1967.

FALE CONOSCO, DÊ SUA OPINIÃO: [email protected]

31Onde Comprar Bem no Brás

A VOBRÁS

EX RA!A!

2 3

Não é difícil entender o grau de rejeição à administração de Fernando Haddad (PT). São Paulo é uma cidade que há sete décadas segue

dominada por projetos norteados única e exclusivamente para benefício da in-dústria automobilística e da especulação imobiliária. Evidente que qualquer admi-nistração que tome outros rumos, ainda que minimamente diversos, não passará imune aos ataques midiáticos e à pressão das “pesquisas” de opinião.

Desde que me relaciono com a cidade (estou aqui desde os anos 50) nunca vi um desencadear de ações tão abrangentes e coordenadas, capazes de impactar posi-tivamente a curto e longo prazos. Entre-tanto, quase metade da população (47%) rejeita diretamente a administração e ou-tros tantos (37%) a consideram “regular”. Aprovação, mesmo, só de 17%.

Analfabetismo cidadão? Parece que as-sim é quando se enxerga indivíduos des-filando solitariamente suas toneladas de aço no trânsito engarrafado. Os semblan-tes não mentem, demonstram a angústia.

Razões para isso - Por um lado, há uma enorme rejeição de parcelas expressivas da cidade - que se traduz em ódio atávico ao PT, sua atuação e seu projeto político. Isto acaba atingindo tudo que se refere ao partido e, claro, o prefeito Haddad. Foi

assim com Luíza Erundina (1989-1992) e com Marta Suplicy (2001-04).

Por outro lado, percebe-se uma profun-da dificuldade de comunicação da atu-al administração com a cidade. Haddad pessoalmente parece não ser uma pessoa hábil na comunicação direta com a massa. É professor e, deste modo, provavelmente tenha mais facilidade para trabalhar argu-

mentos em grupos menores e com maior tempo para expor ideias. Esta parece ser uma característica que o prefeito precisa rever. Outros políticos com menor vo-cação para mudanças, infelizmente, são melhores na comunicação e na constru-

ção do diálogo com públicos diversos e antagônicos.

Há aspectos na comunicação pública da administração municipal que podem ser melhorados, independente do estilo pes-soal do prefeito. Por exemplo, o slogan “Fazendo o que tem de ser feito” soa ar-rogante. O que move as pessoas para mu-danças não é a imposição, mas o o sonho.

Uma visão compartilhada de transforma-ção da cidade e de como isso pode afetar positivamente a vida de cada um.

“Fazendo o que deve ser feito” fala de algo em processo. Ou seja, da “forma” como se está construindo esta nova São

Paulo. É certo que há muitos comercian-tes, motoristas de taxi, moradores de con-domínio, donos de carros que se sentem diretamente atingidos por medidas toma-das pela prefeitura, especialmente as re-lacionadas ao transporte público e ciclo-vias. Não é suficiente dizer que eles terão de engolir, querendo ou não, essas ações porque a prefeitura “está fazendo o que tem de ser feito”, o melhor a longo prazo.

Mais adequado, a meu ver, seria cons-truir uma ligação baseada na visão de uma cidade melhor para todos, inclusi-ve para os filhos e netos dessas pessoas. Afinal, é prudente fazer aliados. Mesmo porque aqueles que são de fato e ideolo-gicamente contra essa nova cidade que se pretende construir são grupos poderosos cujos propósitos devem ser rechaçados de forma coordenada.

Essa visão de processo, do “como va-mos fazer”, é o que menos se precisa di-fundir neste momento singular da cidade de São Paulo. O que todo paulistano, por nascimento ou opção, quer saber é o “para quê”, o que vai surgir, que cidade tere-mos, diferente e melhor do que esta que temos. Com isso, fica muito mais fácil ex-plicar “o que” está sendo feito e “como” está sendo feito.

Está na hora da administração Haddad transformar seu projeto em um movimen-to de todos. Descartar este “Fazendo o que deve ser feito” e partir para o “Fazer juntos”. Sem deixar de entender e se fa-zer entender que o sonho de cada um é e deve ser diferente, mas que o desejo de uma cidade melhor para todos, é comum e urgente.

2 Editorial

EXA VOZ

AST ! EX!

A VOBRÁS

EX RA!A!

JORNAL A VOZ DO BRÁS LTDACNPJ: 18 730 278/ 0001-80

Rua São Caetano, 884 - 3º Andar (Shopping Via Sul) - Fone: (11) 3228-7110 - São Paulo - SPe-mail: [email protected] Facebook.com/avozdobras @AVozdoBras

www.avozdobras.blogspot.com

Expediente:Diretor Executivo e Comercial: Helbert Periferia

Diretor de Redação: Claudio ZumckellerEditor: Rodrigo De Giuli

Diagramação e arte: Francisco Roca MatiasFotografia: Helbert Periferia, Claudio Zumckeller e Rodrigo De Giuli

Circulação Nacional – Tiragem 44 mil exemplares – Impressão OESP Gráfica S/A .Os anúncios publicitários com ofertas e promoções são de inteira responsabilidade dos anunciantes. O jornal A VOZ DO BRÁS orienta que o leitor pesquise e certifique-se antes da conclusão de qualquer compromisso comercial, cabendo reclamações a serem feitas ao PROCON regional.

Regulamentação: Lei municipal 14517, artigo 26, parágrafo 2º. Considerando o disposto do inciso IX do artigo 5º, da Constituição Federal, excetua-se da vedação estabelecida no “Caput” deste artigo a distribuição gratuita de jornais e periódicos que se enquadram na lei federal nº 5.250, de 09 de fevereiro de 1967.

FALE CONOSCO, DÊ SUA OPINIÃO: [email protected]

31Onde Comprar Bem no Brás

A VOBRÁS

EX RA!A!

Editorial Onde Comprar bem no Brás

Para enxegar uma cidade melhorPor Claudio Zumckeller

Page 3: Jornal a voz do bras 11ª edição 11 08 14

De tudo se perde muitoNo Brasil, 26,3 milhões de tonela-

das de alimentos vão ao lixo por ano

No país há um enorme desperdício de re-cursos naturais. De tudo se perde muito. A cada ano, 26,3 milhões de toneladas de comida são jogados fora. Esse volu-me seria suficiente para distribuir 131,5 quilos para cada brasileiro ou 3,76 para cada habitante do planeta. Segundo a Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO) toda essa comida alimentaria os 13 milhões de brasileiros que ainda passam fome e ainda atuaria como fator de combate à inflação. Com oferta maior de produtos, os preços não subiriam tanto. Nas centrais de abastecimento o desper-dício de hortaliças é visível. Há casos em que 40% da produção ficam no ca-minho entre as fazendas e os supermer-cados.A comida desperdiçada provoca mais do que prejuízos financeiros, gera re-volta e inconformismo. Ainda assim, o Brasil pouco se mobiliza para mudar esse quadro. Desde 1998, a chamada

Lei do Bom Samaritano, em alusão a uma passagem bíblica, tramita no Congresso Nacional, e não há pre-visão alguma para que seja votada. A intenção da proposta é isentar doadores

de alimentos de responsabilidade civil e penal, se agirem de boa fé, na dis-tribuição de comida — semelhante ao que ocorre em países da Europa e nos Estados Unidos.

Enquanto essa lei não é aprovada, o Estado brasileiro pune severamente os doadores. A legislação atual prevê até cinco anos de prisão caso quem receba os alimentos sofra algum tipo de dano em decorrência da comida doada. Com isso, donos de restaurantes, por exem-plo, são obrigados a despejar no lixo as sobras diárias da produção. “É um crime”, define o diretor-executivo da Associação Brasileira de Bares e Res-taurantes (Abrasel), Gustavo Timo.O ajuste na legislação, segundo Timo, poderia ajudar e muito o Brasil a con-ter o desperdício. “A regra em vigor é completamente inapropriada. Por parte do setor, não falta boa vontade”, insiste o representante da Abrasel, ressaltando que em outros países existem progra-mas organizados de doações, para evi-tar que toneladas de comida em bom estado acabem no lixo. É trágico, mas é real, na esteira desse desperdício sucumbe uma parcela sig-nificativa da população que, subnutrida, se torna inapta para desenvolver seus talentos.

2 Editorial

EXA VOZ

AST ! EX!

A VOBRÁS

EX RA!A!

JORNAL A VOZ DO BRÁS LTDACNPJ: 18 730 278/ 0001-80

Rua São Caetano, 884 - 3º Andar (Shopping Via Sul) - Fone: (11) 3228-7110 - São Paulo - SPe-mail: [email protected] Facebook.com/avozdobras @AVozdoBras

www.avozdobras.blogspot.com

Expediente:Diretor Executivo e Comercial: Helbert Periferia

Diretor de Redação: Claudio ZumckellerEditor: Rodrigo De Giuli

Diagramação e arte: Francisco Roca MatiasFotografia: Helbert Periferia, Claudio Zumckeller e Rodrigo De Giuli

Circulação Nacional – Tiragem 44 mil exemplares – Impressão OESP Gráfica S/A .Os anúncios publicitários com ofertas e promoções são de inteira responsabilidade dos anunciantes. O jornal A VOZ DO BRÁS orienta que o leitor pesquise e certifique-se antes da conclusão de qualquer compromisso comercial, cabendo reclamações a serem feitas ao PROCON regional.

Regulamentação: Lei municipal 14517, artigo 26, parágrafo 2º. Considerando o disposto do inciso IX do artigo 5º, da Constituição Federal, excetua-se da vedação estabelecida no “Caput” deste artigo a distribuição gratuita de jornais e periódicos que se enquadram na lei federal nº 5.250, de 09 de fevereiro de 1967.

FALE CONOSCO, DÊ SUA OPINIÃO: [email protected]

31Onde Comprar Bem no Brás

A VOBRÁS

EX RA!A!

De tudo se perde muitoNo Brasil, 26,3 milhões de tonela-

das de alimentos vão ao lixo por ano

No país há um enorme desperdício de re-cursos naturais. De tudo se perde muito. A cada ano, 26,3 milhões de toneladas de comida são jogados fora. Esse volu-me seria suficiente para distribuir 131,5 quilos para cada brasileiro ou 3,76 para cada habitante do planeta. Segundo a Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO) toda essa comida alimentaria os 13 milhões de brasileiros que ainda passam fome e ainda atuaria como fator de combate à inflação. Com oferta maior de produtos, os preços não subiriam tanto. Nas centrais de abastecimento o desper-dício de hortaliças é visível. Há casos em que 40% da produção ficam no ca-minho entre as fazendas e os supermer-cados.A comida desperdiçada provoca mais do que prejuízos financeiros, gera re-volta e inconformismo. Ainda assim, o Brasil pouco se mobiliza para mudar esse quadro. Desde 1998, a chamada

Lei do Bom Samaritano, em alusão a uma passagem bíblica, tramita no Congresso Nacional, e não há pre-visão alguma para que seja votada. A intenção da proposta é isentar doadores

de alimentos de responsabilidade civil e penal, se agirem de boa fé, na dis-tribuição de comida — semelhante ao que ocorre em países da Europa e nos Estados Unidos.

Enquanto essa lei não é aprovada, o Estado brasileiro pune severamente os doadores. A legislação atual prevê até cinco anos de prisão caso quem receba os alimentos sofra algum tipo de dano em decorrência da comida doada. Com isso, donos de restaurantes, por exem-plo, são obrigados a despejar no lixo as sobras diárias da produção. “É um crime”, define o diretor-executivo da Associação Brasileira de Bares e Res-taurantes (Abrasel), Gustavo Timo.O ajuste na legislação, segundo Timo, poderia ajudar e muito o Brasil a con-ter o desperdício. “A regra em vigor é completamente inapropriada. Por parte do setor, não falta boa vontade”, insiste o representante da Abrasel, ressaltando que em outros países existem progra-mas organizados de doações, para evi-tar que toneladas de comida em bom estado acabem no lixo. É trágico, mas é real, na esteira desse desperdício sucumbe uma parcela sig-nificativa da população que, subnutrida, se torna inapta para desenvolver seus talentos.

2 Editorial

EXA VOZ

AST ! EX!

A VOBRÁS

EX RA!A!

JORNAL A VOZ DO BRÁS LTDACNPJ: 18 730 278/ 0001-80

Rua São Caetano, 884 - 3º Andar (Shopping Via Sul) - Fone: (11) 3228-7110 - São Paulo - SPe-mail: [email protected] Facebook.com/avozdobras @AVozdoBras

www.avozdobras.blogspot.com

Expediente:Diretor Executivo e Comercial: Helbert Periferia

Diretor de Redação: Claudio ZumckellerEditor: Rodrigo De Giuli

Diagramação e arte: Francisco Roca MatiasFotografia: Helbert Periferia, Claudio Zumckeller e Rodrigo De Giuli

Circulação Nacional – Tiragem 44 mil exemplares – Impressão OESP Gráfica S/A .Os anúncios publicitários com ofertas e promoções são de inteira responsabilidade dos anunciantes. O jornal A VOZ DO BRÁS orienta que o leitor pesquise e certifique-se antes da conclusão de qualquer compromisso comercial, cabendo reclamações a serem feitas ao PROCON regional.

Regulamentação: Lei municipal 14517, artigo 26, parágrafo 2º. Considerando o disposto do inciso IX do artigo 5º, da Constituição Federal, excetua-se da vedação estabelecida no “Caput” deste artigo a distribuição gratuita de jornais e periódicos que se enquadram na lei federal nº 5.250, de 09 de fevereiro de 1967.

FALE CONOSCO, DÊ SUA OPINIÃO: [email protected]

31Onde Comprar Bem no Brás

A VOBRÁS

EX RA!A!

4 5

O jornalismo, em geral, é baseado em narrati-vas ou números – as pesquisas. Para o sen-so comum, os números

são inquestionáveis. Mas eles não re-presentam uma verdade absoluta; são manipuláveis e representam apenas um recorte do contexto. Um viés da realidade.

O conjunto de ideias, crenças e va-lores filosóficos, científicos ou reli-giosos formam paradigmas, visões de mundo. Um determinado grupo social entende a realidade através do proces-so de percepção que coletiviza a im-pressão do fato, ou seja, cada grupo só percebe o que conjuga com o padrão que concebe.

Esse processo de percepção expli-ca como o mesmo fenômeno pode ser entendido de diversas maneiras. Em 1948, na cidade de Aporá, Minas Gerais, um eclipse total do sol (fenô-meno que ainda não havia sido pre-senciado pelos moradores de Aporá) provocou pânico geral; as pessoas acreditaram que era o fim do mundo, os camponeses imediatamente para-ram de trabalhar. Lampiões e candeias foram acesos e durante todo o dia o assunto não foi outro.

A aproximadamente 150 quilôme-tros dali, na cidade de Bocaiúva, o mesmo fenômeno foi recebido de forma totalmente diferente. Devido a sua localização, que privilegiava a ob-servação do eclipse, Bocaiúva atraiu astrônomos e pesquisadores de todo o planeta, que em posse dos equipa-mentos mais modernos da época se entusiasmaram com o raríssimo even-to. As duas cidades, apesar da proxi-midade geográfica, perceberam de modo radicalmente diferente o mes-mo acontecimento. Nós entendemos o que nos convém entender, tudo que desafia o nosso modelo é rapidamente repudiado.

Pesquisas suspeitas - pesquisa fei-ta pelo Ibope destoou radicalmente da realidade

Ninguém sabe se o senador José Sarney (PMDB-AP) é do Maranhão ou se o Maranhão é de Sarney. Mas o que podemos constatar é que a família desse “representante do povo” manda naquele Estado. Na eleição para go-vernador de 2006, pesquisas feitas pelo Ibope, entidade colocada acima de qualquer suspeita pela maior parte da população brasileira, apontavam que Roseana Sarney (na época filiada ao DEM, atualmente no PMDB) ven-ceria as eleições ainda no primeiro turno. Ou seja, segundo o renomado instituto, Roseana teria mais de 50% dos votos. Entretanto, Jackson Lago (PDT) contrariou todas as pesquisas de opinião e foi eleito no segundo turno com 51,82% dos votos contra 48,18% da candidata do então DEM.

As pesquisas, no mínimo equivo-cadas, foram encomendadas pela TV Mirante, afiliada da Rede Globo no Maranhão, fundada pelo ex-presiden-te José Sarney.

Índices fraudulentos na ArgentinaO Instituto Nacional de Estatística

e Censos de Argentina (INDEC), que é ligado diretamente ao Ministério da Economia e Finanças Públicas daque-le país, divulgou, em 2009, pesqui-sas de inflação fraudulentas, segun-do o economista argentino Alberto

Cavallo. Ele disse à época que “as mentiras que estão introduzindo na economia terão efeitos extremamente negativos a longo prazo”.

No blog InflacionVerdadera, Ca-vallo, que está escrevendo sua tese de PhD em economia na universi-dade de Harvard (EUA), aponta, em parceria com outros economistas, ín-dices alternativos de inflação. “Em meados de 2007, os jornais argentinos começaram a questionar duramente os números oficias. O argumento era que qualquer um que fosse a um su-permercado notaria aumentos muito mais altos do que os publicados pelo INDEC”, diz Cavallo.

Ainda de acordo com o economista, o governo de Cristina Kirschner usou os números para ludibriar a popula-ção, forjando uma estabilidade eco-nômica “com o intento de minimizar os custos políticos e continuar proje-tando publicamente uma imagem de crescimento sem inflação”. Em janei-ro de 2007, o governo decidiu intervir no INDEC. “A partir desse momento os índices de inflação começaram a ser muito suspeitos”, conclui Cavallo.

Em 2013, quatro anos após a entre-vista que fiz com Cavallo, os números ainda levantam suspeita e o assunto está mais atual do que nunca. Depois de questionamentos sobre os dados oficiais, o ministro argentino da Eco-nomia Hernán Lorenzino se reuniu

com técnicos do Fundo Monetário Internacional (FMI) em Washington para elaborar um novo índice de infla-ção em setembro deste ano.

Relembrar é viverCaso Proconsult, empresa que era

ligada ao regime militar, e que frau-dou o resultado das eleições

Em 1982, as eleições para o governo fluminense foram marcadas por uma tentativa de fraude clamorosa. As pes-quisas de opinião davam vitória certa para Moreira Franco (no então PDS, três mandatos como deputado fede-ral, ex-governador do Rio de Janeiro e hoje ministro-chefe da Secretaria de Aviação Civil da presidência da Re-pública), candidato apoiado pela dita-dura militar e pela Rede Globo.

Naquele ano disputavam o pleito Sandra Cavalcanti (PTB), Lisâneas Maciel (PT), Miro Teixeira (PMDB), Moreira Franco (PDS, antigo Arena) e Leonel Brizola (PDT). A Procon-sult, empresa responsável pela apura-ção fraudulenta das urnas, computou votos nulos e brancos para Franco, que assim venceria a eleição.

O PDT não se conformou com o re-sultado informado pela Proconsult e contratou a Sysin Sistemas e Serviços de Informática para fazer uma apu-ração paralela. O resultado divergiu completamente do oficial. E não foi só a Sysin que contestou os números: o Jornal do Brasil também deu grande ênfase para o caso. Diante das novas apurações, o recém-anistiado Leonel Brizola assumiu o cargo de governa-dor do Rio de Janeiro. O então dono da Rede Globo, Roberto Marinho, foi acusado de participação no esquema.

As favas com as pesquisasAs pesquisas de opinião servem

para influenciar nosso comportamen-to e não são nem de longe verdades inexoráveis. Uma pesquisa traz sem-pre resultados que correspondem a determinados interesses. Portanto, como diz o ditado: “um olho na fritura do peixe e outro no gato”.

Onde Comprar bem no BrásAnálise

Pesquisas e “pesquisas” – o uso dos númerospara a manipulação da opinião pública

Casos em que políticos usam pesquisas ou institutos que manipulam números não são incomuns

Por Thiago Menezes

Page 4: Jornal a voz do bras 11ª edição 11 08 14

De tudo se perde muitoNo Brasil, 26,3 milhões de tonela-

das de alimentos vão ao lixo por ano

No país há um enorme desperdício de re-cursos naturais. De tudo se perde muito. A cada ano, 26,3 milhões de toneladas de comida são jogados fora. Esse volu-me seria suficiente para distribuir 131,5 quilos para cada brasileiro ou 3,76 para cada habitante do planeta. Segundo a Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO) toda essa comida alimentaria os 13 milhões de brasileiros que ainda passam fome e ainda atuaria como fator de combate à inflação. Com oferta maior de produtos, os preços não subiriam tanto. Nas centrais de abastecimento o desper-dício de hortaliças é visível. Há casos em que 40% da produção ficam no ca-minho entre as fazendas e os supermer-cados.A comida desperdiçada provoca mais do que prejuízos financeiros, gera re-volta e inconformismo. Ainda assim, o Brasil pouco se mobiliza para mudar esse quadro. Desde 1998, a chamada

Lei do Bom Samaritano, em alusão a uma passagem bíblica, tramita no Congresso Nacional, e não há pre-visão alguma para que seja votada. A intenção da proposta é isentar doadores

de alimentos de responsabilidade civil e penal, se agirem de boa fé, na dis-tribuição de comida — semelhante ao que ocorre em países da Europa e nos Estados Unidos.

Enquanto essa lei não é aprovada, o Estado brasileiro pune severamente os doadores. A legislação atual prevê até cinco anos de prisão caso quem receba os alimentos sofra algum tipo de dano em decorrência da comida doada. Com isso, donos de restaurantes, por exem-plo, são obrigados a despejar no lixo as sobras diárias da produção. “É um crime”, define o diretor-executivo da Associação Brasileira de Bares e Res-taurantes (Abrasel), Gustavo Timo.O ajuste na legislação, segundo Timo, poderia ajudar e muito o Brasil a con-ter o desperdício. “A regra em vigor é completamente inapropriada. Por parte do setor, não falta boa vontade”, insiste o representante da Abrasel, ressaltando que em outros países existem progra-mas organizados de doações, para evi-tar que toneladas de comida em bom estado acabem no lixo. É trágico, mas é real, na esteira desse desperdício sucumbe uma parcela sig-nificativa da população que, subnutrida, se torna inapta para desenvolver seus talentos.

2 Editorial

EXA VOZ

AST ! EX!

A VOBRÁS

EX RA!A!

JORNAL A VOZ DO BRÁS LTDACNPJ: 18 730 278/ 0001-80

Rua São Caetano, 884 - 3º Andar (Shopping Via Sul) - Fone: (11) 3228-7110 - São Paulo - SPe-mail: [email protected] Facebook.com/avozdobras @AVozdoBras

www.avozdobras.blogspot.com

Expediente:Diretor Executivo e Comercial: Helbert Periferia

Diretor de Redação: Claudio ZumckellerEditor: Rodrigo De Giuli

Diagramação e arte: Francisco Roca MatiasFotografia: Helbert Periferia, Claudio Zumckeller e Rodrigo De Giuli

Circulação Nacional – Tiragem 44 mil exemplares – Impressão OESP Gráfica S/A .Os anúncios publicitários com ofertas e promoções são de inteira responsabilidade dos anunciantes. O jornal A VOZ DO BRÁS orienta que o leitor pesquise e certifique-se antes da conclusão de qualquer compromisso comercial, cabendo reclamações a serem feitas ao PROCON regional.

Regulamentação: Lei municipal 14517, artigo 26, parágrafo 2º. Considerando o disposto do inciso IX do artigo 5º, da Constituição Federal, excetua-se da vedação estabelecida no “Caput” deste artigo a distribuição gratuita de jornais e periódicos que se enquadram na lei federal nº 5.250, de 09 de fevereiro de 1967.

FALE CONOSCO, DÊ SUA OPINIÃO: [email protected]

31Onde Comprar Bem no Brás

A VOBRÁS

EX RA!A!

De tudo se perde muitoNo Brasil, 26,3 milhões de tonela-

das de alimentos vão ao lixo por ano

No país há um enorme desperdício de re-cursos naturais. De tudo se perde muito. A cada ano, 26,3 milhões de toneladas de comida são jogados fora. Esse volu-me seria suficiente para distribuir 131,5 quilos para cada brasileiro ou 3,76 para cada habitante do planeta. Segundo a Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO) toda essa comida alimentaria os 13 milhões de brasileiros que ainda passam fome e ainda atuaria como fator de combate à inflação. Com oferta maior de produtos, os preços não subiriam tanto. Nas centrais de abastecimento o desper-dício de hortaliças é visível. Há casos em que 40% da produção ficam no ca-minho entre as fazendas e os supermer-cados.A comida desperdiçada provoca mais do que prejuízos financeiros, gera re-volta e inconformismo. Ainda assim, o Brasil pouco se mobiliza para mudar esse quadro. Desde 1998, a chamada

Lei do Bom Samaritano, em alusão a uma passagem bíblica, tramita no Congresso Nacional, e não há pre-visão alguma para que seja votada. A intenção da proposta é isentar doadores

de alimentos de responsabilidade civil e penal, se agirem de boa fé, na dis-tribuição de comida — semelhante ao que ocorre em países da Europa e nos Estados Unidos.

Enquanto essa lei não é aprovada, o Estado brasileiro pune severamente os doadores. A legislação atual prevê até cinco anos de prisão caso quem receba os alimentos sofra algum tipo de dano em decorrência da comida doada. Com isso, donos de restaurantes, por exem-plo, são obrigados a despejar no lixo as sobras diárias da produção. “É um crime”, define o diretor-executivo da Associação Brasileira de Bares e Res-taurantes (Abrasel), Gustavo Timo.O ajuste na legislação, segundo Timo, poderia ajudar e muito o Brasil a con-ter o desperdício. “A regra em vigor é completamente inapropriada. Por parte do setor, não falta boa vontade”, insiste o representante da Abrasel, ressaltando que em outros países existem progra-mas organizados de doações, para evi-tar que toneladas de comida em bom estado acabem no lixo. É trágico, mas é real, na esteira desse desperdício sucumbe uma parcela sig-nificativa da população que, subnutrida, se torna inapta para desenvolver seus talentos.

2 Editorial

EXA VOZ

AST ! EX!

A VOBRÁS

EX RA!A!

JORNAL A VOZ DO BRÁS LTDACNPJ: 18 730 278/ 0001-80

Rua São Caetano, 884 - 3º Andar (Shopping Via Sul) - Fone: (11) 3228-7110 - São Paulo - SPe-mail: [email protected] Facebook.com/avozdobras @AVozdoBras

www.avozdobras.blogspot.com

Expediente:Diretor Executivo e Comercial: Helbert Periferia

Diretor de Redação: Claudio ZumckellerEditor: Rodrigo De Giuli

Diagramação e arte: Francisco Roca MatiasFotografia: Helbert Periferia, Claudio Zumckeller e Rodrigo De Giuli

Circulação Nacional – Tiragem 44 mil exemplares – Impressão OESP Gráfica S/A .Os anúncios publicitários com ofertas e promoções são de inteira responsabilidade dos anunciantes. O jornal A VOZ DO BRÁS orienta que o leitor pesquise e certifique-se antes da conclusão de qualquer compromisso comercial, cabendo reclamações a serem feitas ao PROCON regional.

Regulamentação: Lei municipal 14517, artigo 26, parágrafo 2º. Considerando o disposto do inciso IX do artigo 5º, da Constituição Federal, excetua-se da vedação estabelecida no “Caput” deste artigo a distribuição gratuita de jornais e periódicos que se enquadram na lei federal nº 5.250, de 09 de fevereiro de 1967.

FALE CONOSCO, DÊ SUA OPINIÃO: [email protected]

31Onde Comprar Bem no Brás

A VOBRÁS

EX RA!A!

6 7

Passagem comprada, ro-teiro definido, dinhei-ro reservado e câmera fotográfica com as ba-terias carregadas. Para

evitar transtornos, um detalhe que quase ninguém se lembra mas que é importante: atualizar seu cartão de vacinação.

De fato, dependendo de idade, sexo, condições de saúde, meio de transporte escolhido para viajar, época do ano e condições de hos-pedagem, entre outros fatores, a incidência de doenças infecciosas pode ser fator de risco para o surgi-mento de doenças graves durante uma viagem. Antes de embarcar, portanto, é preciso se informar so-bre as vacinas indicadas para cada região que for visitar.

Algumas vacinas são oferecidas gratuitamente nos postos da rede pública de saúde. Outras, apenas pela rede privada. De acordo com a Sociedade Brasileira de Imuniza-ções (SBIm), qualquer que seja a idade, quem for para alguns países da África e da Europa Ocidental deve estar protegido contra sa-rampo, caxumba e rubéola. Como muitos brasileiros adultos não fo-ram vacinados, não vale a pena perder a oportunidade. Destinos como Bolívia, Peru e Chile exigem imunização contra a hepatite B, meningite, tétano e febre amarela. Qualquer doença pode trazer uma série de complicações. Não vale correr o risco e ver sua viagem ar-ruinada.

Independentemente do destino, crianças a partir de um ano devem ser vacinadas contra varicela (sa-rampo). E, se a viagem for feita no período entre o fim do outono e o

começo da primavera no país de destino, é importante estar imune ao vírus influenza (gripe) e tam-bém contra a pneumonia, especial-mente no caso de pessoas idosas ou com quadros repetitivos de in-fecções e problemas respiratórios como asma e bronquite.

A hepatite A, que pode ser trans-mitida por alimentos e água conta-minada, é uma doença grave, espe-cialmente para os mais idosos. Ela pode ser adquirida em locais sem saneamento básico, como praias desertas, matas e vilarejos. Se você vai viajar para o norte ou nordeste brasileiro ou para países africanos e do sudeste asiático, é bom se pre-venir.

Com o cartão de vacinas atuali-zado, outros cuidados vão evitar problemas durante a viagem. Uma medida importante e nem sempre observada pelos viajantes é pensar o que vestir durante o voo ou traje-to de ônibus, em caso de percursos mais longos. O risco de trombo-se em viagens de longa distância, principalmente aéreas, é alto. Ape-sar de ser bastante frequente, o pe-rigo é desconhecido pela maioria da população. De maneira geral, todas as pessoas estão vulneráveis, mas, para alguns grupos, o risco é maior.

Obesos, mulheres que fazem uso de pílula anticoncepcional, adeptas da reposição hormonal a base de estrógeno, pessoas com varizes de calibre grosso nas per-nas e quem já teve algum evento trombótico (como tromboflebite e trombose venosa profunda pré-via) estão mais suscetíveis. Mas é preciso lembrar que, em condições inadequadas para a circulação san-guínea, qualquer pessoa, indepen-dentemente da idade, pode desen-volver o problema durante o trans-

curso de uma viagem.Situações de imobili-

dade somadas aos pro-cessos de pressurização e despressurização do avião aumentam o ris-co de desenvolvimento dos trombos nas veias. A tromboembolia pul-monar é a primeira cau-sa de morte súbita de-pois do desembarque. A pessoa fica sentada por horas e, quando se le-vanta, o trombo se des-loca alojando-se princi-palmente no pulmão.

O primeiro passo para evitar o perigo é escolher roupas e cal-çados adequados. O uso de meias elásticas, com compressão indicada por es-pecialista, também é um recurso importante. Para casos especiais, que envolvem a presença de algu-ma doença que aumente o risco de a pessoa desenvolver trombose, o ideal é que o médico seja visitado para indicar um medicamento anti-coagulante. Se for viajar de carro, faça paradas e exercite as pernas a cada duas horas. Em voos longos, também a cada duas horas, levan-te-se do assento para uma pequena “caminhada”, tendo sempre o cui-dado de movimentar as juntas.

Outro ponto que merece atenção durante uma viagem é a alimen-tação. Segundo os especialistas, problemas gastrointestinais, como intoxicações e infecções, podem interromper o passeio antes mes-mo que os viajantes cheguem ao seu destino. Para viagens de car-ro, por exemplo, evite o consumo de alimentos pouco saudáveis nas paradas de estrada. O ideal é le-var, por exemplo, sanduíches que

podem ser preparados na véspera da viagem, embalados com papel laminado e mantidos na geladeira antes de serem armazenados para o transporte.

Comer em pequenas porções, em intervalos de duas horas, é o mais recomendável para viagens lon-gas, especialmente com crianças. Para elas, é importante não fugir da rotina alimentar, introduzindo alimentos aos quais elas não este-jam acostumadas. A dica vale não só para o percurso, mas para todo o período fora de casa.

Crianças que têm predisposição a enjoo devem tomar medicação apropriada, prescrita pelo médico. O ideal é que o estômago esteja vazio e que o medicamento seja in-gerido meia hora antes da viagem. Se a criança começar a passar mal no carro, interrompa a viagem para medicá-la.

*Neide Feldhaus é médica pediatra (CRM 94890)

Saúde Onde Comprar bem no Brás

Viaje tranquiloPor Neide Feldhaus*

Page 5: Jornal a voz do bras 11ª edição 11 08 14

De tudo se perde muitoNo Brasil, 26,3 milhões de tonela-

das de alimentos vão ao lixo por ano

No país há um enorme desperdício de re-cursos naturais. De tudo se perde muito. A cada ano, 26,3 milhões de toneladas de comida são jogados fora. Esse volu-me seria suficiente para distribuir 131,5 quilos para cada brasileiro ou 3,76 para cada habitante do planeta. Segundo a Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO) toda essa comida alimentaria os 13 milhões de brasileiros que ainda passam fome e ainda atuaria como fator de combate à inflação. Com oferta maior de produtos, os preços não subiriam tanto. Nas centrais de abastecimento o desper-dício de hortaliças é visível. Há casos em que 40% da produção ficam no ca-minho entre as fazendas e os supermer-cados.A comida desperdiçada provoca mais do que prejuízos financeiros, gera re-volta e inconformismo. Ainda assim, o Brasil pouco se mobiliza para mudar esse quadro. Desde 1998, a chamada

Lei do Bom Samaritano, em alusão a uma passagem bíblica, tramita no Congresso Nacional, e não há pre-visão alguma para que seja votada. A intenção da proposta é isentar doadores

de alimentos de responsabilidade civil e penal, se agirem de boa fé, na dis-tribuição de comida — semelhante ao que ocorre em países da Europa e nos Estados Unidos.

Enquanto essa lei não é aprovada, o Estado brasileiro pune severamente os doadores. A legislação atual prevê até cinco anos de prisão caso quem receba os alimentos sofra algum tipo de dano em decorrência da comida doada. Com isso, donos de restaurantes, por exem-plo, são obrigados a despejar no lixo as sobras diárias da produção. “É um crime”, define o diretor-executivo da Associação Brasileira de Bares e Res-taurantes (Abrasel), Gustavo Timo.O ajuste na legislação, segundo Timo, poderia ajudar e muito o Brasil a con-ter o desperdício. “A regra em vigor é completamente inapropriada. Por parte do setor, não falta boa vontade”, insiste o representante da Abrasel, ressaltando que em outros países existem progra-mas organizados de doações, para evi-tar que toneladas de comida em bom estado acabem no lixo. É trágico, mas é real, na esteira desse desperdício sucumbe uma parcela sig-nificativa da população que, subnutrida, se torna inapta para desenvolver seus talentos.

2 Editorial

EXA VOZ

AST ! EX!

A VOBRÁS

EX RA!A!

JORNAL A VOZ DO BRÁS LTDACNPJ: 18 730 278/ 0001-80

Rua São Caetano, 884 - 3º Andar (Shopping Via Sul) - Fone: (11) 3228-7110 - São Paulo - SPe-mail: [email protected] Facebook.com/avozdobras @AVozdoBras

www.avozdobras.blogspot.com

Expediente:Diretor Executivo e Comercial: Helbert Periferia

Diretor de Redação: Claudio ZumckellerEditor: Rodrigo De Giuli

Diagramação e arte: Francisco Roca MatiasFotografia: Helbert Periferia, Claudio Zumckeller e Rodrigo De Giuli

Circulação Nacional – Tiragem 44 mil exemplares – Impressão OESP Gráfica S/A .Os anúncios publicitários com ofertas e promoções são de inteira responsabilidade dos anunciantes. O jornal A VOZ DO BRÁS orienta que o leitor pesquise e certifique-se antes da conclusão de qualquer compromisso comercial, cabendo reclamações a serem feitas ao PROCON regional.

Regulamentação: Lei municipal 14517, artigo 26, parágrafo 2º. Considerando o disposto do inciso IX do artigo 5º, da Constituição Federal, excetua-se da vedação estabelecida no “Caput” deste artigo a distribuição gratuita de jornais e periódicos que se enquadram na lei federal nº 5.250, de 09 de fevereiro de 1967.

FALE CONOSCO, DÊ SUA OPINIÃO: [email protected]

31Onde Comprar Bem no Brás

A VOBRÁS

EX RA!A!

De tudo se perde muitoNo Brasil, 26,3 milhões de tonela-

das de alimentos vão ao lixo por ano

No país há um enorme desperdício de re-cursos naturais. De tudo se perde muito. A cada ano, 26,3 milhões de toneladas de comida são jogados fora. Esse volu-me seria suficiente para distribuir 131,5 quilos para cada brasileiro ou 3,76 para cada habitante do planeta. Segundo a Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO) toda essa comida alimentaria os 13 milhões de brasileiros que ainda passam fome e ainda atuaria como fator de combate à inflação. Com oferta maior de produtos, os preços não subiriam tanto. Nas centrais de abastecimento o desper-dício de hortaliças é visível. Há casos em que 40% da produção ficam no ca-minho entre as fazendas e os supermer-cados.A comida desperdiçada provoca mais do que prejuízos financeiros, gera re-volta e inconformismo. Ainda assim, o Brasil pouco se mobiliza para mudar esse quadro. Desde 1998, a chamada

Lei do Bom Samaritano, em alusão a uma passagem bíblica, tramita no Congresso Nacional, e não há pre-visão alguma para que seja votada. A intenção da proposta é isentar doadores

de alimentos de responsabilidade civil e penal, se agirem de boa fé, na dis-tribuição de comida — semelhante ao que ocorre em países da Europa e nos Estados Unidos.

Enquanto essa lei não é aprovada, o Estado brasileiro pune severamente os doadores. A legislação atual prevê até cinco anos de prisão caso quem receba os alimentos sofra algum tipo de dano em decorrência da comida doada. Com isso, donos de restaurantes, por exem-plo, são obrigados a despejar no lixo as sobras diárias da produção. “É um crime”, define o diretor-executivo da Associação Brasileira de Bares e Res-taurantes (Abrasel), Gustavo Timo.O ajuste na legislação, segundo Timo, poderia ajudar e muito o Brasil a con-ter o desperdício. “A regra em vigor é completamente inapropriada. Por parte do setor, não falta boa vontade”, insiste o representante da Abrasel, ressaltando que em outros países existem progra-mas organizados de doações, para evi-tar que toneladas de comida em bom estado acabem no lixo. É trágico, mas é real, na esteira desse desperdício sucumbe uma parcela sig-nificativa da população que, subnutrida, se torna inapta para desenvolver seus talentos.

2 Editorial

EXA VOZ

AST ! EX!

A VOBRÁS

EX RA!A!

JORNAL A VOZ DO BRÁS LTDACNPJ: 18 730 278/ 0001-80

Rua São Caetano, 884 - 3º Andar (Shopping Via Sul) - Fone: (11) 3228-7110 - São Paulo - SPe-mail: [email protected] Facebook.com/avozdobras @AVozdoBras

www.avozdobras.blogspot.com

Expediente:Diretor Executivo e Comercial: Helbert Periferia

Diretor de Redação: Claudio ZumckellerEditor: Rodrigo De Giuli

Diagramação e arte: Francisco Roca MatiasFotografia: Helbert Periferia, Claudio Zumckeller e Rodrigo De Giuli

Circulação Nacional – Tiragem 44 mil exemplares – Impressão OESP Gráfica S/A .Os anúncios publicitários com ofertas e promoções são de inteira responsabilidade dos anunciantes. O jornal A VOZ DO BRÁS orienta que o leitor pesquise e certifique-se antes da conclusão de qualquer compromisso comercial, cabendo reclamações a serem feitas ao PROCON regional.

Regulamentação: Lei municipal 14517, artigo 26, parágrafo 2º. Considerando o disposto do inciso IX do artigo 5º, da Constituição Federal, excetua-se da vedação estabelecida no “Caput” deste artigo a distribuição gratuita de jornais e periódicos que se enquadram na lei federal nº 5.250, de 09 de fevereiro de 1967.

FALE CONOSCO, DÊ SUA OPINIÃO: [email protected]

31Onde Comprar Bem no Brás

A VOBRÁS

EX RA!A!

8 9Feira da Madrugada

Haddad é um bom prefeitoOpinião

O paulistano se acostu-mou com largas ave-nidas, túneis e carros parados nos conges-tionamentos de todo

santo dia. O paulistano se acostumou a votar em quem promete construir largas avenidas, túneis e a facilitar a vida de quem tem carro, e que fica-rá parado nos congestionamentos de todo santo dia. Com alguns espasmos nos últimos 50 anos foram nomeados ou eleitos quase sempre engenheiros para o cargo de prefeito da maior ci-dade do Brasil. Desde Prestes Maia, passando por Faria Lima, Mário Co-vas e Paulo Maluf, até Gilberto Kas-sab. Todos engenheiros. As exceções foram os economistas Celso Pitta, que só teve chance pois foi apadrinhado de

Maluf, José Serra, que usou o cargo como trampolim para se candidatar à presidência, a assistente social Lu-íza Erundina e a psicóloga Marta Su-plicy. E agora o advogado e professor Fernando Haddad.

É claro que um engenheiro pode-ria ser um bom prefeito do ponto de vista social, se tivesse tal consciência. Não foi, de forma alguma, o que mos-traram os citados. A política de vias públicas para o transporte individual é o principal motivo da multiplicação dos engenheiros-alcaide. O status do carro como bem de consumo também tem a sua responsabilidade. Mas ela se tornou muito mais evidente pela falta de opções, ou desculpa por ela, do que uma verdadeira necessidade de usar o automóvel como um simples meio de locomoção. Carros cada vez maiores se debatem com motociclis-tas, que são fechados pelos ônibus, que por sua vez são odiados pelos motoristas dos carros. Que ficam cada vez maiores.

Haddad tenta subverter esta ordem. As medidas são simples e foram sendo adotadas na cidade toda: os corredores de ônibus. Exclusivos ou com alguma restrição de horários, estes corredores facilitam a vida de milhões de traba-lhadores sem carro que perdiam horas presos no trânsito. Corredores, aliás, que sempre foram defendidos pelos especialistas de mobilidade. E que agora, por ideologia, por má vontade ou má fé, criticam a construção deles. Como “argumento”, usam o batido “direito de ir e vir”, como se o cidadão preso num ônibus não tivesse o direito de ir ao trabalho e voltar para casa.

A coexistência entre os vários mo-delos de transporte é possível. Mas também é evidente que se houver al-guma modalidade que tenha que ser sacrificada é o individual. O indivi-dual, numa sociedade, jamais pode se sobrepujar ao coletivo. O planeja-mento de uma cidade passa pelo in-teresse de todos os seus moradores, e não de uma classe ou estrato desta

sociedade. Quem critica que uma de-terminada avenida perdeu uma faixa para o ônibus ou que exigia o alar-gamento de outra para os carros mas viu uma ciclovia no lugar não entende a lógica do coletivo. E não entende que um governo deve priorizar o lado mais fraco de uma relação. No caso de São Paulo, milhões de moradores das periferias que perdem horas do dia se deslocando para o trabalho.

Falta muito para que esta coexistên-cia seja pacífica. Falta muito para o morador de São Paulo que suou para comprar seu carro em 72 prestações entender que ele tem os mesmos direi-tos que o sujeito que acordou às qua-tro horas da madrugada para chegar ao trabalho às oito após atravessar a cidade. Geralmente de pé num ônibus lotado. Ou daquele outro que, com chuva ou sol, no inverno ou no verão, precisa se locomover de bicicleta até o serviço. É por isso que afirmo no tí-tulo deste artigo: Fernando Haddad é um bom prefeito.

Por Rodrigo De Giuli

Page 6: Jornal a voz do bras 11ª edição 11 08 14

De tudo se perde muitoNo Brasil, 26,3 milhões de tonela-

das de alimentos vão ao lixo por ano

No país há um enorme desperdício de re-cursos naturais. De tudo se perde muito. A cada ano, 26,3 milhões de toneladas de comida são jogados fora. Esse volu-me seria suficiente para distribuir 131,5 quilos para cada brasileiro ou 3,76 para cada habitante do planeta. Segundo a Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO) toda essa comida alimentaria os 13 milhões de brasileiros que ainda passam fome e ainda atuaria como fator de combate à inflação. Com oferta maior de produtos, os preços não subiriam tanto. Nas centrais de abastecimento o desper-dício de hortaliças é visível. Há casos em que 40% da produção ficam no ca-minho entre as fazendas e os supermer-cados.A comida desperdiçada provoca mais do que prejuízos financeiros, gera re-volta e inconformismo. Ainda assim, o Brasil pouco se mobiliza para mudar esse quadro. Desde 1998, a chamada

Lei do Bom Samaritano, em alusão a uma passagem bíblica, tramita no Congresso Nacional, e não há pre-visão alguma para que seja votada. A intenção da proposta é isentar doadores

de alimentos de responsabilidade civil e penal, se agirem de boa fé, na dis-tribuição de comida — semelhante ao que ocorre em países da Europa e nos Estados Unidos.

Enquanto essa lei não é aprovada, o Estado brasileiro pune severamente os doadores. A legislação atual prevê até cinco anos de prisão caso quem receba os alimentos sofra algum tipo de dano em decorrência da comida doada. Com isso, donos de restaurantes, por exem-plo, são obrigados a despejar no lixo as sobras diárias da produção. “É um crime”, define o diretor-executivo da Associação Brasileira de Bares e Res-taurantes (Abrasel), Gustavo Timo.O ajuste na legislação, segundo Timo, poderia ajudar e muito o Brasil a con-ter o desperdício. “A regra em vigor é completamente inapropriada. Por parte do setor, não falta boa vontade”, insiste o representante da Abrasel, ressaltando que em outros países existem progra-mas organizados de doações, para evi-tar que toneladas de comida em bom estado acabem no lixo. É trágico, mas é real, na esteira desse desperdício sucumbe uma parcela sig-nificativa da população que, subnutrida, se torna inapta para desenvolver seus talentos.

2 Editorial

EXA VOZ

AST ! EX!

A VOBRÁS

EX RA!A!

JORNAL A VOZ DO BRÁS LTDACNPJ: 18 730 278/ 0001-80

Rua São Caetano, 884 - 3º Andar (Shopping Via Sul) - Fone: (11) 3228-7110 - São Paulo - SPe-mail: [email protected] Facebook.com/avozdobras @AVozdoBras

www.avozdobras.blogspot.com

Expediente:Diretor Executivo e Comercial: Helbert Periferia

Diretor de Redação: Claudio ZumckellerEditor: Rodrigo De Giuli

Diagramação e arte: Francisco Roca MatiasFotografia: Helbert Periferia, Claudio Zumckeller e Rodrigo De Giuli

Circulação Nacional – Tiragem 44 mil exemplares – Impressão OESP Gráfica S/A .Os anúncios publicitários com ofertas e promoções são de inteira responsabilidade dos anunciantes. O jornal A VOZ DO BRÁS orienta que o leitor pesquise e certifique-se antes da conclusão de qualquer compromisso comercial, cabendo reclamações a serem feitas ao PROCON regional.

Regulamentação: Lei municipal 14517, artigo 26, parágrafo 2º. Considerando o disposto do inciso IX do artigo 5º, da Constituição Federal, excetua-se da vedação estabelecida no “Caput” deste artigo a distribuição gratuita de jornais e periódicos que se enquadram na lei federal nº 5.250, de 09 de fevereiro de 1967.

FALE CONOSCO, DÊ SUA OPINIÃO: [email protected]

31Onde Comprar Bem no Brás

A VOBRÁS

EX RA!A!

De tudo se perde muitoNo Brasil, 26,3 milhões de tonela-

das de alimentos vão ao lixo por ano

No país há um enorme desperdício de re-cursos naturais. De tudo se perde muito. A cada ano, 26,3 milhões de toneladas de comida são jogados fora. Esse volu-me seria suficiente para distribuir 131,5 quilos para cada brasileiro ou 3,76 para cada habitante do planeta. Segundo a Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO) toda essa comida alimentaria os 13 milhões de brasileiros que ainda passam fome e ainda atuaria como fator de combate à inflação. Com oferta maior de produtos, os preços não subiriam tanto. Nas centrais de abastecimento o desper-dício de hortaliças é visível. Há casos em que 40% da produção ficam no ca-minho entre as fazendas e os supermer-cados.A comida desperdiçada provoca mais do que prejuízos financeiros, gera re-volta e inconformismo. Ainda assim, o Brasil pouco se mobiliza para mudar esse quadro. Desde 1998, a chamada

Lei do Bom Samaritano, em alusão a uma passagem bíblica, tramita no Congresso Nacional, e não há pre-visão alguma para que seja votada. A intenção da proposta é isentar doadores

de alimentos de responsabilidade civil e penal, se agirem de boa fé, na dis-tribuição de comida — semelhante ao que ocorre em países da Europa e nos Estados Unidos.

Enquanto essa lei não é aprovada, o Estado brasileiro pune severamente os doadores. A legislação atual prevê até cinco anos de prisão caso quem receba os alimentos sofra algum tipo de dano em decorrência da comida doada. Com isso, donos de restaurantes, por exem-plo, são obrigados a despejar no lixo as sobras diárias da produção. “É um crime”, define o diretor-executivo da Associação Brasileira de Bares e Res-taurantes (Abrasel), Gustavo Timo.O ajuste na legislação, segundo Timo, poderia ajudar e muito o Brasil a con-ter o desperdício. “A regra em vigor é completamente inapropriada. Por parte do setor, não falta boa vontade”, insiste o representante da Abrasel, ressaltando que em outros países existem progra-mas organizados de doações, para evi-tar que toneladas de comida em bom estado acabem no lixo. É trágico, mas é real, na esteira desse desperdício sucumbe uma parcela sig-nificativa da população que, subnutrida, se torna inapta para desenvolver seus talentos.

2 Editorial

EXA VOZ

AST ! EX!

A VOBRÁS

EX RA!A!

JORNAL A VOZ DO BRÁS LTDACNPJ: 18 730 278/ 0001-80

Rua São Caetano, 884 - 3º Andar (Shopping Via Sul) - Fone: (11) 3228-7110 - São Paulo - SPe-mail: [email protected] Facebook.com/avozdobras @AVozdoBras

www.avozdobras.blogspot.com

Expediente:Diretor Executivo e Comercial: Helbert Periferia

Diretor de Redação: Claudio ZumckellerEditor: Rodrigo De Giuli

Diagramação e arte: Francisco Roca MatiasFotografia: Helbert Periferia, Claudio Zumckeller e Rodrigo De Giuli

Circulação Nacional – Tiragem 44 mil exemplares – Impressão OESP Gráfica S/A .Os anúncios publicitários com ofertas e promoções são de inteira responsabilidade dos anunciantes. O jornal A VOZ DO BRÁS orienta que o leitor pesquise e certifique-se antes da conclusão de qualquer compromisso comercial, cabendo reclamações a serem feitas ao PROCON regional.

Regulamentação: Lei municipal 14517, artigo 26, parágrafo 2º. Considerando o disposto do inciso IX do artigo 5º, da Constituição Federal, excetua-se da vedação estabelecida no “Caput” deste artigo a distribuição gratuita de jornais e periódicos que se enquadram na lei federal nº 5.250, de 09 de fevereiro de 1967.

FALE CONOSCO, DÊ SUA OPINIÃO: [email protected]

31Onde Comprar Bem no Brás

A VOBRÁS

EX RA!A!

10 11

Hipérboles por todos os lados. Neste mês de ju-lho, o que mais ouvimos por todos os cantos do país foram mensagens

“hiperbólicas” de torcedores, jorna-listas e turistas. A figura de linguagem que “expressa uma ideia de forma exagerada” reverberava nas redes so-ciais, nos jornais nacionais e estran-geiros, nas “selfies”.

Fizemos a #copadascopas. Somos os #melhoresanfitrioesdomundo. Te-mos a #melhorselecaodomundo. Per-demos a Copa, mas a transformamos no #maiorespetaculodaterra.

E para quem acha que vai aqui uma crítica, muito se engana. Os exageros nas mensagens apenas expressavam o que a sociedade brasileira estava sentindo: uma enorme felicidade em mostrar seu lado hospitaleiro, multi-cor, gentil e alegre.

Conseguiu! Realmente o mundo voltou seus olhos ao Brasil. Até mes-mo os americanos, que pouca atenção deram à sua própria Copa (1994), li-garam seus televisores para assistir ao Mundial tupiniquim. Mostramos aos estrangeiros a maneira brasileira de se divertir.

Talvez seja este o maior legado dei-xado. Quem veio ao Brasil certamente vai voltar. E chamará outros e outros e outros...Espero apenas que encontrem um país parecido com o que viram em 2014.

Gostaria, eu, que tivéssemos outros legados como mais hospitais, escolas, avenidas. Mas aqui não vamos chorar pelo leite que derramou.

Aula organizadaFoi uma oportunidade também de

aprendizados. Lições tiradas de todas as culturas que aqui estiveram. Os ja-poneses com seus sacos plásticos de lixo, o respeito alemão pelo adver-sário, o desprendimento holandês, a persistência dos jogadores da Colôm-

bia e da Costa Rica.E aqui me detenho um pouco mais.

A Alemanha mostrou ao Brasil o quanto é importante o planejamento. Não digo isso por conta de sua vitória. De futebol, pouco entendo. Falo em nome do que chamamos “relaciona-mento com o cliente”.

Muito antes de vir ao Brasil, os ale-mães organizaram toda a comunica-ção. Definiram uma mensagem: gen-tileza e respeito. Perdendo ou ganhan-do era dessa forma que gostariam de ser vistos pelos brasileiros, mudando a imagem de que eles são um povo “frio e metódico”.

Da escolha de Santa Cruz da Cabrá-lia até a dança de agradecimento no meio do gramado copiada dos índios pataxós, tudo planejado. Mensagens no twitter, selfies, doações. Jogadores, comissão técnica e mesmo os torce-dores não tinham como errar.

Fica aqui o legado dos alemães para nossas vidas, nossos empregos, nos-sas empresas. O jeitinho brasileiro é

muito útil, mas não pode ser o “de-fault”.

A oportunidade agora é colocar o aprendizado em prática e fazer va-ler as competências adquiridas neste mundial. Vamos mostrar para nossas crianças que o Brasil que eles amaram e choraram em junho e julho de 2014 pode e deve ser o Brasil real.

Bom início de ano para todo mun-do!

* Beth Matias é jornalista há 25 anos, repórter especial para a

Agência Sebrae de Notícias [email protected]

E o ano que começa... Elvis BackTeatro

Por Beth Matias*

Artigo

Considerado o melhor tributo a Elvis Presley da América Latina, Elvisback Big Band & Adam Presley, ven-

cedor do primeiro lugar no Gospel Contest do São Paulo Elvis Fest 2014, concurso oficial americano que es-colhe o melhor Elvis cover para ir a Memphis nos EUA representar o Bra-sil no concurso mundial, apresentam o show «Elvis Back» em tributo pelos 37 anos de morte do rei do rock, re-produzindo o glamour de Las Vegas com a famosa roupa de couro preta, o «Comeback Special 68», o show es-pecial que marcou o retorno de Elvis aos palcos após 8 anos de ausência dedicados exclusivamente aos 33 fil-mes que ele participou. No show es-tarão os grandes sucessos da carreira do rei do rock, fazendo com que todos sintam a emoção de estar num verda-deiro show de Elvis Presley.

Adam Presley não imita, mas in-terpreta Elvis, cativando e impressio-nando pela elegante performance que

traz um espetáculo vibrante e impac-tante, recriando a magia e a energia das apresentações deste grande mito num show emocionante. Há oito anos na estrada, Adam foi premiado por Joe Moscheo, escritor, cantor e ex ba-cking vocal de Elvis, que atualmente integra o show americano em tributo a Elvis pelo mundo. O cuidado com o figurino também é um diferencial: acessórios, cinturão, microfone e rou-pas são réplicas oficiais importadas e feitas pela mesma empresa americana que fazia as do próprio Elvis.

O show que tem conquistado pla-teias das cidades por onde passa, es-teve em turnê por diversas cidades do país e agora passará em apresentação única na cidade, depois seguindo por mais 40 cidades de SP, PR, SC e RS.

Imperdível!Mari Rocha,

assessora de imprensa

Serviço:Elvis Back com Adam Presley & El-visback Band31/08 - domingo - 20hTeatro Anhembi MorumbiR. Dr. Almeida Lima, 1176 - Brás - Tel (11) 2872-1457(próx ao metrô Bresser e Brás) Info.: (11) 9 7444-6633 vivo / (11 ) 2358-5880Ingressos:R$60,00 inteira e R$30,00 meiaPromoção: Todos pagam meia na compra antecipada até dia 30/08

Vendas: Por telefone: (11) 4003-1212 Online: www.ingressorapido.com.br Bilheteria do Teatro: Quarta-Feira a Domingo das 14h às 19h

Classificação: livreDuração: 90 minutos

Page 7: Jornal a voz do bras 11ª edição 11 08 14

De tudo se perde muitoNo Brasil, 26,3 milhões de tonela-

das de alimentos vão ao lixo por ano

No país há um enorme desperdício de re-cursos naturais. De tudo se perde muito. A cada ano, 26,3 milhões de toneladas de comida são jogados fora. Esse volu-me seria suficiente para distribuir 131,5 quilos para cada brasileiro ou 3,76 para cada habitante do planeta. Segundo a Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO) toda essa comida alimentaria os 13 milhões de brasileiros que ainda passam fome e ainda atuaria como fator de combate à inflação. Com oferta maior de produtos, os preços não subiriam tanto. Nas centrais de abastecimento o desper-dício de hortaliças é visível. Há casos em que 40% da produção ficam no ca-minho entre as fazendas e os supermer-cados.A comida desperdiçada provoca mais do que prejuízos financeiros, gera re-volta e inconformismo. Ainda assim, o Brasil pouco se mobiliza para mudar esse quadro. Desde 1998, a chamada

Lei do Bom Samaritano, em alusão a uma passagem bíblica, tramita no Congresso Nacional, e não há pre-visão alguma para que seja votada. A intenção da proposta é isentar doadores

de alimentos de responsabilidade civil e penal, se agirem de boa fé, na dis-tribuição de comida — semelhante ao que ocorre em países da Europa e nos Estados Unidos.

Enquanto essa lei não é aprovada, o Estado brasileiro pune severamente os doadores. A legislação atual prevê até cinco anos de prisão caso quem receba os alimentos sofra algum tipo de dano em decorrência da comida doada. Com isso, donos de restaurantes, por exem-plo, são obrigados a despejar no lixo as sobras diárias da produção. “É um crime”, define o diretor-executivo da Associação Brasileira de Bares e Res-taurantes (Abrasel), Gustavo Timo.O ajuste na legislação, segundo Timo, poderia ajudar e muito o Brasil a con-ter o desperdício. “A regra em vigor é completamente inapropriada. Por parte do setor, não falta boa vontade”, insiste o representante da Abrasel, ressaltando que em outros países existem progra-mas organizados de doações, para evi-tar que toneladas de comida em bom estado acabem no lixo. É trágico, mas é real, na esteira desse desperdício sucumbe uma parcela sig-nificativa da população que, subnutrida, se torna inapta para desenvolver seus talentos.

2 Editorial

EXA VOZ

AST ! EX!

A VOBRÁS

EX RA!A!

JORNAL A VOZ DO BRÁS LTDACNPJ: 18 730 278/ 0001-80

Rua São Caetano, 884 - 3º Andar (Shopping Via Sul) - Fone: (11) 3228-7110 - São Paulo - SPe-mail: [email protected] Facebook.com/avozdobras @AVozdoBras

www.avozdobras.blogspot.com

Expediente:Diretor Executivo e Comercial: Helbert Periferia

Diretor de Redação: Claudio ZumckellerEditor: Rodrigo De Giuli

Diagramação e arte: Francisco Roca MatiasFotografia: Helbert Periferia, Claudio Zumckeller e Rodrigo De Giuli

Circulação Nacional – Tiragem 44 mil exemplares – Impressão OESP Gráfica S/A .Os anúncios publicitários com ofertas e promoções são de inteira responsabilidade dos anunciantes. O jornal A VOZ DO BRÁS orienta que o leitor pesquise e certifique-se antes da conclusão de qualquer compromisso comercial, cabendo reclamações a serem feitas ao PROCON regional.

Regulamentação: Lei municipal 14517, artigo 26, parágrafo 2º. Considerando o disposto do inciso IX do artigo 5º, da Constituição Federal, excetua-se da vedação estabelecida no “Caput” deste artigo a distribuição gratuita de jornais e periódicos que se enquadram na lei federal nº 5.250, de 09 de fevereiro de 1967.

FALE CONOSCO, DÊ SUA OPINIÃO: [email protected]

31Onde Comprar Bem no Brás

A VOBRÁS

EX RA!A!

De tudo se perde muitoNo Brasil, 26,3 milhões de tonela-

das de alimentos vão ao lixo por ano

No país há um enorme desperdício de re-cursos naturais. De tudo se perde muito. A cada ano, 26,3 milhões de toneladas de comida são jogados fora. Esse volu-me seria suficiente para distribuir 131,5 quilos para cada brasileiro ou 3,76 para cada habitante do planeta. Segundo a Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO) toda essa comida alimentaria os 13 milhões de brasileiros que ainda passam fome e ainda atuaria como fator de combate à inflação. Com oferta maior de produtos, os preços não subiriam tanto. Nas centrais de abastecimento o desper-dício de hortaliças é visível. Há casos em que 40% da produção ficam no ca-minho entre as fazendas e os supermer-cados.A comida desperdiçada provoca mais do que prejuízos financeiros, gera re-volta e inconformismo. Ainda assim, o Brasil pouco se mobiliza para mudar esse quadro. Desde 1998, a chamada

Lei do Bom Samaritano, em alusão a uma passagem bíblica, tramita no Congresso Nacional, e não há pre-visão alguma para que seja votada. A intenção da proposta é isentar doadores

de alimentos de responsabilidade civil e penal, se agirem de boa fé, na dis-tribuição de comida — semelhante ao que ocorre em países da Europa e nos Estados Unidos.

Enquanto essa lei não é aprovada, o Estado brasileiro pune severamente os doadores. A legislação atual prevê até cinco anos de prisão caso quem receba os alimentos sofra algum tipo de dano em decorrência da comida doada. Com isso, donos de restaurantes, por exem-plo, são obrigados a despejar no lixo as sobras diárias da produção. “É um crime”, define o diretor-executivo da Associação Brasileira de Bares e Res-taurantes (Abrasel), Gustavo Timo.O ajuste na legislação, segundo Timo, poderia ajudar e muito o Brasil a con-ter o desperdício. “A regra em vigor é completamente inapropriada. Por parte do setor, não falta boa vontade”, insiste o representante da Abrasel, ressaltando que em outros países existem progra-mas organizados de doações, para evi-tar que toneladas de comida em bom estado acabem no lixo. É trágico, mas é real, na esteira desse desperdício sucumbe uma parcela sig-nificativa da população que, subnutrida, se torna inapta para desenvolver seus talentos.

2 Editorial

EXA VOZ

AST ! EX!

A VOBRÁS

EX RA!A!

JORNAL A VOZ DO BRÁS LTDACNPJ: 18 730 278/ 0001-80

Rua São Caetano, 884 - 3º Andar (Shopping Via Sul) - Fone: (11) 3228-7110 - São Paulo - SPe-mail: [email protected] Facebook.com/avozdobras @AVozdoBras

www.avozdobras.blogspot.com

Expediente:Diretor Executivo e Comercial: Helbert Periferia

Diretor de Redação: Claudio ZumckellerEditor: Rodrigo De Giuli

Diagramação e arte: Francisco Roca MatiasFotografia: Helbert Periferia, Claudio Zumckeller e Rodrigo De Giuli

Circulação Nacional – Tiragem 44 mil exemplares – Impressão OESP Gráfica S/A .Os anúncios publicitários com ofertas e promoções são de inteira responsabilidade dos anunciantes. O jornal A VOZ DO BRÁS orienta que o leitor pesquise e certifique-se antes da conclusão de qualquer compromisso comercial, cabendo reclamações a serem feitas ao PROCON regional.

Regulamentação: Lei municipal 14517, artigo 26, parágrafo 2º. Considerando o disposto do inciso IX do artigo 5º, da Constituição Federal, excetua-se da vedação estabelecida no “Caput” deste artigo a distribuição gratuita de jornais e periódicos que se enquadram na lei federal nº 5.250, de 09 de fevereiro de 1967.

FALE CONOSCO, DÊ SUA OPINIÃO: [email protected]

31Onde Comprar Bem no Brás

A VOBRÁS

EX RA!A!

12 13Onde Comprar bem no Brás Onde Comprar bem no Brás

Page 8: Jornal a voz do bras 11ª edição 11 08 14

De tudo se perde muitoNo Brasil, 26,3 milhões de tonela-

das de alimentos vão ao lixo por ano

No país há um enorme desperdício de re-cursos naturais. De tudo se perde muito. A cada ano, 26,3 milhões de toneladas de comida são jogados fora. Esse volu-me seria suficiente para distribuir 131,5 quilos para cada brasileiro ou 3,76 para cada habitante do planeta. Segundo a Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO) toda essa comida alimentaria os 13 milhões de brasileiros que ainda passam fome e ainda atuaria como fator de combate à inflação. Com oferta maior de produtos, os preços não subiriam tanto. Nas centrais de abastecimento o desper-dício de hortaliças é visível. Há casos em que 40% da produção ficam no ca-minho entre as fazendas e os supermer-cados.A comida desperdiçada provoca mais do que prejuízos financeiros, gera re-volta e inconformismo. Ainda assim, o Brasil pouco se mobiliza para mudar esse quadro. Desde 1998, a chamada

Lei do Bom Samaritano, em alusão a uma passagem bíblica, tramita no Congresso Nacional, e não há pre-visão alguma para que seja votada. A intenção da proposta é isentar doadores

de alimentos de responsabilidade civil e penal, se agirem de boa fé, na dis-tribuição de comida — semelhante ao que ocorre em países da Europa e nos Estados Unidos.

Enquanto essa lei não é aprovada, o Estado brasileiro pune severamente os doadores. A legislação atual prevê até cinco anos de prisão caso quem receba os alimentos sofra algum tipo de dano em decorrência da comida doada. Com isso, donos de restaurantes, por exem-plo, são obrigados a despejar no lixo as sobras diárias da produção. “É um crime”, define o diretor-executivo da Associação Brasileira de Bares e Res-taurantes (Abrasel), Gustavo Timo.O ajuste na legislação, segundo Timo, poderia ajudar e muito o Brasil a con-ter o desperdício. “A regra em vigor é completamente inapropriada. Por parte do setor, não falta boa vontade”, insiste o representante da Abrasel, ressaltando que em outros países existem progra-mas organizados de doações, para evi-tar que toneladas de comida em bom estado acabem no lixo. É trágico, mas é real, na esteira desse desperdício sucumbe uma parcela sig-nificativa da população que, subnutrida, se torna inapta para desenvolver seus talentos.

2 Editorial

EXA VOZ

AST ! EX!

A VOBRÁS

EX RA!A!

JORNAL A VOZ DO BRÁS LTDACNPJ: 18 730 278/ 0001-80

Rua São Caetano, 884 - 3º Andar (Shopping Via Sul) - Fone: (11) 3228-7110 - São Paulo - SPe-mail: [email protected] Facebook.com/avozdobras @AVozdoBras

www.avozdobras.blogspot.com

Expediente:Diretor Executivo e Comercial: Helbert Periferia

Diretor de Redação: Claudio ZumckellerEditor: Rodrigo De Giuli

Diagramação e arte: Francisco Roca MatiasFotografia: Helbert Periferia, Claudio Zumckeller e Rodrigo De Giuli

Circulação Nacional – Tiragem 44 mil exemplares – Impressão OESP Gráfica S/A .Os anúncios publicitários com ofertas e promoções são de inteira responsabilidade dos anunciantes. O jornal A VOZ DO BRÁS orienta que o leitor pesquise e certifique-se antes da conclusão de qualquer compromisso comercial, cabendo reclamações a serem feitas ao PROCON regional.

Regulamentação: Lei municipal 14517, artigo 26, parágrafo 2º. Considerando o disposto do inciso IX do artigo 5º, da Constituição Federal, excetua-se da vedação estabelecida no “Caput” deste artigo a distribuição gratuita de jornais e periódicos que se enquadram na lei federal nº 5.250, de 09 de fevereiro de 1967.

FALE CONOSCO, DÊ SUA OPINIÃO: [email protected]

31Onde Comprar Bem no Brás

A VOBRÁS

EX RA!A!

De tudo se perde muitoNo Brasil, 26,3 milhões de tonela-

das de alimentos vão ao lixo por ano

No país há um enorme desperdício de re-cursos naturais. De tudo se perde muito. A cada ano, 26,3 milhões de toneladas de comida são jogados fora. Esse volu-me seria suficiente para distribuir 131,5 quilos para cada brasileiro ou 3,76 para cada habitante do planeta. Segundo a Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO) toda essa comida alimentaria os 13 milhões de brasileiros que ainda passam fome e ainda atuaria como fator de combate à inflação. Com oferta maior de produtos, os preços não subiriam tanto. Nas centrais de abastecimento o desper-dício de hortaliças é visível. Há casos em que 40% da produção ficam no ca-minho entre as fazendas e os supermer-cados.A comida desperdiçada provoca mais do que prejuízos financeiros, gera re-volta e inconformismo. Ainda assim, o Brasil pouco se mobiliza para mudar esse quadro. Desde 1998, a chamada

Lei do Bom Samaritano, em alusão a uma passagem bíblica, tramita no Congresso Nacional, e não há pre-visão alguma para que seja votada. A intenção da proposta é isentar doadores

de alimentos de responsabilidade civil e penal, se agirem de boa fé, na dis-tribuição de comida — semelhante ao que ocorre em países da Europa e nos Estados Unidos.

Enquanto essa lei não é aprovada, o Estado brasileiro pune severamente os doadores. A legislação atual prevê até cinco anos de prisão caso quem receba os alimentos sofra algum tipo de dano em decorrência da comida doada. Com isso, donos de restaurantes, por exem-plo, são obrigados a despejar no lixo as sobras diárias da produção. “É um crime”, define o diretor-executivo da Associação Brasileira de Bares e Res-taurantes (Abrasel), Gustavo Timo.O ajuste na legislação, segundo Timo, poderia ajudar e muito o Brasil a con-ter o desperdício. “A regra em vigor é completamente inapropriada. Por parte do setor, não falta boa vontade”, insiste o representante da Abrasel, ressaltando que em outros países existem progra-mas organizados de doações, para evi-tar que toneladas de comida em bom estado acabem no lixo. É trágico, mas é real, na esteira desse desperdício sucumbe uma parcela sig-nificativa da população que, subnutrida, se torna inapta para desenvolver seus talentos.

2 Editorial

EXA VOZ

AST ! EX!

A VOBRÁS

EX RA!A!

JORNAL A VOZ DO BRÁS LTDACNPJ: 18 730 278/ 0001-80

Rua São Caetano, 884 - 3º Andar (Shopping Via Sul) - Fone: (11) 3228-7110 - São Paulo - SPe-mail: [email protected] Facebook.com/avozdobras @AVozdoBras

www.avozdobras.blogspot.com

Expediente:Diretor Executivo e Comercial: Helbert Periferia

Diretor de Redação: Claudio ZumckellerEditor: Rodrigo De Giuli

Diagramação e arte: Francisco Roca MatiasFotografia: Helbert Periferia, Claudio Zumckeller e Rodrigo De Giuli

Circulação Nacional – Tiragem 44 mil exemplares – Impressão OESP Gráfica S/A .Os anúncios publicitários com ofertas e promoções são de inteira responsabilidade dos anunciantes. O jornal A VOZ DO BRÁS orienta que o leitor pesquise e certifique-se antes da conclusão de qualquer compromisso comercial, cabendo reclamações a serem feitas ao PROCON regional.

Regulamentação: Lei municipal 14517, artigo 26, parágrafo 2º. Considerando o disposto do inciso IX do artigo 5º, da Constituição Federal, excetua-se da vedação estabelecida no “Caput” deste artigo a distribuição gratuita de jornais e periódicos que se enquadram na lei federal nº 5.250, de 09 de fevereiro de 1967.

FALE CONOSCO, DÊ SUA OPINIÃO: [email protected]

31Onde Comprar Bem no Brás

A VOBRÁS

EX RA!A!

14 15Informe Informe

JB confecções jeans inaugura mais uma loja no Brás

Prosseguindo seu pro-jeto de expansão a JB confecções jeans abriu em 12 de julho mais uma loja no Brás. O

novo endereço é o Shopping Chili-ban, rua Monsenhor Andrade, 931, lojas 25/40.

A inauguração, que contou com a presença de modelos profissionais, empresários e do cantor, apresen-tador e dançarino Yudi Tamashiro, atraiu grande número de excursio-nistas de compras que visitam dia-riamente as ruas do Brás.

O caminhoJosé Batista da Silva, natural de

Sapé, interior da Paraíba, é prota-gonista de uma história vitoriosa. Há 25 anos chegou em São Pau-lo e, como camelô, começou a vender coco e outras frutas pelas ruas do Brás. Após cinco anos re-solveu, ainda como ambulante na rua Oriente, migrar para o ramo de confecções. Batalhador nato, encontrou em Maria Edna Batista da Silva, 38, também paraibana de Cruz do Espírito Santo, seu braço direito no trabalho e sua cara meta-de na constituição da família.

Atualmente o casal dirige ex-celentes pontos de vendas que já qualificam o grupo JB como um dos principais revendedores em atacado e varejo de jeans da região.

Page 9: Jornal a voz do bras 11ª edição 11 08 14

De tudo se perde muitoNo Brasil, 26,3 milhões de tonela-

das de alimentos vão ao lixo por ano

No país há um enorme desperdício de re-cursos naturais. De tudo se perde muito. A cada ano, 26,3 milhões de toneladas de comida são jogados fora. Esse volu-me seria suficiente para distribuir 131,5 quilos para cada brasileiro ou 3,76 para cada habitante do planeta. Segundo a Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO) toda essa comida alimentaria os 13 milhões de brasileiros que ainda passam fome e ainda atuaria como fator de combate à inflação. Com oferta maior de produtos, os preços não subiriam tanto. Nas centrais de abastecimento o desper-dício de hortaliças é visível. Há casos em que 40% da produção ficam no ca-minho entre as fazendas e os supermer-cados.A comida desperdiçada provoca mais do que prejuízos financeiros, gera re-volta e inconformismo. Ainda assim, o Brasil pouco se mobiliza para mudar esse quadro. Desde 1998, a chamada

Lei do Bom Samaritano, em alusão a uma passagem bíblica, tramita no Congresso Nacional, e não há pre-visão alguma para que seja votada. A intenção da proposta é isentar doadores

de alimentos de responsabilidade civil e penal, se agirem de boa fé, na dis-tribuição de comida — semelhante ao que ocorre em países da Europa e nos Estados Unidos.

Enquanto essa lei não é aprovada, o Estado brasileiro pune severamente os doadores. A legislação atual prevê até cinco anos de prisão caso quem receba os alimentos sofra algum tipo de dano em decorrência da comida doada. Com isso, donos de restaurantes, por exem-plo, são obrigados a despejar no lixo as sobras diárias da produção. “É um crime”, define o diretor-executivo da Associação Brasileira de Bares e Res-taurantes (Abrasel), Gustavo Timo.O ajuste na legislação, segundo Timo, poderia ajudar e muito o Brasil a con-ter o desperdício. “A regra em vigor é completamente inapropriada. Por parte do setor, não falta boa vontade”, insiste o representante da Abrasel, ressaltando que em outros países existem progra-mas organizados de doações, para evi-tar que toneladas de comida em bom estado acabem no lixo. É trágico, mas é real, na esteira desse desperdício sucumbe uma parcela sig-nificativa da população que, subnutrida, se torna inapta para desenvolver seus talentos.

2 Editorial

EXA VOZ

AST ! EX!

A VOBRÁS

EX RA!A!

JORNAL A VOZ DO BRÁS LTDACNPJ: 18 730 278/ 0001-80

Rua São Caetano, 884 - 3º Andar (Shopping Via Sul) - Fone: (11) 3228-7110 - São Paulo - SPe-mail: [email protected] Facebook.com/avozdobras @AVozdoBras

www.avozdobras.blogspot.com

Expediente:Diretor Executivo e Comercial: Helbert Periferia

Diretor de Redação: Claudio ZumckellerEditor: Rodrigo De Giuli

Diagramação e arte: Francisco Roca MatiasFotografia: Helbert Periferia, Claudio Zumckeller e Rodrigo De Giuli

Circulação Nacional – Tiragem 44 mil exemplares – Impressão OESP Gráfica S/A .Os anúncios publicitários com ofertas e promoções são de inteira responsabilidade dos anunciantes. O jornal A VOZ DO BRÁS orienta que o leitor pesquise e certifique-se antes da conclusão de qualquer compromisso comercial, cabendo reclamações a serem feitas ao PROCON regional.

Regulamentação: Lei municipal 14517, artigo 26, parágrafo 2º. Considerando o disposto do inciso IX do artigo 5º, da Constituição Federal, excetua-se da vedação estabelecida no “Caput” deste artigo a distribuição gratuita de jornais e periódicos que se enquadram na lei federal nº 5.250, de 09 de fevereiro de 1967.

FALE CONOSCO, DÊ SUA OPINIÃO: [email protected]

31Onde Comprar Bem no Brás

A VOBRÁS

EX RA!A!

De tudo se perde muitoNo Brasil, 26,3 milhões de tonela-

das de alimentos vão ao lixo por ano

No país há um enorme desperdício de re-cursos naturais. De tudo se perde muito. A cada ano, 26,3 milhões de toneladas de comida são jogados fora. Esse volu-me seria suficiente para distribuir 131,5 quilos para cada brasileiro ou 3,76 para cada habitante do planeta. Segundo a Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO) toda essa comida alimentaria os 13 milhões de brasileiros que ainda passam fome e ainda atuaria como fator de combate à inflação. Com oferta maior de produtos, os preços não subiriam tanto. Nas centrais de abastecimento o desper-dício de hortaliças é visível. Há casos em que 40% da produção ficam no ca-minho entre as fazendas e os supermer-cados.A comida desperdiçada provoca mais do que prejuízos financeiros, gera re-volta e inconformismo. Ainda assim, o Brasil pouco se mobiliza para mudar esse quadro. Desde 1998, a chamada

Lei do Bom Samaritano, em alusão a uma passagem bíblica, tramita no Congresso Nacional, e não há pre-visão alguma para que seja votada. A intenção da proposta é isentar doadores

de alimentos de responsabilidade civil e penal, se agirem de boa fé, na dis-tribuição de comida — semelhante ao que ocorre em países da Europa e nos Estados Unidos.

Enquanto essa lei não é aprovada, o Estado brasileiro pune severamente os doadores. A legislação atual prevê até cinco anos de prisão caso quem receba os alimentos sofra algum tipo de dano em decorrência da comida doada. Com isso, donos de restaurantes, por exem-plo, são obrigados a despejar no lixo as sobras diárias da produção. “É um crime”, define o diretor-executivo da Associação Brasileira de Bares e Res-taurantes (Abrasel), Gustavo Timo.O ajuste na legislação, segundo Timo, poderia ajudar e muito o Brasil a con-ter o desperdício. “A regra em vigor é completamente inapropriada. Por parte do setor, não falta boa vontade”, insiste o representante da Abrasel, ressaltando que em outros países existem progra-mas organizados de doações, para evi-tar que toneladas de comida em bom estado acabem no lixo. É trágico, mas é real, na esteira desse desperdício sucumbe uma parcela sig-nificativa da população que, subnutrida, se torna inapta para desenvolver seus talentos.

2 Editorial

EXA VOZ

AST ! EX!

A VOBRÁS

EX RA!A!

JORNAL A VOZ DO BRÁS LTDACNPJ: 18 730 278/ 0001-80

Rua São Caetano, 884 - 3º Andar (Shopping Via Sul) - Fone: (11) 3228-7110 - São Paulo - SPe-mail: [email protected] Facebook.com/avozdobras @AVozdoBras

www.avozdobras.blogspot.com

Expediente:Diretor Executivo e Comercial: Helbert Periferia

Diretor de Redação: Claudio ZumckellerEditor: Rodrigo De Giuli

Diagramação e arte: Francisco Roca MatiasFotografia: Helbert Periferia, Claudio Zumckeller e Rodrigo De Giuli

Circulação Nacional – Tiragem 44 mil exemplares – Impressão OESP Gráfica S/A .Os anúncios publicitários com ofertas e promoções são de inteira responsabilidade dos anunciantes. O jornal A VOZ DO BRÁS orienta que o leitor pesquise e certifique-se antes da conclusão de qualquer compromisso comercial, cabendo reclamações a serem feitas ao PROCON regional.

Regulamentação: Lei municipal 14517, artigo 26, parágrafo 2º. Considerando o disposto do inciso IX do artigo 5º, da Constituição Federal, excetua-se da vedação estabelecida no “Caput” deste artigo a distribuição gratuita de jornais e periódicos que se enquadram na lei federal nº 5.250, de 09 de fevereiro de 1967.

FALE CONOSCO, DÊ SUA OPINIÃO: [email protected]

31Onde Comprar Bem no Brás

A VOBRÁS

EX RA!A!

16 17Onde Comprar bem no Brás Onde Comprar bem no Brás

Page 10: Jornal a voz do bras 11ª edição 11 08 14

De tudo se perde muitoNo Brasil, 26,3 milhões de tonela-

das de alimentos vão ao lixo por ano

No país há um enorme desperdício de re-cursos naturais. De tudo se perde muito. A cada ano, 26,3 milhões de toneladas de comida são jogados fora. Esse volu-me seria suficiente para distribuir 131,5 quilos para cada brasileiro ou 3,76 para cada habitante do planeta. Segundo a Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO) toda essa comida alimentaria os 13 milhões de brasileiros que ainda passam fome e ainda atuaria como fator de combate à inflação. Com oferta maior de produtos, os preços não subiriam tanto. Nas centrais de abastecimento o desper-dício de hortaliças é visível. Há casos em que 40% da produção ficam no ca-minho entre as fazendas e os supermer-cados.A comida desperdiçada provoca mais do que prejuízos financeiros, gera re-volta e inconformismo. Ainda assim, o Brasil pouco se mobiliza para mudar esse quadro. Desde 1998, a chamada

Lei do Bom Samaritano, em alusão a uma passagem bíblica, tramita no Congresso Nacional, e não há pre-visão alguma para que seja votada. A intenção da proposta é isentar doadores

de alimentos de responsabilidade civil e penal, se agirem de boa fé, na dis-tribuição de comida — semelhante ao que ocorre em países da Europa e nos Estados Unidos.

Enquanto essa lei não é aprovada, o Estado brasileiro pune severamente os doadores. A legislação atual prevê até cinco anos de prisão caso quem receba os alimentos sofra algum tipo de dano em decorrência da comida doada. Com isso, donos de restaurantes, por exem-plo, são obrigados a despejar no lixo as sobras diárias da produção. “É um crime”, define o diretor-executivo da Associação Brasileira de Bares e Res-taurantes (Abrasel), Gustavo Timo.O ajuste na legislação, segundo Timo, poderia ajudar e muito o Brasil a con-ter o desperdício. “A regra em vigor é completamente inapropriada. Por parte do setor, não falta boa vontade”, insiste o representante da Abrasel, ressaltando que em outros países existem progra-mas organizados de doações, para evi-tar que toneladas de comida em bom estado acabem no lixo. É trágico, mas é real, na esteira desse desperdício sucumbe uma parcela sig-nificativa da população que, subnutrida, se torna inapta para desenvolver seus talentos.

2 Editorial

EXA VOZ

AST ! EX!

A VOBRÁS

EX RA!A!

JORNAL A VOZ DO BRÁS LTDACNPJ: 18 730 278/ 0001-80

Rua São Caetano, 884 - 3º Andar (Shopping Via Sul) - Fone: (11) 3228-7110 - São Paulo - SPe-mail: [email protected] Facebook.com/avozdobras @AVozdoBras

www.avozdobras.blogspot.com

Expediente:Diretor Executivo e Comercial: Helbert Periferia

Diretor de Redação: Claudio ZumckellerEditor: Rodrigo De Giuli

Diagramação e arte: Francisco Roca MatiasFotografia: Helbert Periferia, Claudio Zumckeller e Rodrigo De Giuli

Circulação Nacional – Tiragem 44 mil exemplares – Impressão OESP Gráfica S/A .Os anúncios publicitários com ofertas e promoções são de inteira responsabilidade dos anunciantes. O jornal A VOZ DO BRÁS orienta que o leitor pesquise e certifique-se antes da conclusão de qualquer compromisso comercial, cabendo reclamações a serem feitas ao PROCON regional.

Regulamentação: Lei municipal 14517, artigo 26, parágrafo 2º. Considerando o disposto do inciso IX do artigo 5º, da Constituição Federal, excetua-se da vedação estabelecida no “Caput” deste artigo a distribuição gratuita de jornais e periódicos que se enquadram na lei federal nº 5.250, de 09 de fevereiro de 1967.

FALE CONOSCO, DÊ SUA OPINIÃO: [email protected]

31Onde Comprar Bem no Brás

A VOBRÁS

EX RA!A!

De tudo se perde muitoNo Brasil, 26,3 milhões de tonela-

das de alimentos vão ao lixo por ano

No país há um enorme desperdício de re-cursos naturais. De tudo se perde muito. A cada ano, 26,3 milhões de toneladas de comida são jogados fora. Esse volu-me seria suficiente para distribuir 131,5 quilos para cada brasileiro ou 3,76 para cada habitante do planeta. Segundo a Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO) toda essa comida alimentaria os 13 milhões de brasileiros que ainda passam fome e ainda atuaria como fator de combate à inflação. Com oferta maior de produtos, os preços não subiriam tanto. Nas centrais de abastecimento o desper-dício de hortaliças é visível. Há casos em que 40% da produção ficam no ca-minho entre as fazendas e os supermer-cados.A comida desperdiçada provoca mais do que prejuízos financeiros, gera re-volta e inconformismo. Ainda assim, o Brasil pouco se mobiliza para mudar esse quadro. Desde 1998, a chamada

Lei do Bom Samaritano, em alusão a uma passagem bíblica, tramita no Congresso Nacional, e não há pre-visão alguma para que seja votada. A intenção da proposta é isentar doadores

de alimentos de responsabilidade civil e penal, se agirem de boa fé, na dis-tribuição de comida — semelhante ao que ocorre em países da Europa e nos Estados Unidos.

Enquanto essa lei não é aprovada, o Estado brasileiro pune severamente os doadores. A legislação atual prevê até cinco anos de prisão caso quem receba os alimentos sofra algum tipo de dano em decorrência da comida doada. Com isso, donos de restaurantes, por exem-plo, são obrigados a despejar no lixo as sobras diárias da produção. “É um crime”, define o diretor-executivo da Associação Brasileira de Bares e Res-taurantes (Abrasel), Gustavo Timo.O ajuste na legislação, segundo Timo, poderia ajudar e muito o Brasil a con-ter o desperdício. “A regra em vigor é completamente inapropriada. Por parte do setor, não falta boa vontade”, insiste o representante da Abrasel, ressaltando que em outros países existem progra-mas organizados de doações, para evi-tar que toneladas de comida em bom estado acabem no lixo. É trágico, mas é real, na esteira desse desperdício sucumbe uma parcela sig-nificativa da população que, subnutrida, se torna inapta para desenvolver seus talentos.

2 Editorial

EXA VOZ

AST ! EX!

A VOBRÁS

EX RA!A!

JORNAL A VOZ DO BRÁS LTDACNPJ: 18 730 278/ 0001-80

Rua São Caetano, 884 - 3º Andar (Shopping Via Sul) - Fone: (11) 3228-7110 - São Paulo - SPe-mail: [email protected] Facebook.com/avozdobras @AVozdoBras

www.avozdobras.blogspot.com

Expediente:Diretor Executivo e Comercial: Helbert Periferia

Diretor de Redação: Claudio ZumckellerEditor: Rodrigo De Giuli

Diagramação e arte: Francisco Roca MatiasFotografia: Helbert Periferia, Claudio Zumckeller e Rodrigo De Giuli

Circulação Nacional – Tiragem 44 mil exemplares – Impressão OESP Gráfica S/A .Os anúncios publicitários com ofertas e promoções são de inteira responsabilidade dos anunciantes. O jornal A VOZ DO BRÁS orienta que o leitor pesquise e certifique-se antes da conclusão de qualquer compromisso comercial, cabendo reclamações a serem feitas ao PROCON regional.

Regulamentação: Lei municipal 14517, artigo 26, parágrafo 2º. Considerando o disposto do inciso IX do artigo 5º, da Constituição Federal, excetua-se da vedação estabelecida no “Caput” deste artigo a distribuição gratuita de jornais e periódicos que se enquadram na lei federal nº 5.250, de 09 de fevereiro de 1967.

FALE CONOSCO, DÊ SUA OPINIÃO: [email protected]

31Onde Comprar Bem no Brás

A VOBRÁS

EX RA!A!

18 19Informe Publicitário / ModaEntretenimento

HORÓSCOPOÁries 21/3 a 19/4Período para esclarecer assuntos diante de amizades ou vivenciá-las de maneira mais especial. Tendências para novas convivências e envolvimento com grupos devido a atividades culturais ou que alternem sua rotina. É um momento especial para refletir sobre sua postura nas relações. Exercite mais suas crenças e

temas que sirvam para recarregar as energias, tanto físicas como emocionais. Touro 20/4 a 20/5Momento importante para questões profissionais, onde novas etapas devem ser vivenciadas. Também há tendências para reconhecimento, além de ser um momento positivo para divulgações, retorno de investi-mento e exposição da sua criatividade. Na vida amorosa, poderá separar instantes para sua liberdade sem sacrificar os momentos a dois.

Gêmeos 21/5 a 21/6O período é favorável para expandir seus conhecimentos e executar ideais a favor de projetos profissio-nais. Também é um momento importante para uma reflexão sobre sua fé, inclusive com mais empenho a praticá-la, seja por religião ou a sua maneira, em meditação, oração ou em atitudes as quais se sinta feliz interiormente. Dia 6, Mercúrio fica em movimento (retrógrado), na ordem inversa do zodíaco, influência para revisões de negócios e retomada de contatos. Período atenção com contratos. Valerá cuidado para evitar mal entendidos nas relações.

Câncer 22/6 a 22/7Momento propício para confidências e para boas descobertas junto a amizades e na vida amorosa. Assun-tos materiais e de trabalho recomendam estratégia e sigilo nos próximos dias. Os contatos com pessoas à distância serão importantes para esclarecimentos e retomada de vínculos especiais. Momento mais intenso para exercitar o interesse pela espiritualidade e por suas crenças.

Leão 23/7 a 22/8Este é um momento importante para ponderar sobre suas relações e sobre as diferenças que tem diante delas. O trabalho e os negócios trarão oportunidades para parcerias ou definições de sociedades. Possibi-lidades para retomar assuntos de interesse material ou pendências em tais temas. Na vida afetiva, tende a ser mais direto(a) com algumas coisas que sente. Procure ter cuidado para não criar nenhum mal entendi-do com o que disser.

Virgem 23/8 a 22/9O momento favorece inovações no trabalho e uma mudança de postura com algumas prioridades. Algu-mas são necessárias, ainda que exista dificuldade para lidar com adaptações. Uma dose a mais de cuidado com o corpo e com a saúde será essencial nos próximos dias para recompor energias e precaver-se de problemas. Na vida afetiva, cuide para não se exceder em exigências e seja cuidadoso(a) para não criar mal entendidos com o que disser.

Libra 23/9 a 22/10Momento positivo para as relações, comunicações, estudos e a prática de projetos que antes eram meras idéias. Momento especial para divulgações, principalmente em assuntos profissionais e de negócios. Há mais tendências para contratempos e imprevistos com assuntos materiais. Procure expor os sentimentos que há tempos sente necessidade tenha atenção com o jeito de expressá-los.

Escorpião 23/10 a 21/11Assuntos familiares estão propensos a esclarecimentos e a proporcionar responsabilidades diferentes. Despesas extras para o lar serão mais frequentes. Desapegue-se de algumas manias e evite implicâncias por coisas de pouca importância nas relações com quem mais tem vínculo afetivo. São maiores as chances para expor seus sentimentos com mais intensidade e retomar conversas pendentes.

Sagitário 22/11 a 21/12Momento em que novos conhecimentos e informações proporcionarão crescimento pessoal e profissional. A atenção com papéis, contratos e correspondências tende a ser mais intensa. Nos assuntos afetivos, é importante valorizar conversas e ouvir mais a opinião de quem está ao seu lado sobre suas atitudes. Cuide para não tirar conclusões precipitadas sobre algumas pessoas.

Capricórnio 22/12 a 19/1Temas relacionados a finanças e interesses materiais requisitarão atenção à detalhes para não cometer equívocos movido(a) por caprichos consumistas. Em relacionamentos, o momento é propício para refletir se não tem exigido mais do que pode de algumas pessoas. Observar e respeitar diferenças de valores em seus relacionamentos ajudará a lidar melhor com eles.

Aquário 20/1 a 18/2O período do Sol em seu signo até o dia 18, proporciona um novo ciclo aos seus projetos para que muitos sejam colocados em prática. A convivência com amizades trará momentos especiais e mais possibilidades de confidências importantes. Nas relações, terá mais intensidade na maneira de se expressar, o que requer cuidado com o jeito de expor o que sente. Conversas esclarecedoras marcarão a vida amorosa.

Peixes 19/2 a 20/3Ações voluntárias e causas coletivas devem motivá-lo(a) com mais intensidade. Período em que a vontade de executar projetos estará mais intensa. Tomará algumas iniciativas que refletirão na sua vida, não apenas no momento atual, mas ao longo das próximas semanas e meses. Após o dia 6, Mercúrio em seu signo fica em movimento retrógrado, influência que recomenda paciência para esclarecer equívocos e retomar relações. Momento em que deve mudar sua postura em sacrifícios que faz por outras pessoas e pensar mais em si mesmo(a).

Por Juliana Padovan Bandoni*

As franjas entram em acessórios como bo-tas, bolsas, pulseiras, entre outros. As blu-sas também apresen-

tam esses detalhes proporcionan-do um visual moderno e cheio de estilo. Quando bem colocadas podem valorizar o visual, mas é preciso ter harmonia e coerência para usá-las. Os looks são os mais variados possíveis, basta usar a criatividade.

Extravagantes, sensuais e muito es-tilosas, elas trazem uma pegada dra-mática e aventureira.

Para os que não se acham com co-ragem de usar roupas com franjas po-dem apostar nos acessórios que são mais discretos e dão um charme todo especial ao look.

As franjas continuam em alta, dão

vida às produções, podendo vir em diferentes estilos como o country ou serem mais delicadas e sofisticadas.

As roupas com franjas possuem várias referências no mundo fashion, como a década de 1920 que trouxe as melindrosas, ou então remeter ao folk e ao estilo hippie, que se caracterizam por possuírem um ar mais despojado e descontraído.

Apenas tome cuidado para não se empolgar na composição e misturar várias peças e acessórios com fran-jas, deixando o visual pesado. Use--as a seu favor! Como elas dão a ideia de volume podem ser utilizadas para criar pontos específicos e chamar mais atenção para partes do corpo que deseja destacar.

*Juliana Padovan Bandoni, Consultora de Moda e Gestora de

Mídias [email protected]

Balanço e movimento com muito estilo

Prime Bolsas e Calçados inaugura mais uma loja! Nova loja no Shorpping All Brás tem instalações modernas e atendimento diferenciado

Lojas bem montadas, pontos de vendas estratégicos, atendimen-to diferenciado e produtos de alta qualidade têm sido, segundo o proprietário Edson Rodriguez, itens indispensáveis para o suces-so da marca Prime.“Há cerca de dois anos, quando iniciei no Brás, enxerguei o po-tencial da região para um comér-cio voltado ao atendimento de clientes e empreendedores mais exigentes”, revela Rodriguez.Além dos calçados “Prime Con-fort”, linha de fabricação própria, as lojas Prime distribuem marcas

renomadas como: Bolsas Pallas e Stéphanie Calçados. “Em meio a enorme concorrên-cia, não há como fazer a diferen-ça sem estar atento ao nível de exigência que o consumidor bra-sileiro vem adquirindo”, finaliza Edson.Enquanto permaneceu nas de-pendências da nova loja para a entrevista, a reportagem do jornal A VOZ DO BRÁS pode observar um fluxo considerável de clientes atendidos por uma equipe de ven-das bastante motivada e sobretu-do interessada em proporcionar a melhor acolhida possível.

CAÇA-PALAVRAS

Solução

www.coquetel.com.br © Revistas COQUETEL

5

Procure e marque, no diagrama de letras, as palavras em destaque no texto.

P

M

O

V I

M

E N

T

A D

O

S

O

N

S

O

P

E

D

A D

I

C

I

C

A

O

U

A

O

Ç

A P

S E

I

P

Ã

L

S

V

N

A

Ç

A

I

O

R

A

R

S A

D

A M

I

N

A

D

R

EC

I

U

T

LI

A

R

N

O

V

I D

A

D

E

HN

N

A

L

O

U

A

R

I

E

SM

S

O

O

T A

H

C

O

A

S J

O

I D

A

RC

T

E L

E V

I S

à O

Fábrica de entretenimentoSistema ELETRÔNICO para transmitir imagens fixas ou ANIMADAS, juntamente com o som, através de um fio ou do ESPAÇO, por aparelhos que os convertem em ONDAS elétricas e os transformam em RAIOS de luz visíveis e sons AUDÍVEIS. Esta é a definição de um eletrodoméstico que, atualmente, faz parte da vida de praticamente todos os brasileiros: a TELEVISÃO. Mas nem sempre foi assim. Nos anos 1950, Francisco de Assis Chateau-briand Bandeira de Melo, o CHATÔ, pioneiro da COMU-NICAÇÃO no Brasil, que já controlava uma cadeia de JORNAIS e emissoras de RÁDIO, se encantou pela NOVIDADE nos Estados Unidos e resolveu trazê-la para o seu país. Como os APARELHOS eram muito caros, ele decidiu instalar alguns em pontos MOVI-MENTADOS de São Paulo. A televisão fez sucesso e, com o passar dos anos, se tornou tão POPULAR que é praticamente impossível encontrar alguém que viva em uma grande CIDADE sem ter ao menos uma em CASA.

ilustração: nei lima

Ç B B P R M O V I M E N T A D O S R I X A M Q T U O K Z C N S O C Ç K E V U Y S G O T W Q R U P H E D A D I C Q J Z N E K I W C S A S O N U I F G D E A E U O Ç A P S E X I S P C Ã Z L H T W I T T S E K B H P S V D N P A T Ç V A P H V U H Y Ç U H S G X E I G O Q R K A H R F Q S A D A M I N A Q K X D W R P E A C I Ç K P I A Y U Y B E A Z C T U H T Y L K I W Ç V P A U Q R W S N O V I D A D E R H I N W T H Ç N T A R B Ç O B D M K B Y L K O R U T O A M R I T J E W Y X R G Z B J E O S Y M W S N T O Q T S O T A H C T V X Q P O C P O A K Q S J G T V A R Y G G P G O I D A R U C Ç R B L L T E L E V I S Ã O E N Ç N G Ç

Page 11: Jornal a voz do bras 11ª edição 11 08 14

De tudo se perde muitoNo Brasil, 26,3 milhões de tonela-

das de alimentos vão ao lixo por ano

No país há um enorme desperdício de re-cursos naturais. De tudo se perde muito. A cada ano, 26,3 milhões de toneladas de comida são jogados fora. Esse volu-me seria suficiente para distribuir 131,5 quilos para cada brasileiro ou 3,76 para cada habitante do planeta. Segundo a Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO) toda essa comida alimentaria os 13 milhões de brasileiros que ainda passam fome e ainda atuaria como fator de combate à inflação. Com oferta maior de produtos, os preços não subiriam tanto. Nas centrais de abastecimento o desper-dício de hortaliças é visível. Há casos em que 40% da produção ficam no ca-minho entre as fazendas e os supermer-cados.A comida desperdiçada provoca mais do que prejuízos financeiros, gera re-volta e inconformismo. Ainda assim, o Brasil pouco se mobiliza para mudar esse quadro. Desde 1998, a chamada

Lei do Bom Samaritano, em alusão a uma passagem bíblica, tramita no Congresso Nacional, e não há pre-visão alguma para que seja votada. A intenção da proposta é isentar doadores

de alimentos de responsabilidade civil e penal, se agirem de boa fé, na dis-tribuição de comida — semelhante ao que ocorre em países da Europa e nos Estados Unidos.

Enquanto essa lei não é aprovada, o Estado brasileiro pune severamente os doadores. A legislação atual prevê até cinco anos de prisão caso quem receba os alimentos sofra algum tipo de dano em decorrência da comida doada. Com isso, donos de restaurantes, por exem-plo, são obrigados a despejar no lixo as sobras diárias da produção. “É um crime”, define o diretor-executivo da Associação Brasileira de Bares e Res-taurantes (Abrasel), Gustavo Timo.O ajuste na legislação, segundo Timo, poderia ajudar e muito o Brasil a con-ter o desperdício. “A regra em vigor é completamente inapropriada. Por parte do setor, não falta boa vontade”, insiste o representante da Abrasel, ressaltando que em outros países existem progra-mas organizados de doações, para evi-tar que toneladas de comida em bom estado acabem no lixo. É trágico, mas é real, na esteira desse desperdício sucumbe uma parcela sig-nificativa da população que, subnutrida, se torna inapta para desenvolver seus talentos.

2 Editorial

EXA VOZ

AST ! EX!

A VOBRÁS

EX RA!A!

JORNAL A VOZ DO BRÁS LTDACNPJ: 18 730 278/ 0001-80

Rua São Caetano, 884 - 3º Andar (Shopping Via Sul) - Fone: (11) 3228-7110 - São Paulo - SPe-mail: [email protected] Facebook.com/avozdobras @AVozdoBras

www.avozdobras.blogspot.com

Expediente:Diretor Executivo e Comercial: Helbert Periferia

Diretor de Redação: Claudio ZumckellerEditor: Rodrigo De Giuli

Diagramação e arte: Francisco Roca MatiasFotografia: Helbert Periferia, Claudio Zumckeller e Rodrigo De Giuli

Circulação Nacional – Tiragem 44 mil exemplares – Impressão OESP Gráfica S/A .Os anúncios publicitários com ofertas e promoções são de inteira responsabilidade dos anunciantes. O jornal A VOZ DO BRÁS orienta que o leitor pesquise e certifique-se antes da conclusão de qualquer compromisso comercial, cabendo reclamações a serem feitas ao PROCON regional.

Regulamentação: Lei municipal 14517, artigo 26, parágrafo 2º. Considerando o disposto do inciso IX do artigo 5º, da Constituição Federal, excetua-se da vedação estabelecida no “Caput” deste artigo a distribuição gratuita de jornais e periódicos que se enquadram na lei federal nº 5.250, de 09 de fevereiro de 1967.

FALE CONOSCO, DÊ SUA OPINIÃO: [email protected]

31Onde Comprar Bem no Brás

A VOBRÁS

EX RA!A!

De tudo se perde muitoNo Brasil, 26,3 milhões de tonela-

das de alimentos vão ao lixo por ano

No país há um enorme desperdício de re-cursos naturais. De tudo se perde muito. A cada ano, 26,3 milhões de toneladas de comida são jogados fora. Esse volu-me seria suficiente para distribuir 131,5 quilos para cada brasileiro ou 3,76 para cada habitante do planeta. Segundo a Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO) toda essa comida alimentaria os 13 milhões de brasileiros que ainda passam fome e ainda atuaria como fator de combate à inflação. Com oferta maior de produtos, os preços não subiriam tanto. Nas centrais de abastecimento o desper-dício de hortaliças é visível. Há casos em que 40% da produção ficam no ca-minho entre as fazendas e os supermer-cados.A comida desperdiçada provoca mais do que prejuízos financeiros, gera re-volta e inconformismo. Ainda assim, o Brasil pouco se mobiliza para mudar esse quadro. Desde 1998, a chamada

Lei do Bom Samaritano, em alusão a uma passagem bíblica, tramita no Congresso Nacional, e não há pre-visão alguma para que seja votada. A intenção da proposta é isentar doadores

de alimentos de responsabilidade civil e penal, se agirem de boa fé, na dis-tribuição de comida — semelhante ao que ocorre em países da Europa e nos Estados Unidos.

Enquanto essa lei não é aprovada, o Estado brasileiro pune severamente os doadores. A legislação atual prevê até cinco anos de prisão caso quem receba os alimentos sofra algum tipo de dano em decorrência da comida doada. Com isso, donos de restaurantes, por exem-plo, são obrigados a despejar no lixo as sobras diárias da produção. “É um crime”, define o diretor-executivo da Associação Brasileira de Bares e Res-taurantes (Abrasel), Gustavo Timo.O ajuste na legislação, segundo Timo, poderia ajudar e muito o Brasil a con-ter o desperdício. “A regra em vigor é completamente inapropriada. Por parte do setor, não falta boa vontade”, insiste o representante da Abrasel, ressaltando que em outros países existem progra-mas organizados de doações, para evi-tar que toneladas de comida em bom estado acabem no lixo. É trágico, mas é real, na esteira desse desperdício sucumbe uma parcela sig-nificativa da população que, subnutrida, se torna inapta para desenvolver seus talentos.

2 Editorial

EXA VOZ

AST ! EX!

A VOBRÁS

EX RA!A!

JORNAL A VOZ DO BRÁS LTDACNPJ: 18 730 278/ 0001-80

Rua São Caetano, 884 - 3º Andar (Shopping Via Sul) - Fone: (11) 3228-7110 - São Paulo - SPe-mail: [email protected] Facebook.com/avozdobras @AVozdoBras

www.avozdobras.blogspot.com

Expediente:Diretor Executivo e Comercial: Helbert Periferia

Diretor de Redação: Claudio ZumckellerEditor: Rodrigo De Giuli

Diagramação e arte: Francisco Roca MatiasFotografia: Helbert Periferia, Claudio Zumckeller e Rodrigo De Giuli

Circulação Nacional – Tiragem 44 mil exemplares – Impressão OESP Gráfica S/A .Os anúncios publicitários com ofertas e promoções são de inteira responsabilidade dos anunciantes. O jornal A VOZ DO BRÁS orienta que o leitor pesquise e certifique-se antes da conclusão de qualquer compromisso comercial, cabendo reclamações a serem feitas ao PROCON regional.

Regulamentação: Lei municipal 14517, artigo 26, parágrafo 2º. Considerando o disposto do inciso IX do artigo 5º, da Constituição Federal, excetua-se da vedação estabelecida no “Caput” deste artigo a distribuição gratuita de jornais e periódicos que se enquadram na lei federal nº 5.250, de 09 de fevereiro de 1967.

FALE CONOSCO, DÊ SUA OPINIÃO: [email protected]

31Onde Comprar Bem no Brás

A VOBRÁS

EX RA!A!

20 21Utilidade Pública Dia dos pais

O dia dos pais

A história mais conhecida sobre a comemoração ao dia dos pais é a de William Jackson Smart, um ex-combatente da

guerra civil que perdeu sua esposa quando os seis filhos eram ainda bem pequenos. Sua filha Sonora Smart re-solveu homenageá-lo, no ano de 1909 por ele ter dedicado sua vida aos fi-lhos. A data escolhida foi a de nasci-mento de Willian, dezenove de junho.

A data passou a ser difundida na cidade onde moravam, no estado de Washington, e espalhada por todo país, até que o presidente Richard Ni-xon a tornou oficial.

No Brasil a partir de 1953, várias entidades da imprensa se juntaram para promover um concurso em que homenageariam três tipos de pais: o pai com maior número de filhos, o pai mais jovem e o pai mais velho. Os vencedores foram um pai com trinta e um filhos, um pai de 16 anos e um pai com 98 anos.

Segundo a Constituição Federal do Brasil, de 1988, o pai tem direito a cinco dias de licença após o nasci-mento de seus filhos, onde terá tempo para auxiliar a mãe do recém-nascido e fazer o registro do mesmo, em car-tório.

A comemoração dessa data movi-menta bastante o comércio, pois os fi-lhos oferecem presentes aos seus pais.

Page 12: Jornal a voz do bras 11ª edição 11 08 14

De tudo se perde muitoNo Brasil, 26,3 milhões de tonela-

das de alimentos vão ao lixo por ano

No país há um enorme desperdício de re-cursos naturais. De tudo se perde muito. A cada ano, 26,3 milhões de toneladas de comida são jogados fora. Esse volu-me seria suficiente para distribuir 131,5 quilos para cada brasileiro ou 3,76 para cada habitante do planeta. Segundo a Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO) toda essa comida alimentaria os 13 milhões de brasileiros que ainda passam fome e ainda atuaria como fator de combate à inflação. Com oferta maior de produtos, os preços não subiriam tanto. Nas centrais de abastecimento o desper-dício de hortaliças é visível. Há casos em que 40% da produção ficam no ca-minho entre as fazendas e os supermer-cados.A comida desperdiçada provoca mais do que prejuízos financeiros, gera re-volta e inconformismo. Ainda assim, o Brasil pouco se mobiliza para mudar esse quadro. Desde 1998, a chamada

Lei do Bom Samaritano, em alusão a uma passagem bíblica, tramita no Congresso Nacional, e não há pre-visão alguma para que seja votada. A intenção da proposta é isentar doadores

de alimentos de responsabilidade civil e penal, se agirem de boa fé, na dis-tribuição de comida — semelhante ao que ocorre em países da Europa e nos Estados Unidos.

Enquanto essa lei não é aprovada, o Estado brasileiro pune severamente os doadores. A legislação atual prevê até cinco anos de prisão caso quem receba os alimentos sofra algum tipo de dano em decorrência da comida doada. Com isso, donos de restaurantes, por exem-plo, são obrigados a despejar no lixo as sobras diárias da produção. “É um crime”, define o diretor-executivo da Associação Brasileira de Bares e Res-taurantes (Abrasel), Gustavo Timo.O ajuste na legislação, segundo Timo, poderia ajudar e muito o Brasil a con-ter o desperdício. “A regra em vigor é completamente inapropriada. Por parte do setor, não falta boa vontade”, insiste o representante da Abrasel, ressaltando que em outros países existem progra-mas organizados de doações, para evi-tar que toneladas de comida em bom estado acabem no lixo. É trágico, mas é real, na esteira desse desperdício sucumbe uma parcela sig-nificativa da população que, subnutrida, se torna inapta para desenvolver seus talentos.

2 Editorial

EXA VOZ

AST ! EX!

A VOBRÁS

EX RA!A!

JORNAL A VOZ DO BRÁS LTDACNPJ: 18 730 278/ 0001-80

Rua São Caetano, 884 - 3º Andar (Shopping Via Sul) - Fone: (11) 3228-7110 - São Paulo - SPe-mail: [email protected] Facebook.com/avozdobras @AVozdoBras

www.avozdobras.blogspot.com

Expediente:Diretor Executivo e Comercial: Helbert Periferia

Diretor de Redação: Claudio ZumckellerEditor: Rodrigo De Giuli

Diagramação e arte: Francisco Roca MatiasFotografia: Helbert Periferia, Claudio Zumckeller e Rodrigo De Giuli

Circulação Nacional – Tiragem 44 mil exemplares – Impressão OESP Gráfica S/A .Os anúncios publicitários com ofertas e promoções são de inteira responsabilidade dos anunciantes. O jornal A VOZ DO BRÁS orienta que o leitor pesquise e certifique-se antes da conclusão de qualquer compromisso comercial, cabendo reclamações a serem feitas ao PROCON regional.

Regulamentação: Lei municipal 14517, artigo 26, parágrafo 2º. Considerando o disposto do inciso IX do artigo 5º, da Constituição Federal, excetua-se da vedação estabelecida no “Caput” deste artigo a distribuição gratuita de jornais e periódicos que se enquadram na lei federal nº 5.250, de 09 de fevereiro de 1967.

FALE CONOSCO, DÊ SUA OPINIÃO: [email protected]

31Onde Comprar Bem no Brás

A VOBRÁS

EX RA!A!

De tudo se perde muitoNo Brasil, 26,3 milhões de tonela-

das de alimentos vão ao lixo por ano

No país há um enorme desperdício de re-cursos naturais. De tudo se perde muito. A cada ano, 26,3 milhões de toneladas de comida são jogados fora. Esse volu-me seria suficiente para distribuir 131,5 quilos para cada brasileiro ou 3,76 para cada habitante do planeta. Segundo a Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO) toda essa comida alimentaria os 13 milhões de brasileiros que ainda passam fome e ainda atuaria como fator de combate à inflação. Com oferta maior de produtos, os preços não subiriam tanto. Nas centrais de abastecimento o desper-dício de hortaliças é visível. Há casos em que 40% da produção ficam no ca-minho entre as fazendas e os supermer-cados.A comida desperdiçada provoca mais do que prejuízos financeiros, gera re-volta e inconformismo. Ainda assim, o Brasil pouco se mobiliza para mudar esse quadro. Desde 1998, a chamada

Lei do Bom Samaritano, em alusão a uma passagem bíblica, tramita no Congresso Nacional, e não há pre-visão alguma para que seja votada. A intenção da proposta é isentar doadores

de alimentos de responsabilidade civil e penal, se agirem de boa fé, na dis-tribuição de comida — semelhante ao que ocorre em países da Europa e nos Estados Unidos.

Enquanto essa lei não é aprovada, o Estado brasileiro pune severamente os doadores. A legislação atual prevê até cinco anos de prisão caso quem receba os alimentos sofra algum tipo de dano em decorrência da comida doada. Com isso, donos de restaurantes, por exem-plo, são obrigados a despejar no lixo as sobras diárias da produção. “É um crime”, define o diretor-executivo da Associação Brasileira de Bares e Res-taurantes (Abrasel), Gustavo Timo.O ajuste na legislação, segundo Timo, poderia ajudar e muito o Brasil a con-ter o desperdício. “A regra em vigor é completamente inapropriada. Por parte do setor, não falta boa vontade”, insiste o representante da Abrasel, ressaltando que em outros países existem progra-mas organizados de doações, para evi-tar que toneladas de comida em bom estado acabem no lixo. É trágico, mas é real, na esteira desse desperdício sucumbe uma parcela sig-nificativa da população que, subnutrida, se torna inapta para desenvolver seus talentos.

2 Editorial

EXA VOZ

AST ! EX!

A VOBRÁS

EX RA!A!

JORNAL A VOZ DO BRÁS LTDACNPJ: 18 730 278/ 0001-80

Rua São Caetano, 884 - 3º Andar (Shopping Via Sul) - Fone: (11) 3228-7110 - São Paulo - SPe-mail: [email protected] Facebook.com/avozdobras @AVozdoBras

www.avozdobras.blogspot.com

Expediente:Diretor Executivo e Comercial: Helbert Periferia

Diretor de Redação: Claudio ZumckellerEditor: Rodrigo De Giuli

Diagramação e arte: Francisco Roca MatiasFotografia: Helbert Periferia, Claudio Zumckeller e Rodrigo De Giuli

Circulação Nacional – Tiragem 44 mil exemplares – Impressão OESP Gráfica S/A .Os anúncios publicitários com ofertas e promoções são de inteira responsabilidade dos anunciantes. O jornal A VOZ DO BRÁS orienta que o leitor pesquise e certifique-se antes da conclusão de qualquer compromisso comercial, cabendo reclamações a serem feitas ao PROCON regional.

Regulamentação: Lei municipal 14517, artigo 26, parágrafo 2º. Considerando o disposto do inciso IX do artigo 5º, da Constituição Federal, excetua-se da vedação estabelecida no “Caput” deste artigo a distribuição gratuita de jornais e periódicos que se enquadram na lei federal nº 5.250, de 09 de fevereiro de 1967.

FALE CONOSCO, DÊ SUA OPINIÃO: [email protected]

31Onde Comprar Bem no Brás

A VOBRÁS

EX RA!A!

22 23

“Pra onde vai valente? Vou pra linha de frente...” Esse é um verso de uma embola-da de autoria de Manezinho Araújo um mestre nessa

arte que exige do cantor muito ritmo e fôlego! O embolador discorre sobre temas cotidianos como um cronista usando muito humor e sátira. Alguns consideram que a embolada tem sua origem na literatura de cordel. Ofí-cio dos cantadores nordestinos que criam rimas em profusão. Um modo de dizer a letra que guarda certa se-melhança com o rap, porém com mais musicalidade e que obedece em geral aos compassos 2/4 e 4/4 da forma dos cocos com estrofe-refrão. Manezinho Araújo – Manoel Pereira de Araújo – é natural de Cabo de San-

to Agostinho, Pernambuco. Nasceu no dia 27 de setembro de 1910. Em Recife, aprendeu a cantar emboladas com o seu conterrâneo mestre Mino-na, um dos primeiros divulgadores do gênero. Manezinho Araújo compu-nha, cantava e pintava, entre outras habilidades. Um belo dia visitou o Rio de Janeiro e na viagem de volta no navio, conhece Carmem Miranda e Almirante. Um soldado o apresentou: “Olha, tem um sargento aí que canta embolada como o diabo!”. Graças ao encontro Manezinho foi levado para cantar na Rádio Mayrink Veiga, a se-guir grava seu primeiro disco lançado no final de 1933. Até meados da déca-da de 1950 emplacou vários sucessos. Ganhou fama de “rei da embolada”, mas sua obra foi além destas, abran-gia sambas, frevos, cocos e baiões. Participou de filmes e cinejornais da Atlântida e nas primeiras transmis-sões da televisão no Rio. Chegou a

produzir e apresentar programas de rádio, também fez jornalismo. Foi um dos primeiros garotos-propaganda do Brasil cantando jingles. Detalhe: era flamenguista fanático. Em 1954 decide se despedir da carreira com um show que reuniu mais de 10 mil pessoas. Passou a dedicar-se somente à pintura e culinária nordestina. Au-xiliado por sua mulher, Dona Lalá, Manezinho abriu o restaurante Ca-beça Chata em Copacabana RJ., que atingiu fama nacional e internacio-nal, com a mais distinta clientela. O vatapá da casa virou música: “Vata-pá, vatapá, a moda é cumê vatapá”. Uma receita de merengue de banana leva o seu nome. Sete anos depois, Manezinho transfere seu restauran-te para São Paulo, na Rua Augusta. Seguiu pintando em arte naif os tipos regionais brasileiros, viveu até o fim dos seus dias na sua terra de adoção e coração. Faleceu em São Paulo em

23/05/1993. Assim cantou Manezi-nho... “Cuma é o nome dele?”. Nunca ouviu falar? Procure saber! Os 103 anos do artista, que nada fica a dever a outros mais festejados, celebra uma obra plural e que não deve ser esque-cida. Fomentar a cultura autêntica de um país é fortalecer suas conquistas. Salve o Manezinho!

*Dorival Marques de Oliveira,

compositor popular

Artigo Música

O sujeito entra na sala. - Bom dia! Aqui é a Procuradoria? - Sim senhor, é aqui mesmo. Em

que posso ajuda-lo? – pergun-tou o rapaz simpaticamente. - Eu perdi meu guarda-chuva.

Silêncio.

- Desculpe senhor. Eu não entendi- perguntou já esperando o pior. - Eu disse que eu perdi meu guar-da-chuva. Eu jurava que esta-va em casa, mas não encontrei. - Certo, senhor. Mas o que nós temos a ver com isso? - Aqui não é a Procuradoria? - É sim, senhor – respon-deu já quase sem paciência. - Então! Vocês podem procurá-lo para mim?

Silêncio de novo.

- Deve estar havewndo algum enga-no, senhor. A Procuradoria não é o órgão que procura coisas – levantou da cadeira, encaminhando o sujeito até a porta – E infelizmente, não po-demos fazer nada pelo senhor. Adeus. - Mas se a Procuradoria não procura coisas, vocês escolheram muito mal esse nome! É sério, moço. Eu preci-so muito daquele guarda-chuva. Eu preciso preencher algum formulário? A irritação começou a tomar con-ta do rapaz. O dia estava tran-quilo demais, ele deveria ter des-confiado que algo iria acontecer. - Não, senhor. Não existe formulário nenhum, porque nós não vamos pro-curar coisa alguma para você! Agora, se me dá licença… – e abriu a porta. - Isso é um absurdo! Você não quer fazer o seu trabalho e a culpa é mi-nha?

- Desculpe, mas ele tem razão! – in-

terrompeu um homem que passa-va pelo corredor – Se esse senhor quer que vocês procurem o guarda--chuva dele, e vocês são a Procu-radoria, vocês devem atendê-lo. - Mas quem diabos é você? – perguntou o rapaz indignado. - Eu sou da Defensoria. E ele tem ra-zão. É meu papel defender as pessoas e não vou deixar que você faça isso com ele. Ele perdeu o guarda-chuva. O rapaz parecia não acreditar. De onde esses malucos surgiram?

Respirou fundo. Três vezes.

- Olha, senhores. Isso tudo é um grande mal entendido. Não é nosso dever procurar nada para ninguém. Apesar do nome “Procuradoria”, a gente não procura nada. Fui claro? - Mas se a Defensoria está aqui para me defender, porque é que a Pro-curadoria não pode procurar meu guarda-chuva? Não faz sentido! - É verdade! – disse o defensor. - Desculpem senhores, eu não sou pago para ficar aqui ouvindo essas besteiras. Eu tenho muito o que fa-zer, então, por favor, saiam daqui.

- Oi, desculpa atrapalhar, mas eu ouvi lá de fora alguém falando que não é pago pra ouvir bestei-ras? – disse uma jovem de cabelos longos e pretos colocando a cabe-ça na porta – Muito prazer, eu sou da Ouvidoria, e posso ajudar você. - Muito prazer! – responde-ram em coro o sujeito e o defen-sor. O rapaz só olhava incrédulo. - É o seguinte, jovem. Eu perdi meu guarda-chuva. E vim até a Procuradoria. - Certo, estou ouvindo – disse a jovem ouvidora demonstrando interesse. - E este rapaz se negou a me ajudar. Não acho isso certo! - É verdade! Eu também não admito que ele faça isso com esse senhor! – exclamou o de-fensor com o dedo em riste. - Compreendo – respondeu a ouvido-ra com calma.

Silêncio de novo.

- Porra, mas e aí? – esbravejou o rapaz. - Eu já fiz o meu papel de ouvir. Pelo que entendi, este senhor também fez o papel dele de defender. Só falta o senhor fazer seu papel de procura-dor e procurar o guarda-chuva dele. - É isso aí – defendeu o defensor. O rapaz fechou os olhos. Sentiu o sangue subindo e seu rosto ficando vermelho. Já estava no limite.

- Chega! Eu não aguento mais vocês todos! Vocês são uns loucos! Pirados! E querem me deixar maluco também! Vocês tem que procurar o que fazer… - Mas quem é da Procurado-ria é você… – disse o sujeito. - CALE A BOCA! – e partiu pra cima dele. O defensor tentou segurar o rapaz que se debatia e xingava o pobre sujeito. – Vem aqui, seu idiota! Você vai ver onde eu vou enfiar um guarda--chuva em você! – gritou, já todo descabelado – Vem aqui, seu merda! - Eu não vou permitir que o senhor bata nele de jeito nenhum! – disse o defensor – Você perdeu o controle, meu amigo!

Nesse exato momento, dois homens entram na sala. Um senhor de meia ida-de barrigudo, e um jovem alto e forte. - Boa tarde! Nosso departamento recebeu uma denúncia de que havia

algum problema aqui. O que está acontecendo? – disse o barrigudo. - Desculpe, qual é o seu de-partamento? – perguntou o su-jeito sem seu guarda-chuva. - Nós somos da Controladoria. Pa-rece que alguém aqui perdeu o con-trole, não é? O senhor vem com a gente – apontou para o procurador. O jovem alto e forte o pegou pelo co-larinho o arrastou para fora da sala. - Ei! Tire as mãos de mim, seu bosta! Quem você pensa quem é? Me larga! – E foi gritando enquanto era arrasta-do pelo corredor.

Na sala, o barrigudo balança a ca-beça negativamente, e suspira. - É sempre a mesma coisa com esse cara. Peço desculpas pelo inconve-niente. Já faz algum tempo que aquele rapaz só sabe procurar encrenca. Ele precisa seriamente de uma correção. - E para onde o senhor vai le-vá-lo – perguntou o sujeito. - Ele vai passar uns tempos na Cor-regedoria, mas fique tranquilo. Seu guarda-chuva está em nosso setor de achados e perdidos.

*Caio Zaplana, 25, é especialista em gestão e planejamento de mídias

sociais e comunicação digital, músico e escritor.

Publica suas crônicas no blogcadeocaio.wordpress.com

Procuradoria Assim cantou Manezinho...Por Dorival Marques de Oliveira*Por Caio Zaplana*

Page 13: Jornal a voz do bras 11ª edição 11 08 14

De tudo se perde muitoNo Brasil, 26,3 milhões de tonela-

das de alimentos vão ao lixo por ano

No país há um enorme desperdício de re-cursos naturais. De tudo se perde muito. A cada ano, 26,3 milhões de toneladas de comida são jogados fora. Esse volu-me seria suficiente para distribuir 131,5 quilos para cada brasileiro ou 3,76 para cada habitante do planeta. Segundo a Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO) toda essa comida alimentaria os 13 milhões de brasileiros que ainda passam fome e ainda atuaria como fator de combate à inflação. Com oferta maior de produtos, os preços não subiriam tanto. Nas centrais de abastecimento o desper-dício de hortaliças é visível. Há casos em que 40% da produção ficam no ca-minho entre as fazendas e os supermer-cados.A comida desperdiçada provoca mais do que prejuízos financeiros, gera re-volta e inconformismo. Ainda assim, o Brasil pouco se mobiliza para mudar esse quadro. Desde 1998, a chamada

Lei do Bom Samaritano, em alusão a uma passagem bíblica, tramita no Congresso Nacional, e não há pre-visão alguma para que seja votada. A intenção da proposta é isentar doadores

de alimentos de responsabilidade civil e penal, se agirem de boa fé, na dis-tribuição de comida — semelhante ao que ocorre em países da Europa e nos Estados Unidos.

Enquanto essa lei não é aprovada, o Estado brasileiro pune severamente os doadores. A legislação atual prevê até cinco anos de prisão caso quem receba os alimentos sofra algum tipo de dano em decorrência da comida doada. Com isso, donos de restaurantes, por exem-plo, são obrigados a despejar no lixo as sobras diárias da produção. “É um crime”, define o diretor-executivo da Associação Brasileira de Bares e Res-taurantes (Abrasel), Gustavo Timo.O ajuste na legislação, segundo Timo, poderia ajudar e muito o Brasil a con-ter o desperdício. “A regra em vigor é completamente inapropriada. Por parte do setor, não falta boa vontade”, insiste o representante da Abrasel, ressaltando que em outros países existem progra-mas organizados de doações, para evi-tar que toneladas de comida em bom estado acabem no lixo. É trágico, mas é real, na esteira desse desperdício sucumbe uma parcela sig-nificativa da população que, subnutrida, se torna inapta para desenvolver seus talentos.

2 Editorial

EXA VOZ

AST ! EX!

A VOBRÁS

EX RA!A!

JORNAL A VOZ DO BRÁS LTDACNPJ: 18 730 278/ 0001-80

Rua São Caetano, 884 - 3º Andar (Shopping Via Sul) - Fone: (11) 3228-7110 - São Paulo - SPe-mail: [email protected] Facebook.com/avozdobras @AVozdoBras

www.avozdobras.blogspot.com

Expediente:Diretor Executivo e Comercial: Helbert Periferia

Diretor de Redação: Claudio ZumckellerEditor: Rodrigo De Giuli

Diagramação e arte: Francisco Roca MatiasFotografia: Helbert Periferia, Claudio Zumckeller e Rodrigo De Giuli

Circulação Nacional – Tiragem 44 mil exemplares – Impressão OESP Gráfica S/A .Os anúncios publicitários com ofertas e promoções são de inteira responsabilidade dos anunciantes. O jornal A VOZ DO BRÁS orienta que o leitor pesquise e certifique-se antes da conclusão de qualquer compromisso comercial, cabendo reclamações a serem feitas ao PROCON regional.

Regulamentação: Lei municipal 14517, artigo 26, parágrafo 2º. Considerando o disposto do inciso IX do artigo 5º, da Constituição Federal, excetua-se da vedação estabelecida no “Caput” deste artigo a distribuição gratuita de jornais e periódicos que se enquadram na lei federal nº 5.250, de 09 de fevereiro de 1967.

FALE CONOSCO, DÊ SUA OPINIÃO: [email protected]

31Onde Comprar Bem no Brás

A VOBRÁS

EX RA!A!

24Brás em obras

Ruas São Caetano e João Jacinto livres das enchentesFinalmente a restauração das galerias pluviais foi concluída