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1 O BNDES e o desenvolvimento brasileiro João Carlos Ferraz Vice Presidente Câmara Portuguesa de Comércio no Brasil São Paulo, 28 de novembro de 2011

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Page 1: João Carlos Ferraz Vice Presidente£o Carlo… · •Curto prazo: aumento da aversão ao risco. Fuga para o porto seguro americano. •Longo prazo: busca de rentabilidade. Mudança

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O BNDES e o desenvolvimento brasileiro

João Carlos FerrazVice Presidente

Câmara Portuguesa de Comércio no BrasilSão Paulo, 28 de novembro de 2011

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Mundo

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3

Tendências e incertezas críticas

• Crise de longa duração, economia mundial em várias velocidades

• Novos e velhos países protagonistas. Multipolaridadenegociada ou conflituosa?

• Classes médias emergentes. Incorporação de muitos aos mercados.

• Pressão sobre recursos vs mitigação de emissões

• Forte ritmo do progresso técnico e crescentes investimentos por empresas e paises em inovação

• Acirramento da concorrência: feroz disputa pela geração, apropriação e distribuição de riquezas

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• Crise nas economias avançadas levam à desaceleração do crescimento mundial.

• Zona do Euro: risco soberano e impactos no sistema bancário

• EUA: Decisões importantes a reboque do momento político

• Emergentes: cenário externo induz desaceleração

• China: Desaceleração moderada

• Brasil: Cenário mundial acentuou desaquecimento programado

2011: a deterioração do cenário externo

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Crise atinge fase política e, daí, lentidão (impasse?) nas decisões

Fonte: Adaptado de FMI/GFSR set/2011. Elaboração APE/BNDES

Dívida Privada

Bancária

Soberana

Política

. Crise Bancária sistêmica se espalha dos EUA para Europa

. Dificuldade política quanto aos acordos de consolidação fiscal e ajustamento

. Problemas de Dívida Soberana na Periferia Européia

. Elevados encargos de endividamento no médio prazo nas economias avançadas

. Crise do Subprime se origina nos Bancos Americanos

Fases da Crise Financeira Internacional

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2

3

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Endividamento das economias avançadas se eleva

Economias Avançadas Selecionadas: Dívida Bruta do Total

(Percentual do PIB)

Fonte: FMI/Fiscal Monitor set/2011

187.

7

105.

4

103.

6

24.9

68.3

62.3

64.2

66.5

65.0

43.9

36.1

30.7

9.6

233.

1

165.

6

121.

1

109.

3

106.

0

100.

0

86.9

84.1

82.6

80.8

67.4

32.0

22.8

108.3

76.21

0

50

100

150

200

250

Japã

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Gré

cia

Itália

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EUA

Fran

ça

Cana

Alem

anha RU

Espa

nha

Coré

ia

Aust

rália

2007 2011

Média2007

Média 2011

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E, daí, os riscos soberanos aumentam... para então...

Fonte: Bloomberg. Elaboração APE/BNDES

Rendimento dos Papéis de 10 Anos(em %)

10,9

27,2

8,0

0

5

10

15

20

25

30

mai

-09

jul-

09

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09

no

v-0

9

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-10

mar

-10

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0

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-11

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-11

jul-

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11

no

v-1

1

Portugal

Grecia

Irlanda

6,6

7,2

6,6

Valor

Crítico

7,0%

3,5

4,0

4,5

5,0

5,5

6,0

6,5

7,0

7,5

mai

-09

jul-

09

set-

09

no

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9

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-10

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-11

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1

Itália

Espanha

9 de novembro

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8Fonte: BIS e Eurepean Commission. Elaboração APE/BNDES

Exposição dos Bancos Europeus à Dívida dos PIIGS(como % do PIB de cada país)

... revelar a exposição bancária... (Títulos dos PIIGS atinge quase 50% do PIB da França)

28,9%

9,0%11,3%

5,6%

10,3%

9,8%

17,6%

8,1%

2,1%

6,4%

4,3%

11,0%

4,0%

1,3%

1,2%

1,2%

2,0%

2,1%

1,5%

2,2%

47,3%

28,6%

36,1%

28,1%

0%

5%

10%

15%

20%

25%

30%

35%

40%

45%

50%

França Alemanha Holanda Reino Unido

Portugal

Grécia

Irlanda

Espanha

Itália

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9Fonte: BIoomberg. Elaboração APE/BNDES

Spreads de CDS de 5 anos dos Bancos Globais(em basis points)

... aumentando, portanto, os prêmios de risco bancários globais

Bancos Europeus

Bancos Americanos

Bancos Asiáticos

Bancos Globais

0

100

200

300

400

500

600

mai

-09

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09

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9

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-10

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0

de

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0

fev-

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abr-

11

jul-

11

set-

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no

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1

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As implicações de um estresse europeu (1/2)

• Europa: contração forte

• EUA: economia desacelera, porém menos que em 2008. Situação fiscal continua crítica.

• China e Ásia: contágio pelo canal de exportações. Concorrência mais acirrada

• Mercados acionários: stop and go com tendência a quedas. No Brasil, retração ou mesmo paralisação de emissões primárias de ações

• Mercados de Commodities: Preços em queda e recuperação lenta. Cenário melhor para as commodities agrícolas frente às minerais por mudanças no padrão de consumo da China

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As implicações de um estresse europeu (2/2)

• Fluxos capitais:

• Curto prazo: aumento da aversão ao risco. Fuga para o porto seguro americano.

• Longo prazo: busca de rentabilidade. Mudança nos

portfólios com maior peso dos países emergentes.

• Câmbio: instabilidade diante de depreciação do euro em relação ao dólar, desaceleração dos EUA e possível interrupção na apreciação do renminbi.

• Comércio: Novo round de retração possivelmente com aumento do protecionismo, com recurso, inclusive, à “guerra cambial”.

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Uma boa notícia (recente). EUA: economia acelerou no 3T/2011.

Fonte: Bloomberg. Elaboração APE/BNDES

PIB Trimestral dos EUA (QoQ anualizado)

-1,8

1,3

-3,7

-8,9

-6,7

-0,7

1,7

3,8 3,9 3,82,5 2,4

0,41,3

2,5

-10,0

-8,0

-6,0

-4,0

-2,0

0,0

2,0

4,0

6,0

8,0

1T

2008

2T

2008

3T

2008

4T

2008

1T

2009

2T

2009

3T

2009

4T

2009

1T

2010

2T

2010

3T

2010

4T

2010

1T

2011

2T

2011

3T

2011

Consumo FBKF Estoques Gastos do Governo Exportações Líquidas

Mas, se não houver acordo no Comitê Suprapartidário…. política fiscal contribuirá para retrair o PIB em 2012

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• Mudanças políticas importantes em 2012 (saem 7 dos 9 membros do gabinete central)

• Cenário de acomodação suave com o novo governo sustentando o crescimento (entre 8,0% e 8,5%)

• Atuação anti-cíclica seria 1/3 da realizada em 2009 em caso de nova crise mundial

• Câmbio, curto prazo. Ritmo de desvalorização do câmbionão deve ser alterado. Pode, inclusive, interromper o ritmo atual.

• Câmbio, longo prazo: Política cambial associada à política de desenvolvimento (orientada para o mercado interno no Plano 2012-15). Se bem sucedida, menor dependência das exportações, maior espaço para desvalorização. Se não...

China: cautela e ... não fazem mal (1/2)

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• Direção dos investimentos públicos: infraestruturaurbana

• Commodities: • Aumento do consumo de proteínas

• Menor demanda de metais pela reorientação do investimento para infraestrutura urbana

• Indústria: Ênfase na inovação, produção e exportação de setores industriais de média e alta tecnologia.

• Exportações: reduções de preços e direcionamento das vendas para outros mercados (América Latina). Competição mais acirrada.

China: cautela e ... não fazem mal (2/2)

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Síntese 1/2: crise impacta crescimento global, inclusive emergentes

Fonte: CBP World trade monitor. Elaboração APE/BNDES

Taxa de Crescimento do Comércio Internacional (em quantum)(var. % trimestral anualizada)

-60,0

-50,0

-40,0

-30,0

-20,0

-10,0

0,0

10,0

20,0

30,0

40,0

50,0

jan

/08

fev/

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11ag

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1se

t/11

Emerging Countries

Asia

Central and Eastern Europe

Latin America

Africa and Middle East

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Síntese (2/2). Mas... no longo prazo, permanece trajetória de crescimento dos emergentes

Fonte: FMI/WEO set/2011. *A partir de 2011, projeções.

VariaVariaçção real do PIB (mão real do PIB (méédia mdia móóvel vel –– 4 anos)*4 anos)*

Economias AvanEconomias Avanççadas x Economias Emergentesadas x Economias Emergentes

Projeção

0,0

1,0

2,0

3,0

4,0

5,0

6,0

7,0

8,0

9,0

1983

1984

1985

1986

1987

1988

1989

1990

1991

1992

1993

1994

1995

1996

1997

1998

1999

2000

2001

2002

2003

2004

2005

2006

2007

2008

2009

2010

2011

2012

2013

2014

2015

2016

Emergentes

Avançadas

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Brasil

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Desaceleração no curto prazo não altera a trajetória de crescimento de longo prazo

• Desaceleração corrente da atividade econômica reflete a deterioração da conjuntura internacional.

• O momento impõe atitude de cautela, o que tem reduzido o ritmo dos investimentos no curto prazo.

• Porém, as expectativas quanto ao longo prazo se mantêm otimistas.

• Perspectivas para o investimento apontam para sustentação do seu crescimento nos próximos anos, o que mostra a robustez da economia brasileira.

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A oportunidade: a trajetória firme do investimento se mantêm

Fonte: BNDES

Perspectiva dos investimentos (versão preliminar) (R$ bilhões de 2010)

Setores Realizado

2006-2009 2012-2015 % % a.a.0 #DIV/0!Indústria 391 613 56,6 7,8

Infraestrutura 257 392 52,7 7,3

Total 648 1005 55,1 7,6

PerspectivasCrescimento

anualCrescimento

Total

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Fonte: MCT. Elaboração BNDES

Investimento Público e Privado em P&D (% PIB)

Brasil: de 38,3 mil empresas inovadoras, apenas 3,23 mil inovam para o mercado nacional e 267 inovam para o mercado mundial (PINTEC 2008)

Um ponto de atenção: inovação é essencial e muito há que se fazer

2,62

2,43

1,78

1,73

0,98

0,90

0,80

0,55

0,74

0,74

0,70

0,35

0,62

0,57

0,51

0,700,33

0,52

0,57

0,60

Japão (2006)

Coréia (2006)

EUA (2007)

Alemanha (2006)

China (2006)

Canadá (2007)

Reino Unido (2006)

Espanha (2006)

Brasil (2008)

Rússia (2007)Governo

Setor empresarial

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Políticas de desenvolvimento tornando-se políticas permanentes

Educação - PDE

Saúde Minha Casa, Minha Vida

PlanoBrasil Maior

C&T &Inovação

InfraestruturaPAC

Políticas estruturantes que expandem e fortalecem capacitaçõesna economia brasileira

Políticas de desenvolvimento ancoradas na estabilidade macroeconômica

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Plano Brasil Maior: agregar valor com inovação

22

Desenvolvimen

to Sustentável

Ampliação de

Mercados

Adensamento

Produtivo e

Tecnológico das

Cadeias de

Valor

Criação e Fortalecimento

de Competências

Críticas

3. Aumentar qualificação de RH

3. Aumentar qualificação de RH

2. Elevar dispêndio empresarial em P&D

2. Elevar dispêndio empresarial em P&D

1. Ampliar o investimento fixo

1. Ampliar o investimento fixo

4. Ampliar valor agregado nacional4. Ampliar valor agregado nacional

Inovar e investir para ampliar a competitividade, sustentar o crescimento e melhorar a qualidade de vida

Inovar e investir para ampliar a competitividade, sustentar o crescimento e melhorar a qualidade de vida

10. Ampliar acesso a bens e serviços para

população

10. Ampliar acesso a bens e serviços para

população

9. Elevar participação nacional nos mercados de tecnologias, bens e serviços para energias

9. Elevar participação nacional nos mercados de tecnologias, bens e serviços para energias

8. Diversificar as exportações e

promover a internacionalização

das empresas brasileiras

8. Diversificar as exportações e

promover a internacionalização

das empresas brasileiras

7. Produzir de forma mais limpa

7. Produzir de forma mais limpa

6. Fortalecer as micro, pequenas e médias

empresas

6. Fortalecer as micro, pequenas e médias

empresas

5. Elevar % dos setores intensivos em

conhecimento no PIB

5. Elevar % dos setores intensivos em

conhecimento no PIB

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O financiamento do desenvolvimento

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Desafios relevantes: mais poupança doméstica e ...

Fonte: IBGE. Elaboração APE/BNDES

Poupança Doméstica X Investimento (% PIB)

13,5%

14,7%

16,8%17,0%

16,4%16,1%

19,1%

18,4%

16,6%

16,5%

18,8%

16,0%

14,0%14,7%

18,1%

17,6%

17,3%

18,5%

16,9%

15,9%16,4%

17,4%

15,3%

18,5%

13%

14%

15%

16%

17%

18%

19%

20%

2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011T1

Poupança interna FBKF

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… Expandir e diversificar fontes de financiamento de longo prazo

46,7%39,0%

60,0%49,0%

57,0% 58,5%

41,8%49,2% 44,7%

30,7%37,6%

25,2%

16,0%

22,0%

16,0%

19,0% 19,5%

21,2%

27,8%30,6%

52,5%27,6%

14,5%

30,0%

6,0%30,0% 13,0% 10,0%

17,0%

9,0%6,1%

8,9%

15,1%

4,8%1,0%

2,0%0,0%

2,0% 2,0%

5,0%

7,0% 15,6%3,7%

10,0%

8,7%14,0% 10,0% 5,0% 9,0% 10,0% 15,0%

7,0% 3,1% 4,2%9,6%

0%

10%

20%

30%

40%

50%

60%

70%

80%

90%

100%

Média

2001/10

2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010p

Lucros Retidos BNDES Captações Externas Ações Debêntures

Fontes de Financiamento da Indústria e da Infrastrutura (em %)

Fonte: ANBID, BCB, Bovespa, Bloomberg, BNDES, CVM e Economática. Elaboração: APE/BNDES

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O papel do BNDES

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27

� Maior fonte de financiamentode longo pra zo no Brasil

� 100% Empresa pública regidapela CLT

� Funding institucional

� 2.500 empregados

� Instrumentos

� Operações Diretas

� Operações indiretas

� MPME (financiamento e garantia)

� Exportações

� Project finance

� Renda Variável

� Concessões

Escala e escopo importam

Bancos de Desenvolvimento US$ bilhões

Ativos Patrimonio Desembolso ROE

BNDES 329,5 39,6 96,3 21,2%

Banco Mundial 282,8 37,4 28,9 -2,3%

IADB 87,2 21 10,3 1,6%

CAF 18,6 5,8 4,6 3,7%

China DB 665,2 55,5 93 8,8%

Fontes: BNDES (Dez 31. 2010), IADB (Dez 31. 2010), WB (Jun 30. 2010),

CAF (Dez 31. 2010) e CDB (Dez 31. 2010)

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28

48,4

23,6326,86

29,10

44,58

20,6

24,0

20,8

17,1

20,0

20

25

30

35

40

45

50

ago/0

3dez/

03ab

r/04

ago/0

4dez/

04ab

r/05

ago/0

5dez/

05ab

r/06

ago/0

6dez/

06ab

r/07

ago/0

7dez/

07ab

r/08

ago/0

8dez/

08ab

r/09

ago/0

9dez/

09ab

r/10

ago/1

0dez/

10ab

r/11

ago/1

1C

réd

ito

To

tal/

PIB

(%

)

15

16

17

18

19

20

21

22

23

24

25

Cré

dit

o B

ND

ES/C

réd

ito

To

tal (

%)

Crédito Total/PIB (%) Crédito BNDES/Crédito Total (%)

O BNDES na crise de 2008: manutenção do crédito produtivo e substituição temporária de capital de giro

CrCréédito dito Total/PIBTotal/PIB e Cre Créédito dito BNDES/CrBNDES/Crééditodito TotalTotal

Fonte: BNDES

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29Fonte: BNDES. **acumulado em 12 meses até setembro. *Sem operação de capitalização da Petrobras.

2011: desembolsos e aprovações se estabilizam em níveis elevados

DesembolsosDesembolsos e e aprovaaprovaççõesões do BNDES do BNDES -- R$ R$ bilhõesbilhões

52,3

74,3

64,9

98,792,2

121,4

137,4

170,2

143,7

175,9

132,2

162,3

2006 2007 2008 2009 2010* 2011**

Desembolsos

Aprovações

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30

Os destaques positivos: desembolsos para MPMEs

Crescimento firme da participação das MPMEs

nos desembolsos do BNDES

Desembolsos por porte de empresas (jan-set)

*não considera operações especiais para Petrobras

21,5%

31,8%

39,5%

24,8%

24,0%

15%

20%

25%

30%

35%

40%

45%

2007 2008 2009 * 2010 * até set/11

Porteaté set/10*R$ milhões

até set/11R$ milhões

Var (%)

Grande 69.657 55.439 -20%

MPMEs 33.602 36.190 8%

Total 103.259 91.628 -11%

Fonte: BNDES

Fonte: AP/BNDES

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31

Cartão BNDES – Evolução da cobertura

Nº Municípios 286% Cobertura 5,14%

2005 2007

Nº Municípios 2011% Cobertura 36,14%

2010 e 2011 (30/09)

Nº de Municípios 4732% Cobertura 85,0%

452 mil cartões emitidos até

out/11

Até set/2011, os desembolsos atingiram

5,2 bilhões. Crescimento de 79% em comparação

com o mesmo período de 2010

Fonte: BNDES

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32Fonte: BNDES

Valores referem-se à carteira PAC (até set/11) nos níveis consulta-

contratação

Total de projetos em carteira: 448

75% Aprovado/Contratado

92% Aprovado/Contratado 98% Aprovado/Contratado

BNDES e a infraestrutura

Energia

R$ 129.681 milhões

2.0989.150

73.354

45.078

Combustíveis

Renováveis

Transmissão Petróleo e Gás Geração

Social e Urbana

R$ 10.580 milhões

6042.035

7.941

0

2000

4000

6000

8000

10000

Urbanização Metrôs Saneamento

Logística

R$ 26.704 milhões

3.0364.944

18.724

0

5000

10000

15000

20000

Ferrovias Rodovias Marinha

Mercante

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33

ModalidadesPRÉ-EMBARQUE

Produção no Brasil

PÓS-EMBARQUE

Comercialização Externa

Financiamento à produção de bens e serviços destinados àexportação

Apoio à comercialização, mediante desconto de título de crédito de exportação

O apoio à Exportação - BNDES Exim

Produtos Financiáveis

� Bens de alto valor agregado que necessitem prazo longo de fabricação e/ou comercialização;

� Serviços de engenharia e software.

Produtos Não Financiáveis

� Commodities básicas: grãos, minério, celulose, açúcar e etanol, etc.

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Apoio ao IDE - Linha de internacionalização

Objetivos� Estimular a inserção de empresas de capital nacional no mercado

internacional, através do apoio a investimentos ou projetos no exterior, sempre que contribuam para o desenvolvimento econômico e social do País.

Formas de apoio� Financiamento e capitalização de empresas através da subscrição de

valores mobiliários.

Itens passíveis de apoio financeiro� Investimentos: construção de novas unidades; aquisição, ampliação ou

modernização de unidades instaladas; participação societária;

� Capital de giro associado aos investimentos.

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Desembolsos à exportação

*Conversão a dólares nas datas dos desembolsos

Em US$ bilhões

2,1

3,1

2,3

3,9 4 3,9

5,96,4

4,2

6,6

8,3

11,3

1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010

Fonte: BNDES

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O BNDES em síntese: mais e melhores empregos

Fonte: IBGE, MTE, FGV e BNDES

Participação dos desembolsos do BNDES no emprego e nos investimentos

10,1%10,9%

12,1% 11,4%12,5% 13,0%

24,5%

21,4%

3,5% 3,9% 4,1% 4,4%5,3%

7,2%

10,8%9,9%

0%

5%

10%

15%

20%

25%

30%

2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010

1%

3%

5%

7%

9%

11%

13%

15%

17%

Jobs created or maintained due to BNDES /

Total Employment

Investments supported by BNDES/ GFCFInvestimentos alavancados pelo BNDES/PIB

Empregos criados ou mantidos devido ao BNDES/Emprego Total

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As perspectivas

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Os anos à frente: um novo “modelo” emerge?

Inclusão econômica e socialInclusão econômica e social

Estabilidade Estabilidade macroeconômicamacroeconômica

Investimento crescendo à Investimento crescendo à frente do produtofrente do produto

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Ingredientes para assegurar uma trajetória de desenvolvimento sustentável

� Política macroeconômica: Manutenção de sólidosfundamentos

� Políticas de desenvolvimento: Políticas eficentes e permanentes

� Poupança e financiamento: eficiência do gasto público, incentivos a poupança doméstica (empresarial e das famílias) e mercado privado de longo prazo

� Social: mais e melhores trabalhos; educação de alta qualidade

� Infraestrutura: mais e melhores projetos; soluções mais

complexas de financiamento, garantias e seguro

� Indústria: inovação e competitividade

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Ao nosso alcance: um desenvolvimentopuxado pela demanda e induzido por políticas

Mercado Mercado externoexterno

• Construir liderança e comando de redes de inovação, produção e distribuição em setores competitivos

• Brasil pode oferecer segurança alimentar, energética e ambiental

Mercado Mercado internointerno

• Consumo de massa: preencher aspirações e poupar para o futuro

• Infraestruturas. Uma fronteira ainda muito inexplorada

FocosFocos dasdas polpolííticasticas ppúúblicasblicas: :

estabilidadeestabilidade, , inclusãoinclusão, , investimentoinvestimento com com inovainovaççãoão

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O papel do BNDES no desenvolvimento

brasileiro

O BNDES não é vanguarda nem retaguarda; O BNDES não é vanguarda nem retaguarda;

é “coé “co--guarda” do desenvolvimento brasileiroguarda” do desenvolvimento brasileiro

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O BNDES e o desenvolvimento brasileiro

João Carlos FerrazVice Presidente

Câmara Portuguesa de Comércio no BrasilSão Paulo, 28 de novembro de 2011