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Jornal do empreendedor São Paulo, quarta-feira, 13 de junho de 2012 ESPECIAL JOIAS DO FRANCHISING Eliane Rosa Encarnação possui três lojas da grife de joias e acessórios Barbara Strauss. Newton Santos/Hype As maiores e melhores empresas de franquias do País estão reunidas a partir de hoje no Expo Center Norte, onde ocorre a 21ª edição da ABF Franchising Expo. São mais de 470 expositores e a maioria está atrás de novos parceiros para ampliar suas redes.

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As maiores e melhores empresas de franquias do País estão reunidas a partir de hoje no Expo Center Norte, onde ocorre a 21ª edição da ABF Franchising Expo. São mais de 470 expositores e a maioria está atrás de novos parceiros para ampliar suas redes.

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Page 1: Joias do Franchising

Jornal do empreendedor

São Paulo, quarta-feira, 13 de junho de 2012

ESPECIAL

JOIAS DOFRANCHISING

Eliane RosaEncarnaçãopossui três lojasda grife de joiase acessóriosBarbara Strauss.

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As maiores e melhoresempresas de franquias do

País estão reunidas a partir dehoje no Expo Center Norte,onde ocorre a 21ª edição da

ABF Franchising Expo.São mais de 470 expositores

e a maioria está atrásde novos parceiros para

ampliar suas redes.

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quarta-feira, 13 de junho de 20122 -.ESPECIAL DIÁRIO DO COMÉRCIO

Franchising: crescimentomuito além do PIB.

Enquanto o Produto Interno Bruto do País aumentou apenas2,7% no ano passado, o faturamento do setor de franchising

saltou quase 17% no mesmo período

No alto, franquia de OBoticário, com mais de 3

mil lojas. Acima,Coteminas, detentoradas marcas MMartan,

Artex e Santista.

Paulo Pampolin/Hype

Marleine Cohen

No ano passado, o segmento defranquias cresceu 16,9% noBrasil e faturou R$ 88,85 bi-lhões, contra R$ 75,98 bilhões

no período anterior, segundo dados da ABF(Associação Brasileira de Franchising). Res-ponsável pela geração de mais de 837 milempregos diretos, o setor representou 2,3%do PIB nacional.

Mais: no final de 2011, 90 marcas brasilei-ras – isto é, 4,7% do total – já estavam ope-rando em 58 países dos cinco continentes,enquanto a expectativa para os próximosanos é de que novas marcas estrangeirasafluam para o mercado nacional por contada Copa do Mundo e dos Jogos Olímpicos, oque sinaliza que este mercado continuaráaquecido. O aumento do poder aquisitivo dapopulação é outro fator de estímulo.

MAIS NÚMEROS

Os dados compilados pela ABF têm comobase as 2.031 marcas de franquias presentesno País, que reúnem 93.098 unidades em ope-ração. Para 2012, a entidade estima que o rit-mo de crescimento fique em torno de 15%. "Aevolução do setor é sustentável e acompanhaa economia do País, apesar de estar crescen-do muito acima do PIB", explicou Ricardo Ca-margo, diretor executivo da ABF. Para ele, aprojeção de crescimento de 15% em 2012 po-de até ser considerada conservadora, uma

vez que está pre-vista a construçãode 43 shoppingcenters ao longo doano. Em 2011, 176novas franquiassurgiram no mer-cado – um aumentode 9,5%. Destas,muitas são marcasque o consumidorjá conhece, mas foisomente no anopassado que elasdecidiram adotar omodelo de franchi-sing como formade expansão.

É na região Su-deste que se con-centra, segundo ar a d i o g r a f i a d aABF, o maior nú-mero de empre-sas: 70,5%.

Ainda segundo o levantamento da ABF, onúmero de unidades (franqueadas e pró-prias) foi 7,8% maior que no ano anterior. Es-ta expansão resultou na abertura de 60,5 milpostos de trabalho. Estimativas para 2012dão conta de que o setor será responsávelpela geração de 913 mil empregos.

De acordo com a pesquisa, o crescimentodo número de unidades poderia ser aindamaior, não fosse o custo elevado dos imó-veis (luvas e aluguéis) registrado em prati-camente todo o território nacional. "No últi-mo ano, esse custo aumentou entre 2% e4%, principalmente no primeiro semestre",explica Camargo, lembrando que as redesde franquia voltam todas as suas atençõespara o ponto comercial, pois nem sempre épossível repassar o custo do aluguel para opreço do produto ou serviço oferecido.

De olho na base da pirâmide

O franchising estásurgindo como opçãosalvadora para umaindústria em declínio

MARIA CRISTINA FR ANCO, DA ABF

Metade dos cartõesde crédito emoperação,

metade dos alimentos ebebidas comercializados noPaís, responsável pormovimentar R$ 1 trilhão naeconomia nacional em2011: este é o poder de fogoda nova classe médiabrasileira, para o qual osistema de franquias dirigesuas atenções.

Que o diga o Grupo Zaiom,um dos maiores grupos demicrofranquias no Brasil eresponsável pelaformatação da AmigoComputador, que prestaserviços de manutenção decomputadores e redes emdomicílio. Relançado em2010 com foco nas classes

C, D e E, a rede acumula 22unidades em operação evisa trazer para aformalidade o pequenotécnico em informática quequer abrir seu próprionegócio, mas não dispõe derecursos para investir. "Comapenas R$ 7.500,00, e nadamais, já é possível abrir umafranquia e começar atrabalhar, sendo que oretorno começa a aparecerem três meses e garanteuma renda média de R$ 5mil", informa MarcoImperador, sócio diretor daZaiom.

Para Romério Souza,diretor de expansão defranquias do GrupoEurodata, redeespecializada em

qualificação profissional,presente em 20 Estados eempregando mais de 2 milpessoas, "para quem querabrir uma franquia, e emespecial no segmento deeducação e treinamento, omomento é mágico".Explica-se: "MovimentandoR$ 1 trilhão ao ano, asclasses C e D estão carentesde capacitação, seja eminformática, línguasestrangeiras, ou paraprestar um concursopúblico", diz.

Para tanto, o GrupoEurodata formatou aUniconcursos – cursospreparatórios parainteressados em concursopúblico –, com a qual passa aoferecer mais de 1.500

cursos em 21 categoriasdiferentes. Apoiada emvídeoaulas dadas emescolas por cerca de 3 a 9meses, a franquia tem,segundo Souza, umpotencial fantástico: "Bastadizer que 20 milhões depessoas estudam para umconcurso público e apenas5% delas se preparam emescolas".

Foco nas classes C e D é oque também move uma dastrês franquias do GrupoAcerte, que atua no ramo deserviços de lavanderia,costura e customização deroupas. Formatada paraatender o público commenos fôlego financeiro, aPrima Clean está em plenaexpansão nas localidades

onde opera, com até 50 milhabitantes, e conta com oque existe de mais modernoem tecnologia, uma vez queseus equipamentos foramconcebidos para promover aracionalização do uso daágua.

Diferentemente dasconcorrentes, "representauma marca jovem, queoferece serviços maisbásicos, com foco nasroupas do dia a dia", explicao gerente de Expansão doGrupo Acerte, José Ventura."Os preços sãoextremamente atrativos ecalculados por cestos deroupas, que acondicionam,em média, 21 itens, e nãopor peça lavada. E o clientepode, inclusive, optar pelo

autosserviço, ou seja, elemesmo pode operar asmáquinas de lavar e secar,como acontece nos EstadosUnidos", completa.

O investimento mínimopara abrir uma unidade é deR$ 110 mil, além daadequação do imóvel. Onegócio tem baixo custooperacional, boarentabilidade e retornorápido do investimento,garante Ventura.

Além de consultoriatécnica e operacional, ofranqueado conta comconsultoria na elaboraçãodo seu plano de negócios,software de gerenciamento,Central de Compras eassessoria de marketing ede imprensa. (M.C.)

Indústria a caminho

Até o final deste ano, prevê a vice-presi-dente da ABF, Maria Cristina Franco, o fran-chising brasileiro deve superar a barreirados R$ 100 bilhões em faturamento. Segun-do ela, este aquecimento vai ficar por contada crescente entrada em cena da indústria,que, espremida entre a competição com osimportados, especialmente da Ásia, o au-mento de impostos e os juros elevados, bus-ca cada vez mais substituir o risco fabril pelaparticipação no lucro mercantil, criandoseus próprios canais de distribuição.

A tendência é que grandes nomes da in-dústria constituam franquias para com-pensar a queda de faturamento da ativida-de industrial com uma maior margem delucro gerada por uma rede de varejo pró-pria, explica a executiva. "O franchisingestá surgindo como opção salvadora parauma indústria em declínio, cuja participa-ção no PIB despencou verticalmente de47%, pouco tempo atrás, para apenas17%", observa. Assim, diante da amplaoferta de produtos importados que não en-contram espaço nas economias mundiaisenfraquecidas e vêm desaguar no merca-do nacional, a formação de redes estrutu-radas de varejo funciona como uma blinda-gem contra o fogo cruzado da globaliza-ção. Entre os pesos pesados citam-se He-ring, Coteminas, Portobello, Alpargatas,Marisol e Dudalina.

Um dos maiores conglomerados opera-cionais de produtos têxteis de cama, mesa ebanho do mundo, a Coteminas – dona daSprings Global Participações, detentora dasmarcas MMartan, Artex e Santista e hoje re-gistrando faturamento de mais de R$ 2,5 bi-lhões – é exemplo de franchising vigoroso.

Depois que a MMartan mostrou o cami-nho das pedras, em 2003, instituindo umsistema de franquias hoje constituído porcerca de 170 operações em 23 Estados,que geram faturamento superior a R$ 210milhões, 30 novas lojas de produtos Artexforam abertas de uma só vez para dar inícioà franquia da bandeira. Outros setores daeconomia, como vestuário, acessóriospessoais, calçados e alimentação, devempuxar o cortejo.

Fotos: Divulgação

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quarta-feira, 13 de junho de 2012 ESPECIAL - 3DIÁRIO DO COMÉRCIO

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quarta-feira, 13 de junho de 20124 -.ESPECIAL DIÁRIO DO COMÉRCIO

D iagramaçãoLino Fernandes

Ar tePaulo Zilberman

Gerente Executiva de PublicidadeSonia OliveiraTelefone: 3180-3029s o l i ve i ra @ a c s p. co m . b r

A maior feira defranquias do mundo

A ABF Franchising Expo espera receber 50 milvisitantes e propiciar R$ 400 milhões em negócios

O evento devealavancarainda mais osbons negóciosdo setor, que jávive umexcelentemomento, comfaturamentopróximo aR$ 89 bilhõesem 2011

Zé Carlos Barretta/Hype

Patrícia Cruz/Luz

A ABF Franchising Expoé um dos motores daexpansão do franchisingno Brasil

RIC ARDO CAMAR GO, DA ABF

Entre hoje e 16 de ju-nho, a maior feirade negóc ios emfranquias do País – a

21ª edição da ABF FranchisingExpo – abre suas portas ao pú-blico no Expo Center Norte,em São Paulo. Promovida pelaAssociação Brasileira de Fran-chising (ABF) e organizada pe-la BTS Informa, o evento reúnemais de 470 expositores numaárea de 31 mil metros quadra-dos, e espera receber 50 mil vi-sitantes e movimentar R$ 400milhões em negócios. Segun-do a ABF, esses números cre-denciam o evento como amaior feira do setor de franchi-sing do mundo.

E X P O S I TO R E S

Considerado "um dos moto-res da expansão do franchi-sing no Brasil, pois é quando seconsolidam as marcas e au-menta a adesão de novos in-vestidores", nas palavras deRicardo Camargo, diretor exe-cutivo da ABF, o evento devealavancar ainda mais os bonsnegócios do setor, que já viveum excelente momento, comfaturamento próximo a R$ 89bilhões em 2011.

Reunindo expositores tra-dicionalmente presentes nafeira – como Vivenda do Ca-marão, Casa do Pão de Quei-jo, Fisk, Bob´s, CCAA, Giraf-fas, Rei do Mate, 5 à Sec, Ca-cau Show, Habib' s, Spoleto,entre outras –, a ABF Franchi-sing Expo também conta, es-te ano, com 71 empresas es-treantes: Belle Bijou, Imagi-narium, Bibi Calçados, Eco-j a r d i m , M r K i d s , S e uProfessor, Spa das Sobrance-lhas, Ticket.com e Sushiloko,entre outras.

A proposta consiste emapresentar alternativas denegócios em diversos seg-mentos da economia, paraque os interessados possamescolher em que área inves-tir. Um dos nichos mais pro-missores, e que deverá atraira atenção dos empreendedo-res com baixo capital e inte-resse em abrir o próprio ne-gócio, são as microfranquias,com investimento até R$ 50mil. Neste segmento, entreas opções de marca presen-tes estão as franquias Dr. Re-solve, Emagrecentro, Espeti-nhos Mimi, Almeida Viagens,Praquemarido, Guia-se e Pre-para Cursos, entre outras.

NOVAS FRONTEIRAS

Preocupada com o inter-câmbio e a troca de experiên-cias, a ABF Franchising Expoconvidou marcas internacio-

nais, como a AWEX, da Bélgi-ca, e a russa Buybrand, e con-tará ainda com a presença deentidades estrangeiras. En-tre elas, citam-se a CâmaraUruguaya de Franquicias, aAsociación Española de Fran-quicias, a Asociación Argen-tina de Marcas y Franquicias,a Associação Portuguesa deFranquias, o InternationalCouncil of Shopping Centers,uma entidade internacional;o Instituto de Promoção doComércio e Investimento deMacau, China; a MAPIC, fran-cesa, e a Ubifrance; a CámaraPeruana de Franquicias e aAsoc iac ión Mex icana deFranquicias.

Em comum, todas elas têmo interesse de conhecer o mer-cado nacional para expandirseus negócios, bem como se-lar parcerias com as redes bra-sileiras para que elas atuemno mercado exterior. Atual-mente, segundo a ABF, con-tam-se 90 redes brasileirastrabalhando em 58 países e106 redes internacionais ematividade no País.

Outras marcas participamda feira através de consulto-rias – a Cia. de Franchising, aFranchise Store, a Global Fran-chise, o Grupo Bittencourt, aFrancap, a Franchise Empo-rium e a Netplan –, o que ga-rante um maior número de al-ternativas de negócios.

BOAS PRÁTICAS

Além do leque de franquiasdiversas, a ABF FranchisingExpo colocará à disposiçãodo público, este ano, umagrade de cursos rápidos mi-nistrados por especialistas. Ainiciativa tem como objetivopermitir que os interessadosaprofundem seus conheci-mentos sobre o funciona-mento do sistema de franchi-sing. "Cuidados ao montarsua empresa", "Como esco-lher um ponto comercial","Aspectos Jurídicos do Fran-chising", "Passos para com-prar sua franquia e Sustenta-bilidade", "Como avaliar oseu perfil empreendedor" e"Avaliando a franquia dosseus sonhos" são algumasdas temáticas propostas.

A 21ª edição da feira aindatraz como novidade umamaior preocupação com osprincípios de sustentabilida-de. Para tanto, seus organi-zadores desenvo lveramações privilegiando a utiliza-ção de carpete de fibras origi-nadas da reciclagem de gar-rafas PET, a doação dos ma-teriais recicláveis para umacooperativa de catadores delixo e a gestão dos resíduossólidos em todas as áreas deexposição. A compensaçãodo CO2 emitido durante arealização do evento é outrainiciativa prevista pela Asso-ciação Franquia Sustentável(AFRAS), braço social da ABFe organização sem fins lucra-tivos, que tem como objetivofomentar as práticas de res-ponsabilidade social e sus-tentabilidade entre as em-presas que fazem parte dosistema de franquias (fran-queadores, franqueados efornecedores).

PREMIAÇÃO

Paralelamente, desde oano passado, os organizado-res da ABF Franchising Expopromovem o Prêmio EstandeSustentável, oferecido, de-pois de avaliação de audito-

Modelo aumenta rentabilidade

ACasa do Pão deQueijo (CPQ) vaimostrar na ABF

Franchising Expo o seumodelo de co-branding,uma forma onde afranqueadora oferece umsistema unificado para asmarcas de seu portfólio."Ele facilita o processo degestão de quem está àfrente do estabelecimento,além de garantir maiorrentabilidade por metroquadrado, já que são duasoperações em um únicoespaço", afirma AlbertoCarneiro Neto, presidenteda CPQ Brasil, uma dasempresas que oferece ométodo.

Os ganhos com um co-branding da Casa do Pão deQueijo e O melhor Bolo deChocolate do Mundo,

marcas da CPQ Brasil, vãoalém do pedido, já que"todo o relacionamento érealizado por um únicoatendente. Odepartamento deexpansão, que cuida dosprocessos de

desenvolvimento dosnovos pontos de venda,como implantações eabertura da franquia,funcionam para ambas asmarcas", explica oexecutivo. "Quando háuma sinergia entre as

franquias e modelo denegócio é complementarsem rivalidade entre asmarcas, como no nossocaso, os benefíciosresultam em receita",garante.

É o caso da franqueadaRegina Soares, que possuiquatro unidades da Casado Pão de Queijo no Rio deJaneiro. Ela foi a primeira aoptar pelo co-branding,adicionando a franquia OMelhor Bolo de Chocolatedo Mundo à unidade doShopping Tijuca. "Agregueifaturamento a um negócioque já existia. O CNPJ é omesmo e, com isso, asdespesas com a novamarca foram menores doque se tivesse que abriruma nova empresa",relata.

SSSEEERRRVVVIIIÇÇÇOOO21ª ABF

Franchising ExpoExpo Center Norte -Pavilhões Azul eBranco. R. José

Bernardo Pinto, 333;Vila Guilherme São

Paulo - SPDe 13 a 16 de

junho, das 13h às 21h;sábado, das12h às 18h

Ingressos custamR$ 50,00

www.abfexpo.com.br

res credenciados, aos expo-sitores que observam boaspráticas socioambientais aomontar seus estandes, fa-zendo uso reduzido de água eenergia elétrica, contem-plando critérios de acessibili-dade e responsabilidade so-cial e promovendo o manejode resíduos.

Ainda no que diz respeito àmontagem do estandes, esteano, os expositores poderãoconcorrer ainda ao PrêmioABF-RDI Design de Estande,outorgado às instalaçõesque melhor representam aimagem das marcas. O obje-tivo é estimular o design co-mo ferramenta estratégicana criação dos estandes daABF Franchising Expo. Dividi-do em quatro categorias deacordo com o tamanho dosestandes, o comitê de audito-res indicado pelo Retail De-sign Institute (RDI) avaliará,entre outros temas, a origi-nalidade, a aplicação de tec-nologia e equipamentos e acomunicação visual e sinali-zação/gráficos. (M.C.)

A Casa do Pão de Queijo apresenta modelo de co-branding

Paul

o Pa

mpo

lin/H

ype

Diretor de RedaçãoMoisés Rabinovici

Ed i to r - Ch e feJosé Guilherme Rodrigues Ferreira

Ed i ç ã oCarlos Ossamu

Repor tagemMarleine Cohen

Page 5: Joias do Franchising

quarta-feira, 13 de junho de 2012 ESPECIAL - 5DIÁRIO DO COMÉRCIO

Para quemsonha

trabalharem casa

As microfranquias homebased são uma boaoportunidade para

aqueles que desejam abrirum negócio ou ter uma

renda extra

EcoJardim: baixoinvestimento.

Marcelo Silva ea esposaElaine,franqueadosda Doutor FazTudo.

SXC

Divulgação

Paulo Pampolin/hype

Dados levantadospela AssociaçãoB r a s i l e i r a d eFranchising dão

conta de que as microfran-quias cresceram 15% em to-do o País no ano passado, so-mando 336 marcas. Para2012, a expectativa é aindamaior: aumento de 20%. Oformato, que se caracterizasobretudo pela possibilidadede gerar uma boa fonte derenda mediante um baixo in-vestimento, emprega, aindasegundo a ABF, cerca de 36mil pessoas e representa 5%do faturamento do franchi-sing nacional.

Opção para quem não temfôlego financeiro para apli-car, a microfranquia movi-menta, no entanto, um bomvolume de recursos: faturouR$ 3,9 bilhões em 2011, deacordo com a ABF, e para esteano as perspectivas são ain-da melhores. Com investi-mentos acessíveis – máximode R$ 50 mil – e modelos degestão simplificados, muitastêm a vantagem de ser homebased (se trabalha em casa)e, portanto, de prescindir deponto comercial, gerandouma economia significativano bolso do empreendedor,que deixa de arcar com alu-guel e condomínio.

P O RT F Ó L I O

Em função das facilidadesoferecidas, elas conseguemproporcionar às classes C e Da oportunidade de abrir umnegócio próprio. "As micro-franquias vão de encontro àinclusão social, já que, comum investimento baixo, pos-sibilitam a entrada de maisbrasileiros neste ramo de ne-gócios", analisa Artur Hipóli-to, diretor do Grupo Zaiom,um dos líderes no segmentode microfranquias no Brasil.

Em seu portfólio, a Zaiomreúne marcas para os maisdistintos perfis de empreen-dedores: a Home Angels ofe-rece serviços para idososcom limitações físicas ou quenecessitam de companhia,pacientes em recuperaçãocirúrgica, vítimas de aciden-tes, gestantes e portadoresde Alzheimer ou Parkinson. ADoutor Faz Tudo, por sua vez,tem como objetivo suprir asnecessidades do cliente emmatéria de serviços elétri-cos, hidráulicos, de alvenaria

e revestimento, pintura e te-lhado. A Home Depil - Fotode-pilação desloca o franqueadoaté a residência do cliente,onde, munido de um equipa-mento portátil de Luz Pulsa-da Intensa (IPL), ele dá aten-dimento personalizado a ho-mens e mulheres. A Tutores,por sua vez, conta com profis-sionais especializados quetrabalham na casa do alunoou em sala comercial, usan-do como referência seu pró-prio material didático.

Outras bandeiras como aEcoJardim, especializada emtratamento e nutrição de jar-dins, e a Seguralta Bolsa deSeguros, voltada para a cor-retagem de seguros, sãoexemplos de microfranquiascom investimento inicial emtorno de R$ 15 mil. "Está cadavez mais fácil deixar de serempregado para ocupar um

cargo de gestor", argumentao presidente da EcoJardim,Vâner Silva. "O empreende-dor investe pouco e aindatem a chance de lucrar entre20% e 30% sobre o fatura-mento", afirma.

J A R D I N AG E M

Localizada em São Bernar-do do Campo, na Grande SãoPaulo, a franquia da EcoJar-dim de Elaine Martins crescea olhos vistos, apesar de es-tar em atividade há menos deum ano. "Além da vantagemde me permitir trabalhar emcasa, apenas com um compu-tador, um celular e um núme-ro de telefone fixo, a rede meoferece capacitação e treina-mento contínuo online, bemcomo produtos orgânicos ex-clusivos para a manutençãoe recuperação de plantas

tem a pretensão de se tornar"referência em jardinagem"na sua região.

RENDA EXTRA

Para Ednei de Ol iveira,franqueado da Seguralta es-tabelecido em Guarulhos,São Paulo, o trabalho de cor-retor de seguros franqueadohome based lhe permit iu"uma segunda fonte de ren-da nas horas vagas".

Funcionário de uma em-presa contábil em tempo in-tegral, ele explica que tem in-tenção de lidar só com segu-ros daqui a dois ou três anos:"Eu trabalho em casa. Atémesmo o treinamento sema-nal é online. Além disso, afranquia dá todas as ferra-mentas necessárias e temuma equipe por trás do negó-cio, que faz as cotações. Eucuido apenas da intermedia-ção com o cliente", relata Oli-veira, calculando atenderpor semana, em média, dezpessoas e fechar pelo menosum contrato.

Outro formato home basedque demanda uma infraes-trutura de trabalho enxuta éo Ótima Oferta, sistema defranquias apoiado em com-pras coletivas online. "O fran-queado paga R$ 4 mil de taxade adesão para liberação do

sistema em sua região e ain-da recebe um notebook paratrabalhar", explica RobsonTavarone, sócio e diretor co-mercial do site.

Para Humberto Nagata,franqueado da rede em Cam-pinas, o Ótima Oferta propor-ciona de fato uma série devantagens, como baixo custofixo e flexibilidade de tempode trabalho. "Mas quem optapor este formato deve terconsciência de que não setrata apenas de uma mudan-ça de escritório, mas, sim, deum estilo de vida novo", res-salta. Pois trabalhar em casarequer disciplina e organiza-ção, uma vez que a possibili-dade de se distrair com afa-zeres ou preocupações do-mésticas é grande, o que in-terfere na produtividade e norendimento do trabalho.

O sistema de franquia fun-ciona da seguinte forma: a em-presa franqueada fica respon-sável por toda a parte de divul-gação, marketing e contato deparcerias. Já a franqueadoraÓtima Oferta faz a parte do flu-xograma financeiro e de com-pras. Em cima dos contratosacordados com o estabeleci-mento, a franqueada recebe30% ou até mais, dependendoda negociação realizada, e re-passa 10% de royalties ao Óti-ma Oferta. (M.C.)

doentes, o que sem dúvidarepresenta um diferencialem relação aos métodos usa-dos por profissionais autôno-mos", explica a empreende-dora de 42 anos, que hojeatende de quatro a c incoclientes por semana – jardinsresidenciais, na maioria – e

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quarta-feira, 13 de junho de 20126 -.ESPECIAL DIÁRIO DO COMÉRCIO

Um caminho seguropara empreender

Para Ricardo Bomeny, presidente da ABF, ofranchising é a melhor opção para quem quer iniciar

a vida de empreendedor

Nos próximoscinco anos,teremos o

ingresso de umvolume maior

de marcasinternacionais.

RIC ARDO BO M E N Y,PRESIDENTE DA ABF

Zé Carlos Barretta/Hype

Ofranchising aindatem espaço paracrescer no Brasile no mundo? E

quais as principais reivindica-ções do sistema de franquiasnacional ao governo? Comoentender a migração de mar-cas brasileiras para o mercadoexterior e, na contramão, a en-trada de marcas estrangeirasno País: fuga de capitais? Acir-ramento da competitividade?

Com respeitáveis númerosdo setor na manga, o presi-dente da Associação Brasilei-ra de Franchising (ABF) – cria-da em 1987 e hoje com maisde mil associados –, RicardoBomeny, comemora a saúdedo franchising verde-amareloe aponta um longo percursopela frente. Cheio de trunfos.

Diário do Comércio - Ofranchising ainda tem espaçopara crescer no Brasil e nomundo? Por que ele tem esteespaço? Seria uma forma decoletivizar riscos einvestimentos num mundo emcrise?

Ricardo Bomeny - No Brasil ofranchising responde por2,3% do Produto Interno Bru-to. Já nos Estados Unidos, essepercentual é de 13,8%. Issomostra que o franchising ain-da tem muito espaço paracrescer no Brasil. Além deacompanhar o crescimento daeconomia, e em especial doconsumo interno, o franchi-sing ainda está sendo impul-sionado em função dos even-tos esportivos que acontece-rão nos próximos anos e tam-bém pelas aberturas de novosshopping centers. De acordocom a ABRASCE, serão maisde 80 eventos nos próximosanos. Estas consolidações sãomovimentos naturais do mer-cado e devem continuar. Ou-tra tendência muito forte é acriação de novas marcas paraas mesmas redes; ou seja, ofranqueador que já possuiuma rede estável tende a criarum novo negócio, uma novamarca, para oferecer oportu-nidade de crescimento aosseus franqueados dentro daprópria rede. O que acontece éque o franqueado tambémquer crescer e, na maioria dasvezes, ele fica sem opção namesma rede. Nos próximoscinco anos, teremos o ingres-so de um volume maior demarcas internacionais, queestão buscando mercados emcrescimento e, neste cenário,o Brasil passou a ser interes-sante. O franchising é o me-lhor caminho para quem queriniciar a vida de empreende-dor. Certamente uma de suasvantagens é crescer rápido ecom o investimento comparti-lhado.

Quais os setores que maisdevem avançar no sistema defranchising no Brasil daqui parafrente?

No Brasil, o setor de turismo

foi o que mais cresceu no anopassado. Mas ainda há muitoespaço nesse segmento paracrescimento. Os setores dealimentação, vestuário e cos-mético continuam crescendode forma significativa. O setorde serviços deve apresentarcrescimento mais evidentetambém nos próximos anos.Com as mulheres cada vezmais presentes no mercadode trabalho, abre-se espaçopara os serviços domésticos,como cuidadores de idosos oude animais; de limpeza, lavan-deria e delivery.

O que a ABF e o franchisingde modo geral podem esperar(ou pedir) de entidades como oSebrae, por exemplo?

O Sebrae é um grande par-ceiro do sistema de franchi-sing. O sistema Sebrae nosajuda a disseminar a práticado franchising, ao mesmotempo que orienta e capacitao pequeno empreendedor.

E na esfera governamental,quais as principaisreivindicações?

Temos uma vasta agendade trabalho com o governo e,ao lado de outras entidadesrepresentativas do setor devarejo, serviços e da micro epequena empresa de modogeral, a ABF tem dialogado in-cansavelmente com as autori-

dades federais. Muitas dasnossas reivindicações se equi-param às do pequeno e médioempresário, de forma geral.Recentemente, o setor come-morou uma conquista impor-tante: o aumento da faixa doSuper Simples, uma briga an-tiga da associação. Com o au-mento da faixa do faturamen-to das empresas optantes pe-lo sistema, o setor de fran-q u i a s f o i b a s t a n t ebeneficiado. Também temosque comemorar a desonera-ção da folha de pagamento,que num primeiro momentoajudou bastante a indústria eas empresas que exportam,mas também o setor produti-vo como um todo. Essas duasmedidas incentivam a forma-lidade, a criação de empregose a produção e por isso devemser bem recebidas pela socie-dade. Outra vitória importan-te e recente foi a redução dosjuros ao consumidor. Essa me-dida aumenta a capacidadede compras do consumidor etambém ajuda muito os novosinvestimentos em franquia.Quando reunimos estes trêsmovimentos, mesmo não sen-do eles ideias novas propria-mente, percebemos que sãocapazes de produzir um efeitomuito positivo no nosso setore nos dar ânimo suficiente pa-ra continuarmos investindo ealmejando cada vez mais es-

Goleada deoportunidades

Barretto: oMundial é uma

chance deaumentar a

competitividadedas PME.

Newton Santos/Hype

Um levantamento realizadopela Fundação GetúlioVargas por encomenda do

Sebrae mapeou 456 oportunidadesde negócios que serão geradas emSão Paulo pela Copa do Mundo de2014 (antes, durante e depois dosjogos) no segmento PME (pequenase médias empresas). Com isso,estima-se que, ao todo, cerca de300 mil micro e pequenas empresaspaulistas, de todos os setores, têmboas perspectivas de crescimentoeconômico em função do Mundial.O setor de comércio concentra 51%delas; o de serviços, 30%; e o deindústria, 19%. As atividades commelhores chances estão ligadas asete nichos: têxtil e vestuário,turismo e produção associada aoturismo, serviços, TI, agronegócios,madeira e móveis.

Em todo o País, o estudo apontou930 oportunidades de negóciospara micro e pequenas empresas,nas 12 cidades-sede da Copa. "OMundial é uma chance de aumentara competitividade das PMEbrasileiras. Assim, aoidentificarmos as oportunidadesque serão geradas e os requisitosnecessários, estaremospreparando as empresas para sedesenvolverem antes, durante e,principalmente, após o evento",definiu o presidente do Sebrae, LuizBarretto.

Uma das atividades que maisdividendos deve gerardurante a Copa de 2014é a qualificaçãoprofissional etecnológica – e emespecial, os cursos deidiomas dirigidos apequenos prestadoresde serviços. SegundoRomério Souza, diretorde expansão defranquias do GrupoEurodata, "existe umenorme contingente de20 mil a 30 mil pessoasaguardando umaoportunidade deaprender o inglês. Sãotaxistas, garçons,atendentes de hotel e

frentistas de postos de gasolina quevão precisar falar a língua paraatender os turistas e lidar com elesdurante suas estadias no País".

De olho nesta demanda, o GrupoEurodata – rede que conta,atualmente, com mais de 126 defranquias em operação – formatou onovo modelo de franchisingExtreme, uma novidade no ensinode inglês totalmente interativa, queserá apresentada durante a ABFFranchising Expo por meio delaboratório com aulasdemonstrativas. "O aluno éapresentado a todo o vocabuláriopertinente à sua profissão, seja eletaxista ou garçom, e aprende a seexpressar em inglês e manter umaconversação", diz Souza. (M.C.)

paço na economia e no merca-do global.

Como a ABF entende amigração de marcas brasileiraspara o mercado exterior e aentrada de marcas estrangeirasno País?

O Brasil ainda é um país mui-to difícil para fazer negócios. Aburocracia, a tributação, ochamado 'Custo Brasil' repre-sentam, sem dúvida, fatoresque inibem a vinda de maismarcas estrangeiras ao País.Também há a necessidade deadequação de produtos e ser-viços para a cultura local, oque ocorre também quandouma marca brasileira opera noexterior. Porém, com a crise fi-nanceira na Europa e nos EUA,a tendência é de que o Brasilatraia mais investimentos nospróximos anos. Hoje, 94,7 %do mercado de franquias na-cional é composto por empre-sas genuinamente brasilei-ras. Apenas 107 marcas inter-nacionais operam no País. Dasnacionais, 91 redes já têmoperação internacional em 58paises. Acredito que há mer-cado nas duas direções. A cria-ção de marcas globais é umatendência. As franquias têmcolaborado com o Brasil nesteobjetivo e no de exportar pro-dutos e serviços de valor agre-gado, e não apenas matériaprima. (M.C.)

Muitas opções em investimentos

AGlobal Franchise Consulting,empresa especializada emfranquias e desenvolvimento

de canais de distribuição de produtos eserviços, levará 36 marcas defranquias de diversos segmentos paraa ABF Franchising Expo 2012. Serão 30franquias estrangeiras e seisnacionais, entre beleza, alimentação,varejo, saúde, serviços, moda epublicidade.

Durante a feira, investidorespoderão conhecer melhor o conceitoe plano de negócios de grandesnomes de sucesso internacional,como Sbarro, Arabica Café eWinger’s, marcas tradicionais dosegmento de alimentação; Armazém,que oferece roupas e acessórios

exclusivos para o público feminino,Misako, rede espanhola de acessóriosfemininos; e Tutor Doctor (rede deensino especializada em aulas dereforço particular) que acaba dechegar ao País.

De acordo com o presidente daGlobal Franchise, Paulo César Mauro, aredução das taxas de juros e o grandeinvestimento que tem sido feito emshoppings centers em todo o País sãoalguns dos fatores de estímulo para omercado de franquias.

“Quem tem dinheiro para investirbusca opções rentáveis, pois asaplicações de renda fixa estão poucoatrativas, enquanto as bolsascontinuam instáveis. Investir em umafranquia é, sem dúvida, uma excelente

opção. Na outra ponta, quem sonha setornar empreendedor e não temrecursos próprios suficientes encontrahoje ótimas ofertas de crédito com osmenores juros da história”, comenta oexecutivo.

A Global Franchise apresentaráoportunidades para dois tipos deinvestidores: o master, que além deimplantar as primeiras operações temo direito de franquear a marcanacionalmente ou regionalmente; e oempreendedor, que pretende adquirire operar uma ou mais franquias, massem direito a ser tambémfranqueador.

A expectativa financeira da Globalpara os três dias de feira é movimentarpelo menos R$ 1,5 milhão.

Paulo César Mauro: a Global Franchisingapresentará 36 marcas de franquias.

Zé Carlos Barretta/Hype

Page 7: Joias do Franchising

quarta-feira, 13 de junho de 2012 ESPECIAL - 7DIÁRIO DO COMÉRCIO

Mulheresfaturammais no

comandodas

empresasSegundo pesquisa da Rizzo Franchise,

elas são mais dedicadas e estãopresentes no dia a dia do negócio

Minhasgerentes

sabem que euvou estar naloja, e isto éum grandediferencialem relaçãoaos homens

ELIANE ROSA

ENC ARNAÇÃO

Ao decidir entrar nomercado de tra-balho, as mulhe-res consideram a

possibilidade de abrir umafranchising? Tudo indica quesim. Um recente estudo reali-zado pela consultoria RizzoFranchise dá conta de que aparticipação feminina no co-mando de operações fran-queadas está crescendo emtodo o País: em 2010, elas con-duziam 47% dos negócios eem 2011 este percentual su-biu para 48%. Se os homensainda são maioria, com 52%dos negócios, em unidadescomandadas por profissionaisdo sexo feminino, o número degestões bem-sucedidas émaior. De acordo com a pes-quisa da Rizzo, o faturamentodelas é 34% maior e a rentabi-lidade, 26% superior. Entre asrazões apontadas pelos fran-queadores está o fato de queas donas de franquias estãomais presentes no dia a dia dotrabalho, "enquanto os ho-mens se ausentam e delegamfunções", diz o levantamento,indicando que as mulheres

atuam preferencialmente emfranquias do setor de Saúde eBeleza, e, em seguida, no deAcessórios e Alimentação.

PRESENÇA

A franqueada Eliane RosaEncarnação, de 25 anos, mui-to se orgulha da parceria queconseguiu consolidar comseus funcionários. Em doisanos, ela abriu três pontos darede de joalheria e acessóriosBarbara Strauss e conseguiumontar boas equipes de tra-balho: "Entre 2010 e 2011,inaugurei três revendas dejoias contemporâneas emshoppings, inicialmente noShopping Paulista e logo emseguida no Pátio Higienópolise no Shopping Morumbi".

Semanalmente, ela se des-dobra para estar presente emtodas elas, em sistema de ro-dízio: "Eu cuido da parte admi-nistrativa, mas também lidodiretamente com o público.Acima de tudo, minhas geren-tes sabem que eu vou estar naloja, e isto é um grande dife-rencial em relação aos ho-

mens, que preferem manterfoco nos resultados e cultivamrelações mais frias", sustentaa jovem empresária. "Minhasvendedoras e gerentes são to-das mulheres. Se uma delas ti-ver algum problema pessoalou familiar, se estiver carentepor qualquer motivo, ou preo-cupada, ela sabe que podecontar comigo. Eu vou ouvi-lae tentar incentivá-la nos mo-mentos ruins", explica Eliane.

Segundo a empreendedo-ra, as mulheres estão sempremais atentas à qualidade dasrelações, dos produtos e servi-ços. "Nós somos mais deta-lhistas que os homens. Preferi-mos tratar diretamente comas pessoas, sejam elas clien-

tes ou empregados."Para envolver suas equipes

de trabalho, Eliane relata quecostuma promover reuniões erecorrer, sempre que neces-sário, à competição entreelas: "Realizamos disputasentre as lojas e damos prê-mios àquelas que mais fatu-ram", explica. Ela tambémnunca esquece de oferecerpequenos mimos às vendedo-ras que se destacam: "Umapalavra de agradecimento, deestímulo, um e-mail para pa-rabenizar.... são armas valio-sas para aproximar o dono donegócio de seus funcioná-rios", ensina. "Mais que tudo, avontade de estar perto, de co-laborar e de trabalhar em

equipe, é o que faz o negócioprosperar entre mulheres",completa a jovem, lançandomão de provérbio tão antigoquanto a primeira moeda detroca: "É o olho do dono queengorda o gado".

CASES DE SUCESSO

A norte-americana NinaLahaliyed é outro exemplo defranqueadora bem-sucedi-das. No Brasil há 14 anos, estaempresária de 42 anos, nasci-da em Chicago (EUA), trouxenas bagagens as tradicionaisreceitas de brownie de sua in-fância e logo despertou o inte-resse – e o paladar – de todos àsua volta: "Eu tinha saudades

da culinária da minha família.Comecei a fazer brownies emcasa, e também para presen-tear os amigos", lembra. Logo,a ideia amadureceu e ela abriusua primeira 'browneria' em2008, em Campinas (SP).

O negócio prosperou. Embreve, o que se restringia aresgatar lembranças do pas-sado ganhou corpo e se tornouuma rede de franquias, hojesomando quatro lojas – umapioneira em São Paulo, noshopping Market Place, re-cém-inaugurada, e outras trêsem andamento.

Além do sistema de lojas efranquias, a rede Brou´neatua também como fornece-dora de brownies para even-tos, casamentos e datas espe-ciais, através de "gifts" pre-senteáveis. "Temos applepies, cookies sortidos, muffinse uma infinidade de outrasgostosuras americanas", enu-mera Nina, que não se cansade inovar e enriquecer seu car-dápio com produtos da linhalight e ingredientes integrais.

Também atuando no ramode alimentação, Adriana daMatta possui duas lojas e trêsquiosques da Empada Brasil,em São Paulo, há sete anos."Nós mulheres somos maiscuidadosas com os negócios,o que reflete no sucesso dasempresas", afirma. "A mulherconsegue, com jeitinho, tirar omelhor de seus funcionários",complementa. Criada em1999 por uma família mineira,a rede de empadarias está emconstante expansão.

Outro exemplo de profissio-nal que trocou o emprego porum negócio próprio é o de Sil-via Camilo. Ela deixou o cargode executiva de contas emuma multinacional de vendase montou sua franquia da Se-guralta, uma rede de fran-quias do setor de seguros noBrasil. "Escolhi a franquia por-que nunca ficamos sozinhosno negócio. A marca dá todo osuporte", diz a franqueada,que escolheu a área de segu-ros por ser uma das que maiscrescem no País. (M.C.)

Newton Santos/Hype

Page 8: Joias do Franchising

quarta-feira, 13 de junho de 20128 -.ESPECIAL DIÁRIO DO COMÉRCIO

Com muitafome de crescer

Alimentação é um dos setores mais representativos do franchisingno Brasil e várias novidades serão apresentadas na ABF Expo

De acordo com um levantamentorealizado pela ABF, o setor dealimentos recebeu o reforço de 54novas marcas somente no anopassado, respondendo por 20% docrescimento do franchising no Brasil.

DivulgaçãoDivulgação

Osetor que maisvai anunciar lan-çamentos na fei-ra é o de Alimen-

tação. Com lugar cativo noranking dos que vêm prospe-rando de forma contínua – em2011, ele cresceu 14,5%, se-gundo a ABF –, o mercado dealimentos recebeu o reforçode 54 novas marcas somenteno ano passado. Além disso,ainda de acordo com a entida-de, em 2011 respondeu por20% do crescimento do fran-chising no Brasil. Para incenti-var as negociações deste ano,adianta Ricardo Camargo, di-retor executivo da entidade,"algumas empresas apresen-tarão quatro, cinco, até seismarcas novas durante o even-to", revela.

Jae Ho Lee, empresário àfrente do Grupo Ornatus, quejá comercializa as marcas Mo-rana e Balonè, de bijuterias eacessórios, e a bandeira Jin-Jin, de refeições rápidas inspi-radas na gastronomia asiáti-ca, investiu R$ 4,5 milhões pa-ra aumentar seu portfólio. Sãotrês novas marcas no setor dealimentação – o fast food Jin-Jin Sushi, de pratos japoneses;os restaurantes Little Tokyo,formatados para funcionarem áreas adjacentes das pra-ças de alimentação, em shop-pings; e a rede de lanches sau-dáveis MySandwich, uma par-ceria com o banco de investi-mento português Explorer.

NOVOS MODELOS

Na mesma área de Alimen-tação, o Habib's anunciou es-forços para alavancar negó-cios para o seu Box 30, duran-te a feira. Este modelo de fran-q u i a , m a i s c o m p a c t o s ecomparado aos restaurantesconvencionais da rede, foi for-matado com o objetivo de ven-der salgadinhos e massas emespaços de até 70 metros qua-drados. Lançada no final de2010, a operação passou portestes em lojas instaladas nacapital e em Santos. Agoraque está pronta para ser mas-sificada, a intenção do staff doHabib´s é abrir oito lojas até ofinal do ano e chegar a mil uni-dades em cinco anos.

A Salad, rede de alimenta-ção saudável especializadaem saladas, vai apresentar naABF Franchising Expo 2012 onovo modelo de negócio queestá adotando com o objetivode criar nichos alternativospara aumentar o seu público etornar a Salad um empreendi-mento ainda mais rentávelaos seus franqueados. "A redeestá saindo estrategicamentedas praças de alimentaçãodos Shopping Centers com ofoco em criar nichos própriosde acordo com o perfil e con-cei to da Salad como, porexemplo, em centros comer-ciais, lojas de rua e faculda-des", diz Cecília Gonçalves,gerente de Expansão da SaladCreations.

A marca acaba de inaugurarsua primeira loja de rua, nobairro Santana, em São Paulo.Com 105 metros quadrados elotação máxima para 54 luga-res, a nova loja tem dois anda-res com grande espaço para oconforto dos clientes. "Come-çamos a implantação destenovo modelo com a aberturada loja de Santana para abran-ger também o público de bair-ro. Nesse caso, os moradoresde Santana poderão compar-tilhar refeições em famíliacom mais tempo e tranquilida-de. A Salad é uma ótima opçãopara encontros familiares e deamigos, pois há pratos e ingre-dientes que agradam a todosos gostos", comenta Cecília.

A nova unidade, administra-da pelos empresários Carlo eCinara Redigolo, contou com

investimento de cerca deR$ 300 mil e apresenta a mes-ma identidade visual da rede,além de oferecer aos clienteso novo cardápio de inverno. Aestimativa de faturamento daloja é de R$ 80 mil por mês.

DE OLHO NO NORDESTE

Outra rede do segmento dealimentação saudável – e querecebeu o 'Selo de Excelênciaem Franchising' neste ano, aSeletti, tem planos de crescer50% em número de lojas em2012, em comparação aos65% registrados no períodoanterior. Até 2020, sua meta échegar a 150 lojas e ingressarnas principais regiões do Bra-sil, além de investir em novosmodelos de negócios e produ-tos. Atualmente, encontram-se franquias da bandeira empraticamente todos os princi-

pais shoppings centers dasgrandes capitais do País. Du-rante a feira, a rede de fran-quias tem expectativa de fe-char pelo menos cinco novosnegócios com investidoresprovenientes de diversas re-giões do Brasil, mais especifi-camente do Sudeste, Centro-Oeste e Nordeste.

De acordo com Luís FelipeCampos, diretor da rede, oplanejamento de negóciospara este ano prevê a abertu-ra de novas unidades nas re-giões Sudeste, Centro-Oestee Nordeste do Brasil, sendoesta última o grande alvo dafranquia. "Vamos estrear abandeira saudável em gran-des empreendimentos doNordeste. A cidade de Salva-dor, na Bahia, deve ser con-templada com a primeira uni-dade. Em seguida, vem Forta-leza, no Ceará, onde as nego-

ciações estão avançadas",revela Campos. Para 2013, oplano de crescimento da redeSeletti inclui as regiões Sul eNorte do País.

I N V E S T I M E N TO

Para ampliar a sua rede,Campos também aposta nocrescimento da região Nor-deste, e em especial no domercado de Fortaleza e Salva-dor, especificamente, onde éfácil trabalhar a associaçãoentre os conceitos de alimen-tação saudável, clima tropicale prática de esportes. Nestasregiões, registra-se significa-tivo crescimento dos empre-endimentos locais no seg-mento de alimentação. "Tive-mos muita procura de investi-dores das duas cidades cominteresse em atuar como par-ceiros locais da marca e de-

senvolver o mercado conos-co", adiantou o executivo."Em Fortaleza, por exemplo,não há nenhuma rede do nos-so segmento."

A rede Seletti fechou o últi-mo ano com 30 unidades ao to-do, entre abertas e contrata-das; vendeu cerca de 700 milpratos e mais de 400 mil su-cos. Para abrir uma franquiada rede, o investimento inicialé de cerca de R$ 400 mil, sem oponto comercial, até o mo-mento restrito a shoppings, ea taxa de franquia é de R$ 45mil. O faturamento mensalbruto médio, no entanto, tam-bém é relativamente alto, R$100 mil, e o lucro líquido men-sal se situa na faixa de R$ 12mil a 15 mil. Para 2013, a redeanunciou que deve ingressarno segmento de lojas de rua.

O Grupo Trigo, detentor dasredes de alimentação Spole-

to, Domino's Pizza e Koni Sto-re, ampliou o leque de mode-los de lojas para atrair fran-queados que queiram tornar-se empresários multimarcas.Nordeste, Norte e cidades dointerior são alvo da nova estra-tégia, que vai oferecer, duran-te a ABF Franchising Expo2012, condições especiais pa-ra os interessados. "Busca-mos franqueados empreen-dedores, que possam conti-nuar traduzindo o espírito pro-fissional do Grupo Trigo ecompartilhem nossos valores.Já temos bons parceiros comesse perfil e diante dos resul-tados observados estamoscertos de que esse é o verda-deiro caminho para consolidarainda mais o grupo no merca-do de food service brasileiro",diz a diretora de expansão Re-nata Rouchou.

Para atrair futuros fran-queados, o Grupo Trigo apre-senta três modelos de negó-cios diferentes (Store in Store,Spoleto 21 sustentável e KoniBox) e aposta principalmenteno projeto Store in Store, noqual duas marcas convivemharmonicamente num mes-mo ambiente. Esse modelopode unir combinações comoSpoleto + Domino's ou Domi-no's + Koni ou ainda Spoleto +Koni e é ótimo para capitais,pois divide entre as marcas ocusto de locação e cria locaisde conveniência para o públi-co. A proposta contemplatambém cidades menores, apartir de 120 mil habitantes.Em um espaço de, no mínimo,150 m², as redes complemen-tam seus serviços. (M.C.)

Uma sacada de mestre

Vai longe o ano de1951, quando olendário esportista

de origem norte-americanaRobert Falkenburg –duplamente campeão emWimbledon, em 1947 e em1948, e mais conhecidopelo apelido de Bob –adquiriu o maquinário e afórmula de sucesso dossorvetes de baunilha FosterFreeze, vendidos em LosAngeles, e montou suaprimeira sorveteria emCopacabana, no Rio deJaneiro. Pouco depois,sempre visionário, oproprietário do Bob´sapresentaria à elite cariocao sundae, o milkshake, ohot dog e o hambúrguer,atraindo para a meca dofast food recém-desembarcado no Brasilcelebridades, intelectuais,artistas e gente bonita emgeral.

Não demorou muito eFalkenburg inaugurou uma

segunda loja em Ipanema,em 1956. Em seguida,outros Bob´s surgiram: noLargo do Machado, naTijuca, no Castelo...

O novo formato derestaurante deu tão certoque, duas décadas depois, oesportista voltaria para LosAngeles para se aposentar,depois de transferir ocontrole acionário da rede –com seus 13 restaurantes –para a Libby do Brasil, por 7milhões de dólares.

Passado tanto tempo, opioneiro do sistema defranquias no Brasil continuacolhendo os frutos da suainiciativa: estudo daAssociação Brasileira deFranchising (ABF) calculaexistirem no país 41cadeias de alimentaçãorápida apenas no setor defranquias. Juntas, elassomam 5,3 mil lojas efaturam mais de R$ 15bilhões. Tamanho sucessose mede pela voracidade do

brasileiro quando o assuntoé hambúrguer: oito emcada dez pessoas sealimentam em algum fastfood pelo menos uma vezpor mês. Somente pela rede

do Bob´s, onde secomercializam cerca de 180milhões de produtos aoano, circulam mais de 10milhões de pessoas pormês. (M.C.)

Page 9: Joias do Franchising

quarta-feira, 13 de junho de 2012 ESPECIAL - 9DIÁRIO DO COMÉRCIO

Um negócio testadoe aprovado

O mercado defranquias apresentou

um vigorosocrescimento na última

década,acompanhando o

aumento do setor deserviços

SXC

Vinícius Almeida/Luz

A baixíssimataxa de

mortalidadedesse tipo denegócio é um

fatormotivador

JOSÉ CARMO VIEIR A

Afinal, por que in-vestir em umafranquia? Osnúmeros fa-

lam por si: porque o sis-tema de franchising é alocomotiva da econo-mia brasileira e, sendoassim, as chances de ainiciativa dar certo sãograndes. No entanto,na hora de aderir a umarede, é preciso tomar cui-dado, ensina o consultordo Sebrae-SP, José CarmoVieira. Embora se trate de umnegócio testado e aprovadona prática, ele requer do fran-queado tempo, dedicação emuita identificação. E, paranão frustrar ânimos, a Unida-de de Acesso a Mercados eServiços Financeiros do Se-brae elaborou uma cartilhapara orientar os empreende-dores. Nela, se lê que o primei-ro passo para que a decisão deabrir uma franquia seja coroa-da de sucesso é a reflexão.

Diário do Comércio - Qual aimportância das franquias nomomento atual da economiabrasileira? Que perspectivas seapresentam diante do cenárioda Copa e das Olimpíadas?

José Carmo Vieira - O siste-ma de franquias desempenhaum papel vital na economia, éum dos grandes motores decondução de negócios e cria-ção de novos empregos, nãosomente no Brasil, mas em to-do o mundo. Segundo a ABF,as franquias t iverem, em2011, um crescimento de16,9% na comparação com oano anterior, enquanto nomesmo período a economiacresceu apenas 2,7%. As pers-pectivas diante do cenário daCopa do Mundo e das Olimpía-das são de muito otimismo,com crescimento do númerode franqueadores e de lojasfranqueadas, além de um de-sempenho econômico supe-rior ao obtido nos anos ante-riores.

Por que é interessanteinvestir numa franquia?

O mercado de franquias éum dos que mais cresceu noBrasil ao longo da última dé-cada, acompanhando a ten-dência de crescimento do se-tor de serviços. Segundo o

Provar - Programa de Admi-nistração de Varejo, da Fun-dação Instituto de Adminis-tração (FIA) e a Felisoni Con-sultores Associados, essemercado vem crescendo,desde 2007, a uma taxa mé-dia de 4,1% por trimestre,sendo que a expectativa é deo segmento de franchisingter uma participação de 8% a10% do PIB brasi leiro até2020. Este sucesso chamou aatenção dos pequenos em-preendedores. Não é difícilentender as motivações quetornaram essa modalidadede negócio tão atrativa paraeste público: a segurançaoferecida por uma marca jáestabelecida no mercado, oapoio e a orientação ofereci-dos pelo franqueador. Outrofator impulsionador é a bai-xíssima taxa de mortalidadedesse tipo de negócio na últi-ma década: 3% ao ano. Alémdisso, os franqueados têm avantagem de realizar com-pras em rede, que diminuemos custos da matéria-prima etêm o benefício indireto dapublicidade do franqueador.

Quais os pontos diante dosquais o pequenoempreendedor deve seprecaver ao se decidir por umafranquia?

Via de regra, os micros epequenos empresários noBrasil têm como maiores de-ficiências a capacidade degestão e de investimento,em contraponto às suas com-petências técnicas nos ra-mos em que atuam. Assim, afranquia parece resolver, emparte, o problema de gestão,

principalmente no que toca àestruturação do negócio epor receberem um modelooperacional previamentepreparado. O que o pequenoempreendedor muitas vezesse esquece é que ele precisasaber como manter o negó-cio e para isso necessita in-vestir em sua capacitação,bem como na de seu pessoal.A grande procura de peque-nos empreendedores porfranquias também se deve àcrença de que o franqueadorirá financiar o seu negócio emuitos acabam se frustrandocom isso.

Por outro lado, por maisatrativo que seja um negóciode franquia para o pequenoempreendedor, é muito im-portante que ele analise se es-tá investindo certo para nãocorrer riscos financeiros enem frustrar-se nos aspectospessoal e profissional. A refle-xão é o primeiro passo paraque tudo dê certo.

Projeção: cada vez mais,vemos pequenos prestadoresde serviços autônomos, comocontadores ou jardineiros,aderirem ao sistema defranquias para abrir o próprionegócio. A médio prazo, esta éuma tendência:microempresáriosproprietários de franquias emsubstituição ao simplesprofissional autônomo?

Eu diria que é uma evolu-ção natural do mercado, enão uma forte tendência,pois nem todas as pessoasreúnem as condições básicasnecessárias para ser um fran-queado, como ter disposiçãopara trabalhar bastante, in-dependentemente de horá-rios ou dias da semana; se-guir a orientação e padroni-zação estabelecida pela mar-ca; ter maturidade suficientepara dar este primeiro passo;ter dinheiro disponível pararealizar os investimentos ne-cessários para iniciar e fazerdeslanchar o negócio.

O fato de abrir uma franquia –e, portanto, se tornarempresário – exige umcomportamento profissionaldiferenciado? Qual o benefícioque se pode ter, além deintegrar o mercado formal detrabalho?

O simples fato de abrir umnegócio requer da pessoa umcomportamento profissio-nal, no sentido bem estrito dapalavra. E esta responsabili-dade torna-se maior ainda seo empreendedor optar porser franqueado, tendo emvista que ele se torna um par-ce i ro- invest idor do f ran-queador, com direitos, deve-res e responsabilidades cla-ras, e que elas são descritas,em geral, em contrato e nosmanuais da franquia. Os be-nefícios são vários, como, porexemplo, oferecer produtosou serviços já desenvolvidos,testados e implantados nomercado; obter consultoriapara a escolha do local e o ar-ranjo físico da empresa, de-pendendo da categoria dafranquia; ter consultoria etreinamento em administra-ção de pessoal e na metodo-logia, incluindo aspectos le-gais e jurídicos, dependendoda modalidade da franquia;receber consultoria para es-pecificar material, máquinase equipamentos, além da ad-ministração da relação co-mercial com fornecedores,incluindo assessoria jurídica,também dependendo da mo-dalidade de franquia.

Existe algum movimento ouiniciativa do Sebrae para ajudaros franqueadores brasileiros ase instalarem no exterior?

O Sebrae-SP apoia os em-preendedores de micro e pe-queno porte, aqueles com fa-turamento anual de até R$ 3,6milhões. Por esta razão, nãoexistem iniciativas por partedos empreendedores interes-sados em franquias que pro-curam o Sebrae-SP em instala-rem no exterior. (M.C.)

Você temvocação?

Segundo aUnidade deAcesso a

Mercados e ServiçosFinanceiros doSebrae, a reflexão é oprimeiro passo paraque a decisão de abriruma franquia sejacoroada de sucesso.Para ajudar osempreendedores afazerem as melhoresescolhas, ela publicouum boletim ondedestaca noveperguntas cruciais.

"A resposta paraestas questõesprecisa serinexoravelmentepositiva, sob pena deser um grande risco anão observância dequalquer uma delas",adverte o Sebrae napublicação.

1. Há uma totalidentificação com o tipode negócio?

2. O investimentonecessário para montaro negócio deixará umareserva suficiente paraa subsistência por pelomenos 1 a 2 anos?

3. Foi realizada umainvestigação sobre amarca que se desejarepresentar, buscandoconhecer bem o seunegócio?

4. A marca a serrepresentada apresentabons diferenciaiscompetitivos emrelação à concorrência?

5. O empreendedorse preocupou emconhecer as regras donegócio?

6. Também procurouanalisar o contrato,segundo a visão de umprofissional deadvocacia, visando anão assinar um acordocom obrigações quefavoreçamexcessivamente ofranqueador?

7. Procurou entrarem contato com outrosfranqueados e ex-franqueados paraconhecer as suasex p e r i ê n c i a s ?

8. Observou aoperação de umfranqueado no seu dia adia, para avaliar se estáem condições de gerir onegócio?

9. Investigou ospontos comerciais eobteve parecer dofranqueador para a sualocação?

Page 10: Joias do Franchising

quarta-feira, 13 de junho de 201210 -.ESPECIAL DIÁRIO DO COMÉRCIO

Setor tem linhasespeciais de financiamentos

A Agência de Fomento Paulista oferece linhas de crédito com taxas de juros eprazos diferenciados; Bradesco, CEF, BB e BNDES também oferecem facilidades

SXC

Cabides, escadas,lâmpadas, ferra-mentas, lixeiras,parafusos, buchas,

pilhas e chuveiros: para obtera licença da Casa&Coisa eabrir uma franquia no MoocaPlaza Shopping, Marcel de Oli-veira Dias Moreira, seu irmãoMichel e outros dois sócios ti-veram de recorrer a um em-préstimo da Agência de Fo-mento Paulista, instituição fi-nanceira do governo do Esta-do que conta com uma linha decrédito especial para fran-queados – a LEF (Linha Espe-cial a Franquias).

Em plena expansão em todoo País, a bandeira que os em-preendedores escolheram ti-nha um formato que exigia in-vestimentos de porte: a lojaseria implantada em um espa-ço de 96 m² e geraria nove em-pregos diretos. Além disso,era preciso colocar em exposi-

ção pelo me-nos 3,5 mil

i t e n s ."F az en-

do as contas, vimos que preci-sávamos de cerca de R$ 500mil entre o pagamento dafranquia e a locação e adapta-ção do ponto", lembra MarcelMoreira – uma quantia signifi-cativa para ele e os sócios.

Para não inviabilizar o negó-cio, eles entraram com partedo montante e contrataramum empréstimo de R$ 195 mil."O valor era alto, assustou umpouco, mas as condições daAgência foram excelentes: 12meses de carência, cinco anospara pagar e uma taxa de0,57% ao mês. Um esquemapara ajudar mesmo os empre-endedores", explica.

Resultado: a Casa&Coisa,franquia fundada em São Josédo Rio Preto-SP, viu sua 23ª lo-ja abrir as portas ao público emfins de 2011. Segundo Morei-ra, o negócio não podia estarmelhor: "Estamos trabalhan-do dentro do programado enossa previsão é de abrir maisum ponto no final do ano".

Voltada para o desenvolvi-mento das pequenas e médiasempresas do Estado de SãoPaulo, com faturamento anual

a partir de R$ 360 mil, a Agên-cia de Fomento Paulista

tem linhas de crédi-to com taxa dejuros, prazos egarantias es-peciais para fi-nanciar tantoa abertura da

primeira franquia quantoobras de ampliação ou moder-nização. De acordo com o últi-mo balanço, ela já injetou nomercado mais de R$ 17 mi-lhões para empresas fran-queadas.

Para o presidente da institui-ção, Milton Luiz de Melo Santos,o objetivo é fortalecer a expan-são do setor: "Nós financiamosos pequenos e médios empre-sários de qualquer segmento,que queiram atuar sob o regi-me de franquias e que sejamgeradores potenciais de em-prego e renda, colaborando pa-ra o desenvolvimento do Esta-do de São Paulo", diz.

Bastante simples, o atendi-mento pode ser feito em umadas mais de 50 entidades em-presariais parceiras: Associa-ção Brasileira de Franchising,Sebrae, Fiesp/Ciesp ou Fa-cesp, entre outras.

Outra opção é procurar a en-tidade de classe à qual o em-preendedor é associado paradar início ao processo de le-vantamento da documenta-ção necessária. Informações esolicitação de financiamentopodem ser feitas também pelaferramenta disponível no siteh t t p :/ / w w w . a ge n c i a d e fo m e n-topaulista.com.br ou pelo Ca-nal do Empresário (canal-doempresario.com.br). Im-portante dizer que pequenosempresários com dificuldadesde apresentar garantias têmcomo opção contratar o Fundode Aval, do governo do Estado,ou o FAMPE (Fundo de Aval àsMicro e Pequenas Empresas),do Sebrae, para complemen-tar as garantias exigidas.

Outra opção de crédito parafranqueados é o convênio fir-mado entre a ABF e o banco

Bradesco. O acordo entre elesestabeleceu uma cooperaçãotécnica para troca de informa-ções sobre o setor, bem comoações conjuntas de apoio e in-centivo ao crescimento dofranchising brasileiro. A par-ceria prevê que o banco estu-de, caso a caso, as redes defranquia interessadas em con-tratar seus serviços e ofereçasoluções sob medida – desdeserviços de cobrança e linhasde crédito até soluções de se-guro e previdência, o que fazdo Bradesco a primeira insti-tuição financeira privada aapostar no segmento. Em con-trapartida, a ABF auxiliará obanco a conhecer o sistema eseus players, de modo a lhepermitir formatar condiçõesdiferenciadas para diversosperfis de franqueados.

MAIS OPÇÕES

Outra linha de crédito relati-va a acordo firmado entre aABF e a Caixa Econômica Fe-deral também permite a em-preendedores concretizar osonho de abrir uma franquia:são R$ 40 bilhões destinadosaos empresários que desejamaderir a uma das 38 redes defranquias conveniadas com obanco. Entre elas, citam-se oBob´s, a Restaura Jeans, a Chi-na in Box, a Livraria Nobel, aAqua di Fiori e o instituto deidiomas Yes.

As condições são atraentes

– taxa de juros de 5% ao anomais variação da TJLP (Taxa deJuros de Longo Prazo), prazomáximo de 48 meses e até seismeses de carência – e o teto definanciamento é de R$ 400mil, sendo que o percentual fi-nanciado varia entre 30% e60%, de acordo com a rede. Omontante oferecido pela Cai-xa se presta tanto para o in-vestimento fixo quanto para ocapital de giro necessário àimplantação da unidade. Mais

i n f o r m a ç õ e s n o s i t ewww.cef.gov.br.

O franqueado também tem apossibilidade de obter recursosatravés do BNDES, que coloca àdisposição do sistema de fran-chising valores superiores a R$7 milhões, a título de aquisiçãode equipamentos, taxa de fran-quia, aquisição ou desenvolvi-mento de softwares e treina-mento inicial. O crédito está dis-ponível tanto para microem-presas com receita operacionalbruta anual de até R$ 700 mil,quanto para grandes negócioscom receita acima de R$ 35 mi-lhões. No caso das micro e pe-quenas empresas, o valor do fi-nanciamento pode chegar a90% do investimento financiá-vel. (M.C.)

Beleza e bem-estar

Nós financiamos ospequenos e médiosempresários dequalquer segmento

MI LTO N LUIZ DE ME LO SA N TO S , DA

AGÊNCIA DE FO M E N TO PAU L I S TA

Zé Carlos Barretta/Hype

OI-MEZZO - InstitutoMezzo deCosmetologia e

Estética, divisão defranquias da MezzoDermocosméticos, estreiana 21ª edição da ABFFranchising Expo. Noevento, o I-MEZZO terá umestande localizado noFranchising Store, espaçoque reunirá franquiasnacionais e internacionais,coordenado pela Cherto. AMezzo fará a apresentaçãode sua linha de produtos eprotocolos de tratamentopara o corpo e rosto,

formada por 75 itens, dosdiferenciais da marca, queatua no mercado de beleza ebem-estar, e apresentará asinformações sobre osinvestimentos para abriruma unidade franqueada.

Presente há dois anos nomercado de franquias, o I-MEZZO tem como focoprincipal a venda deprodutos, o atendimento e acapacitação de esteticistas.A unidade franqueada atuana comercialização dosdermocosméticos de uso emprotocolos de tratamentoestético, como

rejuvenescimento e reduçãode celulite, na venda deprodutos home care e napromoção de treinamentosdiferenciados paraatualização profissional.

Segundo Paschoal RossettiFilho, diretor de pesquisa edesenvolvimento da MezzoDermocosméticos, osprincipais diferenciais damarca são a constantepesquisa de formulações eprotocolos, com pesquisas etestes de eficácia eperformance, sempre emconformidade com a AgênciaNacional de Vigilância

Sanitária, o suporte técnicoque oferece às profissionais,os cursos e a atualização dematerial didático.

Como parte de suaestratégia de construção demarca e expansão dosnegócios, no primeirotrimestre desse ano, a Mezzoinaugurou seu Centro TécnicoNacional na cidade de

Penápolis (SP), no interior deSão Paulo, onde está sediada.O espaço ofereceinfraestrutura com salas parademonstrações de protocolose workshops para osprofissionais da área deestética. O CTN também éuma referência para futurosfranqueados, que podemobservar in loco toda a

comunicação visual daempresa e a forma como elase apresenta em todo o Brasil.

De acordo com Paschoal,até o final de 2012, aempresa planeja chegar a 30unidades instaladas nasprincipais capitais do País.“Com isso pretendemosaumentar o faturamento daempresa em 30% até o finaldeste ano na comparaçãocom 2011. Hoje, a atuaçãodas franquias representa70% do faturamento daempresa que possui umaunidade própria emPenápolis”, diz.

I-MEZZO: comercialização de dermocosméticos.

Divulgação

Page 11: Joias do Franchising

quarta-feira, 13 de junho de 2012 ESPECIAL - 11DIÁRIO DO COMÉRCIO

Sistema conquista novossetores da economia

Supermercados, clínicasodontológicas e farmácias passam a

adotar o modelo de franquia paraampliar os seus negócios

Acima, clínica odontológica Sorridents; ao lado, loja daFarmais: exemplos de como o sistema de franchising vem

expandindo para outros segmentos.

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Até alguns anos atrás,o sistema de fran-quias brasileiro pare-cia ter conquistado

um território definido, com forteatuação em alguns nichos, comoalimentação, acessórios pes-soais ou decoração e presentes.Mal se imaginava que o sistemapoderia avançar para outros se-tores ou, melhor, se alastrar paratodo o mercado. Pois é o que a ABFFranchising Expo pretende mos-trar: maior vitrine dos negócioscom franquias do País, ela espe-lhará, por exemplo, a evolução dosegmento de serviços – uma linhaascendente que acompanha osurgimento da chamada novaclasse média brasileira, a cama-da social que ganhou, entre 2002e 2011, 31 milhões de pessoas,cresceu 38% e engordou sua ren-da em nada menos do que 62%,segundo dados do Instituto DataPopular, consultoria voltada paraas camadas de baixa renda.

SUPERMERC ADO

No Brasil desde 2001, a redeDia, de origem espanhola, é a pri-meira e única franquia de super-mercados do País. Presente empaíses como Argentina, China,França, Portugal e Turquia, seuperfil está a meio caminho entre omercadinho de bairro bem equi-pado e o grande supermercadode rede – o que permitiu que intro-duzisse no varejo brasileiro umconceito inovador, diminuindocustos para garantir ao cliente acompra da semana (ou do mês)perto de casa e ao menor preçopossível. Para tanto, tem um mixde produtos de marca própria, dealta qualidade, cujo preço é extre-mamente competitivo em rela-ção aos hipermercados. Além dis-so, trabalha com estoques redu-zidos e maior giro de produtos.Seus fornecedores são únicos e arede Dia ainda oferece aos seusconsumidores a possibilidade desolicitar um pedido pela web.

Este modelo de negócio, asso-ciado à capacidade empreende-dora dos franqueados, responde

por um crescimento anual de20% e conferiu à rede Dia o ter-ceiro lugar no ranking das fran-quias com maior faturamento doBrasil, de acordo com dados daAssociação Brasileira de Fran-quias (ABF). Ao todo, são mais de450 lojas, 6 mil funcionários ecerca de 9 milhões de clientespor mês. Em todo o mundo, a re-de conta com mais de 6 mil lojas,próprias ou franquias; 42 plata-formas logísticas e cerca de 50mil colaboradores.

MUTIRÃO DE SAÚDE

Outra área na qual o sistema defranchising já atua é a de saúde.Fundada em 1995 pela dentistaCarla Renata Sarni, a Sorridents

Clínicas Odontológicas é conside-rada a maior rede de serviçosodontológicos da América Latina.Nasceu com o propósito de facili-tar o acesso de toda a população àsaúde bucal. Franqueada desde2005 e filiada à ABF, a marca estáhoje presente em 14 Estados, so-mando 180 clínicas que já aten-deram mais de 1,3 milhão de pa-cientes.

As franquias da Sorridentspossuem equipe multidiscipli-nar, com uma média de 12 profis-sionais especializados nas 19áreas da odontologia, o que re-presenta uma facilidade a maispara os pacientes, uma vez queconcentram todos os tratamen-tos em um único lugar. Além dis-so, as unidades da rede são am-

plas e de fácil acesso. As constru-ções são térreas, têm em média200 m² e alocam de seis a oitoconsultórios com equipamentosde alta tecnologia.

A rede Sorridents tambématende idosos e crianças. Para opúblico infantil, em especial, asunidades são equipadas com umEspaço Kids, destinado ao entre-tenimento dos pacientes comidade até 10 anos. Estes consultó-rios têm cores alegres e decora-ção diferenciada, para evitar queo tratamento seja traumático.

As ações sociais são uma carac-terística da franquia. Equipes dedentistas voluntários atendemcrianças carentes dentro do pro-jeto "Adote uma criança Sorri-dents", especialmente realizado

em bairros mais distantes das ci-dades onde a rede possui clínicasem operação.

Outro diferencial é que não énecessário que o franqueado te-nha formação de dentista: a redeestá aberta a empresários e em-preendedores; basta que a ges-tão do negócio tenha como foco aeficiência e a coerência com os pi-lares de sustentação da marca.

NEGÓCIO

Na ABF Franchising Expo, a Sor-ridents Clínicas Odontológicasvai instalar acomodações parapermitir que os interessados par-ticipem da entrevista que é nor-malmente realizada com os em-preendedores que visitam a em-presa com a intenção de fecharnegócio. O procedimento, criadopelo departamento pessoal e de-nominado de DISC, é conduzidopela diretoria de RH e por um psi-cólogo, que analisam o perfil e opotencial de cada candidato. Pa-ra investir no negócio, são neces-sários R$ 350 mil, mais capital degiro, royalties e fundo de publici-dade. O prazo de contrato é decinco anos e o faturamento médiobruto é de R$ 120 mil por mês.

Outra franquia que atua quasena mesma área é a Farmais, redede drogarias que integra o GrupoBrazil Pharma. Na feira, a empresapretende apresentar seu novo mo-delo de negócios, que prevê metasde expansão agressivas para ospróximos anos. Com 358 lojas, nú-mero que se mantém praticamen-te inalterado desde 2010, a Far-mais quer abandonar o modelotécnico que vinha tradicionalmen-te empregando para escolher osfranqueados que operam sua mar-ca. "A Farmais sempre foi tímida,apenas convertia farmácias exis-tentes para a bandeira da rede.Agora, queremos ser opção para oinvestidor que não sabe se abreuma franquia de pão de queijo ouuma drogaria", afirma Renato Lo-bo, diretor de relações com inves-tidores da empresa.

Para ganhar terreno, o executivoconta que a empresa passou poruma profunda reestruturação."Agregamos alguns funcionáriosegressos de outras áreas, como lo-gística, varejo e serviços, e assimformatamos um novo processo,que torna possível a qualquer in-vestidor ser proprietário de umafarmácia", garante Lobo.

A ideia da Farmais não difere, naessência, da estratégia da Onode-ra, que soma 54 clínicas de estéticacorporal e facial espalhadas por to-do o País – nove lojas próprias e asdemais franqueadas. A rede pre-tende lançar na ABF FranchisingExpo um novo formato de franquia,com desembolso inicial até 40%menor (R$ 290 mil) por parte do in-vestidor. Trata-se de uma opção denegócio dirigida às cidades de pe-queno e médio porte (a partir de250 mil habitantes). (M.C.)

Oportunidadenos Correios

Os Correiosacabam de

abrirconcorrênciapública parainteressados

em operaruma agência

em sistema defranquia.

Paulo Pampolin/Digna Imagem

AAgência de Correios é umafranquia? É, sim, e a EmpresaBrasileira de Correios e Telégrafos

(ECT) acaba de abrir concorrência públicapara a escolha de pessoas jurídicas dedireito privado interessadas em instalar eoperar uma agência em sistema defranquia, cujo nome oficial é AGF (Agênciade Correios Franqueada), isto é, umaunidade de atendimento terceirizadadestinada à execução de serviços postais.Se ganhar a licitação, o empreendedorassina o Contrato de Franquia Postal e temdireito de uso da franquia por 10 anos,podendo prorrogá-lo uma única vez pelomesmo período.

Os investimentos são proporcionais aotamanho da agência licitada. Unidadescom dois guichês exigem recursosequivalentes a R$ 89.549,66; postos comseis guichês, até R$ 219.191,30. Sobreestes montantes ainda incidem a TaxaInicial de Franquia e o valor do Kit Inicialnecessário para dar início às atividades daempresa, sendo que alguns equipamentossão arrendados e outros comprados. Umafranquia dos Correios também demandacapital de giro mínimo de R$ 10 mil.

Existem atualmente mais de 1.400unidades de franquia dos Correios emoperação no Brasil. Recentes mudanças nalegislação fizeram com que as comissões,que giravam em torno de 10% a 40% deforma inversamente proporcional aofaturamento sobre os serviços, passassema um percentual variando entre 5% e 29%,de acordo com o movimento da agência: seeste for pequeno, a franquia ganha mais doque a concorrente com maior movimento.

No entanto, novas atividades agregadasao leque de serviços prestados pelas AGFstornaram o negócio mais promissor. Há umano, as agências dos Correios (assim comoas casas lotéricas) estão autorizadas afazer operações de compra e venda demoeda estrangeira no limite máximo deUS$ 3 mil por operação.

Além das operações de câmbio etransferências para o exterior, o ConselhoMonetário Nacional autorizou às AGFs afirmarem contratos com instituiçõesfinanceiras para operar comocorrespondentes bancários.

A abertura de uma Unidade Lotéricatambém se dá mediante licitação de umanova unidade ou aquisição de uma jáexistente, mas o modelo não é o de franquia.Após vencer a licitação, o empreendedor –pessoa física ou jurídica, maior de idade, quetenha concluído, no mínimo, a 4ª série –pode abrir uma unidade.

Unidades Simplificadas têm customínimo de R$ 5 mil, já incluídos os valoresda tarifa de permissão, padronização edemais despesas referentes à instalaçãodo ponto. Já para uma Casa Lotérica, o pisoestá avaliado em R$ 30 mil.

O empresário lotérico não paga osequipamentos da Unidade Lotérica, quesão fornecidos pela Caixa sob regime decomodato. Para ser remunerado, elerecebe 13% sobre a Loteria Instantânea,5% sobre a Loteria Federal e assim pordiante. (M.C.)

Page 12: Joias do Franchising

quarta-feira, 13 de junho de 201212 -.ESPECIAL DIÁRIO DO COMÉRCIO

Premiadas pelaqualidade nos negócios

O Selo de Excelência em Franchising da ABF valoriza as melhores práticas e o profissionalismo

FranquiasImaginarium eRestaura Jeans:o Selo deExcelência emFranchising (SEF)tem por funçãoelevar o nível deatuação dasempresas,funcionandocomo diferencialpara atrairinvestidores.

Divulgação

DivulgaçãoDivulgação

Os franqueadoscontam com apoio econsultoria técnica,Central de Comprase treinamento

ALT I N O CRISTOFOLET TI, DA CASA

DO CO N S T RU TO R

Concedido pela As-sociação Brasileirade Franchising àsfranqueadoras que

se destacam pela sua condutaética, o Selo de Excelência emFranchising (SEF) tem por fun-ção elevar o nível de atuaçãodas empresas, valorizando asmelhores práticas e o profis-sionalismo. Para obter a chan-cela do selo, que é anual, o as-sociado franqueado da ABFpassa por um rigoroso proces-so de avaliação na Comissãode Ética. Esta, por sua vez, uti-liza critérios objetivos paradestacar as redes que, por seudesempenho transparente econfiabilidade, estão aptas areceber novos candidatos afranqueados. Assim, o SEFfunciona como diferencial pa-ra atrair novos investidores.

A Casa do Construtor é umadas empresas a quem a ABFoutorgou o prêmio, em abril.Atuando no ramo de locaçãode equipamentos para a cons-trução civil, a franqueadora,que está no mercado há quaseduas décadas, oferece àsconstrutoras, profissionais daárea e consumidores em geralàs voltas com uma reformaequipamentos de pequeno emédio porte: ferramentas elé-tricas, betoneiras, compacta-dores, painéis e acessórios pa-ra andaimes e outros equipa-mentos. Desde 2009, vematravessando uma excelentefase de expansão, tendo pas-sado de 48 lojas, naquele ano,para 120 em 2012. Para 2015,tem como perspectiva chegara 250 unidades.

DIFERENCIAL

Para o sóc iofranqueador Ex-ped i to A rena ,"além de preço ecomodidade, ogrande diferen-cial da Casa doConstrutor é quetodos os equipa-mentos obede-cem às normasde segurança esão adquiridosde fornecedoresh om o lo ga d os .E les oferecemsegurança, eco-nomia e rapidezp a r a q u e m o susa; saem da lojarevisados e o lo-catário recebetodas as instru-

ções de como manuseá-los".Para abrir uma unidade e fa-

zer parte da rede estabelecidaem 20 Estados, o investimentomédio é de R$ 450 mil, semponto comercial. Segundo ofranqueador Altino Cristofolet-ti, que recomenda a aberturade franquias em localidadescom mais de 100 mil habitan-tes, o negócio é bastante rentá-vel, mas requer dedicação."Nós fazemos muitos investi-mentos em prol da rede", afir-ma o empresário. Para tanto, osfranqueados contam comapoio e consultoria técnica,software de gerenciamento,Central de Compras e a Univer-sidade Casa do Construtor, queelabora continuamente pro-gramas de treinamento paratoda a rede, inclusive em parce-ria com fornecedores. "Mante-mos, ainda, uma auditoriaconstante, feita pelo BureauVeritas, que checa como a redecaminha nos âmbitos da Quali-dade, Saúde e Segurança, Res-ponsabilidade Social e Ambien-tal", explica Cristofoletti.

Outras empresas foramdestacadas com o 13º Selo deExcelência em Franchising es-te ano. É o caso da Imagina-r ium, uma das redes commaior número de premiaçõesno gênero. Com 117 opera-ções no País – 98 lojas, 19quiosques e 600 pontos multi-marcas em todo o Brasil –, elaproduz e comercializa presen-tes, objetos de decoração, ele-trônicos e artigos de uso pes-soal pelo sistema de franquiase fechou seu faturamento de2011 em R$ 110 milhões, comum aumento de 22% em rela-ção ao ano anterior. Entre

seus diferenciais, citam-se su-porte de treinamento e con-trole nas áreas de administra-ção, vendas, decoração e mar-keting para os franqueados.

D E S TAQ U E S

A certificação de excelênciaem franchising da ABF tam-bém foi entregue este ano atrês redes de alimentação: aÁgua Doce, formada por maisde 100 restaurantes em ativi-dade em nove Estados e noDistrito Federal, que ofereceaos consumidores um cardá-pio inspirado na culinária bra-si leira, além de cachaçasgourmets; a Lig-Lig, com 40 lo-jas especializadas em comidachinesa atuando em oito Esta-dos da federação; e a RoastedPotato, primeira franquia dosegmento que tem como car-ro-chefe a batata recheada.No mercado desde 1987, a re-de conta hoje com mais de 70unidades em 15 Estados e noDistrito Federal e possui duasunidades no Paraguai.

Destaque também para oSelo de Excelência em Fran-chising outorgado à QualityLavander ia e à RestauraJeans. A primeira conta commais de 100 lojas, que ofere-cem lavagem de roupas a secoe a água, tratamento de couroe serviços diferenciados delimpeza em tênis, calçados,tapetes, cortinas, roupa de ca-ma e tecidos especiais. A Res-taura Jeans tem mais de 200lojas e pontos licenciados epresta serviços de tingimentode roupa, costura e limpeza;renovação de peças de couro,calçados e bolsas. (M.C.)