john rawls e a teoria da justiça como equidade

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John Rawls 1921-2002

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Page 1: John Rawls e a Teoria da Justiça como Equidade

John Rawls

1921-2002

Page 2: John Rawls e a Teoria da Justiça como Equidade

A TEORIA DA JUSTIÇA COMO EQUIDADE

• Tarefa: A tarefa de Rawls vai ser a de procurar conjugar na sociedade a liberdade e a justiça social.

• Questão: Será essa tarefa possível?

• Resposta de Rawls: Sim. Através do estabelecimento de um Contrato Social.

Page 3: John Rawls e a Teoria da Justiça como Equidade

Condições necessárias ao estabelecimento do CS:

• Situação de equidade;

• Total imparcialidade por parte de todos os indivíduos;

• Inexistência de interesses particulares.

Page 4: John Rawls e a Teoria da Justiça como Equidade

A “POSIÇÃO ORIGINAL” DE RAWLS

• A “posição original” é uma “situação puramente hipotética” que visa garantir a existência de uma situação de equidade.

• Sob um véu da ignorância, os fundadores procedem à escolha dos princípios que garantem uma sociedade justa.

Page 5: John Rawls e a Teoria da Justiça como Equidade

A Posição Original

Sob um véu da ignorância, o indivíduo assume hipotéticamente que não conhece nada acerca da possível posição na sociedade para a qual se está a criar princípios de justiça.

Page 6: John Rawls e a Teoria da Justiça como Equidade

A POSIÇÃO ORIGINAL• Sob um “véu da ignorância, os

fundadores não conhecem se irão ser, pobres ou ricos, homens ou mulheres, jovens ou idosos, criminosos ou vítimas, negros ou brancos, na “sociedade justa”.

• Princípio:

Page 7: John Rawls e a Teoria da Justiça como Equidade

Qual é a vantagem do “véu de ignorância”?

Desconhecimento da situação social e económica

• de uma organização da sociedade que seja a mais vantajosa e melhor para todos;

Exigência• de uma sociedade que promova os valores

básicos que permitam a todos ter uma vida aceitável (a mesma liberdade para todos e o mínimo de desigualdades sociais e económicas).

Page 8: John Rawls e a Teoria da Justiça como Equidade

SUJEITO RACIONAL: ESCOLHA DAS REGRAS DO FUNCIONAMENTO SOCIAL

• 2) Desconhecimento de que parte lhe caberia na distribuição aleatória dos talentos naturais.

Duplo estado de

Ignorância

Page 9: John Rawls e a Teoria da Justiça como Equidade

SUJEITO RACIONAL: ESCOLHA DAS REGRAS DO FUNCIONAMENTO SOCIAL

• Bens primários:DESEJO

Page 10: John Rawls e a Teoria da Justiça como Equidade

O véu da ignorância:

• Garante a equidade da actuação dos fundadores;

• Desconhecendo as situações específicas na sociedade, os seus ocupantes e os seus lugares, seremos imparciais na criação de princípios justos e iguais para todos.

Page 11: John Rawls e a Teoria da Justiça como Equidade

Problema: Como promover a liberdade e a justiça social

na sociedade?

Page 12: John Rawls e a Teoria da Justiça como Equidade

1. Princípio da Igual Liberdade

Tem prioridade sobre o/s outro/s princípio/s;

Exige a igualdade na atribuição dos direitos e deveres básicos;

Máxima liberdade para cada indivíduo que não ponhaem causa uma liberdadeigual para todos;

Page 13: John Rawls e a Teoria da Justiça como Equidade

1. Princípio da Igual Liberdade

Liberdade de Expressão

Liber

dade

Pol

ítica

(Sim

ao v

oto

e à co

ncor

rênc

ia

a car

gos p

úblic

os)

Liberdade de Pensamento

Liberdade da Pessoa

(Não à agressão e à prisão

arbitrária)

Page 14: John Rawls e a Teoria da Justiça como Equidade

2. Princípio da Diferença e da Igualdade de Oportunidades

• Favorece uma distruição equitativa da riqueza;

• As desigualdades económicas e sociais são aceitáveis apenas se resultarem em vantagens compensadoras para todos e, em particular, para os membros mais desfavorecidos da sociedade.

Page 15: John Rawls e a Teoria da Justiça como Equidade

EXEMPLO

• Todos têm a mesma riqueza (pouca);

• Todos são muito pobres.

• Uns são mais ricos, outros são mais pobres (desigualdades)

• Os mais desfavorecidos não são muito pobres.

Sociedade 1 (distribuição equitativa da riqueza)

Sociedade 2 (desigualdades na distribuição da riqueza)

Page 16: John Rawls e a Teoria da Justiça como Equidade

QUAL A SOCIEDADE QUE RAWLS PREFERE?

Os mais desfavorecidos vivem melhor dos que os membros da sociedade 1

Page 17: John Rawls e a Teoria da Justiça como Equidade

Princípio da Diferença

• A Justiça como equidade corresponde a uma imparcial distribuição de bens que só tolera a desigualdade se esta permitir que os menos favorecidos fiquem o melhor possível.

Page 18: John Rawls e a Teoria da Justiça como Equidade

“O Princípio Maximin ” -Critério de escolha dos princípios da justiÇA

• Maximinização de todas as oportunidades;

• Implica “Jogar pelo seguro”: 1) fazer a escolha como se o pior

nos fosse acontecer e 2) seleccionar a opção mais

segura.

Page 19: John Rawls e a Teoria da Justiça como Equidade

CRÍTICAS

• 1- CRÍTICA DE NOZICK: ATAQUE AO PRINCÍPIO DA DIFERENÇA E À REDISTRIBUIÇÃO DA RIQUEZA;

• 2- CRÍTICA AO ACORDO SOBRE OS PRINCÍPIOS.

Page 20: John Rawls e a Teoria da Justiça como Equidade

1. Crítica de NozicK

Rawls – Sociedade Justa

Princípio da diferença: a riqueza (propriedade) deve estar distribuída de modo a que os mais desfavorecidos estejam na melhor situação

possível

Distribuição dos bens Problema

Page 21: John Rawls e a Teoria da Justiça como Equidade

Crítica de NozicK

Os indivíduos não utilizam os

seus bens de forma idêntica.

O Estado teria deintervir (redistribuir a riqueza) para repôr

a situação inicial.

Violação dos direitos de propriedade

Page 22: John Rawls e a Teoria da Justiça como Equidade

A objecção do jogador de basquetebol

O objectivo de Nozick é duplo: 1) derrubar o princípio da diferença e2) assentar em bases sólidas o seu princípio da transferência.

Chamberlain

Page 23: John Rawls e a Teoria da Justiça como Equidade

A objecção do jogador de basquetebol

Wilt Chamberlain é um jogador de basquetebol.

Chamberlain

Page 24: John Rawls e a Teoria da Justiça como Equidade

A objecção do jogador de basquetebol

SITUAÇÃO D1 que diz que a distribuição da riqueza deve ser feita segundo o princípio da diferença.

Chamberlain

Page 25: John Rawls e a Teoria da Justiça como Equidade

A objecção do jogador de basquetebol

SITUAÇÃO D2: Chamberlain decide assinar um contrato que lhe permite que nos jogos realizados em casa, receba 25 cêntimos por cada bilhete de entrada. No final da época, Chamberlain ganhou 250.000 euros.

Chamberlain

Page 26: John Rawls e a Teoria da Justiça como Equidade

A objecção do jogador de basquetebol

SITUAÇÃO D2 - cria uma enorme desigualdade - nova distribuição de riqueza na sociedade em questão.

Chamberlain

O rendimento obtido é maior que o rendimento médio.

Page 27: John Rawls e a Teoria da Justiça como Equidade

A objecção do jogador de basquetebol

Nozick pensa que será injusto redistribuir a riqueza deste jogador visto que ele a mereceu pelo seu talento natural (foram os adeptos de Chamberlain, por livre vontade, que decidiram ver os seus jogos e contribuir para o seu enriquecimento) - situação D2 é legítima.

Page 28: John Rawls e a Teoria da Justiça como Equidade

A objecção do jogador de basquetebol

Que direito tem o estado para interferir (redistribuir a riqueza) no rendimento de Chamberlain cobrando-lhe impostos elevados?

Chamberlain

Page 29: John Rawls e a Teoria da Justiça como Equidade

2- CRÍTICA AO ACORDO SOBRE OS PRINCÍPIOS

RAWLS PARTE ERRADAMENTE DO PRINCÍPIO DE QUE OS FUNDADORES NA POSIÇÃO ORIGINAL SE IRIAM GUIAR PELO “MAL MENOR” E NÃO POR UMA “SORTE MÉDIA”, OU SEJA, IRIAM SUPOR QUE LHES IRIA SUCEDER O PIOR.

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Filosofia