jogo e educação continuação

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Page 1: Jogo E EducaçãO ContinuaçãO

Jogo e Educação II

Prof. Dr. Alcides Scaglia

Page 2: Jogo E EducaçãO ContinuaçãO

JOGO: UM SISTEMA COMPLEXO Jogo é um sistema complexo em que seu ambiente

(contexto) determinará o que é jogo e não jogo, evidenciando a predominância da subjetividade em detrimento da objetividade, caracterizando o ESTADO DE JOGO (o jogar plenamente) (SCAGLIA, 2003).

O conceito sistêmico me permite entender as relações complexas de cada manifestação de jogo e o seu processo organizacional

O pensamento complexo possibilita um olhar (análise) multidimensional

O Ambiente de jogo me proporciona uma análise do contexto do jogo (o fenômeno das interações do Ser com o jogo num estado de jogo - entrega)

Page 3: Jogo E EducaçãO ContinuaçãO

PREMISSAS DO JOGO

DESAFIO (Agon)

REPRESENTAÇÃO (Simulacro - Mimicry)

DESEQUILÍBRIO (vertigem - Ilinx)

IMPREVISIBILIDADE (acaso - Alea)

Page 4: Jogo E EducaçãO ContinuaçãO

LUDICO: liberdade de expressão (o ambiente do jogo) Predomínio da subjetividade sobre a objetividade “… a forma não sobrepõe ao conteúdo, mas predomína.

Quanto mais o jogador se entrega, mais a forma domina, mais o conteúdo, sem desaparecer, rende-se e a obra torna-se bela” (João B. Freire 2002, p. 74)

METÁFORA DO JOGO Mundo do jogo Senhor do jogo Ser do jogo

Page 5: Jogo E EducaçãO ContinuaçãO

SER DO JOGO

“Tem ainda [o jogador] a liberdade de se decidir assim ou assado, por esta ou por aquela possibilidade. Por outro lado, essa liberdade não é sem risco. Antes, o próprio jogo é um risco para o jogador. Só se pode jogar com sérias possibilidades. Isso significa, evidentemente, que somente confiamos nelas na medida em que elas podem dominar alguém e se impor. O atrativo que o jogo exerce sobre o jogador reside exatamente nesse risco. Usufruímos com isso de uma liberdade de decisão que, ao mesmo tempo, está correndo um risco e está sendo inapelavelmente restringida.” (GADAMER, 2002, p. 180-181)

Page 6: Jogo E EducaçãO ContinuaçãO

SENHOR DO JOGO

“... entregar-se à tarefa do jogo [Senhor do Jogo] é, na verdade, um colocar-se em jogo. A auto-reapresentação do jogo faz, ao mesmo tempo, que o jogador alcance sua própria auto-representação, enquanto ele joga algo, isto é, representa.” (GADAMER, 2002, p. 183)

Page 7: Jogo E EducaçãO ContinuaçãO

MUNDO DO JOGO (1)

“Aquele que joga sabe, ele mesmo, que o jogo é somente jogo, e que se encontra num mundo que é determinado pela seriedade dos fins. Mas isso não sabe na forma pela qual ele, como jogador imaginava essa relação com a seriedade. Somente então é que o jogar preenche a finalidade que tem, quando aquele que joga entra no jogo. Não é a relação que, a partir do jogo, de dentro para fora, aponta para a seriedade, mas é apenas a seriedade que há no jogo que permite que o jogo seja inteiramente um jogo. Gadamer (2002, p. 175)

Page 8: Jogo E EducaçãO ContinuaçãO

MUNDO DO JOGO (2)

Quem não leva a sério o jogo é um desmancha-prazeres. O modo de ser do jogo não permite que quem joga se comporte em relação ao jogo como em relação a um objeto. Aquele que joga sabe muito bem o que é jogo e que o que está fazendo é ‘apenas um jogo’, mas não sabe o que ele ‘sabe’ nisso.” Gadamer (2002, p. 175)

Page 9: Jogo E EducaçãO ContinuaçãO

VOLTA À REALIDADE

“(...) quando os filhos dos homens vêm até o nosso mundo, tomam o caminho certo. Todos os que nos vêm visitar aprendem coisas que só aqui podem aprender e regressam modificados ao seu mundo. Seus olhos se abrem, pois eles se vêem em seu verdadeiro aspecto. Por isso também podem olhar com novos olhos seu próprio mundo e os outros homens. Descobrem de repente maravilhas e segredos onde outrora só viam a monotonia e o cotidiano.” (ENDE, 1997, p. 154)

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JOGO E SUBVERSÃO (1)

O jogador não se aliena ao jogar, porquanto o jogo se torna o seu instrumento de rebeldia, de libertação, de afirmação perante a realidade que quer sufocá-lo e anular, pela pressão histórica, a sua plenitude de ser no mundo. (Ávilla, 1994, p. 73)

Page 11: Jogo E EducaçãO ContinuaçãO

JOGO E SUBVERSÃO (2)

É a realidade que o faz tenta fundar outra, que será a sua própria criação. Assumindo como uma aspiração à liberdade individual frente às forças objetivas do contexto (Ávilla, 1994)

CARACTERIZANDO O SER AUTÔNOMO, RESULTANTE DE SEU IMPULSO LÚDICO

Page 12: Jogo E EducaçãO ContinuaçãO

ESCOLA E LIBERDADE

OUTRO PARADOXO ?

OUNECESSIDADE DE

MUDANÇA PARADGIMÁTICA