jesus, o espírito santo e a oração_lição_original com textos_722015

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Lições Adultos O evangelho de Lucas Lição 7 - Jesus, o Espírito Santo e a oração 9 a 16 de maio Sábado à tarde Ano Bíblico: 1Cr 28, 29 VERSO PARA MEMORIZAR: “Peçam, e lhes será dado; busquem, e encontrarão; batam, e a porta lhes será aberta. Pois todo o que pede, recebe; o que busca, encontra; e àquele que bate, a porta será aberta.” (Lc 11:9, 10, NVI). Leituras da Semana: Lc 2:25-32; Jo 16:5-7; Lc 23:46; 11:1-4; Mt 7:21-23; Lc 11:9-13 Dos três evangelhos sinóticos, Lucas é o que fala com mais frequência sobre o relacionamento de Jesus com o Espírito Santo. Enquanto Mateus se refere ao Espírito 12 vezes e Marcos, seis vezes, Lucas tem 17 referências a Ele no evangelho e 57 no livro de Atos. Desde a concepção de Jesus como ser humano (Lc 1:35) até as orientações que Ele deu para o estabelecimento de Sua missão global (Lc 24:44-49), Lucas via um elo operativo entre Jesus e o Espírito Santo. Esse elo é fundamental para a compreensão do ministério do Salvador. Semelhantemente, Lucas mostra a importância da oração na vida e na missão de Jesus. Sendo plenamente divino, igual ao Pai e ao Espírito, Jesus, em Sua humanidade, deixou-nos um exemplo com respeito à oração. Lc 1:35, (ACF); 35 E, respondendo o anjo, disse-lhe: Descerá sobre ti o Espírito Santo, e a virtude do Altíssimo te cobrirá com a sua sombra; por isso também o Santo, que de ti há de nascer, será chamado Filho de Deus. Lc 24:44-49, (ACF); 44 E disse-lhes: São estas as palavras que vos disse estando ainda convosco: Que convinha que se cumprisse tudo o que de mim estava escrito na lei de Moisés, e nos profetas e nos Salmos. 45 Então abriu-lhes o entendimento para compreenderem as Escrituras. 46 E disse-lhes: Assim está escrito, e assim convinha que o Cristo padecesse, e ao terceiro dia ressuscitasse dentre os mortos, 47 E em seu nome se pregasse o arrependimento e a remissão dos pecados, em todas as nações, começando por Jerusalém. 48 E destas coisas sois vós testemunhas. 49 E eis que sobre vós envio a promessa de meu Pai; ficai, porém, na cidade de Jerusalém, até que do alto sejais revestidos de poder. Se Jesus via a necessidade de oração, quanto mais devemos nós precisar dela? “Sem oração constante e diligente vigilância, estamos em perigo de nos tornar descuidosos e nos desviar do caminho verdadeiro. O adversário procura continuamente obstruir o caminho para o trono da graça, para que não obtenhamos, pela súplica fervorosa e fé, graça e poder para resistir à tentação” (Ellen G. White, Caminho Pedidos, Dúvidas, Críticas, Sugestões: Pedidos, Dúvidas, Críticas, Sugestões: Gerson G. Ramos. Gerson G. Ramos. e-mail: e-mail: [email protected] [email protected]

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Lições Adultos O evangelho de Lucas

Lição 7 - Jesus, o Espírito Santo e a oração 9 a 16 de maio

Sábado à tarde Ano Bíblico: 1Cr 28, 29

VERSO PARA MEMORIZAR: “Peçam, e lhes será dado; busquem, e encontrarão; batam, e a porta lhes será aberta. Pois todo o que pede, recebe; o que busca, encontra; e àquele que bate, a porta será aberta.” (Lc 11:9, 10, NVI).

Leituras da Semana: Lc 2:25-32; Jo 16:5-7; Lc 23:46; 11:1-4; Mt 7:21-23; Lc 11:9-13

Dos três evangelhos sinóticos, Lucas é o que fala com mais frequência sobre o relacionamento de Jesus com o Espírito Santo. Enquanto Mateus se refere ao Espírito 12 vezes e Marcos, seis vezes, Lucas tem 17 referências a Ele no evangelho e 57 no livro de Atos. Desde a concepção de Jesus como ser humano (Lc 1:35) até as orientações que Ele deu para o estabelecimento de Sua missão global (Lc 24:44-49), Lucas via um elo operativo entre Jesus e o Espírito Santo. Esse elo é fundamental para a compreensão do ministério do Salvador. Semelhantemente, Lucas mostra a importância da oração na vida e na missão de Jesus. Sendo plenamente divino, igual ao Pai e ao Espírito, Jesus, em Sua humanidade, deixou-nos um exemplo com respeito à oração.

Lc 1:35, (ACF); 35 E, respondendo o anjo, disse-lhe: Descerá sobre ti o Espírito Santo, e a virtude do Altíssimo te cobrirá com a sua sombra; por isso também o Santo, que de ti há de nascer, será chamado Filho de Deus.

Lc 24:44-49, (ACF); 44 E disse-lhes: São estas as palavras que vos disse estando ainda convosco: Que convinha que se cumprisse tudo o que de mim estava escrito na lei de Moisés, e nos profetas e nos Salmos. 45 Então abriu-lhes o entendimento para compreenderem as Escrituras. 46 E disse-lhes: Assim está escrito, e assim convinha que o Cristo padecesse, e ao terceiro dia ressuscitasse dentre os mortos, 47 E em seu nome se pregasse o arrependimento e a remissão dos pecados, em todas as nações, começando por Jerusalém. 48 E destas coisas sois vós testemunhas. 49 E eis que sobre vós envio a promessa de meu Pai; ficai, porém, na cidade de Jerusalém, até que do alto sejais revestidos de poder.

Se Jesus via a necessidade de oração, quanto mais devemos nós precisar dela?

“Sem oração constante e diligente vigilância, estamos em perigo de nos tornar descuidosos e nos desviar do caminho verdadeiro. O adversário procura continuamente obstruir o caminho para o trono da graça, para que não obtenhamos, pela súplica fervorosa e fé, graça e poder para resistir à tentação” (Ellen G. White, Caminho

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a Cristo, p. 95).

Promova em sua igreja a leitura do livro Viva com Esperança.

Planeje reuniões para leitura do livro em pequenos grupos.

Participe do projeto “Reavivados por Sua Palavra”: acesse o site http://reavivadosporsuapalavra.org/

Domingo - Jesus e o Espírito Santo Ano Bíblico: 2Cr 1–4

Como um gentio converso e companheiro missionário do apóstolo Paulo, Lucas via a entrada de Cristo na História – de Sua encarnação à ascensão e à expansão da igreja – como uma divina maravilha efetuada e dirigida pelo Espírito Santo. Na vida de Jesus vemos toda a Divindade atuando em nossa redenção (Lc 3:21, 22); e, através de suas constantes referências ao Espírito Santo, Lucas enfatiza esse ponto.

● 1. O que os versos seguintes nos dizem sobre o papel do Espírito Santo na vinda de Cristo a este mundo em carne humana? Lc 1:35, 41; 2:25-32.

Lc 1:35, (ACF); 35 E, respondendo o anjo, disse-lhe: Descerá sobre ti o Espírito Santo, e a virtude do Altíssimo te cobrirá com a sua sombra; por isso também o Santo, que de ti há de nascer, será chamado Filho de Deus.

Lc 1:41, (ACF); 41 E aconteceu que, ao ouvir Isabel a saudação de Maria, a criancinha saltou no seu ventre; e Isabel foi cheia do Espírito Santo.

Lc 2:25-32, (ACF); 25 Havia em Jerusalém um homem cujo nome era Simeão; e este homem era justo e temente a Deus, esperando a consolação de Israel; e o Espírito Santo estava sobre ele. 26 E fora-lhe revelado, pelo Espírito Santo, que ele não morreria antes de ter visto o Cristo do Senhor. 27 E pelo Espírito foi ao templo e, quando os pais trouxeram o menino Jesus, para com ele procederem segundo o uso da lei, 28 Ele, então, o tomou em seus braços, e louvou a Deus, e disse: 29 Agora, Senhor, despedes em paz o teu servo, Segundo a tua palavra; 30 Pois já os meus olhos viram a tua salvação, 31 A qual tu preparaste perante a face de todos os povos; 32 Luz para iluminar as nações, E para glória de teu povo Israel.

A missão de Jesus começou com várias referências ao Espírito Santo. Segundo Lucas, João Batista predisse que, embora batizasse com água, Aquele que viria após ele batizaria com o Espírito (Lc 3:16). No batismo de Jesus, tanto o Pai quanto o Espírito Santo afirmaram a autenticidade de Sua missão redentora. Deus, o Pai, declarou, do alto, que Cristo é Seu Filho amado, enviado para redimir a humanidade, enquanto o Espírito Santo desceu sobre Ele em forma de pomba (Lc 3:21, 22).

Lc 3:16, (ACF); 16 Respondeu João a todos, dizendo: Eu, na verdade, batizo-vos com água, mas eis que vem aquele que é mais poderoso do que eu, do qual não sou digno de desatar a correia das alparcas; esse vos batizará com o Espírito Santo e com fogo.

Lc 3:21-22, (ACF); 21 E aconteceu que, como todo o povo se batizava, sendo batizado também Jesus, orando ele, o céu se abriu; 22 E o Espírito Santo desceu sobre ele em forma corpórea, como pomba; e ouviu-se uma voz do céu, que dizia: Tu és o meu Filho amado, em ti me comprazo.

Daí em diante Jesus foi “cheio do Espírito Santo” (Lc 4:1), e estava pronto para enfrentar o inimigo no deserto, bem como para iniciar Seu ministério (Lc 4:14).

Lc 4:1, (ACF); 1 E Jesus, cheio do Espírito Santo, voltou do Jordão e foi levado pelo Espírito ao deserto.

Lc 4:14, (ACF); 14 Então, pela virtude do Espírito, voltou Jesus para a Galileia, e a sua fama correu por todas as terras em derredor.

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As palavras introdutórias de Seu sermão em Nazaré foram uma aplicação da profecia messiânica de Isaías a Si mesmo: “O Espírito do Senhor está sobre Mim” (v. 18). O Espírito foi Seu constante companheiro, Sua força sustentadora e Sua constante presença entre Seus seguidores depois que Ele já não mais estava pessoalmente entre eles (Jo 16:5-7). Não só isso, Jesus prometeu que Deus concederia o dom do Espírito a todos os que O solicitassem (Lc 11:13). O Espírito que sempre ligou Cristo a Seu Pai e à missão redentora é o mesmo que fortaleceria os discípulos em sua caminhada de fé. Daí a importância crucial do Espírito na vida cristã: em realidade, a blasfêmia contra o Espírito Santo é o mais grave de todos os pecados (Lc 12:10).

Jo 16:5-7, (ACF); 5 E agora vou para aquele que me enviou; e nenhum de vós me pergunta: Para onde vais? 6 Antes, porque isto vos tenho dito, o vosso coração se encheu de tristeza. 7 Todavia digo-vos a verdade, que vos convém que eu vá; porque, se eu não for, o Consolador não virá a vós; mas, quando eu for, vo-lo enviarei.

Lc 11:13, (ACF); 13 Pois se vós, sendo maus, sabeis dar boas dádivas aos vossos filhos, quanto mais dará o Pai celestial o Espírito Santo àqueles que lho pedirem?

Lc 12:10, (ACF); 10 E a todo aquele que disser uma palavra contra o Filho do homem ser-lhe-á perdoada, mas ao que blasfemar contra o Espírito Santo não lhe será perdoado.

De que maneiras práticas e concretas podemos estar abertos à direção do Espírito Santo? Isto é, como podemos ter cuidado para que nossas escolhas não nos endureçam, de alguma forma, para Sua voz?

Segunda - A vida de oração de Jesus Ano Bíblico: 2Cr 5–7

Entre as muitas vezes que Jesus orou, algumas estão registradas apenas em Lucas. Note os seguintes incidentes que mostram Jesus em oração durante momentos importantes de Sua vida.

1. Jesus orou em Seu batismo (Lc 3:21). “Nova e importante fase se abria diante dEle. Entrava então, em mais amplo círculo, no conflito de Sua vida” (Ellen G. White, O Desejado de Todas as Nações, p. 111). Ele não ousou começar sem oração aquele estágio mais amplo de Seu ministério público, que acabaria levando-O à cruz do Calvário.

Lc 3:21-22, (ACF); 21 E aconteceu que, como todo o povo se batizava, sendo batizado também Jesus, orando ele, o céu se abriu.

2. Jesus orou antes de escolher Seus 12 discípulos (Lc 6:12, 13). Nenhum líder escolhe seus seguidores ao acaso. Mas Jesus não estava apenas escolhendo seguidores; estava escolhendo aqueles que entenderiam Sua pessoa e Sua missão e se identificariam completamente com elas. “Seu encargo era o mais importante a que já haviam sido chamados seres humanos, sendo-lhe superior apenas o do próprio Cristo” (Ellen G. White, O Desejado de Todas as Nações, p. 291).

Lc 6:12-13, (ACF); 12 E aconteceu que naqueles dias subiu ao monte a orar, e passou a noite em oração a Deus. 13 E, quando já era dia, chamou a si os seus discípulos, e escolheu doze deles, a quem também deu o nome de apóstolos:

3. Jesus orou por Seus discípulos (Lc 9:18). O discipulado exige dedicação absoluta a Jesus e compreensão de Sua identidade. A fim de que os Doze pudessem saber quem Ele era, Jesus esteve “orando à parte” e, depois disso, os desafiou com a pergunta crucial: “Mas vós, […] quem dizeis que Eu sou?” (Lc 9:20).

Lc 9:18, (ACF); 18 E aconteceu que, estando ele só, orando, estavam com ele os discípulos; e perguntou-lhes, dizendo: Quem diz a multidão que eu sou?

4. Jesus orou antes de Sua transfiguração (Lc 9:28-36), e obteve para Si o segundo endosso do Céu de ser o “Filho amado” de Deus. As provações até então, e as que viriam, não podiam mudar a íntima afinidade que existia entre o Pai e o Filho. A oração também resultou no fato de os discípulos se tornarem “testemunhas oculares da Sua majestade” (2Pe 1:16).

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Lc 9:28-36, (ACF); 28 E aconteceu que, quase oito dias depois destas palavras, tomou consigo a Pedro, a João e a Tiago, e subiu ao monte a orar. 29 E, estando ele orando, transfigurou-se a aparência do seu rosto, e a sua roupa ficou branca e mui resplandecente. 30 E eis que estavam falando com ele dois homens, que eram Moisés e Elias, 31 Os quais apareceram com glória, e falavam da sua morte, a qual havia de cumprir-se em Jerusalém. 32 E Pedro e os que estavam com ele estavam carregados de sono; e, quando despertaram, viram a sua glória e aqueles dois homens que estavam com ele. 33 E aconteceu que, quando aqueles se apartaram dele, disse Pedro a Jesus: Mestre, bom é que nós estejamos aqui, e façamos três tendas: uma para ti, uma para Moisés, e uma para Elias, não sabendo o que dizia. 34 E, dizendo ele isto, veio uma nuvem que os cobriu com a sua sombra; e, entrando eles na nuvem, temeram. 35 E saiu da nuvem uma voz que dizia: Este é o meu amado Filho; a ele ouvi. 36 E, tendo soado aquela voz, Jesus foi achado só; e eles calaram-se, e por aqueles dias não contaram a ninguém nada do que tinham visto.

5. Jesus orou no Getsêmani (Lc 22:39-46). Essa talvez seja a oração mais importante da história da salvação. Aqui temos o Salvador ligando o Céu e a Terra. Ao fazê-lo, Ele estabeleceu três princípios fundamentais: a primazia da vontade e do propósito de Deus; o compromisso de Se submeter a essa primazia, mesmo com o risco de sangue e morte; e a força para vencer todas as tentações ao longo da senda do cumprimento do propósito de Deus.

Lc 22:39-46, (ACF); 39 E, saindo, foi, como costumava, para o Monte das Oliveiras; e também os seus discípulos o seguiram. 40 E quando chegou àquele lugar, disse-lhes: Orai, para que não entreis em tentação. 41 E apartou-se deles cerca de um tiro de pedra; e, pondo-se de joelhos, orava, 42 Dizendo: Pai, se queres, passa de mim este cálice; todavia não se faça a minha vontade, mas a tua. 43 E apareceu-lhe um anjo do céu, que o fortalecia. 44 E, posto em agonia, orava mais intensamente. E o seu suor tornou-se em grandes gotas de sangue, que corriam até ao chão. 45 E, levantando-se da oração, veio para os seus discípulos, e achou-os dormindo de tristeza. 46 E disse-lhes: Por que estais dormindo? Levantai-vos, e orai, para que não entreis em tentação.

6. Jesus orou, entregando Sua vida nas mãos de Deus (Lc 23:46). Em Suas palavras finais na cruz: “Pai, nas Tuas mãos entrego o Meu espírito!” Jesus nos mostra o propósito supremo da oração. No nascimento ou na morte, diante de inimigos ou de amigos, enquanto estamos dormindo ou acordados, a oração deve nos manter em permanente união com Deus.

Lc 23:46, (ACF); 46 E, clamando Jesus com grande voz, disse: Pai, nas tuas mãos entrego o meu espírito. E, havendo dito isto, expirou.

O que esses exemplos dizem a você sobre sua própria vida de oração?

Terça - A oração modelo – parte 1 Ano Bíblico: 2Cr 8, 9

● 2. Leia Lucas 11:1-4. De que modo esses versículos nos ajudam a entender como a oração funciona?

Lc 11:1-4, (ACF); 1 E aconteceu que, estando ele a orar num certo lugar, quando acabou, lhe disse um dos seus discípulos: Senhor, ensina-nos a orar, como também João ensinou aos seus discípulos. 2 E ele lhes disse: Quando orardes, dizei: Pai nosso, que estás nos céus, santificado seja o teu nome; venha o teu reino; seja feita a tua vontade, assim na terra, como no céu. 3 Dá-nos cada dia o nosso pão cotidiano; 4 E perdoa-nos os nossos pecados, pois também nós perdoamos a qualquer que nos deve, e não nos conduzas em tentação, mas livra-nos do mal.

“Pai” é a maneira favorita de Cristo descrever Deus, e está registrada pelo menos 170 vezes nos quatro evangelhos. Ao nos dirigirmos a Deus como nosso Pai, reconhecemos que Ele é uma Pessoa, capaz do mais íntimo relacionamento com os seres humanos. Deus é tão pessoal, real, amoroso e solícito como um pai humano. Mas Ele é o Pai do Céu. Ele é diferente de nosso pai terreno, pois é onipotente, onisciente, onipresente e perfeitamente santo.

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A frase “Pai nosso, que estás no Céu” (Lc 11:2, ACF) nos lembra para sempre que Deus é santo e pessoal, e que o cristianismo não é nem uma simples ideia filosófica, nem uma noção panteísta de que Deus é tudo.

“Santificado seja o Teu nome” (Lc 11:2). Aqui temos outro lembrete da santidade de Deus. Aqueles que afirmam seguir o Senhor precisam santificar Seu nome em palavras e atos. Afirmar segui-Lo e, ao mesmo tempo, pecar contra Ele, é profanar Seu nome. As palavras de Jesus em Mateus 7:21-23 podem nos ajudar a compreender melhor o que significa santificar o nome de Deus.

Mt 7:21-23, (ACF); 21 Nem todo o que me diz: Senhor, Senhor! entrará no reino dos céus, mas aquele que faz a vontade de meu Pai, que está nos céus. 22 Muitos me dirão naquele dia: Senhor, Senhor, não profetizamos nós em teu nome? e em teu nome não expulsamos demônios? e em teu nome não fizemos muitas maravilhas? 23 E então lhes direi abertamente: Nunca vos conheci; apartai-vos de mim, vós que praticais a iniquidade.

“Venha o Teu reino” (Lc 11:2). Os evangelhos se referem ao reino de Deus mais de 100 vezes: quase 40 em Lucas, quase 50 em Mateus, 16 em Marcos e 3 em João. Foi esse reino que Jesus veio revelar e estabelecer, tanto na realidade presente do reino da graça quanto na promessa futura do reino da glória. Sem a entrada no primeiro reino não haveria a entrada no segundo, e o desejo do Salvador é que Seus discípulos experimentem o primeiro na expectativa do segundo.

“Seja feita a Tua vontade, assim na Terra como no Céu” (Lc 11:2, ACF). A vontade de Deus é reconhecida e obedecida no Céu. Jesus toma esse fato e o converte numa esperança de que isso ocorra na Terra, também. A expressão “na Terra” não dá uma ideia de generalidade, mas de particularidade. Que a vontade de Deus seja feita na Terra, mas que isso comece conosco, com cada um de nós pessoalmente.

Você conhece o Senhor, ou simplesmente conhece coisas sobre Ele? De que forma sua vida de oração pode fazer com que você se aproxime mais dEle?

Quarta - A oração modelo – parte 2 Ano Bíblico: 2Cr 10–13

“Dá-nos cada dia o nosso pão cotidiano” (Lc 11:3, ACF). A petição começa com a palavra “dá”. Quer a palavra venha dos lábios de um milionário ou de um órfão sempre necessitado, a oração é imediatamente uma expressão de dependência e um reconhecimento de confiança. Todos nós somos dependentes de Deus, e a súplica imperativa “Dá” nos força a reconhecer que Deus é a fonte de todos os dons. Ele é o Criador. NEle vivemos, e nos movemos, e existimos. “Foi Ele que nos fez, e não nós a nós mesmos” (Sl 100:3, ACF).

● 3. Deus é o Pai que nos dá tudo o que precisamos. À luz dessa promessa, que grande segurança podemos encontrar em Lucas 11:9-13?

Lc 11:9-13, (ACF); 9 E eu vos digo a vós: Pedi, e dar-se-vos-á; buscai, e achareis; batei, e abrir-se-vos-á; 10 Porque qualquer que pede recebe; e quem busca acha; e a quem bate abrir-se-lhe-á. 11 E qual o pai de entre vós que, se o filho lhe pedir pão, lhe dará uma pedra? Ou, também, se lhe pedir peixe, lhe dará por peixe uma serpente? 12 Ou, também, se lhe pedir um ovo, lhe dará um escorpião? 13 Pois se vós, sendo maus, sabeis dar boas dádivas aos vossos filhos, quanto mais dará o Pai celestial o Espírito Santo àqueles que lho pedirem?

“Perdoa-nos os nossos pecados” (Lc 11:4). O perdão se encontra no âmago do evangelho. Sem o perdão de Deus, não temos salvação: “E a vós outros, que estáveis mortos pelas vossas transgressões […] vos deu vida juntamente com ele, perdoando todos os nossos delitos” (Cl 2:13). Aqueles que experimentaram o perdão de Deus precisam se aproximar daqueles que talvez os tenham ofendido e abraçá-los. A oração para que Deus nos perdoe como “nós perdoamos” (Lc 11:4) não significa que o perdão de Deus dependa de perdoarmos os outros; ao contrário, nossa condição de pessoas perdoadas exige que, como discípulos, vivamos sempre dentro do crescente círculo da graça, recebendo a benevolência de Deus por um lado e também estendendo Seu amor e perdão a outros que talvez nos tenham ofendido.

“Não nos conduzas em tentação, mas livra-nos do mal” (Lc 11:4, ARC). Dois fatos são dignos de nota. Primeiro: a tentação não é pecado. A palavra grega para “tentação” é peirasmos. Os substantivos gregos que

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terminam em asmos normalmente descrevem um processo, não um produto. As Escrituras não olham para a tentação como um produto terminado; ela é um método, um processo usado para alcançar determinado produto. Embora a tentação não seja pecado, ceder a ela o é. Segundo: Deus não é o autor da tentação (Tg 1:13). Deus pode permitir que venham tentações, mas Ele nunca tenta no sentido de seduzir alguém a pecar. A oração, portanto, é um reconhecimento de que Deus é a fonte de suprema força para se resistir ao maligno.

Recapitule Lucas 11:1-4. Pense sobre todas as questões que a passagem envolve. De que maneiras sua experiência em cada uma dessas questões pode ser enriquecida e aprofundada por meio da oração?

Quinta - Mais lições sobre a oração Ano Bíblico: 2Cr 14–16

Imediatamente depois de dar a Seus discípulos uma oração modelo, Jesus, por meio da parábola do amigo inconveniente (Lc 11:5-13), lhes ensinou a necessidade da oração persistente. Depois, quando Ele Se aproximava do final de Seu ministério, lembrou a Seus seguidores a necessidade da penitência e da humildade na oração (Lc 18:9-14). Ambas as parábolas mostram que a oração não é simplesmente uma rotina religiosa, mas um persistente andar, falar e viver com o Pai.

Lc 11:5-13, (ACF); 5 Disse-lhes também: Qual de vós terá um amigo, e, se for procurá-lo à meia-noite, e lhe disser: Amigo, empresta-me três pães, 6 Pois que um amigo meu chegou a minha casa, vindo de caminho, e não tenho que apresentar-lhe; 7 Se ele, respondendo de dentro, disser: Não me importunes; já está a porta fechada, e os meus filhos estão comigo na cama; não posso levantar-me para tos dar; 8 Digo-vos que, ainda que não se levante a dar-lhos, por ser seu amigo, levantar-se-á, todavia, por causa da sua importunação, e lhe dará tudo o que houver mister. 9 E eu vos digo a vós: Pedi, e dar-se-vos-á; buscai, e achareis; batei, e abrir-se-vos-á; 10 Porque qualquer que pede recebe; e quem busca acha; e a quem bate abrir-se-lhe-á. 11 E qual o pai de entre vós que, se o filho lhe pedir pão, lhe dará uma pedra? Ou, também, se lhe pedir peixe, lhe dará por peixe uma serpente? 12 Ou, também, se lhe pedir um ovo, lhe dará um escorpião? 13 Pois se vós, sendo maus, sabeis dar boas dádivas aos vossos filhos, quanto mais dará o Pai celestial o Espírito Santo àqueles que lho pedirem?

Leia Lucas 11:5-8. Jesus contou essa parábola para encorajar a perseverança na oração. A oração não deve se tornar uma rotina; deve ser o alicerce de um relacionamento – de absoluta, persistente e contínua confiança em Deus. A oração é a respiração da alma: sem ela, estamos espiritualmente mortos. Jesus conta a parábola de um vizinho que se recusa a agir segundo a política da boa vizinhança. A insistência do amigo em pedir um pão para que pudesse atender a uma emergência à meia-noite é inútil. Mas, finalmente, mesmo um vizinho assim desiste e cede ante a persistência de contínuas batidas à sua porta à meia-noite. Quanto mais atenderia Deus a alguém persistente na oração? Tal persistência não é para fazer Deus mudar de opinião, mas para fortalecer nossa confiança.

● 4. Leia Lucas 18:9-14. No texto, qual é a lição crucial sobre a oração?

Lc 18:9-14, (ACF); 9 E disse também esta parábola a uns que confiavam em si mesmos, crendo que eram justos, e desprezavam os outros: 10 Dois homens subiram ao templo, para orar; um, fariseu, e o outro, publicano. 11 O fariseu, estando em pé, orava consigo desta maneira: O Deus, graças te dou porque não sou como os demais homens, roubadores, injustos e adúlteros; nem ainda como este publicano. 12 Jejuo duas vezes na semana, e dou os dízimos de tudo quanto possuo. 13 O publicano, porém, estando em pé, de longe, nem ainda queria levantar os olhos ao céu, mas batia no peito, dizendo: O Deus, tem misericórdia de mim, pecador! 14 Digo-vos que este desceu justificado para sua casa, e não aquele; porque qualquer que a si mesmo se exalta será humilhado, e qualquer que a si mesmo se humilha será exaltado.

O fariseu esperava que Deus o aprovasse com base no que ele fez, em suas obras de justiça. O publicano se lançou sobre a misericórdia divina e suplicou para ser aceito com base na graça de Deus. A aceitação de Deus nos é concedida, não com base em quem ou no que somos, mas somente por meio de Sua graça. Somente aqueles que são penitentes, humildes e contritos de espírito podem receber essa graça. “Mansidão e humildade são condições de sucesso e vitória. Uma coroa de glória espera os que se prostram ao pé da cruz” (Ellen G. White, Profetas e Reis, p. 590).

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Pessoas que não conheceram o Senhor tendem a se comparar com aquelas que supostamente são piores que elas, para se convencerem de que não são tão más assim. Por que isso é um engano espiritual?

Sexta - Estudo adicional Ano Bíblico: 2Cr 17–20

“A pessoa que se volta para Deus em busca de auxílio, apoio e poder, mediante diária e fervorosa oração, terá aspirações nobres, percepção clara da verdade e do dever, altos propósitos de ação e uma contínua fome e sede de justiça. Mantendo comunhão com Deus, seremos habilitados a difundir para outros, pelo nosso convívio com eles, a luz, a paz e a serenidade que reinam em nosso coração. A força obtida na oração a Deus, unida ao perseverante esforço em exercitar a mente na reflexão e no cuidado, prepara a pessoa para os deveres diários e mantém o espírito em paz em todas as circunstâncias” (Ellen G. White, O Maior Discurso de Cristo, p. 85).

“Ao chamarmos Deus nosso Pai, reconhecemos todos os Seus filhos como irmãos. Somos todos parte da grande teia da humanidade, todos membros de uma só família. Em nossas petições, devemos incluir nossos semelhantes bem como a nós mesmos. Pessoa alguma ora de maneira correta, se busca bênção unicamente para si” (p. 105).

Perguntas para reflexão

1. A ligação que Lucas apresenta entre Jesus e o Espírito Santo não termina com seu evangelho. Ninguém pode ler o livro de Atos, o segundo volume escrito por Lucas sobre a história da igreja cristã, sem notar a fascinante dinâmica do Espírito Santo na vida da comunidade cristã, em suas missões e em seus ministros. De fato, apenas Lucas registra a instrução de Jesus após a ressurreição para que os discípulos ficassem em Jerusalém até que “do alto [fossem] revestidos de poder” (Lc 24:49), antes que pudessem ir aos confins da Terra com a mensagem do Salvador crucificado e ressurreto. Lucas então iniciou o livro de Atos com a repetição feita por Jesus da promessa do Espírito Santo (At 1:7, 8) e com o cumprimento dessa promessa no Pentecostes (At 2). O que tudo isso nos diz sobre o papel central do Espírito Santo na vida da igreja?

2. De que maneiras o próprio ato da oração em si é um reconhecimento de nossa dependência de Deus e de nossa necessidade dEle? Leia Lucas 18:9. Que profundo problema espiritual Jesus estava abordando com a parábola que veio a seguir?

Respostas sugestivas: 1. A concepção de Cristo ocorreu por meio do Espírito Santo, e Ele revelou às pessoas que Jesus era o Salvador prometido; isso pode ser visto no exemplo de Isabel e de Simeão. 2. A oração consiste em nos achegarmos a Deus como nosso Pai, crendo que Ele nos ama e que podemos pedir-Lhe o que necessitamos, tanto no âmbito físico como no espiritual. 3. Podemos encontrar segurança no fato de que Deus nos ama como um pai ama o filho. Se nós, que somos maus, atendemos aos pedidos de nossos filhos, quanto mais nos atenderá Deus, que é bom e perfeito? 4. Que a oração deve ser acompanhada de arrependimento e do reconhecimento de que precisamos da misericórdia de Deus, pois somos aceitos somente por Sua graça.

Auxiliar - Resumo

Texto-chave: Lucas 11:9-11

O aluno deverá:

Saber: Que Jesus permaneceu intimamente ligado ao Espírito Santo em Sua vida e ministério e que teve uma vida de oração exemplar.

Sentir: Quão dependente ele (o aluno) é do Espírito Santo e da oração para viver de maneira cristã.

Fazer: Buscar a orientação do Espírito e “orar sempre”.

Esboço

Pedidos, Dúvidas, Críticas, Sugestões: Pedidos, Dúvidas, Críticas, Sugestões: Gerson G. Ramos.Gerson G. Ramos. e-mail:e-mail: [email protected]@advir.com

I. Saber: a relação de Jesus para com o Espírito Santo e a oraçãoA. Como Jesus via o Espírito Santo? Era necessário que Ele, sendo divino, fosse tão dependente da orientação do Espírito Santo?B. Que papel a oração desempenhou no ministério de Jesus?C. O que Jesus ensinou com respeito à oração?

II. Sentir: Dependência do Espírito Santo e da oraçãoA. De que forma podemos, como cristãos, receber poder por meio do Espírito Santo? Como nossos atos e nosso caráter refletem nossa intimidade com o Espírito Santo?B. Por que a oração é importante em nossa vida? O que ela revela sobre nossa ligação com Deus?C. O que podemos aprender da vida de oração de Jesus? De que forma a oração nos capacita a travar as batalhas da vida?

III. Fazer: buscar o Espírito e ter uma vida repleta de oraçãoA. Que segurança temos de que podemos ter a vida controlada pelo Espírito?B. O que significa orar “sem cessar”, e como manifestamos esse princípio em nossa vida?

Resumo: A fé e a vida cristãs são geradas e nutridas pelo Espírito Santo. É essencial que essa vida seja sustentada mediante uma conexão incessante com Deus por meio da oração, do louvor, das ações de graças, da intercessão e da dependência.

Ciclo do Aprendizado

Motivação

Focalizando as Escrituras: Lc 3:16; 4:1; 6:12, 13; 22:39-46.

Conceito-chave para o crescimento espiritual: “Porque todos os que são guiados pelo Espírito de Deus são filhos de Deus. Pois vocês [...] receberam o Espírito que os adota como filhos, por meio do qual clamamos: ‘Aba, Pai’” (Rm 8:14, 15, NVI). Assim como o Espírito Santo e a oração desempenharam um papel-chave na vida terrena de Jesus, – da concepção às tentações no deserto, do Getsêmani à cruz – assim deve ser conosco. Ter comunhão íntima com o Espírito Santo e nutrir fé inabalável no poder da oração podem nos assegurar o crescimento, o desenvolvimento e, por fim, a recompensa espiritual.

Para o professor: A íntima relação de Jesus com o Espírito Santo apresenta uma lição sobre o segredo de uma vida de fé bem-sucedida. Essa vida pode ser sustentada, desenvolvida e santificada para a glória de Deus se seguirmos o que Jesus fez: mantivermos ligação permanente com Deus por intermédio da oração. Jesus viveu uma vida vitoriosa mediante essa ligação com o Espírito e por meio de Sua dependência do Pai com o auxílio da oração. Nós também podemos fazer o mesmo.

Discussão de abertura

Jesus é a Segunda Pessoa da Divindade. Ele é Deus. Quando jovem, Ele estava plenamente ciente disso. Por que então foi necessário que Ele esperasse a descida do Espírito Santo no batismo para começar Seu ministério? Por que foi necessário que Cristo buscasse a vontade de Deus por meio da oração ao longo de todo o Seu ministério e até Seus últimos dias?

Compreensão

Para o professor: “A oração de Jesus em favor da humanidade perdida abriu caminho por entre toda sombra que Satanás lançara entre o homem e Deus, deixando aberto um canal de comunicação com o próprio trono da glória. Os portões se moveram, os céus se abriram, e o Espírito de Deus, em forma de pomba, rodeou a cabeça de Cristo; a voz de Deus foi ouvida, dizendo: ‘Este é o Meu Filho amado, em quem Me comprazo’” (Comentários de Ellen G. White, Comentário Bíblico Adventista do Sétimo Dia do Sétimo Dia, v. 5, p. 1.200).

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A oração e o Espírito Santo foram a fonte da força de Cristo para lutar contra todo obstáculo que Satanás colocava em Seu caminho. Ao estudar a lição desta semana, mantenha a classe concentrada nestes temas: Jesus e o Espírito; Jesus e Sua vida de oração; e Jesus e nossa vida de oração.

Comentário Bíblico

I. Jesus e o Espírito Santo (Recapitule com a classe Lc 4:14-18.)

Todos os quatro evangelhos registram a descida do Espírito Santo sobre Jesus por ocasião de Seu batismo (Mt 3:16; Mc 1:10; Lc 3:22; Jo 1:32), e essa ligação devia durar toda a Sua vida. Armado com o poder do Espírito, Jesus enfrentou o ataque de Satanás no deserto e triunfou sobre suas armadilhas, que procuravam desviá-Lo de Sua missão e fazer com que Ele duvidasse de Seu lugar na Divindade (Lc 4:1-13).

A íntima ligação entre Cristo e o Espírito no deserto ensina duas importantes verdades: em primeiro lugar, as três pessoas da Divindade estão ligadas por laços eternos, especialmente no que diz respeito à derrota de Satanás e à salvação da humanidade. Em segundo lugar, a vida humana em si pode ser vitoriosa e completamente dedicada a Deus somente quando conhecemos a Palavra de Deus e obedecemos a ela. Isso é verdade, quer estejamos em meio à fome e à pobreza, quer em meio à atração de todas as tentações brilhantes que o mundo possa oferecer, ou mesmo em meio a um teste da veracidade das promessas divinas. A vida em obediência ao Espírito é ligada a Cristo e, portanto, vitoriosa.

Além disso, a ligação entre Cristo e o Espírito foi tornada clara em Nazaré, onde Cristo afirmou publicamente: “O Espírito do Senhor está sobre Mim, porque Ele Me ungiu para pregar boas-novas aos pobres” (Lc 4:18, NVI). Essa pregação envolveu a transmissão do evangelho em todas as suas dimensões: a redenção do pecado, a cura dos doentes, a restauração dos quebrantados de coração, a proclamação de liberdade aos cativos, a abertura dos olhos aos cegos e a ressurreição dos mortos (Lc 4:18, 33-35, ARC; 8:29, 51-56).

Pergunta para discussão

Viver em Jesus é viver no Espírito (ver Rm 8:14). Quais são as implicações de tal declaração?

II. Jesus e Sua vida de oração (Recapitule com a classe Lc 3:21; 22:39-46.)

A primeira coisa que Cristo fez após Seu batismo foi estar sozinho em oração e comunhão com Seu Pai. Ele precisava de tempo para planejar o caminho que tinha pela frente. Jesus podia ver a cruz à distância, mas essa distância não devia nem turvar Sua visão nem frustrar o propósito para o qual Ele viera. Assim, por 40 dias, permitiu que Sua alma lutasse, se estabilizasse e fosse fortalecida. Uma vida em comunhão com Deus é um uma enérgica reprovação ao diabo.

A vitória de Cristo no conflito com Satanás mostra quão próxima e íntima era Sua relação com o Pai (Lc 4:1, 2). Enquanto o senso de missão era mantido inalterado, a confiança na Palavra de Deus e a contínua comunicação com Ele por meio da oração forneciam a Jesus a base para afugentar o maligno. Foi Sua relação pessoal e contínua com o Pai que O susteve em todas as batalhas da vida. Como ser humano, Jesus usou o poder da oração para Se manter ligado à Fonte de força celestial.

Assim, antes de todos os grandes marcos de Sua vida, – a escolha dos doze, a transfiguração, a batalha no Getsêmani, a morte na cruz (Lc 6:12, 13; 9:28-36; 22:39-46; 23:46) – Jesus Se voltou para a oração em busca de força, direção e orientação de Seu Pai. “Como homem, suplicava ao trono de Deus, até que Sua humanidade fosse de tal modo carregada com a corrente celestial, que pudesse estabelecer ligação entre a humanidade e a divindade. Mediante contínua comunhão recebia vida de Deus, de maneira a poder comunicar vida ao mundo” (Ellen G. White, O Desejado de Todas as Nações, p. 363).

III. Jesus e nossa vida de oração

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Por ensino e exemplo, Jesus esperava que Seus discípulos vivessem em oração caso quisessem provar a bondade de Deus, ser ativos participantes de Sua missão e ser bem-sucedidos na luta diária contra os enganos de Satanás.

Que tipo de vida de oração devemos ter? O evangelho de Lucas registra que Jesus nos deu alguns princípios gerais da oração, uma oração-modelo e algumas qualidades que devem caracterizar a oração.

- Princípios gerais que devem nortear a oração de um cristão: orar pelos inimigos (Lc 6:28); orar pela obra de Deus mundialmente (Lc 10:2); orar por coragem espiritual (Lc 18:1); orar em confissão e humildade (v. 10-14); orar sempre (Lc 21:36); orar para não sucumbir à tentação (Lc 22:40, 46).

- A oração-modelo (Lc 11:1-4): A oração do Senhor reconhece a centralidade de Deus. Esse é o ponto inicial da oração; caso contrário, não é uma oração. A oração também diz respeito a nós – somos o outro extremo do elo da oração. Por um lado, reconhecemos a supremacia de Deus, a prioridade de Seu reino e a perpetuidade de Sua vontade. Por outro lado, suplicamos por nosso sustento, pelo poder para vencer as vicissitudes da vida e para viver acima do que é desconhecido e daquilo que ainda não foi experimentado. Nosso passado, presente e futuro estão sob o olhar e a promessa de um Deus que nunca falha.

- Qualidades que devem caracterizar a vida de oração: Seguindo o modelo do Getsêmani, nossas orações devem ter, em seu âmago, o lema: “Não a minha vontade, mas a Tua.” Quando isso acontece, os ingredientes da oração significativa são consequência: ações de graças, contínua dependência de Deus, persistência, penitência, humildade, etc. (Lc 11:5-8; 18:9-14).

Pergunta para discussão

“Não Te deixarei ir se me não abençoares”, suplicou Jacó (Gn 32:26). Este é um bom exemplo de oração persistente. Que outros exemplos você pode citar?

Aplicação

Para o professor: A ligação que Lucas apresenta entre Jesus e o Espírito Santo não termina com o evangelho. Ninguém pode ler o livro de Atos, o segundo volume da história da igreja cristã (sendo que o primeiro é o evangelho de Lucas), sem notar a poderosa dinâmica do Espírito Santo na vida da comunidade cristã, em sua missão e em seus ministros. Na verdade, somente Lucas registra as instruções que Jesus deu a Seus discípulos após Sua ressurreição, para que ficassem em Jerusalém até que fossem “do alto [...] revestidos de poder” (Lc 24:49), como sendo uma condição a ser preenchida antes de poderem ir até aos confins da Terra com a mensagem de um Salvador crucificado e ressurreto.

Perguntas para reflexão

Por que Lucas começa o livro de Atos com a repetição, por parte de Jesus, da promessa do Espírito Santo (At 1:7, 8) e a seguir com o cumprimento dessa promessa no Pentecostes, quando os apóstolos estavam continuamente em oração (At 2)?

Como o Espírito e a oração foram combinados para a inauguração do maior movimento da Terra – a igreja do nosso eterno Deus? Que maravilhoso desfecho é possível e necessário hoje em dia?

Criatividade e atividades práticas

Para o professor: Lucas registra que Jesus estava constantemente em oração, e isso foi verdade especialmente antes de grandes crises ou eventos em Seu ministério, como as tentações no deserto (Lc 4:1-3), a escolha dos doze (Lc 6:12, 13) e o Getsêmani (Lc 22:39-46). Peça aos membros da classe que identifiquem/imaginem possíveis situações de crise, convidando-os a contar sobre o modo como iriam orar e que orientação bíblica iriam buscar. Algumas dessas crises ou eventos podem incluir:

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- A perda de um emprego: Salmo 23: __________________________________________

- Um ente querido que esteja com câncer: ______________________________________

- A infidelidade de um cônjuge: ______________________________________________

- O casamento de um filho ou filha: ___________________________________________

Planejando atividades: O que sua classe pode fazer, na próxima semana, como resposta ao estudo da lição?

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