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A nossA bancada de OPInIÃO pAg.09 / 10 JORnaL de LISBOA nº12 JaneIRO 09 JornAl MensAl de distribuição grAtuitA director FrAncisco MorAis bArros [email protected] Santos-o-Velho requalifica-se > QuaLIdade de vIda | pAg.03 A Freguesia de San- tos-o-Velho vai iniciar projectos de remodela- ção e requalificação de parte da malha urbana local. Novos equipa- mentos vão ser uma realidade. Campolide tem consultas gratuitas > Saúde | pAg.05 O posto médico de Campolide garante acesso gratuito dos fre- gueses a consultas gra- tuitas de clínica geral, pediatria, psiquiatria, ginecologia e a serviços de enfermagem. Lapa contra venda de complexo desportivo A Junta da Lapa está contra a venda do comple- xo desportivo da Freguesia a uma imobiliária, pelo Governo, permitindo a colocação aquele espaço no mercado para fins de cons- trução imobiliária. > cOnStRuçÃO ImObILIáRIa | pAg.05 > HabItaçÃO munIcIPaL “PAdrãO de vIdA” deu cASA A ex-PreSIdente dA GeBALIS rendA €175 / mêS Manter o “padrão de vida”. Foi este o principal argumento para o vereador do PS Vasco Franco atribuir, em 1990, uma casa municipal à actual chefe de gabinete de Marcos Perestrello. Isabel Soares, ex-presidente da Gebalis, invocou “ruptura familiar” para fundamentar o pedido de habitação. pAg.02

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Page 1: JdL#12

A nossAbancada de OPInIÃO

pAg.09 / 10JORnaL deLISBOA

nº12JaneIRO 09JornAl MensAl de distribuição grAtuitA

directorFrAncisco MorAis bArros

[email protected]

Santos-o-Velho requalifica-se

> QuaLIdade de vIda | pAg.03

A Freguesia de San-tos-o-Velho vai iniciar projectos de remodela-ção e requalificação de parte da malha urbana local. Novos equipa-mentos vão ser uma realidade.

Campolide temconsultas gratuitas

> Saúde | pAg.05

O posto médico de Campolide garante acesso gratuito dos fre-gueses a consultas gra-tuitas de clínica geral, pediatria, psiquiatria, ginecologia e a serviços de enfermagem.

Lapa contra vendade complexo desportivo

A Junta da Lapa está contra a venda do comple-xo desportivo da Freguesia a uma imobiliária, pelo Governo, permitindo a colocação aquele espaço no mercado para fins de cons-trução imobiliária.

> cOnStRuçÃO ImObILIáRIa | pAg.05

> HabItaçÃO munIcIPaL

“PAdrãO de vIdA” deu cASA A ex-PreSIdente dA GeBALIS

rendA

€175/ mêS

Manter o “padrão de vida”. Foi este o principal argumento para o vereador do PS Vasco Franco atribuir, em 1990, uma casa municipal à actual chefe de gabinete de Marcos Perestrello. Isabel Soares, ex-presidente da Gebalis, invocou “ruptura familiar” para fundamentar o pedido de habitação. pAg.02

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deStAQue

03

em 1991, o vereador do PS Vasco Franco despachou favoravelmente o pedido da en-tão chefe de Divisão da Câmara e, poste-riormente, presidente da Gebalis até 2002, para manter o “padrão de vida”. Isabel Soa-res entregou a casa em Dezembro passado.

Entre 14 de Agosto de 1990 e 18 de Setembro do mesmo ano, ou seja, num prazo de um mês e quatro dias, a actual chefe de Gabinete do vice-presidente da Câmara de Lisboa, Isabel Soares viu o seu pedido de “atribuição de um fogo municipal” ser despachado favoravelmente.

Em carta datada de 14 de Agosto de 1990, e assinada por Isabel Maria da Conceição de Pereira Soares, a então chefe de Divisão da Câmara Municipal de Lisboa diri-giu ao vereador da altura com o pelouro da Habitação, o socialista Vasco Franco, uma “solicitação de atribuição de um fogo municipal” por se “encontrar em situação grave de ruptura familiar sem qualquer possibilidade de recuperação e por tal, se encontrar confrontada com a necessidade de arrendar uma habitação”, conforme consta do “Proc. Fogo nº 31/22442/2111” da edilidade, a que o Jornal de Lisboa teve acesso.

No mesmo dia da data que consta na referida carta (14/08/90, terça-feira e véspera de feriado nacional), o vereador do pelouro da Habitação apôs o Despacho “Ao DGSPH para análise. 14/08/90”, terminando com a rubrica de Vasco Franco.

Dois dias depois, existe um segundo Despacho que refere: “Dra. Maria do Carmo Agradeço que se en-carregue pessoalmente do estudo da situação”, com rubrica ilegível e data de 16/08/1990, sexta-feira pos-terior a um feriado nacional, dia 15 de Agosto.

Em cumprimento deste último Despacho, a chefe de Divisão do DGSPH, Maria do Carmo Braizinha, assina a Informação 4ª/SA/90, com a data de 18 de Setembro de 1990. Neste documento é referido que “a funcionária municipal Isabel Mª. da Conceição de

Pereira Soares solicita a cedência de um fogo munici-pal, por se encontrar com um grave problema habita-cional e familiar.”

A chefe de Divisão do DGSPH afirma que “por in-dicação do Sr. Vereador procedeu-se ao estudo da situação e levantamento de proposta de solução. A funcionária é divorciada (…). Vive há sete anos na Rua Pedro Nunes, nº (…), (…) andar, data a partir da qual tem mantido uma ligação com outra pessoa, que

também tem um filho de (…) anos. O contrato deste fogo encontra-se em nome do companheiro.”

No processo a que o Jornal de Lisboa teve acesso, Maria do Carmo Braizinha frisa que “por razões de incompatibilidade de diversa ordem que se tem vindo a acentuar a situação tornou-se inultrapassável”. Por outro lado, esta Informação afirma que “aquando do divórcio [situação presumivelmente anterior à resi-dência de Isabel Soares na Rua Pedro Nunes] a casa morada de família foi atribuída ao cônjuge marido.”

Referindo que o vencimento mensal líquido da “re-querente” é de Esc:145.463$00, a chefe do DGSPH propõe três soluções, caso “venha a ser superiormen-te aceite a atribuição de um fogo municipal”. Uma das possibilidades avançadas por Maria do Carmo Braizinha é a cedência de um T2 na Calçada do Tojal, embora este fogo tivesse sido atribuído e ainda não tivesse havido revogação do despacho de atribuição “por os serviços terem estado a proceder a diligências necessárias”.

Outra hipótese era a atribuição de um T2 no Bairro da Quinta das Mouras, Rua rainha D. Leonor, “que está a ser objecto de desocupação”, havendo, porém, outros

“Ruptura familiar” e “padrão de vida” “deram” casa a ex-presidente da Gebalis

> HAbitAção dA câMArA de lisboA

Isabel Soares, actual chefe de gabinete do vice-presidente da Câmara de Lisboa, teve uma casa camarária por, na altura, estar numa “situação de grave ruptura familiar”.

> teReSa GOuLÃO

Queixa contra a SIC Notícias Teresa Goulão ganhou queixa contra a SIC Notícias por “alegado incumprimento de deveres de rigor informativo” aquando da cobertura da busca da PJ às instalações da SRU Oriental, em Novembro de 2007, de acordo com acórdão da ERC de Outubro do ano passado.

funcionários municipais interessados neste aparta-mento, segundo a chefe de Divisão do DGSPH.

A última possibilidade avançada por Maria do Carmo Braizinha é a cedência de um T1, no Alto das Faias (Telheiras), concretamente o 2º direito do ante-rior lote 16, actual Rua Prof. Prado Coelho, 46.

Manter “padrão de vida”O Vereador Vasco Franco preferiu esta última hipó-tese, como se depreende pelo conteúdo do seu Des-pacho, que se reproduz na íntegra:

“Trata-se de uma situação cuja complexidade se acen-tua pelo facto de se tratar de uma funcionária que exerce funções dirigentes na CML que lhe exigem uma dedica-ção exclusiva e um padrão de vida que o rendimento que aufere dificilmente permitiria manter designadamente se tiver que procurar habitação no mercado.

Assim e tal como já foi decidido em casos semelhan-tes de funcionários que foram alvo de acções de des-pejo (não muito diferentes do presente caso) concordo com a cedência do fogo proposto no ponto 1 da pre-sente informação. 18.9.90 Vasco Franco”. Fogo esse que é aquele que se situa no 2º Dtº do nº 46 da Rua Prof. Prado Coelho, em Telheiras, como consta da informa-ção anteriormente referida da chefe da DGSPH.

De acordo com informação constante do processo a que o Jornal de Lisboa teve acesso, concretamente Ofª

2458, Informação 159/3ªATF/91, com a data de 18/04/1991, assinada pela téc-nica Maria da Conceição Castanheta, foi remetido pela EPUL à Câmara de Lisboa “mapa da renda técnica” do apartamento T1, com 76 m2 cedido a Isabel Soares, com valor mensal de Esc:35.061$00 (cerca de €175,00).

No dia 22 de Abril de 1991, Isabel Soares assinou a declaração de acei-tação de cedência e de entrega das chaves do fogo em Telheiras.

O processo é omisso quanto à data de início de ocupação do apartamento, desconhecendo-se se Isabel Soares pas-sou a ocupá-lo imediatamente a seguir ao Despacho de Vasco Franco de 18 de Setembro de 1990 ou apenas depois da

data de da declaração aceitação da cedên-cia, sendo que o Ofício nº 2473 de 24 de Abril de 1991 do DGSPH afirma que a ocupação do fogo em causa “vence-se desde 22/04/91”.

O Jornal de Lisboa não conseguiu contactar Vasco Franco até ao fecho da presente edição. No entanto, na edição de Outubro passado, e quando foi tornada pu-blica esta atribuição de habitação social a Isabel Soares, Vasco Franco afirmou ao Jornal de Lisboa que “nunca atribui uma casa sem análise e recomendação prévia dos serviços, e sempre de acordo com as normas gerais que aplicavam” à atribuição de habitações municipais e so-ciais. O ex-vereador e actual deputado socialista subli-nhou que a atribuição do fogo a Isabel Soares “não pode ser confundida com as situações de que se fala agora”, desafiando quem estiver interessado a “consultar este e todos os processos” que fundamentaram as suas deci-sões de atribuição de habitações sociais ou municipais.

Apesar dos esforços, não foi possível contactar em tempo útil com Isabel Soares, que, de acordo com fontes camarárias já terá entregue o fogo em causa ao município no último dia de 2008.

LISbOa fReGueSIaS

eventos, acontecimentos & iniciativas

> sAntos-o-VelHo

Mente e corpo sãosA Freguesia de Santos-o-Velho tem dedicado especial atenção aos mais velhos, estimulando a sua qualidade de vida, como aconteceu com o passeio ao Redondo, o rastreio à osteoporose, além das festas natalícias vocacionadas para os seniores.

> culturA

Ballet e teatroSantos-o-Velho disponibiliza à população aulas de Ballet, para crianças a partir dos 3 anos, duas vezes por semana. Por seu lado, as aulas de teatro infantil também se realizam duas vezes por semana. Aliás, esta actividade também se destina à camada juvenil da população.

AJunta de Freguesia de São João de Deus tem desenvolvido um esforço para fazer face às novas e velhas formas de pobreza e exclusão social, com a implementação de medidas de política social, e de pro-gramas locais em diversas áreas, como a acção social. O objectivo de S. João de

Deus é continuar no terreno a dar apoio às situações de carência económica e/ou social aos fregueses e fa-mílias, com incidência em casos específicos.

Neste âmbito, têm sido prestados apoios para aquisição de medicamentos, próteses oculares ma-terial de higiene, comparticipação em rendas de casa, água, luz, gás, telefone, aquisição de passes sociais, transporte de doentes em ambulâncias para os hospitais civis.

Por outro lado, tem sido atribuído vestuário, aga-salhos e cobertores, assim como géneros alimen-tares. Neste âmbito, esta autarquia, no ano 2008, voltou a candidatar-se ao Programa Comunitário de Ajuda Alimentar a Carenciados (PCAAC), criado pela União Europeia.

Estudadas as situações familiares, consideram-se dentro dos critérios estabelecidos 28 famílias, no total de 41 pessoas que beneficiam deste pro-grama no decurso do ano que agora terminou. Este programa distribuiu 17 produtos alimentares, entre frios e secos, como manteiga, queijo, leite em pó, sobremesas, massas, bolachas, açúcar, farinhas, ar-roz, cereais para pequeno-almoço, entre outros. Por seu lado, a cooperação com a Santa Casa da Mise-ricórdia de Lisboa tem possibilitado o encaminha-mento de idosos isolados para lares credenciados de Lisboa.

No que se refere a ajudas monetárias estão inclu-ídos os pagamentos faseados de medicamentos em dívida nas farmácias e de refeições na Associação de Reformados.

Freguesia desenvolve política para combater exclusão social e pobreza.

combate à pobreza e ajuda alimentar

> interVenção sociAl

Santos-o-velho requalifica-se

> António costA VisitA FreguesiA

A Freguesia de Santos-o-Velho, com a in-tervenção e a cooperação da Junta, vai iniciar a concretização de diversos pro-jectos de remodelação e requalificação de parte da malha urbana local. Foi isso

mesmo que o presidente da Câmara, António Costa, verificou na visita que fez recentemente a Santos-o-Velho.

O programa da deslocação de António Costa in-cluiu a passagem pelo Chafariz da Esperança, onde está planeada uma intervenção urbana de fundo e ainda no Lavadouro das Francesinhas, equipamen-to camarário que, por cedência a uma instituição particular de solidariedade social, irá beneficiar de uma profunda intervenção e remodelação. Neste local, está prevista a construção de um complexo que irá incluir um centro de dia, jardim-de-infân-cia e um parque de estacionamento com capacida-de para cerca de 300 viaturas.

Na visita ao bairro da Madragoa, um dos históricos e mais pitorescos da cidade, fo-ram analisadas algumas questões, tais como o encerramento defini-tivo ao tráfego auto-móvel da rua Vicen-te Borga, ou ainda a colocação de pilaretes em diversas esquinas, para facilitar a circulação de veículos em situação de emergência. Necessidade pre-mente, tendo em conta o facto de a população local ser na sua maioria idosa.

Nesta visita, foi possível apreciar a iluminação natalícia das ruas da Freguesia, conferindo um co-lorido especial às ruas da cidade, que é ao mesmo tempo um bom motivo para atrair mais visitantes. Aliás, Santos-o-Velho é uma Freguesia caracterís-tica pela sua “vaidade”, decorando-se, como agora acontece no Natal, diversas vezes por ano, como por exemplo, nos Santos Populares, cultivando o ânimo festivo dos seus fregueses.

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Junta de benficaSem resposta da cmLA Freguesia de Benfica continua sem resposta da Câmara quanto à Biblioteca Mário Cesariny.

> bibliotecA desAFiospArA LISBOADias fantásticosA época de Natal em Lisboa, são sempre dias fantásticos.Vou ao Chiado, almoço no Belcanto. Vou comprar livros á

Bertrand, um deles de Marx com toda a certeza. Entro na Igreja dos Már-

tires, tão bem reabilitada, lembro o PSL, passo em frente à extinta Pastelaria Marques e recordo os pastéis de nata que o meu Avô nos levava a casa.Em Alvalade, onde vivo, tomo o

café na Biarritz, compro a lotaria de Natal no Quiosque da Lena e jogo fu-

tebol no Inatel. À noite, oiço o Prior Victor Feytor Pinto com atenção.Para o ano, repito tudo com um neto/a, provavelmente sportinguista, que vai chegar com muita saúde e a quem desejo que escolha Lisboa para viver e trabalhar.

João Pessoa e Costa Deputado Municipal PSDDIRECTOR-GERAL GRUPO IMOBILIáRIO FERNANDO MARTINS

PRESIDENTE DA AMBELIS DE 2OO4 A 2OO7

Caminho da esperançaO balanço de 2008 relativamente à cidade não é fácil nem simpático. Lisboa perdeu competitividade, baixou para cerca de 50% o número de licenças de construção relativamente ao ano anterior e os tempos de decisão não melhoraram. O urbanismo continua por resolver e os espaços verdes e a limpeza urbana estão mal. O

escândalo da utilização de casas municipais por funcionários superiores e uma

vereadora da maioria não foi resolvido com a transparência necessária (até porque a vereadora em causa é uma das mais destacadas figuras do movimento de apoio a Manuel

Alegre que se quer mostrar como o lídimo representante do

socialismo sem mácula).Os votos para 2009 são, assim, votos

de melhoria no funcionamento dos serviços que mais directamente tocam com a população, especialmente a mais carenciada, e que Lisboa retome, apesar da crise difícil com que terá de lidar, a sua capacidade e função de pólo de dinamização económica. Abrindo caminho à esperança de ver ressurgir a Lisboa que na década de noventa foi um referencial de desenvolvimento, inovação e sensibilidade social.

Leonel Fadigas Professor de Ordenamento do Território e Urbanismo (FA/UTL)DIRECTOR DA FADIGAS + PARTNERS

PRESIDENTE DA AMBELIS DE 1998 A 2001

JORnaL deLISBOAfreGueSIAS JORnaL de

LISBOA

> QuaLIdade de vIda

Multibanco na Boavista Os moradores da Boavista dispõem agora de uma máquina ATM, vulgarmente conhe-cida como multibanco, no seu bairro. Situada junto às instalações da PSP, este equipa-mento está em funcionamento desde a última semana de Dezembro.

AJunta de Freguesia de Campolide tem vindo a apostar na melhoria da saú-de dos seus fregueses, reforçando as valências prestadas no Posto Médico, além de proporcionar condições pri-vilegiadas aos seus utentes, nome-adamente no que se refere a custos

dos serviços.Assim, para dar apoio aos seus residentes, até

complementando o Serviço Nacional de Saúde e contribuir para a diminuição das listas de espera para consultas, além da incapacidade de satisfação em tempo útil de outras necessidades, a Junta de Freguesia de Campolide abriu um Posto Médico onde os fregueses acesso a consultas de Clínica Geral, assim como às especialidades de pediatria, psiquiatria, ginecologia. Acresce que todas estas valências são gratuitas para os residentes recen-seados em Campolide, tal como acontece com os

serviços de enfermagem.O Posto Médico de Campolide também propor-

ciona consultas e tratamentos de Medicina Den-tária para residentes. No entanto, e apesar dos ele-vados custos materiais desta especialidade, estas consultas têm um preço social, sendo de 25€ para residentes em Campolide. No entanto, os fregue-ses carenciados pagam apenas 5€ por consulta de Medicina Dentária.

Para os idosos e pessoas com comprovada carên-cia financeira, com rendimentos baixos, até 250€, a Junta de Freguesia proporciona medicamentos para doenças crónicas também gratuitos.

Entretanto, o Posto Médico da Freguesia de Campolide inaugurou, há poucos meses, mais uma valência para os seus fregueses. Assim, agora os fregueses de Campolide contam também com co-lheitas para análises clínicas, a partir das 08h00. Este serviço é com marcação prévia e a colheita pode ser realizada no domicílio dos fregueses que, por razões de saúde, não possam deslocar-se ao posto clínico.

O Posto Médico de Campolide situa-se na Rua Ferreira Chaves, nº 12-B, tel. 21-3884607 e 21-3864278.

freguesia de campolide tem Posto médico gratuitoResidentes de Campolide têm consultas médicas gratuitas e dentista a preços sociais.

> sAúde

AFreguesia de Benfica continua sem obter qualquer resposta da edilidade quanto à ce-dência de um imóvel, aprovada há mais de dois anos em reunião

de Câmara, para instalação da Bi-blioteca Mário Cesariny.

A Câmara de Lisboa aprovou ceder o “edifício municipal do antigo quartel do Regimento de Sapadores Bombei-ros da Estrada de Benfica, 549, que se encontra devoluto devido à transferência da 3ª Companhia do Regimento de Sapadores Bombeiros para o edifício da Avenida Lusíada”, como consta do Boletim Municipal de 14 de Dezembro de 2006, no qual é publicada a deliberação aprovada em reunião de Câ-mara nº 601/CM/2006, subscrita pelo então vereador da Cultura, José Amaral Lopes.

De acordo com Domingos Pires, presidente da Junta de Freguesia de Benfica, o presidente da Câmara tem-se escusado a cumprir aquela deliberação camarária porque invoca uma “manifesta contradição” entre a referida deliberação e um an-terior despacho do vereador Moreira Marques que, em 2005, teria atribuído aquele imóvel aos Serviços Sociais dos Bombeiros. O Jornal de Lisboa tentou, até ao fecho da edição, obter declarações da vereadora da Cultura, Rosalia Vargas, sem sucesso. Por seu lado, a Freguesia de Benfica assume os custos de adaptação do imóvel para instalação daquela biblioteca.

> FreguesiA dA lApA

Parque Infantil pode fechar O parque infantil do Jardim da Estrela apresenta um risco de segurança para as crianças. A Junta de Freguesia solicitou junto da ASAE uma fiscalização a este espaço, que diariamente é utilizado pelos mais pequenos. Para a Junta, a periodicidade com que é limpa, bem como o piso colocado no parque infantil levanta muitas dúvidas.

Reabertura do Cais das Colunas

Após onze anos impossibilitados de usufruírem deste cais (desmontado e transfor-mado em estaleiro desde 1997 devido às obras de expansão do Metropolitano de Lisboa), os lisboetas e visitantes da cidade podem finalmente fazê-lo de novo.

Mais obras no Terreiro do Paço

As obras de expansão do Metropolitano e as de reposição do Cais das Colunas não foram articuladas com os trabalhos de saneamento. Estes irão arrancar a 5 de Ja-neiro, prolongando-se por um período de aproximadamente um ano, obrigando (de novo) ao condicionamento da circulação no Terreiro do Paço. Aproveitemos o Cais até ao dia 4! Depois… só no Reveillon de 2009/2010 (ou será no de 2010/2011?)!

bAróMetro dA mOBILIdAde p o r cr ISt InA Le AL

ciclovias com ligação aos transportes públicos

> inoVAção eM benFicA

B enfica é a primeira Freguesia de Lisboa a ter um circuito de ciclo-vias articuladas com transportes públicos e escolas.

Este projecto destaca a sensibilização da Administração Públi-ca para a necessidade de criar condições de segurança e de utili-zação da bicicleta. As vias, especialmente desenvolvidas para o

uso de bicicletas, permitem complementar a integração com os transpor-tes colectivos. Desta forma pretende-se também reduzir o consumo de combustíveis fósseis apostando cada vez mais nas energias renováveis das próprias pessoas.

O projecto, que conta com uma extensão de 12,5 quilómetros, registou o interesse de mais de uma dezena de escolas, sendo que muitas delas ma-nifestaram imediatamente a sua adesão.

Entretanto, para celebrar a época festiva do Natal, a Junta aprovou uma proposta de 55 mil euros, numa acção que visa promover o comércio local e dotar a Freguesia de iluminação nas ruas marcando a época do ano. Ruas e artérias como a Rua da República da Bolívia, assim como o Bairro da Boavista ou artérias como a Avenida do Colégio Militar e a da Rua João Ludovice passam a ter “mais brilho neste Natal”. > construção iMobiliáriA

Lapa contra vendade complexo desportivo A Junta da Lapa está contra a venda do complexo desport-ivo da Freguesia a uma imobiliária, e frisa que “foi com grande surpresa e indignação que souberam da venda” por parte da Secretariada Secretaria de Estado do Tesouro “à Estamo, uma imobiliária de capitais exclusivamente públicos, por 9,1 milhões de euros, que colocará no mer-cado aquele espaço, para fins de construção imobiliária”. Facto que choca com a arguida classificação daqueles 10 mil metros quadrados pelo PDM, como “área de equipa-mentos e serviços públicos “. O complexo esteve, antes, concessionado à Junta de Freguesia da Lapa pelo Instituto do Desporto de Portugal (IDP). A relação entre estas duas entidades veio a deteriorar-se quando a Junta da Lapa denunciou o contrato por alegado incumprimento daquele instituto, no que respeita à manutenção das instalações. Posteriormente, a Freguesia tentou negociar, com o apoio da Câmara Municipal de Lisboa, com a Secretaria de Estado da Juventude e Desportos a possibilidade de aquisição conjunta de aquisição e viabilização da exploração daquele espaço de utilidade pública. De acordo com a Junta, nunca houve resposta à sua proposta.

> educAção

Mais apoio aos freguesesA Freguesia da Lapa quer continuar a ajudar a sua população mais necessitada, man-tendo uma intervenção social activa, como tem acontecido com a componente de apoio à família (CAF). Esta é uma aposta da Lapa, que, através de uma série de valências com o objectivo de melhorar as condições e oportunidades de desenvolvimento educativo, pessoal e social das crianças que frequentam o 1º Ciclo do Ensino Básico e respectivas famílias, vem assumindo crescentes responsabilidades nesta área. Neste contexto, assumiu este ano lectivo as actividades de enriquecimento curricular da Escola EB1 nº 72, proporcionando aos alunos um leque de actividades capazes de contribuir para a construção de indivíduos civicamente activos e comprometidos com os seus valores e a sua cultura e consigo mesmo. A Freguesia ainda é promotora da componente de apoio à família (CAF).

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aLcântaRa

bem-eStaR da fReGueSIaFoi-me pedido um artigo de opinião. Opinar é uma característica nossa, opinamos sobre tudo mesmo não dominando a matéria opinada. Prefiro reflectir. Interrogo-me muitas vezes qual a função correcta de uma Junta de Freguesia, para além das funções administrativas e delegação de competências.Tenho sempre como objectivo último o bem-estar da população, da melhoria da sua qualidade de vida e do bem comum. Esse objectivo engloba várias áreas: acção social, apoio aos idosos e jovens e área urbana. Durante este mandato, este objectivo esteve sempre presente e não me des-vio um milímetro. Assim, depois de me inteirar das necessidades da freguesia no inicio do man-dato, defini (com o meu executivo) a estratégia e começámos a actuar. Estou no bom caminho, o programa que faz parte deste objectivo foi a pro-posta apresentada ao eleitorado e o qual foi sufra-gado por maioria. Assim fica reforçada a minha conduta e é a esse eleitorado para o qual trabalho a quem devo a responsabilidade de cumprir.

Fernando Braamcamp Presidente do Alto do Pina

06 07

Atenção a crianças e velhos 50 anos entre o campo e a cidade

domínio da direita

> prioridAdes > desde 1959

> esquerdA só gAnHou eM 1993

A actuação do executivo da Freguesia da Ajuda prende-se visivelmente com as classes etárias mais vulneráveis: crianças e população mais envelhecida. Alto do Pina: de celeiro de

Lisboa ao coração da cidade.

Apoio a famílias> solidAriedAde

O apoio aos mais carenciados tem marcado actividade da Junta.

A Freguesia de Alvalade é um verdadeiro reduto da Direita. A Esquerda só ganhou em 1993.

formativo, psicossocial ou de orien-tação profissional.

O “Espaço Lúdico Açucenas”, para crianças dos 4 aos 13 anos, promove o convívio e proporciona actividades lúdico-expressivas, passeios e treino de competências e o desenvolvimento pessoal e social.

No que se refere aos mais velhos, a Freguesia da Ajuda desenvolve o programa de voluntariado “Comunidade Solidária – Voluntariado no Combate á Solidão”, para apoio a pessoas com mais de 65 anos de idade, que ca-recem de auxilio nas actividades diárias, além de pro-

mover actividades lúdico recreativas no domicílio e proporcionar momentos de companhia que transmitam conforto, carinho e reconhecimento ao idoso.

A Universidade Sénior destina-se a pessoas com mais de 50 anos de idade, e oferece um espaço de vida socialmente organizado e adaptado à suas idades.

formação profissional e torneios de Xbox, xadrez, além de workshops. Neste espa;o tem sido ministrados cursos de Língua Portuguesa para cidadãos de leste e aulas de ginástica para os mais velhos.

Para a população mais idosa da Freguesia, o executivo criou o programa de Envelhecimento Activo e Saudável, cujos objectivos são a prevenção do isolamento social e da solidão das pessoas idosas, estimulando a qualidade de vida, o bem-estar, a manutenção das qualidades men-tais estão e a actividade social, o convívio, transmitin-do o sentimento de utilidade quer no âmbito da família, quer comunitário.

Este programa oferece um acompanhamento espe-cializado a pessoas de idade superior ou igual a 65 anos, proporcionando-lhes aulas de Informática, oficina de trabalhos manuais, aulas de ginástica ao ar livre e jogos tradicionais e passeios e eventos culturais.

Por seu lado, o Gabinete de Atendimento Social (GAS) tem o intuito de contribuir para o bem-estar da popula-ção e apoiar a protecção e inclusão social.

O Programa Intervir, realiza uma intervenção ao ní-vel da prevenção e combate a comportamentos de risco através de um trabalho de avaliação e acompanhamento psicossocial, com enfoque na população entre os 6 e os

18 anos. Ainda na perspectiva social, a Junta de Freguesia do Alto do Pina dis-ponibiliza ainda aos seus Fregueses o centro clínico, com especialidades como a pediatria, dentista e clínica geral, com verdadeiros preços sociais, que variam entre os €11,00 e os €29,00, para além do serviço de enfermagem.

Estácio afirmou que os seus eleitores estavam “muito bem informados sobre as actividades” da Junta, através do site da Freguesia e do respectivo Boletim Informa-tivo, por isso recusou a disponibilidade de qualquer informação.

Recorrendo ao site da Junta de Alvalade, verifica-se que o último número do Boletim disponibilizado é de Julho de 2008, divulgando escassa informação sobre a Freguesia e a que se refere a actividades da Junta repor-ta-se largamente a iniciativas de 2007.

Quanto a 2008, existe em Setembro referência a “vi-sita a golfinhos”, assim como visita de idosos a Alcácer do Sal e à acção praia-campo subsidiada pela Câmara. Relativamente a Outubro há informação sobre o Ma-gusto. Quanto ao programa “Alva-lade a fazer desporto – Campo de Jogos Teixeira de Pascoais”, não há nenhuma informação dispo-nível, quer quanto a 2008, como em relação a 2007. Quanto ao ano em que acabámos de entrar, não

A Junta da Ajuda disponibiliza actividades como o desporto, com enfâse para o karaté, basket para crianças, aulas de educação física e “Escolhinhas Desportivas” para crianças dos 8 aos 14 anos, para além do Grupo de teatro Infantil para crian-

ças entre os 4 e os 13 anos. Por outro lado, a Freguesia criou o grupo de precursão “Ajuda a Bombar”, composto por cerca de 33 elementos de várias idades, que já efec-tuou mais de 30 actuações, nomeadamente no festival “Portugal a Rufar”. Este grupo é essencialmente um pro-jecto de inclusão social, assente no voluntariado na área da intervenção social.

Neste âmbito, o Projecto Inter-vir visa a protecção e diminuição de comportamentos de risco associa-dos à desocupação dos jovens. Por isso, promove actividades ao nível das competências pessoais, sociais e emocionais, sejam de carácter lúdico,

AFreguesia do Alto do Pina “nasceu”, em Feve-reiro de 1959, em consequência da reforma político-administrativa da cidade, com áreas provenientes das freguesias de Arroios, Penha de França e Beato. Hoje, à beira de completar 50

anos, o Alto do Pina conta com cerca de doze mil resi-dentes, com a Junta de Freguesia a desenvolver activida-des que se adeqúem às necessidades dos fregueses.

Para as camadas mais jovens, a Freguesia desenvolve o programa “Hip Hop”, que, com um tipo de música bas-tante moderna, estimula a “dança de rua”, que alia o divertimento à ocupação de tem-pos livres e, consequentemente, à redução de comportamentos de risco. Também a Casa da Cultura e Juventude tem activi-dades dirigidas à população mais jovem do Alto do Pina, designadamente acesso gratuito à internet, cursos de orientação e

po de Férias” visa a ocupação dos tempos livres de crianças e jovens da freguesia com idades entre os 10 e os 15 anos, du-rante as férias escolares. Para o desenvolvimento de compe-tências pessoais, sociais e emocionais, a Junta dispõe de um programa de intervenção em meio escolar dirigido a crianças a partir dos 5 anos, que trabalha questões relacio-nadas com a comunicação, níveis de auto-conceito e auto-confiança, gestão de conflitos, resolução de problemas, autonomia, tomada de decisão e auto controlo emocional. A

s famílias da Freguesia, sobretudo as mais caren-ciadas, têm tido uma atenção especial da Junta de Alcântara. O executivo tem definido a realização de pequenas obras de reparação em habitações cama-rárias e particulares de famílias de

baixos rendimentos como uma prioridade.A par desta orientação, têm sido concre-

tizadas pequenas reparações em escolas e jardins-de-infância públicos, além de repa-ração e manutenção de passeios, corrimãos e pilaretes em toda a Freguesia. A Freguesia de Alcântara tem apoiado o transporte escolar de crianças e a promoção de actividades curricu-lares nas escolas. Na perspectiva da formação, a Freguesia de Alcântara proporciona aulas de iniciação à informática, e desenvolveu o projecto “Aprender...a Brincar”, actividade de apoio ao estudo dirigida a alunos do 1º, 2º e 3º Ciclo do Ensino Básico. O programa “Tem-

AFreguesia de Alvalade tem garantido à Direi-ta sucessivas vitórias, muitas delas quase es-magadoras. As primeiras eleições autárquicas depois do 25 de Abril de 1974 deram a vitória ao CDS, com 32,13% dos votos. Depois, com a

Aliança Democrática em 1979, a Direita esmagou literal-mente PS e comunistas, com 64,84% dos votos. A par-tir daí, o CDS nunca mais venceu, dando lugar ao PSD que, com excepção de 1993, ganhou sempre as eleições para a assembleia de freguesia. Em 2005, o PSD ganhou mais uma vez com maioria absoluta, concretamente com 50,11% dos votos, fazendo eleger Armando Estácio pre-sidente da Junta.

Tal como em relação a todas as outras Freguesias, o Jornal de Lisboa contactou com Armando Estácio, quer por internet, quer por telefone, solicitando informação sobre Alvalade relevante para os fregueses. Armando

RetRatO daS

freGueSIAS>> Este ano realizam-se eleições autárquicas. Por isso, o Jornal de Lisboa vai analisar todas as Freguesias da capital, por ordem alfabética com resultados eleitorais, artigos de opinião, projectos e serviços existentes. Tambem para ten-tar perceber porque Lisboa continua a perder habitantes.

eSQueRda dIReIta

Evolução de tendência de voto para as Assembleias de Freguesia no Concelho de Lisboa

Vot

ação

%

6050403020100

1976 1985 1989 1993 1997 2001 2005

Esquerda(PS+PCP e outros)

Direita(PSD+CDS)

Fonte: CNEObs-1979 e 1982

dados inddisponiveis

Evolução de tendência de voto para Câmara Municipal de Lisboa Esquerda

(PS+PCP e outros)

Direita(PSD+CDS)

Fonte: CNEObs-1979 e 1982

dados inddisponiveis

*PS+PCP+BE+CpLPSD+CDS+LdC

Vot

ação

%

6050403020100

1976 1985 1989 1993 1997 2001 2005 2007*

naScIda da féA Ajuda é uma das Freguesias mais antigas de Lisboa, criada no início do século XVI, apesar de em 1852 ter sido integrada no então Concelho de Belém, regressando mais tarde à capital. Estendendia-se, então, da Praia de Belém até à Serra de Monsanto. A origem da Freguesia assenta, reza a lenda, na apa-rição da imagem da Virgem. A notícia da aparição contribuiu para a proliferação de manifestações de fé. Acorreram devotos para adorar a imagem, trazen-do oferendas em dinheiro e jóias, proporcionando, com os recursos obtidos, a construção da Ermida de Nª Srª da Ajuda. Desde então, a Freguesia da Ajuda passou a ser povoada por gente que queria viver sob a protecção do santuário o que levou à construção de tendas de venda, barracas e casas, nascendo assim um povoado que não parou de crescer.

há nenhuma referência. A informação de maior relevân-cia disponibilizada pelo site da Junta de Alvalade é sobre o plano de actividades do ano passado, 2008. De acordo com aquele texto, o plano de actividades para 2008 as-sentou em cinco “áreas-chave”.

Assim, para a Junta de Alvalade, a reabilitação e moder-nização das instalações da Rua de Entrecampos, o apoio aos idosos, a criação do site e de blogs, tornar a Fregue-sia “mais aprazível”, reabilitar o mobiliário urbano dani-ficado, “tentar” melhorar os espaços verdes, continuar a manutenção dos passeios e a acção praia-campo são as prioridades de maior importância para os fregueses de Alvalade. Para além dos serviços administrativos, Alvala-de tem um Gabinete Jurídico e Assistente Social.

aJuda

aLvaLade

Ajuda em números Residentes 17.958 (INE 2003)Eleitores 16.735 (CNE 2005)

Abstenção 2005 48,05% (CNE 2005)Área 315 hectares

Presidente Joaquim Granadeiro (PCP)Mandatos PCP-PEV: 5

PS: 4 PSD: 3 BE: 1

Alto do Pina em números Residentes 110.495 (CNE 2005)

Abstenção 2005 51,33% (CNE 2005)Área 82 hectares

Presidente Fernando Braamcamp (PSD)Mandatos PSD 7PS 3 PCP-PEV 1

BE 1 CDS 1

Alvalade em números Residentes 9.774 (CNE 2005)

Abstenção 2005 41,87% (CNE 2005)Área 58 hectares

Presidente Armando Estácio (PSD)Mandatos PSD 7PS 3 PCP-PEV 1

BE 1 CDS 1

Alcântara em números

Residentes 20.000 (J.F. A. 12/2008)Eleitores 15.068 (CNE 2005)

Abstenção 2005 48,75% (CNE 2005)Área 439 hectares

Presidente José Godinho (PCP)Mandatos PCP-PEV 5

PSD 4 PS 3 BE 1

> presidente Jose godinHo

QualidadeA Junta de Alcântara tem centrado a sua acção num forte apoio às famílias mais carenciadas da Freguesia, cuja situação social se tem agravado ultimamente.O projecto de ampliação do Terminal de Contentores conhecido por Nova Alcântara poderá trazer implicações ambientais negativas pelo que tem de ser acompanhado com muito cuidado, sem prejuízo da evolução do Plano de Urbani-zação de Alcântara poder vir a proporcio-nar uma solução habitacional condigna para as famílias dos Pateos da Avª de Ceuta e da zona antiga de Alcântara.A solução urbanística para a Pedreira do Alvito, assim como os novos acessos ao Bairro do Alvito e a Monsanto, além da futura estação ferroviária tem de ter um grande acompanhamento.A necessidade de uma creche, um centro de apoio à 3ª Idade e infra-estruturas desportivas na zona antiga de Alcântara e de uma residência para idosos no Alto de Santo Amaro são apostas da Junta, que irá acompanhar a possível constru-ção do Hospital da CUF nos terrenos da antiga Sidul.

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08

OPInIãO JORnaL deLISBOA

> cArnide

Presépio comunitário A Junta de Carnide criou um Presépio de todos os fregueses: distribuiu uma tela a cada instituição para criar livremente o seu presépio. Todas as telas, “construíram” o Presépio comunitário com 12 metros de comprimento.

JORnaL deLISBOA

RetRatO daS

freGueSIAS

09

OS TERMOS COM QUE O GOVERNO que temos, decidiu recente-mente, atribuir até 2042 a concessão do terminal de contentores de Alcântara, chocou o país.

Pela arbitrariedade do procedimento, pelas dúvidas quanto à legalidade, e até pelas consequências do que já se antevê.

Toda uma zona privilegiada da cidade será afectada. Pessoas que deixarão de dispor do local à beira rio, a alteração do tráfego de veículos, a densificar o que já era intenso, e a degradação, à vista, imposta por uma barrei-ra de metal, forçada, em altura e em extensão.

O CDS deu voz ás dúvidas de uma cidade inteira.E num simples “outdoor”, questionou a decisão. Um “outdoor”, de um parti-

do, como tantos outros, de muitos partidos, que no local já se viram, e vêm.Só que neste caso, questionando o óbvio. E fazendo-o, incomodando muita gente.Tanto, que para tentar o seu desaparecimento, nem a própria a Adminis-

tração do Porto de Lisboa (APL), se poupou ao ridículo de uma atitude, que faria corar de vergonha, muitos dos “guardiões”, de alguns dos regimes mais caricatos da América latina.

Naquele caso, imitando-os de perto, a APL achou normal, notificar a conce-

lhia de Lisboa do CDS, para retirar o “outdoor”, porque, veja-se lá bem, estava “no passeio fronteiriço à Gare Marítima de Alcântara”, e não poderia “preju-dicar a beleza ou o enquadramento de monumentos nacionais, de edifícios de interesse público ou outros susceptíveis de ser classificados pelas entidades públicas”.

Só por si, o motivo invocado, bastaria para ir ás lágrimas.Mas invocar a circunstância de um “outdoor” prejudicar a “beleza ou o enqua-

dramento” da zona, quando em causa, estava precisamente, através dele, denunciar a eminência de uma barreira de metal de 1,5 km de comprimento e 12 metros de altura à beira-Tejo, que afectará toda a cidade, faz questionar sobre tudo.

A começar pela inteligência e pelo tipo de “aparatchics” que algumas das empresas públicas deste país albergam. Para não dizer a lata.

Há algum tempo atrás, a decisão de retirar um outro cartaz nesta cidade, justificou muita tinta, e muito tempo dos noticiários televisivos.

Mas neste caso, quase nada.E pergunto-me porquê?Será que não repararam. Só pode ser...Mas lá que dá que pensar, dá!

Olhamos para 2009 e temos a sensação de que esta Inverno, que veio cedo e forte, é a imagem do ano que nos espera, ora muito frio, ora molhado, mas sempre desagradável.

Do clima à economia, da política ao desporto, e por arrasto, nos nossos empregos, nas nossas vidas, parece que nada apetece muito.

Nem agora, nem depois. Janeiro está frio e chuvoso, atarantados com as notícias de uma “crise” que pode ter mudado a vida tal qual a conhecíamos, percebemos que não vamos ter aumento nos ordenados mas que vamos ter aumentos em quase tudo o resto, que os nossos anseios ou sonhos voltam a ser impossíveis.

Mas Dezembro, imaginado à distância, não parece melhor. Salvo o tempo que de-pende de S. Pedro, a tudo o mais, à crise, às empresas e famílias, aos sonhos ou simples projectos, podemos responder já: não vai ser muito diferente de Janeiro.

E é esta ideia de que nada vai mudar muito, faça-se o que se fizer, que nos deixa entre uma sensação de impotência e a angústia desistência.

Talvez por isso tenho encontrado alguns, neste final de ano, que desejam um bom… 2010! Como se 2009 fosse para esquecer, para apagar depressa…

É isto que o Inverno nos diz, o que todos os dias nos repetem e garantem nas televi-sões, e nos artigos dos políticos e analistas.

Mas eu contínuo a dizer que não!Apesar de os olhos me dizerem o que todos esses vêem, não é isso que sinto, e não é

isso que me marca, que retenho, destes tempos novos que vivemos.Começo por sentir que são novos, e só por isso fermento de mudança e de futuro.Mas não é uma mudança ou uma novidade qualquer. Vivemos, nestes dias que são

NOVOS na História do Homem.Dias que nunca aconteceram, em Portugal, no Mundo, em qualquer das civilizações

que conhecemos ou estudámos, e que nos tornam só por isso uns privilegiados.Pela primeira vez desde que o homem é homem, estamos todos, em todo o Planeta,

em contacto uns com os outros, ao mesmo tempo e livremente.Olhar para os dias da História é perceber que esta sempre foi uma das aspirações mais

fortes da Humanidade, partir de conhecer e comunicar com quem está ao nosso lado, para conseguir conhecer, comunicar, ligar o mundo inteiro.

E agora aconteceu. Foi tão rápido como imperceptível, menos de vinte anos, sem plano ou orçamento, sem comando.

Hoje estamos todos, pela primeira vez, ligados, como que “de mãos dadas” em todo o Planeta e ao mesmo tempo.

Não é preciso parar muito tempo nesta “imagem” do mundo novo em que já vivemos, para perceber a formidável energia que encerra.

Com o normalmente acontece foram as “instituições”, por definição mais organizadas e eficientes, quem primeiro “aproveitou”.

E foi assim que no meio desta crise, pela primeira vez desde que há História, governos e bancos centrais, da Nova Zelândia ao Canadá, dos E.U.A ao Japão, no mundo inteiro, decidiram e actuaram, de forma concertada, simultaneamente, e com o mesmo objecti-vo positivo.

Foi esse o momento que retive e que mais me marcou em 2008.E é isso o que vejo acontecer novamente quando olho para o futuro.E melhor ainda, agora não do “lado” das instituições, mas do “lado” das pessoas.O que vejo, e já nos próximos anos, são ondas, cadeias, movimentos de pessoas liga-

das nesta rede livre e transversal de contacto global e simultâneo.Cadeias e movimentos que vão surgir de forma espontânea, sem controlo nem co-

mando, que vão ligar ao mesmo tempo o mundo inteiro, “varrendo” fronteiras, afirman-do ideias e impondo mudanças.

Cadeias e movimentos de pessoas individuais, livremente interligadas, ultrapassando países e raças, reinventando os temas e as soluções.

E porque acredito que o Homem é por definição Bom, apesar de imperfeito, tenho também a certeza da bondade destes novos movimentos.

Sublinhei este facto por me parecer fundamental. Mas há outros. Que vos desafio a adivinhar e compreender, compreendendo neles as razões de esperança deste ano de 2009. Que poderá não ser perfeito. Mas que faremos Bom. E que já está a fazer História.

A Negociata de Alcântara e a Liberdade de Expressãop o r n un O meLO

>> Deputado do CDS-PP

2009: Fazemos Históriap o r n un O mOrA IS SA rmen tO

>> Advogado

d IverS IdAde

centro clínico euniversidade sénior

nova sedecom biblioteca

> proJectos pArA 2009

> no próxiMo Mês

Em 2009, a presidente da Ameixoeira quer abrir um centro clínico e a universidade sénior.

Biblioteca e envelhecimento activo vao marcar este ano.

do mais policiamento das artérias da Freguesia.Mas há mais dois projectos que a Junta vai implemen-

tar. Um, é a criação da universidade sénior, com o objec-tivo de combater o isolamento social e familiar dos mais velhos, proporcionando-lhes cursos de formação pesso-al e profissional. Outro, é a abertura do futuro centro clí-nico para melhorar os cuidados de saúde dos fregueses. Este centro clínico deverá ter diversas valências, como clínica geral, enfermagem, análises e dentista, cujos pre-ços serão assumidamente sociais.

Por outro lado, a Junta da Ameixoei-ra vai continuar com a componente de apoio à família, a acção praia-campo, as viagens, o mês do idoso, a oferta de pre-sentes e almoço de Natal para crianças carenciadas e respectivas famílias, com o com curso de Jogos Florais, para além dos apoios a instituições da Freguesia.

idade, serviço de transporte de idosos ida e volta, designado “An-jos Consigo”, escola de Futsal dos 9 aos 17 anos, aulas de música, órgão e guitarra clássica. A Junta assumiu a responsabilidade pela componente de apoio à família (CAF) na Escola nº 26, enquanto o Projecto Intervir visa a prevenção de comportamentos de risco, designadamente no que se refere a consumo de drogas e também a insucesso escolar. Noutras ver-tentes, a Freguesia apoia institui-ções de carácter social, clubes e colectividades da Freguesia, com meios logísticos e humanos. A piscina dos Anjos permite a prá-tica de natação, hidroginástica, pólo e natação para bebés.

É a própria Junta que reconhece que a Freguesia da Ameixoeira é das mais carenciadas de Lisboa, consequência da sua situação limítrofe, mas também do rápido crescimento urbanístico.

Por isso, Maria Albertina de Carvalho Simões Ferreira, presidente do executivo, tem projectos que quer concretizar durante este ano. A autarca já definiu que vai avançar com a requalificação do Jardim de Santa Clara, substituindo-se à Câmara Municipal de Lisboa.

Outra aposta da Ameixoeira é reforçar os transportes públicos que servem os fregueses. Por isso, vai empenhar-se no reforço, quer da quantidade, quer na qualidade dos transportes que fazem a ligação da Fre-guesia ao coração da cidade.

A par desta necessidade, a Junta quer melhorar as condições de segurança da Freguesia, designadamente pretenden-

AJunta de Freguesia dos Anjos vai inaugurar a sua nova sede no próximo mês de Feve-reiro, no Mercado do Forno do Tijolo. Nas novas instalações estarão ainda instalados a biblioteca da Freguesia o novo centro de

internet. A Junta dos Anjos vai implementar, em 2009, o programa “Envelhecimento Activo e Saudá-vel”, que tem como objectivo prevenir a solidão e o isolamento dos mais velhos, ao mesmo tempo que se pretende permitir a esta população a aquisição de novas competências. No que se refere ao espaço pú-blico, a Junta dos Anjos vai manter a sua intervenção para manter e conservar as calçadas, pilaretes, cor-rimãos, assim como a manutenção e requalificação dos espaços verdes da Freguesia.

AFreguesia tem cursos de informática para a 3ª

fRutO da IGReJaA Freguesia da Ameixoeira é fruto da Igreja. Em 1541, a então paróquia da Nossa Senhora do Funcha, ganha autonomia relativamente ao Lumiar, passando a designar-se Ameixoeira, no reinado de D. João III. Esta designação deriva da palavra Mi-xoeiria, de ameijoeira, designação que nasceu de grande quantidade de amêijoas fósseis que ainda aparecem. A Ameixoeira é uma das Freguesias mais carenciadas de Lisboa. Por isso, sublinham os responsáveis, têm sido realizados vários estudos, projectos e planos com vista a minimizar as assi-metrias entre a Ameixoeira e as outras freguesias lisboetas, nomeadamente o Parque Periférico, a Coroa Norte, o Plano de Acção Territorial (PAT), a Large Urban Distressed áreas (LUDA) e o Plano Regional de Ordenamento do Território da área Metropolitana de Lisboa (PROTAML).

ameIXOeIRa

Ameixoeira em números Residentes 9.644 (INE 2003)

Eleitores 9.186 (CNE 2005)Abstenção 2005 47,53% (CNE 2005)

Área 162 hectaresPresidente Maria Albertina Simões

Ferreira (PSD)Mandatos PSD 4 PS 4

PCP-PEV 4 BE 1

> presidente João grAVe

SeGuRança & HIGIeneA Freguesia dos Anjos é caracterizada por construção antiga, e por uma po-pulação idosa que atinge uma elevada percentagem da total. As questões de falta de segurança e estacionamento afastam a vinda de novos residentes, especialmente jovens, para a Freguesia. A demora na requalificação social e urbanística do Largo do Intendente é outro factor que afasta as pessoas dos Anjos. A Junta tem colaborado com a PSP no âmbito do policiamento de pro-ximidade. Houve uma ligeira melhoria no sentimento de segurança. Ainda assim são frequentes os casos de furto e roubo vivendo assim a população residente em constante receio e medo.A inércia da Câmara Municipal de Lisboa em relação ao Largo do Inten-dente poderá ter como consequência uma regressão nos resultados alcan-çados na recuperação urbana e social. A higiene urbana é igualmen

anJOS

Anjos em números Residentes 99738 (JF Anjos 19/12/2008)

Eleitores 9357 (JF Anjos 19/12/2008)Abstenção 2005 50,06% (CNE 2005)

Área 48 hectaresPresidente João Mourato Grave (PSD)

Mandatos PSD 6 PS 4PCP-PEV 1 BE 1 CDS 1

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O movimento do Graal chegou a Portugal em 1957. Constituiu-se como Associação de Ca-rácter Social e Cultural em 1977, reconhecida como Pessoa Colectiva de Utili-

dade Pública em 1985 e com esta-tuto consultivo na ONU e está re-presentado na UNICEF.

Esta instituição definiu temas prioritários de intervenção, sempre com uma dimensão de sensibiliza-ção e consciencialização: a igualdade de oportunidades entre as mulheres e os homens, de forma a ultrapassar

discriminações baseadas no sexo e realizar as mudan-ças estruturais pretendidas. Também a diversidade e os diálogos inter-cultural e inter-religioso, que ate-nuem problemas ligados a discriminações raciais, as-sim como a conciliação da vida profissional com a vida privada, para reduzir as consequências de pessoas, de famílias, para as organizações empregadoras e para a sociedade em geral, são preocupações do Graal. Por outro lado, a intervenção comunitária e a construção de relações de solidariedade e entreajuda entre pes-soas e grupos, diminuindo os efeitos do isolamento e do individualismo nas pessoas e nas comunidades, e a educação para o desenvolvimento, que contribui para atenuar os efeitos negativos da globalização, assim como a luta contra a pobreza e a cooperação com países

africanos de língua portuguesa são questões que dominam as preocu-pações da instituição. Esta instituição desenvolveu projectos como o Banco de Tempo, criado em 2001, para ren-tabilizar o tempo de cada pessoa para a realização de diversos serviços. A pessoa que esteja disposta a dar uma hora do seu tempo para prestar um

conjunto de serviços, recebe em retribuição o mesmo tempo noutro serviço que necessite. Marco Vidigal

10

> presidentes de FreguesiAs

Ordenados em riscoA Associação Nacional de Freguesias (ANAFRE) manifestou a sua indignação pelo facto de não estar inscrita no Orçamento do Estado a verba corre-spondente aos ordenados dos presidentes de Junta de Freguesia para este ano.Estas verbas permitem o pagamento de salários aos eleitos que exercem a tempo inteiro funções nas freguesias. O presidente da ANAFRE, Armando Vieira, sublinha que estão em causa 330 grandes freguesias, onde os eleitos ponderam “abandonar o posto”. Armando Vieira salienta ainda que muitas destas freguesias “são maiores do que 80% dos municípios portugueses” tendo “largas dezenas de trabalhadores ao seu serviço” que estão a desem-penhar funções sociais. Para o líder da ANAFRE este problema poderá desencadear “uma revolta” dos autarcas, sendo que a maioria é do PS.Entretanto, a ANAFRE, tal como a Associação Na-cional de Municípios, exige que o valor das verbas a transferir para as freguesias este ano seja superior em 11%, ao contrário dos propostos 5% pelo Executivo.Armando Vieira reivindica a falta de pagamento por parte do Estado de kits de primeira intervenção no combate aos fogos, além de dificuldades no trans-porte destes equipamentos, muitas vezes assegu-rado por particulares em carrinhas de caixa aberta e tractores agrícolas. Outra reivindicação apresentada pelo autarca foi a abertura às juntas de Freguesias das candidaturas ao QREN, que enquadra os fundos comunitários para o período 2007-2013.

POrtuGAL OPInIãO JORnaL deLISBOA

Contra o Fim do Complexo Desportivo da Lapa e do Pavilhão Carlos Lopes

ASECRETARIA DE ESTADO do Tesouro vendeu o Complexo Desportivo da Lapa à ESTAMO, imobiliária de capitais públicos, para esta vender os 10 000m² que o comple-xo ocupa à especulação imobiliária privada.

Piscina coberta, recinto polivalente para a prática de voleibol, basquetebol, andebol, badmington e outras modalidades, sedes das Federações de Esgrima, Judo, Kickboxing, Ténis de Mesa e Lutas Amadoras, entre outros espaços do complexo, o Museu do Desporto e a Bi-blioteca Nacional do Desporto desaparecem para dar lugar ao negócio da construção de luxo.

Milhares de crianças e jovens e gente de todas as idades perdem um espaço histórico da prática des-portiva e da vida social e associativa em Lisboa.

Quem dá cobertura a tudo isso que o governo do PS quer destruir e vender? António Costa e o PS na Câmara Municipal de Lisboa.

A cidade é objecto de escândalos e conúbios entre Governo de Sócrates e a câmara municipal sob a presi-dência do PS. Para onde vamos? Até quando a população da cidade deixará levar a cabo políticas que destroem os laços afectivos entre pessoas e lugares, as práticas e as identidades que humanizam, na medida do possível, a vida já tão desumanizada e vazia de Lisboa?

O casamento entre o governo e a câmara vai ao ponto de retirar definitivamente o Pavilhão Carlos Lopes das actividades desportivas que eram tão gratificantes para

todos nós e para as quais deveria ser recuperado com os dinheiros do Casino de Lisboa, tal como estava acordado. Não é isso que acontecerá, se a população deixar. Para facilitar o negócio como a venda do terreno do Complexo Desportivo da Lapa, a câmara aplicará esse dinheiro do casino para transformar o Pavilhão Carlos Lopes num museu do Desporto que entregará ao governo do PS.

É isso mesmo. A cidade perderá dois espaços excelentes e centrais para as práticas desportivas das populações das freguesias, para a defesa da vida as-sociativa, do bem-estar e da saúde de todos nós, e o governo vende os 10 000m² do Complexo Desporti-vo da Lapa e ocupa o Pavilhão Carlos Lopes com um museu que estava sedeado naquele complexo.

A cidade é um imenso “museu ao vivo” de negócios de terrenos, de venda de património, de especulação e projectos altamente vocacionados para a prática do lucro e do enriquecimento de grupos financeiros. Os “museus” dos horrores que são as políticas de Sócra-tes e de António Costa só merecem respostas negati-vas e lutas todos os dias, na cidade, pelas populações das freguesias, combatendo pelo futuro de Lisboa e do nosso país. O ano de 2009 terá, também, momentos eleitorais em que cada um deverá equacionar o que é necessário fazer, para que não continuem estes desas-tres e as políticas arrogantes do PS de José Sócrates e de António Costa.

Já basta!

p o r mOde StO nAvArrO

>> Deputado municipal do PCP

JORnaL deLISBOA

> AutárquicAs

Santana Lopes de volta a LisboaO PSD confirmou Santana Lopes como candidato à Câmara de Lisboa. O anúncio foi oficializado pelo coordenador autárquico do partido e vice-presidente de Ferreira Leite. A líder fez saber publicamente que os candidatos a autarcas não serão candidatos ao Parlamento.

banco diferente> grAAl oFerece MAis teMpo pArA todos

O Graal constrói uma cultura de luta pela igualdade das mulheres contra a pobreza.

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cavaco acusa PS de deslealdade

> estAtuto dos Açores

O Presidente da República acusou o PS de defender apenas interesses partidários, de deslealdade política e considerou estar em causa o regular funcionamento das instituições.

cavaco Silva proferiu, provavelmente, um dos mais ásperos discursos que um Chefe do Estado fez sobre um diploma governamental ou do partido que apoia

o Executivo. Aliás, o Presidente da República expôs razões políticas e argumentos de ordem constitucional que podem, por si só, ser considera-dos suficientes para dissolver o Parla-mento e convocar eleições legislativas. Cavaco Silva afirmou que o PS e, consequentemente, o Governo foram desleais para com ele, enquanto Chefe do Estado, criando uma situação de per-turbação do regular funcio-namento das instituições, em vez de terem atenção aos “graves problemas” que afectam os portugueses.

Em síntese, para Ca-vaco Silva houve uma so-breposição dos interesses partidários aos interesses da nação. Desta forma, o Chefe de Estado acusa os deputados de terem aprovado uma lei in-constitucional, justificando que o diploma aprovado “restringe, por lei ordinária, o exercício dos po-deres do Presidente da República previstos na Constituição”.

De acordo com o novo estatuto político-administrativo dos Açores, dissolução da as-

sembleia legislativa regional é mais exi-gente que a dissolução da Assembleia da República, que pode ser dissolvida ouvidos os partidos nela representados e o Conselho de Estado. Por outro lado, para dissolver a assembleia regional, o Presidente da República passa a ter de

consultar os partidos com assento parlamentar, o Conselho de Estado, o Governo Regional dos Açores e a própria as-sembleia da região.

O Chefe de Estado adianta também que tal se trata “de uma solução absurda” e que a situação não mais poderá ser cor-rigida pelos depu-tados”. O Estatuto Político-Administra-

tivo dos Açores “abala o equilíbrio de poderes e afecta o normal fun-cionamento das institu-ições da República” jus-tifica Cavaco Silva sobre estas alterações apro-vadas pela Assembleia da República.

ACRISE FINANCEIRA e económica que alastra no mundo vai ter consequên-cias na nossa cidade. Com uma popu-lação envelhecida, com 60.000 casas vazias, com uma autarquia exaurida, Lisboa não está nas melhores condi-

ções para enfrentar a crise com dinamismo e ino-vação. A pobreza já está a aumentar, a actividade comercial ressente-se cada vez mais, a vida está mais dura para muitos dos nossos concidadãos.

O anúncio das grandes obras públicas que o governo pretende lançar na cidade podia ser uma boa notícia – desde que fossem obras decisivas para o melhor funcionamento de Lisboa no todo regional e nacional e para uma melhor qualidade de vida na cidade.

Vejamos o que sucede. Estão anunciadas obras em Alcântara, para alargar o terminal de contentores e enterrar um troço da linha de Cascais e do ramal ferroviário do Porto de Lisboa. Prevê-se que estas obras custem 400 milhões de euros, dos quais um pouco mais de metade será pago pela Liscont, concessionária do terminal portuário, a troco de uma pror-rogação sem concurso público de 27 anos do prazo da actual concessão. Mesmo que a obra fosse absolutamente necessária, o que não está provado, e o seu impacto ambiental fosse aceitável, o que também se desconhece, pois ainda não foram divulgados os corresponden-tes EIA (Estudos de Impacto Ambiental), não podemos ignorar o transtorno que a própria execução da obra provocará. Está também anunciado o lançamento do concurso para a TTT ( Terceira Travessia do Tejo), apesar de ainda não existirem resultados do EIA, mal feito, que foi posto a discussão pública. Sem carros a TTT custaria 1000 milhões de euros, com carros a estimativa é de 1700 milhões. Li-gado à TTT, impõe-se o alargamento da Gare do Oriente, mais do que duplicando a sua área e criando um “shuttle” para o novo aeroporto. Desconheço os custos destas intervenções. Mas sei que elas se articulam com a prevista duplicação da linha ferroviária de cintura ( que liga o Parque das Nações a Alcântara) com obras de ampliação em todas as estações de passagem. Desconheço os custos destas obras. Há que acrescentar a intervenção na Frente Tejo, para a qual o Governo criou uma em-presa própria e que pretende melhorar a zona que vai de Santa Apolónia ao Cais do Sodré e de Pedrouços a Belém. São mais 180 milhões de euros para obras no espaço público e novos equipamentos, entre os quais o novo Museu dos Coches, cujo projecto inclui um silo de 26 m de altura no

O novo cerco de Lisboa

p o r He LenA r OS e tA

>> Vereadora Movimento Cidadãos por Lisboa

>> As câmaras municipais querem que o Estado suporte os custos do projecto e-escolinha. As várias autarquias recusam pagar o acesso à internet por banda larga do Magalhães por não ser possível suportar os custos. Esta “ajuda”, pouparia aos cofres do Estado em média 50 euros pelo modem e 250 euros por cada ligação. O Governo pretendia com esta comparticipação pagar às ope-radoras de telecomunicações que estão a financiar o projecto.Para além da recusa por parte das câmaras municipais, o Executivo de José Sócrates depara-se com outros obstáculos.Até à data foram entregues 35 mil Magalhães. As inscrições para receber o

portátil Magalhães atingiram as 230 mil crian-ças. Um número muito àquem das expecta-tivas do Governo que espera entregar até ao fim do ano lectivo 500 mil computa-dores em todo o país. Este cenário significa que muito dificilmente se conseguirá atingir a quantidade de assinaturas suficiente para evitar o pagamento da factura por parte do Governo.

Pagamento “a meias” do magalhães gera conflitos

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JORnaL de LISBOA

editorial

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Sé PROmOve fORmaçÃOA Junta de Freguesia da Sé em conjunto com Profiforma, empresa de formação profissional, passará a disponibilizar cursos de formação profissional para toda a população. O objectivo é dotar a população desempregada ou pouco qualificada de mais qualificações e em áreas com elevado grau de empregabilidade. Paralelamente, estes cursos dão equivalência ao 9º ano e 12º dependendo do curso. Este programa de formação arrancará com cursos nas seguintes áreas do Comércio, de Hotelaria e Comércio, Marketing e Publicidade. A formação será realizada nas instalações do “espaço 22”, na Rua dos Bacalhoeiros nº 22.

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Design DesignGlow www.designglow.comImpressão GrafedisportEstagiário Marco Vidigal

FIChA TéCNICA Director Francisco Morais Barros Editor Colunas de Opinião - Comunicação Unipessoal, Lda. R. D. Estefânia, nº 177, 2º C

1000-154 Lisboa Portugal Propriedade Francisco Morais Barros

2 009 promete ser o ano dos partidos pequenos. Que se fazem grandes. À Esquerda, o PS, e o seu Governo, vão ter de gerir uma crise que veio para fora cá dentro. Que, infelizmente para os Portugueses, está para ficar e que a cada dia arrasta consigo piores notícias. Os so-

cialistas têm ainda de gerir um apertado ciclo eleitoral, com eleições antes e depois do Verão. E têm conduzir as suas opções políticas com especial segurança, não vá o Presidente da República montar uma “operação stop”. O PCP, ganhando força com a contestação que germina, tem margem para crescer. Seja nas eleições legislati-vas, autárquicas ou até nas europeias. E Lisboa pode ser uma boa alavanca para os comunistas. O Bloco de Esquerda também tem ambições de crescimento. Para além de combater o PS, tem de

enfrentar o PCP para conseguir crescer. Os eleitores urbanos mais novos são o seu “must”. Vê-se, agora, que Sá Fernandes pode sair muito caro a Louçã. Mas ambos “cheiram” a vitória.

À Direita, o PSD está verdadeiramente numa encruzilhada. Contradições internas, crise de credibilidade externa, marcação de posições a pensar no futuro, de uns, e necessidades de sobre-vivência, de outros, são ingredientes para poderem esfrangalhar o partido nas urnas.

Quem ganha? O CDS. Paulo Portas, com a ajuda da credibili-dade de Bagão Félix em Lisboa, pode fazer do CDS um verdadeiro partido charneira. Ser essencial para deixar o PS governar; ser essencial para determinar o fim desse Governo; ser essencial para criar uma alternativa ao PS de Sócrates.

José Sócrates teimou num braço-de-ferro com o Presidente da República por causa dos Açores. Teve apenas uma vitória aparente. Que será paga com altíssimos juros.

Cavaco Silva tirou as lupas de pelica e veio, junto dos portugueses, dizer que se sente traído com desleal-dades político-partidárias. Que só olham a interesses próprios. Esquecendo o País. A procissão ainda está no adro…

Tel 21-3304348 | Fax 21-3304347 | NIPC 508360900 | Nº de Registo na ERC 125327 | Depósito Legal: 270155/08 | Tiragem mínima: 30.000 exemplares | Periodicidade: Mensal

São domingos comemora 50 anos

História e cultura

A Freguesia de São Domingos de Benfica vai comemorar os seus 50 anos na Bolsa de Turismo de Lisboa, marcando presença pelo sexto ano consecutivo. Turismo, de 21 a 25 de Janeiro.

Entretanto, a Freguesia esteve presente na Futurália - Feira da Ju-ventude, Qualificação e Emprego, em Dezembro, que contou com 4 mil visitantes. A política de protecção aos animais permitiu a São Domingos ser galardoada, durante as comemorações dos 133 anos da Sociedade Protectora dos Animais, em Novembro, com o Prémio Manuel D’Arriaga, pela organização da Feira do Animal de Estimação.

A Junta de Freguesia de São João de Brito tem diversas activi-dades durante todo o mês de Janeiro, em que estão, sobretudo, em análise temas históricos e culturais.

Depois da sessão de história e degustação que hoje se realiza à porta da sede da Junta, com bolo-rei e espumante, no dia 12 está em debate o “optimismo e Idade”, por Luís Aires, enquanto dia 5 o coronel Abílio Patinho fez uma apresentação sobre “Pedro Hispano – Papa João XXI”. Nos dias 15 e 19, no Palácio Beau Séjour, e no auditório da Freguesia, haverá tempo para o romantismo, em que poetas e declamadores vão animar os participantes. Dia 26, São João de Brito dedica atenção às ciências. A Física moderna estará no centro da apresentação de Luís Aires, enquanto dia 30 realiza-se uma visita ao local da Batalha de Aljubarrota. Para além destas, a Junta de São João de Brito mantém as suas actividades regulares, como ginástica, Arraiolos, informática, restauro e grupo coral, en-tre outras.

> btl

> são João de brito

GRandeS pequenos

São Domingos de Benfica organiza as I Jornadas da Educação para abordar e de-senvolver temas de interesse para a comunidade escolar. Participarão o Agrupa-mento de Escolas Delfim Santos, a Escola Secundária D. Pedro V, a Universida-de Internacional e as Comissões de Pais nesta iniciativa que se realiza dia 30 de

Janeiro no Museu da Música. No dia 10, no centro comercial Fonte Nova, realiza-se a sessão de atribuição de prémios às Escolas que participaram no concurso “A Mais Bela História de Natal”: CEBE – Coop. Ensino de Benfica, do Externato Carolina Michaelis, da Escola Básica 2.3 Delfim Santos, da Escola António Nobre, do Instituto Militar dos Pupilos do Exército e do Centro Educativo Navarro de Paiva.

I Jornadas da educação

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