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Janeiro / 2014 JORNAL DE CHIADOR 8 JORNAL DE CHIADOR Com nícias de Parada Braga , Penha Longa e sede Comunitário de Verdade / janeiro de 2014 / Ano VI - Nº 41 / Distribuição Gratuita AGENTES COMUNITÁRIOS A importância destes profissionais para a promoção da saúde no município. PÁG.8 CAMPINHO À VISTA Parada Braga pode ganhar espaço para partidas de futebol. PÁG.4 PENHA LONGA VENCE CAMPEONATO Saiba detalhes desta partida “quente” entre rivais clássicos. PÁG.3 TOTOIM DA MINERVA Conheça um pouco da história de vida desta ilustre figura. PÁG.5 Foto: Fabiana Resende MUITAS RISADAS Espetáculo teatral faz a alegria da criançada (e de muitos adultos) em Chiador. PÁG.4 Foto: Bruno Fuser GENTE ESPECIAL APAE de Três Rios, 28 anos fazendo o bem a muitos entes queridos de nosso município. PÁG.3 Foto: Arquivo pessoal - Rosangela Silva Andres Acesse, comente e curta nossa página no Facebook: facebook.com/ jornaldechiador SUA PARTICIPAÇÃO É MUiTO IMPORTANTE Levante sua voz! Só você sabe o que realmente acontece em sua comunidade Envie matérias, fotos ou argos sobre o assunto que você achar pernente E-mail para envio de matérias: [email protected] O agente comunitário de saúde e sua importância para o nosso município Marcela Rainho, enfermeira O agente comunitá- rio de saúde (ACS) é um personagem im- portante na implementação e manutenção da saúde, forta- lecendo a integração entre os serviços da Atenção Primária e a comunidade. No Brasil, atualmente, mais de 200 mil agentes comunitários de saú- de estão em atuação, contri- buindo para a melhoria da qualidade de vida das pesso- as, com ações de promoção e vigilância em saúde”. É o que afirma a cartilha “O trabalho do ACS”, editada em 2009 pelo Ministério da Saúde. Faz parte da rotina de tra- balho do ACS: efetuar visitas domiciliares periódicas com o intuito de monitorar a qua- lidade de saúde da população do município, promover a saúde, observar e identificar possíveis problemas ainda no início, dentre outros. Em nosso município, conta- mos com a força de sete ACS distribuídos pe- los distritos de Chiador, Penha Longa, Parada Braga, Santa Fé, Sapucaia de Minas e Zona Rural. Pelo ser - viço prestado de extrema im- portância e pela excelência com que ele é exe- cutado em nos- so município, mesmo com as dificuldades do dia a dia, eles merecem nosso agradecimento e reconheci- mento. Hoje no distrito de Penha Longa contamos com a for - ça das mulheres na linha de frente da saúde, nossas ACS Marília e Regina, sempre in- cansáveis, dispostas a ajudar, com carinho, dedicação e muito bom humor para lidar com diversos imprevistos e problemas que por ventura venham ocorrer. Marília Costinhas é ACS há nove anos em Penha Lon- ga, mas já foi responsável pela Zona Rural e Santa Fé. Determinada e disciplinada, tem o perfil do verdadeiro ACS. Regina Célia entrou na equipe há cinco meses, veio substituir o ACS Vander - lei, que precisou se ausentar para cuidar da saúde. Mesmo com a responsabilidade em substituir uma pessoa tão querida por todos, Regina não se intimidou e vem executando um excelente trabalho em nossa comu- nidade. Aproveito a oportunida- de para homenagear nosso querido amigo Vanderlei, pelos anos de dedicação e comprometimento com a saúde do nosso município. Esperamos e torcemos pela sua pronta recupera- ção e seu breve retorno! A todos os ACS do nosso município: muito obrigado pelo cuidado e dedicação diária em cuidar de nossa saúde! Em resumo, ser agen- te de saúde é ser o povo, é ser a comunidade, conhe- cendo suas necessidades, vi- venciando e compartilhando tudo. E, justamente por isso, acredito que os ACS fortale- cem o elo entre a comunidade e os serviços de saúde. As ACS de Penha Longa, Marília e Regina... e Vanderlei, hoje afastado do serviço para cuidar da saúde Fotos: Marcela Rainho Associação de cara e sangue novo Moacir Lara, produtor rural O novo presidente da associação, Edinho, assim conhecido por todos, vem com muita coragem e determinação dar novos rumos à APROC. Graças a sua força e de seus compa- nheiros, a Associação dos Produtores Rurais não fe- chou as portas como se te- mia; muito pelo contrário, devido ao trabalho honesto de quem também é produtor e tem os pés no chão, conhece a reali- dade, o esforço, o dia-a-dia de um produtor de leite, a associação ca- minha, a passos lentos, mas acre- ditando que deva- Presidente da APROC - Edson Gonçalves da Silva e Moacir Lara Resende - produtor rural Foto: Acervo de Marçal Lara gar se vai longe... Nosso município precisa de pessoas que têm Deus no coração e pés no chão, que lutam, trabalham com dignidade, com os olhos no horizonte, mas de mãos dadas com quem está ao lado, buscando um futuro próspero com humildade e sabedoria. Que Deus ilumine os pas- sos do Edinho, para que ele não desanime, que os olhos e más línguas saibam dis- cernir e seu trabalho seja abençoado. M eu nome é Paula Go- mes de Castro (Paula enfermeira). Gostaria de dei- xar nessas pequenas linhas meu agradecimento ao povo chiadorense. Quero também homenagear a dona Maria Paula (foto), que, enquanto viva, tinha um carinho muito especial e admiração pelo meu trabalho. Dona Maria tinha uma grande memória, aos 102 anos. Ela sempre dizia: “vai com DEUS, minha neta”, sempre me abençoando. Quanto às crianças que me adotaram como “Tia Paula”, deixo também o meu agrade- cimento e meu carinho. Enfim, agradeço a todos por me receber em suas casas. Agradecimento a todo o povo de Chiador Foto: Arquivo pessoal/ Paula Gomes de Castro

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Edição 41 do Jornal de Chiador

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Page 1: JC _ Janeiro de 2014

Janeiro / 2014 JORNAL DE CHIADOR

8

JORNAL

DE

CHIADORCom notícias de Parada Braga, Penha Longa e sede

Comunitário de Verdade / janeiro de 2014 / Ano VI - Nº 41 / Distribuição Gratuita

AGENTES COMUNITÁRIOSA importância destes profissionais para a promoção da saúde no município. PÁG.8

CAMPINHO À VISTAParada Braga pode ganhar espaço para partidas de futebol. PÁG.4

PENHA LONGA VENCE CAMPEONATOSaiba detalhes desta partida “quente” entre rivais clássicos. PÁG.3

TOTOIM DA MINERVAConheça um pouco da história de vida desta ilustre figura. PÁG.5

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MUITAS RISADASEspetáculo teatral faz a alegria da criançada (e de muitos adultos) em Chiador. PÁG.4

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GENTE ESPECIAL

APAE de Três Rios, há 28 anos fazendo o bem a muitos entes queridos

de nosso município. PÁG.3

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Acesse, comente e curta nossa

página no Facebook:

facebook.com/jornaldechiador

SUA PARTICIPAÇÃO É MUiTO IMPORTANTE

Levante sua voz! Só você sabe o que realmente acontece em

sua comunidade

Envie matérias, fotos ou artigos sobre o assunto que você achar

pertinente

E-mail para envio de matérias: [email protected]

O agente comunitário de saúde e sua importância para o nosso municípioMarcela Rainho, enfermeira

“O agente comunitá-rio de saúde (ACS) é um personagem im-

portante na implementação e manutenção da saúde, forta-lecendo a integração entre os serviços da Atenção Primária e a comunidade. No Brasil, atualmente, mais de 200 mil agentes comunitários de saú-de estão em atuação, contri-buindo para a melhoria da qualidade de vida das pesso-as, com ações de promoção e vigilância em saúde”. É o que afirma a cartilha “O trabalho do ACS”, editada em 2009 pelo Ministério da Saúde.

Faz parte da rotina de tra-balho do ACS: efetuar visitas domiciliares periódicas com o intuito de monitorar a qua-lidade de saúde da população do município, promover a saúde, observar e identificar possíveis problemas ainda no início, dentre outros.

Em nosso município, conta-mos com a força de sete ACS

distribuídos pe-los distritos de Chiador, Penha Longa, Parada Braga, Santa Fé, Sapucaia de Minas e Zona Rural. Pelo ser-viço prestado de extrema im-portância e pela excelência com que ele é exe-cutado em nos-so município, mesmo com as dificuldades do dia a dia, eles merecem nosso agradecimento e reconheci-mento.

Hoje no distrito de Penha Longa contamos com a for-ça das mulheres na linha de frente da saúde, nossas ACS Marília e Regina, sempre in-cansáveis, dispostas a ajudar, com carinho, dedicação e

muito bom humor para lidar com diversos imprevistos e problemas que por ventura venham ocorrer.

Marília Costinhas é ACS há nove anos em Penha Lon-ga, mas já foi responsável pela Zona Rural e Santa Fé.

Determinada e disciplinada, tem o perfil do verdadeiro ACS. Regina Célia entrou na equipe há cinco meses, veio substituir o ACS Vander-lei, que precisou se ausentar para cuidar da saúde. Mesmo com a responsabilidade em

substituir uma pessoa tão querida por todos, Regina não se intimidou e vem executando um excelente trabalho em nossa comu-nidade.

Aproveito a oportunida-de para homenagear nosso querido amigo Vanderlei, pelos anos de dedicação e comprometimento com a saúde do nosso município. Esperamos e torcemos pela sua pronta recupera-ção e seu breve retorno! A todos os ACS do nosso município: muito obrigado pelo cuidado e dedicação diária em cuidar de nossa saúde!

Em resumo, ser agen-te de saúde é ser o povo,

é ser a comunidade, conhe-cendo suas necessidades, vi-venciando e compartilhando tudo. E, justamente por isso, acredito que os ACS fortale-cem o elo entre a comunidade e os serviços de saúde.

As ACS de Penha Longa, Marília e Regina... e Vanderlei, hoje afastado do serviço para cuidar da saúde

Fotos: Marcela Rainho

Associação de cara e sangue novoMoacir Lara, produtor rural

O novo presidente da associação, Edinho,

assim conhecido por todos, vem com muita coragem e determinação dar novos rumos à APROC. Graças a

sua força e de seus compa-nheiros, a Associação dos Produtores Rurais não fe-chou as portas como se te-mia; muito pelo contrário, devido ao trabalho honesto

de quem também é produtor e tem os pés no chão, conhece a reali-dade, o esforço, o dia-a-dia de um produtor de leite, a associação ca-minha, a passos lentos, mas acre-ditando que deva-Presidente da APROC - Edson Gonçalves da

Silva e Moacir Lara Resende - produtor rural

Foto: Acervo de M

arçal Lara

gar se vai longe...Nosso município precisa

de pessoas que têm Deus no coração e pés no chão, que lutam, trabalham com dignidade, com os olhos no horizonte, mas de mãos dadas com quem está ao lado, buscando um futuro próspero com humildade e sabedoria.

Que Deus ilumine os pas-sos do Edinho, para que ele não desanime, que os olhos e más línguas saibam dis-cernir e seu trabalho seja abençoado.

Meu nome é Paula Go-mes de Castro (Paula

enfermeira). Gostaria de dei-xar nessas pequenas linhas meu agradecimento ao povo chiadorense. Quero também homenagear a dona Maria Paula (foto), que, enquanto viva, tinha um carinho muito especial e admiração pelo meu trabalho. Dona Maria tinha uma grande memória, aos 102 anos. Ela sempre dizia: “vai com DEUS, minha neta”, sempre me abençoando. Quanto às crianças que me adotaram como “Tia Paula”, deixo também o meu agrade-cimento e meu carinho. Enfim, agradeço a todos por me receber em suas casas.

Agradecimento a todo o povo de Chiador

Foto: Arquivo pessoal/ Paula G

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Janeiro / 2014 JORNAL DE CHIADOR Janeiro / 2014 JORNAL DE CHIADOR

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EXPEDIENTE:JORNAL DE CHIADOR é um veículo comunitário e sem fins lucrativos editado pela Associação Comunitária Amigos do Jornal de Chiador. CNPJ 10.966.847/0001-89Jornalista responsável: Rodrigo Galdino - MTb 15.219/MG | Projeto gráfico e diagramação: Daisy Cabral | Revisão: Bruno Fuser, Daisy Cabral, Rodrigo Galdino

Colaboradores: Arlety de Oliveira e Silva, Bernardo de Almeida, Candida Guadelupe Magiole, Carla Izidora, Carlos Henrique Izidoro Ferreira, Carolaine Santos, Daiton Santos, Divanete da Silva Costa, Edy Resende, Fabiana Fernandes, Fabiana Resende, Kaio Silva Pacheco, Luiz Carlos Santos Junior, Marcela Rainho, Marcela Terra, Maria Inês Alvim Biage, Moacir Lara, Paula Gomes de Castro, Ronaldo Canedo, Rosangela Silva Andres, Rosilene Francisco Leopoldo e Vânia Rocha.

APOIO: Projeto de Extensão Novas Tecnologias e Ação Comunitária - Coordenação: Prof. Dr. Bruno FuserGrupo de Pesquisas “Processos Comunicacionais, Educação e Cultura”/ UFJFSecretaria da Cidadania e da Diversidade Cultural/ Ministério da CulturaTIRAGEM: 1.000 exemplares | PERIODICIDADE: mensal E-MAIL: [email protected]

“Os artigos assinados são de responsabilidade de seus autores e não representam necessariamente a opinião da equipe editorial do JC”

Caça-palavras: “Conhecendo o nosso município”Ronaldo Canedo

Ágata Cristina de Matos - 20/11Aldeir Moreira Gonçalves - 01/01Antônio Magiolo - 12/01Cleiton Magiolo da Silva - 02/01Dafne Ribeiro Vargas - 05/01Erlonn Bento da Silva - 31/01Gabriel de Matos Cassaro - 23/01Geise da Silva Ribeiro - 11/01Gracinda Bernadete Felipe - 27/01Gustavo Barbosa Fernandes - 28/01Heloar Marioza da Silva - 13/01Ilda Ap. Magiolo - 29/01João Victor Borges Madalena - 05/01José Eduardo C. Borges - 23/01Josilene Machado Barbosa - 08/01Júlio César Cardoso - 05/01Kaylayne da Silva Vieira - 25/01Lavínia de Olveira e Silva - 28/01Lorena Marioza Ciodaro - 26/01Marcio Lemos de Oliveira Filho - 20/01Maria da Penha Carvalho Cardoso - 31/01Maria Eduarda Gumiere Marioza - 14/01Maria Luiza Gonçalves da Silva - 24/01Marilene do Carmo Bento - 22/01Marlon Magiolo da Silva - 20/01Rosângela Ap. Ramos Magiolo - 16/01

Rosilene Leopoldo - 23/01Rosimere Ap. Magiolo - 14/01Tiago Moreira Grades (Merenda) - 21/01Valdirene do Carmo Bento - 10/01

Feliz Aniversário!

Janeiro/2014

Dezembro/2013

Anemilcy Pádua Gonçalves - 28/12Cassiane Leopoldo V. de Rosa - 05/12 Danielly Gonçalves e Silva - 23/12Eliezio Melo Teixeira - 17/12Emerson Leopoldo - 14/12José Carlos Cardoso - 05/12Josimara Minatelli Xavier - 23/12Kauan Henrique V. Rosa - 04/12Luiz Antônio da Silva Silva (Tonho) - 06/12Luiz Sérgio Cardoso - 05/12Luziana Freitas Gonçalves -12/12Maria de Fátima dos Santos Oliveira - 23/12Warlli Costa - 03/12

Eu, Di-vane-

te, parabe-nizo meu irmão Má-rio Ade-nésio da Silva, que no dia 10 de janeiro completou mais um ano de vida, que comemoramos com um cul-to maravilhoso.Obrigado aos irmãos que participaram, principalmen-te o filho Vitor, que nesse dia estava presente. Felici-dades!São os votos de sua irmã que te ama.“Mil caíram ao teu lado, e dez mil a tua direitaMas tu não serás atingido”. (Salmo 91, 7)

Mário e os filhos Vitor, Douglas e Alan

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Fevereiro/2014Jhony Silva - 10/02

À minha neta NAYARA, parabéns pelos seus 2 anos de vida, comemorados no dia 26/01. Que

Deus esteja abençoando sua vida. Estou sempre oran-do por você. Parabéns, Alex, por esta data tão importante (19/01). Te amo muito! Deus está contigo! São os votos de Edy.

Marque somente as palavras das dicas:

DICAS: 01 - nome da cidade; 02 - onde é administrado o mu-nicípio; 03 – prefeito da cidade; 04 – presidente da Câmara; 05 – estado onde se encontra nosso município; 06 – nome dado a quem nasce na cidade; 07 – cidade vizinha.AJUDA: As palavras estão em sentido horizontal e vertical. Resposta na página 7.

Agradeço a Deus pelo batismo de

meu irmão Mário, que foi realizado no dia 29 de dezembro, na Igreja Metodista de Chiador, pelo pastor João Ba-tista. Que o Senhor o renove a cada dia. Que Deus te abençoe. (Vânia Rocha e Divanete)

Foto: Divanete

O que fazemos com essa triste realidade?

E aí? Tem alguém aí? Dando continuidade

com a minha triste realidade, mais uma vez eu pergunto: tem alguém aí? Senhores ve-readores, vice-prefeito e pre-feito: os senhores têm uma ideia de quantos foram os dias que a telefonia fixa fun-cionou neste mês de janeiro de 2014, em Penha Longa? Apenas 9 dias! E olhem que o mês já está completando 20 dias decorridos.

Aqui não se fala com Chia-dor, Mar de Espanha, Três Rios, nem com os nossos vi-zinhos, etc. Se porventura al-guém vier a falecer em casa, nem a funerária podemos acionar para pedir o caixão, pois os celulares também não têm função. E até quando va-mos conviver com esta e as

demais situações críticas do distrito do município?

Cada ano que termina não é só um tempo que ficou para trás. É também uma chance de avaliar nossas ações e de pro-gramar nossos feitos. Agora que 2013 chegou ao fim, não se constatou nenhuma reali-zação que venha a nos encher de orgulho e principalmente de motivação, para se ter a construção de uma sociedade justa na comunidade.

Por isso, mais que desejar-lhes um feliz 2014, quero que assumam o compromisso de trabalhar, oferecer mais qua-lidade de vida para todos e trazer mais desenvolvimento para o município. Um ano novo repleto de realizações, muitas conquistas e saúde e paz.

Arlety de Oliveira e Silva, cidadã penhalonguense

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Onde será o velório?Rosilene Francisco Leopoldo

Onde será o velório? Pois na casa não cabem to-

dos! É sempre a pergunta que os moradores de Penha Longa fazem ao saber que o fenômeno da morte aconteceu. Queremos saber quando será que vamos ganhar uma capela mortuária, pois estamos cansados de ver amigos e entes queridos serem velados em igrejas evangélicas ou na casa da tia Arlety que, de boa vontade, oferece o seu varandão ou mesmo a Tenda Espírita para que aconteçam os velórios.

Seria maravilhoso se pelo menos fosse feita uma refor-ma na pequena capela, dando a ela condições de receber os nossos desencarnados (mor-tos). Como uma pintura nova, telhado, melhores instalações

sanitárias, água, luz, uma boa varanda, cozinha para se pre-parar um café...

Nós, os moradores, conta-mos com a boa vontade de nossos governantes no atendi-mento ao nosso pedido e nos colocamos à disposição para a realização de um trabalho de equipe independente, para se construir uma capela ou dar a reforma de ampliação à capela existente.

Nesta oportunidade, aprovei-tamos para agradecer aos pas-tores de ambas as igrejas que tão bem receberam os corpos de nossos amigos e familiares, mesmo sabendo que um deles fosse de credo diferente. Pedi-mos ao nosso mestre Divino que os abençoe por tão grande favor prestado.

Pensamentos e emoçõesKaio Silva Pacheco

Pensamentos e emo-ções foram feitos

para você meditar sobre o seu dia.

A vida é pra ser vivida.Aceite com fé e coragem

as provações que a vida lhe reservou, pois com o sofrimento aprendemos e crescemos. Tudo tem uma razão de ser, por isso seja forte e otimista. Nos mo-mentos difíceis, lembre-se sempre que Deus não nos dá um fardo maior do que podemos carregar! Acorda, menino! Viva a vida plena-mente!

Alegramo-nos todos no Senhor, festejando nosso São Sebastião!

Junto de Deus! Longe dos problemas…

Gostaria de agradecer a homenagem que a

mim foi concedida (JC nº 40), nem sei se mereço tanto, mas pode ter a cer-teza de que é a prova de que realmente nasci para isso. Queria muito saber quem fez, mas como não consigo, agradeço a cada um do fundo do coração e com certeza estarei sem-pre disposta para ajudar quem precisar de mim, realmente a qualquer dia, qualquer hora... Esse é a melhor recompensa que podemos ter nesta área... Valeu e muito obrigada a vocês, meus admiradores secretos. Um beijo. (Fabiana Fernandes)

Resposta do Caça-palavras Ronaldo Canedo

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Janeiro / 2014 JORNAL DE CHIADOR Janeiro / 2014 JORNAL DE CHIADOR

36Atendimento na PrefeituraMarcela Terra

No primeiro dia útil de 2014, compareci à

Prefeitura chiadorense pra uma breve conversa com o prefeito Moisés. Embora não seja moradora da cidade, me considero à vontade para tal atitude uma vez que passei boa parte da minha infância e juventude em solo chiadoren-se e hoje minha família pos-sui um imóvel na cidade, o qual temos orgulho de manter e visitar.

O primeiro ponto a ressaltar dessa visita à Prefeitura é que não marquei horário e, por se tratar da data 02/01/2014, pensei que, talvez, não pudes-se ser atendida. Porém, con-trariando essa certa dúvida, fui muito bem atendida pelo prefeito Moisés. Assim que manifestei meu interesse em conversar com ele, logo fui convidada a entrar em seu gabinete e ali detalhei os mo-tivos que me levaram àquela repartição.

Sempre muito atencioso e interagindo a todo momento, Moisés não me deixou sair

sem respostas. Expus para ele o principal motivo de minha “visita”, o desejo que todos os moradores da rua em que pos-suo imóvel (Rua José Furtado Souza) têm: asfalto da rua.

Sobre essa questão, Moi-sés, num primeiro momento, informou que em aproxima-damente oito meses o proble-ma seria sanado, porém, mais adiante o mesmo prolongou o prazo, afirmando que até o final de seu mandato a rua estará, em seu total compri-mento, calçada por bloquetes. Inclusive, segundo o próprio prefeito, já foi comprada a máquina que irá produzir es-ses bloquetes, a mesma deve ser entregue em fevereiro próximo.

Moisés ainda disse que a tal iniciativa de produzir o material é em função de eco-nomia, afinal de contas, assu-miu a Prefeitura com déficit de um milhão e meio de reais e, dentre as ações para gerar fluxo de caixa, precisou de-mitir cerca de 40 funcionários e reduzir salários de muitos

Família Leopoldo vence o Campeonato de Penha Longa

Bernardo de Almeida

Numa final bastante equi-librada, onde a provocação e o sangue quente estiveram presentes e, claro, a sempre e velha rivalidade entre Penha Longa e Chiador, o time de Penha Longa (Família Leo-poldo) foi o campeão, sobre o Santa Cruz, de Chiador. Na primeira partida, em um jogo muito equilibrado, o resulta-do não poderia ser outro: um empate por 2 a 2. Então, to-dos ficaram apreensivos e en-tusiasmados, já que qualquer uma das equipes poderia ser campeã no domingo subse-qüente.

E chegou o segundo jogo num clima de provocação pe-las redes sociais e nas ruas.

Um jogo duro, até diriam, feio, com muitos chutões, mas é claro que era o ner-vosismo - afinal, era o últi-mo jogo... E o resultado foi Família Leopoldo 1 X Santa Cruz 0, gol de Léo do Dão, que deu o título ao time de Penha Longa.

Mais uma vez o time de Penha Longa sagrou-se cam-peão. Sempre bom ressaltar que futebol é um esporte e não violência, todos são jo-gadores amadores e têm seus trabalhos, por isso fazem do esporte uma diversão. Pa-rabéns à Família Leopoldo. Será que ano que vem o Pe-nha Longa vence mais um título? Aguardemos…

outros em até 25%. Devido a essas ações, o prefeito infor-mou não ter podido fazer tan-tas melhorias em seu primeiro ano de gestão, mas que 2014 é um ano promissor.

Aproveito o espaço deste referido veículo de comunica-ção para sugerir que os mora-dores da cidade se movimen-tem mais nesse sentido, acho que já passamos da época de ficar no discurso “não adian-ta”, “ah, eu não voto nele, ele nem vai querer me ouvir!”, estamos em 2014, viva a de-mocracia! Eu tenho casa em Chiador mas sou eleitora da minha cidade natal, Rio de Janeiro, e, nem por isso, dei-xei de ter meus 20 minutos de conversa com o prefeito.

Eu, como boa cidadã brasi-leira e que não desisto nunca, estou muito confiante de que as coisas irão acontecer, se não em oito meses que seja, de fato, nos próximos três anos de mandato. Acompa-nharei e, sempre que necessá-rio, entrarei em contato com a prefeitura.

Parabéns APAE de Três Rios!Rosangela Silva Andres, conselheira tutelar de Chiador

A Associação de Pais e Amigos dos Ex-

cepcionais, APAE de Três Rios, completou no últi-mo dia 09/12/2013 seus 28 anos. A APAE é uma ins-tituição respeitável, com muitos profissionais dedi-cados e persistentes, que vem sempre com projetos novos em prol daqueles que precisam, pensando sempre em seus alunos e pa-cientes em primeiro lugar.

Através deste, parabenizo a direção e os profissionais

da APAE por atenderem tão bem as crianças e adoles-centes do nosso município. Parabenizo carinhosamente os alunos: Agata, Andersom,

Chiadorenses são atendidos pela Apae de Três Rios.

Foto: Arquivo pessoal - Rosangela Silva Andres

Daniel, Evanilsom, Fer-nanda, Gisele, Guilher-me, João Paulo, Josia-ne, Maria de Lourdes, Ramiro e Renan; como também seus familiares que através do incenti-vo diário demonstram o mais nobre sentimento, o amor pelos seus.

A todos os funcionários, diretoria e colaboradores

da APAE, meus PARABÉNS pelo amor diário dedicado. Desejo saúde e bênçãos de DEUS...PARABÉNS!!!

Os celulares agora funcionarão em Penha Longa - pelo menos é o que todos esperam! Uma parceria

entre o governo de Minas Gerais e a administração de Chiador, através do programa federal Minas Comunica II, está levando cobertura celular (sinal de celular) e co-municação de dados (internet móvel) até vários distritos do estado, inclusive Penha Longa.

Penha Longa agora tem telefonia celularDaisy Cabral

Hoje eu quero a rosa mais linda que houver

E a primeira estrela que vierPara enfeitar a noite do meu bem

Hoje eu quero paz de criança dormindo

E abandono de flores se abrindoPara enfeitar a noite do meu bem

Quero a alegria de um barco voltando

Quero a ternura de mãos se encontrandoPara enfeitar a noite do meu bem

Ah, eu quero o amor, o amor mais profundoEu quero toda a beleza do mundoPara enfeitar a noite do meu bem

Quero a alegria de um barco voltandoQuero a ternura de mãos se encontrando

Para enfeitar a noite do meu bem Ah, como esse bem demorou a chegar

Eu já nem sei se terei no olharToda a pureza que quero lhe dar

(A Noite do Meu Bem - Dolores Duran)

Homenagem a IaraEnviado por Candida Guadelupe Magiole

Foto: Arquivo pessoal - Candida Guadelupe Magiole

AGR Mat. de

construção

Tel: 3285-1328 / 8421-1435Rua Dona

Santinha, 170Entrega

a Domicílio

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Com o bom atendimento de Paulino e Felipe

Tel: (32)8419 4528

Chiador - MG

Posto Companheiro

Chiador-MG

Tel: (32)3285-1166

amigos Sra. Maura Mar-ques Lemos, Eva Galdino, Maria Paula, Sebastião An-dres (Pepé), Carmem Lúcia Polidoro (Lúcia) e Elizabete Vieira Nunes (Beth Vieira).

Tenham cer-teza de que a vida para eles p r o s s e g u e após a morte do corpo, e que a morte não existe e somente o corpo físico é perecível, pois o espíri-to ou a alma jamais mor-rerá.

Oxalá meu pai, possa-mos todos os interessados conhecer esta joia revelado-

ra, de que a vida continua a refletir maduramente e que realmente a “Morte é Vida”. Que o divino Oxalá Mestre nos ampare e ilumine, para que saibamos cultivar a fé tomando-a por arrimo de nossa força de vencer os tro-peços, se nos dispararem na terra. Eles vivem.

Aqui fica o até logo da so-brinha, amiga e professora Arlety.

Morte é vidaArlety de Oliveira e Silva

Para afirmar que morte é vida é preciso que

se tenha plena convicção dessa verdade. Sabemos nós os espiritualistas que nós somos constituídos de corpo e alma. Aprende-mos desde criança que extinto o corpo, pelo fenômeno da morte, a alma sobrevive. “A morte”. E a única coisa que temos de certeza é que nos acontecerá por mais que tentemos im-pedir.

E nós espiritualistas, ainda por displicência ou por medo, nos burla-mos procurando esque-cer o grave problema da morte. Nos apegamos cada vez mais à vida material e aos prazeres e ambições que ela nos proporciona, sentimo-nos sedentos de poder e de glória, como se vivês-semos apenas este punha-do de anos que passamos na terra. No entanto, já foi dito desde a infância que: “extinto o corpo a alma sobrevive!”. Sendo assim, a nossa vida é eterna!

Apesar dessa certeza, não procuramos saber o que realmente acontece-rá conosco ao passarmos para o outro lado da vida.

Quantas criaturas há, fartas de inteligência, que chega-ram ao cume da sabedoria na terra e no entanto, ao re-ceberem a visita da morte, encontraram-se qual crian-

ças amedrontadas pelo não esclarecimento do fenôme-no. Que ao deixar o corpo na terra, a alma ou espírito, como queiram chamá-lo, es-tará mais vivo do que nunca, com todos os caracteres que formaram a sua personalida-de quando encarnados. Que morrer é regressar a nossa pátria - a pátria espiritual.

Isto foi assim que acon-teceu aos nossos queridos

Fotos: Arquivo pessoal de familiares disponibilizados à Arlety de O. e Silva

Elizabete, Lúcia e Pepé: que o Divino Mestre dê a vocês o descanso em paz! Com as nossas saudades. Comunidade de Penha Longa

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Janeiro / 2014 JORNAL DE CHIADOR Janeiro / 2014 JORNAL DE CHIADOR

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Padaria São Geraldo

“O pão nosso de cada dia”Obrigado pela preferencia

Tel: (32) 3285-1252

Nota de imensa tristeza

No último dia 03/01/2014, Penha

Longa e a cidade de Chia-dor perderam um filho ilus-tre. Sebastião Andrés, mais conhecido como Pepé. Uma pessoa do bem, que ajudava a qualquer um, que sempre estampava no rosto um sor-riso. Era fácil ver nosso que-rido amigo sorrindo. Sempre alegre e com suas brincadei-ras, as quais divertiam até as crianças.

Lembro-me do dia desta foto quando, com lágrimas no rosto, Pepé dizia que era o dia mais feliz da vida dele: o títu-lo da segunda divisão de Três Rios, conquistado pelo Penha Longa, no ano passado. Ele sempre nos acompanhou nos jogos, era torcedor fanático e nos ajudava, levando sempre

a roupa.Fica aqui uma tristeza

imensa de não poder te ver mais, meu amigo! Um gran-de e forte abraço! Que Deus te guarde em um bom lugar aí em cima, ainda vamos nos encontrar!

Bernardo de Almeida

Bernardo e Pepé comemoram vitória do Penha Longa, na segunda divisão de Três Rios

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Parada Braga terá campinho de futebolDa Redação

Após tantos pedidos, Parada Braga ganha-

rá, enfim, ao que parece, um campinho de futebol para di-versão da garotada. O “Murilo do bar” (Murilo Raizer Brasil)

informou a reda-ção do Jornal de Chiador que con-seguiu com outro morador, o “Selmi-nho”, um espaço para a construção do campinho, e a Prefeitura deve en-caminhar homens e máquinas para realizar a obra (em palavras de Muri-

lo). Na foto, o terreno que se tornará local de lazer. Estamos na torcida para poder publicar em breve as “peladas” que se-rão realizadas no campinho de Parada Braga!

Terreno onde ficará o campinho de Parada Braga, segundo Murilo

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A Princesa EngasgadaDa Redação

No sábado, dia 25 de janeiro, foi apresentado o espetáculo de

contação de histórias A Princesa En-gasgada, no Centro Cultural. Os ato-res Carú, Marcus, Hussan e Raphaela divertiram crianças e adultos que lota-ram o espaço e mostraram muita parti-cipação. A apresentação foi promovida pelo projeto “Chiador: Jornalismo Co-munitário, História e Ação Cultural”, da UFJF - Universidade Federal de Juiz de Fora, sob coordenação do professor Bruno Fuser, com apoio do governo do Estado de Minas Gerais e da Prefeitura de Chiador, em especial com a colabo-ração da responsável pela área de Cultura do Município, Mônica Reis Fernandes.

Espetáculo teve dança, brincadeiras e muita participação

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Gostaria de agradecer à Edina pela homenagem que me fez, na edição de dezembro do Jornal de Chia-

dor. Ressalto ainda que a diretora Rosilene Priori me deu todo apoio, e as professoras Mariane Guedes e Ma-ria Amália também ajudaram. (Maria Inês Alvim Biage)

A cada ano que termina, não é

só um tempo que fi-cou para trás. É tam-bém uma oportunida-de de avaliar nossas ações e de programar nosso futuro. Agora quando 2013 chega ao fim, constatamos realizações que nos enchem de orgulho e, principalmente, de motivação para avançar ainda mais na construção de uma sociedade mais justa e mais fraterna.

Por isso, mais do que desejar-lhes um feliz 2014, queremos assumir o compromisso de conti-nuar trabalhando para conquistar mais qualidade e colaboradores e mais desenvolvimento para o nosso jornal. Que o Ano Novo seja repleto de rea-lizações, conquistas, saúde e paz! (Tia Arlety)

Inteligência e simplicidade, Totoim da Minerva

Fabiana Resende

Figura conhecida em nossa cidade, ele é muito que-

rido e até famoso: seu vídeo já tem mais de 1.500 acessos no YouTube e com apenas a publi-cação de uma foto no Facebook ocorreram mais de 20 compar-tilhamentos, 176 curtidas e 80 comentários em três dias. Te-nho o imenso prazer de home-nagear este homem que trans-mite a pureza e a simplicidade de sua alma. Antônio Augusto Raizer, mais conhecido como “Totoim”, especificamente “To-toim da Minerva”.

Criado na Minerva, filho pri-mogênito de Mateus Augusto Raizer e Virginia Silveira Raizer (falecidos), irmão de Zezinho, ele nasceu em 29/07/1947. De família muito humilde, honesta e de gente trabalhadeira, Totoim sempre ajudou seu pai nos afa-zeres da roça: “plantar, capinar e colher... milho, feijão, arroz... Já trabalhei muito”, afirma. Seu irmão conta que ele trabalhou com o pai para ajudar a susten-tar os sete irmãos mais novos e que, com o trabalho de muitos anos e as economias, a família comprou o sítio do Laranjal, onde residem hoje.

Perguntei ao seu irmão Zezi-nho se Totoim, quando novo, tinha algum problema de saú-de. Seu irmão me disse que ele sempre foi um pouco “des-ligado”, mas muito trabalha-dor e que uma vez durante a lida na roça passou mal, muito mal mesmo. E daquele dia em diante ficou do jeito que é hoje. Levaram-no ao médico, mas na época não havia muito recurso e era tudo muito difícil. Com o diagnóstico, mais tarde ele pas-sou a receber uma aposentado-ria, o que ajuda no sustento da família também.

O lar do Totoim

Lições de vida

te. Ele me disse: “é igual de dia, só que é escuro!” Eu concordei... Falei também do cemitério, per-guntei se não tinha medo.

– Ahhhh, “mo fiiii”, eu tem medo não, é pra “tê”?

Em silêncio eu reconheço e logo mudo de assunto…

– Que dia vai cair 17 de se-tembro de 2014, Totoim?

(Ele abre o sorriso!!!)– “Pó pensa?”– Pode!– 17 de setembro?– É!Eu o observo atentamente,

ele logo fecha seus lindos olhos azuis, franze a testa e leva a mão na boca e depois no ombro contrário; e de supetão me diz: “É quarta-feira”! Eu lhe dou ou-tra data e ele repete os mesmos gestos e acerta sempre. Sorrisos se abrem na sala da família.

Mais que depressa eu per-gunto: “Como é que faz isso Totoim”? Ele me pergunta se eu não sei mesmo e eu digo que não! Ele diz: “Ah, coitadinha!” Eu insisto na pergunta: “Como é que você faz isso, Totoim?” Ele me surpreende novamente: “Cê sabe lê?”, pergunta. Eu afir-mo que sim. Ele me diz: “eu sei lê não”.

Acabo percebendo sua linha de raciocínio e disfarço pra eu

Grandes cérebros

quena cabeça de pós-graduada. Como disse o Totoim: “Ah, coi-tadinha!”.

Expresso-me aqui, mediante estas palavras, onde firmo meu respeito, carinho e admiração por este tão simples e inteligen-te homem. Na verdade, Totoim, você faz as pessoas enxergarem com apenas um dedinho de pro-sa o quão simples são as coisas da vida... e que complicamos à toa.

Você me mostrou que eu é que tenho medo de escuro, mas na pureza da sua resposta, me disse: “é igual de dia, só que é escuro”. Em relação ao cemité-rio, mais uma vez você me fez afirmar meu medo de tudo refe-rente à morte, e sua simples res-posta soa como uma bordoada: “Ahhhh ‘mo fii’, eu não tenho medo não, é pra ‘tê?’”. Real-mente não, Totoim.

Você me mostrou também, através do seu “Ah, coitadinha”, que mesmo eu sabendo ler, con-tinuo não sabendo de nada, pois não consigo acompanhar sua conta “fácil”... Me fez ver que a inteligência é dom e que não vem só da prática do estudo. Ahhhh! E ainda bem que não perguntei sobre o amor... Tive medo da resposta!

Família unida: Totoim, Zezinho, Aparecida e Rafaela

Foto: Fabiana Resende

Perguntei se To-toim não tem medo de ir à noite na pon-

Por instantes meus pensamen-tos se voltaram à reportagem que li tempos atrás, na bibliote-ca de Chiador. Especificamen-te, na edição 256 da Revista Superinteressante, a matéria ‘Os maiores cérebros do mun-do’ reportava o seguinte: “As mentes mais extraordinárias da Terra pertencem a pessoas que mal conseguem falar ou calçar os próprios sapatos. Conheça os savants - e o que eles podem nos ensinar sobre os limites da inteligência humana”.

Deixo então a pergunta: Será que temos um caso de savants por perto? Ou será que você que acabou de ler a técnica do “TO-TOIM, O HOMEM DO TEM-PO” conseguiu entender e pode me explicar como se faz isso? Bem, admito que esta técnica é muito complexa para minha pe-Eu pensava que era pertinho,

mas, em um cantinho bem lon-ge da ponte da Minerva, Totoim mora com o irmão Zezinho, a cunhada Aparecida e a sobrinha Rafaela. Que por sinal me rece-beram tão bem, que ao escrever aqui bate a vontade de voltar! Aparecida é mulher dedicada à família, dona de casa capricho-sa e faz palheta para ajudar no sustento. Rafaela é moça alegre, além de prendada. Zezinho tra-balha no sítio. – “E o Totoim? O que ele faz?!?” – “Vai pra ponte, uai!”

Sua rotina diária se inicia rela-tivamente tarde, pois na maioria das vezes acorda por volta de 8:30,aparecida, pois ela sabe de suas visitas à ponte e teme que ele fique com fome por lá. E acorda tarde porque chega tarde da ponte…

As visitas à ponte são roti-neiras e diárias. Totoim sem-pre pede a Aparecida para ir lá. Digo “sempre pede” mas, quando ela não deixa... ele fica triste pelos cantos! E logo, logo, resolve ir assim mesmo. As vi-sitas acontecem três vezes ao dia (10:00 / 14:00/ 21:00). Seu irmão afirma que essa rotina nunca teve interrupção devido às condições do tempo, faça chuva ou faça sol, de dia ou de noite... ele está sempre lá. Sua cunhada Aparecida teme que ele fique doente quando chove, já que não adianta falar pra não ir. “Ele calça bota de borracha e vai de guarda-chuva, mas não deixa de ir!”, completa a sobri-nha Rafaela.

Eis a pergunta que não poderia faltar:

– Que “cê” vai fazer na ponte, Totoim? - questiono, curiosa.

– Ahhhhhhhhh!!!! Eu vou ver os carros!! “Vê” o ônibus pas-sar... o Silvio, “cê” conhece?

Eu digo que sim. Ele fala da moça bonita do ônibus tam-bém. Pergunto sobre os carros,

ele me diz que “tem velho, tem novo e que é tudo bonito!” E que todo mundo que passa lá é gente boa! Que gosta de ficar ali e que gosta mais ainda quando vai dar um passeio com o Silvio em Mar de Espanha ou em Chiador.

mesma minha própria subesti-mação. Insistentemente eu per-gunto de novo: “Como é que você faz essa conta?” Ele perce-be que quero mesmo saber e me diz: “É fácil, eu conto uns dias pra trás e uns dias pra frente e já sei”. Eu digo: “Muito bom!”. Aceitei a explicação de sua téc-nica e agradeci.