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Com seu jeito simples, a região conquista pela tranquilidade do dia e pela badalação à noite. (Páginas 4 e 5) Adote um canteiro da Pio XI JB em Folhas lança campanha para adoção dos recém-cercados canteiros da badalada pracinha (Página 7) Eco Dica Nova coluna apresenta iniciativas de sustentabilidade no bairro. (Página 3) jb f olhas março/abril 2012 | ano 8 | nº44 distribuição gratuita Jardim Botânico Horto | Gávea | Humaitá em o informativo do jardim botânico Horto Real para nobres e plebeus

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Informativo do Jardim Botanico

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Page 1: Jbemfolhas 44

Com seu jeito simples, a região conquista pela tranquilidade do dia e pela badalação à noite. (Páginas 4 e 5)

Adote um canteiro da Pio XI JB em Folhas lança campanha para adoção dos recém-cercados

canteiros da badalada pracinha (Página 7)

Eco Dica Nova coluna apresenta iniciativas

de sustentabilidade no bairro. (Página 3)

jb folhasm a r ç o / a b r i l 2012 | ano 8 | nº44

distribuição gratuita

Jardim Botânico

Horto | Gávea | Humaitáem

o informativo do jardim botânico

Horto Real para nobres e plebeus

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ExpedienteO JB em Folhas é uma publicação bimestral, editadapelo Armazém Comunicação Projetos Jornalísticos Ltda.

www.armazemcomunica.com.br

Editora Responsável: Christina Martins (Mtb 15185 -RJ)

Redação: Betina Dowsley

Projeto Gráfico: Paulo Pelá - www.bolaoito.com.br

Revisão: Carla Paes Leme

Publicidade: Célia Medeiros - 9433-8321

Impressão: CMYK Gráfica - 2581-8406

Secretária de Redação: Sheila Gomes

Fotos da Capa: Chris Martins/ Sheila Gomes (canteiro)

Tiragem: 5.000 exemplares

Telefone: 2294-4926

e-mail: [email protected]

site: www.jbemfolhas.inf.br

Caro Leitor,

A equipe do JB em Folhas começa 2012 de olho no verde. Motivos não faltam, mas o principal é

que a cidade vai sediar a Rio + 20, Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Susten-

tável, que, em junho deste ano, vai reunir autoridades do mundo todo para falar sobre como anda

o meio ambiente no planeta.

Mesmo que a Rio+20 fique concentrada no Riocentro, o Jardim Botânico estará no centro das

atenções, pois, durante o encontro, será a sede Ministério do Meio Ambiente na cidade. Por conta

disso, o parque está promovendo uma série de eventos para discutir (e pensar) a ecologia, como

você confere na coluna Folhas, na página 3.

Do Jardim Botânico, desviamos nosso foco para outro ponto verde que há muito merecia uma

matéria exclusiva: o Horto, bairro vizinho, que vem, aos poucos, ganhando vida (e noite) própria,

sem perder o jeito de cidade do interior. São várias as histórias sobre a origem do Horto Florestal.

Uns dizem que ele data da colonização do Rio de Janeiro, no século XVI – quando se chamava En-

genho D´El Rey. Outros sugerem que a área abrigou quilombos. Andando pelo bairro ainda é possí-

vel encontrar reminiscências das antigas fábricas - de pólvora e de tecido -, como a América Fabril.

É para preservar essas histórias que moradores, com apoio da Associação de Moradores do Horto

(Amahor), estão buscando recursos para abrir o Museu do Horto. Estas e outras novidades você vai

ler nas páginas 4 e 5 desta edição.

E como preservar o verde é preciso, o JB em Folhas começa oficialmente o ano com uma novi-

dade: a coluna Eco Dica, que vai mostrar, a cada edição, quem e o que está sendo feito em termos

de sustentabilidade no bairro, como você poderá ler na página 6

A nova coluna foi a maneira que encontramos de conscientizar nossos leitores, por meio da di-

vulgação de boas iniciativas. Acreditamos que, se cada um fizer um pouquinho, ficará mais fácil

tomar conta de todo este verde de que temos o privilégio de usufruir todos os dias. Aproveitando

a deixa, convocamos você, leitor, a participar da nossa campanha para adoção de um canteiro da

praça Pio XI.

Até maio!

Christina Martins e Betina Dowsley

Distribuição:Bancas de jornais, galerias e prédios comer ciais do Jardim Botânico, Bibi Sucos, Cavídeo, Jardim Botânico, Parque Lage, Agência dos Correios da rua Jardim Botânico. Display: Galeria da Rua Maria Angélica.

Telefones úteisBombeiros 193 / 3399-1234Cedae (água e esgoto) 195 / 0800 281195CEG (emergência) 0800 240197CET-Rio 2286- 8010Comlurb 2204-9999Defesa Civil 199 / 2576-5665Disque-Denúncia 2253-1177Disque-Luz (Iluminação urbana) 2535-5151Disque-Barulho e Patrulha Ambiental 2503-2795Guarda Municipal 153Light 0800 21019615ª DP 2332-2871Polícia Militar 190Subprefeitura da Zona Sul 2274-4049 / 2511-0501Vigilância Sanitária 2503-2280Tele-Dengue 3553-4025Tele-gripe 0800 2810 100Procon 151Atendimento ao Cidadão 1746

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João Garcia nasceu e morou anos no Jardim Botânico, mas só criou um vínculo comercial com o bairro em

2004, quando inaugurou o Lorenzo Bistrô, na esquina das ruas Lopes Quintas com Visconde de Carandaí.

O ponto agradou e o empresário acaba de abrir mais um negócio na área: a Casa Carandaí, uma pâtisse-

rie com frios e bons vinhos, na mesma Lopes Quintas. O espaço ainda está nos retoques finais, mas João

acredita que em dois meses vai poder oferecer café da manhã com buffet no final de semana.

E engana-se quem pensa que João quer sossego. O empresário, que traz em seu currículo estabele-

cimentos como o Garcia & Rodrigues e a Fiametta, já pensa no seu próximo empreendimento no bair-

ro: uma central de panificação de alta qualidade, para atender outros restaurantes, que vai funcionar no

Horto, com abertura prevista até o final do ano.

Mesmo com tanto trabalho e tantas ideias, João ainda arruma tempo para atuar no conselho do AMA-

JB, embora – por conta de sua agenda – não esteja tão presente quanto gostaria. Mas se a presença fí-

sica não é possível, a virtual é das mais ativas. João está sempre participando do grupo de discussão da

associação na internet e sentencia: “Você tem que participar do bairro onde sua vida se insere”.

Cara do JB João Luiz Garcia

AULAS DE PIANO – professora formada na França, com

mais de 10 anos de experiência, especializada em aulas para crianças a partir de 4 anos.

Em domicílio ou na Rua Pacheco Leão. Béatrice: 2512-1940

CLASSIFICADOS

Editorial De olho no Horto e no verde em 2012

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internacionais com seminários e palestras relacio-

nados à Rio + 20. O primeiro encontro está mar-

cado para o dia 16 de abril (segunda-feira). O par-

que, aliás, funcionará como sede do MMA durante

a conferência internacional, em junho.

Já o evento Eu Neutralizo acontecerá nos dias

20 e 21 de abril, com ações educativas e de

sensibilização junto aos visitantes do JBRJ sobre

a importância que cada indivíduo tem no com-

bate ao aquecimento global, principalmente por

meio do consumo consciente e da preservação,

da proteção e da recuperação de áreas verdes.

TV Globo em obrasDuas obras da TV Globo estão dando o que falar:

uma é no terreno ao lado do Zona Sul, na Pacheco

Leão, e a outra na rua Barão de Oliveira Castro. Vi-

zinhos dos dois endereços e a AMA-JB têm acom-

panhado de perto o que vem sendo feito, ques-

tionando, inclusive, a utilização final dos terrenos.

Ao que se sabe até agora, no primeiro terreno

será construído um prédio com dois subsolos,

dois pavimentos e mais uma cobertura para uso

exclusivo da empresa. Já o estacionamento que

a Globo pretende construir no Horto terá capaci-

dade para 250 carros, ocupando apenas 15% do

terreno de 250.000m2, preservando 25m de mata

entre os carros e as casas vizinhas.

Hípica SolidáriaO presente de final de ano da Sociedade Hípica

Brasileira não ficou restrito apenas aos canteiros

da praça Pio XI. O clube doou mais de 450 latas

de leite em pó para o Patronato da Gávea.

Orquídeas no JardimA já tradicional exposição Orquídeas no Jardim

acontecerá de 27/4 a 1/5, no Jardim Botânico.

Nesta edição, além da exposição em si, haverá

feira de orquídeas, concurso entre orquidófilos

participantes, visitas monitoradas pelo orquidá-

rio, cursos de cultivo e palestras. Participam da

exposição cerca de 14 orquidários.

REG

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REI

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pela Riotur, visando a continuar pequeno e pre-

servar a praça e a vizinhança. Mesmo assim, o

boca-a-boca acabou trazendo mais gente do

que o esperado nessa última edição. E o que

era para ser apenas diversão virou preocupação

para os organizadores, que estão pensando em

outro formato – mais tranquilo e menos tumul-

tuado – para o próximo ano.

Nova temporada no JBAno novo cheio de novidades, especialmente

neste mês de março, com o fechamento da Es-

tação do Corpo, que movimentou o mercado de

academias por estas bandas. Ao que tudo indica,

a casa da rua Maria Angélica, do lado da galeria,

vai mesmo virar uma filial da A!Body Tech. Outro

estabelecimento que fechou – com bem menos

barulho – foi o Yogoberry. Enquanto o Couve-Flor,

com o final do horário de verão, voltou a seu ho-

rário normal, com almoço até as 16h.

Inaugurações também não faltaram neste perí-

odo de recesso do JB em Folhas: tem loja de rou-

pas para casa (Studio Duvet), delicatessen (Casa

Carandaí) e grifes infantil (O Reino) e masculina

(Overend). O Opinião Pública, misto de livraria e

café, também abriu suas portas, ao lado do Fron-

tera, com café da manhã, almoço e lanches.

JB SustentávelO Jardim Botânico do Rio de Janeiro e o Ministério

do Meio Ambiente promoverão ciclo de debates

Folhas do Jardim

Bloco da Pracinha: seis anos de sucessoO Bloco da Pracinha já entrou para o calendário

de eventos carnavalescos da cidade e a anima-

ção, que tomou conta da Praça Pio XI no sábado,

dia 11 de fevereiro, não deixa dúvidas de sua

qualidade. A bateria Meninas do Nós, formada

por adolescentes do Nós do Morro, novamente

contagiou adultos e crianças com sua percussão

nota 10. Sob o comando dos mestres Negueba

e Wellington Soares, o grupo contou ainda com

o reforço da cantora Barbara Lau nos vocais.

A turma pequena se divertiu também com as

brincadeiras do Meleka de Jacaré e a oficina de

customização de fantasias, este ano coordenada

pela Gato Mia. O bloco teve o apoio da Secretaria

Estadual de Cultura (SEC) e dos estabelecimentos

Mercado Afonso Celso, Drogaria Cristal, Bibi Su-

cos, Belmonte, Braseiro da Gávea, Mil Frutas, Ko-

penhagen, Ama-JB, Speed Bike, Jardim Botânico

Educação Infantil, Papel Mania e Bar Belmonte.

Foram novamente premiadas as melhores fanta-

sias, que ganharam mochilas do IBEU e vale-pre-

sentes da loja Bebê Básico. O registro do bloco foi

feito pela fotógrafa Regina Reis e pode ser confe-

rido no site reginareis.com.br/blog.

Último Gole muda formato em 2013Formado basicamente por moradores da região,

o Último Gole, bloco que “concentra, mas não

sai” da Praça Pio XI há 11 anos, não será mais

o mesmo em 2013. O motivo é a superlotação

que tomou conta da praça na terça-feira de Car-

naval. Ao contrário de outras agremiações que

investem em publicidade para se promoverem,

o bloco sempre foi discreto e adepto do anti-

marketing, conseguindo, inclusive, muitas vezes

não ser incluído na lista de blocos aprovados

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Horto: muito além do verdePor muito tempo, o Horto era para os cariocas

a continuação do Jardim Botânico ou o cami-

nho que levava à Vista Chinesa. Depois, a área

passou a ocupar as manchetes dos jornais por

conta da discussão entre moradores da região e

o Jardim Botânico do Rio de Janeiro a respeito

das casas que estão dentro do terreno da União.

Mas, de uns tempos para cá, o antigo Real Hor-

to vem chamando a atenção por conta de seu

crescimento e do interesse cada vez maior por

parte de cariocas e turistas.

Clima de cidade do interior, jeito de roça, Zona

Norte da Zona Sul são explicações sobre o poder

de atração que a região exerce. Mas o maior

atrativo do Horto é o seu jeito simples, que une

diferentes classes em suas ruas tranquilas. Jeito

que não perdeu nem quando foi retratado pela

novela da TV Globo, “Insensato coração”.

Com aproximadamente dez mil moradores em

seu entorno e cerca de 589 famílias de baixa ren-

da, o Horto ainda não é visto como bairro pelo

Instituto Municipal de Urbanismo Pereira Passos.

Para o órgão da Prefeitura, o Horto se concentra

na área do Grotão e do Serpro, justamente a que

está em litígio com o Jardim Botânico.

Mas é só começar a avistar as casas coloridas

com janelões para saber que você está na área

que foi ocupada pelas antigas vilas operárias,

com pessoas conversando no pé da porta e o jo-

go de tranca acontecendo em plena luz do dia.

Ideia de Antonio Rodrigues, 68 anos, que quan-

do se aposentou, passou a reunir os amigos pa-

ra um jogo de cartas, que acontece diariamente,

das 14h às 18h, na rua Caminhoá, em frente ao

Bazar Gonzo, que pertence há 30 anos a Sonia

Gonzo. Quem não compra no bazar pode optar

pelo minibrechó Flor de Lótus. Moradores há

mais de 50 anos do bairro, Nelzi e Julio Almei-

da começaram o comércio de trocas meio por

acaso, quando a loja de doces que eles tinham

fechou, há dois anos. “A gente trouxe as coisas

para casa e avisou os amigos. Só que muitos

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gostaram da ideia e passaram a deixar utensílios

que não usavam mais para trocar”. Hoje o negó-

cio informal funciona no esquema de consigna-

ção, aberto somente de sexta a domingo.

Se algumas coisas não mudam no Horto, outras

estão sempre em movimento, como a vida notur-

na do bairro. De cinco anos para cá, aumentou o

número de restaurantes e bares, principalmente

entre as ruas Abreu Fialho e Caminhoá, que é co-

nhecida como Baixo Horto. O Miss Tanaka só mu-

dou o nome para Yumê, enquanto o Lavoura Café

deu lugar ao simpático bistrô Jojô, sob o comando

da chef Joana Carvalho.

Não é de hoje que o Horto “bomba” à noite.

Nos anos 90, boates como Public Co., Second

Floor e até o clube Condomínio chegaram a abri-

gar ensaios do Suvaco do Cristo e festas como

Ronca Ronca. Mas não durou muito. “O bairro

não comporta esse tipo de evento cultural. Não

faz o perfil” – garante Lurdes Brandão, sócia de

Marcos Pinto no Paxeco Bar, no segundo andar,

em cima do Restaurante Couve-Flor, um dos

mais antigos da região.

Lurdinha, como é conhecida, já tinha experiên-

cia no bairro à frente do Da Graça e, quando aca-

bou a sociedade, recebeu o convite para trabalhar

no Couve-Flor. Como não era muito seu perfil, fez

uma contraproposta: reformar o espaço do anti-

go Second Floor – boate que agitava o bairro até

as 4h da manhã – e criar um ambiente que ex-

plorasse melhor aquele espaço a céu aberto, que

na época servia de depósito para o restaurante a

quilo. Aberto em janeiro de 2011, o Paxeco Bar

aposta em boa comida e em música ambiente,

mas não fecha para eventos em dias normais.

“Acho chato as pessoas chegarem e serem impe-

didas de entrar. Para isso, reservamos as segun-

das-feiras, quando a casa não abre”, explica.

Outro que tem milhagem no bairro é Dado Sa-

boia, que fez sucesso de 2001 a 2005 com o so-

fisticado Dom João. Depois de um breve intervalo,

ele voltou a ocupar o imóvel – que é de proprie-

dade da família – no ano passado com o restau-

rante Borogodó, aberto somente para almoço. “É

a cara do Horto”, afirma ele que tem saudades de

como era o bairro antigamente.

“Gosto do clima de subúrbio. Antes tinha até

carroça que passava por aqui. A queda do muro

do Jardim Botânico trouxe uma galera diferente,

deu uma sofisticada”, lembra Dado.

A preocupação com a vizinhança é uma mar-

ca dos estabelecimentos do Horto, como afirma

Samantha Rodrigues, dona do Bar do Horto e

moradora da região, desde 1977. Há dois anos,

ela está à frente do empreendimento e, apesar

da pouca experiência, já conquistou duas vezes

seguidas o prêmio Comer&Beber, da revista Ve-

ja Rio, na categoria “Para ir a dois”. Samantha

acredita na concorrência saudável que a região

acaba proporcionando: “Aqui é um lugar mágico

e todo mundo se ajuda, sem rivalidades. Tem

espaço pra todos”, garante.

Carol Pohlmann, do recém-inaugurado La

Fourmi, faz coro nas palavras de Samantha.

Aberto em dezembro na rua Marquês de Saba-

rá, o café, que oferece tortas e cheesecakes pa-

ra pronta entrega, é sempre indicado por algum

dos restaurantes do Baixo Horto.

A região também é conhecida por abrigar

ateliês e até galerias, além da programação

verde que o bairro oferece em suas ruas. É co-

mum, no final de semana, ver grupos subindo a

estrada Dona Castorina para caminhar, pedalar

ou fazer manobras de skate. Tudo sob a super-

visão de uma patrulha da PM, que faz ponto

na Vista Chinesa. A única baixa atualmente é a

Cachoeira do Quebra, logo no começo da estra-

da, que está fechada desde o começo de março

para reforma. Para os religiosos, a dica é visitar

a capela Nossa Senhora do Nazaré, construída

há mais de 60 anos no final da rua Marquês de

Sabará, que recebe, em sua missa de domingo,

moradores de outros bairros.

Em uma área onde a comunidade fala tão forte,

o Horto não poderia deixar de ter um projeto so-

cial. Criado por Samantha Rodrigues e José Abran-

ches, o Instituto Palmeira Imperial do Meio Am-

biente visa a sensibilizar crianças, jovens e adultos

sobre a importância do meio ambiente e da pre-

servação da natureza, além de promover ativida-

des esportivas (veja em Cidadania, na pagina 7).

“Nossa preocupação é tirar as crianças da rua

e prepará-las como mão de obra qualificada para

trabalhar com ecoturismo, aproveitando o conhe-

cimento delas na região. Assim, também estamos

de olho para que não haja desmatamento. Temos

que apostar nossas fichas nessa turma pequena

para garantir um futuro melhor e preservar o nos-

so bairro” – explica José Abranches.

A programação na região inclui o Bar do Horto, Vista Chinesa, carteado, caminhada e o Paxeco Bar.

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As Chicas celebram Jorge Mautner Depois de bem sucedidas temporadas em

São Paulo e no Rio de Janeiro, as Chicas fa-

zem curtíssima temporada no Espaço Cultural

Eletrobras Furnas, dias 20, 21 e 22 de abril

(sexta e sábado, às 20h, e domingo, às 19h),

em homenagem a Jorge Mautner. Com entra-

da franca, o espetáculo do trio formado por

Amora Pêra, Isadora Medella e Paula Leal re-

úne 20 canções do cantor, músico e composi-

tor, entremeadas por trechos de seus ‘discur-

sos filosóficos’. No Espaço Cultural Eletrobras

Furnas (rua Real Grandeza, 219 – Botafogo).

Se liga na Hora do PlanetaJunte-se ao movimento que já conquistou

mais de 135 países e mais de 5.251 cidades,

atingindo 18 bilhões de pessoas no planeta.

JBF INDICA

ECO DICA

A Hora do Planeta teve início em 2007, na Aus-

trália, e desde então, no último sábado de março,

pessoas do mundo todo são convocadas a manter

as luzes e aparelhos eletrônicos desligados por

uma hora. Este ano, a Hora do Planeta será no sá-

bado, dia 31 de março, das 20h30 às 21h30.

100 anos de choro em prosa e músicaO flautista Edgard Gordilho, líder do grupo Choro

na Praça, e a jornalista e produtora Carla Paes Le-

ADOTE UM CANTEIRO DA PRAÇA PIO XI - O JB em Folhas foi atrás e

conseguiu o apoio da Sociedade Hípica Brasileira para a construção de

canteiros em torno das árvores da Praça Pio XI. Ao todo foram 16 cantei-

ros, que receberam tijolo, grades pintadas de verde e também terra de

compostagem, doada pelo Jardim Botânico do Rio de Janeiro. Agora os

canteiros precisam de flores e vegetação e, por conta disso, o jornal sai

em campo com a campanha “Adote um canteiro da Pio XI”. A ideia é que

estabelecimentos comerciais ou os próprios moradores contribuam, cui-

dando de um dos canteiros, doando plantas e fazendo sua manutenção.

Os interessados podem entrar em contato com a redação do jornal pelo

e-mail [email protected].

Campanha JB em Folhas

me promovem um bate-papo musical com

exibição de “100 anos de Choro em prosa

e música”. O filme, com meia hora de du-

ração, passeia por obras dos precursores do

gênero, como Joaquim Calado e Chiquinha

Gonzaga, até os contemporâneos Severino

Araújo e Altamiro Carrilho. Depois da exibição,

seguem-se um bate-papo e um pocket-show

de violão e flauta. Dia 24 de abril, às 20h, no

Baukurs Cultural (rua Goethe, 15 - Botafogo),

com entrada gratuita.

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Moradora do Horto há 20 anos, Márcia Martins

é um exemplo de persistência. Há dez anos, ao

ver podas irregulares perto de sua casa, na rua

Marquês de Sabará, começou a se interessar por

sustentabilidade. Hoje ela conta com orgulho

que o prédio todo adotou a coleta seletiva com

benefícios para todos: “temos um lugar para

guardar o lixo e, com isso, sumiram as baratas e

o mau cheiro”, garante a síndica, que usa uma

geladeira quebrada para guardar material a ser

reciclado, como jornais, garfos e plásticos. “Até o

coador de café usado pode se transformar numa

bolsa estilosa” (foto), destaca.

Márcia só lamenta que o movimento de co-

leta ainda seja muito pequeno na vizinhança.

“Mesmo pequenas atitudes – como usar o saco

de lixo reciclado, que pode ser comprado a um

preço bom nas cooperativas – são importantes.

As pessoas precisam ter consciência de que, pa-

ra continuarmos a ter o verde à nossa volta, te-

mos que fazer a nossa parte, diminuindo o lixo

e reciclando”, garante.PA

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Nascido em São Paulo, o ator José D’Artagnan

se considera mesmo carioca, pois veio para a Ci-

dade Maravilhosa com apenas quatro meses de

idade. Depois de passar por Copacabana, Bairro

de Fátima e Barra, ele encontrou sossego no Jar-

dim Botânico, onde está há quase 15 anos. Foi

o casamento com a dramaturga Maria Carmen

Barbosa que o aproximou do bairro, no qual hoje

pode ser visto circulando com tranquilidade nos

arredores da rua Maria Angélica, onde mora.

Mesmo caminhando e andando de bicicleta

por todo o bairro e pela Lagoa, o ponto do “Va-

lério” da novela “Aquele Beijo” é a “vila Jardim

Botânico”, como ele mesmo identifica sua vizi-

nhança. D’Artagnan mantém conta no Bar Re-

bouças e no supermercado Cris Mar e, nas noi-

tes de insônia, recorre à loja de conveniências

do Posto Ipiranga. O Parque Lage é um prazer,

seja para para um café, um passeio pelo verde

ou uma noite de luar. O ator chegou a gravar

no parque, quando fez a novela “Pátria Minha”

e lembra do clima alto astral da equipe, que

incluia Tarcísio Meira, Cláudia Abreu e Rodrigo

Santoro. “Pena que naquela época eu ainda não

morava aqui do lado. Seria um luxo ir a pé para

a gravação”, confessa.

No quesito gastronomia, D’Artagnan também

não costuma ir muito longe: gosta de almoçar

no tradicional Adega do Porto, “que tem uma

língua fantástica”, comer pizza no Braz e cevi-

ches da novata “La Carioca”. Mas as porções de

camarão no alho de Dona Gertrude e a cerveja

com amigos no Rebouças são hors concours.

Deste trecho do bairro, só lamenta o cruza-

mento perigoso entre as ruas Jardim Botânico

e Maria Angélica e que o Sr. Alberto não abra o

Rebouças no Carnaval. Neste período, ele e seus

amigos mosqueteiros – o cantor Toni Platão en-

tre eles – invadem o bar Malangue – ou “Sonho

Lindo”, como está estampado na camisa dos

garçons –, na esquina da Frei Leandro.

- É lamentável o que vem acontecendo na-

quele cruzamento. É preciso reavaliar o trânsito

ali a fim de diminuir o número de acidentes,

observa D’Artinha, como costumam chamá-lo

carinhosamente.

Não é à toa que o tráfego intenso preocupa o

ator. Quando está gravando novelas, faz viagens

diárias ao Projac, a 35 km de sua casa. A distân-

cia seria facilmente percorrida em 40 minutos,

mas o trânsito pode esticar a viagem em até

duas horas! Adepto do clima de roça do bairro,

que para ele já está no limite do suportável,

D’Artagnan já tem seu plano B: nos momentos

7

de estresse, foge para seu sítio em Secretário.

Como gosta de fazer uma coisa de cada vez,

D’Artagnan aguarda o final da novela de Mi-

guel Falabella, marcado para o dia 13 de abril

(Dia Internacional do Beijo, avisa), para dar

forma a novos projetos. Formado pela UNI-Rio,

o teatro será prioridade para ele até o final do

ano e ele dá a dica:

- Adoraria montar uma peça no Espaço Tom

Jobim, dentro do Jardim Botânico.

No mais, só falta mesmo um cinema de ver-

dade no bairro para que ele fique perfeito aos

olhos de José D’Artagnan.

Ilustre Morador

JOSÉ

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INSTITUTO PALMEIRA IMPERIAL Instalado no clube

Condomínio, o Instituto Palmeira Imperial oferece aulas

de futebol, vôlei e jiu-jitsu para meninos e meninas de 5 a 15 anos. Para participar,

é só se inscrever em uma das aulas, de segunda a sexta, e levar um comprovante

de residência do Horto. O investimento já teve retorno. No Campeonato Brasileiro de

Jiu-Jitsu do ano passado, dos 15 alunos que disputaram a categoria, 12 subiram ao

pódio. Este ano, a modalidade precisa de patrocínio para participar das competições.

Mais informações com Edmilson Messias ([email protected])

Cidadania

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PRÓXIMA EDIÇÃO: MAIO/JUNHO 2012. RESERVE JÁ O SEU ESPAÇO: 2294-4926

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