Lavandula

angustifolia ‘Lavanda’

Das 25 espécies de lavandas, popularmente conhecidas como alfazemas, são extraídos óleos essenciais das flores, caules e plantas, que são utilizados em aromaterapia, na indústria de cosméticos e como anti-sépticos. Como produto terapêutico, em infusão, deve ser evitado o uso contínuo, podendo produzir excitação em dose tóxica. Ajudam a impedir a presença de insectos e parasitas. O óleo essencial da lavanda já era utilizado pelos Romanos para lavar roupa, tomar banho, aromatizar ambientes e como produto curativo indicado para insónia, actuando como calmante e relaxante.

Laurus nobilis

'Loureiro'

Para além de abundantemente usado na culinária, possui ainda algumas propriedades medicinais no combate ao reumatismo e problemas de estômago. É necessária extrema atenção para não se confundir com o loureiro-rosa (Nerium oleander), que serve unicamente para ornamentação, e cujas folhas e bagas são muito tóxicas, podendo uma simples folha causar a morte a um adulto. Na Grécia Antiga, as coroas confeccionadas com ramos de louro eram o símbolo da vitória para os atletas e heróis nacionais.

Ocimum

basilicum 'Manjericão'

Esta erva é usada frequentemente na cozinha italiana, para pizzas e massas. As folhas também dão um sabor interessante quando usadas em saladas verdes. Na medicina popular, o chá das folhas do manjericão é utilizado para aliviar as dores de garganta (gargarejo) e em bochechos ajuda a cicatrizar aftas. Este chá actua ainda contra tosses, gripes, resfriados e crises de bronquite. Sendo um sedativo suave, pode ser usado para combater dor de cabeça, enxaqueca e gastrites.

Petroselinum

'Salsa'

Esta erva deve usar-se preferencialmente fresca, uma vez que seca perde bastantes propriedades. A salsa é um bom desintoxicante, depurativo do sangue e estimulante da função renal.

Thymus vulgaris

'Tomilho'

Além do seu uso culinário, pode ser encontrado involuntariamente, na farmácia caseira de muitos lares, já que é um ingrediente, em muitas marcas, de soluções para lavagem da boca, descongestionantes e anti-sépticos. O mais antigo registo de uso medicinal do Tomilho é pelos Romanos, que o usaram como um remédio para a tosse e digestões difíceis. As propriedades expectorantes e anti-sépticas do tomilho tornam-no eficaz no tratamento de bronquites.

O trabalho com plantas aromáticas, medicinais e condimentares deve ser uma forma de valorização e resgate do saber popular; uma forma de preservar/conservar os conhecimentos relativos às mesmas. Praça das Comunidades Geminadas, 1 – Apartado 40, 4734 – 909 VILA VERDE – Telefone 253322016 – Fax: 253324275 – e-mail: geral@epatv.pt Lugar de Passos – Apartado 49, 4720 – 999 AMARES – Telefone: 253995400 – Fax: 253 995402 Av. Manuel Francisco da Costa, 4845-061 GERÊS – Telefone: 253397036 – Fax: 253 397038 Rua Dr. Domingos Mário da Silva, 4840-100 MOIMENTA – T.BOURO – Telefone: 253 357119 - Fax: 253 357121

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O que são? Desde tempos remotos que as plantas aromáticas são conhecidas pelo homem e largamente utilizadas para fins diversos. A utilização das plantas medicinais data de épocas muito antigas, quando o homem procurava na natureza plantas que lhe curassem ou aliviassem dores ou mal-estar.

O seu uso estende-se desde a área alimentar até à farmacêutica, sendo estas ervas utilizadas, quer no fabrico de infusões e conservação de alimentos, quer em medicamentos ou produtos cosméticos.

As plantas aromáticas, como o próprio nome indica, são plantas que emanam fragrâncias das suas folhas, caules, sementes, raízes, vagens ou flores, que podem ser mais ou menos intensas. Muitas plantas apresentam as três propriedades citadas, ou seja, são simultaneamente: aromáticas, medicinais e condimentares.

Hoje em dia, apesar da presença dos “medicamentos convencionais” em praticamente todas as partes do mundo, as plantas medicinais continuam a ocupar um espaço importante na vida de milhares de pessoas. Segundo a Organização Mundial de Saúde, 80 em cada 100 habitantes no Terceiro Mundo, tratam-se com medicamentos tradicionais, 85% destes medicamentos contêm extractos de plantas medicinais.

Como podem ser usadas? Era normal, para as gerações antigas, a preparação de chás e remédios homeopáticos. As pessoas sabiam a utilidade de cada erva aromática. Hoje, compramos as ervas nas feiras e supermercados, sem muitas vezes saber como elas são cultivadas ou para que servem.

As plantas aromáticas podem ser usadas para fins culinários como condimento (frescas ou secas), para fins medicinais (infusões, tisanas, cataplasmas, compressas, pomadas e tinturas, entre outros) ou até mesmo para fins cosméticos.

No nosso Jardim de Cheiros…

Apium graveolens

‘Aipo’

O aipo era usado pelos Gregos e Romanos como planta decorativa. Só mais tarde é que os europeus começaram a cultivá-lo, existindo aproximadamente 30 variedades com os mesmos princípios nutricionais. A raiz do aipo é utilizada na confecção de sopas e caldos, o caule em saladas e as folhas como tempero, parecido com a salsa. O aipo auxilia na redução do colesterol e na limpeza do sangue.

Rosmarinus

officinalis 'Alecrim'

Utilizada com fins culinários e medicinais, a sua essência também é utilizada em perfumaria. A sua flor é muita apreciada pelas abelhas produzindo assim um mel de extrema qualidade. A medicina popular recomenda-a como estimulante para todas as pessoas atacadas de debilidade, sendo o chá de alecrim um bom substituto do café. Devido a propriedades desinfectantes, o seu óleo essencial é recomendado para lavar os olhos atacados de conjuntivite. Uma tosse persistente desaparecerá com infusões de alecrim, que também se recomendam a todas as pessoas, cujo estômago seja preguiçoso na digestão.

Matricaria

recutita ‘Camomila’

Para fins medicinais, a única parte que se aproveita desta herbácea é a flor. O seu chá é utilizado para combater diversos problemas de saúde: tem acção anti-inflamatória, alivia as cólicas, é calmante, relaxante, combate a insónia e a acidez do estômago. Sob a forma de compressas sobre os olhos, o chá de camomila funciona como um calmante, ajudando a limpar, desinflamar e aliviar a irritação causada pela poluição. Na estética, ela também desempenha um importante papel: hidrata a pele e clareia o cabelo. Os egípcios usavam a camomila no tratamento da malária.

Helichrysum

italicum ‘Caril’

Também apelidada de "Perpétua-das-areias", tem o nome comum de Planta do Caril devido ao seu aroma intenso a caril. Cresce rapidamente e tem pequenas flores amarelas durante o Verão. Sobrevive ao sol directo uma vez que esteja ambientada.

Melissa

officinalis 'Cidreira'

É uma planta perene herbácea da família da menta e da hortelã. O seu sabor e aroma característicos, frutado de limão, principalmente nas folhas, deriva do seu óleo essencial do grupo dos terpenos. É muito utilizada na medicina tradicional como erva aromática e em aromaterapia. É utilizada como anti-espasmódica, anti-nevrálgica e como calmante. Acredita-se que ajude a conciliar o sono. É, ainda, usada na cosmética como essência de perfumes, sabonetes e champôs.

Coriandrum

sativum 'Coentros'

O coentro já era conhecido e utilizado pelos Egípcios, não como tempero, mas como planta medicinal. A ele se atribuíam propriedades digestivas, calmantes e, quando usado externamente, para alívio de dores das articulações e reumatismos. As suas folhas são muito parecidas com as folhas da salsa (Petrosilenum), mas com a ajuda do olfacto, pode-se sempre determinar de que planta se trata.

Foenicolum

officinale ‘Funcho’

O funcho é uma umbelífera, fortemente aromática, comestível. Pode ser usado na culinária, em perfumaria, como aromatizante no fabrico de bebidas espirituosas e como planta medicinal. Usada em baixas concentrações, dá um aroma e sabor discretos, semelhante ao mentolado, mas bastante mais suave e doce. Ajuda a combater a flatulência. As suas sementes são um bom expectorante.

Hypericum perforatum Hipericão

Largamente testada na actividade anti-depressiva, contra estados depressivos suaves a moderados, ansiedade, insónia, dores nevrálgicas e, ainda, actividades anti-virais e anti-bacterianas. É um calmante natural - uma chávena de chá de hipericão à noite contribui para uma boa noite de sono.

Mentha viridis

'Hortelã'

Todas as hortelãs exercem acção tónica e estimulante sobre o aparelho digestivo, além de possuírem propriedades anticépticas e ligeiramente anestésicas. Combate cólicas e flatulência, dores de cabeça e juntas doloridas, e aumenta a produção e circulação da bílis. Favorece expulsão dos catarros e impede a formação de mais muco. A infusão é indicada para gripes e resfriados.