janeiro - e-primature-primatur.com/assets-uploads/1474192901_4... · metafísico, que este, ausente...
TRANSCRIPT
JANEIRO
Ano Novo
FEVEREIRO MARÇO
D
S
T
Q
Q
S
S
D
S
T
Q
Q
S
S
D
S
T
Q
Q
S
S
D
S
T
Q
Q
S
S
D
S
T
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
11
12
13
14
15
16
17
18
19
20
21
22
23
24
25
26
27
28
29
30
31
Q
Q
S
S
D
S
T
Q
Q
S
S
D
S
T
Q
Q
S
S
D
S
T
Q
Q
S
S
D
S
T
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
11
12
13
14
15
16
17
18
19
20
21
22
23
24
25
26
27
28
Q
Q
S
S
D
S
T
Q
Q
S
S
D
S
T
Q
Q
S
S
D
S
T
Q
Q
S
S
D
S
T
Q
Q
S
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
11
12
13
14
15
16
17
18
19
20
21
22
23
24
25
26
27
28
29
30
31
Dia dos Namorados
Carnaval
Dia Internacional da Mulher
Equinócio da Primavera
Dia do Pai
ABRIL MAIO JUNHO
S
D
S
T
Q
Q
S
S
D
S
T
Q
Q
S
S
D
S
T
Q
Q
S
S
D
S
T
Q
Q
S
S
D
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
11
12
13
14
15
16
17
18
19
20
21
22
23
24
25
26
27
28
29
30
S
T
Q
Q
S
S
D
S
T
Q
Q
S
S
D
S
T
Q
Q
S
S
D
S
T
Q
Q
S
S
D
S
T
Q
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
11
12
13
14
15
16
17
18
19
20
21
22
23
24
25
26
27
28
29
30
31
Q
S
S
D
S
T
Q
Q
S
S
D
S
T
Q
Q
S
S
D
S
T
Q
Q
S
S
D
S
T
Q
Q
S
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
11
12
13
14
15
16
17
18
19
20
21
22
23
24
25
26
27
28
29
30
Sexta-Feira Santa
Páscoa
25 de Abril
Dia do Trabalhador Dia da Criança
Dia de Portugal
Corpo de Deus
Dia de Santo António
Dia de São João
Dia de São Pedro
Dia da Mãe
JULHO AGOSTO SETEMBRO
S
D
S
T
Q
Q
S
S
D
S
T
Q
Q
S
S
D
S
T
Q
Q
S
S
D
S
T
Q
Q
S
S
D
S
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
11
12
13
14
15
16
17
18
19
20
21
22
23
24
25
26
27
28
29
30
31
S
S
D
S
T
Q
Q
S
S
D
S
T
Q
Q
S
S
D
S
T
Q
Q
S
S
D
S
T
Q
Q
S
S
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
11
12
13
14
15
16
17
18
19
20
21
22
23
24
25
26
27
28
29
30
T
Q
Q
S
S
D
S
T
Q
Q
S
S
D
S
T
Q
Q
S
S
D
S
T
Q
Q
S
S
D
S
T
Q
Q
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
11
12
13
14
15
16
17
18
19
20
21
22
23
24
25
26
27
28
29
30
31
Assunção de Nossa Senhora
OUTUBRO NOVEMBRO DEZEMBRO
D
S
T
Q
Q
S
S
D
S
T
Q
Q
S
S
D
S
T
Q
Q
S
S
D
S
T
Q
Q
S
S
D
S
T
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
11
12
13
14
15
16
17
18
19
20
21
22
23
24
25
26
27
28
29
30
31
S
S
D
S
T
Q
Q
S
S
D
S
T
Q
Q
S
S
D
S
T
Q
Q
S
S
D
S
T
Q
Q
S
S
D
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
11
12
13
14
15
16
17
18
19
20
21
22
23
24
25
26
27
28
29
30
31
Q
Q
S
S
D
S
T
Q
Q
S
S
D
S
T
Q
Q
S
S
D
S
T
Q
Q
S
S
D
S
T
Q
Q
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
11
12
13
14
15
16
17
18
19
20
21
22
23
24
25
26
27
28
29
30
Implantação da República
Dia de Todos os Santos Restauração da Independência
Dia da Imaculada Conceição
Solstício de Inverno
Natal
Editor responsável Pedro BernardoTítulo Agenda Pessoa 2017Design Paper TalkTextos © Fernando PessoaSelecção e Organização © Vasco SilvaTodos os direitos para língua portuguesa reservados paraesta edição por E-primatur / Letras Errantes, Lda.
E-primatur é uma chancela editorial deLetras Errantes, Lda.Rua Oceano Atlântico, 52560-510 Silveira
Produção Finepaper
Esta é a primeira tiragem desta agenda, impressa naRainho & Neves, Lda., em Setembro de 2016e o ISBN 978-989-99542-7-4
NASCEU EM LISBOA, em 13 de Junho de 1888. Foi educado no Liceu (HIGH SCHOOL) de Durban, Natal, África do Sul, e na Universidade (inglesa) do Cabo de Boa Esperança. Nesta ganhou o prémio Rainha Victória de estilo inglês; foi em 1903 — o primeiro ano em que esse prémio se concedeu.
O que Fernando Pessoa escreve pertence a duas categorias de obras, a que poderemos chamar ortónimas e heterónimas. Não se poderá dizer que são anónimas e pseudónimas, porque deveras o não são. A obra pseudónima é do autor em sua pessoa, salvo no nome que assina; a heterónima é do autor fora de sua pessoa, é de uma individualidade completa fabricada por ele, como seriam os dizeres de qualquer personagem de qualquer drama seu.
AS OBRAS HETERÓNIMAS de Fernando Pessoa são feitas por, até agora, três nomes de gente — Alberto Caeiro, Ricardo Reis, Álvaro de Campos. Estas
ALBERTO CAEIRO RICARDO REIS ÁLVARO DE CAMPOS
1888 1935TÁBUA
BIBLIOGRÁFIC
A
FERNANDO P
ESSOA
individualidades devem ser consideradas como distintas da do autor delas. For-ma cada uma uma espécie de drama; e todas elas juntas formam outro drama. Alberto Caeiro, que se tem por nascido em 1889 e morto em 1915, escreveu poemas com uma, e determinada, orientação. Teve por discípulos — oriundos, como tais, de diversos aspectos dessa orientação — aos outros dois: Ricardo Reis, que se considera nascido em 1887, e que isolou naquela obra, estilizan-do, o lado intelectual e pagão; Álvaro de Campos, nascido em 1890, que nela isolou o lado por assim dizer emotivo, a que chamou «sensacionista», e que — ligando-o a influências diversas, em que predomina, ainda que abaixo da de Caeiro, a de Walt Whitman — produziu diversas complicações, em geral de índole escandalosa e irritante, sobretudo para Fernando Pessoa, que em todo o caso não tem remédio senão fazê-las e publicá-las, por mais que delas discorde. As obras destes três poetas formam, como se disse, um conjunto dramático; e está devidamente estudada a entreacção intelectual das personalidades, assim como as suas próprias relações pessoais. Tudo isto constará de biografias a fazer, acompanhadas, quando se publiquem, de horóscopos e, talvez, de foto-grafias. É um drama em gente, em vez de em actos. (Se estas três individuali-dades são mais ou menos reais que o próprio Fernando Pessoa — é problema metafísico, que este, ausente do segredo dos Deuses, e ignorando portanto o que seja realidade, nunca poderá resolver.)
FERNANDO PESSOA PUBLICOU, ortonimamente, quatro folhetos em ver-so inglês: Antinous e 35 Sonnets, juntos, em 1918, e English Poems I-II e English Poems III, também juntos em 1922. O primeiro poema do terceiro destes fo-lhetos é a refundição do «Antinous» de 1918. Publicou, além disto, em 1923, um manifesto, Sobre Um Manifesto de Estudantes, em apoio de Raúl Leal, e, em 1928, um folheto Interregno — Defesa e Justificação da Ditadura Militar em Por-tugal, que o governo consentiu que se editasse.
Nenhum destes textos é definitivo. Do ponto de vista estético, o autor pre-fere, pois, considerar estas obras como apenas aproximadamente existentes. Nenhum escrito heterónimo se publicou em folheto ou livro.
Tem Fernando Pessoa colaborado bastante, sempre pelo acaso de pedidos amigos, em revistas e outras publicações de diversa índole.
O que dele por elas anda espalhado é, na generalidade, de ainda menor interesse público que os folhetos acima citados. Abrem-se, porém, mas com reservas, as seguintes excepções: Quanto a obras ortónimas: o drama estático
DEFESA E JUSTIFICAÇÃO DA DITADURA MILITAR EM PORTUGAL
O Marinheiro in Orpheu I (1915 ); O Banqueiro Anarquista in Contemporânea I (1922); os poemas Mar Português in Contemporânea 4 (1922); uma pequena colecção de poemas in Athena 3 (1925); e, em o número I do diário de Lis-boa Sol (1925), a narração exacta e comovida do que é o Conto do Vigário.
QUANTO A OBRAS HETERÓNIMAS, as duas odes Ode Triunfal e Ode Ma-rítima — de Álvaro de Campos in Orpheu 1 e 2 (1915), o Ultimatum do mesmo indivíduo, em o número único de Portugal Futurista (1917); o livro Odes, de Ricardo Reis, em Athena 1 (1924); e os excertos dos poemas de Alberto Caeiro in Athena 4 e 5 (1925).
O resto, ortónimo ou heterónimo, ou não tem interesse, ou o não teve mais que passageiro, ou está por aperfeiçoar ou redefinir, ou são pequenas compo-sições, em prosa ou em verso, que seria difícil lembrar e tediento enumerar, depois de lembradas.
Do ponto de vista, por assim dizer, publicitário, vale, contudo, a pena re-gistrar uns artigos em A Águia , no ano 1912, sobretudo pela irritação que causou o anúncio neles feito do «próximo aparecimento do super-Camões». Com a mesma intenção se pode citar o conjunto do que veio em Orpheu, dado o escândalo desmedido que resultou desta publicação.
São os dois únicos casos em que qualquer escrito de Fernando Pessoa che-gasse até à atenção do público.
FERNANDO PESSOA NÃO tenciona publicar — pelo menos por um largo enquanto — livro nem folheto algum. Não tendo público que os leia, julga-se dispensado de gastar inutilmente, em essa publicação, dinheiro seu que não tem; e, para o fazer gastar inutilmente a qualquer editor, fora preciso um tiro-cínio para o processo a que deu o seu apelido o saudoso Manuel Peres Vigário, já em cima indirectamente citado.
Presença, n.º17, Coimbra: Dezembro de 1928
ORPHEU 1 e 2 PORTUGAL FUTURISTA ATHENA 1, 4 e 5
NÃO TENCIONA PUBLICAR PELO MENOS POR UM LARGO ENQUANTO
5 Segunda
6 Terça 9 Sexta
7 Quarta 10 Sábado
11 Domingo
Q
S
S
D
S
T
Q
Q
S
S
D
S
T
Q
Q
S
S
D
S
T
Q
Q
S
S
D
S
T
Q
Q
S
S
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
11
12
13
14
15
16
17
18
19
20
21
22
23
24
25
26
27
28
29
30
31
Notas
DE
ZE
MB
RO 28 Segunda 1 Quinta
Restauração da República8 Quinta Imaculada Conceição
29 Terça 2 Sexta
30 Quarta 3 Sábado
4 Domingo
19 Segunda 22 Quinta
20 Terça 23 Sexta
21 Quarta 24 Sábado
25 Domingo Natal
Notas
DE
ZE
MB
RO 12 Segunda 15 Quinta
13 Terça 16 Sexta
14 Quarta 17 Sábado
18 Domingo
Q
S
S
D
S
T
Q
Q
S
S
D
S
T
Q
Q
S
S
D
S
T
Q
Q
S
S
D
S
T
Q
Q
S
S
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
11
12
13
14
15
16
17
18
19
20
21
22
23
24
25
26
27
28
29
30
31
DE
ZE
MB
RO 26 Segunda 29 Quinta
27 Terça 30 Sexta
28 Quarta 31 Sábado
1 Domingo
2 Segunda 5 Quinta
3 Terça 6 Sexta
4 Quarta 7 Sábado
8 Domingo
Notas
Q
S
S
D
S
T
Q
Q
S
S
D
S
T
Q
Q
S
S
D
S
T
Q
Q
S
S
D
S
T
Q
Q
S
S
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
11
12
13
14
15
16
17
18
19
20
21
22
23
24
25
26
27
28
29
30
31
Por i
sso aq
ui, co
mo na A
leman
ha, n
unca
é po
ssíve
l dete
rmina
r resp
onsab
ilidad
es; el
as são
sempre
da se
xta pe
ssoa n
um
caso
onde
só ag
iram ci
nco.
Como o
s Alem
ães, n
ós esp
eramos
sempre
pela
voz d
e com
ando
. Com
o eles
, sofre
mos da
doen
ça
da Auto
ridad
e — ac
atar c
riatur
as qu
e ning
uém sa
be po
rque s
ão ac
atada
s, cita
r nom
es qu
e nen
huma v
aloriz
ação
objec
tiva
auten
tica c
omo c
itáve
is, se
guir
chefe
s que
nenh
um ge
sto de
compe
tência
nomeo
u para
as re
sponsa
bilida
des d
a acçã
o. Co
mo
os Alem
ães, n
ós co
mpensa
mos a n
ossa r
ígida
disci
plina
fund
amen
tal po
r uma i
ndisc
iplina
supe
rficia
l, de c
rianç
as qu
e brin
cam
à vida
. Refi
lamos
só de
palav
ras. D
izemos
mal só
às esc
ondid
as. E
somos
invejo
sos, g
rossei
ros e
bárba
ros, d
e noss
o verd
adeir
o
feitio
, porq
ue ta
is são
as qu
alida
des d
e tod
a a cr
iatura
que a
disci
plina
moe
u, em
quem
a ind
ividu
alida
de se
atrofi
ou.
Diferim
os do
s Alem
ães,
é cert
o, em
certo
s pon
tos
evide
ntes d
as rea
lizaç
ões d
a vida
. Mas
a dife
rença
é ap
e-
nas a
paren
te. El
es ele
varam
a dis
ciplin
a soc
ial, te
mpera-
mento
neles
como e
m nós,
a um si
stema d
e esta
do e
de
gove
rno;
ao pa
sso qu
e nós,
mais
rigid
amen
te dis
ciplin
a-
dos e
coere
ntes,
nunc
a infl
igimos
a noss
a rud
e disc
iplina
social
, esp
ecial
izand
o-a pa
ra um
estad
o ou u
ma adm
inis-
traçã
o. Deix
amo-l
a coe
rentem
ente
entre
gue a
o próp
rio
vulto
ínteg
ro da
socie
dade
. Daí
a noss
a dec
adên
cia!
Fern
ando
Pesso
a
Sobre
Portu
gal -
Introd
ução
ao Pr
oblem
a Naci
onal
SOMOS O
POVO D
ISCIP
LINADO po
r exc
elênc
ia. Le
vamos
a disc
iplina
socia
l àqu
ele po
nto
de ex
cesso
em qu
e cois
a nen
huma,
por b
oa qu
e seja
— e
eu nã
o crei
o que
a dis
ciplin
a seja
boa —
por f
orça q
ue há
-de se
r prej
udici
al.
Tão r
egrad
a, reg
ular e
orga
nizad
a é a
vida s
ocial
portu
guesa
que m
ais pa
rece q
ue so
mos um
exérc
ito do
que u
ma naç
ão de
gente
com ex
istên
cias i
ndivi
duais
. Nun
ca o
portu
guês
tem um
a
acçã
o sua
, que
brand
o com
o meio
, vira
ndo a
s cost
as ao
s vizi
nhos.
Age
sempr
e em gr
upo,
sente
sempr
e em gr
upo,
pens
a sem
pre e
m grup
o. Es
tá sem
pre à
espe
ra do
s outr
os pa
ra tud
o. E q
uand
o,
por u
m mila
gre de
desn
acion
aliza
ção t
empo
rária,
prati
ca a
traiçã
o à Pá
tria d
e ter
um ge
sto, u
m
pens
amen
to, ou
um se
ntimen
to ind
epen
dente
, a su
a aud
ácia
nunc
a é co
mpleta,
porqu
e não
tira
os olh
os do
s outr
os, ne
m a su
a aten
ção d
a sua
crític
a.
Parec
emo-n
os muit
o com
os A
lemãe
s. Com
o eles
, agim
os sem
pre e
m grup
o, e c
ada u
m do
grupo
porqu
e os o
utros
agem
.
DAS FEIÇ
ÕES DE A
LMA QUE C
ARACTER
IZAM
O P
OVO
PORTU
GUÊS, A
MAIS IR
RITANTE É,
SEM DÚVID
A, O SEU EXCESSO D
E DISCIPLIN
A.REFILAMOS
SÓ DE PALAVRAS.
DIZEMOS MAL SÓ ÀS
ESCONDIDAS.
JANEIROREG
RADA
ORGANIZADA
DISCIPLINADA R
EGULADA
JA
NE
IRO
1 Domingo Ano Novo
Notas
26 Segunda
7h
8h
9h
10h
11h
12h
13h
14h
15h
16h
17h
18h
19h
20h
21h
22h
31 Sábado
27 Terça
7h
8h
9h
10h
11h
12h
13h
14h
15h
16h
17h
18h
19h
20h
21h
22h
28 Quarta
7h
8h
9h
10h
11h
12h
13h
14h
15h
16h
17h
18h
19h
20h
21h
22h
29 Quinta
7h
8h
9h
10h
11h
12h
13h
14h
15h
16h
17h
18h
19h
20h
21h
22h
30 Sexta
7h
8h
9h
10h
11h
12h
13h
14h
15h
16h
17h
18h
19h
20h
21h
22h
D
S
T
Q
Q
S
S
D
S
T
Q
Q
S
S
D
S
T
Q
Q
S
S
D
S
T
Q
Q
S
S
D
S
T
F
2
3
4
5
6
7
8
9
10
11
12
13
14
15
16
17
18
19
20
21
22
23
24
25
26
27
28
29
30
31
«Convicções profundas, só as têm as criaturas superficiais. Os que não reparam para as coisas quase que as vêem apenas para não esbarrar com elas, esses são sempre da mesma opinião, são os íntegros e os coerentes. A política e a religião gastam dessa lenha, e é por isso que ardem tão mal ante a Verdade e a Vida.»Fernando Pessoa | Crónicas da vida que passa
JA
NE
IRO 4 Quarta
7h
8h
9h
10h
11h
12h
13h
14h
15h
16h
17h
18h
19h
20h
21h
22h
2 Segunda
7h
8h
9h
10h
11h
12h
13h
14h
15h
16h
17h
18h
19h
20h
21h
22h
5 Quinta
7h
8h
9h
10h
11h
12h
13h
14h
15h
16h
17h
18h
19h
20h
21h
22h
7 Sábado
8 Domingo
Notas
3 Terça
7h
8h
9h
10h
11h
12h
13h
14h
15h
16h
17h
18h
19h
20h
21h
22h
6 Sexta
7h
8h
9h
10h
11h
12h
13h
14h
15h
16h
17h
18h
19h
20h
21h
22h
D
S
T
Q
Q
S
S
D
S
T
Q
Q
S
S
D
S
T
Q
Q
S
S
D
S
T
Q
Q
S
S
D
S
T
F
2
3
4
5
6
7
8
9
10
11
12
13
14
15
16
17
18
19
20
21
22
23
24
25
26
27
28
29
30
31
O nosso escol político não tem ideias excepto sobre política, e as que tem sobre política são servilmente plagiadas do estrangeiro — aceites, não porque sejam boas, mas porque são francesas ou italianas, ou russas, ou o quer que seja. O nosso escol literário é ainda pior: nem sobre literatura tem ideias. Seria trágico, à força de deixar de ser cómico, o resultado de uma investigação sobre, por exem-plo, as ideias dos nossos poetas célebres. Já não quero que se submetesse qualquer deles ao enxovalho de lhe perguntar o que é a filosofia de Kant ou a teoria da evo-lução. Bastaria submetê-lo ao enxovalho maior de lhe perguntar o que é o ritmo.Fernando Pessoa | Textos de Crítica e de Intervenção
D
S
T
Q
Q
S
S
D
S
T
Q
Q
S
S
D
S
T
Q
Q
S
S
D
S
T
Q
Q
S
S
D
S
T
F
2
3
4
5
6
7
8
9
10
11
12
13
14
15
16
17
18
19
20
21
22
23
24
25
26
27
28
29
30
31
«Portugal é uma plutocracia financeira de espécie asinina. É, como todos os países modernos, excepto, talvez, a Itália, uma oligarquia de simuladores. Mas é uma oligarquia de simuladores provincianos, pouco industriados na própria histeria postiça. Ninguém já engana ninguém — o que é tristíssimo — na terra natal do Conto do Vigário. Não temos senão os vigaristas de praça como prova de qualquer sobrevivência das qualidades de intrujice da nação.»Álvaro de Campos | Páginas Íntimas e de Auto-Interpretação
JA
NE
IRO 11 Quarta
7h
8h
9h
10h
11h
12h
13h
14h
15h
16h
17h
18h
19h
20h
21h
22h
9 Segunda
7h
8h
9h
10h
11h
12h
13h
14h
15h
16h
17h
18h
19h
20h
21h
22h
12 Quinta
7h
8h
9h
10h
11h
12h
13h
14h
15h
16h
17h
18h
19h
20h
21h
22h
14 Sábado
15 Domingo
Notas
10 Terça
7h
8h
9h
10h
11h
12h
13h
14h
15h
16h
17h
18h
19h
20h
21h
22h
13 Sexta
7h
8h
9h
10h
11h
12h
13h
14h
15h
16h
17h
18h
19h
20h
21h
22h
D
S
T
Q
Q
S
S
D
S
T
Q
Q
S
S
D
S
T
Q
Q
S
S
D
S
T
Q
Q
S
S
D
S
T
F
2
3
4
5
6
7
8
9
10
11
12
13
14
15
16
17
18
19
20
21
22
23
24
25
26
27
28
29
30
31Há duas formas de dizer – falar e estar calado.Álvaro de Campos | Prosa de Álvaro de Campos
JA
NE
IRO 18 Quarta
7h
8h
9h
10h
11h
12h
13h
14h
15h
16h
17h
18h
19h
20h
21h
22h
16 Segunda
7h
8h
9h
10h
11h
12h
13h
14h
15h
16h
17h
18h
19h
20h
21h
22h
19 Quinta
7h
8h
9h
10h
11h
12h
13h
14h
15h
16h
17h
18h
19h
20h
21h
22h
21 Sábado
22 Domingo
Notas
17 Terça
7h
8h
9h
10h
11h
12h
13h
14h
15h
16h
17h
18h
19h
20h
21h
22h
20 Sexta
7h
8h
9h
10h
11h
12h
13h
14h
15h
16h
17h
18h
19h
20h
21h
22h
D
S
T
Q
Q
S
S
D
S
T
Q
Q
S
S
D
S
T
Q
Q
S
S
D
S
T
Q
Q
S
S
D
S
T
F
2
3
4
5
6
7
8
9
10
11
12
13
14
15
16
17
18
19
20
21
22
23
24
25
26
27
28
29
30
31
Nenhuma época transmite a outra a sua sensibilidade; transmite-lhe apenas a inteligência que teve dessa sensibilidade. Pela emoção somos nós; pela inteligência somos alheios. A inteligência dispersa-nos; por isso é através do que nos dispersa que nós sobrevivemos. Cada época entrega às seguintes apenas aquilo que não foi.Fernando Pessoa | Textos de Crítica e de Intervenção
JA
NE
IRO 25 Quarta
7h
8h
9h
10h
11h
12h
13h
14h
15h
16h
17h
18h
19h
20h
21h
22h
23 Segunda
7h
8h
9h
10h
11h
12h
13h
14h
15h
16h
17h
18h
19h
20h
21h
22h
26 Quinta
7h
8h
9h
10h
11h
12h
13h
14h
15h
16h
17h
18h
19h
20h
21h
22h
28 Sábado
29 Domingo
Notas
24 Terça
7h
8h
9h
10h
11h
12h
13h
14h
15h
16h
17h
18h
19h
20h
21h
22h
27 Sexta
7h
8h
9h
10h
11h
12h
13h
14h
15h
16h
17h
18h
19h
20h
21h
22h
D
S
T
Q
Q
S
S
D
S
T
Q
Q
S
S
D
S
T
Q
Q
S
S
D
S
T
Q
Q
S
S
D
S
T
F
2
3
4
5
6
7
8
9
10
11
12
13
14
15
16
17
18
19
20
21
22
23
24
25
26
27
28
29
30
31
JA
NE
IRO 30 Segunda
7h
8h
9h
10h
11h
12h
13h
14h
15h
16h
17h
18h
19h
20h
21h
22h
31 Terça
7h
8h
9h
10h
11h
12h
13h
14h
15h
16h
17h
18h
19h
20h
21h
22h
1 Quarta
7h
8h
9h
10h
11h
12h
13h
14h
15h
16h
17h
18h
19h
20h
21h
22h
2 Quinta
7h
8h
9h
10h
11h
12h
13h
14h
15h
16h
17h
18h
19h
20h
21h
22h
4 Sábado
5 Domingo
Notas3 Sexta
7h
8h
9h
10h
11h
12h
13h
14h
15h
16h
17h
18h
19h
20h
21h
22h