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DEZEMBRO2009 · Telefone 241 360 170 · Fax 241 360 179 · Avenida General Humberto Delgado - Edifício Mira Rio · Apartado 65 · 2204-909 Abrantes · [email protected] · www.oribatejo.pt Director JOSÉ ALVES JANA - MENSAL - Nº 5468 - ANO 109 - GRATUITO Laborinho Lúcio falou e encantou em Abrantes Militante da Justiça e dos Di- reitos Humanos, mostrou que a criança é sujeito de direitos. Uma conferência promovida pelo Jornal de Abrantes e An- tena Livre. página 4 CONFERÊNCIA Decréscimo da população está a causar preocupação Um estudo do Governo Civil avi- sa que a população vai continuar a decrescer na região até 2030. página 15 DEMOGRAFIA Martinho Jorge, um empresário e um desportista O conhecido empresário abran- tino do ramo automóvel, é este mês a personalidade em desta- que. página 3 ENTREVISTA Azeite Gallo a cantar em Abrantes há 90 anos I página 6 Boas Festas H VER PÁGINAs 9 e 13

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Jornal de Abrantes

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Page 1: JA Dezembro 09

DEZEMBRO2009 · Telefone 241 360 170 · Fax 241 360 179 · Avenida General Humberto Delgado - Edifício Mira Rio · Apartado 65 · 2204-909 Abrantes · [email protected] · www.oribatejo.pt

Director JOSÉ ALVES JANA - MENSAL - Nº 5468 - ANO 109 - GRATUITO

Laborinho Lúcio falou e encantou em AbrantesMilitante da Justiça e dos Di-reitos Humanos, mostrou que a criança é sujeito de direitos. Uma conferência promovida pelo Jornal de Abrantes e An-tena Livre. página 4

CONFERÊNCIA

Decréscimo da população está a causar preocupaçãoUm estudo do Governo Civil avi-sa que a população vai continuar a decrescer na região até 2030. página 15

DEMOGRAFIA

Martinho Jorge, um empresário e um desportistaO conhecido empresário abran-tino do ramo automóvel, é este mês a personalidade em desta-que. página 3

ENTREVISTA

Azeite Gallo a cantar em Abrantes há 90 anos

I página 6

Boas Festas

H

VER PÁGINAs 9 e 13

Page 2: JA Dezembro 09

DEZEMBRO20092 jaABERTURA

FOTO CRÍTICA

Se fosse presidente da Câmara Municipal da Barquinha o que mudaria?

Inundam-nos de informação. Que depois vira lixo. Poluição informativa e visual. E agora?

NOME Anabela Alves Grácio

IDADE 42 anos

PROFISSÃO Professora, Directora da Escola C+S

RESIDÊNCIA Constância

UMA POVOAÇÃO Constância, que a minha vida e o meu coração ele-geram

UM CAFÉ A cafetaria do Convento de Cristo, em Tomar

UM BAR A esplanada Pézinhos do Rio, em Constância, na confl uência dos Rios

UM PETISCO Todos: sou uma pe-tisqueira

UM RESTAURANTE O Remédio d’Alma, em Constância

UM LUGAR PARA PASSEAR A es-trada do Rio entre Constância e Montalvo - para passear a pé, de bicicleta, de carro (mas devagar!) - encantadora!

UM RECANTO A DESCOBRIR Para quem não conhece: o Parque Ambiental de Santa Margarida

UM DISCO O Piano - Michael Ny-man ou qualquer um de Rodrigo Leão

UM FILME O Carteiro de Pablo Ne-ruda

UMA VIAGEM A mais marcante que fi z : a Karachi, no Paquistão. Entre as muitas que faltam fazer: ao Japão

Anabela Grácio

EDITORIAL

Natal não é quando um homem quiser ...

SUGESTÕES DE ...

VOX POP

… mas quando um homem pu-der.

Natal é tempo de paz, alegria, fraternidade, partilha. Mas neste tempo de crise, de luta e competi-ção pela sobrevivência, por ame-aça constante ao que se tinha por adquirido, não é nada fácil viver o espírito de Natal.

Já o sabemos, Natal é a celebra-ção da vida que se renova, porque

o Sol começa a elevar-se no ciclo anual das estações. Mas se o sol brilha sobre o horizonte, não é se-guro que brilhe por dentro.

E, no entanto, quanto mais a si-tuação é difícil, mais é necessário que possamos encontrar donde venha a luz e o calor que alimenta o espírito de Natal. Num mundo cada vez mais laico e menos reli-gioso, resta o problema de saber

donde pode vir, então, essa luz que só pode vir de dentro, dado que de fora vêm sobretudo nu-vens negras.

Não nos compete, aqui, dar res-posta a este problema. Mas cabe darmo-nos conta de que, ape-sar do ambiente carregado em que vivemos, ainda há margem sufi ciente para a solidariedade. A recolha para o Banco Alimen-

tar contra a Fome foi generosa. O CRIA teve também uma iniciativa de apoio solidário. E generosa foi e está a ser a resposta a duas ini-ciativas que devemos aqui nome-ar: a Luta contra o Cancro no pro-jecto Um Dia Pela Vida e a cam-panha que o Jornal de Abrantes e Antena livre estão a levar a cabo a favor do C.A.T. É sinal de que, apesar de tudo, ainda há espe-

rança, pois os valores não se tra-duzem apenas em euros e o mais importante ainda conta. Ainda so-mos capazes de celebrar o Natal para lá das prendas e da mesa re-cheada.

Alves Jana

Maria Vitória Gouveia69 anos, Doméstica

Eu arranjava a calçada que está junto à Casa Mortuária. A pedra da calçada já é muito antiga e as pessoas, quando o chão está mo-lhado, passam e escorregam. Eu já lá ia partindo um pé.

Patrícia Morgado24 anos, Desempregada

Eu tentava conseguir mais opor-tunidades de trabalho para os jo-vens. Aqui na zona a situação tem estado muito difícil a nível de em-prego e colocações.

Adélia Quaresma52 anos, Empresária

Aqui na Barquinha estamos mui-to bem com o nosso Presidente. O que eu mudaria era a nível de la-res para idosos. O nosso concelho é grande e há muitos idosos que estão em casa sozinhos e sem qualquer tipo de apoio. Deveriam existir mais espaços destinados a estas pessoas.

Carlos Maia56 anos, Aposentado

Uma das coisas que era preciso mudar era a limpeza da vila, quer a nível de ruas, quer a nível de contentores. Era preciso dar uma volta a isto porque a reciclagem às vezes está semanas sem ser recolhida.

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3DEZEMBRO2009jja ENTREVISTA

“Garantir aos trabalhadores que estejam tão bem como eu”

MARTINHO CARREIRA JORGE

O senhor Martinho, como é conhecido, é em Abrantes a cara da Mercar e da Re-nault. Começou do nada e é hoje um empresário de su-cesso.

Começou a trabalhar aos 14 anos como mecânico e pode dizer-se que nunca mudou de empresa, em-bora a empresa tenha mu-dado de nome. Começou na STAL, em Torres No-vas, e estudou à noite na Escola Comercial, onde fez o 3º ano do Curso Ge-ral do Comércio (hoje seria o 9º ano). Fez quatro anos de tropa, dois dos quais no dito Ultramar). No regres-so, em 1970, foi chefi ar a delegação da STAL em Lis-boa. Em 1973, foi desafi ado a vir abrir a delegação de Abrantes para comerciali-zar a Renault.

Como foi vir para Abran-tes?

Abrantes não me dizia nada. Vim eu como ven-dedor e a minha mulher como empregada do stand, no Rossio. Apenas conhe-cia aqui duas pessoas de uma empresa com quem trabalhava.

Lembro-me de ter entra-do no café Pelicano, enor-me e cheio de gente, e não conhecer ninguém. Per-guntei-me: como é que vou vender carros a esta gente? Decidi abandonar a cidade e começar a traba-lhar na periferia, nas fre-guesias rurais dos vários concelhos, para chegar a Abrantes já com uma car-

teira de clientes. Foi uma época muito difícil. No pri-meiro ano vendi aí uns 9 ou 10 carros. Mas levava os carros à revisão a Torres Novas e trazia-os.

O 25 de Abril trouxe mu-danças.

A STAL, dos transpor-tes Claras, foi nacionaliza-da “por arrasto” e passou a chamar-se Ultrena. Alu-gámos a ofi cina do Biou-cas e mudámo-nos para Abrantes. Por exigência da Renault, em 1983 foi cons-tituída a Mercar para a re-presentar a marca na zona de Abrantes. Em 1992 a Mercar adquire o terre-no onde nos encontramos hoje. Em 1994 a Mercar é posta à venda e eu candi-datei-me e comprei-a com a minha mulher

Passa a ser dono da em-presa que, pode dizer-se, tinha criado e desenvolvi-do.

Eu nunca tinha pensado em ser dono da empresa. Aí por 1992 até tinha criado a Abrancar, para comércio de usados, que nunca che-gou a arrancar. A Ford con-vidou-me para ser o seu concessionário e eu acei-tei, mas depois vendi a mi-nha quota quando comprei a Mercar. Tinha de me de-dicar a tempo inteiro à em-presa.

Entretanto, já a passou à sua fi lha Cláudia.

Há cerca de dois anos. Mas antes disso, chamei-a já em 2003. Ela tomou co-nhecimento da empresa e do sistema da Renault, es-tudou gestão do sector au-

tomóvel, preparou a Mer-car para a certifi cação e, fi nalmente, há dois anos, é ela que está à frente da empresa.

Essa é a faceta do gestor e empresário. E a do auto-mobilista?

Isso começou quase por brincadeira. No início nin-guém me conhecia e a Re-nault era aqui pouco co-nhecida. Na altura havia o pop cross. E eu come-cei a correr com uma Re-nault 4. Está a ver-se que não podia ter pretensões. Mas como não havia mais nenhuma 4 L, acabei por tornar-me conhecido, eu e a marca. Depois, porque o bichinho pegou e pelo con-vívio, acabámos por adap-tar um Renaul 5 com a me-cânica de um Renaul 12 e

entrar no Rali de Iniciados. E por aí fora. Em 1994 fi -quei em 19º entre 22 no Rali da Rota do Sol. Quan-do comprei a Mercar, esse assunto fi cou arrumado. O carro esteve dois anos pa-rado e depois foi vendido.

Voltando à empresa. O senhor sempre teve uma preocupação social.

Como disse, comecei a trabalhar com 14 anos. Portanto aprendi os de-veres de um trabalhador para com a empresa, mas também da empresa para com o seu pessoal. Quan-do se deu o 25 de Abril, a empresa não era minha, mas eu era o gestor. Então, garanti aos trabalhadores que, enquanto eu estivesse à frente, eles estariam tão bem quanto eu, que ao dia

30 não haveria falta de ven-cimento, nem que eu tives-se de perder dinheiro. Até hoje. [Nota-se-lhe na voz alguma emoção, a que não será estranho algum orgu-lho, nem a memória das difi culdades vividas para cumprir a palavra dada.] Além disso, entre outras coisas, criámos para to-dos um seguro de saúde muito bom. A maior rique-za desta casa é o seu pes-soal. Agora, com a crise, propus-lhes um esquema para que, quando faltas-se trabalho, não tivésse-mos de despedir ninguém e eles aceitaram e organi-zaram-se. Agora, as coisas já estão equilibradas e to-dos fi cámos a ganhar.

Alves Jana

Martinho C. JorgeNaturalidade: Vale da Serra, Torres NovasAno de nascimento: 1943Início profi ssional: aos 14 anosFormação: Curso Geral do ComércioActividade em Abrantes: desde 1973

A Renault em Abrantes1973 – STAL abre delega-ção no Rossio1974 – Ultrena abre ofi ci-na em Abrantes1983 – É constituída a Mercar1992 – Mercar adquire terreno próprio1994 – Martinho Jorge e mulher compram a Mer-car

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DEZEMBRO20094 ja

Laborinho Lúcio proferiu em Abrantes uma notável conferên-cia sobre os Direitos da Criança.

Foi no passado dia 17, na Pirâ-mide. Cerca de meia centena de pessoas foram cativadas por um pensamento arrojado, mas se-reno, por um homem que não se alimenta dos problemas mas da procura de soluções, por um cidadão activo e comprometido com as causas da justiça e dos direitos humanos.

O convite a Laborinho Lúcio para esta conferência partiu do Jornal de Abrantes e da Antena Livre, no âmbito da comemoração dos 20 anos da Convenção dos Direitos da Criança. Sempre num tom de conversa, mas sem perder o ri-gor do raciocínio, Laborinho Lú-cio procurou mostrar que a Con-venção expressa uma “mudança de paradigma”: de uma atitu-de de protecção e assistência à criança, passa-se com a Conven-ção para uma afi rmação dos Di-reitos da Criança.

“A criança é agora reconhecida como sujeito de direitos, embora sujeito passivo, o que confi gura uma responsabilidade activa dos adultos e da sociedade para ga-rantir à criança os seus direitos.” Direitos articulados em três pi-lares fundamentais, decorrentes do ser, do pertencer e do crescer

da criança. Direito à família, por exemplo,

e a brincar, mas também direito à escola, e à disciplina e à auto-ridade enquanto indispensável ao seu crescimento. Trata-se de “outro modo” de ver a disciplina e a autoridade, não já como “um poder da escola e dos professo-res sobre a criança”, mas “um di-reito da criança que a escola e os professores devem assegurar”. Foi neste tom de pensar e fazer

pensar que os presentes foram desafi ados a repensar toda uma série de problemas, agora pers-pectivados a partir dos Direitos da Criança. Criança que deve ser vista, à face da Convenção e da Constituição da República como uma pessoa completa, sujeito de direitos que devem ser asse-gurados pela comunidade a que ela pertence, na perspectiva de que “é necessária toda uma al-deia, ou comunidade, para edu-

car uma criança”, disse.A afi rmação dos Direitos da

Criança decorre, segundo La-borinho Lúcio, de uma fi loso-fi a civilista e laica da sociedade. Não se trata de fundar a socie-dade em deveres, aliás que cau-sam reacção, mas de direitos, os quais confi guram por um lado a nobreza de cada uma das pesso-as e, por outro, os deveres de to-dos para assegurar os direitos de cada um. Foi um serão de fran-co convívio intelectual, em tom quase informal, em que os cos-corões de S. Lourenço foram re-lembrados e o café das velhas fi -cou prometido para uma próxima oportunidade. Porque os presen-tes reivindicaram ao JA e à AL, bem como ao orador, que fosse marcada um novo encontro. Por-que muito fi cou por dizer e por questionar.

Alves Jana

O Jornal de Abrantes e a Ante-na Livre agradecem publicamen-te o contributo decisivo das várias entidades que tornaram possível a campanha para assinalar os 20 anos da Convenção dos Direitos da Criança.Câmara Municipal de Abrantes, Governo Civil de Santa-rém, Casal da Coalheira, Herdade de Cadouços, Hotel de Turismo de Abrantes, Planeta Real, Res-taurante S. Lourenço.

ACTUALIDADE

o jornal de abrantes on line em www.oribatejo.pt

Laborinho Lúcio falou sobre direitos da criança

A CONVITE DO JORNAL DE ABRANTES E DA ANTENA LIVRE

Laborinho Lúcio é um cidadão e jurista comprometido com as causas da justiça e dos direitos humanos. No que respeita aos cargos públicos, lembramo-nos dele como ministro da Justiça, ministro da República para a Re-gião Autónoma dos Açores, di-rector da Escola de Polícia Judi-ciária e director do Centro de Es-tudos Judiciários, entre muitos outros cargos.

Como militante pelas causas da Justiça, basta dizer que é mem-bro fundador das Associações Portuguesas de Apoia à Vítima, e de Direito Europeu, da Associa-ção de Criminólogos de Língua Francesa, presidente da Assem-bleia Geral da Associação Portu-guesa para o Direito dos Meno-res e da Família e presidente da mesa do Congresso da Associa-ção dos Juristas de Língua Por-tuguesa.

Como pensador, para lá das muitas intervenções, seguidas por aqueles que o conhecem, ainda no passado dia 5 proferiu uma notável lição no “Forum Ci-dadania”, na Escola Secundária Maria Lamas, em Torres Novas. Apesar do frio que se fazia sen-tir, as pessoas não arredaram pé, seduzidas por um pensa-mento quente, ousado e sereno.

A defesa dos direitos humanos, o envolvimento cívico e o com-promisso social constituem uma marca distintiva da sua vida pú-blica, tornando a sua vida um exemplo para todos os cidadãos.

O cidadão Laborinho Lúcio

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5DEZEMBRO2009jja ECONOMIA

A compota de medronho é agora um novo produto ali-mentar. Apresentado em Ma-ção no passado dia 12, este novo produto gastronómico é uma nova aposta na explora-ção dos recursos endógenos do Pinhal Interior. Habitual-mente utilizado na produção da conhecida “aguardente de medronho”, o medronho passa gora a ser também apresentado sob a forma de doce. O medronho é prove-niente de uma planta frutí-fera e ornamental portugue-sa muito característica e de grande incidência no territó-

rio desta Região Beirã e Ru-ral. Agora passa a “empres-tar” a sua cor e o seu sabor à confecção de uma nova com-pota em Portugal, dando as-sim vida a um novo e impor-tante produto regional e ao potencial de um novo ciclo deste saber-fazer. «A tradi-ção, o saber-sstar, a paixão, a arte de fazer e a qualidade da matéria-prima são ape-nas alguns dos ingredientes essenciais para esta nova re-ceita, confeccionada de modo artesanal», prometem os promotores do novo produto que agora começa a dar os

primeiros passos no merca-do gourmet regional e nacio-nal. A nova compota passa a estar disponível nas empre-sas Aromação, de Saldanha Rocha, e Zira do Cadaval, de Maria Alzira, que «junta-ram esforços numa troca de conhecimentos e experiên-cias comerciais». É mais um contributo para a economia rural do Pinhal Interior.

DESENVOLVIMENTO LOCAL

Tagus apoia projectos de investimento ruralA TAGUS – Associação para o Desenvolvimento Inte-grado do Ribatejo Interior está a receber candidatu-ras para apoio fi nanceiro a projectos de investimento no meio rural dos conce-lhos de Abrantes, Constân-cia e Sardoal.

Não são, porém abran-gi-das, as freguesias urbanas de S. João e S. Vicente, e mesmo esta é abrangida na zona mais rural.

Este apoio é concedido ao abrigo do programa LEA-

DER 7.13 e a fase de candi-datura decorre até ao dia 15 de Dezembro. Os objectivos deste apoio são a diversifi -cação da actividade econó-mica, a criação de emprego e promoção da qualidade de vida das populações.

Na presente fase, 708.000 euros estão disponíveis para apoiar projectos de in-vestimento total no valor de cerca de milhão e meio de euros. Pedro Saraiva, técni-co gestor da Tagus, explica que se trata de «um instru-mento de gestão local para

apoiar projectos de investi-mento que impliquem ou a criação do próprio emprego ou a expansão de negócios já existentes.»

Para 2010 estão previstas novas fases de dois meses para apresentação de can-didaturas, a começar nos meses de Março, Julho e Agosto.

Na página da Tagus na Internet, www.tagus-ri.pt, os interessados podem en-contrar a informação ne-cessária, bem como os for-mulários de candidatura.

Compota de medronho é nova aposta do Pinhal Interior

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DEZEMBRO20096 ja

Há quase um século que o GALLO começou a cantar nas bandas de Abrantes e é, hoje, uma marca incontornável dos azeites portugueses.

O azeite GALLO está as-sociado à empresa Vic-tor Guedes, de Rossio ao Sul do Tejo, adquirida pela FIMA em 1989.

A memória do Azeite GALLO encontra origem nos fi nais do século XIX, iniciando-se em 1860, data da fundação em Abrantes de um estabelecimento pertencendo à “União In-dustrial, Lda.”.

Reza a lenda que Victor Guedes terá decidido dar o nome GALLO ao azeite numa manhã em que, de-pois de acordar e abrin-do de par em par as jane-las do seu quarto, ouviu um galo a cantar. Porque era de origem galega, registou o nome da marca com dois “l”, nome que até hoje foi preservado pela sua gra-ça e originalidade. Aliás, toda a promoção televisiva da marca contém sempre a referência “a cantar desde 1919”.

Portanto há 90 anosOlhando para a história

da empresa, em 1938, o estabelecimento com ar-mazéns e fábrica “União Industrial Lda.” é adquiri-do pela “Victor Guedes & Cª”, que detém escritórios na Rua dos Remolares, nº 7, em Lisboa. Nesta altura existiam em Abrantes ar-mazéns de azeite, um la-gar, uma refi naria de azei-

te, indústria de carnes e enchidos e uma saboaria.

A “Victor Guedes & Cª” começa, então, a preparar aqui os lotes de azeite que passariam a seguir a gra-nel para um armazém no Poço do Bispo, em Lisboa, onde eram embalados em latas para a exportação. Até então o mercado domésti-co era encarado como se-cundário, vendendo ape-nas o azeite extra virgem, e, quando assim era per-mitido, o “lotado corren-te”, para além de sabões correntes e azeitonas em conserva. Mas a unidade de produção do azeite de Rossio ao Sul do Tejo nun-ca teve lagar ou azeitona, já que a empresa compra aos produtores e trata o azeite na sua, agora, moderna li-nha de embalamento e ro-tulagem, para além das análises laboratoriais que são feitas no Rossio.

Em 1969, a empresa as-sume uma mudança de es-tratégia: a entrada no mer-

cado doméstico de azeite, de óleo embalado, de sa-bão tradicional e de azei-tonas de conserva. Logo a seguir verifi ca-se uma fase de expansão industrial, ca-racterizada por fortes in-vestimentos e moderniza-ção das instalações exis-tentes.

Em 1975, na sequência da estratégia de 1969, foi con-cluída uma nova refi naria.

No ano seguinte dá-se iní-cio às obras de instalação de uma unidade de extrac-ção de óleos de sementes. O lagar contínuo arranca em 1978 e em 1980 é inau-gurada uma unidade de fa-brico de sabão. Ao longo de todo este período, os inves-timentos e melhorias ao nível das unidades de em-balamento de azeite e de óleo vão também suceden-

do-se. A dez de Novembro de

1989, após prolongadas ne-gociações, a FIMA adquire a totalidade das acções da “Victor Guedes, S.A.

Para a FIMA, que já tra-balhava sobretudo no mer-cado das gorduras, nome-adamente as margarinas, a aquisição teve como objec-tivo a diversifi cação da sua carteira de produtos que

viria, assim, a crescer. As unidades de fabrico de sa-bão e de extracção do óleo de sementes são depois desactivadas e a atenção é agora dirigida à selecção, controle de qualidade, lo-teamento e embalagem de azeite, bem como à refi na-ção e embalagem do óleo girassol.

Em 1997/98 as linhas de embalamento de azeite são totalmente remodela-das. Em 1999 é criada uma nova entrada para a fábrica localizada de modo a faci-litar a circulação e são re-alizadas melhorias ao nível de higiene e segurança.

No fi nal do ano passado a marca tinha vendido 15 milhões de litros de azei-te em Portugal. Este valor representou 30% da produ-ção total que, de forma es-magadora, foi encaminha-da para exportação, tendo no Brasil um dos maiores consumidores do GALLO.

Jerónimo Belo Jorge

ECONOMIA

Gallo a cantar em Abrantes desde 1919

UMA GRANDE MARCA COM 90 ANOS

Neste momento para além dos azeites, a GALLO apresenta também uma linha de vinagres e azeitonas.

Mas nos azeites, a marca apresen-ta o GALLO Colheita 2009/2010, com a extracção feita a partir das primei-ras azeitonas deste ano. GALLO Co-lheita ao Luar, 2008/2009, apresen-tou um novo conceito na marca. A Azeitona colhida de noite, com tem-peraturas mais baixas que favore-cem os aromas e sabores no azeite. GALLO Colheita Tardia Delicado, tra-

ta-se de um produto de baixa acidez, obtido por extracção a frio de azeito-nas mais maduras colhidas. GALLO Grande Escolha é, segundo a marca, nobre, dourado com algumas notas de frutado verde esta é a forte per-sonalidade deste Azeite especial. Depois existem os GALLO clássico, suave, intenso, frutado, reserva e o GALLO primeiro azeite, o azeite do bebé. mGALLO com ervas aromáti-cas apresenta os três azeites com sabor a estragão, orégãos e tomilho.

Nos vinagres a marca apresenta seis sabores e nas azeitonas, pastas preta e verde.

Os Produtos Gallo

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7DEZEMBRO2009jja ACTUALIDADE

No fi nal da década de 80, o GAT – Gabinete de Apoio Técnico fez o projecto. Mas quem estava à frente achou que era melhor fa-zer de outra maneira. Por isso, o GAT «desvinculou-se» da obra.

Ponto, parágrafo um.Em 1995, o edifício resul-

tante da criatividade local iniciou funções. É o Centro de Dia. Foi mesmo inaugu-rado pelo Governador Ci-vil. Está dito em placa co-memorativa. A Segurança Social apoiou e continua a apoiar o trabalho social do centro. Tudo certo. Ponto, parágrafo dois.

Em 2004, Manuel Traqui-na fi ca à frente dos desti-nos da casa. E quer levan-

tar voo: de centro de dia para lar, que «era isso que o povo queria».

O pior é que o edifício não pode levantar voo. E é ago-ra que se entorna o caldo. Para abrir o processo de reconversão do que está no que se quer que esteja, é necessário que o edifício tenha licença de utilização. Não tinha. Pede-se a licen-ça à Câmara. O processo ti-nha desaparecido.

E andou-se à procura dele até que apareceu. Era já o ano de 2008. Não é ponto fi nal nem parágrafo, por-que o caso não anda, con-tinua, parado. Não pode ser passada licença de utiliza-ção porque o edifício não corresponde ao projecto. E que fazer, então? Fazer o

projecto do que lá está.O edifício está lá desde

1995, foi inaugurado por uma autoridade pública, tem sido utilizado, e reco-nhecido e apoiado publica-mente. Mas não existe, só pode. Pois se é necessá-rio ir fazer agora o projec-to do que lá está: cálculos de estabilidade, electricida-de, água e esgotos… qua-se tudo. Para que o edifí-cio passe a ter existência legal. Para depois de me-ter um projecto de altera-ções. Para depois se poder construir o que é necessá-rio para poder funcionar como lar.

Manuel Traquina desa-bafa. «Com estas exigên-cias todas, não sei se va-mos ter lar. Nós trabalha-

mos por amor à camisola. Eu não ando a pedir dinhei-ro, muito menos para mim. Só peço que não ponham entraves.»

Mas lá vai fazendo força. Nota-se que já não sabe bem onde ir buscá-la, far-to de empurrar para cima,

para tornar-se lar, um edi-fício que não existe. Mas o projecto já está em elabo-ração. O dinheiro para pa-gá-lo também já existe. Mas Manuel Traquina viu as leis mudarem e o que em 2004 era fácil de fazer agora… já lhe parece impossível.

Mas não pode ser. Não pode haver impossíveis. Por isso não há, não pode haver ponto, parágrafo. O traba-lho continua. E Manuel Tra-quina insiste. «Só peço que não ponham entraves.»

Alves Jana

Este edifício não existe legalmenteCENTRO DE DIA DO SOUTO

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DEZEMBRO20098 jaECONOMIA

Todos os acontecimentos possuem na sua génese algo que condiciona a sua importância e infl uência no universo que habitamos. A génese de algo ou de alguém não pode ser dissociada da cadeia de factos e de condicionalismos que antecederam o aconteci-mento em si. Francesco Alberoni especulava em livro homónimo deste artigo, que a Génese de um acon-tecimento poderia ser interpretada como a congre-gação de vontades, baseada em aspirações e valores comuns, que originam o denominado “estado nas-cente”..

Aceitando a validade desta interpretação, que no-vos acontecimentos políticos poderemos classifi -car dignos de esta defi nição e que afectem a nossa vivência abrantina? Atrevo-me a sugerir aos leitores três acontecimentos desta índole: Um novo Governo da Nação, uma nova Gestão Autárquica e uma nova Comissão Política Concelhia do PSD.

Associemos a cada um destes acontecimentos as motivações e valores inerentes á sua Génese e pers-pectivemos alguns dos possíveis desígnios. A que motivações e valores é possível associar a génese do novo governo? Continuarão valores como a reforma do Estado, reforma da justiça, modernização e coesão social a prevalecer? Ou serão preteridos em relação ao diálogo, transparência, consenso e sucesso fi nan-ceiro dos grupos económicos? Serão os valores que enunciámos compagináveis para um desígnio na-cional coerente e viável? As questões que coloco te-rão inevitavelmente respostas nos próximos tempos. Pessoalmente, só acredito em soluções políticas que saibam ouvir, que saibam decidir, mas que saibam transmitir aos Portugueses os valores em que acre-ditam e que estiveram subjacentes às motivações da sua decisão.

Analisemos o caso seguinte: A nova gestão autárquica. Ficou claro perante os eleitores, que na génese da nova gestão autárquica existem valores de abertura social, congregação de vontades e de capa-cidade técnica que, aliados a perseverança e capaci-dade de trabalho, podem ser uma sólida base para retirar o concelho de Abrantes do isolamento econó-mico e político onde se confi nou, por culpa própria, na última década. O tempo dirá.

Por último, “the last, but not the least”, uma palavra para a nova comissão política concelhia do PSD. Es-pera-se desta força de oposição, uma capacidade de transmissão de ideias alternativas em relação ao po-der autárquico. Esperam-se contributos para a ges-tão autárquica através dos seus vereadores. Espera-se esperança.

Deveriam ser estes alguns dos valores da sua génese. O que se percepcionou até ao momento, con-sistiu apenas na incapacidade de ouvir os Abrantinos em sessão autárquica, a apresentação de medidas contabilísticas e transformação de um mau blog po-lítico em coluna social. Serão apenas estes os seus desígnios? Temos o direito de esperar mais e melhor, mas temos de reconhecer que as motivações da sua génese não foram famosas……

* Engenheiro Civil, Ex Governador Civil do Distrito de Santarém

OPINIÃO

A GéneseJOSÉ EDUARDO MARÇAL * “Obrigado! Pela ajuda à Colónia de Férias!” Por detrás da secretária de Cláudia Jorge, esta placa assinada pelo CRIA e da-tada de 2009 está colocada como um troféu.

Não é por acaso. A em-presa leva a sério a sua responsabilidade social, tanto interna como exter-na. A começar pela interna, que sustenta a empresa e alimenta a solidariedade externa.

A jovem empresária, que está na Mercar desde 2003, mas assumiu as rédeas há dois anos, das mãos do pai, Martinho Jorge (ver entre-vista na pag. 3), tem orgu-lho no seu pessoal. “Eu te-nho a satisfação de ter aqui pessoal de muita categoria. Não são pessoas de fazer ronha, de meter atestados médicos falsos, de chega-rem atrasados. Todos dão o litro.” E pensa que isso se deve também ao cuida-do que a empresa sempre teve com os seus trabalha-dores. “Criámos um seguro de saúde completo. Além disso, criámos incentivo à formação pessoal. Temos um protocolo com o Centro de Novas Oportunidades da Escola Solano de Abreu e damos um apoio fi nan-ceiro a quem anda em for-mação. Quando a forma-ção em que a pessoa está inscrita, por exemplo o 9º ano, esse incentivo passa

a fazer parte do ordenado base. Se continuar a estu-dar, tem direito a novo in-centivo.”

Mas torna-se claro que a maior responsabilidade so-cial para com o seu pessoal passa pelo trabalho de ges-tão da empresa de modo a criar resultados positivos e «manter os postos de tra-balho. “O que mais dá raiva é estamos aqui 42 pessoas a trabalhar a sério e, de-pois, o resultado no fi nal do mês ser negativo.” As coi-sas agora estão melhores, diz, mas houve meses mui-to difíceis. Outra forma de garantir as coisas é a cer-tifi cação de Qualidade. Em 2006 foi feita a certifi cação de um primeiro nível, e es-tão já a preparar-se para um segundo nível.

Mas a Mercar não se fe-cha sobre si mesma, antes assume a sua cidadania activa no meio em que está inserida. O caso do CRIA

é apenas um, mas o que Cláudia Jorge refere são os estagiários que recebem da formação profi ssional, um dos quais fi cou mesmo na empresa. Também do PIEF acolhem estagiários. E “quando recebemos um estagiário assim, os nos-sos trabalhadores organi-zam-se para recebê-lo e apoiá-lo, como se fosse fi -lho de um deles, não vem à toa.” Além disso, a Mer-car colabora com escolas, mesmo com Universida-des, sobretudo em traba-lhos de mestrado: “Nunca recusamos os dados que nos pedem”.

E tudo isto é apoiado na actividade comercial da empresa, que não pode deixar de ser referida. A Mercar trabalha no sector automóvel, funciona com 42 trabalhadores, repre-senta a Renault e a Dácia (ver trabalho sobre a Dá-cia) e está candidata a re-

presentar a Nissan. Nes-se domínio, é uma empre-sa de venda de produtos, carros novos e usados e peças, e venda de serviços como mecânica, bate cha-pas, pintura e lavagens.

Cláudia Jorge deixou a sua carreira de engenheira zootécnica para vir dar continuidade à obra do pai. E descobriu em si um novo interesse de que mal sus-peitava. Lê-se, no modo como fala, que se dedica à sua empresa com paixão. E que valeu a pena arriscar tudo. E lamenta ver “muito pouca gente a arriscar”. Tal como não percebe que al-gumas pessoas vão a Lis-boa “comprar o carro por menos, sei lá, por menos 500 . Preferem não aju-dar a economia local. Mas depois, quando têm pro-blemas, não são os de Lis-boa que os vão resolver.”

Alves Jana

Uma empresa de automóveis com responsabilidade social

MERCAR

A fome e o frio metem a lebre ao caminho. E os construtores de automó-veis também. Foi por isso que o Dacia aparece entre nós com uma nova mar-ca. Trata-se de um veícu-lo mais barato apresen-tado como uma aposta na «habitabilidade». Com versões de 5 e 7 lugares, bastante fl exíveis no seu interior para se ajustar às necessidades de momento

do utilizador, os seus mo-delos são apresentados como «acessíveis, confor-táveis e práticos».

Trata-se de uma mar-ca lançada pelo grupo Re-nault, pelo que o cliente tem assegurada a tecno-logia desta marca france-sa, mas a um preço mais acessível. Isto porque, para simplifi car, o motor é Renault, dando ao Da-cia a qualidade técnica já

conhecida, mas os acaba-mentos são em materiais mais acessíveis e a produ-ção é feita na Roménia, o que permite um preço fi nal

mais à medida da necessi-dade de poupança.

Com esta nova marca, Dacia, também a Renault procura enfrentar a crise.

Dacia, um novo carro contra a crise

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9DEZEMBRO2009jja ECONOMIA

Um dos seis melhores pro-dutores de vinho do mundo é do concelho de Abrantes.

A Herdade de Cadouços foi recentemente conside-rada com essa distinção pelo júri do concurso “The Wine Innovations Awards”, em Londres. Esta classifi -cação deve-se ao concei-to de agricultura biológica que a Herdade de cadou-ços pratica, desde a garra-fa aos rótulos e às rolhas.

Os vinhos tinto “Yes We Can” e “Memorium” con-quistaram duas medalhas de bronze e o “Harmony” recebeu uma menção hon-rosa, na categoria “Pro-duct Awards”. Conquistou também o prémio de mé-rito na inovação dos méto-dos de produção de vinho, entre os seis primeiros,

na categoria “Cellar Door Operation”. A marca “Yes we can” surgiu para expor-tação, e os mercados in-glês e americano são o ob-jectivo. Em Portugal é pos-sível encontrar este vinho na loja da Herdade de Ca-douços, em Água Travessa, Bemposta, em alguns res-taurantes de Lisboa e nas lojas gourmet do El Cor-

te Ingles. Também o vinho “Casal da Coelheira Bran-co Chardonnay, de 2008”, do Casal da Coelheira, de Tramagal, foi distinguido no mês passado, de en-tre 10 vinhos brancos. Este prémio foi atribuído pela publicação “Revista de Vi-nhos”, que anualmente organiza a feira “Encontro com o Vinho e Sabores”.

Para além deste prémio, o Casal da Coelheira, du-rante o ano 2009, parti-cipou em seis concur-sos, obtendo bons re-sultados. No concurso nacional de vinhos engar-rafados, o mesmo “Casal da Coelheira Branco Char-donnay, de 2008”, assegu-rou uma medalha de prata. A nível regional, no concur-so de vinhos engarrafa-dos do Ribatejo, o Casal da Coelheira obteve uma me-dalha de ouro e duas de prata. Em Paris, arrecadou duas medalhas de prata e em Bruxelas também ou-tra medalha de prata. Em Londres, em dois concur-sos distintos, o Casal da Coelheira obteve duas me-dalhas de bronze.

Maria João Ricardo

Cadouços e Coelheira com vinhos premiados

PRODUTORES LOCAIS PREMIADOS

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DEZEMBRO200910 jaACTUALIDADE

Arte e amizade unidas em cooperativa

ARTELINHO - ARTESANATO E DESENVOLVIMENTO

Em expansivo artigo o Dr. Mário Soares manifesta-va apreensão pelo futuro do PSD. Dou por adquirido ser sincero o sentimento do antigo Presidente da Re-pública – partilho dessas apreensões – a começar por Abrantes. Em política as orações concessivas trazem o descrédito ao partido, enquanto as orações copula-tivas estabelecendo ligações espúrias levam ao afas-tamento de todos quantos sabem que os valores não podem estar dependentes das orações condicionais, estão para cima delas. Ora, em Abrantes após a tre-menda derrota nas recentes eleições autárquicas fazia todo o sentido efectuar-se um profundo e amplo de-bate destinado a percebermos as razões antigas e re-centes explicativas do desastre, quando existiam con-dições políticas para ser ao contrário. Apressadamen-te, na surra, fi zeram eleições. Dá a impressão de que os fautores do acto eleitoral, co-autores da catástrofe eleitoral, entenderam o resultado como um condiloma que urgia extrair rapidamente sem primeiro ser estu-dada a melhor forma de o fazer. Eu pasmei ante o des-pautério. Pasmei desses militantes, que têm pelo par-tido um amor tão profundo e tão bem orientado – que o querem apenas para satisfação de ridículas vaidades e melhoria de currículo. Senão é assim, como entender uma prosa inçada de vacuidade na qual a agora res-ponsável na falta de passado político invoca o de um familiar envolto em prosa requentada, frágil e amar-fanhada pelo nada. Pasmei – desse texto, que, corro-bora a falta de visão estratégica, de audácia na abor-dagem de temas e formulação de propostas por par-te dos vereadores eleitos. Apesar da boa disposição da Senhora Presidente em escutar e discutir alternativas, prevalece a ingénua (estou a ser caridoso) emenda ou reparo sem conteúdo, levando a que algumas reuni-ões do executivo camarário sejam rápidas e curtas – coisa para meia-hora ou quarenta minutos. Longe vão os tempos em que as opiniões Pedro Marques e Vaz Moreno mereciam cuidada análise e inúmeras vezes acolhimento. Não estou indignado, estou apreensivo ante o rumo que o partido laranjinha está a tomar em Abrantes, reconhecendo quanto as minhas palavras são palavras perdidas junto do actual poder, quanto o meu entusiasmo em repelir um tal desconchavo é le-vado à conta de querer infl uenciar os acontecimentos. Engano puro. Por assim ser, limito-me a costurar es-tas apreensões na esperança que possam servir para alguns militantes refl ectirem sobre a real situação do PSD, no concelho abrantino.

OPINIÃO

ApreensõesARMANDO FERNANDES

É com alegria que as tra-balhadoras da Cooperativa Artelinho recebem e mos-tram todo o seu trabalho a quem as visita.

Esta cooperativa traba-lha a arte do linho e da verga, e faz bordados e do-çaria em Alcaravela, San-ta Clara. Foi com água na boca que Maria Alina, uma das fundadoras, nos fa-lou um pouco sobre a his-tória da cooperativa e so-bre todo o trabalho desen-volvido ao longo dos anos. Enquanto as “cavacas” es-tavam no forno, Alina con-tou-nos como o gosto pela terra, pela conservação do linho e o querer contribuir para o rendimento familiar levou um grupo de mulhe-res a optar pela constitui-ção de uma cooperativa em 1989.

Inicialmente a cooperati-

va tinha mais de 60 coope-rantes das quais apenas 30 trabalhavam diariamente, mas hoje em dia laboram na cooperativa cerca de 15 senhoras. Quem coopera na Artelinho cultiva o gos-to pela tradição mas so-bretudo fá-lo pela amiza-de e contra a solidão.

Segundo Alina, “Traba-lhamos pelo bem-estar, por partilharmos a receita de um bom comer e para nos ajudarmos umas às outras. Quando estamos doentes já estamos deser-tas para vir aqui porque nos faz falta este ambiente e esta amizade.”

Para a Artelinho, a for-mação foi desde muito cedo uma mais valia. Ape-sar destas mulheres já sa-berem trabalhar os ma-teriais porque foram co-nhecimentos passados de geração em geração, ini-

cialmente todas tiveram cursos nas diferentes áre-as e aperfeiçoaram e mo-dernizaram os seus co-nhecimentos.

Regra geral, a maior di-fi culdade desta cooperati-va é a concorrência “des-leal” dos produtos con-feccionados em fábricas e que apesar de não terem a qualidade dos artesanais são mais baratos e ven-dem mais.

Na Artelinho, uma colcha de linho demora cerca de 15 dias a ser feita. Sendo assim, estas peças únicas e muito trabalhosas aca-bam por ser peças caras que não conseguem fazer face à concorrência.

Mas também a falta de gente nova para trabalhar nos teares representa uma difi culdade. Para Noélia Rafael, um das coopera-doras, as raparigas “novas

não querem este trabalho porque não há salário fi xo. Nós só recebemos depois do trabalho vendido.”

Para tentar ultrapassar as difi culdades fi nanceiras e criar mais fontes de lu-cro, a Artelinho alargou as suas actividades aos pro-dutos regionais.

“Como isto nos dava pou-co, tivemos a ideia de ar-ranjar um forno e come-çámos a fazer pão. Por norma todos os dias faze-mos tigeladas e outros bo-los miúdos, e o pão é feito às Quartas, Sextas e Sába-dos.”

Nos seus 20 anos de existência, a Artelinho já confeccionou milhares de peças artesanais que são reconhecidas como sendo trabalhos de grande quali-dade e valor artístico.

Milene Almeida

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ACTUALIDADE 11DEZEMBRO2009jjaEM ABRANTES E PEGO

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Mais uma vez, os “jornalistas e afi ns”, que operam na zona de Abrantes reuniram-se para um jantar de convívio. Foi em S. Lourenço, a 4 de Dezembro, e a camaradagem foi o prato forte. Uma saudação de Natal a todos.

A Segurança Social apro-vou recentemente os apoios à construção de dois novos lares de idosos no concelho de Abrantes, um na cidade e outro na freguesia do Pego.

Estes dois lares vão criar quase 120 camas para acolher idosos, uma situ-ação que há muito era es-perada no concelho, uma vez que existe um défi ce elevado de camas para acolher idosos. A situa-ção é tão preocu-pante que o Cónego José da Gra-ça, responsável pelo Cen-tro Social Inter-Paroquial, revelou ao JA que mesmo com mais 60 camas na ci-dade o défi ce vai continu-ar a existir. Basta ver que a Santa Casa da Misericór-dia de Abrantes, que tem cerca de centena e meia de idosos internados no lar-hospital, não consegue responder aos pedidos que existem e, por isso, tem lista de espera. Já Antó-nio Mor, do Centro Social do Pego, adiantou que o lar aprovado para cons-truir na freguesia vai ser mais abrangente, pelo que passa a ser uma estrutura que poderá acolher idosos de outras zonas do conce-lho.

Seja como for, os projec-tos agora aprovados ainda vão demorar algum tempo a estar concluídos porque são edifício a construir de raz , que depois ainda têm de ser equipados e para os quais a Segurança Social vai fi nanciar apenas uma

parte da obra, cerca de 60%, cabendo às duas en-tidades garantir a sua quo-ta parte no investimento.

Comecemos pelo lar aprovado para o Pego. Tra-ta-se de uma candidatura do Centro Social do Pego, para construir o edifício nas imediações do local onde funciona o Centro de Dia e o Jardim de Infância. António Mor explicou que o projecto vai ter 57 ca-mas e “será um contributo para uma resposta numa área em que o concelho de Abrantes fi ca muito aquém das necessidades”. O res-ponsável pelo Centro de Dia do Pego sublinhou que a sustentabilidade pas-sa pela garantia de que há condições, técnicas, fi nan-ceiras e de qualidade de serviço que tem que se co-locar no trabalho proposto. Quanto ao investimento, o responsável do Centro So-cial do Pego confi rmou que os números aprovados pela segurança social são de um milhão e 750 mil euros, mas que o investi-mento total poderá subir a 1,9 milhões, uma vez que neste programa o equipa-mento não é elegível.

Com um prazo de cons-trução de três anos, o fu-turo Lar de Idosos do Pego traz à freguesia a criação de mais 25 postos de tra-balho, a juntar aos 42 das valências já existentes. An-tónio Mor disse ainda que o centro tem sido um par-ceiro com o Instituto do Emprego e Formação Pro-fi ssional, porque tem vin-

do a transformar desem-pregados de longa dura-ção em em trabalhadores normais.

O outro lar aprovado para Abrantes vai ser construído na Encosta da Barata, na cidade de Abrantes, num local que a Câmara Muni-cipal de Abrantes havia ce-dido ao Centro Social In-ter-Paroquial para a cons-trução de uma nova igreja.

Neste projecto o cónego José da Graça disse que o investimento apresentado é superior a 2,5 milhões de euros, mas que o fi nancia-mento da Segurança So-cial vai incidir sobre pou-co mais de dois milhões de euros. Ou seja, contas feitas, a Segurança Social vai comparticipar este lar com uma verba da ordem dos 1,2 milhões de euros, os referidos 60%. O Centro Social Inter-Paroquial vai ter de garantir o restante, qualquer coisa como 1,3 milhões de euros. Neste momento, o Cónego José da Graça disse que falta entregar os projectos de especialidade que, depois de aprovados pela autar-quia, irão permitir lançar o concurso para a cons-trução. Quanto ao núme-ro de novos postos de tra-balho há, neste momento, a perspectiva de criação de mais cerca de quatro deze-nas de postos de trabalho.

Estes dois lares foram aprovados pela Segurança Social no âmbito do Pro-grama Operacional do Po-tencial Humano.

Jerónimo Belo Jorge

Região vai ter mais 120 camas com dois novos lares de idosos

Jornalistas também jantam

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DEZEMBRO200912 jaSOLIDARIEDADE

Ajudar quem mais precisaBANCO ALIMENTAR EM ABRANTES

A última campanha de re-colha de alimentos que o Banco Alimentar Contra a Fome, de Abrantes, reali-zou foi superior à de No-vembro do ano anterior, com mais quatro tonela-das de produtos alimen-tares.

A recolha decorreu em vários concelhos do Mé-dio Tejo, e resultou em 60 toneladas de alimen-tos, nomeadamente mas-sas, arroz, leite, enlata-dos. Carlos Fazendeiro,

responsável do Banco Ali-mentar de Abrantes refe-riu que os alimentos para bebés são muito necessá-rios “mas são os mais es-cassos”.

Esta campanha contou com 900 voluntários que durante um fi m-de-se-mana marcaram presença nas várias superfícies co-merciais. Jovens, agrupa-mentos de escuteiros, po-pulação em geral, Cáritas, foram muitos os que qui-seram ajudar. Este ano fo-ram mais 300 voluntários.

Os alimentos que o Ban-co Alimentar de Abrantes recolheu vão apoiar 62 instituições e cerca de 800 famílias. As pessoas que necessitam de receber apoio do Banco Alimentar devem recorrer a algumas instituições, como a Ca-ritas, e inscrever-se. Dos 900 voluntários, uns esti-veram junto às portas dos super e hipermercados, outros transportaram os alimentos para as instala-ções do Banco Alimentar e outros trabalharam no in-

terior do armazém.O aumento de voluntários

nesta última campanha foi muito precioso, porquan-to permitiu uma melhor gestão no interior do ar-mazém. Os alimentos têm que ser descarregados das carrinhas para boxes. Dá-se depois a separação por géneros, pesam-se e registam-se. De todos os alimentos, o leite é o único que é separado por mês, devido à validade.

Maria João Ricardo

Abrantes pela vidaLUTA CONTRA O CANCRO

A campanha “Um Dia Pela Vida” já mexe em Abrantes. Mais de 20 equipas já se formaram e organizam vá-rias actividades para an-gariar fundos para a Liga Portuguesa Contra o Can-cro (LPCC), e várias outras estão em formação.

A luta contra o cancro é uma batalha que cabe a to-dos travar. Os especialis-tas salientam que uma em cada quatro pessoas vai ter cancro na sua vida. Todos os dias morrem em Por-tugal cinco mulheres com cancro.

A prevenção e a constan-te luta que a LPCC tem de-senvolvido desde a sua fun-dação, a 4 de Abril de 1941, têm como objectivo apoiar as pessoas e promover o rastreio.

Rita Teles Branco acei-tou o primeiro desafi o do

projecto “Um Dia Pela Vida”em Coruche, no ano 2005. Desde então várias cidades e vilas acolheram esta iniciativa da LPCC. Em quatro anos já se inscreve-ram neste projecto 10 mil pessoas.

Em Abrantes, como se vê, a batalha também já co-meçou e a comunidade já aderiu. Mais de 20 equipas estão já a organizar várias actividades para angariar fundos para a Liga e falar sobre o cancro.

O cine-teatro S. Pedro foi o local escolhido para o ar-ranque ofi cial deste pro-jecto no passado dia 29 de Novembro. Aos depoi-mentos de Matilde Saca-vém e Isabel Simão, coor-denadoras responsáveis pelo “Abrantes pela Vida”, juntaram-se os médicos José Teixeira e Rita Ribei-ro, do Hospital de Santa-

rém. Estes últimos falaram da problemática do cancro e da sua prevenção. Nes-ta unidade hospitalar exis-te a Unidade de Ginecolo-gia Oncológica e a Unidade de Carcinoma da Mama. O médico José Teixeira real-çou que é importante fazer-se o rastreio, especialmen-te quando existem antece-dentes familiares. “Não dói nada e podemos evitar ter que retirar a mama das se-nhoras. No ano 2008 regis-tou-se 177 casos em San-tarém”, lembrou médico ginecologista.

Por seu lado a dra. Rita Ribeiro falou sobre o can-cro do endométrio, do ová-rio e do cólo do útero. “Nove em cada 100 mil mulheres são afectadas com cancro do endométrio. Por outro lado são detectadas cerca de 700 mulheres por ano com cancro do ovário. To-

dos os anos são diagnosti-cados em Portugal mil no-vos casos de cancro do cólo do útero, ou seja do vírus do papiloma humano (HPV)”, alerta Rita Ribeiro. Já exis-tem dois tipos de vacinas para combater o HPV, que muito em breve vão ser ad-ministradas a jovens dos 9 aos 14 anos.

Fernando Siborro, médico e director do Agrupamento dos Centros de Saúde do Zêzere, reforçou a impor-tância do rastreio e de uma alimentação saudável. Sa-lientou ainda os cuidados

a ter com o sol, devido ao cancro da pele.

Maria Cristina Gonçalves Ferreira da LPCC, em re-presentação de Manuela Rilvas, manifestou satisfa-ção por Abrantes e a autar-quia se terem associado a esta causa.

Também a presidente da Câmara, Maria do Céu Al-buquerque, adiantou que já contribuiu para este pro-jecto com a criação de uma equipa, entre os funcioná-rios da autarquia. Desafi ou ainda os muitos professo-res na sala para que pas-

sem esta mensagem aos seus alunos e para que a prevenção se faça desde cedo.

Este é um projecto de voluntariado com o prin-cípio de educar, prevenir, dar a conhecer o trabalho da Liga Portuguesa e ain-da angariar fundos para os programas de prevenção e rastreio da Liga. O objecti-vo é que, depois, nada fi que como dantes em Abrantes, no capítulo da prevenção e luta contra o cancro.

Maria João Ricardo

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13DEZEMBRO2009jja SOLIDARIEDADE 1111111111111111

C.A.T. DE ABRANTES

A agência de viagens Pla-neta Real, além da sua participação na campa-nha de apoio ao C.A.T. através da linha de valor acrescentado, tomou a iniciativa de se associar a esta projecto com a ofer-ta de brinquedos a cada uma das crianças que frequentam aquela insti-tuição de apoio a crianças em risco.

Foi ao fi m do passado dia 10, aliás, dia dos Direitos Humanos, que o respon-

sável pela Planeta Real, Jorge Antunes, acompa-nhado da esposa e fi lha, desafi aram a impaciên-cia de cada uma das 12 crianças perante os em-brulhos e lhes deram de-pois um momento de par-ticular satisfação na aber-tura da respectiva prenda ou na ajuda aos mais pe-quenos que não eram ca-pazes de fazê-lo sozi-nhos. Além disso, “para todos” foi ainda oferecida uma bola de futebol que, sabe o JÁ, não dormiu

descansada à espera dos primeiros pontapés do dia seguinte. Este gesto de solidariedade foi rea-lizado na presença e par-ticipação do responsável máximo da casa, cónego José da Graça, que agra-deceu o contributo para o smelhores dias daque-las crianças, bem como do director do Já e da AL, Alves Jana, que agrade-ceu à Planeta Real mais esta participação na cam-panha de Natal a favor do C.A.T.

Vamos ajudar o C.A.T. para um Natal diferenteO C.A.T. de Abrantes pre-cisa de uma máquina de lavar. Todos nós sabe-mos a importância que tem uma máquina de la-var numa casa com crian-ças. Sobretudo numa casa com 12 crianças até aos 12 anos. Por isso, o Jornal de Abrantes e a Antena Livre lançaram uma campanha de apoio ao C.A.T.

Para participar, isto é, para apoiar o C.A.T., é muito simples. Basta ligar para o 760 20 70 80 e está a dar o seu contributo. Trata-se de uma linha de valor acrescentado (60 cêntimos + IVA) que o JA e a AL contrataram em be-nefício do C.A.T.

Para cada um de nós, trata-se de um gesto sim-ples e sem custos signifi -cativos. Mas para o C.A.T. cada gesto destes é da maior importância, pois,

como diz o povo, “muitos poucos fazem muito”. O nosso gesto faz a diferen-ça entre dias difíceis e dias mais simples.

Para estimular a partici-pação dos leitores e ouvin-tes, o JA e a AL reuniram um conjunto de prémios ou brindes que podem ser “ganhos” com esses telefonemas. Com efei-to, a cada 35 chamadas, controladas pelo sistema informático da operado-ra telefónica, é atribuído um prémio de participa-ção constante de uma lista disponível no blogue cria-do para a nossa campanha sobre os Direitos da Crian-ça. Ver em http://umsorri-soparaumacrianca.word-press.com/

Apraz-nos referir que esta campanha só é possí-vel pela participação pron-ta de várias empresas que quiseram participar deste

apoio ao C.A.T., nomeada-mente a Herdade de Ca-douços, o Jardim Zooló-gico de Lisboa, o jornal O Ribatejo, a agência de via-gens

Planeta Real e o restau-rante S. Lourenço. Tra-ta-se de um conjunto de boas vontades que têm como objectivo ajudar as 12 crianças do C.A.T., que, apesar da tenra idade, já têm vidas mais difíceis do que podemos imaginar. Elas contam consigo. Te-lefonar não custa nada e é uma grande ajuda. Porque, importa repeti-lo, “muitos poucos fazem muito”.

UM SORRISO PARA UMA CRIANÇA

Planeta Real oferece prendas a crianças

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ACTUALIDADE DEZEMBRO200914 ja

Vale da Louza recorda século XVIII

PLANO DE RECURERAÇÃO ESTÁ APROVADO

Já foi aprovado o plano de re-cuperação da Quinta do Valle da Louza. Orçado em cinco mi-lhões de euros tem um prazo previsto de 15 anos.

A Quinta do Valle da Louza, em Sentieiras, data do século XVIII, e foi mandada construída pelo cirurgião Manoel Constâncio. O “Plano de Desenvolvimento Integrado LOUZA XVIII-XXI , teve a sua primeira apresenta-ção em Novembro último, en-quadrada nas comemorações dos 250 anos de obtenção do Diploma de Cirurgião de Mano-el Constâncio.

No ano 2007,Carlos Sousa e a esposa Alexandra apaixonam-se por esta propriedade de 52 hectares e após a sua compra

iniciam um processo de recu-peração da Quinta.

A fauna e a fl ora que resisti-ram durante séculos neste es-paço é cuidada com carinho para que não se perca. Num fu-turo próximo o visitante poderá desfrutar de um turismo voca-cionado para a cultura, para a natureza e para a história.

Para além de uma área de hospedagem na eira, a apos-ta passa também pelo turismo ambiental e de aventura, pre-servação do pinhal manso, da vinha, do pomar, das hortas, espaço para venda de produtos, observação de pássaros, cons-trução de barragem, anel de protecção contra incêndios.

É possível confi rmar a boa conservação de algum mobili-

ário pertença de Manoel Cons-tâncio, Bocage e da família So-lano de Abreu, que por ali tam-bém passou. Pode ainda ser apreciado o interior da Capela da Quinta, construída pelo ci-rurgião, e onde repousam os seus restos mortais. A este propósito, pode ler-se um inte-ressante texto na última edição da revista Zahara.

À época Manuel Constâncio fi cou conhecido pelo excelente sistema de distribuição de água que instalou na propriedade, ainda visível. Também ali se en-contram ainda hoje muitas es-pécies autóctones, que Carlos Sousa preserva para que no fu-turo o visitante possa apreciar.

Maria João Ricardo

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ACTUALIDADE 15DEZEMBRO2009jja 1111111111111111

Até ao ano 2030, a popu-lação do distrito de San-tarém vai diminuir. Estes são dados publicados re-centemente num estudo demográfi co, encomenda-do pelo Governo Civil de Santarém. Prevê-se que o distrito de Santarém de-verá começar a perder po-pulação já a partir de 2010. Em 2030 o nosso distrito deverá ter menos 19 mil habitantes.

O problema é mais pre-ocu-pante em concelhos como Abrantes, Tomar e Coruche, onde a perda de habitantes se vai acen-tuar. Vai agravar-se ain-da mais noutros municí-pios como Mação, Sardoal e Chamusca, que registam mesmo crescimentos ne-gativos. O estudo prevê

que Mação perca 41% da sua população nos primei-ros 30 anos deste século e que Abrantes perca 12,6%. Desde 1970, o concelho de Mação viu a sua popu-lação reduzir a menos de metade. Esta evolução ne-gativa é também eviden-

te nos municípios de Sar-doal, Ferreira do Zêzere, Chamusca e Coruche. Os concelhos de Benavente e do Entroncamento foram os que mais contribuiram para contrariar a tendên-cia da perda de população na região. Juntos garanti-

ram nos últimos 40 anos mais cerca de 28 mil habi-tantes. Quem mais perdeu no mesmo período foram Abrantes e Mação, cada um com uma quebra supe-rior a 8 mil habitantes.

O concelho de Abrantes terá menos cerca de cin-

co mil habitantes em 2030. Continuará a ser a quarta cidade do distrito em nú-mero de habitantes, mas em vez dos 39.825 previs-tos para 2010 contará ape-nas com 34.941 habitantes em 2030. O prolongamento da esperança de vida alia-

do à baixa da natalidade deverá fazer com que, em 2030, no nosso distrito, vi-vam mais de 130 mil pes-soas com mais de 65 anos e apenas 52 mil crianças e jovens com idade até aos 14 anos. Intitulado “A evo-lução e prospectiva demo-gráfi ca no distrito de San-tarém. Projecções e aná-lise concelhia 2001/2030”, o estudo, coordenado por Renato Campos, econo-mista, Margarida Olivei-ra, geógrafa, e César Lou-renço, planeador urbano, apresenta uma investi-gação aprofundada e co-meça por frisar que o en-velhecimento e o declínio populacional são hoje uma das grandes preocupações das sociedades desenvol-vidas.

Maria João Ricardo

População do distrito está a diminuirABRANTES E TOMAR SÃO OS MAIS AFECTADOS

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DEZEMBRO200916 jaCULTURA

PELA ARQUEOLOGIA

Mação mais perto do BrasilA assinatura de um proto-colo de cooperação com o Estado de Santa Catarina e a Prefeitura de S. José, no Brasil, marcou o dia 11 de Novembro do Museu de Arte Pré-Histórica e do Sa-grado do Vale do Tejo e do Instituto Terra e Memória, em Mação.

A testemunhar o acto, es-tavam várias personalida-des dos dois países e da Itália. A comitiva brasilei-ra esteve em Portugal no âmbito do Projecto “Porto Seguro”, coordenado pelo Museu de Mação e pelo Instituto Politécnico de To-mar. Este projecto promove a construção de uma plata-forma permanente de rela-ções, ao nível do patrimó-nio cultural, entre a União Europeia e o Brasil.

A assinatura deste proto-colo insere-se neste projec-

to e marcou o encerramen-to do Seminário Internacio-nal “Cadeias Operatórias na Cerâmica Arqueológica: um encontro entre cultu-ras; um encontro entre vá-rias disciplinas” que decor-reu em Mação.

Segundo Luís Oosterbe-ek, director do Museu de Mação, “a área da cerâmica pré-histórica está há mui-to nas preocupações cien-tífi cas do projecto. Come-çou a ser preparada há três anos, mas só agora foi co-locada no terreno. Este Se-minário reuniu durante três dias em Mação um conjun-to reduzido de grandes es-pecialistas internacionais não só de arqueologia, mas também de etnografi a e ar-tistas. Vamos desenvolver daqui para a frente um con-junto de projectos inovado-res não só para o país, mas inclusive para a Europa e

para o Brasil. O protoco-lo com o Brasil é a consoli-dação de um projecto mui-to importante. A estratégia de Mação é criar uma rede mundial. Nós temos vindo, pouco a pouco, a construir

os instrumentos disso. Este é mais um passo no mes-mo sentido.”

Na ocasião foi inaugura-da a Exposição Internacio-nal “Índios Guaranis: um passado revisto pela cerâ-

mica arqueológica”, levada a cabo em Mação por in-vestigadores e técnicos de Portugal e do estado bra-sileiro de Santa Catarina. Refi ra-se que vários estu-dantes do Brasil têm fre-

quentado e frequentam neste momento o Mestrado e Doutoramento de Arque-ologia e Arte Pré-Histórica que decorre em Mação, no Instituto Terra e Memória, com o suporte académico do Instituto Politécnico de Tomar e da Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro. No âmbito desta co-operação internacional e na sequência de várias acções entretanto já levadas a cabo no Brasil, foi criado recen-temente no Município bra-sileiro de S. José, do Estado de Santa Catarina, um Ins-tituto Terra e Memória, as-sociado ao de Mação. Em 2010 será criado um outro no Nordeste brasileiro. Tra-ta-se, no fundo, segundo Luís Oosterbeek, de criar pólos “segundo o modelo do Museu de Mação, mas com as respectivas realida-des locais.”

Se procura realizar a promessa de

“Ano Novo, Vida Nova”, entãoaqui está a sua oportunidade:

O Centro Óptico do Rossio continua a crescer e quer crescer consigo.

Se tem experiência na área da Óptica Ocular e Oftálmica. Junte-se à nossa equipa, num projecto ambicioso, de futuro, para gente empreendedora e ambiciosa.

Envie a sua candidatura para a moradaRua Almirante Reis, 48, Rossio ao Sul do Tejo, 2205-019 Abrantes ou para [email protected].

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17DEZEMBRO2009jjaCONSTÂNCIA

CULTURA 1111111111111111

O Posto de Turismo de Constância tem patente uma exposição de cerâ-mica em grés, de Miguel Neto.

A sua formação de ola-ria deve-se ao Mestre João e Armindo Reis no Cencal. Em 2002 monta o seu segundo forno de le-nha em Alcorochel (Tor-res Novas) onde trabalha actualmente. Executan-do uma cerâmica de au-tor, Miguel Neto defende a autenticidade da obra, experimentação, estudo e pesquisa, para além de uma identidade marcada pela coerência. Utiliza a pasta de grés cozido em forno de lenha, em at-mosfera redutora e roda-da em torno de oleiro.

Na Biblioteca Municipal está patente uma exposi-ção permanente de 18 de-senhos, de Álvaro Cunhal,

quando esteve na prisão. Os desenhos são feitos a lápis sobre papel e foram executados entre 1951 e 1959, numa cela da Peni-tenciária de Lisboa, onde passou oito anos em total isolamento, e no Forte de Peniche, de onde se eva-diu em Janeiro de 1960. O povo é a temática des-tes trabalhos: a luta, o sofrimento, a miséria, o trabalho, mas também a alegria, a festa, a dança, são os ambientes repre-sentados. Curiosamen-te foi o povo camponês o escolhido como persona-gem central, não haven-do qualquer referência ao operariado urbano. Os cenários, não tendo qual-quer elemento concreto, real, remetem na sua ge-neralidade para o campo ou para a aldeia.

Maria João Ricardo

Exposições na Biblioteca e Posto de Turismo

CÂMARA MUNICIPAL DE SARDOAL

EDITAL N.º 38/2009FERNANDO CONSTANTINO MOLEIRINHO

PRESIDENTE DA CÂMARA MUNICIPAL DE SARDOAL

No uso da competência que me é conferida pelo n.º 2 do artigo 69.º da Lei n.º 169/99, de 18 de Setembro, na redacção dada pela Lei n.º 5-A/2002, de 11 de Janeiro, e em aditamento ao meu despacho de 5 de Novembro do corrente, delego: no Senhor Vereador a Tempo Inteiro, Joaquim Gonçalves Serras, todas as competências próprias que me são atribuídas pelo Decreto-Lei n.º 555/99, de 16 de Dezembro, na sua actual redacção dada pela Lei número 60/2007, de 4 de Setembro, e Subdelego: todas as competências que me foram delegadas em reunião da Câmara Municipal de 3 de Novembro de 2009, no âmbito do supra mencionado diploma legal.Para constar se lavrou o presente Edital e outros de igual teor que vão ser afi xados nos lugares públicos de estilo.

Paços do Concelho de Sardoal, 11 de Dezembro 2009

O Presidente da CâmaraFernando Constantino Moleirinho

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DEZEMBRO200918 jaCULTURA

LUGARES COM HISTÓRIA

Ruínas romanas de Vale do JuncoPara encontrar o pouco que hoje ainda está visível do que foi um balneário roma-no, provavelmente dos sé-culos III e IV depois de Cris-to, basta seguirmos pela estrada que vai de Mouris-cas para Ortiga e, à entra-da desta última povoação, encontramos uma placa de sinalização que nos indica o estreito caminho que nos leva até às ruínas.

Estas encontram-se numa plataforma um pou-co inclinada, virada a sul e sobranceira ao Tejo, que ali faz uma curva acentua-da. O local é conhecido por Vale do Junco e é um sítio aprazível, pois os romanos sabiam escolher bem os sí-tios para se fi xarem e de-pois explorarem as terras férteis dos arredores.

O que podemos ali ver é uma pequena parte do que foi um balneário: duas construções semicircula-res (que talvez tivessem tido arcos, pois eram co-nhecidas, pelo povo, por “Casa dos Arcos”), restos de canalizações, uns es-

paços rectangulares, res-tos talvez do que poderiam ter sido os tanque de água quente (caldarium) e água fria (frigidarium) e algumas paredes sólidas com cerca de quarenta centímetros de espessura.

Este sítio foi objecto de escavações arqueológi-cas, nas décadas de qua-renta e cinquenta do sécu-lo XX, orientadas, entre ou-tros, pelos doutores Calado Rodrigues e Bairrão Oleiro. Puseram a descoberto uma área muito maior do que a que hoje é visível e que teria pertencido a uma povoação ou apenas a uma villa rural ( espécie de grande quinta com uma casa senhorial, os seus anexos e uma área de exploração agrícola).

Além do balneário, foi também escavada uma necrópole com sepulturas tipo cista (arca rectangular com as paredes forradas de pedra ou tijolo e com cober-tura de lousa), onde foram encontrados ossos huma-nos, restos de cerâmica e de vasos funerários de vi-dro.

Há muitos anos já que este local não é objecto de qual-quer intervenção arqueoló-gica, pelo que o mato e a ter-ra vão invadindo e ocultando cada vez mais as ruínas e o resto da sua história que está ainda por contar.

Com a sua fértil imagina-ção, o povo tentou arranjar uma explicação para o topó-nimo “Vale do Junco”, e para isso arranjou uma interessan-te lenda, em que a heroína

é uma moura, personagem que, como é habitual, povoa todas as marcas da paisagem que lhe parecem antigas ou estranhas.

Nas imediações das ruínas, encontra-se, no terreno, uma pequena depressão conheci-da por Cova da Moura. Conta-se que, certo dia, um aldeão da Ortiga passou por ali com o seu jumento, carregado com dois barris de vinho que fora comprar a casa de um se-

nhor muito rico que, naquela altura, vivia próximo do local onde hoje se encontra a esta-ção de caminho de ferro.

Quando o homem ia a pas-sar junto da Cova da Moura, o animal começou a agitar-se e a dar saltos, de tal modo que os barris que levava sobre o lombo caíram ao chão e o vi-nho derramou-se no solo.

O dono, muito admira-do com a atitude do animal, olhou na direcção da Cova

e fi cou paralisado de espan-to ao ver ali uma fi gura lin-da, com os cabelos brilhan-tes como o sol. Era a moura, que dava o nome ao local e que ali estava sentada sobre uma pedra, a pentear-se. O homem ia para lhe falar, mas nesse mesmo instante ela de-sapareceu.

Passados uns dias, no sítio onde o vinho se derramara, nasceu um juncal maravi-lhoso. Os pastores, que por ali passavam arrancavam um junco e chupavam o seu suco junto ao pé e diziam, espantados, que sabia ao vinho ali derramado. A par-tir de então, o local passou a chamar-se Vale do Junco, nome por que ainda hoje é conhecido.

Bibliografi a:PEREIRA, Ma-ria Amélia Horta, “Monu-mentos Históricos do Con-celho de Mação”, C. Munici-pal de Mação, 1970

A lenda foi-me contada por Maria de Fátima Silva, natu-ral de Ortiga

Teresa Aparício

o jornal de abrantes on line em www.oribatejo.ptwww.oribatejo.pt

AVISOMaria do Céu de Oliveira Antunes Albuquerque, Presidente da Câmara Municipal de Abrantes, torna público, em cumprimento do disposto no artigo 91º de Lei nº 169/99, de 18 de Setembro, com as alterações introduzidas pela Lei nº 5-A/2002, de 11 de Janeiro, que a Câmara Municipal, na sua reunião de 14 de Dezembro de 2009, aprovou o seguinte:

Em 2010, a Feira de S. Matias, organizada pela Câmara Municipal, terá lugar entre os dias 19 de Fevereiro e 7 de Março, e reger-se-á pelas normas constantes do documento anexo ao Edital nº 102/09, que se encontra afi xado nos lugares de estilo, podendo ainda ser consultadas na página do Município, na internet, através do site www.cm-abrantes.pt.O mencionado documento é composto por 14 (catorze) páginas numeradas de 1(um) a 14 (catorze) e 6 (seis) anexos, numerados de I a VI.

Paços do Município de Abrantes, 14 de Dezembro de 2009.

A Presidente da CâmaraMaria do Céu de Oliveira Antunes Albuquerque

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jornal abrantesde

Avenida General Humberto Delgado - Edifício Mira Rio · Apartado 65 · 2204-909 AbrantesTelefone 241 360 170 · Fax 241 360 179

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Page 20: JA Dezembro 09

DEZEMBRO200920 jaCARTAZ

FICHA TÉCNICA

Director GeralJoaquim Duarte

DirectorAlves Jana

[email protected]

Sede: Av. General Humberto Delgado – Edf. Mira Rio,

Apartado 652204-909 Abrantes

Tel: 241 360 170 Fax: 241 360 179

E-mail: [email protected]

RedacçãoJerónimo Belo Jorge ([email protected] João Ricardo (CP. 6383)

[email protected]é Lopes

[email protected]

Rita Duarte (directora comercial)

[email protected] Ângelo

[email protected] Batista

[email protected]

ImpressãoImprejornal, S.A.

Rua Rodrigues Faria 103, 1300-501 Lisboa

Editora e proprietáriaJortejo, Lda.Apartado 355

2002 SANTARÉM Codex

GERÊNCIAFrancisco Santos, Ângela Gil,

Albertino Antunes

Departamento FinanceiroÂngela Gil (Direcção) Catarina Branquinho, Celeste Pereira,

Gabriela Alves e João [email protected]

Departamento de MarketingPatricia Duarte (Direcção), Cata-

rina Fonseca e Catarina Silva. [email protected]

Departamento Recursos HumanosNuno Silva (Direcção)

Sónia [email protected]

Departamento SistemasInformação

Tiago Fidalgo (Direcção) Hugo Monteiro

[email protected]

Tiragem 15.000 exemplaresDistribuição gratuitaDep. Legal 219397/04

Nº Registo no ICS: 124617Nº Contribuinte: 501636110

Sócios com mais de 10% de capital

Sojormedia 83%

jornal abrantesde ABRANTESAté 30 de Dezembro - Exposição - VII Roupa de Domingo em Por-tugal - Galeria Municipal de Artes - de terça a sábado das 10h00 às 12h30 e das 14h00 às 18h30Até 29 de Janeiro - Exposição so-bre Vasco Granja - Vídeos e objec-tos pessoais - Biblioteca António Botto, das 9h00 às 19h30Até 30 de Dezembro - Exposição de desenhos de alunos sobre os “20 anos da Convenção dos Direi-tos da Criança” - Biblioteca Antó-nio Botto

CONSTÂNCIAAté 27 de Dezembro - Exposição de Cerâmica de Miguel Neto - Pos-to de Turismo, das 9h30 às 13h00 e das 14h30 às 17h30Até 31 de Dezembro - Mostra Bio-bibliográfi ca - Escritor do mês - Álvaro Magalhães - Biblioteca Alexandre O - Neill, das 10h00 às 12h30 e das 14h00 às 18h30DVDTECA à sexta, na Biblioteca Alexandre O Neill, às 15h00:18 de Dezembro - A Magia no País dos Brinquedos

MAÇÃOAté 31 de Dezembro - Exposição - Índios Guaranis: um passado re-visto pela cerâmica arqueológica - Instituto Terra e Memória

BARQUINHAAté 31 de Dezembro - Mostra Bi-bliográfi ca sobre Thomas Mann -

Biblioteca MunicipalDia 20 de Dezembro - Concentra-ção de Pais Natal no Barquinha Parque, pelas 14 horasDia 20 de Dezembro - Concerto de Natal, na Igreja Matriz de VNBar-quinha, pelas 18h. Organização do Grupo Coral de Tancos, em par-ceria com a Banda de Música dos Bombeiros da Barquinha

SARDOALAté 30 de Janeiro - Exposição Co-lectiva de Arte Contemporânea - Centro Cultural Gil Vicente, das 16h00 às 18h0016 de Janeiro – I Mostra de Tea-tro de Sardoal, Centro Cultural Gil Vicente: As árvores morrem de pé - grupo de teatro Gêtêpêpê de Pe-rafi ta, às 21h30

TOMARAté 31 de Dezembro - Exposição de escultura de José Aurélio - Ga-leria Paços do Concelho, das 12h00 às 17h00

LISBOAAté 16 de Janeiro - Exposição - 8 Projectos, 8 Autores - Trabalho fo-tográfi co de oito alunos do Instituto Politécnico de Tomar - Arquivo Fo-tográfi co de Lisboa

CINEMAABRANTESEspalhafi tas, Cine Teatro São Pedro, às 21h00:16 de Dezembro – “Arena” e “Taking Woodstock”23 de Dezembro - Nunca é tarde demais para amar

30 de Dezembro - Abraços Des-feitosMillenium, às 21h30:10 a 16 de Dezembro – “Step Up2” 17 a 30 Dezembro – “Avatar”31 de Dezembro a 6 de Janeiro – “Planeta 51”Tel: 241 371 299 – 965 526 405

CONSTÂNCIACine Teatro Municipal, às 21h30:19 de Dezembro – “Fama”

TORRES NOVASTorreshpoing - 10 a 16 de Dezembro: Sala 1 - Artur e a Vingança de Mal-tazard VPSala 2 – “2012” e “Uma Aventura na Casa Assombrada”Sala 3 – “Lua Nova – A saga Twili-ght” Tel: 249830750

“Roupa de domingo” em exposição na Galeria de Artes de Abrantes

São vários os “trajes de domingo” que estão em exposição na Galeria de Arte de Abrantes, sob o tema “VII Roupa de Domingo em Portugal”.

Estas roupas estão reproduzidas em diferentes expressões ar-tísticas como, moda, fotografi a, vídeo, instalação e artes plásti-cas. É possível apreciar a cultura e a arte brasileira nesta expo-sição. No Brasil recebeu cerca de 50 mil visitantes.

Esta é uma organização, produção e execução da Galeria Cen-tral, Brasil, com idealização e curadoria de Danilo Blanco e Fer-nando Zelman. A coordenadora geral em Portugal é Maria dos Anjos Oliveira.

Até 30 de Dezembro pode visitar esta exposição, de terça a sá-bado das 10h00 às 12h30 e das 14h00 às 18h30. A Galeria encer-ra aos domingos, segundas e feriados.

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21DEZEMBRO2009jja GASTRONOMIA

ABRANTESVENDO PRÉDIO COM LOJA

OU ALUGO LOJAContacto 217 930 100

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Restaurante Almourol, em Tancos conjuga bom vinho e boa comida

PARA UMA “BOA MARIDAGEM”

O Restaurante Almourol, em Tan-cos, Vila Nova da Barquinha, está a promover um ciclo de jantares eno-gastronómicos.

Com o “intuito de valorizar o vinho e a gastronomia ribatejana”, combi-na uma ementa seleccionada com um conjunto dos melhores vinhos produzidos na região.

Segundo José Ferreira, proprietá-rio do restaurante, estas refeições são “jantares normais durante os quais a comida vai sempre sendo acompanhada com um vinho dife-rente e com uma explicação”, que

será dada por um produtor de vi-nhos. Este produtor irá explicar o porquê da associação do vinho com a comida. Estes jantares são desti-nados aos apreciadores de vinho e de boa comida, mas também visam criar novos públicos, ensinando-os como se pode apreciar de forma di-ferente um vinho e uma comida as-sociando-os.

Durante todo o ciclo irão ocorrer cinco jantares. O próximo será no dia 30 de Janeiro com os vinhos da Quinta da Lagoalva em Alpiarça, se-guindo-se a 20 de Fevereiro a Her-dade dos Cadouços, da Bemposta,

e a 13 de Março a Quinta do Cava-linho, de Tomar. “Cada uma destas quintas traz sempre a sua varieda-de de vinhos que foi previamente combinada com a ementa. O que se pretende é conjugar várias ementas com vários vinhos e conseguir um casamento ou uma maridagem.”

Os jantares enogastronómicos no Restaurante Almourol custam 20 euros por pessoa e os interessados poderão fazer a sua reserva através do telefone 249720100 ou e-mail [email protected].

Milene Alves

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DEZEMBRO200922 jaNECROLOGIA

TRAMAGAL

Faleceu

Joaquina Rosa Charez07-12-1920 • 22-11-2009

Suas, fi lhas, genros, netos, bisnetos e restantes familia-res, vêm por este meio agradecer a todas as pessoas que acompanharam o seu ente querido à sua última morada.

A cargo de: Funerária José Grilo Lda. Telf.: 241 890 615 – 962 773 327 • Tramagal

MALPIQUE - SANTA MARGARIDA DA COUTADA

Faleceu

Jorge Damásio Januário Ferreira19-06-1935 • 29-11-2009

Seus fi lhos, noras, netas e restantes familiares, vêm por este meio agradecer a todas as pessoas que acom-panharam o seu ente querido à sua última morada.

A cargo de: Funerária José Grilo Lda. Telf.: 241 890 615 – 962 773 327 • Tramagal

SANTA MARGARIDA DA COUTADA

Faleceu

João Alves Amante17-06-1926 • 27-11-2009

Sua esposa, fi lhas, genros, netos e restantes familiares, vêm por este meio agradecer a todas as pessoas que acompanharam o seu ente querido à sua última morada.

A cargo de: Funerária José Grilo Lda. Telf.: 241 890 615 – 962 773 327 • Tramagal

TRAMAGAL

Faleceu

Jacinta Pereira de Jesus24-03-1928 • 15-11-2009

Seu esposo, fi lho, nora, neta e restantes familiares, vêm por este meio agradecer a todas as pessoas que acom-panharam o seu ente querido à sua última morada.

A cargo de: Funerária José Grilo Lda. Telf.: 241 890 615 – 962 773 327 • Tramagal

TRAMAGAL

Faleceu

Lúcia de Oliveira Rosa31-10-1916 • 01-11-2009

Seus fi lhos, noras, netos e restantes familiares, vêm por este meio agradecer a todas as pessoas que acom-panharam o seu ente querido à sua última morada.

A cargo de: Funerária José Grilo Lda. Telf.: 241 890 615 – 962 773 327 • Tramagal

TRAMAGAL

Faleceu

Diamantina Perpétua13-02-1924 • 03-11-2009

Seusfi lhos, noras, netos, bisnetos e restantes familiares, vêm por este meio agradecer a todas as pessoas que acompanharam o seu ente querido à sua última morada.

A cargo de: Funerária José Grilo Lda. Telf.: 241 890 615 – 962 773 327 • Tramagal

CRUCIFIXO - TRAMAGAL

Faleceu

Manuel Lopes Menaia24-07-1925 • 08-11-2009

Sua esposa, fi lhas, genro, netos e restantes familiares, vêm por este meio agradecer a todas as pessoas que acompanharam o seu ente querido à sua última morada.

A cargo de: Funerária José Grilo Lda. Telf.: 241 890 615 – 962 773 327 • Tramagal

TRAMAGAL

Faleceu

Clemência Moreira02-02-1915 • 05-11-2009

Seus fi lhos, nora, genro, netos, bisnetos e restantes familiares, vêm por este meio agradecer a todas as pessoas que acompanharam o seu ente querido à sua última morada.

A cargo de: Funerária José Grilo Lda. Telf.: 241 890 615 – 962 773 327 • Tramagal

ROSSIO AO SUL DO TEJO

Faleceu

Manuel Costa01-11-1923 • 17-11-2009

Sua esposa, fi lha, genro, netos, bisnetos e restantes familiares, vêm por este meio agradecer a todas as pessoas que acompanharam o seu ente querido à sua última morada.

A cargo de: Funerária José Grilo Lda. Telf.: 241 890 615 – 962 773 327 • Tramagal

VALE DE ZEBRINHO - S. FACUNDO

Faleceu

Olívia Adelina de Jesus07-08-1929 • 29-11-2009

Seus fi lhos, sobrinhos e restantes familiares, vêm por este meio agradecer a todas as pessoas que acompa-nharam o seu ente querido à sua última morada.

A cargo de: Funerária José Grilo Lda. Telf.: 241 890 615 – 962 773 327 • Tramagal

ABRANTES

Deolinda de Oliveira Sequeira Estrela Lopes AlhoAGRADECIMENTO

Sua família, na impossibilidade de o fazer pessoalmente, vem por este meio agradecer a todas as pessoas que se interessaram pelo seu estado de saúde, que velaram e acompanharam a sua ente querida até à sua última morada.

Rossio ao Sul do Tejo

António Serafi m da Costa

N. 29-09-1919 - F. 30-11-2009

AGRADECIMENTO

A Família vem por este meio agradecer a todas as pessoas que acompanharam o seu ente querido à sua ultima morada

CARVALHAL – ABRANTES

Armando Salgueiro TeimãoN. 12/11/1942 F. 18/11/2009

AgradecimentoSua esposa, fi lhas e netos, na impossibilidade de o fazerem pessoalmente vêm por este meio agradecer a todas as pessoas que se interessaram pelo seu estado de saúde durante a sua doença, o velaram ,assistiram à missa de corpo presente e o acompanharam á sua última morada no cemitério de Carvalhal.

****

Agradecem também a toda equipa a equipa médica, enfermeiros e auxiliares do Piso 9 Medicina II do Hospital Distrital de Abrantes, da maneira carinhosa como que o trataram durante o seu internamento.

A todos o nosso Agradecimento

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23DEZEMBRO2009jja PROFISSÕES LIBERAIS

CENTRO MÉDICO E DE ENFERMAGEMDE ABRANTES

Largo de S. João, N.º 1 - Telefones 241 371 566 - 241 371 690

CONSULTAS POR MARCAÇÃOACUPUNCTURADr.ª Elisabete Alexandra Duarte SerraALERGOLOGIADr. Mário de Almeida; Dr.ª Cristina Santa MartaCARDIOLOGIADr.ª Maria João CarvalhoCIRURGIADr. Francisco Rufi noCLÍNICA GERALDr. Pereira Ambrósio - Dr. António PrôaDERMATOLOGIADr.ª Maria João SilvaGASTROENTERELOGIA E ENDOSCOPIA DIGESTIVA Dr. Rui Mesquita; Dr.ª Cláudia SequeiraMEDICINA INTERNADr. Matoso FerreiraNEFROLOGIADr. Mário SilvaNEUROCIRURGIADr. Armando LopesNEUROLOGIADr.ª Isabel Luzeiro; Dr.ª Amélia Guilherme

OBSTETRÍCIA E GINECOLOGIADr.ª Lígia Ribeiro, Dr. João PinhelOFTALMOLOGIADr. Luís CardigaORTOPEDIADr. Matos MeloOTORRINOLARINGOLOGIADr. João EloiPNEUMOLOGIADr. Carlos Luís LousadaPROV. FUNÇÃO RESPIRATÓRIAPatricia GerraPSICOLOGIADr.ª Odete Vieira; Dr. Michael Knoch;Dr.ª Maria Conceição CaladoPSIQUIATRIADr. Carlos Roldão Vieira; Dr.ª Fátima PalmaUROLOGIADr. Rafael PassarinhoNUTRICIONISTADr.ª Carla LouroSERVIÇO DE ENFERMAGEMMaria JoãoTERAPEUTA DA FALADr.ª Susana Martins

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NOTARIADO PORTUGUÊSCARTÓRIO NOTARIAL DE SÓNIA

ONOFRE EM ABRANTES

A CARGO DA NOTÁRIA SÓNIA MARIA ALCARAVELA ONOFRE.Certifi co para efeitos de publicação que por escritura lavrada no dia vinte e seis de Novembro de dois mil e nove, exarada de folhas quinze a folhas dezassete, do Livro de Notas para Escrituras Diversas SETENTA E UM-A, deste Cartório Notarial, foi lavrada uma escritura de JUSTIFICAÇÃO na qual os Senhores ANTÓNIO ALVES e mulher MARIA JOSÉ, casados no regime da comunhão geral de bens, ambos naturais da freguesia e concelho de Sardoal, residentes na Rua das Casas Louras, número 2, em Cabeça das Mós, Sardoal DECLARARAM que, com exclusão de outrem, são donos e legítimos possuidores do prédio rústico, sito em Bordelhos, na freguesia e concelho de Sardoal, composto de cultura arvense, citrinos, olival, construção rural, mato e pinhal, com a área de quatro mil quinhentos e sessenta metros quadrados, a confrontar de Norte com Andresa Marques Alves, de Sul com Jesuíno Alves, de Nascente com caminho e de Poente com herdeiros de António Pires Fernandes, omisso na Conservatória do Registo Predial de Sardoal, inscrito na respectiva matriz sob o artigo 266 da Secção AC.Que o prédio ora justifi cado está inscrito na matriz em nome dele justifi cante marido e que são possuidores do mesmo desde pelo menos mil novecentos e sessenta e três, o qual veio à sua posse por doa-ção meramente verbal, de seus pais e sogros FRANCISCO ALVES e AURORA DE JESUS, casados que foram no regime da comunhão geral de bens, residentes em Cabeça das Mós, Sardoal.Que, eles justifi cantes, se encontram na posse do referido prédio desde a referida data, há mais de quarenta anos portanto, usufruindo de todas as utilidades pelo mesmo proporcionadas, limpando as árvores e os matos, apanhando a azeitona e colhendo os frutos, cortando a madeira, pagando os respectivos impostos, com ânimo de quem exerce um direito de propriedade próprio e legítimo, à vista e com o conhecimento de toda a gente e sem oposição de ninguém, de modo pacífi co, contínuo e público, sendo reconhecidos por toda a gente como seus donos, pelo que se pode afi rmar que adquiriram o identifi cado prédio por usucapião, título este que, por natureza, não é susceptível de ser comprovado pelos meios normais.Está conforme ao original e certifi co que na parte omitida nada há em contrário ou além do que nesta se narra ou transcreve.Abrantes, 26 de Novembro de 2009.

A Notária(Sónia Maria Alcaravela Onofre)

(em Jornal de Abrantes, edição de Dezembro 2009)

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