its teens - floripa 04

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Educadores que levam o hobby para a sala de aula CULTURA POP A EMOÇÃO DO 1º CLIQUE NO STREAM NO PASSADO COMO ERAM OS PROFESSORES HÁ CEM ANOS? DE ALUNA DO EJA A DOCENTE GENEVA CONTA SUA HISTÓRIA GALERIAS A TURMA POSA COM OS MESTRES! www.portalits.com.br | edição 04 Revista its Teens Florianópolis nº 04 2015 | R$ 9,80

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Educadores que levam o hobby para a sala de aula

CULTURA POPA EMOÇÃO

DO 1º CLIQUE NO STREAM

NO PASSADO COMO ERAM OS PROFESSORES HÁ CEM ANOS?

DE ALUNA DOEJA A DOCENTE

GENEVA CONTA SUA HISTÓRIA

GALERIASA TURMA

POSA COMOS MESTRES!

www.portalits.com.br | edição 04Re

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28SEM LESEIRA

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22 | PROFESSORES DO PASSADO Nesta reportagem a gente conta como era a educação em antigamente e o que mudou desde as primeiras escolas de Florianópolis até as atuais

12 | DE ESTUDANTE A PROFESSORAEscolher uma carreira não é um desafio só para os mais novos. Apaixonados pela língua espanhola, Geneva descobriu a vocação para a sala de aula na maturidade

conteúdoEDIÇÃO 04

8 | CULTURA POPEm 2015 podemos não ter a emoçãode ir a uma loja comprar um CD novo na embalagem, mas aquele clique no “download” ou “stream” pela primeira vez causa quase a mesma euforia

10 | WI-FIPokkén Tournament, Resident Evil 0 e Until Dawn estão entre os games lançados do mês. Outra novidade são os testes que estão ocorrendo com o novo ajudante do Messenger nos smartphones

16 | LADO BNo mês dos professores, conheça alguns que levam suas outras atividades para a sala de aula, como o rockeiro Gilberto Borges e a ciclista Ana Destri, da rede municipal

26 | SEM LESEIRAProfessoras praticam pilates para melhorar a qualidade de vida e o rendimento profissional. Conheça projetos da secretaria de educação destinados à saúde dos mestres!

4 REVISTA ITS | É NA ESCOLA QUE A GENTE ACONTECE

32

8CULTURA POP

GALERIAS16CAPA

Page 5: Its Teens - Floripa 04

EXPEDIENTE

facebook.com/revistaits

youtube.com/revistaits

instagram.com/revistaits

Grupo RICFundador e Presidente EméritoMário J. Gonzaga Petrelli

Grupo RIC SCPresidente ExecutivoMarcello Corrêa Petrelli | [email protected]

Diretor SuperintendenteReynaldo Ramos Jr. | [email protected]

Diretor Administrativo e FinanceiroAlbertino Zamarco Jr. | [email protected]

Diretor Núcleo JovemRiadis Dornelles | [email protected]

Revista its é umapublicação da Editora Mais SC

Gerente de RelacionamentoBruno Filomeno | [email protected]

Diretor de arte Eduardo Motta | [email protected]

ConteúdoJéssica Stierle | [email protected]

DistribuiçãoHannah [email protected]

NÚCLEO COMERCIAL REDESanta CatarinaFabiano Aguiar | [email protected]

Rio Grande do Sul e ParanáGondil Kurtz | [email protected]

São Paulo, Distrito Federal,Minas Gerais e Rio de JaneiroNilton Aquino | [email protected] Gerências Comerciais SCGerente Comercial ChapecóJorge Furtado | [email protected]

Gerente Comercial Meio OesteDalcides Ana Gonzaga | [email protected]

Gerente Comercial JoinvilleCristian Vieceli | [email protected]

Gerente Comercial BlumenauJackeline Moecke | [email protected]

Gerente Comercial ItajaíMaristela A. dos Santos | [email protected]

EXECUTIVOS CONTAS SCSul Fabiano Aguiar | [email protected] FlorianópolisCrystiano [email protected] [email protected]

ItajaíCristiane Mattos | [email protected]

Os artigos assinados não refletem necessaria-mente a opinião da revista, sendo de inteira responsabilidade de seus autores. É permitida a reprodução total ou parcial de reportagens e textos, desde que expressamente citada a fonte.

Tiragem: 2,402 mil exemplares

NÃO VACILA, FALA AÍ(47) [email protected]

Pontos de distribuição:Escolas Básicas Municipais de Florianópolis

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O SOM QUE ROLOU NO NOSSO TIMmusic by Deezer ENQUANTO FECHÁVAMOS A EDIÇÃO:

Loca - Chico TrujilloKappa Órions - GilblackBizarre Love Triangle - New OrderDiamonds - RihannaNaughty Boy - Runnin' (Lose It All) - Beyoncé, Arrow Benjamin

LUCIANAPAULA

MATÉRIADE CAPA

VANESSAESTEVES

SAIDEIRA

VICTORBARBATO

CULTURA POP

editorialFala,galerinha!

Passeando pela timeline do Facebook nos últimos dias, vi uma imagem que desafiava geração facebookiana a lembrar o nome de seu(sua) primeiro(a) professor(a). Confesso que entrei nessa viagem e não foi difícil recordar da professora Rosa. No auge dos meus cinco anos de idade, os cabelos avermelhados dela me chamavam atenção enquanto, durante as tardes daquele ano, ela nos fez cantar o “bom dia professora como vai” e “a dona aranha subiu pela parede”. No ano seguinte, a professora Bárbara era a minha preferida! Eu simplesmente adorava o bom humor dela e a sua gargalhada inconfundível.

Quando iniciei o ensino fundamental, fazia parte da turma 11 da escola Paulo Fontes comandada pela professora Silvana. Foi ela a responsável por me fazer conhecer um mundo incrível dentro da minha própria mente! Nunca ninguém aguçou tanto a minha imaginação quanto ela. Com um jeitão meio hippie e sempre vestindo roupas coloridas, ela despertou em mim o gosto pela leitura e pelo teatro. Foram ao todo sete anos dando vida a personagens, já sobre os livros, perdi a conta de quantos devorei.

Eu era o tipo de aluna que pirava nas aulas de história, curtia geografia, entendia ciências e era gamada nos paranauês da língua portuguesa, mas nunca fui parceira dos números, e por incrível que pareça, durante a quinta série foi uma professora de matemática que me conquistou.

A Bárbara era/é incrível em sala de aula, ela não me fez gostar mais ou menos da matéria, mas me ajudou a compreender que naquele momento números eram importantes, assim como ela, e até hoje guardo com imenso carinho os bilhetinhos que trocávamos. Quando precisei mudar de escola, lembro que não liguei tanto por me despedir dos meus amigos, mas me senti triste por “deixar” na escola Mâncio Costa, uma das mulheres mais legais e inspiradoras que conheci.

Das diversas experiências que tive na escola as mais incríveis foram vividas ao lado de professores. Decidi a minha profissão, aos 12 anos, graças a um trabalho passado por um deles e, durante toda a minha trajetória escolar, aprendi muito mais que conteúdos. Dentro ou fora da sala de aula, foi a partir do amor pelo quadro e pelo conhecimento dessas figuras, que formei meu caráter e minha percepção de mundo a partir do exemplo que cada um transmitia.

15 de outubro, feliz dia dos profes <3

OSCULPADOS

JÉSSICASTIERLE

MAL AÊ!Todas vezes em que escrevemos bom-beiro civil ou voluntário na matéria de capa da última edição, leia-se bombeiro comunitário.

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Por Victor [email protected] POP

SE ISSO NÃO É FELICIDADE, NÃO SEI O QUE É!

8 REVISTA ITS | É NA ESCOLA QUE A GENTE ACONTECE

Do plástico aoStream

Todos nós temos pelo menos um ar-tista favorito, e muitas vezes temos até muitos dos quais gostamos bastante. Ou-vimos tanto as músicas deles que o botão do “repeat” chega cansar!

Então vem aquele dia em que nada mais importa, onde o tempo não passa e conversa nenhuma prende a sua atenção, porque você sabe o que está por vir. Sim, a data de lançamento de um single ou ál-bum novo do seu(s) artista(s). Essa mo-mento pode levar qualquer fã à loucura.

Em 2015 podemos não ter a emoção de ir a uma loja comprar um CD novo e

apanhar da embalagem de plástico ex-tremamente segura e quase impossível de se abrir (por motivos, pelo menos pra mim, até hoje desconhecidos), mas temos a de dar aquele clique no “download” ou “stream” pela primeira vez, o que causa quase a mesma sensação de euforia.

O mundo para, você se afunda em um universo dentro dos seus fones de ouvido e esquece o que existe lá fora até que uma opinião tenha sido formada sobre cada uma daquelas músicas do álbum. Algu-mas, é verdade, temos que ouvir mais de uma vez para começar a gostar.

Com cada novo lançamento, podemos quase sempre contar com estilos novos ou pequenas mudanças nas batidas. Se o seu artista for bom, normalmente ele sabe o que está fazendo e não vai deixar de te surpreender mais uma vez.

Depois disso, pronto. Agora você pode esquecer de qualquer outra música que exista ou que toque na rádio. Durante pelo menos um mês, os seus amigos cansarão de ouvir você escutando de novo e de novo as mesmas canções. Mas não ligue, isso se chama ser um FÃ! E não há nada de errado nisso.

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9FACEBOOK.COM/REVISTAITS

LANÇAMENTOS PARA O FINAL DE 2015

AINDA SEM DATA EPECÍFICA, MAS PREVISTOS PARA ESTE ANO

04/09

13/10

16/10

18/09

09/10

06/11

25/09

10/10

13/11

Wild

Made in the A.M

Confident

Honeymoon

Revival

Get Weird

Caracal

The Dime Trap

“nome ainda desconhecido”

Troye Sivan

One Direction

Demi Lovato

Janet Jackson Iggy Azelea Rihanna

Kanye West Gwen Stefani Sia

Britney Spears Ellie Goulding Adele

Lana Del Rey

Selena Gomez

Little Mix

Disclosure

T.I.

Justin Bieber

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MUNDO TECH

WIFI

10 REVISTA ITS | É NA ESCOLA QUE A GENTE ACONTECE

Por Victor [email protected]

AS NOVIDADES DO MÊS PRA VOCÊ

GAMES, GAMES E MAIS GAMES! Entre muitos lançamentos de games, alguns estão apare-

cendo com curiosidades.No novo jogo de Pokémon, Pokkén Tournament, para o Wii

U, com lançamento previsto para 2016, você não está em busca de aventuras e capturas de Pokémons, como em jogos anteriores e no próprio desenho animado. Ele foi dirigido pelo mesmo grupo criador do jogo Tekken e promete fazer uma mistura curiosa en-tre os dois estilos. Ou seja: ready, set, FIGHT, POKÉMON!

O Resident Evil 0, previsto para Janeiro de 2016, também conta com novas novidades. Nesta versão, a Capcom anuncia

TOP 5 1 now listening to... - por daniel (~860 mil inscritos)2 Billboard Hot 100 - por billboard.com (~710 mil inscritos)3 Black N Yellow - por snoopdog (~640 mil inscritos)4 Hipster International - por napstersean (~600 mil inscritos)5 Axwell’s Party Playlist – por 119641708 (~480k mil inscritos)

M, SEU AJUDANTE! O Facebook anunciou recentemente os testes que estão ocorrendo com o novo aju-

dante do Messenger nos smartphones. “M” tem um funcionamento similar ao de outros assistentes artificiais, como Siri, da Apple, mas com alguns diferenciais. O mais mencionado é o fato de poder fazer tarefas por você, como reservar um horário em um restaurante, realizar compras ou até fazer pagamentos através do seu Paypal, com o qual ele poderá estar sincronizado. Já pensou? Tudo no comando de voz!

que o player poderá escolher jogar como o vilão da história, Albert Wesker, além de poder alternar entre outros persona-gens para melhor decifrar o quebra-cabeça e avançar no jogo.

Em Until Dawn, game de terror para PlayStation 4, lança-do em 25 de agosto, você poderá se sentir em um dos seus filmes de terror favoritos! No jogo da Supermassive Games, você controla oito personagens em uma trama inspirada em alguns dos maiores filmes do gênero, como Pânico (1996) e Jogos mortais (2004). Esse a gente aconselha jogar antes de ficar escuro!

Pokkén Tournament Resident Evil 0 Until Dawn

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IDENTIFIQUE SITES PERIGOSOS Na internet, nada é certo. Por isso, ser seguro é sempre im-

portante. Devemos ter cuidados especiais para não correr risco de infectar nossas maquinas com vírus que podem causar danos não só para ela, mas para nossas informações pessoais. Existem sites que verificam a segurança e a autenticidade dos sites que você navega. Copie os links visitados netsas plataformas que seguem e verifique você mesmo: URLVoid; AVG Online Web Scanner; Norton Safe Web; entre outros.

Aqui estudante sempre sai ganhando.

Restaurante SUBWAY® TiradentesRua Nunes Machado, esquina com a Rua Tiradentes, 93

Centro - Florianópolis - SC | Tel.: (48) 3025-4450

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BATERIA POR UMA SEMANAO maior problema discutido entre donos de smartphones é a

duração de suas baterias. Agora, já imaginou uma bateria que dura uma semana inteirinha?? Parece ficção científica, não? Pois não é. A empresa britânica Inteligent Energy anunciou a criação de uma bateria para o iPhone 6 que usa hidrogênio para criar energia e não interfere no formato do iPhone, acrescentando apenas al-gumas aberturas na parte de trás do smartphone para eliminar o vapor d’água. A empresa afirma que criaram uma bateria tão fina que cabe em qualquer smartphone! Eles já estão em contato com os grandes fabricantes e esperam introduzir a nova tecnologia em futuros modelos.

Eu acho bom, pelo fato de não precisar entrar no aplicativo para conversar. O chat da pessoa com quem você está conversando fica na tela e, caso você estiver fazendo alguma outra coisa, não precisa sair deste outro app, o que é prático

Hyan Kevyn de Jesus, escola Osmar Cunha

O QUE ACHA DO MESSENGER?

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EDUCAÇÃOPor Luciana Paula

A PROFESSORA

12 REVISTA ITS | É NA ESCOLA QUE A GENTE ACONTECE

DE ESTUDANTE

Escolher uma carreira não é um desafio só para jovens e adolescentes. Conheça a história de Geneva e Vilmar, aluna e professor apaixonados pela língua espanhola que descobriram a vocação para a sala de aula na maturidade. A Revista its conta como os caminhos deles se cruzaram na escola Anísio Teixeira.

Era uma quinta-feira nublada quando cruzamos o portão do prédio onde mora Geneva Lima da Silva, no bairro Agronômica. Por acaso, encon-tramos o professor Vilmar dos Santos ao chegar na portaria. Ele havia aca-bado de sair da escola onde trabalha, chegando à entrevista com extrema pontualidade. Assim que Geneva nos abriu a porta, brincou com a ex-aluna: “Está ficando famosa, é a segunda vez que venho aqui por causa de suas en-trevistas!”

Ao entrar no apartamento, qual-quer visitante teria dó de pisar o piso de madeira limpíssimo. Não havia nada fora do lugar na estante, no aparador ou na mesa de vidro. A economia de almofadas e tapetes dava a deixa para o

diálogo que se seguiria: “Você lembra, Geneva, da sua primeira pesquisa? O tema era asma.”

Acomodado ao lado dela, no amplo sofá, Vilmar recordou o ano de 2008, quando Geneva foi sua aluna no Núcleo de Educação de Jovens, Adultos e Ido-sos (EJA), sediado na Escola Municipal Anísio Teixeira, na Costeira do Piraju-baé, na escola Anísio Teixeira. “Eu não me esqueço que enquanto o pessoal usou Power Point você e o seu cole-ga Airton fizeram uma encenação. Ele era o médico e você a paciente, através do diálogo dos dois personagens vocês conseguiram expor todo o conteúdo da pesquisa. Ficou excelente!”, conta o mestre orgulhoso da aluna.

Tímida, ela completou: “Eu sofro de

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Foto

s: Ac

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Pes

soal asma, então já sabia quase tudo o que

falamos na pesquisa. A única coisa que eu descobri, naquela época, foi o trata-mento com acupuntura”. Ela contou ainda que, na ocasião, a doença estava sob controle e não dificultava os estu-dos já que “só sentia um pouco a falta de ar ao subir as escadas da escola”.

O professor Vilmar explica que pes-quisas são rotina na Educação de Jovens Adultos da rede municipal de Floria-nópolis, onde se trabalha os conteúdos através de projetos, cabendo aos mes-tres de cada disciplina contribuir para a investigação de temas propostos pelos estudantes. A ideia é que assim eles ad-quiram cada vez mais autonomia.

Além da excelência dos trabalhos apresentados, Geneva chamou a aten-ção do professor pelo amor aos livros. Ela lembra que, um ano e meio depois, já no ensino médio, não foi nenhum sacrifício encarar as obras requisitadas pelo vestibular da Universidade Fede-ral de Santa Catarina (UFSC). A per-nambucana da cidade de Pedra diver-tiu-se com Vidas Secas, de Graciliano Ramos. Iracema, de José de Alencar, foi outra leitura marcante da época. “Pra não dizer que eu gostei de todos, teve um livro que me incomodou, O Guarda-Roupa Alemão [de Lausimar Laus], achei a história horrível, fala de preconceito racial.”

FACEBOOK.COM/REVISTAITS 13

O mestre, por sua vez, chamou a aten-ção da estudante pelo amor à docência, além da história de vida. “Eu lembro dele pegar a cadeira e colocar do lado da rodinha dos bagunceiros para lhes chamar a atenção”, comenta. “A gente precisa dar aula para todos!”, salienta Vilmar, sobre a insistência com a turma do fundão. Para conquistar os estudantes, faz uso também do talento mu-sical, cantando e tocando violão.

EM COMUMAlém do amor à literatura e à língua espanhola, eles compartilham histórias de

superação. Vilmar, filho de mineiro e natural de Criciúma, seguiu carreira na Aeronáu-tica, conquistando a patente de sargento. Trabalhou em aeroportos como o Hercílio Luz, em Florianópolis, e o Salgado Filho, em Porto Alegre. Fluência na língua inglesa era requisito básico para a carreira em que seguiu por quase 30 anos. Mas quando o assunto era o idioma dos hermanos, confessa que só arranhava um portunhol.

Essa defasagem, unida ao amor pelos boleros do grupo mexicano Los Panchos e do cubano Bienevido Grando, o levaram a prestar vestibular para Letras Espanhol. O “engajamento latino-americano contra a opressão econômica” foi outro fator decisivo para a escolha do leitor de As Veias Abertas da América Latina, de Eduardo Galeano. Na mesma época em que prestou vestibular, a mais nova entre as duas filhas tentava vaga no curso de História. O apoio da família não faltou. Mas o ânimo para encarar as salas de aula como professor veio aos poucos. Foi o êxito no estágio que o fez entrar na onda dos colegas que prestaram concurso logo após a formatura. Foi assim que ele se tornou professor da rede municipal de Florianópolis, onde o seu caminho foi cruzado pelo de Geneva.

Ela, por sua vez, nasceu numa família de lavradores em Pernambuco. Quando ti-nha cinco anos de idade, mudaram-se todos para o Paraná. Já adulta e mãe de quatro filhos, seguiu para a cidade de São José dos Campos, em São Paulo.

Momentos marcantes da graduação, no estágio obrigatório, fazendo uma pesquisa e apresentando trabalho.

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Geneva, professora

Sempre há os que têm mais facilidade em aprender, mas todos têm suas dificuldades. Aprender é sair da zona de conforto. E a profissão de professor é difícil, mas é sempre a mais necessária. Existe uma necessidade constante de que haja bons professores.

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Um professor se faz a partir de sua formação e de sua experiência profis-sional e de vida. A visão de cada um sobre o que é ser um docente também marcou a conversa que tivemos.

“Não é fácil o desafio da modali-dade EJA. Principalmente na questão pedagógica. É preciso estimular o in-teresse do aluno. Muitas vezes ele está desinteressado porque tem proble-mas, ou o ambiente dele não valoriza a educação, não faz sentido pra ele. Sem interesse não tem aprendizado, por isso ele precisa ser fomentado, buscado. O professor não precisa ser perfeito, um santo, mas tem que ter idealismo. Porque eu vou participar do desenvolvimento desta pessoa. Histórias como a da Geneva são um dos retornos do nosso trabalho, mas mesmo os alunos que não fizeram faculdade podem ter sucesso no ca-minho que buscaram em suas vidas, podem ser felizes!”, diz Vilmar

“As políticas públicas como ENEM e cotas tornam a educação na univer-sidade mais popular e inclusiva. Mas depois que você entra, é só mais um. Existem muitos professores que nos acolham de braços, coração e alma abertos, mas existem os que não se preocupam em saber de onde veio o aluno. Enfrentar e vencer esta situa-ção me ajudou a compreender que não sou pior que os outros, que não tem ninguém tão grande, que nada está tão fora do meu alcance. Sempre há os que têm mais facilidade em apren-der, mas todos têm suas dificuldades. Aprender é sair da zona de conforto. E a profissão de professor é difícil, mas é sempre a mais necessária. Existe uma necessidade constante de que haja bons professores”, diz Geneva

FACEBOOK.COM/REVISTAITS14

DESAFIO DE SER DOCENTE

Os estudos até então se resumiam a um ano de escola primária e um ano de aulas com uma tia professora.

“Não poder estudar mais me trouxe muita tristeza. Mas os livros me encanta-vam. Sabia que eles eram fonte de aprendizagens e de diversão. Sabia, também, que estudar me abriria portas para um mundo novo e melhor do que eu conhecia”. Foi o que Geneva relatou no memorial descritivo apresentado ao departamento de Letras Espanhol, da UFSC, neste ano.

A vinda para Florianópolis se deu em 2006, junto da filha caçula. Na época, Ge-neva já estava viúva. Até retomar os estudos, aos 58 anos, foi costureira e atuou no comércio de roupas. No memorial onde relatou sua história, ainda ressaltou a impor-tância de Vilmar na escolha do curso superior: “O contato com a língua espanhola na EJA encantou-me. Reconheço que a atuação do professor Vilmar Paulo dos Santos, docente de espanhol, foi decisiva para isso. Seu jeito de nos fazer sentir capazes de aprender e ampliar nossos horizontes com o conhecimento do espanhol me cativou”.

A formatura do curso superior foi no último dia 7 de agosto. Uma conquista e tanto para quem, junto do neto Rafael, prestou vestibular para Letras Espanhol sem muita convicção de que poderia passar e até de que teria a “base” necessária para concluir o curso. “É claro que você tinha base, tanto que conseguiu!”, afirma Vilmar, mostrando que fazer os estudantes acreditarem no seu potencial é a vocação maior de um bom professor, dentro e fora da sala de aula. “Eu sempre digo para os alunos, vocês não sabem, mas são gênios em alguma coisa!”

Ele bem que tenta convencer a ex-aluna a cursar a pós-graduação junto com ele, mas ela está com a cabeça em São José dos Campos, para onde pretende se mudar.

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ESPORTECAPA

16 REVISTA ITS | É NA ESCOLA QUE A GENTE ACONTECE

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deiro

Por Luciana Paula

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Para além do estereótipo ultrapassado que se faz do professor, careta e sabichão, este profissional precisa ser exemplar nas suas atitudes para inspirar os estudantes. “Seja a mudança que você quer no mundo”, diz uma das frases mais manjadas do Dalai Lama, e exemplos de quem busca praticar esa lição não faltam nas escolas da capital. Nesses casos, até aquilo que seria apenas o “lado b” do educador ganha espaço na sala de aula. A revista its reúne, a seguir, duas histórias de mestres que vivem dentro e fora da escola aquilo que buscam ensinar.

No mês dos professores, a gente conta histórias de educadores que compartilham com os alunos aquilo que muitos considerariam apenas um hobby. É o caso do rockeiro Gilberto Borges e da ciclista Ana Destri, que atuam na rede municipal

O ROCKEIROO professor de música Gilberto Borges

não denuncia muito, pelo vestuário, o seu lado rock. Cabelos curtos, óculos, guarda-pó e calça jeans: no momento da entrevista, o baixista da Banda Carona, que faz show com camisa do Ramones, não destoava dos de-mais educadores na sala dos professores da escola Vitor Miguel, no Itacorubi. Mas bastou tocarmos no seu assunto predileto, música, pra não ter dúvida da profunda ligação do cara com o universo do rock.

Queen, Kiss, Bon Jovi, Nirvana, Green Day, Capital Inicial, Ira, Legião Urbana, Titãs, TNT, Reação em Cadeia… O repertório da banda que existe há 14 anos é plural e se soma a composições próprias. O gaúcho de Caxias do Sul veio pra Floripa cursar Educa-ção Artística com habilitação em Música, na Udesc, no ano de 1993. Antes disso, tentou terminar a graduação em Administração, mas percebeu que não seria capaz de viver a música só como um hobby.

A Banda Carona, formada através de contatos da faculdade, não foi a única de sua carreira. “Detrito Urbano”, de estilo punk, foi a primeira, ainda no Rio Grande do Sul, durante a escola. Já em Floripa, se aventurou por outros ritmos, como o samba do grupo Samba e Mar e o reggae da Leão da Tribo, que chegou a se apresentar por diversas ci-dades do estado. A Nova MPB é o som do CD A Cada Manhã, do grupo Casa da Ginga, com quem tirava um som até alguns anos atrás. Por fim, também com rock, a banda Red Ri-

ver Boys fez parte de sua trajetória.Professor da rede municipal, desde

2001 Gilberto é mestre em Educação Mu-sical e foi um dos entusiastas dos softwa-res livres, criando uma versão do Musix em português, o Musix-Br. O software, que pode ser instalado ou usado apenas com um CD, permite a edição de áudio.

Todo esse repertório na música e na tecnologia é utilizado em sala de aula. Ofi-cina de ganzá, produção de vídeos em Slow Motion, confecção de “discos de cordel”, grupo de Boi de Mamão e de flauta são al-guns exemplos de como a galera se envolve nas “piras” do professor, também conhecido como Gilblack.

Mais que um rockeiro, ele é um aman-te da música como linguagem. “Conhecer as grandes obras do mundo é um direito da humanidade”, defende o professor, que coloca nessa categoria a música tradicional indígena e africana para além da clássica eu-ropeia de compositores como Mozart, Bach e Beethoven. Funk e Hip Hop são outros es-tilos que o cara respeita, mas para ele, além de reconhecer esses ritmos como parte da cultura da garotada, sua missão como pro-fessor é “fazer os alunos irem além daquilo que o seu ambiente já lhes proporciona”.

Banda CARONA em ação

Além de baixo, também é fera no sax!

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Segue o QR Code do canal do professor Gilberto. Lá, além de apresentações musicais de suas bandas e grupos, ele reúne os vídeos produzidos por alunos da sexta e da sétima série da escola Mâncio Costa, em 2010.

O Final de semana é o título do trabalho produzido por Bianca, Claudionice, Luciana, Luis Claudio, Pedro e Kennedy.

Mais produções estão no site e na página do Professor Gilblack.Com certeza, vale seu like!

musicaeeducacao.mus.br www.facebook.com/professorgilblack

SLOW MOTION

Nicole Chagas, escola Pde. João Alfredo Rohr

O professor Gilblack ensina muita coisa! É atencioso! Ele desenhou no meu caderno duas mãos, marcando os dedos que eu precisava usar na hora de tocar teclado, porque eu estou aprendendo

“ “

18 REVISTA ITS | É NA ESCOLA QUE A GENTE ACONTECE

Com a ajuda de softwares de edição de áudio, o professor inspirou os alunos a experimentarem compor suas próprias músicas. O resultado foi gravado em CDs cujas capas eram confeccionadas pelos alunos, de forma com que cada exemplar fosse único e artesanal, remetendo à tradição do cordel.

O QUE SÃO OS DISCOS DE CORDEL?

Viajantes de Orion, de 2015, é um disco de cordel com número de série e livro de visitas, ao lado de A cada Manhã, de 2012, CD com o grupo Casa da Ginga. Presentes que estamos curtindo aqui na redação!

CD com alunos e professores da Rede Municipal de Ensino da Prefeitura Municipal de Florianópolis, 2003.

“Trilha Sonora Para uma Passeata”, de 2010.

GRAVAÇÕES+

Turmas 41 e 51 - Apresentação musical na festa junina 2015, na Escola Padre João Alfredo Rohr Ganzás prontos na Escola Padre João Alfredo Rohr

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Sorridente e irreverente, Ana Destri, professora de educação física, começa o dia pedalando. Quem imaginou uma aula de bike speed enganou-se. A dupla bik’Ana e a Anacleta são seus meios de transporte para o trabalho. A morado-ra de Coqueiros se levanta às seis e meia, mas para chegar às oito na creche Celso Ramos, no centro, basta sair de casa com vinte minutos de antecedência.

Profissional da rede municipal há cer-ca de dez anos, Ana encontrou motivação para encarar as ruas pedalando diante de um diagnóstico pouco animador. “Em uma consulta de check-up no cardiolo-gista, foi detectada uma placa de gordura na carótida esquerda. Como eu era uma pessoa ativa fisicamente e com alimen-tação saudável, o médico concluiu que se tratava de algo genético”, conta Ana. Ela lembra que as artérias carótidas são responsáveis pelo suprimento sanguíneo cerebral e, se acometidas por uma placa, podem ficar obstruídas completamente, representando risco à vida da pessoa. Para lutar contra este quadro, buscou capri-char ainda mais nos exercícios.

“Não escolhi a bicicleta, ela que me escolheu, pois no mês seguinte do diag-nóstico, o meu tio me ofereceu uma que ele comprou mas não estava se adaptan-do. Como tinha que incrementar a ati-vidade física, aceitei. Fiquei pensando, como gosto tanto de andar de bicicleta? E por que ela me fascina? Me remete à in-fância, quando eu ia na casa do Vô João (paterno). Ele só andava de bicicleta e tinha duas lindas! Eu ficava horas e ho-ras contemplando aquelas maravilhas intocáveis, porque o vô não deixava nem chegar perto. Penso que foi daí!”, revelou

Ana Destri, professora

Acredito que a infância seja a melhor fase da vida, cheia de sonhos, curiosidade e energia, muito fértil para semearmos coisas boas. Por isso o projeto nasceu na escola e é nela que tem que ficar.

“ “

a educadora sobre sua paixão de duas rodas.Muito mais que o controle da doença,

o novo estilo de vida impactou também sua vida profissional. A curiosidade das crianças da escola José Jacinto Cardoso, onde trabalhava em 2013, sobre a profes-sora que chegava numa bike a motivou a criar um projeto específico que trouxesse mais informações sobre o ciclismo para a escola. As dúvidas da garotada eram mui-tas. “Estavam curiosas sobre a minha bi-cicleta, sobre como eu vinha pra escola,

se era perigoso, se eu não sentia medo, estas coisas”, explica Ana.

Sua principal motivação para seguir com o projeto são as crianças: “Acredito que a infância seja a melhor fase da vida, cheia de sonhos, curiosidade e energia, muito fértil para semearmos coisas boas. Por isso, o projeto nasceu na escola e é nela que tem que ficar, porque a escola é uns dos melhores lugares para se am-pliar o repertório em todas as dimen-sões”, defende.

19FACEBOOK.COM/REVISTAITS

A ciclista

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Diego Gomes, EBM Pde. João Alfredo Rohr.

A professora Ana é legal! Ajuda a gente a saber mais sobre a bicicleta. Eu vinha pra escola de bike, só não venho mais porque quebrou.

“ “

@revistaits - Quando começou e quais objetivos desta iniciativa?Profª Ana - O Projeto nasceu em 2013, durante uma conversa com as crianças, que

estavam curiosas sobre a minha bicicleta, de como eu vinha pra escola, se era perigoso, se eu não sentia medo, estas coisas. No principio, só fazia um resgate da história e do funciona-mento da bicicleta. Depois foi ganhando forma e partimos para as questões da mobilidade, mais especificamente o direito de ir e vir, pois na comunidade onde moram as calçadas são bem precárias, inviabilizando seguir o trajeto casa-escola com segurança. Em uma das minhas pesquisas na internet para estruturar o projeto, conheci o Bike Anjo, um grupo de voluntários que ensina as pessoas a andar de bicicleta, tanto no trânsito quanto quem ainda não sabe pedalar. Numa conversa com um dos Anjos surgiu a ideia de ampliarmos este pro-jeto para as escolas da rede municipal. No inicio de 2014, apresentamos o projeto à Gerência de Projetos da Secretaria Municipal, GEPROS, que aceitou de imediato. Assim, completamos três anos desde do inicio com o piloto da escola Jose Jacinto Cardoso, na Serrinha. Objetivos que nos norteiam são orientar as crianças no ir e vir com segurança de casa para escola e vice-versa e apurar o senso crítico quanto às questões da mobilidade.

@revistaits - Como funciona o projeto em outras unidades? Profª Ana - Nestes três anos, 13 unidades nos acolheram. O projeto não tem uma meto-

dologia pré-determinada, ele se molda de acordo com as necessidade das turmas visitadas nas unidades educativas. Seguindo somente os objetivos de orientação no ir e vir com segu-rança e apurar o senso crítico quanto a mobilidade. Começamos com um teatro de mímica, para chamar a atenção, depois conversamos sobre de que forma eles vêm para a escola. Se já sabem pedalar, trazemos a história da bicicleta, ciclorrotas, oficina de plaquinhas, mecâ-nica, discussão de regras (reflexão), momento pedal e outros.

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ProjetoBicicleta na Escola

*Escola Lupércio Berlamino da Silva (Caieira da Barra do Sul); Ecola Osmar Cunha (Canasvieiras); Escola Herondina Medeiros Zeferino (Ingleses);Escola Porto da Lagoa (Lagoa da Conceição); Escola José Jacinto Cardoso (Serrinha);Escola José Gonçalves Pinheiro (Rio Tavares);**Escola Mâncio Costa (Ratones); Escola Costa de Dentro (Pântano do Sul); Escola João Francisco Garcez (Canto da Lagoa); Escola João Alfredo Rhor (Córrego Grande); EJA -Educação de Jovens, Adultos e Idosos (Centro);Escola Dilma Lúcia dos Santos (Armação do Pântano do Sul).

* Projeto sistematizado**visitas pré-agendadas e/ou participação de eventos.

Mais informações estão no site Bike Anjo:http://bikeanjo.org/

SAIBA ONDE TEM O PROJETO!

SE LIGASegundo o Instituto de Planejamen-to Urbano de Florianópolis (IPUF), a cidade tem hoje 57 quilômetros de ciclovias. Mas elas não estão co-nectadas, o que é um risco para os ciclistas. Saiba mais lendo a matéria da repórter Alessandra Oliveira, do Notícias do Dia, que cobriu o tema no ano passado. De lá pra cá, as coi-sas não mudaram muito, ainda que várias obras estejam em andamento.

Acesse o QR CODE e confira:

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ESPORTEEDUCAÇÃO

Ir para a escola é rotina para a maior parte das crianças e adoles-centes de Florianópolis e do Brasil, mas nem sempre foi assim. Nos últi-mos cem anos, passamos de profes-sores que davam aula em um espaço

improvisado em sua própria casa a uma rede que tem o dever garantir acesso à educação a todos. Marly da Rosa Carvalho, pedagoga que atua no Departamento de Integração e Me-diação Educacional da prefeitura de Florianópolis, ajudou-nos a contar um pouco da história da nossa rede de educação municipal.

Ela relata que, ao contrário da atual geração, quem nascia aqui na Ilha na época do Império, há uns 150 anos, só aprenderia a ler e escrever se fosse de família rica. Educação na-quela época não era direito de todos, e os manezinhos estavam muito dis-tantes da capital de então, a cidade do Rio de Janeiro, onde foram fun-dadas as primeiras grandes escolas,

Por Luciana [email protected]

como o Instituto D. Pedro II. Os pais que tinham dinheiro contratavam um preceptor, profissional que se en-carregava de ensinar as crianças a ler e escrever, entre outras lições, para que elas pudessem estudar futura-mente em grandes centros, como São Paulo, Rio de Janeiro ou até mesmo em Portugal.

Só no início dos anos 1900 foram fundados os colégios mais tradicio-nais de Floripa, como o Coração de Jesus e o Colégio Catarinense, insti-tuições privadas mantidas pela Igre-ja Católica. Naquele momento foram criados também os primeiros grupos escolares estaduais. A rede municipal de educação tem aproximadamen-te 50 anos e teve origem a partir de

PASSADOAssim como a roda um dia teve que ser inventada, a profissão de educador nem sempre exis-tiu. Nesta reportagem a gente conta como era a educação em Florianópolis e, de forma geral, o que mudou das primeiras escolas para as atuais. Uma das principais diferenças entre as duas épocas é o perfil do professor.

OS PROFESSORES DO

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convênios com escolas estaduais da região. A Osmar Cunha, em Canas-vieiras, por exemplo, seguiu esse caminho. A unidade foi criada pelo Estado e funcionava com a antiga nomenclatura de “Grupo Escolar”. Com o passar do tempo, foi assu-mida pelo município, tornando-se uma “Escola Básica”.

Sobre os professores, Marly con-ta que, no início do século passa-do, eles não precisavam fazer uma faculdade para poder dar aula. Os chamados professores regionalis-tas tinham ensino médio ou fun-damental. Imagina se você pudesse terminar o 9º ano e sair ensinando a galera por aí? Já na década de 1950, o magistério, nas escolas normais, ganhou mais força no Estado.

Até esta época, nem todo professor contava com um salário. Alguns rece-biam o pagamento até em alimentos. A profissão era desempenhada majo-

educacionais tanto pelo governo fe-deral quanto pelo estadual, que ajuda-ram a moldar a carreira do magistério que existe atualmente.

De lá pra cá, muita coisa mudou. Hoje, toda criança tem direito à edu-cação, graças à Constituição de 1988 e ao Estatuto da Criança e do Adoles-cente. Isso fez com que houvesse uma evolução na formação e na carreira do professor. Na rede municipal da capital, só pode ser contratado efe-tivamente o profissional com ensino superior completo. O educador que continua a estudar (mestrado e dou-torado) recebe aumento no salário.

“Estas mudanças acompanha-ram a reabertura política pós-1980. A partir daí, tivemos conquistas como o primeiro prefeito eleito [durante a ditadura militar, entre 1964 e 1985, prefeitos de capitais não eram esco-lhidos pelo povo, mas pelo Regime]. Estes fatos foram importantes, são uma conquista da população a partir de uma trajetória de lutas, parcerias, propostas de governo… A nossa rede é o resultado de uma construção cons-tante”, resume Marly de Carvalho.

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FATOS SOBRE A REDE• A Rede Municipal de Educação de Florianópolis existe desde a década de 1960, que

na época, tinha 19 escolas;

• Nos anos 1980, este número cresceu para 25;

• 1985: foi criada uma secretaria específica para a área da Educação na prefeitura;

• Atualmente, a rede conta com um total de 36 instituições de ensino;

• 70% dos educadores possuem ao menos nível de especialização;

• Faz parte da carga-horária de trabalho do professor a hora-atividade e a for-mação continuada.

ritariamente por mulheres, e como se acreditava que uma mulher deveria ser mantida pelo pai ou pelo marido, não havia uma preocupação de pagar a ela um valor suficiente para tirar seu próprio sustento. Isto foi mudando lentamente, com a criação de planos

Grupo Escolar Lauro Muller, 1912, Florianópolis

Faxada atual da Osmar Cunha, em Canasvieiras.

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A mestra em Educação Julia Tocchetto ajuda-nos a entender como surgiu a escola. Vale lembrar que, em muitas sociedades tradicionais, como as indígenas e algumas africanas, o conhecimento é passado entre as gerações pela oralidade, de acordo com cada cultura, sem uma instituição específica com essa finalidade. Sobre o tema, Júlia

explica: “Em primeiro lugar é preciso considerar que a educação, tal qual concebemos, nem sempre existiu. Na verdade a educação sofre, e sempre sofreu, influências do contexto histórico social e cultural, variando de uma sociedade a outra, de um lugar a outro, de um tempo ao outro”.

O QUE SIGNIFICAEDUCAÇÃO PARA TODOS?

"Todos" inclui os estudantes com necessidades especiais (físicas ou in-telectuais), que durante muito tempo não eram aceitos nas escolas. A Se-cretaria Municipal de Educação conta com setores destinados à Educação Especial desde 1986. Rosângela Ma-chado, especialista responsável pelo setor atualmente, explica que Florianó-polis foi a primeira rede pública de en-sino a acolher todos os estudantes com deficiência, sem exceção, indepen-dentemente do tipo de deficiência ou

de uma situação ser considerada mais ou menos comprometida. Ela também menciona o pioneirismo de reorganizar os serviços de Educação Especial, que deixaram de ser uma modalidade de ensino substitutiva do ensino comum, tornando-se um serviço que promove

recursos e estratégias de acessibilida-de. Isto para que os estudantes com deficiência tenham condições de aces-so, permanência e continuidade dos es-tudos com os demais colegas de turma e nos mesmos espaços escolares, sem ambientes segregados.

• Constituição de 1988

• Estatuto da Criança e do Adolescente (1990)

LEGISLAÇÕES IMPORTANTES PARA O AVANÇO DA EDUCAÇÃO

E no resto do mundo?

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Na Idade Média, a Educação era conduzida basicamente pelos e/ou para os religiosos. Como na Grécia Antiga, também não era para todos, mas para os mais abastados e para o clero (membros da Igreja Católica). Aprendia-se dentre outras coisas o latim - essencial para rezar a missa -, gramática, aritmética, história, geografia. Uma esmagadora parte da população era analfabeta, e essa si-tuação durou muito tempo.

Neste contexto é que diver-sos conceitos e áreas do conheci-mento se desenvolveram, como o de democracia e a filosofia. A educação neste período era mui-to diferente do que é hoje e teve como influência os filósofos Só-crates, Platão e Aristóteles. An-tes deles, os chamados sofistas atuavam, preocupando-se com a utilidade do conhecimento, ensi-nando principalmente a retórica

(a arte de falar bem e convencer) e a quem os pagasse. Por isso fo-ram recriminados e chamados de mercenários. De forma que, neste período, a educação não era para todos. Guiados pelo pedagogo - é daqui que vem a palavra pedagogia -, as crianças que frequentavam as aulas, em geral ao ar livre, apren-diam temas bem familiares para nós como: gramática, aritmética, história e geografia.

IDADE MODERNANo início da Idade Moderna,

tivemos os jesuítas, pioneiros na educação brasileira. Com o pro-testantismo (movimento cristão contrário à Igreja Católica), a ideia da livre tradução da Bíblia abriu ca-minhos para se pensar a educação do povo e a alfabetização da galera. Falando do Brasil, mais influencia-do pela Europa, temos o que ficou conhecido aqui como escolas iso-ladas. Essas escolas eram localiza-das na casa do professor ou alu-gadas, com péssimas condições de higiene, onde vários alunos de idades e níveis de aprendizagem eram ensinados ao mesmo tempo por um só professor.

Este método era uma adaptação do fundado por Lancaster, que ti-

nha como princípio ensinar a mui-tos alunos de níveis diferentes, com o auxílio dos mais adiantados. Estas escolas resumiam-se ao ler, escre-ver e contar. Haviam os chamados professores leigos, sem formação, e não havia uma formação padro-nizada para professores, que viria com a escola normal. Embora já houvessem escolas normais no Bra-sil, é na virada do século 19 para o 20 que elas dão um upgrade. A re-forma na escola normal de São Pau-lo, dirigida por Caetano de Campos, foi um marco. A partir daí foram criadas as escolas primárias gra-duadas, conhecidas como grupos escolares. Esse modelo paulista se espalhou pelo Brasil todo e em San-ta Catarina veio na década de 1910.

Também é mais ou menos nesse pe-ríodo que ocorre a feminilização do magistério. Profissão antes exerci-da basicamente por homens passa a ser em sua maioria exercida por mulheres. Isso por uma mudança de paradigma na Educação.

GRÉCIA ANTIGA IDADE MÉDIA

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Brownie do Chef Blaise

1 - Bater bem os ovos com o açúcar para criar o creme base da receita.

2 - Adicionar aos poucos o chocolate em pó e ir misturando.

3 - Acrescentar a essência de baunilha.

4 - Misturar as 6 colheres de sopa cheias de manteiga.

5 - Em seguida, misturar a farinha (adicionar aos poucos).

6 - Picar o tablete de chocolate meio

amargo e as castanhas do pará e juntar à mistura. Depois, pré-aqueça o forno entre 160-180 graus.

7 - Cobrir uma forma de 30x20 cm com papel manteiga.

8 - Despejar a mistura na forma de maneira uniforme. Leve ao forno por 30-40 min.

9 - Ao retirar, remover da forma puxando pelo papel manteiga.

DICA: o Brownie está pronto quando criar uma crosta em cima. Após retirar do forno, esperar esfriar um pouco antes de cortar.

Agora, é deliciar esta gostosura e compartilhar com os amigos! Fiquem ligados para mais receitas simples e práticas do Chef Blaise!

Ingredientes:

Passos

• 4 ovos• 6 colheres de sopa de manteiga• 1 xícara de castanha do Pará • 1 xícara de chocolate em pó (chocolate em pó, não achocolatado!)

• 1 xícara de farinha• 2 xícaras de açúcar • 1 tablete de chocolate meio amargo• ⅔ colheres de chá de essência de baunilha

Veja a matéria em youtube.com/

revistaits

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HORA DA FOME

Alguma sugestão? Mande por Inbox na nossa página facebook.com/revistaits que escolheremos as melhores para o Chef Blaise nos ensinar!

26 REVISTA ITS | É NA ESCOLA QUE A GENTE ACONTECE

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Emanuela Lima ao lado da professora Kamila De Toni, de Ciências, da EBM Osmar Cunha, em sua festa de 15 anos

João Paulo Guimarães e Dandara Ziegler curtem o professor Marcos da escola Almirante Carvalhal

Então, o que falar da minha profes-sora paciente, compreensiva, que ajuda a gente nos problemas até emocionais? Escolhi a senhora porque, de palavras em palavras, a senhora já me fez chorar e entender como que é um professor, o quanto é difícil estar ali... Professora, hoje estou aqui pra homenagear a se-nhora, sabe por quê?Porque de todas as coisas pelas quais mais agradeci até hoje, uma delas é a senhora! Todos sabemos que na escola Osmar Cunha não é fácil domar as feras. Não é fácil, mas a senhora provou que não se impondo regras conquista-se res-peito! Obrigada por fazer parte desta mi-nha caminhada… Porque esse ano, com a professora, foi perfeito!

Minha professora preferida é a prof. Kamila, do laboratório de Ciências, por-que além de ser uma professora muito dedicada e muito atenciosa, ela tam-bém é uma grande amiga!

Porque ele é legal e faz bastante dinâmicas durante sua aula.

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Valentina Oliveira fez uma super homenagem à professora Miriam Nascimento, de História, do EBM Osmar Cunha

O QUE TORNA UMPROFESSOR ESPECIAL?A revista its convidou uma galera pra responder esta pergunta. Afinal, que características tem um professor que é especial para seus alunos? Confere aí as melhores respostas que recebemos e a foto dos mestres que marcam presença na vida desses estudantes!

Yasmim Torres e Rayssa Leandra com o professor Sócrates Vasconcelos, da escola Almirante Carvalhal

A metodologia do Profº Sócrates Vasconcelos, de Ciências, é espetacu-lar! Assim, conseguimos aprender com facilidade.

“ “

Page 28: Its Teens - Floripa 04

ESPORTE

Professoras da educação infantil praticam pilates para melhorar sua qualidade de vida e rendimento profissional. Conheça alguns projetos da Secretaria Municipal de Educação especialmente destinados à saúde dos mestres!

Eliane Maria Homem começa a semana dando um exemplo de saúde. Toda segunda-feira, ela e outras 29 professoras da educação infantil da rede municipal se reúnem para praticar pilates solo. As aulas são oferecidas pela Secretaria Municipal de Educação da capital.

O levantar e abaixar constantes da rotina de quem lida com crianças de 0 a 3 anos não a impediram de completar 21 anos na carreira pela qual é apaixonada. Ela reconhece que sem os exercícios isto não seria possível. “Tenho colegas até mais jovens que estão readaptadas com

PILATES

SEMLESEIRA!

28 REVISTA ITS | É NA ESCOLA QUE A GENTE ACONTECE

cinco ou seis anos de trabalho”, conta. Eliane também já participou de aulas de ioga, natação, técnica vocal, e do projeto Corpo e Mente, todas iniciativas do Departamento de Gestão Ocupacional e Avaliação de Desempenho (DEGOA).

O departamento tem o objetivo de desenvolver ações individuais e coletivas de promoção a qualidade de vida e saúde no trabalho junto aos servidores da rede municipal de ensino. Atualmente, todas as 30 vagas de pilates são destinadas a profissionais da educação infantil. “A especificidade do trabalho

Por Luciana Paula

Page 29: Its Teens - Floripa 04

2929

• Pilates de solo;

• Ginástica laboral;

• Oficinas terapêuticas aos servidores em situa-ção de readaptação (afastados temporariamente de suas funções de origem);

• Campanhas de Saúde Vocal: distribuição de squeezes para todos os profissionais da rede mu-nicipal de educação. Através de parceria com a Universidade Federal de Santa Catarina oferece-mos aos profissionais triagem fonoaudiológica e atendimento fonoterápico aos profissionais com distúrbio de voz;

• Proteção Solar: voltada aos profissionais de educação física da RME, de cunho informativo e realizando a entrega de protetor solar a todos;

• Tabagismo: companha informativa e promoção de áreas 100% livre de fumaça em todas as uni-dades educativas da rede, com a manutenção de placas sinalizadoras na entrada das mesmas.

ATIVIDADES OFERECIDAS NESTE ANO

[destes educadores] é relacionada à idade das crianças atendidas, que exigem muito do sistema músculo esquelético: abaixa, levanta, banho, alimentação, colo, hora do sono, entre outras”, explica Cláudia Mello Araújo, chefe do departamento de gestão ocupacional.

Tá achando que isso tudo é frescura? Segundo o artigo Benefícios dos exercícios físicos e

da ginástica laboral, do boletim on line da Federação Internacional de Educação Física (FIEP), a melhoria do meio ambiente de trabalho e as boas relações interpessoais propocionadas pela atividade física geram maior e melhor produção. Ou seja, é cientificamente comprovado que mais qualidade de vida para o trabalhador é sinônimo de mais rendimento para a empresa.

Profª Eliane Maria Homem

Page 30: Its Teens - Floripa 04

O QUE É

Pilates?O pilates, que mistura musculação, ioga, artes marciais e ginástica, foi

desenvolvido pelo alemão Joseph Pilates. Ainda que no Brasil tenha virado febre só na última década, a técnica existe desde metade do século passado. A história do pilates e do seu método é algo que vale a pena conferir.

O cara era um loser que sofria bullying na escola. Filho de um ginasta e uma naturopoata (quem defende a manutenção da saúde sem remédios), ele começou a se exercitar ao ar livre e conseguiu curar o raquitismo e superar o quadro de asma e febre reumática. Já adulto, nos Estados Unidos, montou um estúdio com sua esposa, a enfermeira Clara Zeuner. O espaço passou a ser frequentado por dançarinos, atletas e artistas, o que ajudou a popularizar a prática. Para Pilates, todo mundo devia se exercitar já que o estilo de vida sedentário é causador de muitas doenças.

Na internet a gente encontra mais informações sobre essa trajetória. A nossa dica é Uma História Animada de Pilates, no canal InfobytesTV, no Youtube.

30 REVISTA ITS | É NA ESCOLA QUE A GENTE ACONTECE

Page 31: Its Teens - Floripa 04
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GALERIAS

Alunos com o Professor Zeca

Professor Rubens

Marcia, Albaneza, Janine, Jaci, Suzana, Francieke, Ana Cristina e Lidiane

Lidiane e AninhaJanaina e Adriana

ESCOLA

ALBERTINA MADALENA DIAS

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Foto

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Fot

ogra

fia

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FACEBOOK.COM/REVISTAITS

Turma da escola Albertina Madalena Dias, com a professora Ana Cristina

Professor Marcelo e alunos

Alunos com a Professora AninhaEliana

Alunos com o Professor Valerio

Adriana

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Edilene

ESCOLA

HERONDINA MEDEIROS ZEFERINO

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Loana e Rose

Larissa

Larissa

Professora Tania

Adriano

Vera

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Diretor William

35

Edilene e VeraNeusa

Joice Professora Fernanda

Professora Larissa

Professora Tania e Gisele

Professores do Albertina

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ESCOLA

LUIZ CANDIDO DA LUZ

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Natalia, Eliandra, Sergio, Rafael, Renata, Jheniffer, Lu e Marise

Helena

Prof. Renata Prof. Lucélia e Sérgio

Eliandra, Sergio,Teresinha e LuceliaMarcela, Marisa, Silvia e Tiele

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37FACEBOOK.COM/REVISTAITS

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Janice, Janete, Carmenlucia, Marilia, Janice, Gerusa e Rosilene

Raquel, Gelci, Natalia e ClarisseLuciana, Sandra, Helena, Ana Paula, Rafaella, Leila, Alice, Marlene, Cicero, Samuel e Patricia Palma

Prof. Jerusa e Alunos

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ESCOLA

OSVALDO MACHADO

38 REVISTA ITS | É NA ESCOLA QUE A GENTE ACONTECE

Otavio, Cleia, Rafael, Joice, Heloisa, Elisangela e Luciano

Eliane Pinheiro

Célia, Heloisa, Elizangela e Joice

Professora Cida e alunos

Foto

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Professor Marcos com os alunos

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Professores da Escola Osvaldo Machado

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Professor Ronaldo com os alunosRafael, Joice, Heloisa e Elisangela

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Maisa, Marcia, Elton, Mayara, Raquel e Silvia

ESCOLA

40 REVISTA ITS | É NA ESCOLA QUE A GENTE ACONTECE

VITORMIGUEL

Diretora Marcia e Alunos

Scheila

Cida e AlbertineProfessora Mayara e Alunos

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Scheila, Jocilene, Mayara, Marcia, Raquel e Ana Paula

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Silvia e Maisa Scheila, Ana Paula e Raquel

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SAIDEIRA

Se meus vizinhos me vissem

olhando para a lua agora e sorrindo,

será que eles me achariam louca? É

que eu me interesso pela simplicida-

de. Aquilo que os olhos podem en-

xergar me encanta. Mas, na verdade,

o que não existe no mundo visível me

deixa fascinada. Depois disso, ainda

saio cantando pela casa, dançando na

frente do espelho e rindo do que faço.

Tenho vontade de espalhar a feli-

cidade pelo mundo. Quero abraçar as

pessoas pelas ruas, dar comida àque-

les que não têm nada, oferecer cari-

nho aos que precisam e sorrir levando

amor aos corações de todos. Somos

pequenos na imensidão do planeta,

mas grandes na medida certa para fa-

zermos a diferença.

Sempre tive essa vontade de aju-

dar os outros, independente do dia

da semana. Pode ser segunda-feira,

não importa. O que interessa é fazer o

bem a alguém. Por isso eu observo as

estrelas, a lua, o sol, o mar e tudo ao

meu redor para absorver as energias

boas que eles transmitem e guardar

isso bem no fundo do meu coração

para, assim, eu poder compartilhar

com todos ao meu redor.

Eu queria poder alcançar as es-

trelas, mas já que isso não é possível,

que eu conquiste então um sorriso no

rosto de cada um. Aliás, sorrisos são

tão valiosos quanto as estrelas que

vemos lá no céu.

Queria também poder ofertar pa-

lavras de conforto aos quais necessi-

tam delas. E ainda espero por um dia

em que todos darão valor à vida que

têm. Se pudesse, estaria presente em

todos os sonhos noturnos dando es-

perança aos que não a têm mais.

Na verdade, prefiro ser louca ao ser

vista olhando a lua do que uma sim-

ples pessoa que não enxerga além de

seus próprios problemas. Porque eu

sou assim: quero agarrar os problemas

da humanidade e jogá-los para o alto,

para que assim se transformem em

meras constelações caindo do céu.

A SIMPLICIDADE

Por Vanessa Esteveswww.esteveswhere.com

Eu observo as estrelas, a lua, o sol, o mar e tudo ao meu redor para absorver as energias boas que eles transmitem

42

Vanessa Esteves tem dezoito anos, mora em Florianópolis, é blogueira desde 2012 e futura jornalista. Apaixonada por livros, escrita, música, sorrisos e azul. Acredita que pode mudar o mundo (ou pelo menos uma parte dele) com suas palavras. Acessef esteveswhere.com e saiba mais da garota

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Por Vanessa Esteveswww.esteveswhere.com

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