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Itariri n o 27 | Setembro de 2015 /jornalbrasilatual distribuição gratuita @jorbrasilatual (11) 7757-7331 Imigração Novos povos que chegam ao país são tratados com preconceito por antigos colonos Esporte Jovens skatistas pleiteiam espaço adequado para a prática esportiva, além do respeito da população INELEGÍVEL Ex-prefeito teve contas do exercício do ano de 2012 reprovadas pela Câmara Municipal, e agora não pode se candidatar nos próximos oito anos Habitação Coordenador do MTST critica avanço da especulação imobiliária e propõe alternativas DINAMÉRICO

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Jornal Brasil Atual Itariri 27

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Itariri no 27 | Setembro de 2015/jornalbrasilatual

distribuição gratuita

@jorbrasilatual (11) 7757-7331

ImigraçãoNovos povos que chegam ao país são tratados com preconceito por antigos colonos

EsporteJovens skatistas pleiteiam espaço adequado para a prática esportiva, além do respeito da população

inelegível Ex-prefeito teve contas do exercício do ano de 2012 reprovadas pela Câmara Municipal, e agora não pode se candidatar nos próximos oito anos

HabitaçãoCoordenador do MTST critica avanço da especulação imobiliária e propõe alternativas

Dinamérico

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Depois de um primeiro semestre tumultua-do no cenário político nacional, muitas conclu-sões acerca da incapacidade do governo federal em lidar com as crises (política e econômica) foram bradadas aos quatro cantos do país.

A composição de um ministério pouco har-monioso, que abriga lideranças ruralista, do mercado financeiro, de grupos fundamenta-listas religiosos, era o prenúncio dos conflitos de interesses que a presidenta Dilma teria de administrar, sobretudo após seu apelo popular para se eleger no segundo turno da eleição, sem aventar uma caminhada ao lado desses setores.

A debilidade foi tamanha nessa primeira metade do ano, que o vice-presidente Michel Temer também ganhou espaço, tornando-se o articulador político na tentativa perma-nente de acalmar os ânimos acirrados pre-sentes na Câmara e no Senado (ambos pre-sididos por seus correligionários do PMDB). Este é o cerne da discussão: são desmedidas as críticas ao governo quando comparadas ao pouco que se fala sobre a sabotagem do Congresso Nacional fisiológico, que funcio-na na base da barganha e do clientelismo, misturando o público com o privado.

O deputado Eduardo Cunha e o senador

Renan Calheiros, presidentes da Câmara e do Senado, respectivamente, decidiram como bem entenderam as pautas “importantes para o Brasil” que seriam votadas. É o caso do PLC 30/2015, que tramita no Senado e pode acabar com a CLT, possibilitando a terceirização de toda e qualquer atividade trabalhista.

É importante recordar que o Congresso Nacional é composto por vários parlamen-tares empresários e ruralistas; lá, quase não há mulheres, negros, indígenas ou jovens. Um contraste gritante com o que é a socie-dade de fato. E é este modelo excludente que gira a engrenagem da corrupção, a inimiga nacional combatida aos domingos, uma vez que o modelo de financiamento das campa-nhas eleitorais permite doações milionárias de empresas, as patrocinadoras que depois cobram os juros do empréstimo.

Se o governo federal tem sido pouco hábil em gerir as crises, as duas Casas do Povo, até então, somente aprofundaram o momento delicado do país. Porém, dizem que é nessas horas que a criatividade aflora. Reinventar a nossa democracia representativa, de forma que ela amplie a participação popular direta, pode ser a maior vitória desses anos difíceis.

ExpEdiEntE REdE BRasil atual – itaRiRiEditora Gráfica atitude ltda. diretor de Redação Paulo Salvador Editor Enio Lourenço Repórter Giovanni Giocondo Editor de arte Adriano Kitani Revisora Malu Simões Foto capa Giovanni Giocondo telefone (11) 3295-2819 Endereço Rua São Bento, 365, 19o andar – Centro, São Paulo, SP CEp 01011-100tiragem 5 mil exemplares distribuição Gratuita

editorial

congresso irresponsável sabotou o país no primeiro semestre

Além da edição impressa, acompanhe também oBrasil Atual no Facebook

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3Itariri

estrangeiros nem sempre encontram recepção amistosa em nosso país

imigração

Moldado por imigrantes, Brasil ainda se encontra despreparado para receber outros povos

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Construído com a ajuda de imigrantes de diversas na-cionalidades, o Brasil vem re-cebendo a cada dia um novo

fluxo de estrangeiros, que fogem das guerras e da miséria de todo o mun-do, em busca de trabalho digno.

Nas últimas semanas, o conti-nente europeu ficou em evidência por muitos de seus países ainda resistirem a abrigar refugiados do norte da África e do Oriente Médio.

Por aqui, de meados do século XIX até o início do século XX, os municípios do interior de São Paulo foram destacados pontos de acolhi-da aos imigrantes, sobretudo de pro-cedência europeia, e seguem, ainda, sendo o destino de muitos cidadãos de todo o mundo.

Solidariedade e “confronto de gerações”Peruanos, bolivianos, haitianos,

sírios e africanos de diversas nacio-nalidades representam algumas das novas imigrações que chegam ao Brasil. Segundo Tania Rocio Illes, ar-tista plástica peruana e coordenado-ra executiva do Comitê de Direitos Humanos e Cidadania do Imigrante (CDHCI), esses imigrantes “têm muito potencial e capacidade para colabo-rar com o desenvolvimento do país”.

A recepção aos novos imigrantes dada pelos brasileiros herdeiros dos refugiados de ontem, no entanto, nem sempre é amistosa. Agressões verbais, físicas e casos de racismo são comuns. “Acredito que tem a ver com o fato de que, naquela época, os europeus brancos eram bem-vindos, enquanto negros e indígenas são discriminados

por serem considerados ‘diferentes’ e ‘inferiores’”, constatou Tania.

Esse fluxo imigratório tende a au-mentar em meio à turbulenta con-juntura europeia. A resistência e a violência com que alguns governos tratam os refugiados emergem de maneira contraditória. A Hungria, que tem negado veementemente a entrada de estrangeiros em seu terri-tório, teve 100 mil refugiados migran-do para o Brasil após a dissolução do Império Austro-Húngaro, no fim da 1ª Guerra Mundial, em 1918.

Já o governo brasileiro tem se mostrado mais solidário à causa. Em artigo publicado no jornal Fo-lha de S. Paulo, em 10 de setembro, a presidenta Dilma Rousseff (PT) dis-se que o país está “de braços abertos

para acolher os refugiados e ofere-cer-lhes esperança”.

Nesse sentido, tramita na Câmara dos Deputados a nova Lei da Imigra-ção, de autoria do senador Aloysio Nu-nes (PSDB). O PL 2615/2015 é conside-rado “progressista” por garantir mais direitos sociais e regularizar a situa-ção dos estrangeiros, em contraponto ao Estatuto do Imigrante, de 1980.

Para Tania Illes, que trabalha no Brasil há 12 anos, “a legislação é fruto de muitos anos de luta dos imigran-tes”. “O Brasil ainda precisa avançar nas políticas públicas que auxiliem os estrangeiros com o idioma, a as-sistência social e desburocratizem a política migratória, que é o principal empecilho para que eles permane-çam aqui”, salientou.

Por Giovanni Giocondo

imigração em itaririOs japoneses começaram a chegar à cidade em 1913, após a construção da Ferrovia Santos-Juquiá. Cerca de 20 famílias se instalaram nos distritos de Ana Dias e Cedro, e passaram a cultivar banana e a exercer a pesca. Os herdeiros dos orientais possuem uma comunidade ativa no Vale do Ribeira, que organiza uma feira anual de folclore.

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A moradia digna é um di-reito social do ser huma-no e, no Brasil, uma ga-rantia constitucional. Na

opinião de Guilherme Boulos, co-ordenador nacional do Movimen-to dos Trabalhadores Sem Teto (MTST), a moradia sempre foi tratada no país como mercadoria pelo poder público e pelo capital imobiliário (construtoras e incor-poradoras), que controlam a ges-tão do tecido urbano.

Para Boulos, esse direito jamais foi negado sem que houvesse re-

líder do mTST critica especulação imobiliária, que avança por todo o país

Do centro para a periferia das cidades de médio porte

Prós e contras do programa minha casa, minha vida

Habitação

Em seminário, Guilherme Boulos propôs ações para conter déficit habitacional e reverter lógica atual

O coordenador do MTST lembrou que, nas últimas décadas, aumentou o número de bairros carentes e mais distantes dos centros das cidades de médio porte do interior (além das metrópoles) sem que houvesse a ex-pansão de serviços públicos básicos para essas novas regiões.

“Simultaneamente, casas e pré-dios antigos das regiões centrais são abandonados pelos proprietários, nos moldes idênticos aos das capi-tais. É um formato de crescimento das cidades que parece natural, mas que, na verdade, reproduz interesses econômicos e sociais das elites, despejando os mais pobres para as periferias em loteamentos sem in-fraestrutura”, apontou Boulos.

Segundo ele, os proprietários utilizam os espaços vazios disponí-veis entre as periferias e o centros

para obter a supervalorização dos imóveis. Uma das alternativas para conter a “especulação imobiliária” seria adotar o IPTU progressivo, instrumento previsto no Estatuto das Cidades, que garante a desapro-priação de espaços que não cum-prem com sua função social.

“Também é preciso requalificar esses locais para a moradia popu-lar, garantindo o uso dos imóveis para a locação social, além de fazer uma nova lei do inquilinato. O alu-guel é um tema de interesse públi-co”, destacou Boulos.

Segundo dados do Ministério das Cidades, coletados em parceria com a Fundação João Pinheiro, o Brasil tinha 5,4 milhões de famílias sem lu-gar para morar em 2012. Em 2010, o IBGE registrou mais de 6 milhões de imóveis ociosos no país.

Lançado em abril de 2009 pelo governo federal, o programa Minha Casa, Minha Vida já entregou mais de 2,3 milhões de moradias, subsi-diadas pela Caixa Econômica Fede-ral, para atender às demandas da população de baixa renda.

Boulos concorda com a importân-cia do programa para os mais po-bres, mas pensa que ele apenas “en-xuga gelo”, pois não cobre o déficit habitacional e atende aos interesses

sistência da população mais po-bre, “que não aceita ser excluída”. Organizados de forma espontânea ou via movimentos sociais, esses trabalhadores, segundo ele, lutam contra a “lógica da expulsão e da segregação” para as periferias.

Esses embates foram a tônica do seminário ministrado pelo líder dos sem-teto no curso “A cidade do capi-tal e o direito à cidade”, realizado na última semana de agosto pelo Insti-tuto Pólis em parceria com o Centro Ecumênico de Serviços à Evangeli-zação e Educação Popular (Ceseep).

das grandes construtoras, que rece-bem valores fixos para erguer resi-dências de baixa qualidade em ter-renos desvalorizados nas periferias.

“Defendemos o fortalecimento da gestão direta pelos moradores, como acontece no Minha Casa, Minha Vida Entidades. Com os mesmos recursos, eles [beneficiários] fazem projetos melhores do que os das construtoras, porém representam apenas 2% de todo este programa”, explicou.

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É um formato de crescimento das cidades

que parece natural, mas que, na verdade, reproduz interesses

econômicos e sociais das elites, despejando os mais pobres para as periferias

em loteamentos sem infraestrutura

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ex-prefeito Dinamérico tem contas reprovadas e fica inelegível por 8 anos

Política

Após sessão tumultuada, Câmara decide contra tucano, que não poderá se candidatar a cargos do Executivo e do Legislativo

A Câmara Municipal repro-vou as contas do ex-prefeito de Itariri, Dinamérico Gon-çalves Peroni (PSDB), em

sessão realizada no último dia 16. A de-cisão sobre o exercício orçamentário de 2012 torna Dinamérico inelegível pelos próximos oito anos para qual-quer cargo do Executivo ou do Legisla-tivo nacional. Não há mais instâncias para recorrer. O parecer do legislativo segue para o Tribunal Regional Eleito-ral do Estado de São Paulo (TRE-SP).

Foram 7 vereadores que votaram pela aprovação de suas contas contra 4 (Dinamérico precisava de 8 votos). Esses últimos seguiram parecer do Tri-bunal de Contas do Estado de São Pau-lo (TCE-SP), que, em agosto de 2014, re-comendou a reprovação com base no descumprimento da Lei de Responsa-bilidade Fiscal no déficit orçamentário acima de 10% da arrecadação do mu-nicípio, o equivalente a R$ 2,6 milhões, entre outras irregularidades.

a sessãoMais de 150 pessoas lotaram a Câ-

mara na sessão que definiu a inelegibi-lidade de Dinamérico. A audiência foi marcada pelo acirramento dos ânimos de parte dos vereadores e pela partici-pação ativa do público – boa parte for-mada por apoiadores do ex-prefeito.

Em sua defesa, o tucano assumiu a responsabilidade pelo déficit nas contas públicas, mas disse que es-ses gastos surgiram de um trabalho “em prol do povo”. “Orgulho-me do déficit, mas ele foi justo com as pes-soas. Faria de novo se fosse preciso para beneficiar a população com saúde e educação de excelência”, disse o ex--prefeito.

A análise das contas teve parecer desfavorável da Comissão de Econo-mia da Casa, formada pelos verea-dores Josimar da Silva Teixeira (PT) e Elias Daniel (PTB). No relatório, a Comissão ressaltou que as ações do ex-prefeito causaram desequilíbrio nas contas públicas graças às medi-das como o depósito insuficiente de precatórios, benefícios fiscais para contribuintes inadimplentes e falta de controle de gastos com combustível.

Segundo o vereador Josimar, pre-sidente da Comissão, as leis preci-sam ser respeitadas. “Quem gasta sem pensar, lá na frente vai arcar com o seu desmando. É importante ressaltar que qualquer que seja o administrador essa deve ser a nossa decisão. Se, porventura, a atual prefeita fizer a mesma coisa, eu vou reprovar também”, explicou.

Além dos dois membros da comis-são, os vereadores Arlindo Leite (DEM), que fez forte discurso contra Dinamé-rico na tribuna, e Airton França (PR) votaram pela reprovação das contas.

O presidente da Casa, vereador José Tenório dos Santos (PV), liderou a vo-tação pela aprovação das contas de Di-namérico. Segundo ele, “Itariri perdeu muito com a decisão da Câmara”, e prometeu questionar “em breve” gas-tos de cerca de R$ 500 mil reais que a atual prefeita, Rejane Silva (PP), teria despendido na compra de material, que não está sendo utilizado.

Os vereadores Elcio Pereira (DEM), Beatris do Nascimento (PMDB), Luiz Antonio Alixandria, o Luinho (PDT), Mauricio Ferreira (PV), Sérgio Kian (DEM) e Sinval Oliveira Silva (PP) também votaram a favor da aprova-ção das contas do tucano.

Quem gasta sem pensar, lá na frente vai arcar com o seu desmando. É importante ressaltar que qualquer que seja o administrador essa deve ser a nossa decisão. Se, porventura, a atual prefeita fizer a mesma coisa, eu vou reprovar também

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Vereador Josimar Teixeira

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antena atual o que acontece no mundo você confere aqui

viralizouGol de Cristiano Ronaldo! Em 19 de setembro, no jogo entre Real Madrid e Granada pelo Campeonato Espanhol, o atacante português entrou em campo com Zaid Abdul Mohsen, de 7 anos, refugiado sírio que, junto com seu pai, foi agredido por uma cinegrafista húngara quando chegavam à Europa.

Ponte Pênsil volta a funcionar no igrejinhaA Ponte Pênsil do bairro Igrejinha foi, enfim, recuperada pela Prefeitura de Itariri. A estrutura havia caído após as fortes chuvas que atingiram a cidade em fevereiro de 2014, mas as obras só foram concluídas em agosto deste ano. Os custos da reconstrução da ponte foram divididos entre o município e o Ministério das Cidades, do governo federal.

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sem ruídos“ No Brasil, ainda é normal homem pisar em mulher, branco em preto e rico em pobre. Os cineastas estão no cinema para isso e é ótimo que estes filmes estejam dando certo, porque fazem o mundo pensar e repensar estas atitudes.”, disse a cineasta Anna Muylaert, diretora do premiado filme Que Horas Ela Volta, que trata sobre a relação entre patrões e empregadas domésticas, em entrevista ao jornal Brasil de Fato.

Fale conoscoleia, opine, critique, sugira, curta, compartilhe

www.redebrasilatual.com.br/jornais

jornal brasil atual (11) 7757-7331@jorbrasilatual

No dia 20 de setembro, o Papa Francisco realizou uma missa campal na Praça da Revolução, em Havana (Cuba). O pontífice argentino teve papel destacado na retomada da diplomacia da Ilha com os EUA, oficialmente celebrada em julho.

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enquanto o rock segue doente, o rap esbanja vitalidade Por Enio Lourenço

entrelinhas

O rock and roll respira através de aparelhos. A simplicidade de uma guitarra, um baixo e uma ba-teria, com canções irreverentes e/ou politizadas, é quase um álbum de fotografias amareladas que olhamos com nostalgia. O estilo musical que marcou a cultura do século XX por promover debates sobre o comportamento de uma juventude inquieta hoje vive como um cordeirinho adestrado da in-dústria fonográfica.

No Brasil, ao se falar de rock é obri-gatório falar dos pioneiros Raul Sei-xas e Os Mutantes, ou da moçada dos anos 1980, como o Legião Urbana, o Barão Vermelho e os Titãs (estes ain-da em atividade), que despontaram na cena musical dando um chute na bunda daquela velha e carcomida ditadura militar, censora da cultura brasileira por mais de duas décadas.

Viramos o século e o pouco que so-brou daquela geração aderiu ao con-servadorismo político de outrora. Os casos mais emblemáticos são os dos músicos Lobão e Roger, do Ultraje a Rigor, que aparecem nos holofotes mais pelas bandeiras retrógradas, preconceituosas e elitistas que atual-mente defendem, do que propria-mente pela arte que produzem.

Claro que todos os exemplos cita-dos compõem o chamado mainstream

(basicamente, os famosos), porque no cenário independente as bandas de punk rock e hardcore jamais deixaram de cantar a revolta contra os opres-sores, é o que fazem os capixabas do Dead Fish há mais de 20 anos.

Enquanto a Rede Globo tenta for-jar novas bandas de rock (leia-se pro-dutos) através do seu programa “Su-perstar” para preencher essa lacuna, a turma do hip-hop vai conquistando cada vez mais os corações e mentes dos nascidos neste milênio.

Os rappers Emicida e Criolo são as principais referências do momento. Ambos conseguiram absorver “o dedo na ferida” das denúncias sociais dos Racionais Mc’s – os maiores ícones do rap nacional –, cantando em alto e bom som o cotidiano e as nossas ma-zelas, e também experimentando a mescla com influências das músicas africanas e latinas, do samba, do funk, do reggae e de tantos outros estilos, como bases do próprio rock.

É, meu caro rock, lamento muito seu estado atual. Você tornou-se ba-nal e passou a fazer parte daquele sis-tema que tanto criticávamos juntos. Não sei se você vai resistir, mas saiba que sempre nos lembraremos do seu auge. Agora, fica tranquilo e deixa por conta do rap, que com suas rimas e improvisos tem cantado muito bem a metáfora de nossas vidas.

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Skatistas saltam obstáculos nas ruas e na vidaGarotos buscam espaço adequado para a prática esportiva na cidade e querem dialogar com a população para serem respeitados

esporte

São 18h30 quando um ba-rulho diferente para uma terça-feira toma o Centro da cidade. O rolar das ro-

dinhas no cimento zune alto. Logo, cerca de 20 meninos (dentre eles, uma menina) sobre seus skates es-tão reunidos arriscando manobras em bancos e meios-fios.

O desejo por um espaço adequado ao lazer é uma ansiedade constan-te dessa moçada. Na Praça José de Almeida Siqueira, andar de skate é proibido, o que obriga a turma a ir para a Rua do Comércio, onde eles dividem espaço com os carros e às vezes travam as rodinhas nos bura-cos (“chokitos”, dizem).

Nos cantos da via, bancos de ma-deira e cavaletes de ferro são posi-cionados para os ollies (saltos com o skate colado aos pés), flips (manobra em que o skate gira em torno de si e volta ao controle do skatista) e slides e grinds (deslizes com a parte de ma-deira ou com o eixo metálico).

Um dos líderes do grupo é Maay-con Santiago, de 19 anos, atendente em uma loja de materiais de cons-trução. Em sua opinião, faltam in-centivos para que crianças e adoles-centes conheçam melhor o mundo do skate. “Você vê a quantidade de gente que pratica. Imagina se hou-vesse um lugar mais interessante para andarmos de skate”, comenta.

O caçula da galera é Joaquim Fe-lisbino, de 11 anos, que pratica o es-porte desde os 6. “Uma vez fui com a minha mãe na padaria e vi a mole-cada andando. Fiquei com vontade, pedi e felizmente ganhei um skate.”

O garoto é fã de Luan de Oliveira, brasileiro vice-campeão dos X-Ga-mes de Austin, nos EUA, em 2014. “Ele anda muito”, diz Joaquim, que recentemente quase perdeu o pre-cioso skate sob as rodas de um carro.

Pista “oficial” écheia de falhas

Ao lado do prédio da Prefeitura existe um halfpipe – estrutura de concreto em forma de “U” destinada à prática do skate, dos patins e da bi-cicleta BMX – que não caiu no gosto da meninada, porque foi construído de forma irregular.

“Quando chove, enche de água. Faltam um ralo central e canaletas”, reclama Maaycon, que também cri-tica o fato de o velório municipal ser instalado no terreno vizinho. “Quando alguém é velado, a gente não anda de skate lá por respeito. Fica complicado.”

Uma das ideias do grupo era uti-lizar a área de um prédio abando-

nado na mesma rua para manter a atividade. Mas um novo projeto da Prefeitura impediu a iniciativa. Ou-tra hipótese era a de se deslocarem para um terreno particular próximo da Igreja de Nossa Senhora de Mont Serrat, logo descartada por eles.

competição e luta contra o preconceito

Até para chamar a atenção da cidade, os skatistas resolveram organizar um campeonato para o dia 4 de outubro, na Rua do Co-mércio, com novos obstáculos. A inscrição para o evento, que conta com o apoio da recém-criada As-sociação de Melhoramentos dos

Bairros de Itariri (Amabi), custa a taxa de R$ 20.

Porém, mais do que um lugar para praticar o esporte, os jovens skatis-tas querem o fim do preconceito contra eles. O peso de ser um esporte radical e alternativo é grande. João Guilherme França, de 15 anos, vai ao ponto central do debate.

“Muita gente acha que o skate é coisa de gente drogada, que não tem o que fazer. Mas a gente estuda, tra-balha e gosta de andar. Só queremos respeito como qualquer um. Para di-minuir essa resistência das pessoas, é importante mostrarmos o quanto o skate faz parte da nossa vida. Não conseguimos ficar sem ele”, ratifica.

Muita gente acha que o skate é coisa de gente drogada, que não tem

o que fazer. Mas a gente estuda, trabalha

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