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C 8 H 18 Cadernos Prospecção de Cadernos de Prospecção • Ano I • Número 1 • 2008 ISSN 1983-1358

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C8H18

Cadernos

Prospecçãode

Cadernos de Prospecção • Ano I • Número 1 • 2008

ISSN 1983-1358

Ano I • Número 1 • 2008

Editora da Universidade Federal da Bahia - EDUFBAFlávia Garcia Rosa

Projeto Gráfico e EditoraçãoSabrina Freire Miyazaki

Sede Provisória do Núcleo de Inovação Tecnológica (NIT-UFBA)Pró-reitoria de Pesquisa e Pós-graduação UFBA

Rua Basílio da Gama 6/8, Canela • Salvador • BahiaTel: 55 71 32837977 • Fax: 55 71 32837964

[email protected]

É condição de publicação que os manuscritos submetidos a esta revista não tenham sido publicadosanteriormente e não sejam submetidos ou publicados simultaneamente em outro periódico semprévia autorização do Conselho Editorial. Ao submeter um manuscrito, os autores concordam queo seu artigo ou parte dele possa ser distribuído e/ou reproduzido por qualquer forma, incluindotraduções, desde que sejam citados de modo completo esta revista e os autores do manuscrito.

Embora todo o esforço seja feito pela equipe desta revista para garantir que nenhum dado,opinião ou afirmativa errada ou enganosa apareçam nesta revista, o conteúdo dos artigos epropagandas aqui publicados são de inteira responsabilidade dos autores e anunciantes envolvidos.Assim, as instituições da Rede NIT-NE, a Rede NIT-NE, os editores e seus respectivos associados,funcionários e agentes isentam-se de qualquer responsabilidade pelas conseqüências de quaisquerdados, opiniões ou afirmativas erradas ou enganosas.

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Biblioteca Prof. José Carlos Reis - UFBA

Cadernos de prospecção / Ano 1, n. 1 (2008) - Salvador, BA : EDUFBA, 2008. v . : il.

Semestral. Descrição baseada em: Ano 1, n.1 (2008) ISSN 1983-1358

1. Prospecção-Periódicos. 2. Previsão tecnológica-Periódicos. 3. Inovaçõestecnológicas-Periódicos. 4. Patente-Periódicos. 5. Avaliação tecnológica-Periódicos. 6.Estudos interdisciplinares-Periódicos. I. Universidade Federal da Bahia. II. Rede NIT-NE.

CDU - 6(05) CDD - 600(05)

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A revista Cadernos da Prospecção é um dosprodutos da Rede NIT-NE. A Rede NIT-NE consistenuma rede de Propriedade Intelectual eTransferência de Tecnologia (PI&TT) centrada emCiência, Tecnologia e Inovação (C&T&I). Temcomo âncora a UFBA e compreende atualmente17 instituições de 8 estados da região Nordestedo Brasil, envolvendo universidades, centros depesquisa e o setor empresarial. Atua em toda acadeia produtiva de PI&TT. A adesão à Rede NIT-NE ocorre através de solicitação do gestor decada instituição e implica em partilha doferramental e das ações em PI&TT, exceto o queconcerne ao ativo intangível.

A gênese da revista Cadernos da Prospecção sedeu durante a iniciativa pioneira de introduçãoda PI&TT em cursos de graduação da áreatecnológica no Brasil, capacitando futurospesquisadores e profissionais dos setoresempresarial e governamental.

Inicialmente, a disciplina foi aplicada naUniversidade Federal da Bahia e posteriormentena Universidade Federal do Piauí. O conteúdoprogramático consistiu em: 1. Transferência doconhecimento para sociedade; 2. ArtigosCientíficos; 3. Propriedade Intelectual, Patentes,Marcas e Prospecção Tecnológica. Os alunosaprovados finalizaram uma prospecçãotecnológica em tema de sua escolha. No períodode um ano (dois semestres) foram capacitados73 alunos de Ciências Exatas e da Terra,Engenharias e Ciências da Saúde.

A revista Cadernos da Prospecção tem comopúblico-alvo iniciantes, alunos de graduação epós-graduação, assessores e gestores. Contribuipara substituir o paradigma da “impossibilidadee dificuldade da Prospecção Tecnológica”,tornando-a uma ferramenta rotineira, podendoser utilizada nos processos de tomada de decisãoem diversos contextos da sociedade. Visa aindafacilitar a apropriação com qualidade da PI emelhorar a gestão da inovação, ao aumentar osenso crítico e ampliar a visão dos gargalostecnológicos e das oportunidades a elesassociadas. Desta forma potencializa o

discernimento em ações de desenvolvimentoeconômico e social.

A relevância da revista Cadernos da Prospecçãose torna ainda maior neste momento em que oBrasil aprimorara o seu Sistema de Inovação.Ora, no Brasil, ao contrário dos outros países, cercade 80% dos recursos humanos potencialmentegeradores de P&D&I (engenheiros e pesquisadores)estão no setor acadêmico. Hoje, o Brasil possui2,9% da população mundial, 2,2% do PIB mundial[Banco Mundial, aceso em 2008, dados de 2006]e 2,0% dos artigos indexados [Web of Science,dados de 2007], tendo, no entanto, menos de0,1% de patentes [Espacenet, 2008]. Istocertamente é uma conseqüência direta daincorporação ainda incipiente da Inovação.

A revista atende diversas ações estratégicas emC&T&I como Inclusão e Desenvolvimento Social,Consolidação, Expansão e Integração do SistemaNacional; Tecnologia Industrial Básica;Capacitação de Recursos Humanos; Difusão ePopularização; Inovação para Competitividade,entre outras.

A revista terá tiragem semestral de milexemplares com a colaboração da EDUFBA etambém versão eletrônica. Podem sersubmetidos manuscritos de prospecções e dosaspectos a ela concernentes.

Neste primeiro fascículo, o artigo inicial é deautoria da Dra. Zea Mayerhoff, especialista doInstituto de Propriedade Industrial do Brasil,consistindo numa análise sobre os estudos deprospecção tecnológica.

Os demais artigos foram produzidos no semestrede 2007.1, tendo a Prof. Dra. Cristina M. Quintellacomo docente e a doutoranda Ana Paula SantanaMusse em estágio docente.

Para os próximos fascículos estão previstas duasanálises detalhadas das Cadeias Produtivas doBiodiesel e da Recuperação Avançada de Petróleoe Gás, assim como contribuições das disciplinasministradas.

Editorial

Cristina M. Quintella

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Universidade Federal da BahiaCoordenação

Cristina M. Quintella

Universidade Federal de SergipeMárcio Rogers M. de Almeida

Universidade Federal da ParaíbaCarlos Antônio Cabral dos Santos

Universidade Federal do CearáAntonio Aritomar Barros

Universidade Federal do PiauíMaria Rita de Morais Chaves Santos

Universidade Federal de AlagoasJosé Carlos Cressoni

Universidade Federalde Campina Grande

Michel Francis Fossy

Universidade Federaldo Rio Grande do Norte

Rubens Maribondo do Nascimento

Ednildo Andrade TorresUniversidade Federal da Bahia

Maria Rita de Morais Chaves SantosUniversidade Federal do Piauí

Carlos Antônio Cabral dos SantosUniversidade Federal da Paraíba

Serviço Nacional de AprendizagemIndustrial - Departamento da Bahia

Maria do Carmo Oliveira Ribeiro

Incubadora CISE-UFSAna Eleonora Almeida Paixão

Incubadora INBATEC-UFPISérgio Henrique Bezerra de Sousa Leal

Incubadora INEAGRO-UFPIMiguel Ferreira Cavalcante Filho

Incubadora INOVAPOLI-UFBAEdnildo Andrade Torres

Centro Federal de EducaçãoTecnológica da BahiaDjane Santiago de Jesus

Centro Federal de EducaçãoTecnológica do Ceará

André Luis Carneiro de Araújo

Centro Federal de EducaçãoTecnológica do Espírito Santo

Tadeu Pissinati Sant’Anna

Centro Federal de EducaçãoTecnológica de SergipeEdson Leal Menezes Neto

Rede NIT-NE

José Ricardo SantanaUniversidade Federal de Sergipe

Selma Elaine MazzettoUniversidade Federal do Ceará

Ana Eleonora A. PaixãoIncubadora CISE-UFS

Editora Chefe

Cristina M. QuintellaUniversidade Federal da Bahia

Conselho Editorial

Editores Associados

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ISSN 1983-1358

Rubens Maribondo do NascimentoUniversidade Federal do Rio Grande do Norte

Editora Executiva

Marilú Pereira CastroUniversidade Federal da Bahia

Uma Análise sobre os Estudos de Prospecção TecnológicaZea Duque Vieira Luna Mayerhoff

Utilização do Chá Verde em CosméticosSabrina Freire Miyazaki

Revestimento EpóxiFlávia Silva Cunha e Patrícia Coêlho

Gás Natural Liquefeito e CriogênicoHumbervânia Reis e Luana Nogueira Porfírio

Ação de Microorganismos Surfactantes em PetróleoOdete Gonçalves

Extratos Vegetais Aplicados a CosméticosFábio Neves dos Santos e Tiago Santos Pereira

Usos do Óleo de Algodão na Área de SaúdeEduardo Vinicio e Elias Suzarte

Emprego de Zeólitas em Reações de TransalquilaçãoSaulo Grecco e Nilson Alves

Erva DoceMarcos Pinto Souza

BiosurfactantesAyala Curvelo e Darlan Coutinho

SemicondutoresLilia dos Santos Bispo

EnzimasDiógenes Ribeiro Gramacho

Cânfora em Cosméticos e RemédiosElenice Sousa e Geila Oliveira

Fluorescência de PetróleoGabriela Cerqueira e Pamela Rodrigues

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Sumário

Estudos de Prospecção constituem aferramenta básica para a fundamentação nosprocessos de tomada de decisão em diversosníveis na sociedade moderna. O propósito dosestudos de prospecção não é desvendar ofuturo, mas sim delinear e testar visõespossíveis e desejáveis para que sejam feitas,hoje, escolhas que contribuirão, da forma maispositiva possível, na construção do futuro. Taisvisões podem ajudar a gerar políticas de longo-termo, estratégias e planos que dispõemcircunstâncias futuras prováveis e desejadasem um estreito alinhamento.

Existem diversos termos e definições para osEstudos de Prospecção, sendo que estes, além daadaptação ao idioma, procuram distinguir asdiferentes abordagens e metodologias que podemser empregadas na sua elaboração. A terminologiacomumente utilizada inclui as expressões “FutureResearch”, “Future Studies”, “Prospective Studies”,“Prospectiva Estratégica”, “Futuribles”,“Forecasting”, “Foresight”, entre outros.

Em termos gerais, os Estudos de Prospecçãopodem ser definidos como “qualquer exploraçãodo que deve acontecer e do que nós devemosquerer que venha a acontecer” ou como “oestudo do futuro para o desenvolvimento de umaatitude estratégica para a criação de um futurodesejável”. Especificamente, a ProspecçãoTecnológica pode ser definida como “um meiosistemático de mapear desenvolvimentoscientíficos e tecnológicos futuros capazes deinfluenciar de forma significativa uma indústria,a economia ou a sociedade como um todo” .

Os métodos de prospecção vêm sendo usados,há várias décadas, por organizações públicase privadas de diversos países, como umaferramenta para orientar os esforçosempreendidos para o desenvolvimento detecnologias. A utilização mais sistemática

desses métodos se deu a partir da década de50, tendo se intensificado a partir da décadade 80. É interessante observar a coincidênciaentre a intensificação da utilização dessesmétodos e o acelerado desenvolvimentotecnológico da atualidade.

O mundo está em constante mutação e o serhumano pode experimentar diferentes reações,frente às mudanças que se apresentam. Taisreações podem, muitas vezes, determinar oseu sucesso ou o seu fracasso dentro doambiente onde tais mudanças ocorreram. Omesmo se aplica às organizações, sejam elasde pequeno ou grande porte, de naturezapública ou privada. Segundo Godet (1997), háquatro atitudes possíveis a serem tomadasfrente às mudanças tecnológicas: 1) atitudepassiva, na qual a organização apenas sofreas conseqüências das mudanças; 2) atitudereativa, na qual a organização reage após ofato; 3) atitude pré-ativa, na qual existe umapreparação da organização para as mudanças;e 4) atitude pró-ativa, na qual a organizaçãopromove as mudanças.

A utilização dos métodos de prospecçãotecnológica pode demonstrar uma atitude pré-ativa, no sentido de que a busca porinformações acerca das mudanças possíveis nofuturo ou já em curso constitui, por si só, umaforma de preparação para tais mudanças. Umaatitude pró-ativa está relacionada àcapacidade e à iniciativa da organização parapromover ou conduzir as mudanças, e, paratanto, serão necessários estudos de prospecçãopara se obter uma previsão das condiçõesfuturas e uma projeção das conseqüências daspossíveis ações a serem tomadas.

Há três tipos de abordagens passíveis de seremempregadas na tarefa de prospectar o futuro:1) através de inferências, que projetam o

Uma Análise Sobre os Estudos de Prospecção Tecnológica

Zea Duque Vieira Luna Mayerhoff

Instituto Nacional da Propriedade Industrial - INPI, Rua Mayrink Veiga, 9, Centro,Rio de Janeiro - RJ, Brasil, CEP 20090-910 ([email protected])

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futuro através da reprodução do passado,dentro de certos limites, desconsiderandodescontinuidades ou rupturas; 2) através dageração sistemática de trajetóriasalternativas, com a construção de cenáriospossíveis; ou 3) por consenso, através da visãosubjetiva de especialistas.

Bahruth et al. (2006), apresentam quatro fasesdistintas para o processo de ProspecçãoTecnológica: 1) fase preparatória, na qualocorre a definição de objetivos, escopo,abordagem e metodologia; 2) fase pré-prospectiva, na qual é realizado odetalhamento da metodologia e o levantamentoda fonte de dados; 3) fase prospectiva, que serefere à coleta, ao tratamento e à análise dosdados; e 4) fase pós-prospectiva, que inclui acomunicação dos resultados, a implementaçãodas ações e o monitoramento.

Os métodos de prospecção, por sua vez, podemser classificados em três grupos principais: 1)o monitoramento, através do qual promove-seo acompanhamento sistemático e contínuo daevolução dos fatos e na identificação de fatoresportadores de mudança; 2) os métodos deprevisão, através da qual são elaboradasprojeções baseadas em informações históricase modelagem de tendências; e 3) os métodosbaseados na visão, que se baseia emconstruções subjetivas de especialistas e suainteração não estruturada.

As informações históricas empregadas nosmétodos de prospecção devem ser obtidasatravés de séries contínuas e confiáveis. Osestudos de Prospecção Tecnológica quenecessitam destas informações encontram, nosistema de Propriedade Intelectual,especificamente no sistema de Patentes, umrecurso valioso, uma vez que este sistemaalimenta uma base de dados que vem crescendosignificativamente nas últimas décadas, emfunção da crescente importância das patentesna economia.

A patente constitui um direito temporário deexclusividade na exploração de uma novatecnologia concedido pelo Estado. Estaconcessão exige, como contrapartida do titular,

a disponibilização da informação necessária paraa obtenção da tecnologia objeto da proteção.Assim sendo, o patenteamento resulta narevelação de invenções que poderiam, de outraforma, ser mantidas em segredo.

O aumento no interesse pelo patenteamentoreflete uma tendência global das organizaçõesde pesquisa, que se tornam cada vez menoscentradas nas empresas individuais e maisbaseadas nas redes e no mercado deconhecimento. O fenômeno do depósito depatentes apresenta facetas tanto micro quantomacroeconômicas, o que torna interessante oseu emprego em pesquisas para a previsão dedesenvolvimento tecnológico em diversossetores. Há uma série de vantagens nautilização desta fonte de informação, além daquantidade crescente de documentos e darelevância dos mesmos em relação ao mercadotecnológico. Dentre as demais vantagens douso deste tipo de informação destaca-se afacilidade de acesso às bases de dadosdisponibilizadas gratuitamente através daInternet, facilidade esta muitas vezes ignorada,tanto no meio acadêmico quanto no ambienteindustrial de pesquisa e desenvolvimento.

Atualmente, em sua maioria, os escritórios depatentes de cada país disponibilizam ainformação que publicam através de sua páginana Internet. No Brasil, esta documentação vemsendo disponibilizada por este meio desde1994. Os documentos publicados no Brasilpodem também ser acessados através da basede dados do Escritório Europeu de Patentes(Espacenet®), que indexa, além de suaspróprias publicações, os documentos publicadosem mais de 70 países, além de disponibilizar aversão integral, em formato pdf, de grandeparte desta documentação.

Algumas bases de dados gratuitas sãoconsideradas importantes, seja em função daamplitude de cobertura temporal e territorial daspublicações, como é o caso da base Espacenet®,seja em função da relevância do país no sistemade Propriedade Intelectual, como a base doEscritório Americano de Marcas e Patentes(USPTO). Entretanto, tais bases de dadosapresentam limitações, e é importante que, ao

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utilizá-las, tais limitações sejam consideradase a coleta e o tratamento das informações sejamplanejados de forma a evitar os problemas queas mesmas possam ocasionar.

Há outras formas de acesso à informaçãodisponibilizada através do sistema dePropriedade Intelectual que, na maioria dasvezes, apresentam vantagens em relação àsbases gratuitas, principalmente quando ainformação será utilizada como umaferramenta de prospecção. Tais recursosconstituem-se de bases de dados comerciais esoftwares específicos para a recuperação e otratamento de dados obtidos através dosistema de patentes. Na maioria das vezes,esses recursos possibilitam a automatizaçãode muitas das etapas que, quando utilizadauma base de dados gratuita, deve ser realizadamanualmente. Entretanto, tendo em vista queo custo desse tipo de recurso pode constituirum impeditivo à sua utilização por muitospotenciais usuários, é importante difundir ouso das bases gratuitas e o tipo de trabalhoque pode ser realizado com o seu emprego.

Informações adicionais sobre as bases de dadosgratuitas disponíveis na internet podem serobtidas através das páginas do InstitutoNacional da Propriedade Industrial( w w w. i n p i . g o v. b r / m e n u - e s q u e r d o /informacao), do European Patent Office (http://ep.espacenet.com.br) e do United StatesPatent and Trademark Office (http://www.uspto.gov/patft/index.html). Estádisponível, na página http://www.ghente.org/p u b l i c a c o e s / n o v a s _ t e c n o l o g i a s /informacao_tecnologica_patenteamento.pdf,um artigo sobre a informação tecnológicapublicada através de documentos de patente.

Os estudos apresentados neste livro constituemum conjunto de trabalhos realizados por alunosde graduação cursando a disciplina de Patentes,Marcas e Propriedade Intelectual, para todosos cursos, pelo Instituto de Química daUniversidade Federal da Bahia, através de umainiciativa pioneira de se introduzir o estudoda Propriedade Intelectual em cursos degraduação da área tecnológica no Brasil.

A importância da introdução do tema parajovens futuros pesquisadores ou profissionaisdo setor produtivo é inestimável e a iniciativaé louvável. Igualmente importante é adivulgação do conhecimento adquirido pelosautores através desta publicação, que,esperamos, poderá vir a servir como orientaçãopara os demais profissionais que desejaremexplorar os recursos da documentação depatentes na realização de coleta deinformações para estudos de prospecção.

Bibliografia

GODET, M. A “Caixa de Ferramentas” daProspectiva Estratégica. ed. CEPES Centrode Estudos de Prospectiva e Estratégica.Lisboa, 2000 (Cadernos do Cepes)Disponível em: http://www.cnam.fr/lipsor/lips/conferences/data/bo-lips-po.pdf.Acesso em 01 mar 2008.

Caruso, L. A.; Tigre, P. Bastos (Coord.)Modelo SENAI de Prospecção: documentoMetodológico. Montevideo: Cinterfor/OIT,2004. 77 p.

Glenn, J.C. "Introduction to the FuturesResearch Methodology Series". In: Marien,M. Futures Studies Methodology,Selections from Future Survey. 1994. Ed.,Future Survey NY.

OECD. Patents and innovation: Trends andpolicy challenges. (2004) Disponível emhttp:// www.oecd.org/dataoecd/48/12/24508541.pdf Acesso em 01 mar 2008.

Hingley, P.,Marc, N. Methods forforecasting numbers of patent applicationsat the European Patent Office. WorldPatent Information, v. 26, nº 3, p. 191-204.2004.

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Uma Análise Sobre os Estudos de Prospecção Tecnológica

Zea Duque Vieira Luna Mayerhoff é funcionária doInstituto Nacional da Propriedade Industrial, sendoespecialista em Prospecção Tecnológica.

Utilização do Chá Verde em Cosméticos

Sabrina Freire Miyazaki

Instituto de Química, Universidade Federal da Bahia, Campus de Ondina, Salvador - BA - Brasil, CEP 40170-290([email protected])

ObjetivoAtualmente no mercado pode-se perceber umcrescente número de cosméticos contendocomo princípio ativo o chá verde. Estaprospecção tecnológica tem o intuito de saberquais propriedades do chá verde estão sendomais pesquisadas para o uso cosmetológico.

Aspectos tecnológicosO Chá Verde ou banchá é feito com as folhasda Camellia sinensis, planta originária dosudeste asiático (China e Índia), introduzidano Japão no início do séc. IX, por mongesbudistas e que vem sendo recentementedifundida no ocidente.A Camellia sinensis dá origem a três tipos dechá: chá verde, chá preto e Oolong. No cháverde as folhas vão para a secagem após acolheita. As folhas são apenas passadas pelocalor, imediatamente após a colheita,evitando, assim, a fermentação (como ocorreno chá preto e oolong) que elimina a maiorparte de suas propriedades terapêuticas.As virtudes medicinais do chá são deconhecimento milenar. Em sua composiçãoestão presentes: proteínas, glicídios, ácidoascórbico, ácido fólico, manganês, potássio,vitaminas do complexo B e bases púricas,polifenóis, monosídeos de flavonóides eflavonas, taninos, cafeína, epicatecóis livrese esterificados pelo ácido gálico e produtos decondensação, tendo como destaque aepigalocatequina-3-galato (EGCG).O chá verde é estimulante, previne alguns tiposde câncer, artrose, arterosclerose e outrasdoenças degenerativas, ajuda a prevenirdoenças cardíacas e circulatórias, acelera ometabolismo e ajuda a queimar gorduracorporal, tem ação antiinflamatória eantigripal, ativa o sistema imunológico eregenera a pele, previne cáries dentárias, é

anti-séptico e angioprotetor, melhora acirculação sangüínea, inibe a injestão docolesterol exógeno e é broncodilatador.Para o uso cosmetológico, suas principaisaplicações são: antioxidante, combatendo osradicais livres responsáveis peloenvelhecimento precoce (Univ. OkyamaJapão); antiinflamatório (Univ. Sheffield,divulgado na Conferência de BiologiaExperimental de 2007 em Washington); melhorao sistema de defesa das células da pele contraos raios ultravioletas do tipo B, diminuindo osriscos de câncer de pele (estudo da Univ. deNova Jersey, divulgado no congresso daAcademia Americana de Dermatologia de 2004);adstringente, promovendo a limpeza eequilíbrio de pele e cabelos oleosos;regenerador, embelezando a pele e cabelos;melhora a circulação sangüínea; eficaz notratamento de olheiras.

EscopoPara a pesquisa nos bancos de dados foramutilizados termos em relação ao uso(cosmético, tratamento, saúde, pele, cabelo),em relação às propriedades (antioxidante,hidratante) e em relação ao composto ativo(catequina). O método de busca, com aspalavras em inglês (Espacenet e Uspto) eportuguês (INPI), foi com os termos cha verde,green tea e Camellia sinensis. Os focos dapesquisa foram: cuidados com a pele,tratamento dos cabelos, higiene oral, obtençãode produtos.Inicialmente, a pesquisa encontrou 152patentes na base européia Espacenet, 07 nabase dos Estados Unidos, Uspto, 05 na basebrasileira INPI, totalizando 164 patentesselecionadas em maio de 2007.Utilizando-se a pesquisa por palavras-chave,os números encontrados foram insatisfatórios

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(foi estipulado em torno de 150 patentes parapesquisa). Foi utilizada a pesquisa porclassificação internacional na base de dadosEspacenet, restringindo a pesquisa à palavra-chave green tea e os códigos A61K e A61Qobtiveram-se 179 patentes, porém, o sistema

do banco de dados encontrou apenas 152patentes. Foram utilizadas as 14 patentes nabase INPI contendo o termo “cha verde”,também patentes Uspto contendo “green tea”no título, sendo retiradas as patentesrepetidas.

Palavras-chave

cha verdegreen teaCamellia Sinensiscatechingreen tea antioxidant skingreen tea antioxidant treatmentgreen tea antioxidant health*green tea skin health*green tea treatment health*

INPI EP USPTO

14 6 0 0 4218 1301 0 148 1728 0 1439 753 - 15 287 - 9 375 - 18 262 - 272 282 - 22 432

Tabela de pesquisa por palavras-chave

A61K A61Q EP

X 1083X 181

X X 179X 545

X 110X X 110

Palavras-chave

green teagreen teagreen teacatechincatechincatechin

Tabela de pesquisa por Classificação Internacional

Resultados e Discussão1. Evolução Anual de Depósitos de Patentes

1 25

1

8 9

15

6

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26

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1982

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-198

8

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1991-1

992

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1994

1995-

1996

1997-

1998

1999-

2000

2001-

2002

2003

-200

4

2005-2

006

Podemos observar um aumento do número depatentes depositadas a partir de 2000 quecoincide com uma maior difusão do chá verdeno ocidente.

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Utilização do Chá Verde em Cosméticos

2. Patentes Depositadas por País

87

23 21

7 6 5 5 3 3 2 1 1

Japã

oEUA

WIP

O

Coréa

do S

ul

Aleman

ha

Brasil

Canad

áEPO

México

Franç

a

Bélgica

Reino U

nido

O Japão é claramente o maior detentor daspatentes acerca do chá verde com 87 patentes,sendo seguido pelos Estados Unidos com 23patentes.

WIPO: Organização Mundial de Propriedade IntelectualEPO: Escritório Europeu de Patentes

4. Empresas com Maior Número de Patentes Depositadas

A norte-americana Procter & Gamble foi aempresa mais representativa, apresentandoum total de dez patentes, sendo seguida pelajaponesa Kao Corp com sete patentes.

3. Patentes por Código de Classificação Internacional

A61K8 - Cosméticos, perfumes.A61K9 - Preparações caracterizadas pela forma.A61K31/35/36 - Preparações farmacêuticascaracterizadas por ingredientes ativos orgânicos.

51 49

219

0

20

40

60

80

100

A61K8 A61K36 A61K35 A61K31 A61K9

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151

140

160132

90

29

11

0

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140

A61Q1 A61Q19 A61Q5 A61Q17

A61Q1 - Preparações para maquiagem.A61Q5 - Preparações para tratamento dos cabelos.A61Q17 - Preparações de barreira.A61Q19 - Preparações para tratamento da pele.

PROCTER & GAMBLE

KAO CORP

BEIERSDORF AGICHIMARU PHARCOS

GOLDWELL GMBH

MITSUI NORIN KK

SAKURASHITA

SHISEIDO CO LTD YOKOYAMA TSUNETAKA

YONEZAWA SYSTEM

O código A61Q é uma subdivisão naspreparações para finalidades médicas,odontológicas ou higiênicas. Encontramos maiornúmero de patentes com o código A61Q1,representando as preparações para limpeza dapele.

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i. Preparações para Finalidades Médicas,Odontológicas ou Higiênicas - A61K.

ii. Uso de Cosméticos ou Preparações Similarespara Higiene Pessoal - A61Q.

Temos maior presença de patentes queapresentam o código A61K8, representando apreparação de cosméticos e perfumes.

Utilização do Chá Verde em Cosméticos

5. Patentes que Fazem Uso do Chá Verde

Quanto ao objeto das patentes, 83%compreenderam cosméticos para o cuidado dapele e cuidado dos cabelos.

cuidado da pele

higiene oral

tratamento capilar

obtenção produto

ConclusõesA maior comercialização do chá verde noocidente, por volta do ano de 2000, acarretoumaior interesse em pesquisas e depósito depatentes sobre o chá verde, sua utilização epropriedades. O Japão ainda é o principaldetentor da tecnologia na preparação decosméticos (87 patentes). Apesar deste grandenúmero representado pelo Japão, a empresaque detém o maior número de patentes é anorte-americana Procter & Gamble, com 10. A

maior tecnologia está aplicada na obtenção decosméticos para o cuidado da pele, sendo maisexplorada a capacidade regeneradora do cháverde, empregada para o embelezamento,talvez por serem ainda recentes a descobertae exploração de outras propriedades. Istoaponta para oportunidades de maiorcomplexidade tecnológicas a serem exploradasainda.

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Utilização do Chá Verde em Cosméticos

6. Patentes que Utilizam Propriedades do Chá Verde

Observamos maior preocupação com a beleza e viço da pele e cabelos, seguidoda propriedade antiinflamatória e antioxidante.

30

18

13

9

9

8

7

5

4

3

0 5 10 15 20 25 30 35

embelezador

antiinflamatório

antioxidante

desodorante

bactericida

hidratante

anti-idade

antimicrobiano

perfume

tratamento solar

Sabrina Freire Miyazaki é aluna de graduação emQuímica da UFBA. Este trabalho foi realizado nosemestre de 2007.1 durante a disciplina optativa“Marcas, Patentes e Propriedade Industrial”. Não tinhatido contato anterior com o tema.

Revestimento Epóxi

Flávia Silva Cunha1,2 e Patrícia Coêlho2

1Escola Politécnica, Universidade Federal da Bahia, Federação, Salvador - BA - Brasil, CEP 40210-910([email protected])

2NIT-UFBA, PRPPG, Rua Basílio da Gama, 6/8, Canela, Salvador - BA - Brasil, CEP 10110-040([email protected])

ObjetivoEsse trabalho teve como finalidades: fazer omapeamento das pesquisas já desenvolvidasno estudo de revestimentos do tipo epóxi;fazer análise de mercado sobre a utilizaçãodesse tipo de revestimento; analisar asviabilidades econômicas atuais na utilização dorevestimento epóxi.

Aspectos tecnológicosUma resina epóxi ou poliepóxido é um plásticotermofixo que endurece quando misturado comum agente catalisador ou "endurecedor".Elas são preparadas, de modo geral, atravésde dois métodos: pela dehidrohalogenação dacloridrina ou pela reação de olefinas comcompostos contendo oxigênio, tais comoperóxidos e perácidos.Existem, atualmente, quatro tipos de resinas:resinas epóxi à base de Bisfenol A (são as maisutilizadas, pois são versáteis e de menor custo,proveniente da reação de Epicloridrina eBisfenol A); resinas epóxi à base de Bisfenol Fe/ou Novolac (têm maior cross-link e melhordesempenho mecânico, químico e térmicodevido a troca do Bisfenol A pelo Bisfenol F);resinas epóxi bromadas são à base deEpicloridrina, Bisfenol A e TetrabromobisfenolA, onde as quatro moléculas adicionais debromo, conferem característica de auto-extinção; resinas epóxi flexíveis possuemlongas cadeias lineares substituindo osbisfenóis por poliglicóis pouco ramificados (têmbaixa reatividade e são normalmente utilizados

como flexibilizantes reativos em outrasresinas, melhorando a resistência a impactocom acréscimo da flexibilidade).As utilizações desse tipo de resina são variadasno campo da construção civil, principalmentequando utilizadas em juntas flexíveis,argamassa para reparo, revestimento dedepósitos destinados a produtos agressivos,membranas impermeabilizantes e pinturasanticorrosivas, pisos industriais e tambémequipamentos esportivos, revestimentos dealta performance, transformadores de energiaelétrica, revestimento anticorrosivo emnavios, aplicação de tinta em pó, entre outros.

EscopoEssa prospecção tecnológica foi desenvolvidaa partir de consulta ao banco de patentes doEspacenet. Inicialmente, foram analisadosbancos de dados do INPI (Instituto Nacional dePropriedade Industrial), posteriormente doUSPTO (United States Patent and TrademarkOffice) e do EP (Espacenet).A escolha pela utilização do banco de patentesdo Espacenet, apesar dos números de patentesencontradas no USPTO serem visivelmente maiselevados, se deve ao fato de o Espacenet terapresentado dados de patentes mais completosde forma a desenvolver uma prospecçãotecnológica mais analítica.O estudo foi feito utilizando as palavras chavesEpox*, Coat* e Linin*. Foram analisadas 266patentes em junho de 2007.

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Palavras-chave

Epox* and coat*Epox* and petrole*Epox* and coat* and petrole*Epox* and coat* and linin*Epox* and petrole* and crude and oil*Petrole* and crude and oil*

Resultados e Discussão1. Evolução Anual de Depósitos de Patentes

Gráfico do quantitativo de patentes por ano.Mostra o início dos registros de patentes nadécada de 50 e um razoável aumento no número deregistro de patentes nos anos 80 e 90, seguidode queda brusca no início do século XXI.

2. Patentes Depositadas por País

Gráfico do quantitativo de patentes por paísesque mais registram patentes em Epóxi desdeo início dos registros.

1940 1950 1960 1970 1980 1990 2000

18

16

14

12

10

8

6

4

2

Alemanha Japão Irlanda Reino EUA Hungria Unido

200

180

160

140

120

100

80

60

40

20

17

149

7

34 34 34

1 patente 2 patentes 3 patentes

157

21 13

20018016014012010080604020

3. Depositantes por Número de Patentes

A maioria dos depositantes possuem apenasuma patente (59%), poucos possuem duaspatentes (8%) e três patentes (5%).

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INPI USPTO EP

412 822 -- - 591- - 214- 825 307- 9 -- 976 -

Tabela de pesquisa por palavras-chave

Revestimento Epóxi

4. Relação de Patentes para cada Uso do Epóxi

Além do revestimento (72%), são tambémregistradas patentes relacionadas à cura (3%),composição (19%) e reagentes (6%) paraprodução de resina epóxi.

193

8 4

50

revestimento cura reagente composição

ConclusõesO início dos registros de patentes relacionadasà resina epóxi, tanto com relação arevestimento quanto com produção, se deu nadécada de 50 quando se iniciou odesenvolvimento do mercado do petróleo.A resina, produzida a partir de subprodutos dopetróleo, ao longo dos anos vem sendoestudada amplamente para revestimentos porseu caráter termofixo. Esse tipo de resinafacilita o transporte de fluidos em dutos, assim,os estudos são focados mais amplamente emtubulações. Porém, desenvolvimentoscientíficos nos países subdesenvolvidos não sãoavançados, de modo que estudos como essessão desenvolvidos em maior quantidade por

países como o Japão e parte da Europa, quesai na frente em relação a registro de patentesem revestimento epóxi. A cultura de registrarpatentes em países subdesenvolvidos ainda nãoé a realidade de cada um destes, assim, muitosestudos podem ter sido desenvolvidos, porémos registros de patentes não foram feitos.A queda nos estudos durante o século XX estárelacionada diretamente à falta de matériaprima para produção desse tipo de resina, aepiclorohidrina, pois fábricas dessa matériaprima estão sendo fechadas por causarproblemas ambientais. Com isso, a expectativaé que nos próximos anos a resina epóxi sejaencarecida e a sua utilização seja diminuída.

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Revestimento Epóxi

5. Número de Patentes para cada Dispositivo

Os quatro dispositivos revestidos mais focados são tubulação (23%), forro (8%),superfície metálica (9%) e superfície de concreto (5%).

100

90

80

70

60

50

40

30

20

10

Tubulação Forro Superfície Superfície metálica de concreto

62

20 23

13

Flávia Silva Cunha é aluna de graduação em EngenhariaQuímica da UFBA e bolsista ITI do Núcleo de InovaçãoTecnológica da Universidade Federal da Bahia.Participou anteriormente de cursos do INPI e detreinamentos da Rede NIT-NE. Patrícia Coêlho foibolsista DTI I do Núcleo de Inovação Tecnológica daUFBA. Participou anteriormente de cursos do INPI ede treinamentos da Rede NIT-NE.

Gás Natural Liquefeito e Criogênico

Humbervânia Reis1,2 e Luana Nogueira Porfírio1,3

1NIT-UFBA, PRPPG, Rua Basílio da Gama, 6/8, Canela, Salvador - BA - Brasil, CEP 10110-040;2Instituto de Química, Universidade Federal da Bahia, Campus de Ondina, Salvador - BA - Brasil, CEP 40170-290

3Escola Politécnica, Universidade Federal da Bahia, Federação, Salvador - BA - Brasil, CEP 40210-910([email protected]; [email protected])

ObjetivoEssa prospecção visa fornecer ao pesquisadorinformações sobre o gás natural liquefeitocriogênico, oriundas de dados de documentosde patentes.

Aspectos tecnológicosGás Natural Liquefeito (GNL) é o gás naturalque atravessa um processo criogênico, comredução da temperatura para 162°C à pressãoatmosférica, passando à fase líquida.Tem como benefício o menor impacto ambientalde todos os combustíveis que utilizamoxigênio, não contaminando o solo nem a águae reduzindo em 70% a emissão de óxidos. Naliquefação, o processo reduz o volume em 600vezes, permitindo o transporte de grandesquantidades do produto, em navios, paralongas distâncias (1m³GNL = 600m³GN). Tem

como problema a manutenção da temperaturade armazenamento.

EscopoFoi selecionado o banco de dados do Espacenet,primeiramente foram inseridas como palavras-chave as expressões: gás* e natur*, sendoencontrado um total de 28.524 patentes. A partirdesse resultado verificou-se que seria necessáriofazer a restrição do tema. Após seremconsultados pesquisadores das instituições daRede NIT-NE, concluiu-se haver um interessepreferencial dos inventores pelos temas deliquefação e criogenia. Utilizaram-se assim aspalavras gás* , natur*, liquef* e cryogen*, escritasdessa forma, sendo encontradas 192 patentes,em junho de 2007.Diante desses resultados foi feito umlevantamento de dados com as principaisinformações das patentes encontradas.

Palavras-chave Espacenet

Gas* natur* 28.524 Gas natural 22.190 Gas* liquef* 3.346 Gas* natur* liquef* cryogen* 245

Resultados e Discussão

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08Tabela de pesquisa por palavras-chave

0

5

10

15

20

25

196

5

197

0

197

5

198

0

198

5

199

0

199

5

200

0

200

5

1. Evolução Anual de Depósitos de Patentes

N KIRILLOV (RU)MICHAEL MCCALL (US)

MAX BRAEUTIGAM (DE) STEPHANE PAQUET (FR)

WILLIAM BISHOP (US)JOHN CARRIER (US)

HAROLD SUTTON (US)KEENIS DAVIS (US)

ROY ADKINS (US)JAMES KAUCHER (US)

RUDOLPH (US)SZABADOS

2. Número de Patentes por Inventores

4. Número de Patentes por Código deClassificação Internacional

C07: Química orgânica.B01: Processos ou aparelhos físicos ou químicos.F16:Elementos ou unidades de engenharia.F17: Armazenamento ou distribuição de gases oulíquidos.F25: Refrigeração ou resfriamento.

5 920

82 83

C07 B01 F16 F17 F25

1

10

1 3

9

28

1 3

Russia Alemanha USA França

Número de Inventores

Número de Patentes

5. Número de Patentes e Número de Inventorespor Países

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7.Aplicantes com Maior Número de Patentes

VIKA IM A (RU)

AIR PROD & CHEM (US)

LINDE AG (DE)

MITSUBISHI CORP (JP)

Gás Natural Liquefeito e Criogênico

8. Portifólio de Patentes

1 12

1

3

1 1

5 5

1 1

3

13

1

1969-1974

1975-1980

1981-1986

1987-1992

1993-1998

1999-2004

A Rússia se destaca com dez patentes porinventor, sendo que Alemanha, EUA e Françaapresentaram uma média de três patentes porinventor.

79

3629

15 13 125 2

EU

A

Rus

sia

Japã

o

Fra

nça

Rei

no U

nido

Ale

man

ha

Paí

ses

com

1 p

aten

te*

Cor

éia

do S

ul

* Áustria, Finlândia, Itália, Noruega, Nova Zelândia

3. Número de Patentes Depositadas por País

Os Estados Unidos se destacaram por serem ogrande importador de GNL, conseqüentemente,indo buscar aprimoramento nas técnicas detransporte e estocagem.

6. Número de Patentes por Aplicante

As patentes são depositadas principalmentepor empresas, sem participação dasacademias.

0

41

152

Academia Pessoa Física Empresa

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10. Número de Patentes por Invenção9. Tipos de Uso por Números de Patentes

Aparelho, equipamento e sistema foraminvenções que tiveram maior depósito depatentes.

ConclusõesAo analisarmos anualmente, foram observadas3 bandas de crescimento nos depósitos depatentes, a primeira com 25, a segunda com35 e a terceira com um total de 130 patentes.Esse crescimento se deu de forma acentuadano período de 1990 a 2005 por conta dainstabilidade nos preços do petróleo, e pelautilização de combustíveis mais limpos e commenos impacto ambiental. Temos um aumentosignificativo nos depósitos de patentes pelasprincipais empresas no período de 1999 a 2004,quando houve o crescimento pelo interesse denovas fontes energéticas.A empresa russa Vika IM. destaca-se pelo fatoda Rússia totalizar mais de 30% das reservasconhecidas atualmente e ser uma grandeexportadora.

Verificamos que a etapa em destaque foitransporte e transferência, pois o GNL é vistocomo uma alternativa chave para atender aexpansão do mercado mundial de gás natural,lastreado, principalmente, pela perspectiva deaumento da demanda nos EUA. Segundo dadosdo órgão regulador americano (FERC), asimportações de GNL dos EUA cresceram 36%entre 2000 e 2003.

32

21

197

5

44

3

2

2

Aparelho/EquipamentoSistema

/Armazenador

DispositivoConector/Acoplador

TubulaçãoMotorPlanta

Método de liquefaçãoCompressor

Cilindro de combustível

23

17

5

3

1

1

Liquefação/Refrigeração

Combustível

Geração de energia

Aquecimento ougeração de calor

Produção de Hélio

Isolamento térmico

Gás Natural Liquefeito e Criogênico

ProduçãoSíntese

CompressãoLiquefação

Armazena-mento

Recuperação de liquefação

Componentes de plantas

TransporteTransferência Distribuição Uso

Logística

PurificaçãoBeneficiamento

SeparaçãoTratamento

3

1

1

47

31

7

19

34

11

38

Etapas da Cadeia

Humbervânia Reis é aluna de graduação em Químicada UFBA e bolsista ITI do Núcleo de InovaçãoTecnológica da Universidade Federal da Bahia.Participou anteriormente de cursos do INPI e detreinamentos da Rede NIT-NE.Luana Nogueira Porfírio é aluna de graduação emEngenharia Química da UFBA e bolsista ITI do Núcleode Inovação Tecnológica da Universidade Federal daBahia. Participou anteriormente de cursos do INPI ede treinamentos da Rede NIT-NE.

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Ação de Microorganismos Surfactantes no Petróleo

Odete Gonçalves1

1Ciências Naturais, Universidade Federal da Bahia, Campus do Canela,Salvador - BA - Brasil, CEP 40110-100 ([email protected])

ObjetivoAvaliação do estado da técnica do petróleobruto com presença de surfactantes e defungos, micro-organismos.

Aspectos tecnológicosPetróleo é uma substância oleosa, inflamável,menos densa que a água, com cheirocaracterístico e de cor variando entre o negroe o castanho escuro. De origem orgânica, dadecomposição dos seres que compõem oplâncton (organismos em suspensão nas águasdoces ou salgadas tais como protozoários,celenterados e outros), causada pela poucaoxigenação e pela ação de bactérias. É umacombinação, essencialmente, de moléculas decarbono e de hidrogênio.Microorganismos e fungos são minúsculosorganismos vivos. Estes seres diminutos podemser encontrados no ar, no solo, e, inclusive, nohomem. Ao decompor a matéria orgânica,produzem ácidos que alteram a areia e a argila,criando novas substâncias e transformando

aquela massa inerte num corpo complexo echeio de vida: o solo.Surfactante é a palavra derivada da contraçãoda expressão “surface active agent” - agentede atividade superficial e tem a capacidade dealterar as propriedades superficiais einterfaciais de um líquido. O termo interfacedenota o limite entre duas fases imiscíveis.Surfactantes apresentam tendência de formaragregados (micelas), geralmente, em água abaixas concentrações. São adequados para umaampla gama de aplicações industriaisenvolvendo detergência, emulsificação,lubrificação, capacidade espumante emolhante, solubilização e dispersão de fases.Quando o surfactante é produzido pormicrorganismos é chamado biossurfactante.

EscopoForam utilizadas as palavras Surfact*, Petrol*,Microorgan* e Detergenc*, totalizando 40patentes, em junho de 2007.

Palavras-chave Espacenet

Surfact* 99.001Petrol* 58.359Petrol* and Microorgan* 395Petrol* and Fung* 407Microorgan* 10.264Fung* 58.046Surfact* and Petrol* 14Surfact* and Petrol* and Microorgan* 17Detergenc* and Petrol* and Microorgan* 9

Tabela de pesquisa por palavras-chave

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Resultados e Discussão1. Evolução Anual de Depósitos de Patentes

0

1

2

3

4

5

6

7

819

3519

4019

45

1950

1955

1960

1965

1970

1975

1980

1985

1990

1995

2000

2005

2010

54

2 2 2 23

22

0123456

Mau

rice

Lain

e

O. A

bram

ov

V. K

uzne

tsov

V. S

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r

Cha

rles

Rei

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C. R

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Z. S

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Am

rit P

atel

A. C

ham

pagn

at

3. Número de Patentes por País

2. Número de Patentes por Inventor

4. Patentes por Classificação Internacional

C02 - Tratamento de água.C07 - Química orgânica.C08 - Compostos macromoleculares orgânicos.C09 - Corantes, tintas, polidores, resinas naturais.C10 - Indústrias do petróleo, do gás ou do coque.C11 - Óleos animais ou vegetais, gorduras, substânciasgraxas ou ceras.C12 - Bioquímica, cerveja, álcool, vinho, vinagre,microbiologia, enzimologia, engenharia genética.C23 - Revestimento de materiais metálicos.

ConclusõesA Prospecção Tecnológica mostrou que é umatecnologia emergente que teve um pico nosanos 70 e está ressurgindo novamente a partirde 2000. Destacam-se o Reino Unido, osinventores Bernard Maurice Laine e AlfredChampagnat, o setor de bioquímica e a

Ação de Microorganismos Surfactantes no Petróleo

Indústria de Petróleo.O número reduzido de patentes encontradasremete à lacuna tecnológica existente,mostrando ser este assunto promissor parainvestimentos de pesquisa, desenvolvimentoe apropriação de tecnologia.

0

5

10

15

C02

C07

C08

C09

C10 C11

C1 2

C23

0

10

20

30

ssia

Chi

na

Rei

no U

nid

o

Letô

nia

Japã

o

EU

A

Can

adá

Hun

gria

Re

públ

ica

Tche

ca

Bra

sil

Em

irad

os Á

rab

es

Cor

éia

do

Sul

Odete Golçalves é aluna de licenciatura em CiênciasNaturais da UFBA. Este trabalho foi realizado nosemestre de 2007.1 durante a disciplina optativa“Marcas, Patentes e Propriedade Industrial”. Nãotinham tido contato anterior com o tema.

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Extratos Vegetais Aplicados a Cosméticos

Fábio Neves dos Santos e Tiago Santos Pereira

Instituto de Química, Universidade Federal da Bahia, Campus de Ondina, Salvador - BA - Brasil, CEP 40170-290([email protected]; [email protected])

ObjetivoEste estudo visa conhecer a quantidade depatentes depositadas no Brasil e qual o focodestas patentes na área de cosméticos quecontenham extratos vegetais.

Aspectos tecnológicosA palavra cosmético vem do grego kosmetikós,que quer dizer “o que serve para ornamentar(enfeitar)”. Os cosméticos são produtosutilizados no nosso dia-a-dia para limpar ouembelezar nosso corpo. Exemplos sãomaquiagens, loções, tintura para cabelo, pastade dente, entre outros.Os romanos faziam um vasto uso de cosméticosna metade do século I d.C. Por exemplo, ocarvão era utilizado para escurecer pálpebrase cílios, e giz para clarear a pele.Entre as inovações da indústria de cosméticosdestacam-se o tubo descartável, em fins doséculo XIX, e os produtos químicos paraondulação dos cabelos. Mais recentemente, noséculo XX, temos os xampus sem sabão, astinturas de cabelo menos tóxicas, e a pasta dedentes com flúor.Dentre os maiores produtores mundiais decosméticos encontram-se os Estados Unidos ea França. Esta se destaca sobretudo naprodução de perfumes.

Temos como exemplo as especificações doExtrato Glicólico de Alecrim: produto (extratoglicólico de alecrim); parte utilizada (folha);nome científico (Rosmarinus officinalis, Linné);data de validade (02 anos); CAS (84604-14-8); método de produção (maceração epercolação); solvente para extração(propilenoglicol e água); aspecto (líquidolímpido e homogêneo); cor (castanhocaracterístico); índice de refração (1,380 nD a1,390 nD); pH (25ºC) (5.5 +/-1.0); solubilidade(muito solúvel em propilenoglicol, solubilidadeem substâncias com mesma característica);umidade (sem especificações).

EscopoAs palavras cosmetic* e extrato* foram as quemelhor representavam o objetivo daprospecção. Utilizamos o INPI com o intuito deconhecer a quantidade de patentes depositadasno Brasil e qual o foco das patentes na área decosméticos.Foram lidas 79 patentes em maio de 2007; ofoco foram as propriedades dos extratosvegetais, como anti-séptico, bactericida,hidratante, emoliente, umectante,cicatrizante, analgésico, refrescante eantiinflamatório.

Palavras-chave INPI

cosmetic* and glicol* 35cosmetic* and glicerina 16cosmetico* and glicol* 17cosmetic* and alcool* 110cosmetico* and alcool* 57cosmetico* and extrato* 79

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33

44

6

66

1316

18

0 5 10 15 20

BRASIL

EUA

FRANÇA

REINO UNIDO

ITÁLIA

ALEMANHA

JAPÃO

OEP

ESPANHAOUTROS

3. Distribuição de Patentes por Empresas

2. Número de Patentes Depositadas por cadaPaís

ConclusõesOs dados estatísticos demonstram uma áreapromissora com crescimento relevante depatentes depositadas nos últimos 5 anos.As empresas estrangeiras são as que mais

Resultados e Discussão1. Evolução Anual de Depósitos de Patentes

Extratos Vegetais Aplicados a Cosméticos

patenteiam nessa área apesar do Brasil possuirum grande potencial, o que mostra uma lacunaa ser preenchida de modo promissor.

0123456789

1019

88

1990

1992

1994

1996

1998

2000

2002

2004

L´OREAL27%

AVON6%

NATURA6%

UNILEVER8%

JOHNSONS5%

CHEMIUNION14%

O BOTICÁRIO4%

Outros30%

Fábio Neves dos Santos e Tiago Santos Pereira sãoalunos de graduação em Química da UFBA. Este trabalhofoi realizado no semestre de 2007.1 durante adisciplina optativa “Marcas, Patentes e PropriedadeIndustrial”. Não tinham tido contato anterior com otema.

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Usos do Óleo de Algodão na Área de Saúde

Eduardo Vinicio e Elias Suzarte

Instituto de Química, Universidade Federal da Bahia, Campus de Ondina, Salvador - BA - Brasil, CEP 40170-290([email protected]; [email protected])

ObjetivoEfetuar levantamento do número de patentesque tenham como objetivo a aplicação do óleode algodão em ramos diferentes do campoalimentício (mais especificamente no campomédico, dentário e de higiene), levando emconta o potencial da sua composição química.

Aspectos tecnológicosA espécie de algodoeiro G. hirsutum L.r.latifolium Hutch., é a mais plantada no mundo,com 33,31 milhões de hectares.Existem inúmeras aplicações dessa malvácea,considerada “o boi vegetal”, por ser totalmenteaproveitada pelo homem.Os subprodutos do algodão podem serclassificados como: primários (o línter, a cascae a amêndoa); secundários (farinha integral,óleo bruto, torta e farelo); terciários (óleorefinado, borra, farinha desengordurada).É o óleo vegetal mais antigo produzidoindustrialmente, tendo sido consumido emlarga escala no Brasil, porém, reduzido com oaumento da produção de soja.O processo de obtenção do óleo consiste naabertura do caroço de algodão para obtençãodo grão, esmagamento do grão e extração doóleo por prensa hidráulica ou extração química;a coloração escura leva à necessidade de refinotérmico; a clarificação é a fase de maiorimportância na determinação da qualidade eestabilidade do produto final, onde é submetidoa três etapas para a total clarificação.

Os principais ácidos graxos são o palmítico(C16H32O2), o oléico (C18H34O2) e o linoléico(C18H32O2).A principal utilização do óleo de algodão é comoóleo comestível.

EscopoFoi escolhido o banco de dados Espacenet, poisoferece uma grande diversificação eacessibilidade. Foi escolhido, a princípio, ocódigo A61, por representar a área médica ede higiene. Para se observar a aplicação emum ramo mais específico, foi feito um estudoda distribuição das patentes nas divisões daárea escolhida.Observa-se que a divisão A61K apresenta ummaior número de patentes. Esta divisão dizrespeito às preparações para propósitosmédico, dentário e de higiene. Verificou-seentão a distribuição das patentes dentro destadivisão, isto é, a distribuição pelas subdivisõesda divisão escolhida.A subdivisão A61K31, que diz respeito apreparações medicinais contendo ingredientesativos orgânicos, foi a que apresentou maiornúmero de patentes entre as subdivisões,porém a quantidade de patentes obtida nestasubdivisão não é estatisticamente interessantepara análise, pela quantidade limitada quecompõe o universo de análise.Da divisão A61K, foram lidas 203 patentes emjunho de 2007.

Palavra-chave Class. Européia N° de Patentes

oil* cotton* - 5695cotton* oil* A61 260cotton* oil* A61K 203

Tabela de pesquisa por palavras-chave

25

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Pros

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• p

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• 20

08

Resultados e Discussão1. Evolução Anual de Depósitos de Patentes

4. Patentes Depositadas por ClassificaçãoEuropéia

A61K - Preparações para finalidades médicas,odontológicasou higiênicas.A61Q - Uso de cosméticos ou preparações similarespara higiene pessoal.A61L - Métodos ou aparelhos para esterilizar materiaisou objetos em geral.A61F - Filtros implantáveis nos vasos sangüíneos;próteses; dispositivos que promovem desobstruçãoou previnem colapso de estruturas tubulares no corpo.A61M - Dispositivos para introduzir ou depositarmatérias no corpo.A61C - Odontologia; higiene oral ou higiene dental.A61J - Recipientes especialmente adaptados parafinalidades médicas ou farmacêuticas; dispositivos oumétodos especialmente adaptados para converter osprodutos farmacêuticos em formas físicas especiaisou de administração; dispositivos para administraralimentos ou remédios por via oral.

10987654321

1910 1920 1930 1940 1950 1960 1970 1980 20101990 2000

0 20 40 60 80 100 120 140 160 180 200 220

A61J

A61C

A61M

A61F

A61L

A61Q

A61K

3. Distribuição por Depositantes

5. Divisão entre as Indústrias

2. Distribuição por País

OUTRAS

CIBA

KODAK

UPJOHN

MERCK

20 40 60 80 1000

6

6

8

19

95

REINO UNIDO

JAPÃO

EUA

CANADÁ

ALEMANHA

PANAMÁ

REP. CORÉIA 1

1

4

7

10

15

156

ConclusõesComo pode ser observado, houve uma grandequantidade de depósitos de patentes no períodode 1960 a 1974, e nos últimos anos tem havidocrescimento destes números, talvez provocadopor um interesse comum em descobriralternativas na área de medicamentos.Na comparação entre países, o Reino Unidoapresenta um maior número de patentesdepositadas (77%).

Conclui-se, com esse estudo, que foi possívelefetuar um levantamento de uma quantidadeconsiderável de patentes depositadas cujocampo de aplicação não seja o campoalimentício, como era de se esperar, mas oscampos médico, dentário e de higiene pessoal.

Usos do Óleo de Algodão na Área de Saúde

Eduardo Vinicio e Elias Suzarte são alunos degraduação em Química da UFBA. Este trabalho foirealizado no semestre de 2007.1 durante a disciplinaoptativa “Marcas, Patentes e Propriedade Industrial”.Não tinham tido contato anterior com o tema.

Emprego de Zeólitas em Reações de Transalquilação

Saulo Grecco e Nilson Alves

Instituto de Química, Universidade Federal da Bahia, Campus de Ondina, Salvador - BA - Brasil, CEP 40170-290([email protected]; [email protected])

ObjetivoObservar a apropriação de tecnologia docatalisador das reações de transalquilação,quais as empresas e os países que maisapropriam, e verificar a aplicação dos materiaiszeolíticos nestas reações.

Aspectos tecnológicosOs benzenos e xilenos são importantesmateriais de partida para reforma da nafta,pirólise da gasolina, produção de tolueno etrimetilbenzeno.Desenvolveram-se vários processos para suafabricação, porém, geraram-se produtos debaixa aceitação pelo seu alto valor agregado(alquilação, desproporcionamento, transalquilação).

As reações de transalquilação são conduzidassobre catalisadores ácidos. Sólidos ácidos sãomais vantajosos por diminuirem riscos decorrosão e eliminarem problemas ambientais.Materiais zeolíticos mostram-se promissorespor possuirem área superficial específicaelevada; capacidade de troca iônica; complexarede de canais.No processo comercial de transalquilação, amordenita desativa a deposição de coque.

EscopoForam analisadas 295 patentes em maio de2007, com as palavras-chave que apresentaramum maior número de patentes associadas e ummaior número de aplicações destas reações.

Palavras-chave INPI

zeo* e transalk* 350zeolite e transalkylation 311Zeólita e transalquilação 0

Resultados e Discussão1. Patentes por Países ou Organizações

3,39%

4,41%

6,44%

6,44%

7,8%

8,47%

10,51%

42,37%

0 20 40 60 80 100 120 140

EUA

Japão

WIPO

China

EPO

CanadáReino Unido

Canadá

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• 20

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Tabela de pesquisa por palavras-chave

2521

171515

1413

121111

0 5 10 15 20 25

Eric BenazziElizabeth Merlen

Gianni GirottiJames Buttler

Dejin KongWarren Kaeding

Garmt MeimaJohannes Verduijn

Fabio AlarioGari Mohr

2. Os Dez Inventores que Mais Patentearam

Outras

MOBIL

Sem Aplicantes

EXXON

CHINA PETROCHEM

UOP

FINA TECNOLOGY

DOW CHEMICAL

INSTITUTE FRANCAIS DU PETROL

208

0

34

3

65

4

279

36

1 5 6 7

BJ01

29/00

BJ01

29/02

BJ01

29/18

BJ012

9/28G

BJ01

29/40

BJ01

29/44

BJ01

29/70

B01J

29/72

B01J

29/80

B01J

29/83

B01J

29/84

B01J2

9/85

B01J

29/90

0

50

100

150

200

5. Patentes por Empresa Depositante

4. Patentes por Códigos mais Relevantes

B01J29/00 - catalisadores compreendendo peneirasmoleculares.B01J29/02 - peneiras moleculares não zeolíticas.B01J29/18 - zeólita mordenita.B01J29/28G - ZSM-4.B01J29/40 - ZSM-5, ZSM-8 e ZSM-11.B01J29/44 - ZSM com metal nobre.B01J29/70 - zeólita Beta.B01J29/72 - zeólita Beta com metal nobre.B01J29/80 - mistura de zeólitas.B01J29/83 - ALPO.B01J29/84 - ALPO com metal nobre.B01J29/85 - SAPO.B01J29/90 - regeneração ou reativação.

ConclusõesAs pesquisas em reações de transalquilaçãoestão em crescimento. O país que mais investee que tem o maior número de pesquisadorescom patentes em transalquilação é o EstadosUnidos. As empresas que mais apropriam atecnologia do catalisador das reações detransalquilação são empresas dos EstadosUnidos. Os materiais zeolíticos mais utilizados

são: ZSM, Beta e mordenita ou misturas dezeólitas.Existem poucas aplicações de tratamentos deregeneração ou reativação dos catalisadores,o que torna este aspecto vantajoso parainvestimentos de pesquisa, desenvolvimentoe apropriação de tecnologia.

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Emprego de Zeólitas em Reações de Transalquilação

3. Evolução Anual de Depósitos de Patentes

4

13 12

34

20

48

106

55

30

20

40

60

80

100

120

1965

-69

1970

-74

1975

-79

1980

-84

1985

-89

1990

-94

1995

-99

2000

-04

2005

-09

Saulo Grecco e Nilson Alves são alunos de graduaçãoem Química da UFBA. Este trabalho foi realizado nosemestre de 2007.1 durante a disciplina optativa“Marcas, Patentes e Propriedade Industrial”. Nãotinham tido contato anterior com o tema.

Erva Doce

Marcos Pinto Souza

Instituto de Química, Universidade Federal da Bahia, Campus de Ondina, Salvador - BA - Brasil, CEP 40170-290([email protected])

ObjetivoAnalisar as patentes existentes para um futurodepósito em inseticidas e repelentes.

Aspectos tecnológicosA erva doce também é conhecida como funcho,anis-doce, maratro ou finoquio (Foeniculumvulgare).É nativa da bacia do mediterrâneo: Gréciaantiga e Egito antigo, sendo cultivada nasregiões temperadas e subtropicais.Sua principal utilização é através do óleoessencial (anetol).Características químicas: sua nomenclatura:

Palavras-chave Espacenet

foeniculum and vulgare 113foenicul* and vulgar* 130foenic* and vulg* 132foen* and vul* 133Erva doce 5

1-metoxi-(1-propenil)benzeno; fórmulamolecular: C10H12O; massa molecular de148,20 g/mol; densidade de 0,998 g/cm3;ponto de fusão entre 20 e 21ºC; ponto deebulição de 81ºC.

EscopoFoi utilizado o banco de dados European PatentOffice.Por ser uma classificação taxonômica, o nometem que ser exatamente igual, pois se mudauma letra, muda a classificação da espécie.Foram 113 patentes selecionadas e 111patentes lidas em junho de 2007.

Resultados e Discussão1. Evolução Anual de Depósitos de Patentes 2. Patentes por País

0,9%

1,8%

1,8%

1,8%

3,6%

5,4%

5,4%

21,6%

50,4%

0 10 20 30 40 50 60

REINO UNIDO

HUNGRIA

FRANÇA

CHINA

ALEMANHA

EUA

BRASIL

CORÉIA

JAPÃO

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200

8

Tabela de pesquisa por palavras-chave

21 1

01 1

34

34

3

0

3

0

2

9

2

1112

1514

10

4

0

24

6

8

1012

14

16

1983

1 98 5

1987

1989

199 1

199 3

1 99 5

199 7

1999

2001

2003

200 5

2

2

5

8

0 2 4 6 8 10

Yasuyuki

Ahn

Yamamoto

Young

Yukihiro Hirose

Haruhi Iwak

1

1

1

2

3

4

6

9

34

46

0 10 20 30 40 50

Produção de cigarros

Desinfetante

Anti-microbiano

Aromatizante

Fungicida

Bactericida

Culinária

Inseticidas e repelentes

Cosméticos

Medicinal

3. Patentes por Principais Inventores

5. Distribuição por Código de ClassificaçãoInternacional

6. Principais Usos das Patentes

4. Patentes por Empresa

ConclusõesEm 2002 ocorreu o maior número de depósitode patentes, seguido dos anos de 2000 à 2004.Apesar do maior número de patentes ser nasáreas de cosmético e medicinal, conclui-se que

2

2

9

11

0 2 4 6 8 10 12

Kose Korp

Shiseido

Naturobiotech

Noevir

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Erva Doce

será promissor para inseticidas, pesticidas erepelentes, por não ter um impacto ambientalmaléfico ao homem.

A61 - Ciência médica ou veterinária.A23 - Alimentos ou produtos alimentícios.A01 - Agricultura; silvicultura; pecuária; caça; pesca.C12 - Bioquímica.

80

4432

2011

3 3 2 2 2 20

102030405060708090

A6

1K

A61

P

A6

1Q

A2

3L

A01

N

C12

N

A6

1L

A2

3B

A23

G

C12

G

C1

2J

Marcos Pinto Souza é aluno de graduação em Químicada UFBA. Este trabalho foi realizado no semestre de2007.1 durante a disciplina optativa “Marcas,Patentes e Propriedade Industrial”. Não tinha tidocontato anterior com o tema.

Biosurfactantes

Ayala Curvelo e Darlan Coutinho

Instituto de Química, Universidade Federal da Bahia, Campus de Ondina, Salvador - BA - Brasil, CEP 40170-290([email protected]; [email protected])

ObjetivoFazer um estudo do desenvolvimento dautilização dos biosurfactantes e avaliar adistribuição de patentes.

Aspectos tecnológicosOs surfactantes são moléculas anfipáticas. Amaior utilização dos surfactantes é na indústriade produtos de limpeza, sabão e detergentes,petróleo, cosméticos e de produtos de higiene.Os compostos de origem microbiana quecontenham propriedades surfactantes sãodenominados biosurfactantes.A classificação e natureza química dosbiosurfactantes naturais pode ser alquil

poliglicosídeos, biosurfactantes, amidas deácidos graxos, aminas de ácidos graxos,glucamidas, lecitinas, derivados de proteínas,saponinas, sorbito e ésteres de sorbitan;biosurfactantes sintéticos: alcanolaminas,alquil e aril éter carboxilatos, alquil aril sulfatos,alquil aril éter sulfatos, alquil etoxilados, alquilsulfonatos, alquil fenol etoxilados,aminoácidos, betaínas.

EscopoFoi utilizada a palavra-chave biosurfactant* nobanco de dados European Patent Office emjunho de 2007.

Palavras-chave Espacenet

Biosurfactant* 128 Biosurfact* 256 Biosurfact* Natural* 135 Surfact* Natural* 2526 Surfact* Biolog* 1276

Resultados e Discussão1. Evolução Anual de Depósitos de Patentes 2. Patentes por País/Organização

2921

1810

76

55

322

1111

0 5 10 15 20 25 30Japão

Estados UnidosCoréia do Sul

Organização MundialChina

CanadáAlemanha

Organização EuropeiaRússiaFrança

EspanhaTaiwan

índiaLátviaSuíça

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Tabela de pesquisa por palavras-chave

0

2

4

6

8

10

12

14

1983

1985

1987

1989

1991

1993

1995

1997

1999

2001

2003

2005

0

2

4

6

8

10

12

14

16

1980-1985 1986-1990 1991-1995 1996-2000 2001-2006

Japão

Estados Unidos Coréia do Sul

Organização Mundial

China

Canadá

Alemanha

Organização Européia

3. Distribuição Periódica por País/Organização

4. Distribuição Anual por Depositante

ConclusõesConclui-se que vem aumentandogradativamente o número de patentesconcedidas, nota-se que as empresas vem

0123456789

Empresa Academia Independente

1983

1985

1987

1989

199

1

199

3

199

5

199

7

199

9

200

1

2003

2005

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Biosurfactantes

patenteando mais e que o Japão é o país quemais deposita patentes referentes abiosurfactantes.

Ayala Curvelo e Darlan Coutinho são alunos degraduação em Química da UFBA. Este trabalho foirealizado no semestre de 2007.1 durante a disciplinaoptativa “Marcas, Patentes e Propriedade Industrial”.Não tinham tido contato anterior com o tema.

Semicondutores

Lilia dos Santos Bispo1,2

1NIT-UFBA, PRPPG, Rua Basílio da Gama, 6/8, Canela, Salvador - BA - Brasil, CEP 10110-0402 Instituto de Química, Universidade Federal da Bahia, Campus de Ondina, Salvador - BA - Brasil, CEP 40170-290

([email protected])

ObjetivoConhecer os tipos de semicondutoresdisponíveis, os que apresentam melhor custo-benefício e saber quais empresas detém asmelhores tecnologias de fabricação destesdispositivos.

Aspectos tecnológicosO semicondutor é um mau condutor deeletricidade, porém, suas propriedades elétricassofrem profundas modificações quando seadiciona impurezas ao semicondutor, este

Resultados e Discussão1. Evolução Anual de Depósitos de Patentes

Palavras-chave INPI

Condutor* 3187Semicondutor* 292Supercondutor* 42Energ* 8359

processo chama-se dopagem. O elementosemicondutor é primordial na indústriaeletrônica e na confecção de seus componentes.Entre os dispositivos que utilizamsemicondutores estão resistor, laser, chip,diodo e transistor.

EscopoFoi utilizada a palavra-chave semicondutor* nabase de dados INPI, sendo encontradas 292patentes em maio de 2007.

2. Patentes por País

02468

101214161820222426

1982

1984

1986

1988

1990

1992 4

199 6

199 8

199 0

200 2

200 4

200

020406080

100120

EU

A

Ale

man

h a

Bra

sil

Japã

o

Rei

no U

nido

Fra

nça

Can

adá

Esp

anha

Chi

na

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Tabela de pesquisa por palavras-chave

0

5

10

15

20

25

G06

K

H0 1

L

H01

M

G11

C

H01

S

G05

D

B82

B

G07

F

G07

D

3. Patentes por Código de ClassificaçãoInternacional

G06K - Armazenamento de informações emtransportadores de dados designadas para transportarmarcações digitais.H01L - Dispositivos de armazenamento de dados.H01M - Baterias.G11C - Circuitos fantastrons para armazenagemestática de dados.H01S - Demodulação de ondas de energia de fase.G05D - Dimensões - controle de materiais de medições.B82B - Nanotecnologia.G07F - Pré-pagamento - mecanismos operados por moedade sistemas telefônicos usando dispositivos.G07D - Separação de moedas.

4. Utilizações dos Semicondutores

5. Empresas que Mais Depositaram

32

25

24

3

1

CHIP

LASER

DIODO

TRANSISTORES

RESISTORES

0

5

10

15

20

25

Ene

ry

Con

vers

ion

Dev

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,Inc

.(U

S)

Sie

men

sA

ktie

nges

ells

chaf

t(D

E)

Inte

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Mac

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S)

Infin

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Tec

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sA

G(D

E)

Rob

ertB

osch

GM

BH

(DE

)

ConclusõesOs semicondutores são de grande importância,principalmente para as indústras tecnológicasque requerem dispositivos de melhor qualidade.Estados Unidos foi o país que depositou maispatentes.Energy Conversion Devices Inc. (UC) foi aempresa que depositou mais patentes.Chip é o dispositivo mais fabricado.G06K é o código internacional mais usado porser genérico.Os dispositivos que atualmente são maisutilizados são diodos, laser e chips.

Através das patentes podemos perceber que,mesmo sendo o INPI uma base nacional, outrospaises como os Estados Unidos depositam maisdo que o Brasil.Podemos ainda perceber que apartir do códigoH01M não há tantas patentes. Os códigos sãoum bom guia para revelar qual área deve serpesquisada, sendo que os com menos patentesmerecem maior atenção para futurosinvestimentos de pesquisa, desenvolvimentoe apropriação de tecnologia.

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Semicondutores

Lilia dos Santos Bispo é aluna de graduação em Químicada UFBA. Este trabalho foi realizado no semestre de2007.1 durante a disciplina optativa “Marcas,Patentes e Propriedade Industrial”. Não tinha tidocontato anterior com o tema. Recentemente passouser bolsista ITI do Núcleo de Inovação Tecnológica daUniversidade Federal da Bahia.

Enzimas

Diógenes Ribeiro Gramacho

Instituto de Química, Universidade Federal da Bahia, Campus de Ondina, Salvador - BA - Brasil, CEP 40170-290([email protected])

ObjetivoPesquisar o grau de avanço tecnológico aplicadoàs enzimas e apontar as áreas de maioraplicação e produção de patentes.

Aspectos tecnológicosEnzimas são, geralmente, proteínasespecializadas na catálise de reações biológicascom extraordinária especificidade e podercatalítico.São unidades fundamentais do metabolismocelular.

Com exceção de um pequeno grupo de RNAscatalíticos, todas as enzimas são proteínas, suaatividade catalítica depende da estruturaprotéica. Algumas enzimas requerem para suaatividade um componente químico adicionalchamado cofator.

EscopoUtilizadas as palavras-chave enzym*, product*,food*, industr* e plant* no banco de dadosEspacenet, em maio de 2007.

Palavras-chave Espacenet

enzym* 100000enzym* product* 26174enzym* product* food* 3224enzym* product* food* industr* 634Enzym* product* food* industr* plant* 142

Resultados e Discussão

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Tabela de pesquisa por palavras-chave

2. Número de Patentes por Área de Aplicação

Alimentos45%

Medicina17%

Agricultura18%

Genética18%

Cosméticos2%

1. Evolução Anual de Depósitos de Patentes

1985

1990

1995

2000

2005

16

14

12

10

8

6

4

2

ConclusõesÉ uma linha de patenteamento em crescentedesenvolvimento, sendo a maioria de datasrecentes.Os Estados Unidos é o país de maior índice deapropriação patentária sobre enzimas. Cercade 33% das patentes foram registradas nos

35

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Enzimas

C12N9

A23L1

A23L2

A61K31

C12N15

A01N43

A01N37

A23J1

29

16

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6

5

4

16

2. Patentes por Código de Classificação Internacional

C12N9 - Enzimas.A23L1 - Alimentos ou produtos alimentícios.A23L2 - Bebidas não alcoólicas.A61K31 - Preparações medicinais contendo ingredientes ativos orgânicos.C12N15 - Mutação ou engenharia genética.A01N43 - Biocidas, repelentes ou atrativos de pestes ou reguladores do crescimento deplantas contendo compostos heterocíclicos.A01N37 - Biocidas, repelentes ou atrativos de pestes ou reguladores do crescimento deplantas contendo compostos de carbono.A23J1 - Obtenção de composições à base de proteínas para produtos alimentícios.

EUA. O Brasil ainda não se destaca neste campode pesquisa.Alimentação é a principal área de aplicação.Mais de 45% das pesquisas são aplicadas a alimentos.As pesquisas sobre enzimas se estendem adiversas áreas do conhecimento.

Diógenes Ribeiro Gramacho é aluno de graduação emQuímica da UFBA. Este trabalho foi realizado nosemestre de 2007.1 durante a disciplina optativa“Marcas, Patentes e Propriedade Industrial”. Não tinhatido contato anterior com o tema.

Cânfora em Cosméticos e Remédios

Elenice Sousa e Geila Oliveira

Instituto de Química, Universidade Federal da Bahia, Campus de Ondina, Salvador - BA - Brasil, CEP 40170-290([email protected]; [email protected])

ObjetivoIndentificar as patentes de cosméticos eremédios que utilizam a cânfora como um dosingredientes da sua “fórmula”.

Aspectos tecnológicosA cânfora possui aspecto de sólido branco,cristalino e forte odor característico.Canforeira (Cinnamomum camphora (L.) J.Presl; sin:Laurus camphora L.) FamíliaLauraceae, gênero Cinnamomum. Planta nativade Taiwan, China e Japão. É usada emcosméticos e remédios, além de celulóide epólvora sem fumaça, entre outros.Seus nomes populares são erva-cavaleira,

rabugem-de-cachorro e alcanforeiro.Propriedades químicas e físicas: fórmulamolecular C10H16O; massa molecular 152,24g/mol; Ponto de Fusão 175ºC Poto de ebulição210ºC; densidade 0,99 g.cm-3 (20ºC); insolúvelem água (20ºC); solúvel em álcool e éter.

EscopoUtilizando o banco de dados INPI foramencontradas 25 patentes para cosméticos(A61K8) e 16 patentes para remédios (A61K36).Utilizando o EspaceNet foram encontradas 346patentes para cosméticos e 271 patentes pararemédios, totalizando 658 patentes analisadasem abril de 2007.

Palavras-chave Espacenet

Camphor 3178Camphor e A61K8 337Camphor e A61K36 260Cinnamomum camphora 37Cinnamomum camphora e A61K8* 9Cinnamomum camphora e A61K36** 11

COSMÉTICOS 371; 56%

REMÉDIOS 287; 44%

Resultados e Discussão1. Evolução Anual de Depósitos de Patentes 2. Patentes Referentes a Cosméticos e

Remédios

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Tabela de pesquisa por palavras-chave

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3. Patentes por Depositantes

4. Empresas que Mais Depositaram

ConclusõesExiste um depósito crescente de patentesusando cânfora e um número maior depositadona Espacenet que no INPI, pelo fato de o últimoser apenas brasileiro.A proporção de patentes envolvendo cosméticos

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Cânfora em Cosméticos e Remédios

é um pouco maior que as envolvendo remédios.Os países que mais patenteiam são os EstadosUnidos, Brasil, China e Japão.A proporção de patentes de empresas é bemmaior que a de pessoas físicas e academias.

20

3239

84

25

19

74

140

30

Soda AromaticCiba Sc Holding

Kao CorpHoffman La

RocheBasf

ShiseidoProcter & Gamble

L´Oreal

Empresas81%

Pessoas 18%

físicas

Academias1%

Elenice Sousa e Geila Oliveira são alunas de graduaçãoem Química da UFBA. Este trabalho foi realizado nosemestre de 2007.1 durante a disciplina optativa“Marcas, Patentes e Propriedade Industrial”. Nãotinham tido contato anterior com o tema.

Fluorescência de Petróleo

Gabriela Cerqueira e Pamela Rodrigues

Instituto de Química, Universidade Federal da Bahia, Campus de Ondina, Salvador - BA - Brasil, CEP 40170-290([email protected]; [email protected])

ObjetivoFazer um estudo sobre as patentes que citamfluorescência de petróleo.

Aspectos tecnológicosO petróleo é um energético muito utilizado emescala mundial. A caracterização do petróleo émuito difícil e abrange várias técnicas. Umadas técnicas utilizadas para caracterizar o

petróleo é a Fluorescência, uma técnicaespectroscópica que, no caso do petróleo, utilizaa sua luminescência natural.

EscopoForam utilizadas as palavras-chavefluorescence e petrol* no banco de dadosEspacenet, sendo encontradas 56 patentes emabril de 2007.

Palavras-chave INPI

Fluorescence and petrol* 56Fluorescence and petrol 2Fluorescence and petroleum 55Fluorescence and oil 269

Resultados e Discussão1. Evolução Anual de Depósitos de Patentes

30,2%26,4%

22,6%

7,5%5,7%

3,8%1,9% 1,9%

0

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EU

A

Rei

no U

nido

Japã

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Can

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Cor

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ma n

ha2. Patentes Depositadas por País

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Tabela de pesquisa por palavras-chave

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72

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02

33

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01

01

3

3. Patentes por Inventores

4. Empresas que Mais Depositaram

5. Patentes por Código de ClassificaçãoInternacional

0 1 2 3 4

Hwan-ho ParkPatrick Delaune

Ian RadleyFernando Rathgeb

Dipack KothariRand Stowell

Dong-hyon SheenJohn Burdett

Howard MckinzieJohn CoatesKerry Spilker

Irwin Supernaw

72,4%

17,2%10,4%

0

10

20

30

40

50

Empresas Pessoa Física

G01 - Medição; teste.C10 - Indústrias do petróleo, do gás ou do coque.C07 - Química orgânica.C09 - Corantes, tintas, polidores, resinas naturais,adesivos; composições ou aplicações de materiais nãoabrangidos em outros locais.E21- Perfuração do solo; mineração.C08 - Compostos macromoleculares orgânicos; suapreparação ou seu processamento químico; composiçõesbaseadas nos mesmos.C12 - Bioquímica; cerveja; álcool; vinho; vinagre;microbiologia; enzimologia; engenharia genética ou demutação.H01 - Elementos elétricos básicos.G21 - Física nuclear; engenharia nuclear.

6. Patentes por Depositantes

ConclusõesO número de patentes envolvendo a técnica defluorescência está aumentando com o tempo.O EUA é o país que mais deposita e possui osinventores que mais depositam.As técnicas que envolvem fluorescênciaaplicada a petróleo não são monopolizadas poruma empresa.

A área de manipulação de partículas dentro docampo de fluorescência de petróleo é a menospesquisada, sendo, assim, propensa parafuturos investimentos de pesquisa,desenvolvimento e apropriação de tecnologia.

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Fluorescência de Petróleo

Empresas com 1 patente70%

Texaco11%IG Farbenindustrie AG

5%

Empresas com 2 patentes14%

Gabriela Cerqueira e Pamela Rodrigues são alunas degraduação em Química da UFBA. Este trabalho foirealizado no semestre de 2007.1 durante a disciplinaoptativa “Marcas, Patentes e Propriedade Industrial”.Não tinham tido contato anterior com o tema.

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