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• Desde épocas remotas, as terras que hoje correspondem à Israel, Cisjordânia, Faixa de Gaza e imediações eram ocupadas por árabes e hebreus;

• Durante a 1ª Guerra Mundial, os britânicos ocuparam a região para combater os otomanos, que eram aliados da Alemanha, e foram ajudados pelos árabes locais;

• Terminada a guerra, em 1922 a Sociedade das Nações delegou a Grã-Bretanha um mandato sobre a região (Palestina para os árabes e Canaã para os judeus, desde os tempos bíblicos);

• A partir de 1896 reacendeu no povo judeu o desejo de recriar um estado próprio para colocar fim a sua dispersão no mundo e às perseguições sofridas;

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• Nasceu o sionismo, movimento que tinha como objetivo recriar o Estado judeu; a partir daí, iniciou-se um fluxo imigratório de judeus para a região, principalmente da Europa Central e Oriental, onde o anti-semitismo era mais intenso;

• Com o dinheiro coletado entre a comunidade judaica espalhada pelo mundo, terras ocupadas por árabes passaram a ser compradas, dando lugar às colônias agrícolas judaicas, os kibutz;

• O crescimento dos kibutzin provocou reações de descontentamento dos árabes palestinos que constituíam a maioria da população da região;

• À medida que os fluxos imigratórios de judeus para a região aumentavam, cresciam as animosidades entre os dois povos, já que os árabes palestinos sentiam-se ameaçados nos seus direitos sobre a terra;

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• Em 1936, os britânicos, percebendo que os conflitos poderiam se ampliar, elaboraram um plano de divisão da região em dois Estados, um árabe e outro judeu, o que não foi aceito pelos árabes;

• A Grã-Bretanha acabou não insistindo na proposta para não contrariar os interesses árabes, pois tinha grande interesses pelo petróleo que suas empresas exploravam no mundo árabe de então;

• Diante da resistência árabe e do pouco empenho da Grã-Bretanha à criação do Estado judeu, o movimento sionista se acirrou;

• Membros desse movimento organizaram grupos armados para combater a resistência árabe e britânica, provocando atentados na região;

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• Com o fim da 2ª Guerra Mundial e os horrores sofridos pelo povo judeu no regime nazista na Alemanha, a causa da criação da criação do Estado judeu ganhou simpatizantes em todo o mundo;

• Diante da freqüência dos ataques armados das organizações sionistas contra os britânicos na Palestina e em Canaã, a Grã-Bretanha levou a questão da criação dos Estado de Israel para a ONU que, em 1947, aprovou um plano de divisão da região pelo qual se criava um Estado judeu (Israel) e um Estado palestino;

• O Estado judeu, ou Israel, abrangia 14 mil km²; o Estado palestino proposto pela ONU correspondia uma área descontínua de 11,5 km², abrangendo a faixa de Gaza e a Cisjordânia;

• Em virtude de seu significado histórico-religioso, a cidade de Jerusalém ficaria sob a administração da ONU, constituindo uma zona internacional;

• Em 14 de maio de 1948, o líder israelense, Bem Gurion, proclamou o Estado de Israel.

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A guerra de 1948-1949• A Liga Árabe, fundada em 1945 pelos países árabes,

incluindo os palestinos, com o objetivo de fortalecer a unidade e a cooperação entre os países membros, não aceitou a partilha decidida pela ONU nem a criação do Estado de Israel e, imediatamente, os exércitos do Egito, Jordânia, Síria, Iraque e Líbano, atacaram o novo Estado de Israel;

• A guerra, vencida por Israel, cessou em janeiro de 1949, mediante um armistício celebrado entre os países; como conseqüência da guerra, Israel ocupou territórios que não lhe pertenciam pela partilha da ONU, ampliando cerca de 40% de seu território original (de 14 mil km² para 20.900 km²).

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A guerra de 1956

• Em 1956 o presidente do Egito nacionalizou o Canal de Suez, que era explorado por empresa inglesa e francesa, proibiu o tráfego de navios israelenses pelo canal e bloqueou o Golfo de Ácaba e o Estreito de Tiran, impedindo a saída de embarcações israelenses do porto de Eilat;

• Imediatamente tropas francesas, inglesas e israelenses invadiram a Península do Sinai e ocuparam o Canal de Suez;

• O conflito terminou somente com uma força de paz enviada pela ONU, que restabeleceu a linha de armistício de 1949 entre Israel e Egito.

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A Guerra dos Seis Dias (1967)• Após a retirada das forças de paz da ONU, as tensões se agravaram: as incursões de palestinos em Israel, o deslocamento de tropas sírias junto à fronteira de Israel, o envio de tropas argelinas para o Oriente Médio, o acordo militar entre Jordânia, Egito e Iraque surgiam no panorama da região como uma ameaça para Israel;

• Israel, que já contava com o apoio dos Estados Unidos, inclusive com armas modernas, lançou um ataque preventivo: efetuou um ataque rápido aos aeroportos militares do Egito, Jordânia e Síria, destruindo centenas de aviões militares; enquanto isso, suas forças terrestres atacaram e ocuparam a Península do Sinai e Gaza, as Colinas de Golã, na Síria, e a Cisjordânia, de onde expulsaram as forças jordanianas, ampliando seus domínios para 89.400 km².

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A Guerra de Yom Kippur (1973)• Yom Kippur significa “Dia do Perdão”, é um feriado

religioso dos judeus, comemorado no dia 6 de outubro do nosso calendário;

• Aproveitando o feriado judaico, tropas egípcias e sírias, apoiadas por Marrocos, Iraque, Jordânia e Argélia, avançaram sobre a Península do Sinai e as Colinas de Golã, com o objetivo de reconquistar os territórios perdidos na Guerra dos Seis Dias;

• A reação de Israel foi rápida: suas tropas de terra e ar fizeram os sírios recuarem das Colinas de Golã; Damasco, capital da Síria, foi bombardeada por tropas de Israel; na Península do Sinai, as tropas israelenses avançaram até a margem ocidental do Canal de Suez e cercaram as tropas egípcias, que não puderam recuar;

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• Em 22 de outubro, mediante a interferência da ONU, dos Estados Unidos e da União Soviética, foi decidido o cessar-fogo. Contudo, não houve alterações territoriais e Israel continuou ocupando os territórios conquistados;

• Nessa época os árabes, acreditando possuir uma “arma de forte persuasão” para que os países da Europa Ocidental e os Estados Unidos interferissem no conflito, no sentido de auxiliar na sua resolução, boicotaram o fornecimento de petróleo para o Ocidente, seguido do aumento de preço, provocando, de início, grande impacto, no entanto, essa estratégia não alterou a situação.

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A procura de entendimentos:

avanços e recuos

• Acordos de Camp David• Após a Guerra de Yom Kippur, Israel e Egito iniciaram

negociações visando o estabelecimento da paz: em 1977, o presidente Anuar Sadat visitou Israel, fato que provocou protestos no Egito e em outros países árabes, inclusive o rompimento de relações diplomáticas da Líbia, Síria, Iraque, Argélia e Iêmen com o Egito. Anuar Sadat foi acusado de traidor da causa árabe;

• Em 1978, Egito e Israel, reunidos em Camp David (EUA) assinaram um acordo de paz;

• A Península do Sinai foi devolvida ao Egito. Israel não concordou em devolver a Faixa de Gaza e continuou ocupando a Cisjordânia, Jerusalém e as Colinas de Golã.

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• Organização para a Libertação do Palestina (OLP)

• Onze anos após a criação do Estado de Israel, foi fundada a primeira organização militar palestina para comandar a guerrilha e as ações terroristas contra os israelenses: Al Fatah, sendo seu líder Yasser Arafat;

• Em 1964 foi criada a Organização para a Libertação da Palestina, que se declarava contra a existência do Estado de Israel e se comprometia a lutar para a criação de um Estado palestino em toda a região;

• Yasser Arafat comandou a OLP por trinta e quatro anos, obteve alguns avanços nas negociações com Israel, entretanto faleceu em 2004 sem ter resolvido na totalidade o impasse israelense-palestino;

• Em 1975, a ONU reconheceu a OLP como representante do povo palestino e incluiu-a na Assembléia Geral como membro-observador;

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• A partir de 1987, os palestinos das áreas ocupadas por Israel (Cisjordânia e Gaza) passaram a realizar manifestações de rua contra a ocupação israelense. Essas manifestações violentas, com mortes de ambos os lados, ficaram conhecidas como Intifada (“rebelião” em árabe) ou rebelião das pedras, pois os palestinos as utilizam como armas de ataque aos israelenses;

• Toda evolução de acontecimentos tem sido entremeada por violência de ambas as partes: destruição de casas, edifícios públicos, mortes de civis, de soldados e policiais, etc. quase que diariamente;

• De cada um dos lados, existem radicais extremistas: do lado palestino, os radicais islâmicos (grupo Hamas, Jihad Islâmico, Brigada dos Mártires de Al Aqsa e outros) se opõem ao reconhecimento do Estado de Israel; do lado israelense, grupos também radicais não desejam a formação do Estado palestino, inclusive defendem a expulsão dos palestinos da região. Essas posturas têm prejudicado a evolução das negociações e o estabelecimento da paz;

• Outra questão diz respeito à Jerusalém Oriental, onde os palestinos desejam instalar sua capital, não aceito por Israel, que considera a cidade pertencente a Israel;

• Soma-se também as questões de acesso e controle da água e o retorno dos refugiados palestinos, calculado em 3,5 milhões, bem como os problemas daí decorrentes (habitações, trabalho, hospitais, escolas, entre outros).