isomerria geomÉtrica e Óptica

60
ISOMERIA PROFESSOR: CLAUDINEI MESQUITA

Upload: claudinei-mesquita

Post on 25-Oct-2015

31 views

Category:

Documents


1 download

TRANSCRIPT

Page 1: ISOMERRIA GEOMÉTRICA E ÓPTICA

ISOMERIA

PROFESSOR: CLAUDINEI MESQUITA

Page 2: ISOMERRIA GEOMÉTRICA E ÓPTICA

ISOMERIA ESPACIAL Isomeria Espacial Os isômeros espaciais possuem a mesma fórmula

molecular e também a mesma fórmula estrutural plana, diferenciando apenas nas fórmulas estruturais espaciais.

Os isômeros espaciais podem ser divididos em geométricos e ópticos.

É também chamada ESTERIOISOMERIA.

ISOMERIA ESPACIAL

GEOMÉTRICA ÓPTICA

Page 3: ISOMERRIA GEOMÉTRICA E ÓPTICA

Iguais fórmulas moleculares

Iguais fórmulas estruturais planas

Diferentes fórmulas espaciais

ESTERIOISOMERIA

Page 4: ISOMERRIA GEOMÉTRICA E ÓPTICA

Isomeria geométrica(cis-trans ou Z-E)

Também chamada isomeria CIS-TRANS.

Os compostos têm a mesma fórmula estrutural plana, mas há que se

considerar átomos ligantes espacialmente.

Veja exemplos que seguem.

Page 5: ISOMERRIA GEOMÉTRICA E ÓPTICA

ISOMERIA GEOMÉTRICA

Modelos para o composto ClCH=CHCl

carbono hidrogênio cloro

Page 6: ISOMERRIA GEOMÉTRICA E ÓPTICA

ISOMERIA GEOMÉTRICA

Com base nos modelos apresentados, repare que:

No primeiro caso, os dois átomos de cloro estão no mesmo lado do plano que

divide a molécula.

Essa figura é chamada forma cis.

(cis = mesmo lado)

Page 7: ISOMERRIA GEOMÉTRICA E ÓPTICA

ISOMERIA GEOMÉTRICA

No segundo caso, os dois átomos de cloro estão em lados opostos do plano que divide a molécula. Essa figura é

chamada trans.

(trans = através)

Page 8: ISOMERRIA GEOMÉTRICA E ÓPTICA

ISOMERIA GEOMÉTRICA

Se são diferentes, como ficam os nomes dos compostos, respectivamente?

1. Cis-1,2-dicloro-eteno

2. Trans-1,2-dicloro-eteno

Page 9: ISOMERRIA GEOMÉTRICA E ÓPTICA

ISOMERIA GEOMÉTRICA

É condição para existir isomeria cis-trans, a existência de dupla ligação e que

apresentam a estrutura:

R1 R3

C = C

R2 R4

R1 diferente de R2 e R3 diferente de R4 e podendo R1(ou R2) ser igual ou diferente de R3 e R4.

Page 10: ISOMERRIA GEOMÉTRICA E ÓPTICA

ISOMERIA GEOMÉTRICA

Existe, ainda, isomeria em compostos cíclicos. Conforme ramificações “acima”

ou “abaixo’ do plano que divide a molécula, teremos isomeria

cis ou trans.

Page 11: ISOMERRIA GEOMÉTRICA E ÓPTICA

ISOMERIA GEOMÉTRICA

Modelos para o composto 1,2-cloro-ciclopropano

Carbono hidrogênio cloro

Page 12: ISOMERRIA GEOMÉTRICA E ÓPTICA

ISOMERIA GEOMÉTRICA

No primeiro modelo, os átomos de cloro estão do mesmo lado do plano do anel:

é a forma cis.

No segundo modelo, um átomo de cloro está acima e outro abaixo do plano do anel:

é a forma trans.

Page 13: ISOMERRIA GEOMÉTRICA E ÓPTICA

ISOMERIA GEOMÉTRICA

Como ficam os nomes dos compostos, respectivamente?

1. Cis-1,2-dicloro-ciclopropano

2. Trans-1,2-dicloro-ciclopropano

Page 14: ISOMERRIA GEOMÉTRICA E ÓPTICA

ISOMERIA GEOMÉTRICA

A isomeria cis-trans está presente nos óleos vegetais, os chamados poliinsaturados

devido às ligações duplas presentes nas moléculas.

Page 15: ISOMERRIA GEOMÉTRICA E ÓPTICA
Page 16: ISOMERRIA GEOMÉTRICA E ÓPTICA

ISOMERIA GEOMÉTRICA

Page 17: ISOMERRIA GEOMÉTRICA E ÓPTICA

ISOMERIA GEOMÉTRICA

Quando margarinas são produzidas, visando à obtenção de consistência sólida, o

acréscimo de hidrogênios (hidrogenação) satura as moléculas favorecendo o

aumento de colesterol e triglicérides no sangue.

Page 18: ISOMERRIA GEOMÉTRICA E ÓPTICA

ISOMERIA ÓPTICA

Para tentar compreender porque ocorre isomeria óptica, façamos, inicialmente

algumas comparações visíveis de assimetria, visto ser tal conceito

determinante nesse caso.

Page 19: ISOMERRIA GEOMÉTRICA E ÓPTICA

ISOMERIA ÓPTICA

Assimetria das mãos.

Repare a imagem especular.

Page 20: ISOMERRIA GEOMÉTRICA E ÓPTICA

ISOMERIA ÓPTICA

Não é possível superpor a mão direita sobre a

esquerda.

Elas são diferentes, ou melhor,

assimétricas.

Page 21: ISOMERRIA GEOMÉTRICA E ÓPTICA

ISOMERIA ÓPTICA

Esse tipo de assimetria é dito quiral, palavra que vem do grego CHEIR, que

significa mão.

Page 22: ISOMERRIA GEOMÉTRICA E ÓPTICA

ISOMERIA ÓPTICA

Perceba que a tentativa de sobrepor as

moléculas de ácido lático, a fim de obter compostos iguais é

frustrada.

Aqui, como nas mãos, há assimetria ou “quiralidade”.

Page 23: ISOMERRIA GEOMÉTRICA E ÓPTICA

ISOMERIA ÓPTICA

Isso que dizer que existem dois tipos de ácido lático?

Page 24: ISOMERRIA GEOMÉTRICA E ÓPTICA

ISOMERIA ÓPTICA

A resposta é sim. Por exemplo, existe um tipo de ácido lático que é produzido no

leite e outro, nos músculos, quando temos cãibras.

Page 25: ISOMERRIA GEOMÉTRICA E ÓPTICA

ISOMERIA ÓPTICA

Os ácidos láticos apresentados têm isomeria óptica.

Por que isomeria ”óptica”?

Page 26: ISOMERRIA GEOMÉTRICA E ÓPTICA

ISOMERIA ÓPTICA

Tudo começou com Louis Pasteur estudando propriedades ópticas

relacionadas às formas de cristais de sais de amônio de tártaro presentes no

vinho.

Page 27: ISOMERRIA GEOMÉTRICA E ÓPTICA

ISOMERIA ÓPTICA

Munido de uma pinça, uma lupa e muita paciência, Pasteur separou os cristais do sal de amônio, submetendo-os a um feixe de luz polarizada, num aparelho chamado

polarímetro.

Page 28: ISOMERRIA GEOMÉTRICA E ÓPTICA

ISOMERIA ÓPTICA

Perceba que os cristais tem formas

assimétricas.

Pasteur observou o comportamento das

soluções de ambos ao polarímetro.

Page 29: ISOMERRIA GEOMÉTRICA E ÓPTICA

ISOMERIA ÓPTICA

Esquema de um polarímetro.A luz, ao passar pela amostra, é desviada para

direita ou para a esquerda.

Page 30: ISOMERRIA GEOMÉTRICA E ÓPTICA

ISOMERIA ÓPTICA

Diz-se que as amostras de sais de tártaro testadas por Pasteur são opticamente ativas, pois desviam a luz polarizada,

para a direita ou para a esquerda.

Page 31: ISOMERRIA GEOMÉTRICA E ÓPTICA

ISOMERIA ÓPTICA

Lembrando que Pasteur separou os sais em dois grupos, qual o comportamento

frente à luz polarizada?

Page 32: ISOMERRIA GEOMÉTRICA E ÓPTICA

ISOMERIA ÓPTICA

A amostra que desviou a luz para a direita chama-se dextrógira (+/horário)

e para a esquerda, levógira (-/anti-horário).

Page 33: ISOMERRIA GEOMÉTRICA E ÓPTICA

ISOMERIA ÓPTICA

A mistura de ambas não desvia a luz e Pasteur chamou-as mistura racêmica.

Page 34: ISOMERRIA GEOMÉTRICA E ÓPTICA

ISOMERIA ÓPTICA

Em 1815, Biot descobriu que muitas outras substâncias (açúcar, cânfora,...) tinham esse comportamento: atividade

óptica.

Page 35: ISOMERRIA GEOMÉTRICA E ÓPTICA

ISOMERIA ÓPTICA

Hoje se sabe que tal comportamento é devido a carbono ligado a quatro

grupos diferentes entre si: carbono assimétrico ou quiral.

Page 36: ISOMERRIA GEOMÉTRICA E ÓPTICA

ISOMERIA ÓPTICA

Voltando ao ácido lático.

HC

CH3 C* COOH

OH

Exemplo de quiralidade e conseqüente ATIVIDADE ÓPTICA.Repare que o carbono central é assimétrico. Está ligado a quatro

grupos diferentes.

Page 37: ISOMERRIA GEOMÉTRICA E ÓPTICA

ISOMERIA ÓPTICA

Atenção!

Uma mesma molécula pode apresentar mais de um carbono assimétrico, o que multiplica a quantidade de isômeros ópticos para uma

mesma fórmula molecular.

Page 38: ISOMERRIA GEOMÉTRICA E ÓPTICA

ISOMERIA ÓPTICA

Page 39: ISOMERRIA GEOMÉTRICA E ÓPTICA

ISOMERIA ÓPTICA

Como ficam os nomes dos isômeros do ácido lático?

1. Com desvio para a direita: ácido-2-hidróxipropanóico (+)

2. Com desvio para a esquerda: ácido-2-hidroxipropanóico (-)

Page 40: ISOMERRIA GEOMÉTRICA E ÓPTICA

2 C* iguais

Isômero mesoNão tem atividade

óticaCOMPENSAÇÃO

INTERNA,plano de simetria

Ácido tartárico

2 C* iguais

d, l , mesoe 1 racêmico(d+l 1:1)

Page 41: ISOMERRIA GEOMÉTRICA E ÓPTICA

Antiinflamatório –isômero S é eficiente

Anti-hipertensivo–isômero S é eficiente Anti-artrite crônica-

isômero S eficienteR é tóxico

Page 42: ISOMERRIA GEOMÉTRICA E ÓPTICA

ISOMERIA ÓPTICA

Concluindo

Para conhecer o comportamento químico de uma substância, muitas vezes,

bastam suas fórmulas moleculares ou estruturais planas.

Page 43: ISOMERRIA GEOMÉTRICA E ÓPTICA

ISOMERIA ÓPTICA

Concluindo

Há, porém, moléculas especiais que originam isômeros. Esses podem

apresentar, além de comportamentos químicos diferentes, comportamentos

fisiológicos inesperados.

Page 44: ISOMERRIA GEOMÉTRICA E ÓPTICA

ISOMERIA ÓPTICA

Concluindo

É o caso, por exemplo, do medicamento “talidomida” usado para enjôos na

gravidez.

Page 45: ISOMERRIA GEOMÉTRICA E ÓPTICA

ISOMERIA ÓPTICA

Page 46: ISOMERRIA GEOMÉTRICA E ÓPTICA

ISOMERIA ÓPTICA

Page 48: ISOMERRIA GEOMÉTRICA E ÓPTICA

ISOMERIA ÓPTICA

Page 49: ISOMERRIA GEOMÉTRICA E ÓPTICA

ISOMERIA ÓPTICA

Porque não foram realizados testes suficientes em relação a um dos

isômeros, muitas crianças cujas as mães utilizaram-no nasceram sem

dedos das mãos ou pés.

Page 50: ISOMERRIA GEOMÉTRICA E ÓPTICA

ISOMERIA ÓPTICA

Hoje em dia são exigidos testes mais rigorosos antes de um medicamento

novo ser lançado no mercado.

Page 51: ISOMERRIA GEOMÉTRICA E ÓPTICA

l + d

Page 52: ISOMERRIA GEOMÉTRICA E ÓPTICA

COMPOSTO MESO

Page 53: ISOMERRIA GEOMÉTRICA E ÓPTICA

Antípodas ópticos ou enantimorfos

Dois isomeros opticamente ativos d e l que apresentam o mesmo angulo de desvio, só que em sentidos opostos e sao imagens especulares um do outro.

d= + 400 e l = - 400

Page 54: ISOMERRIA GEOMÉTRICA E ÓPTICA

Diastereoisômero ou diastereômeros

São isômeros ópticos que desviam a luz polarizada em ângulos diferentes e não são imagens especulares um do outro. Os pares abaixo são considerados diastereoisômeros:

d = +400 e d = +200l = -400 e l = -200

d= + 400 e l = -200d = +200 e l = -400

Page 55: ISOMERRIA GEOMÉTRICA E ÓPTICA
Page 56: ISOMERRIA GEOMÉTRICA E ÓPTICA

O Isômero destrógiro do LSD causa alucinações enquanto que o isômero levógiro não produz nenhum efeito.

Page 57: ISOMERRIA GEOMÉTRICA E ÓPTICA

Medicamento usado no final da década de 1950 prescrito

como tranquilizante para gestantes.

Page 58: ISOMERRIA GEOMÉTRICA E ÓPTICA
Page 59: ISOMERRIA GEOMÉTRICA E ÓPTICA

l- dopa= remédio usado para tratar Mal de Parkinson

Page 60: ISOMERRIA GEOMÉTRICA E ÓPTICA

2n = ISÔMEROS ATIVOS2n-1 = ISÔMEROS

INATIVOS

CÁLCULO DOS ISÔMEROS ÓPTICOS

2n-1 = 21-1 = 20 = 1 isomeroinativo(mistura racêmica)