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NORMA ISO INTERNACIONAL 17292 1ª Edição 08/04/2001

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NORMA ISO

INTERNACIONAL 17292

1ª Edição08/04/2001

Válvulas esfera, de metal, para indústrias de

petróleo, petroquímicas e correlatas

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EN ISO 17292:2004

Índice

I tem Tí tu lo Página

1 Escopo 3

2 Referências normativas 3

3 Termos e definições 5

4 Classes de pressão/temperatura 5

4.1 Classe da válvula 5

4.2 Classe da carcaça 5

4.3 Classe do assento e da vedação 5

5 Projeto 6

5.1 Passagem do fluxo 6

5.2 Corpo 6

6 Materiais 14

6.1 Carcaça 14

6.2 Reparo do material da carcaça 14

6.3 Internos 14

6.4 Placa de identificação 14

6.5 Parafusos e porcas 14

6.6 Vedações 15

6.7 Bujões roscados 15

6.8 Serviço a baixa temperatura 15

7 Marcação 15

7.1 Legibilidade 15

7.2 Marcação do corpo 15

7.3 Marcação da junta de anel 15

7.4 Placa de identificação 15

7.5 Marcação especial para válvulas unidirecionais 16

8 Inspeção e testes 16

8.1 Testes de pressão 16

8.2 Inspeção 17

8.3 Exames 18

8.4 Exames complementares 18

9 Preparação para embarque 18

Anexo A Informações a serem especificadas pelo comprador 19

Anexo B Identificação dos componentes de válvulas 20

Bibliografia 22

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Válvulas esfera, de metal, para as indústrias químicas, petroquímicas e correlatas

1 Escopo

Esta norma internacional estabelece os requisitos para uma série de válvulas tipo esfera, de metal, adequadas para as indústrias de petróleo e petroquímicas, plantas de gás natural, e aplicações correlatas.

Ela abrange válvulas dos tamanhos nominais DN

- 8; 10; 15; 20; 25; 32; 40; 50; 65; 80; 100; 150; 200; 250; 300; 350; 400; 450; 500

correspondentes aos tamanhos nominais de tubos NPS

- ¼; ⅜; ½; ¾; 1; 1¼; 1½; 2; 2½; 3; 4; 6; 8; 10; 12; 14; 16; 18; 20;

e se aplica às designações de pressão

- Classe 150; 300; 600; 800 (a Classe 800 somente se aplica a válvulas com passagem reduzida e com extremidades roscadas e de encaixe para solda);

- PN 16; 25; 40.

Esta norma inclui disposições para testes e inspeção para características de válvulas como segue:

- extremidades flangeadas e para solda de topo, nos tamanhos 15 ≤ DN ≤ 500 (½ ≤ NPS ≤ 20);

- extremidades com encaixe para solda e roscadas, nos tamanhos 8 ≤ DN ≤ 50 (¼ ≤ NPS ≤ 2);

- aberturas no assento do corpo designadas como passagem plena, passagem reduzida e passagem reduzida dupla;

- materiais.

2 Referências normativas

Os seguintes documentos de referência são indispensáveis à aplicação deste documento. Para referências datadas, aplica-se apenas a edição citada. Para referências não datadas, aplica-se a última edição do documento de referência (incluindo quaisquer alterações).

ISO 7.1, Pipe threads where pressure-tight joints are made on the threads – Part 1: Dimensions, tolerances and designation

ISO 7-2, Pipe threads where pressure-tight joints are made on the threads – Part 2: Verification by means of limit gauges

ISO 261, ISO general purpose metric screw threads – General plan

ISO 965-2, ISO general purpose metric screw threads – Tolerances – Part 2: Limits of sizes for general purpose external and internal screw threads – Medium quality

ISO 4032, Hexagon nuts, style 1 – Product grades A and B

ISO 4033, Hexagon nuts, style 2 – Product grades A and B

ISO 4034, Hexagon nuts – Product grade C

ISO 5208, Industrial valves – Pressure testing of valves

ISO 5209, General purpose industrial valves – Marking

ISO 5752, Metal valves for use in flanged pipe systems – Face-to-face and centre-to-face dimensions

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ISO 6708:1995, Pipework components – Definition and selection of DN (nominal size)

ISO 9606-1, Approval testing of welders – Fusion welding – Part 1: Steels

ISO 10497, Testing of valves – Fire type-testing requirements

ISO 15607, Specification and qualification of welding procedures for metallic materials – General rules

ISO 15609-1, Specification and qualification of welding procedures for metallic materials – Welding procedure specification – Part 1: Arc welding 1)

ISO 15610, Specification and qualification of welding procedures for metallic materials – Qualification based on tested welding consumables

ISO 15614-1, Specification and qualification of welding procedures for metallic materials – Welding procedure test – Part 1: Arc and gas welding of steels and arc welding of nickel and nickel alloys

ISO 15614-2, Specification and qualification of welding procedures for metallic materials – Welding procedure test – Part 2: Arc welding of aluminium and its alloys 2)

EN 1092-1, Flanges and their joints – Circular flanges for pipes, valves, fittings and accessories, PN-designated – Part 1: Steel flanges

EN 1333, Pipework components – Definition and selection of PN

EN 10269, Steels and nickel alloys for fasteners with specified elevated and/or low temperature properties

EN 12982, Industrial valves – End-to-end and centre-to-end dimensions for butt welding end valves

ASME B1.1, Unified inch screw threads, UN and UNR thread form

ASME B1.20.1, Pipe threads, general purpose, inch

ASME B16.5, Pipe flanges and flanged fittings

ASME B16.10, Face to face and end to end dimensions of valves

ASME B16.20, Metallic gaskets for pipe flanges: Ring joint spiral wound and jacketed

ASME B6.34:1996, Valves flanged threaded and welding end

ASME B18.2.2, Square and hex nuts

ASME BPVC-IX, BPVC Section IX – Welding and brazing qualification

ASTM A 193, Standard specification for alloy-steel and stainless steel bolting materials for high temperature service

ASTM A 194, Standard specification for carbon and alloy steel nuts for bolts for high pressure and high temperature service, or both

ASTM A 307, Standard specification for carbon steel bolts and studs, 60 000 psi tensile strength

MSS-SP-55, Quality standard for steel castings for valves, flanges and fittings and other piping components – Visual method____________________

1) A ser publicada. (Substitui a ISO 9956-2:1995)

2) A ser publicada. (Substitui a ISO 9956-4:1995)

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3 Termos e definições

Para os fins deste documento, aplicam-se as definições para designação de pressão, Classe e tamanho nominal da válvula NPS apresentados na ASME B16.34, a definição de designação de pressão PN dada na EN 1333, e os seguintes termos e definições:

3.1DNdesignação alfanumérica de tamanho para componentes de um sistema de tubulação, que é usado para fins de refe-rência, compreendendo as letras DN seguidas de um número inteiro sem dimensões que é indiretamente relaciona-do ao tamanho físico, em milímetros, do orifício ou diâmetro interno das conexões de extremidades.

[ISO 6708:1995, definição 2.1]

3.2construção anti-estáticaconstrução que proporciona continuidade elétrica entre o corpo, a esfera e a haste da válvula.

4 Classes de pressão/temperatura

4.1 Classe da válvula

A classe de pressão/temperatura de serviço aplicável às válvulas especificadas nesta norma internacional será a menor da classe do corpo (vide 4.2) ou a classe do assento (vide 4.3).

4.2 Classe da carcaça

4.2.1 As classes de pressão/temperatura aplicáveis à carcaça da válvula sujeits a pressão [os elementos limítrofes da pressão – ex.: corpo, tampão do corpo, tampão do munhão, tampa, insertos (inserts) do corpo] serão de acordo com aquelas especificadas nas tabelas de pressão/temperatura da ASME B16.34, Standard Class for Class-Designated Valves, ou na EN 1092-1 para válvulas designadas por PN.

4.2.2 A temperatura para uma respectiva classe de pressão da carcaça é a temperatura máxima permitida para a carcaça da válvula sujeita a pressão. Em geral, esta temperatura máxima é aquela do fluído contido. O uso de uma classe de pressão correspondendo a uma temperatura diferente daquela do fluído contido, é da responsabilidade do usuário. Para temperaturas inferiores à temperatura mais baixa listada nas tabelas de pressão/temperatura (vide 4.2.1), a pressão de serviço não deverá ser superior à pressão para a temperatura mais baixa indicada. Deve-se levar em consideração a perda de ductilidade e de resistência ao impacto de muitos materiais à baixa temperatura.

4.3 Classe do assento e da vedação

4.3.1 Elementos não-metálicos, i.e. assentos, vedações, ou vedações de hastes, poderão impor restrições à classe de pressão/temperatura aplicada. Quaisquer dessas restrições deverão ser indicadas na placa de identificação da válvula em conformidade com 7.4.

4.3.2 A construção deverá ser de tal forma que, quando forem usados politetrafluoretileno (PTFE) ou PTFE refor-çado nos assentos, a classe mínima de pressão/temperatura da válvula será a especificada na Tabela 1.

4.3.3 As classes do assento para outros materiais do assento deverão ser conforme padrão do fabricante; todavia, a classe de pressão/temperatura de serviço atribuída à válvula não poderá exceder àquela da carcaça da válvula.

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Tabela 1 – Classes mínimas de pressão/temperatura do assento

Pressão em bar (1 bar = 0,1 MPa = 105 Pa; 1 MPa = 1 N/mm²)

Tempera-tura b

°C

Assentos de PTFE a Assentos de PTFE reforçado a

Esfera flutuante Munhão Esfera flutuante Munhão

DN ≤ 5050 < DN

≤ 100DN > 100 DN > 50 DN ≤ 50

50 < DN≤ 100

DN > 100 DN > 50

NPS ≤ 22 < NPS

≤ 4NPS > 4 NPS > 2 NPS ≤ 2

2 < NPS ≤ 4

NPS > 4 NPS > 2

- 29 a 38 69,0 51,0 19,7 51,0 75,9 51,0 19,7 51,0

50 63,6 47,1 18,2 47,1 70,4 47,8 18,4 47,8

75 53,3 39,2 15,2 39,2 59,9 40,4 15,6 40,4

100 43,0 31,3 12,1 31,3 49,4 33,1 12,8 33,1

125 32,7 23,3 9,1 23,3 38,9 25,8 10,0 25,8

150 22,4 15,4 6,1 15,4 28,3 18,4 7,2 18,4

175 12,1 7,5 3,0 7,5 17,8 11,1 4,4 11,1

200 - - - - 7,3 3,7 1,6 3,7

205 - - - - 5,2 2,3 1,0 2,3

Para uma determinada designação de PN ou classe, as faixas de pressão/temperatura prescritas das válvulas não deverão exceder às classes da carcaça (vide 4.2).

a Assentos de politetrafluoretileno.b Consulte o fabricante quanto à classe de temperatura de projeto máxima para os assentos de válvulas.

5 Projeto

5.1 Passagem do fluxo

A passagem do fluxo inclui a abertura circular do assento na esfera e os percursos do corpo que levam até ela. Os percursos do corpo são os elementos interponentes que ligam a abertura do assento à conexão da extremidade, i.e. até a extremidade roscada, até a extremidade para solda ou encaixe, ou até o flange da extremidade. Coletiva-mente, a passagem do fluxo através da esfera e percursos do corpo é denominada passagem de fluxo. O orifício (bore) é categorizado nesta norma como orifício integral, orifício reduzido e orifício reduzido duplo. O orifício mínimo para cada categoria será tal que um cilindro hipotético, tendo um diâmetro em conformidade com a Tabela 2, poderá atravessá-lo.

5.2 Corpo

5.2.1 Espessura da parede do corpo

5.2.1.1 A espessura mínima da parede do corpo da válvula, tm, será conforme especificado na Tabela 3, exceto que para válvulas com extremidade para solda de topo, as extremidades soldáveis para conexão ao tubo serão de acordo com a Figura 1.

5.2.1.2 Os requisitos de espessura mínima são aplicáveis a e medidos a partir das superfícies molhadas interna-mente, i.e. até o ponto onde as vedações do corpo são efetivas.

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Tabela 2 – Diâmetro do cilindro para categorização do tamanho do orifício

DN

Diâmetro mínimo do orifício - mm

NPSOrifício integral Orifício reduzido Orifício reduzido duplo

PN 10, 16, 25 e 40 - PN: Todos PN: Todos

Classes 150 e 300 Classe 600 Classe: Todas Classe: Todas

8 6 6 6 N/A ¼

10 9 9 6 N/A ⅜

15 11 11 8 N/A ½

20 17 17 11 N/A ¾

25 23 24 17 14 1

32 30 30 23 18 1¼

40 37 37 27 23 1½

50 49 49 36 30 2

65 62 62 49 41 2½

80 74 75 55 49 3

100 98 98 74 62 4

150 148 148 98 74 6

200 198 194 144 100 8

250 245 241 186 151 10

300 295 291 227 202 12

350 325 318 266 230 14

400 375 365 305 250 16

450 430 421 335 305 18

500 475 453 375 335 20

NOTA 1: N/A significa que as válvulas com esta configuração não estão dentro do escopo desta norma.

NOTA 2: Para a Classe 800, somente as válvulas com orifício reduzido estão dentro do escopo desta norma.

5.2.1.3 Áreas locais com menos do que a espessura mínima de parede são aceitáveis, desde que todas as seguintes condições sejam satisfeitas:

- a área da espessura abaixo do mínimo poderá ser encerrada por um círculo cujo diâmetro não seja superior a 0,35√dtm; onde d é o diâmetro mínimo do orifício indicado na Tabela 2, e tm é a espessura mínima de parede indicada na Tabela 3;

- a espessura medida não seja inferior a 0,75 tm;- os círculos encerrados sejam separados um do outro por uma distância margem-a-margem não inferior a 0,35√dtm.

5.2.1.4 O fabricante, levando em conta fatores tais como parafusamento de componentes ou cargas de rosquea-mento, rigidez necessária para alinhamento de componentes, outros detalhes do desenho da válvula e as condições de operação especificadas, é responsável por determinar se uma espessura maior de parede é requerida.

5.2.2 Extremidades flangeadas

5.2.2.1 Os flanges das extremidades do corpo deverão atender aos requisitos da ASME B16.5 para válvulas designadas por Classe, e EN 1092-1 para válvulas designadas por PN. Serão previstos flanges de extremidade de face com ressalto, salvo especificado em contrário pelo comprador.

5.2.2.2 As dimensões face-a-face para válvulas com extremidades flangeadas deverão estar em conformidade com a ASME B16.10 para válvulas designadas por Classe, ou ISO 5752 – Séries Básicas 1, 14 e 27, para válvulas designadas por PN, com uma tolerância adequada: para DN ≤ 250, de ± 2 mm; e para DN ≥ 300, de ± 4 mm.

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5.2.2.3 Os flanges de extremidade do corpo ou da tampa do corpo deverão ser fundidos ou forjados integrais com o corpo ou tampa, ou flanges fundidos ou forjados soldados a topo com penetração total. O comprador que desejar uma construção de flange integral, deverá especificar essa característica. Quando um flange for soldado, é necessário que o operador de solda e o procedimento de soldagem sejam qualificados em conformidade com as regras da ASME-BPVC, Seção IX, ou com as regras da ISO 9606-1 e ISO 15607, ISO 15609-1, ISO 15614-1, ISO 15614-2 e ISO 15610. Anéis de alinhamento, sejam integrais ou soltos, usados para auxiliar a soldagem, deverão ser completamente removidos em seguida à soldagem, devendo-se ter cuidado para que a espessura mínima de parede seja mantida. O tratamento térmico subseqüente à soldagem, com a finalidade de assegurar que os materiais do corpo da válvula e do flange sejam adequados à faixa completa das condições de serviço, será executado conforme requerido pela especificação do material.

5.2.2.4 O acabamento da face do flange de extremidade será em conformidade com ASME B16.5 para válvulas designadas por Classe, ou EN 1092-1 para válvulas designadas por PN, salvo especificado em contrário pelo comprador.

5.2.3 Extremidades para solda de topo

5.2.3.1 As extremidades para solda de topo serão de acordo com a Figura 1 e Tabela 4, salvo especificado em contrário pelo comprador.

5.2.3.2 As dimensões de extremidade-a-extremidade para válvulas designadas por Classe serão conforme ASME B16.10, seja para padrão longo ou curto, ou EN 12982 para válvulas designadas por PN.

Tabela 3 – Espessuras de parede dos corpos de válvulas

PN 16 25 e 40 - - PN

Classe 150 300 600 800 a Classe

DN

Espessura mínima da parede do corpo da válvula, tm - mm

NPSTipo de passagem da válvula

Plena ReduzidaReduzida

duplaPlena Reduzida

Reduzida dupla

Plena ReduzidaReduzida

duplaReduzida

8 2,7 2,7 N/A 2,9 2,9 N/A 3,1 3,1 N/A 3,3 ¼

10 2,9 2,9 N/A 3,0 2,9 N/A 3,4 3,3 N/A 3,6 ⅜

15 3,1 3,1 N/A 3,2 3,2 N/A 3,6 3,6 N/A 3,9 ½

20 3,4 3,4 N/A 3,7 3,7 N/A 4,1 4,1 N/A 5,2 ¾

25 3,9 3,8 3,8 4,1 4,1 4,1 4,7 4,6 4,6 6,0 1

32 4,3 4,2 4,2 4,7 4,6 4,6 5,1 5,0 5,0 6,4 1¼

40 4,7 4,5 4,5 5,2 5,0 5,0 5,5 5,4 5,4 5,8 1½

50 5,5 5,3 5,3 6,2 5,9 5,9 6,3 6,0 6,0 7,0 2

65 5,7 5,6 5,6 6,7 6,5 6,5 6,7 6,4 6,4 N/A 2½

80 6 5,9 5,9 7,1 6,9 6,9 7,6 7,2 7,2 N/A 3

100 6,3 6,3 6,3 7,6 7,6 7,6 9,2 8,7 8,7 N/A 4

150 7,1 6,9 6,9 9,3 8,9 8,9 12,6 11,8 11,8 N/A 6

200 7,9 7,7 7,7 10,9 10,4 10,4 15,7 14,7 14,7 N/A 8

250 8,7 8,4 8,4 12,5 12,0 12,0 18,9 17,6 17,6 N/A 10

300 9,5 9,2 9,2 14,2 13,5 13,5 22,3 20,7 20,7 N/A 12

350 10 9,6 9,6 15,2 14,4 14,4 24,1 22,5 22,5 N/A 14

400 10,8 10,4 10,4 16,8 16 16 27,3 25,4 25,4 N/A 16

450 11,7 11,1 11,1 18,7 17,3 17,3 31,1 28,9 28,9 N/A 18

500 12,4 11,9 11,9 20,2 18,8 18,8 33,2 30,8 30,8 N/A 20

NOTA: N/A significa que as válvulas com esta configuração não estão dentro do escopo desta norma.

a Para a Classe 800, somente as válvulas com passagem reduzida estão dentro do escopo desta norma.

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5.2.4 Extremidades para solda de encaixe

5.2.4.1 O eixo do orifício do encaixe deverá coincidir com o eixo de entrada da extremidade. As faces da extremidade do encaixe serão perpendiculares ao eixo do orifício do encaixe. O diâmetro do orifício do encaixe e sua profundidade serão conforme especificado na Tabela 5.

5.2.4.2 A espessura mínima da parede do encaixe estendendo-se sobre a profundidade total do encaixe será conforme especificado na Tabela 6.

5.2.4.3 As dimensões de ponta a ponta para válvulas com extremidade para solda de encaixe serão estabelecidas pelo fabricante.

a) Extremidade de solda para conexão a tubo b) Extremidade de solda para conexão a tubocom espessura de parede T ≤ 22 mm com espessura de parede T > 22 mm

A diâmetro nominal externo da extremidade de soldaB diâmetro nominal interno do tuboC espessura nominal de parede do tubo

As superfícies interna e externa das extremidades de solda da válvula têm acabamento usinado em toda a volta. O contorno dentro do envelope fica a critério do fabricante, salvo especificado em contrário no pedido.

As interseções deverão ser ligeiramente arredondadas.

As válvulas com espessura mínima de parede igual a 3 mm ou abaixo poderão ter suas pontas cortadas de plano ou ligeiramente chanfradas.

NOTA 1 Para diâmetros nominais internos e espessura de parede de tubos de aço comerciais, vide ISO 4200 ou ASME B36.10.NOTA 2 As dimensões e tolerâncias lineares mostradas estão em milímetros.

Figura 1 – Extremidades para solda

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Tabela 4 – Extremidades para solda

DN 15 20 25 32 40 50 54 80 100 150 200 250 300 350 400 450 500

NPS ½ ¾ 1 1¼ 1½ 2 2½ 3 4 6 8 10 12 14 16 18 20

Amm

Ø 22 28 35 44 50 62 78 91 117 172 223 278 329 362 413 464 516

tol.+2,5-1,0

+4,0-1,0

Bmm

tol.+1,0-1,0

+2,0-2,0

+3,0-2,0

Tabela 5 – Diâmetro e profundidade do encaixe

DNDiâmetro a Profundidade b

NPSmm

8 14,1 9,5 ¼

10 17,5 9,5 ⅜

15 21,7 10 ½

20 27,0 13 ¾

25 33,8 13 1

32 42,5 13 1¼

40 48,6 13 1½

50 61,1 16 2

a A tolerância diametral aplicável é + 0,5 mm / 0.b A dimensão da profundidade é um valor mínimo

Tabela 6 – Espessura de parede da extremidade roscada e de encaixe

PN 16, 25 e 40 - - PN

Classe 150 e 300 600 800 Classe

DNEspessura mínima de parede

mmNPS

8 3,0 3,3 3,3 ¼

10 3,0 3,6 3,6 ⅜

15 3,3 4,1 4,1 ½

20 3,6 4,3 4,3 ¾

25 3,8 5,1 5,1 1

32 3,8 5,3 5,3 1¼

40 4,1 5,6 5,8 1½

50 4,6 6,1 6,9 2

5.2.5 Extremidades roscadas

5.2.5.1 O eixo da rosca da extremidade deverá coincidir com o eixo de entrada da extremidade. A espessura mínima de parede na ponta roscada será conforme especificado na Tabela 6. Um chanfro de entrada de aproxima-damente 45°, com uma profundidade aproximada de metade do passo da rosca, será aplicado em cada ponta roscada.

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5.2.5.2 As roscas da extremidade para válvulas designadas por PN serão do tipo cônico atendendo aos requisi-tos da ISO 7-1 ou, para válvulas designadas por Classe, serão do tipo cônico atendendo aos requisitos da ASME B1.20.1. As roscas de tubos serão calibradas em conformidade com a ISO 7-2 ou ASME B.1.20.1, onde aplicável.

5.2.5.3 As dimensões entre as extremidades para válvulas com pontas roscadas serão estabelecidas pelo fabricante.

5.2.6 Aberturas do corpo

Válvulas montadas em munhão que empreguem assentos de vedação a montante serão dotadas de um bujão de teste de DN 15 (NPS ½) possuindo roscas de acordo com 5.2.5.2, a fim de completar o teste de estanqueidade do fechamento. Outras aberturas roscadas, para quaisquer fins, são permitidas somente quando especificadas pelo comprador.

5.2.7 Construção anti-estática

As válvulas deverão incorporar um recurso anti-estático que garanta continuidade elétrica entre a haste e o corpo de válvulas com DN ≤ 50, e entre a esfera, haste e corpo de válvulas maiores. O dispositivo anti-estático terá continuidade elétrica ao longo do curso de descarga com uma resistência não superior a 10 Ω através de uma fonte de energia não superior a 12 V d.c., quando testado em uma válvula “as-built” nova e seca após o ensaio de pressão e ciclagem da válvula por no mínimo cinco vezes.

5.2.8 Haste anti-ejeção

A construção da válvula deverá ser tal que o dispositivo retentor da vedação da haste não seja o único meio utilizado para reter a haste. O projeto deverá assegurar que, enquanto sob pressão, a haste não seja ejetada da válvula pela desmontagem de partes externas da válvula, por ex., sobreposta e parafusos do flange da sobreposta. Vide Anexo B.

5.2.9 Construção esfera-haste

5.2.9.1 O desenho da válvula deverá ser tal que na ocorrência de uma falha, seja na conexão haste-esfera ou em qualquer parte da haste dentro da zona de pressão, nenhum segmento da haste seja ejetado quando a válvula estiver sob pressão.

5.2.9.2 Tanto a conexão haste-esfera como toda aquela parte da haste dentro da zona de pressão, serão proje-tadas para exceder a resistência à torção da haste externa ao engaxetamento em pelo menos 10%.

5.2.9.3 A haste e a conexão entre a haste e a esfera serão construídas para prevenir deformação permanente ou falha de qualquer componente quando uma força aplicada à alavanca de operação direta ou aos meios operacionais de um acionador por engrenagens manual, o que for fornecido com a válvula, transmita um torque à haste da válvula igual ao maior de

a) 20 N-m, ou

b) duas vezes o torque recomendado pelo fabricante.

5.2.9.4 O torque recomendado pelo fabricante será baseado em ar limpo e seco ou nitrogênio a uma pressão diferencial igual ao limite de pressão de serviço diferencial máximo da válvula.

5.2.10 Construção da esfera

A esfera terá um orifício cilíndrico e será de construção sólida, em uma peça ou em duas peças. Outras constru-ções, tais como cavidade feita com macho, cavidade selada, ou esfera oca, poderão ser fornecidas se devidamente acordadas com o comprador.

5.2.10 Modos de operação

5.2.11.1 As válvulas que sejam operadas apenas manualmente, i.e. sem uma engrenagem acoplada ou dispositi-vo de auxílio mecânico, serão dotadas de manípulas tipo alavanca, exceto onde especificado em contrário pelo comprador.

5.2.11.2 Operadores de engrenagem, quando especificados ou exigidos para atender aos requisitos de esforço de operação indicados em 5.2.11.3, deverão ser providos de volantes para acionamento.

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5.2.11.3 Salvo especificado em contrário pelo comprador, o comprimento da alavanca ou o diâmetro do volante de engrenagem manual será dimensionado de forma a que a força de impulso aplicada para abrir ou fechar a válvula não exceda 360 N ao valor de torque especificado em 5.2.9.3.

5.2.11.4 As válvulas operadas por alavanca serão providas de paradas de posição tanto nas posições totalmente abertas como nas totalmente fechadas.

5.2.11.5 As válvulas serão construídas para fechar quando a alavanca ou volante forem girados no sentido horário.

5.2.11.6 Os volantes de operadores manuais de engrenagem serão marcados para indicar tanto a direção de abertura como a de fechamento.

5.2.11.7 As manípulas tipo alavanca serão montadas com a manípula paralela à passagem da esfera. Se o comprador especificar volantes de operação direta redondos ou ovais, deverá ser previsto um meio permanente de indicar as posições aberta e fechada.

5.2.11.8 A construção em alavanca ou volante de engrenagem manual deverá ser tal que os meios de indicação da alavanca ou caixa de engrenagens não sejam montados em outra configuração que não seja a correta para indicar as posições aberta e fechada.

5.2.11.9 Uma indicação de posição da passagem do fluxo através da esfera deverá ser integral com a haste da válvula. Esta indicação poderá ser por meio de uma marcação permanente na haste ou por uma formatação da haste.

5.2.11.10 Alavancas, volantes e outros mecanismos de operação serão montados à válvula de forma tal que possam ser removidos e substituídos sem afetar a integridade da haste, ou da vedação do corpo, ou da retenção da haste.

5.2.12 Sobrepostas

5.2.12.1 As sobrepostas de engaxetamento ajustáveis serão acessíveis para aperto das vedações da haste sem desmontagem tanto da válvula como dos componentes do operador.

5.2.12.2 Sobrepostas de engaxetamento que sejam roscadas em corpos ou tampas (vide Anexo B) não deverão ser usadas.

5.2.12.3 Sobrepostas bipartidas verticalmente não deverão ser usadas.

5.2.12.4 Paradas de posição integrais com a sobreposta, flange da sobreposta ou parafusamento da sobreposta, não deverão ser usadas.

5.2.13 Interrupções no faceamento do flange da extremidade

5.2.13.1 Afastamentos radiais em forma de anel, localizados no que seria a área da face de assentamento de uma gaxeta espiralada centrada estilo ASME B16.20 na área de faceamento dos flanges das extremidades, não deverão exceder 1,5 mm. Este afastamento é mostrado como dimensão b na Figura 2. Um exemplo da ocorrência deste tipo de afastamento é um que possa existir entre a periferia externa de um inserto do corpo e o orifício interno do flange da extremidade do corpo da válvula. Isto é ilustrado na Figura 2.

5.2.13.2 Para válvulas esfera construídas com um inserto no corpo (vide Anexo B), com um diâmetro externo da face de assentamento da gaxeta locado dentro da área de assentamento de uma gaxeta espiralada centrada estilo ASME B16.20, a face do flange do inserto do corpo não deverá ficar saliente além da face do flange de extremidade do corpo da válvula. A face do flange do inserto do corpo não deverá ficar rebaixada abaixo da face do flange de extremidade do corpo por mais de 0,25 mm. O rebaixo é mostrado como dimensão a na Figura 2.

5.2.13.3 As roscas para os insertos do corpo deverão ter uma tal área de cisalhamento da rosca que a tensão de cisalhamento resultante da rosca seja ≤ 70 MPa a uma pressão interna igual ao limite de pressão a 38°C.

5.2.14 Juntas da carcaça

5.2.14.1 As juntas da carcaça são caracterizadas como juntas parafusadas corpo-a-tampa, juntas roscadas corpo-a-tampa, juntas parafusadas da tampa e juntas roscadas da tampa. Juntas corpo-a-tampa são aquelas que podem estar sujeitas a cargas mecânicas da tubulação; juntas da tampa, aquelas que não são. Vide Anexo B quanto a nomenclatura dos componentes.

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5.2.14.2 A montagem das juntas da carcaça será realizada por prisioneiros, ou por pinos com rosca contínua com porcas, ou por parafusos cilíndricos com sextavado interno (cap screws). As porcas serão hexagonais semi-acabadas em conformidade com ASME B18.2.2, ISO 4032, ISO 4033 ou ISO 4034. Os parafusos conforme ASME de 25 mm e abaixo terão roscas brutas (UNC). Os parafusos conforme ASME com diâmetro superior a 25 mm terão rosca série 8 (8UN). As roscas de parafusos especificadas na norma ASME serão Classe A, e as roscas das porcas serão Classe B, em conformidade com ASME B1.1. Os parafusos métricos especificados M30 e abaixo terão roscas brutas. Os parafusos métricos especificados maiores do que M30 terão roscas finas com passo de 3 mm. As roscas especificadas no sistema métrico deverão estar em conformidade com ISO 261 e ISO 965-2 classe de tolerância 6g.

Figura 2 – Limites de interrupção da face do flange

5.2.14.3 As superfícies de assentamento da porca e cabeça do parafuso em juntas da carcaça montadas por parafusamento deverão estar perpendiculares à linha de centro do furo roscado ou furo livre para o elemento de fixação, com uma tolerância de ± 1°.

5.2.14.4 Uma junta de tampa corpo-corpo parafusada deverá ser fixada por um mínimo de quatro parafusos. A dimensão máxima dos parafusos deverá ser como segue:

- M10 ou 3/8 para dimensões de 25 ≤ DN ≤ 65;- M12 ou ½ para dimensões de 80 ≤ DN ≤ 200;- M16 ou 5/8 para dimensões de 250 ≤ DN.

5.2.14.5 Na montagem, as superfícies de contato da gaxeta deverão estar isentas de óleos pesados, graxa e compostos selantes. Uma fina camada de um lubrificante, não mais pesado que querosene, poderá ser aplicada se necessário para auxiliar na montagem adequada da gaxeta.

5.2.14.6 Cada junta parafusada ou roscada da carcaça incluída no desenho da válvula, deverá atender a um dos seguintes requisitos mínimos de área de parafusamento, que são as exigências mínimas desta norma internacional e, como tal, não isentam o fabricante da válvula da responsabilidade de fornecer parafusos na base de projetos adicionais para construções específicas de válvulas.

- Corpo parafusado à tampa: Pc (Ag/Ab) ≤ 50,76 Sb ≤ 7.000

- Corpo roscado à tampa: Pc (Ag/As) ≤ 3.300

- Tampa parafusada: Pc (Ag/Ab) ≤ 65,26 Sb ≤ 9.000

- Tampa roscada: Pc (Ag/As) ≤ 4.200

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1 inserto do corpo2 flange de extremidade do corpo da válvula

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onde:

Sb é a tensão admissível do parafuso a 38°C, expressa em MPa: quando seu valor for > 138 MPa, usar 138 MPa;

Pc é o número para válvulas designadas por Classe (ex.: 600), ou o número para válvulas designadas por PN (ex.: 40), multiplicado por 6;

Ag é a área delimitada pela periferia externa efetiva da gaxeta, expressa em mm²;

Ab é a área efetiva total da tensão interna resistente à tração, expressa em mm²;

As é a área efetiva total da tensão de cisalhamento da rosca, expressa em mm².

5.2.15 Parafusamento da sobreposta do engaxetamento

5.2.15.1 Quando uma sobreposta de engaxetamento for incluída, o parafusamento da mesma deverá atravessar os furos da sobreposta. Fendas abertas para parafusamento não são permitidas no flange da tampa, tampa ou sobreposta.

5.2.15.2 Os parafusos da sobreposta do engaxetamento serão dimensionados de forma a que a tensão de tração do parafuso não exceda ¼ do limite de resistência à tração do material de parafusamento para uma tensão de compressão do engaxetamento de 38 MPa.

6 Materiais

6.1 Carcaça

A carcaça, que compreende, onde aplicável, o corpo, inserto do corpo, capa do corpo, capa da tampa e munhão, será de um material especificado na ASME B16.34 para válvulas designadas por Classe, ou na EN 1092-1 para válvulas designadas por PN. Estas partes da carcaça estão identificadas no Anexo B.

6.2 Reparo do material da carcaça

Os defeitos dos materiais da carcaça pressurizada de válvulas fundidas ou forjadas, que sejam revelados durante as operações de fabricação ou testes, poderão ser reparados conforme permitido pela especificação de material mais próxima aplicável para forjados e fundidos.

6.3 Internos

As partes metálicas internas da válvula, tais como a esfera, haste, assentos ou retentores do assento, deverão ter propriedades de resistência à corrosão equivalentes àquelas da carcaça, ou superiores. O comprador poderá especificar materiais que possuam propriedades anti-corrosivas superiores ou resistência maior para estas partes. 6.4 Placa de identificação

O material usado para a placa de identificação será um aço inoxidável austenítico ou uma liga de níquel. A placa de identificação será instalada na válvula por elementos de fixação resistentes à corrosão, ou por soldagem.

6.5 Parafusos e porcas

6.5.1 Salvo especificado em contrário pelo comprador, os parafusos para montagem de componentes retentores de pressão da carcaça serão em conformidade com ASME A193-B7 ou EN 10269, grau de material n° 1.7225, 42CrMo4, e as porcas conforme ASTM A194-2H ou EN 10269, grau de material n° 1.1191, C45E. Para temperaturas de serviço abaixo de –29°C, a ordem de compra deverá especificar o material dos parafusos e porcas.

6.5.2 Exceto onde especificado em contrário pelo comprador, o material de parafusamento da sobreposta do engaxetamento deverá ter propriedades mecânicas pelo menos iguais a ASTM A307 Grau B, ou EN 10269 Grau C35E (1.1181).

6.6 Vedações

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O material para as vedações da haste, vedações do corpo, vedações da tampa e gaxetas, deverá ser adequado para uso à temperatura máxima admissível e seu correspondente limite de pressão aplicado à válvula pelo fabricante. Partes metálicas usadas em vedações deverão possuir propriedades de resistência à corrosão equivalen-tes a, ou melhores do que aquelas do material da carcaça.

6.7 Bujões roscados

Os bujóes roscados usados para vedar aberturas roscadas deverão possuir propriedades anti-corrosivas equivalentes a, ou melhores do que aquelas da carcaça. Ferro maleável, ferro cinzento, ou qualquer outra forma de ferro fundido, não deverão ser usados para bujões.

6.8 Serviço a baixa temperatura

Para serviço a temperaturas de –29°C e abaixo, os materiais serão especificados pelo comprador.

7 Marcação

7.1 Legibilidade

Toda válvula fabricada em conformidade com esta norma internacional deverá ser claramente marcada de acordo com ISO 5209, exceto que os requisitos desta cláusula serão aplicáveis.

7.1 Marcação do corpo

7.2.1 As marcações obrigatórias para o corpo da válvula, sujeito ao disposto em 7.2.2, serão como segue:

- nome do fabricante ou marca comercial;- material do corpo- limite de pressão como PN seguido do número de pressão apropriado, ex.: PN 16, para válvulas designadas por

PN, ou número da Classe de pressão, por ex. 150, para válvulas designadas por Classe;- tamanho nominal, sendo ou o DN seguido do número de tamanho apropriado, por ex. DN 500, ou o número de

NPS, por ex. 20.

7.2.2 Para válvulas abaixo de DN 50, caso o tamanho ou formato do corpo da válvula impeça a inclusão de todas as marcações requeridas, uma ou mais poderão ser omitidas, desde que elas sejam mostradas na placa de identificação. A seqüência de omissões será como segue:

- tamanho nominal;- designação PN ou número de Classe;- material do corpo.

7.3 Marcação da junta de anel

Os flanges da extremidade do corpo requerem marcação somente quando os flanges das extremidades sejam ranhurados para uma junta do tipo anel. Quando assim ranhurado, o número da junta de anel (ex.: R25) será marcado no aro de ambos os flanges das extremidades. Para numeração das juntas de anel, vide ASME B16.5.

7.4 Placa de identificação

Cada válvula deverá ter uma placa de identificação com a seguinte marcação:

- o nome do fabricante- designação do limite de pressão, PN ou Classe;- número de identificação do fabricante;- pressão máxima a 38°C;- limite de temperatura e pressão associada, se aplicável;- limite de pressão diferencial e temperatura associada, se aplicável;- identificação dos internos, ex.: PTFE;- identificação da rosca do tubo, NPR ou Rc.

O número desta norma internacional poderá ser incluído, desde que todos os seus requisitos aplicáveis tenham sido cumpridos.

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7.5 Marcação especial para válvulas unidirecionais

As válvulas desenhadas ou modificadas para ter capacidade apenas unidirecional, i.e. capacidade de bloquear o fluxo em apenas uma direção, deverão possuir uma placa de identificação afixada ao corpo da válvula, para identificar o assento unidirecional. O assento unidirecional será mostrado na placa de identificação ilustrada na Figura 3.

Figura 3 – Símbolo da placa de identificação típica de válvulas unidirecionais

8 Inspeção e testes

8.1 Testes de pressão

8.1.1 Geral

Cada válvula deverá ser submetida a um teste de pressão da carcaça, e a um teste de fechamento do assento em conformidade com os requisitos da ISO 5208, exceto onde modificado na presente norma. Compostos selantes, graxas ou óleos deverão ser removidos das superfícies do assento, antes do teste de pressão. É permitido, todavia, que uma película de óleo não mais pesada do que querosene, seja aplicada para evitar descamação nas superfícies metal-metal.

8.1.2 Teste da carcaça

8.1.2.1 O teste da carcaça será realizado a uma pressão não inferior a 1,5 vezes a pressão correspondente à classe de pressão da válvula a 38°C. Se o desenho da válvula incluir um selo da haste ajustável, ele deverá ser regulado de forma a manter a pressão de teste da carcaça.

8.1.2.2 A duração do teste da carcaça – o período mínimo de tempo em que a pressão de teste da carcaça deve ser mantido – será em conformidade com a Tabela 7.

8.1.2.3 Enquanto durar o teste da carcaça, não deverão ser detectados vazamentos visíveis tanto pela parede da carcaça como por qualquer das vedações.

Tabela 7 – Duração do teste

Faixa dimensionalda válvula

Tempo de duração do testes

Teste da carcaça Teste do assento

DN 50

65 DN 150

200 DN 300

350 DN 500

15

60

120

300

15

60

120

120

8.1.3 Teste de estanqueidade do fechamento

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8.1.3.1 Para construções de válvula tendo assentos resilientes, o teste de estanqueidade do fechamento consistirá de um teste a gás com o gás a uma pressão entre 400 kPa (4 bar) e 700 kPa (7 bar). Para construções de esfera flutuante, o método de teste será um que a cavidade do corpo entre os assentos e a câmara da esfera do corpo é preenchida com o gás de teste a fim de assegurar que nenhum vazamento no assento possa escapar à detecção. Para válvulas montadas em munhão com construção da vedação a montante, o método de teste será um em que o vazamento é medido através do assento a montante. Para válvulas montadas em munhão com desenho da vedação a jusante, o método de teste será um em que o vazamento é medido através do assento a jusante.

8.1.3.2 Para construções de válvula tendo assentos de metal ou cerâmica, o teste de estanqueidade do fechamento será um teste com líquido, com o fluído de teste a uma pressão não inferior a 1,1 vezes a pressão nominal a 38°C (100°F). Para construções de esfera flutuante, o método de teste será um que a cavidade do corpo entre os assentos e a câmara da esfera do corpo é enchida com o líquido de teste a fim de assegurar que nenhum vazamento no assento possa escapar à detecção. Para válvulas montadas em munhão com construção da vedação a montante, o método de teste será um em que o vazamento é medido através do assento a montante. Para válvulas montadas em munhão com desenho da vedação a jusante, o método de teste será um em que o vazamento é medido através do assento a jusante.

8.1.3.3 O teste de fechamento aplicável de 8.1.3.1 e 8.1.3.2 será aplicado com um sentido do fluxo de cada vez para cada direção do assentamento.

8.1.3.4 A duração do teste de fechamento – o período mínimo de tempo em que a pressão de teste deverá ser mantida para o fim de se obter uma verificação de vazamento do fechamento – será em conformidade com a Tab. 7.8.1.3.5 Enquanto durar o teste a gás do fechamento, a taxa máxima de vazamento pelos assentos permitida será em conformidade com a Tabela 8.

Tabela 8 – Vazamento máximo admissível pelo assento

Faixa dimensional da válvula

Taxa de vazamento máxima admissível pelo assento

Teste a gás, assentos resilientes

Teste com líquido, assentos metálicos ou de cerâmica a

mm³/s gotas/s

DN 50

65 DN 150

200 DN 300

350 DN 500

0

0

0

0

6,3

12,5

20,8

29,2

0,1

0,2

0,4

0,5

a O fabricante poderá selecionar um ou outro método de quantificação do vazamento de líquido. É reconhecido que as conversões de unidades são inexatas.

8.1.3.6 A comprovação visual de vazamento através da esfera, atrás dos assentos ou após as vedações do eixo, não é permitida. Não deverá haver nenhum dano estrutural como resultado do teste de fechamento. A deformação plástica de assentos ou selos resilientes não é considerada como sendo dano estrutural.

8.1.3.7 Para os fins do teste do fechamento com gás, vazamento zero é definido como 3 mm³ (1 bolha) durante o período do teste.

NOTA É reconhecido que as unidades de conversão são inexatas.

8.2 Inspeção

8.2.1 Escopo da inspeção

A inspeção pelo comprador poderá ser especificada na ordem de compra. Se não for especificado em contrário, a inspeção será limitada ao seguinte:

- inspeção do conjunto da válvula para assegurar conformidade com as especificações da ordem de compra, que poderá incluir métodos não-destrutivos específicos de exame;

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- testemunho dos testes e exames de pressão requeridos;

- análise de relatórios de testes de usina e, se especificado, de registros de exames não-destrutivos e radiografias.

8.2.2 Inspeção de campo

8.2.2.1 Quando um comprador especificar que ele poderá testemunhar testes e exames nas instalações do fabricante da válvula, o inspetor do comprador deverá ter livre acesso àqueles setores da fábrica relacionados com a fabricação das válvulas enquanto os trabalhos referentes àquele pedido estiverem em andamento.

8.2.2.2 Quando um comprador especificar exames que incluam componentes da zona pressurizada da válvula, fabricados em locais outros que não as oficinas do fabricante da válvula, estas partes deverão ser disponibilizadas para inspeção no local onde elas estejam sendo fabricadas.

8.3 Exames

8.3.1 Para cada válvula, os itens listados no Anexo A serão verificados pelo fabricante préviamente à liberação para embarque.

8.3.2 Os fundidos de partes sujeitas a pressão e elementos de fechamento (esferas) serão examinados visualmente pelo fabricante durante o processo de produção, a fim de assegurar conformidade com os requisitos para condição da superfície estabelecidos na MSS SP-55.

8.3.3 O fabricante da válvula deverá examinar cada válvula a fim de assegurar conformidade com esta norma internacional.

8.3.4 Os exames serão executados de acordo com procedimentos escritos que estejam em conformidade com as normas aplicáveis.

8.4 Exames complementares

8.4.1 Exames complementares são requeridos somente se especificados na ordem de compra.

8.4.2 Os exames de partícula magnética, radiográficos, com líquido penetrante e ultrassônicos, de fundidos ou forjados, poderão ser especificados tanto como os procedimentos e normas de aceitação do próprio fornecedor, como aqueles padronizados na ASME B16.34:1996, Cláusula 8.

8.4.3 Quando as condições de serviço exigirem que um teste anti-fogo seja realizado, é recomendável que este teste satisfaça aos requisitos da ISO 10497.

9 Preparação para embarque

9.1 Após os testes, cada válvula deverá ser drenada e preparada para embarque. Cuidados especiais deverão ser tomados na drenagem do fluído de teste na câmara do corpo ao redor da esfera.

9.2 Exceto para válvulas de aço inoxidável austeníticas, as superfícies externas não usinadas do corpo da válvula deverão ser protegidas com um revestimento anti-corrosivo, de acordo com as normas do fabricante. Tais revestimentos não deverão conter chumbo em sua composição.

9.3 Exceto para válvulas de aço inoxidável austeníticas, as superfícies usinadas ou roscadas que não sejam resistentes à corrosão atmosférica deverão ser revestidas com um inibidor de corrosão facilmente removível. Tais revestimentos não deverão conter chumbo em sua composição.

9.4 Tampas de proteção fabricadas de madeira, fibra de madeira, plástico ou metal, deverão ser firmemente fixadas nos faceamentos de válvulas flangeadas ou nas extremidades de válvulas preparadas para solda de topo, a fim de resguardar as superfícies para juntas e soldagens. A tampa deverá ter tal formato construtivo que a válvula não possa ser montada em uma linha de tubulação com a tampa de proteção instalada.

9.5 Bujões protetores de madeira, fibra de madeira, plástico ou metal, deverão ser firmemente encaixados nas extremidades de válvulas para solda de encaixe e roscadas. O bujão deverá ter tal formato construtivo que a válvula não possa ser montada em uma linha de tubulação com o bujão instalado.

9.6 Na ocasião do embarque, salvo não permitido por projeto, a esfera deverá estar na posição aberta.

9.7 Quando for exigida embalagem especial, o comprador deverá especificar os requisitos aplicáveis na ordem de compra.

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Anexo A (informativo)

Informações a serem especificadas pelo comprador

NOTA: Os números entre colchetes se referem às cláusulas e subcláusulas desta norma internacional.

Tamanho nominal da válvula [1] (DN ou NPS)3:...............................................................................................................

Pressão nominal [1] (PN ou Classe):................................................................................................................................

Materiais da sede [4.3]:.....................................................................................................................................................

Extremidades do corpo [5.2]

Roscadas (roscas de tubo ISO 7-1 ou ASME B1.20.1) [5.2.2.2]:..........................................................................

Flanges – se forem requeridos flanges integrais, isto deve ser especificado [5.2.2.3]:........................................

Faceamento do flange

Face com ressalto, junta de anel, ou outra [5.2.2.1]:......................................................................................

Acabamento da face se diferente da norma [5.2.2.4]:.....................................................................................

Detalhes da extremidade para solda de topo, se diferente do padrão for necessária [5.2.3.1]:.......................................

Aberturas roscas requeridas [5.2.6]:.................................................................................................................................

Construção da esfera diferentemente de sólida [5.2.10]:..................................................................................................

Alavancas – diferentemente de alavancas padrão [5.2.11.1 e 5.2.11.7]:..........................................................................

Atuadores por engrenagem [5.2.11.1]:..............................................................................................................................

Força de operação diferentemente do padrão [5.2.11.2]:.................................................................................................

Material [6]

Carcaça sujeita a pressão [6.1]:............................................................................................................................

Internos, metal diferentemente do padrão [6.3]:...................................................................................................

Parafusos – especiais para baixa temperatura [6.5.1]:.........................................................................................

Vedações – classe de temperatura [6.6]:..............................................................................................................

Inspeção no campo [8.2]:..................................................................................................................................................

Exames não-destrutivos complementares [8.4.2]:............................................................................................................

Teste complementar contra fogo [8.4.3]:...........................................................................................................................

_____________________________

3 Informações essenciais a sem fornecidas pelo comprador.

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Anexo B(informativo)

Identificação dos componentes de válvulas

Estas figuras têm a finalidade única de identificar os nomes dos componentes. A construção de uma válvula é aceitável conforme esta norma internacional somente quando ela atender à norma em todos os aspectos.

1 Alavanca2 Sobreposta1 Esfera2 Corpo3 Haste4 Porca da haste5 Parafuso da sobreposta6 Vedação da haste7 Arruela de pressão8 Vedação do corpo9 Inserto do corpo10 Sede

Figura B.1 – Nomenclatura dos componentes de válvula de esfera flutuante típica(o modelo ilustrado é de corpo inteiriço)

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Figura B.1 -

1 Haste2 Tampa3 Arruela de pressão4 Sede5 Corpo6 Esfera7 Mancal do munhão8 Munhão9 Sobreposta10 Parafusos da tampa11 Vedação da tampa12 Vedação da haste13 Vedação do corpo14 Tampa do corpo15 Mola da sede16 Parafusos do corpo17 Vedação do munhão18 Placa do munhão19 Espaçador do mancal

Figura B.2 – Componentes típicos de válvula de esfera montada em munhão (trunnion) com corpo bipartido

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EN ISO 17292:2004

Bibliografia

[1] ISO 4200, Plain end steel tubes, welded and seamless – General tables of dimensions and masses per unit length.

[2] ISO 5211, Industrial valves – Part-turn actuator attachments

[3] ISO 7121, Metal ball valves for general-purpose industrial applications

[4] ISO 10434, Bolted bonnet steel gate valves for the petroleum, petrochemical and allied industries

[5] ISO 14313, Petroleum and natural gas industries – Pipeline transportation systems – Pipeline valves

[6] ISO 15761, Steel gate, globe and check valves for sizes DN 100 and smaller, for the petroleum and natural gas industries

[7] API Standard 608, Metal ball valves – Flanged, threaded and welding end

[8] ASME B16.11, Forged fittings, socket-welding and threaded

[9] ASME B16.25, Buttwelding ends

[10] ASME B36.10, Welded and seamless wrought steel pipe

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