isaura manso neto, novembro 2010 1 xi congresso nacional de grupanÁlise horizontes e odisseias do...

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Isaura Manso Neto, Isaura Manso Neto, Novembro 2010 Novembro 2010 1 XI CONGRESSO NACIONAL DE GRUPANÁLISE XI CONGRESSO NACIONAL DE GRUPANÁLISE HORIZONTES e ODISSEIAS do PROCESSO HORIZONTES e ODISSEIAS do PROCESSO GRUPANALÍTICO GRUPANALÍTICO Lisboa, 12 e 13 de Novembro de 2010 Lisboa, 12 e 13 de Novembro de 2010 A Bússola do Grupanalista A Bússola do Grupanalista Isaura Manso Neto Isaura Manso Neto

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Isaura Manso Neto, Novembro Isaura Manso Neto, Novembro 20102010 11

XI CONGRESSO NACIONAL DE GRUPANÁLISEXI CONGRESSO NACIONAL DE GRUPANÁLISEHORIZONTES e ODISSEIAS do PROCESSO HORIZONTES e ODISSEIAS do PROCESSO

GRUPANALÍTICOGRUPANALÍTICOLisboa, 12 e 13 de Novembro de 2010Lisboa, 12 e 13 de Novembro de 2010

A Bússola do GrupanalistaA Bússola do Grupanalista

Isaura Manso NetoIsaura Manso Neto

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A Bússola do GrupanalistaA Bússola do Grupanalista

• Um grupo sem condução por um Um grupo sem condução por um grupanalista/psicoterapeuta analítico de grupanalista/psicoterapeuta analítico de grupo navega à deriva, sem governo, ao grupo navega à deriva, sem governo, ao sabor de ventos e marés até que, algum sabor de ventos e marés até que, algum dos marinheiros/tripulantes mais afoito dos marinheiros/tripulantes mais afoito mas não necessariamente com mas não necessariamente com competências, toma as decisões com o competências, toma as decisões com o intuito de evitar um desastre, a intuito de evitar um desastre, a destruição do barco e dos seus destruição do barco e dos seus passageiros. Os objetivos últimos da passageiros. Os objetivos últimos da viagem perdem-se! Quere-se chegar a viagem perdem-se! Quere-se chegar a terra seja ela qual for!! terra seja ela qual for!!

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A Bússola do GrupanalistaA Bússola do Grupanalista

•Ou pior, alguém mais perturbado Ou pior, alguém mais perturbado tenta utilizar os tripulantes para tenta utilizar os tripulantes para satisfação de necessidades satisfação de necessidades pessoais narcísicas, grandiosas, pessoais narcísicas, grandiosas, levando às maiores devastações e levando às maiores devastações e atrocidades decorrentes da atrocidades decorrentes da utilização de poderosos utilização de poderosos mecanismos primitivos destruindo mecanismos primitivos destruindo civilizações, pirateando os mares.civilizações, pirateando os mares.

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• Falando em grupos, Falando em grupos, «Groups run by «Groups run by therapists with no real knowledge of internal therapists with no real knowledge of internal object relations – and there are many of them object relations – and there are many of them – run the risk becoming a kind of – run the risk becoming a kind of psychological health farm, promoting an psychological health farm, promoting an internationally accredited diet of altruism, internationally accredited diet of altruism, universality, acceptance, self-disclosure universality, acceptance, self-disclosure (Bloch, Croch, & Reibstein, 1981; Yalom, (Bloch, Croch, & Reibstein, 1981; Yalom, 1975 in Garland, 2010) and so on»….«This is 1975 in Garland, 2010) and so on»….«This is why, through out this book, we urge an why, through out this book, we urge an intensive personal therapy for all group intensive personal therapy for all group therapists, as well as a training in group therapists, as well as a training in group techniques» techniques» (Garland, 2010, pg. 47)(Garland, 2010, pg. 47)

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• Ou pior, temos os bem conhecidos tiranos Ou pior, temos os bem conhecidos tiranos assassinos, com narcisismo maligno assassinos, com narcisismo maligno ((Kernberg, Kernberg, 2003)2003) idealizados por massas acríticas de idealizados por massas acríticas de indivíduos, que têm levado a genocídios, indivíduos, que têm levado a genocídios, guerras e outras formas de destrutividade em guerras e outras formas de destrutividade em que incluo o terrorismo. que incluo o terrorismo.

• Os grupos têm enormes capacidades Os grupos têm enormes capacidades criativas e de transformação mas também criativas e de transformação mas também contêm um potencial agressivo, tão receado contêm um potencial agressivo, tão receado por Freud – por Freud – Group Psychology and the Analysis of Group Psychology and the Analysis of the Ego (1921) the Ego (1921)

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• Cito o último livro que li sobre «Terapia Cito o último livro que li sobre «Terapia Psicanalítica de Grupo» tal como é Psicanalítica de Grupo» tal como é conceptualizada e praticada na Tavistock conceptualizada e praticada na Tavistock Clinic em Londres e que nos apresenta Clinic em Londres e que nos apresenta horizontes realistas mas predominantemente horizontes realistas mas predominantemente optimistas desde que encaremos com optimistas desde que encaremos com seriedade e profundidade vários problemas, seriedade e profundidade vários problemas, entre os quais este da formação dos entre os quais este da formação dos grupanalistas: grupanalistas: «Destructive processes are an «Destructive processes are an inherent feature of all groups, from small inherent feature of all groups, from small clinical groups and staff teams to wider clinical groups and staff teams to wider organizations and society as a whole» organizations and society as a whole» (Joanne Carlyle in Garland, 2010, pp.76) (Joanne Carlyle in Garland, 2010, pp.76)

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«When groups are properly structured and well «When groups are properly structured and well run, they can be powerful containers of run, they can be powerful containers of individual distress, as well as agents of individual distress, as well as agents of recovery and change» (Garland, 2010, pg.191).. recovery and change» (Garland, 2010, pg.191).. «Yet, group treatment is not often accorded the «Yet, group treatment is not often accorded the kind of recognition it deserves as a treatment kind of recognition it deserves as a treatment for psychological and emotional problems. for psychological and emotional problems. Young psychiatrists may be told to «run a Young psychiatrists may be told to «run a group» as part of their training, with little group» as part of their training, with little regard for the demands of the task. The regard for the demands of the task. The dynamic processes and forces in a group are dynamic processes and forces in a group are powerful, both for good and for trouble. They powerful, both for good and for trouble. They have to be understood and respected if they have to be understood and respected if they are to be manageable, and this ought to mean are to be manageable, and this ought to mean a substantial period of training and a substantial period of training and supervision» supervision» (Garland, 2010, Manual, pg: 1).(Garland, 2010, Manual, pg: 1).

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• Será, pois, preferível navegar com objectivos, com Será, pois, preferível navegar com objectivos, com um bom comandante e com bons instrumentos de um bom comandante e com bons instrumentos de navegação. O barco pode ser maior ou menor, navegação. O barco pode ser maior ou menor, transportar mais ou menos passageiros. Estes transportar mais ou menos passageiros. Estes poderão ajudar nos trabalhos inerentes à viagem poderão ajudar nos trabalhos inerentes à viagem mas o mas o know howknow how, as decisões, devem ser tomadas , as decisões, devem ser tomadas pelo comandante. Não vou falar do barco nem dos pelo comandante. Não vou falar do barco nem dos passageiros nem da viagem. passageiros nem da viagem.

• O meu objectivo hoje é partilhar convosco o que O meu objectivo hoje é partilhar convosco o que sabe, o que pensa um comandante de um sabe, o que pensa um comandante de um barco/processo grupanalítico, como se orienta num barco/processo grupanalítico, como se orienta num horizonte cujos limites tendem para o infinito. horizonte cujos limites tendem para o infinito. Infinito de variáveis individuais, de grupo, culturais Infinito de variáveis individuais, de grupo, culturais e científicas, conscientes e inconscientes.e científicas, conscientes e inconscientes.

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A Bússola do GrupanalistaA Bússola do Grupanalista

Otto Kernberg, em 2003, sugere 5 características de Otto Kernberg, em 2003, sugere 5 características de um líder funcionalum líder funcional que eu penso poderem adaptar-que eu penso poderem adaptar-se a um se a um suficientemente bom analista/grupanalistasuficientemente bom analista/grupanalista::

1 - inteligência superior, 1 - inteligência superior,

2 - suficiente maturidade emocional; 2 - suficiente maturidade emocional;

3 - sólida e profunda integridade moral; 3 - sólida e profunda integridade moral;

4 - narcisismo suficientemente maduro; 4 - narcisismo suficientemente maduro;

5 - traços paranóides q.b. (não ser ingénuo). 5 - traços paranóides q.b. (não ser ingénuo).

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A Bússola do GrupanalistaA Bússola do Grupanalista

6 – autenticidade 6 – autenticidade (Neto, …..); (Neto, …..);

7 – capacidade de manter a sua auto-análise; 7 – capacidade de manter a sua auto-análise;

8 – conhecimentos profundos de grupanálise, teoria psicanalítica, 8 – conhecimentos profundos de grupanálise, teoria psicanalítica, psiquiatria, psicologia; psiquiatria, psicologia;

9 – formação básica com alguns conhecimentos de Matemática, 9 – formação básica com alguns conhecimentos de Matemática, Física, Filosofia, História; Biologia.Física, Filosofia, História; Biologia.

10 – preocupação constante com a actualização de 10 – preocupação constante com a actualização de conhecimentos; conhecimentos;

11 – disponibilidade para conhecer, criticar e, eventualmente 11 – disponibilidade para conhecer, criticar e, eventualmente aceitar o diferente; aceitar o diferente;

12 – tolerar o paradoxo de qq cientista: acreditar 12 – tolerar o paradoxo de qq cientista: acreditar veementemente numa hipótese bem estruturada mas estar veementemente numa hipótese bem estruturada mas estar disposto a analisá-la, experimentá-la, e, eventualmente, disposto a analisá-la, experimentá-la, e, eventualmente, aceitar a frustração do insucesso, recomeçando o processo aceitar a frustração do insucesso, recomeçando o processo

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A Bússola do GrupanalistaA Bússola do Grupanalista

Penso que esta é uma das tarefas mais Penso que esta é uma das tarefas mais árduas e desgastantes dos analistas: árduas e desgastantes dos analistas: acreditar, transmitir esperança na acreditar, transmitir esperança na transformação do sofrimento de transformação do sofrimento de quem nos procura, mas estar aberto quem nos procura, mas estar aberto a alterações necessárias em caso de a alterações necessárias em caso de insucesso; alterações de hipóteses insucesso; alterações de hipóteses diagnósticas, de técnica, procura de diagnósticas, de técnica, procura de outras alternativas terapêuticas..outras alternativas terapêuticas..

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A Bússola do GrupanalistaA Bússola do Grupanalista

Pior ainda estamos nós do que os Pior ainda estamos nós do que os cientistas das chamadas ciências cientistas das chamadas ciências exactas: navegamos sempre sem costa exactas: navegamos sempre sem costa à vista, sem leis rigorosas que permitam à vista, sem leis rigorosas que permitam a experimentação, em mares mais ou a experimentação, em mares mais ou menos agitados, mais ou menos menos agitados, mais ou menos profundos, com ventos e correntes de profundos, com ventos e correntes de demasiados quadrantes, podendo ser demasiados quadrantes, podendo ser muito intensos, sempre movidos pelas muito intensos, sempre movidos pelas forças irracionais e contraditórias do forças irracionais e contraditórias do inconsciente que se não vê.inconsciente que se não vê.

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ODISSEIASODISSEIASComo nos podemos orientar? Como podemos saber o Como nos podemos orientar? Como podemos saber o

que está latente e sub-jacente aos sintomas que que está latente e sub-jacente aos sintomas que se observam com relativa facilidade? se observam com relativa facilidade?

E os traços de carácter que não são visíveis para os E os traços de carácter que não são visíveis para os viajantes mas que poderão e deverão ser viajantes mas que poderão e deverão ser detectados por nós? detectados por nós?

O que devemos questionar, averiguar? Como lidar e O que devemos questionar, averiguar? Como lidar e compreender a realidade externa e interna de cada compreender a realidade externa e interna de cada um dos nossos viajantes e as repercussões na um dos nossos viajantes e as repercussões na embarcação? embarcação?

O que teremos de antecipar para evitar novos O que teremos de antecipar para evitar novos desastres? Quando e o que interpretar? desastres? Quando e o que interpretar?

O que é que é normal e patológico? O que é que é normal e patológico? Quando deveremos e ou poderemos dar por Quando deveremos e ou poderemos dar por

terminada uma viagem?terminada uma viagem?

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A Bússola do GrupanalistaA Bússola do Grupanalista

Não devemos pensar e interpretar Não devemos pensar e interpretar como se tudo fosse uma projecão ou como se tudo fosse uma projecão ou várias dos nossos viajantes tal como várias dos nossos viajantes tal como não podemos levar à letra tudo o que não podemos levar à letra tudo o que vem do consciente.vem do consciente.

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• «Fazem-me confusão algumas coisas que se «Fazem-me confusão algumas coisas que se passam no grupo! Diabolizam-se os nossos passam no grupo! Diabolizam-se os nossos objectos que serão sujeitos noutros grupos! objectos que serão sujeitos noutros grupos! Isto é um curso avançado de egoísmo!!»Isto é um curso avançado de egoísmo!!»

• «Neste grupo, como se pode saber quem «Neste grupo, como se pode saber quem tem razão? Como se pode avaliar a certeza tem razão? Como se pode avaliar a certeza das hipóteses postas pelos analistas ou por das hipóteses postas pelos analistas ou por outros membros do grupo se e quando nos outros membros do grupo se e quando nos parecem bizarras e desrazoáveis?»parecem bizarras e desrazoáveis?»

• «Este grupo ataca os homens!» … «Há «Este grupo ataca os homens!» … «Há demasiados preconceitos! São preconceitos demasiados preconceitos! São preconceitos ou são opiniões profundamente analisadas e ou são opiniões profundamente analisadas e elaboradas?»elaboradas?»

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A Bússola do GrupanalistaA Bússola do Grupanalista

• «Desde o início me parecia que achava a «Desde o início me parecia que achava a minha mulher como uma pessoa que não minha mulher como uma pessoa que não se me adequava! Agora penso isso com se me adequava! Agora penso isso com clareza, mas como pôde perceber que não clareza, mas como pôde perceber que não era isso que eu, na altura, achava?».era isso que eu, na altura, achava?».

• «O que é que acha da homossexualidade?»«O que é que acha da homossexualidade?»• «Tive uma infância normal!»«Tive uma infância normal!»• «Nunca me zanguei!»«Nunca me zanguei!»• «Não durmo mais que 4h. Acho normal!»«Não durmo mais que 4h. Acho normal!»• «Estou assim porque não me adaptei «Estou assim porque não me adaptei

àquele emprego!»àquele emprego!»

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A Bússola do GrupanalistaA Bússola do Grupanalista

• «Eu não era assim! Modifiquei-me de «Eu não era assim! Modifiquei-me de repente…»repente…»

• «Se eu soubesse que não ia ralhar com o «Se eu soubesse que não ia ralhar com o meu marido, não teria insistido para que meu marido, não teria insistido para que viesse comigo»viesse comigo»

• «Os assassinos nazis eram pessoas banais»«Os assassinos nazis eram pessoas banais»• «Há casais bem estruturados que não têm «Há casais bem estruturados que não têm

relações sexuais»relações sexuais»• «O analista gosta dos seus pacientes?»«O analista gosta dos seus pacientes?»• «Não tenho medo da morte porque sou «Não tenho medo da morte porque sou

crente!»crente!»• ……………………………………etc…………………..etc..etc…………………..etc..

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A Bússola do GrupanalistaA Bússola do Grupanalista

• São apenas alguns exemplos das São apenas alguns exemplos das elaborações e viagens dos nossos elaborações e viagens dos nossos conhecimento e afecto que percorremos e conhecimento e afecto que percorremos e ou que temos de antecipar. Todos nós ou que temos de antecipar. Todos nós teremos centenas de vivências semelhantes teremos centenas de vivências semelhantes todos os dias na nossa vida profissional.todos os dias na nossa vida profissional.

• Tempestades com o risco de naufrágio são Tempestades com o risco de naufrágio são mais raras, mas também habitualmente mais raras, mas também habitualmente mais claras na necessidade de tomadas de mais claras na necessidade de tomadas de decisão. Estou a pensar em decisão. Estou a pensar em descompensações agudas observáveis por descompensações agudas observáveis por toda a tripulação. toda a tripulação.

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A Bússola do Grupanalista

• Não temos certezas baseadas em leis seguras e Não temos certezas baseadas em leis seguras e certas, não há consensos sobre o que é básico ou certas, não há consensos sobre o que é básico ou fundamental nas nossas áreas. fundamental nas nossas áreas.

• O que é que é fundamental e acessório? O que é que é fundamental e acessório?

• Vivemos momentos de intensas tempestades, Vivemos momentos de intensas tempestades, movidas por outras correntes, outros ventos, com movidas por outras correntes, outros ventos, com intensa competição de outros barcos, de outros tipos intensa competição de outros barcos, de outros tipos de barcos, supostamente mais rápidos e mais de barcos, supostamente mais rápidos e mais baratos. Ao que se associam alterações contextuais baratos. Ao que se associam alterações contextuais económicas, climáticas, culturais que nos abalam as económicas, climáticas, culturais que nos abalam as convicções na bondade da nossa embarcação. convicções na bondade da nossa embarcação.

• Passamos nesta época um difícil cabo das tormentas.Passamos nesta época um difícil cabo das tormentas.

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A Bússola do GrupanalistaA Bússola do Grupanalista

• Tenho defendido nos últimos anos, Tenho defendido nos últimos anos, (Neto, (Neto, 2005, 2009)2005, 2009) em vários encontros e artigos, em vários encontros e artigos, que é necessário que é necessário definir claramente os definir claramente os conceitos que usamos e avaliar resultados, conceitos que usamos e avaliar resultados, definir e enfrentar paradoxos e definir e enfrentar paradoxos e contradiçõescontradições sem o que corremos o risco de sem o que corremos o risco de nos transformarmos em seitas, substituindo nos transformarmos em seitas, substituindo a esperança baseada na adequação e a esperança baseada na adequação e utilidade das nossas teorias e técnicas por utilidade das nossas teorias e técnicas por uma fé e um fundamentalismo que não uma fé e um fundamentalismo que não atrai a criatividade e a “atrai a criatividade e a “intelligentzia”.intelligentzia”.

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A Bússola do GrupanalistaA Bússola do Grupanalista

•Recentemente, em 2010, num Recentemente, em 2010, num questionário que promovemos questionário que promovemos na GAS na GAS (Neto et al, 2010)(Neto et al, 2010) um dos um dos pontos que foi levantado como pontos que foi levantado como necessidade premente, foi o da necessidade premente, foi o da clarificação de conceitosclarificação de conceitos..

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Isaura Manso Neto, Novembro Isaura Manso Neto, Novembro 20102010 2222

A Bússola do GrupanalistaA Bússola do Grupanalista

HORIZONTESHORIZONTES

A «BÚSSOLA» - a NATUREZA do A «BÚSSOLA» - a NATUREZA do PADRÃO GRUPANALÍTICOPADRÃO GRUPANALÍTICO

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Isaura Manso Neto, Novembro Isaura Manso Neto, Novembro 20102010 2323

A Bússola do GrupanalistaA Bússola do Grupanalista

O PADRÃO GRUPANALÍTICOO PADRÃO GRUPANALÍTICO((Cortesão, Etelvina Brito, Cruz Filipe, Cortesão, Etelvina Brito, Cruz Filipe,

Isaura Neto, Ana Sofia Nava)Isaura Neto, Ana Sofia Nava)• NaturezaNatureza

• FunçãoFunção

• ObjectivosObjectivos

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Isaura Manso Neto, Novembro Isaura Manso Neto, Novembro 20102010 2424

A Bússola do GrupanalistaA Bússola do Grupanalista

• Mas hoje gostaria de focar algo que pertence à Mas hoje gostaria de focar algo que pertence à personalidade do grupanalistapersonalidade do grupanalista, às suas , às suas convicções,convicções, incluindo áreas menos claras, mais incluindo áreas menos claras, mais controversas, mais politicamente incorretas. O controversas, mais politicamente incorretas. O problema da neutralidade analítica está aqui implícito.problema da neutralidade analítica está aqui implícito.

• Tenho defendido como muitos outros, que o analista Tenho defendido como muitos outros, que o analista tem sobretudo que não se confundir com os tem sobretudo que não se confundir com os pacientes, respeitando formas diferentes de viver, pacientes, respeitando formas diferentes de viver, encarar e resolver vários aspetos da vida. Mas basta encarar e resolver vários aspetos da vida. Mas basta que pense, que reflita sobre o que é normal ou que pense, que reflita sobre o que é normal ou patológico, ético ou não ético, para não ser neutro. patológico, ético ou não ético, para não ser neutro. Todos somos influenciados por convicções culturais, políticas, religiosas. Mas penso que teremos de saber discernir entre convicções, crenças, preconceitos e conceitos baseados nos conhecimentos científicos atualizados.

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A Bússola do GrupanalistaA Bússola do Grupanalista

• Já entrei no que quero partilhar convosco, Já entrei no que quero partilhar convosco, hoje. Não temos leis que nos protejam da hoje. Não temos leis que nos protejam da relativa e permanente incerteza, mas relativa e permanente incerteza, mas regulamo-nos por regulamo-nos por certos conceitos e certos conceitos e princípiosprincípios que nos permitem navegar com que nos permitem navegar com segurança de modo a levarmos os nossos segurança de modo a levarmos os nossos viajantes a portos seguros.viajantes a portos seguros.

• Classifico-os, estabeleço 3 grupos, Classifico-os, estabeleço 3 grupos, enumero-os para depois os discutirmos:enumero-os para depois os discutirmos:

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A Bússola do GrupanalistaA Bússola do Grupanalista

1 - 1 - Princípios gerais ubiquitários na Princípios gerais ubiquitários na espécie humanaespécie humana que são referências que são referências fundamentais em psicoterapias fundamentais em psicoterapias analíticas e que me servem de alicerces analíticas e que me servem de alicerces / bússolas como analista/ bússolas como analista

2 - Princípios gerais, básicos, que devem 2 - Princípios gerais, básicos, que devem reger a reger a conduta analíticaconduta analítica

3 - Princípios gerais, básicos, que me 3 - Princípios gerais, básicos, que me regem como regem como grupanalista e grupanalista e psicoterapeuta de grupo analíticopsicoterapeuta de grupo analítico na na instituição e no privadoinstituição e no privado

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A Bússola do GrupanalistaA Bússola do Grupanalista

1 - 1 - Princípios gerais ubiquitários na espécie humana Princípios gerais ubiquitários na espécie humana que são referências fundamentais em psicoterapias que são referências fundamentais em psicoterapias analíticas e que me servem de alicerces / bússolas analíticas e que me servem de alicerces / bússolas como analista:como analista:

• O O Inconsciente /Não consciente existeInconsciente /Não consciente existe e determina a e determina a maioria dos sintomas e traços de carácter patogénicos e maioria dos sintomas e traços de carácter patogénicos e patológicos nos seres humanos. Não consciente que inclui o patológicos nos seres humanos. Não consciente que inclui o Inconsciente dinâmicoInconsciente dinâmico e o e o Inconsciente implícitoInconsciente implícito – o – o qual não deriva do recalcamento, mas sim das experiências qual não deriva do recalcamento, mas sim das experiências prévias à aquisição da linguagem.prévias à aquisição da linguagem.

• A A personalidade desenvolve-se na interacção com o personalidade desenvolve-se na interacção com o meiomeio, sendo , sendo determinantes os primeiros anos de vidadeterminantes os primeiros anos de vida e a e a qualidade dos objectos primários.qualidade dos objectos primários.

• O ser humano (SH) é um ser O ser humano (SH) é um ser eminentemente socialeminentemente social, , tendendo a ligar-se a outros serestendendo a ligar-se a outros seres

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A Bússola do GrupanalistaA Bússola do Grupanalista

• Quero referir-me aqui a um dos conceitos que Quero referir-me aqui a um dos conceitos que marcam marcam um novo paradigma da psicanálise um novo paradigma da psicanálise contemporânea: contemporânea:

• «Intersubjective matrix»«Intersubjective matrix» Stern Stern (2004):«continuous co-creative dialogue with (2004):«continuous co-creative dialogue with other minds»; «Now, we view the intersubjective other minds»; «Now, we view the intersubjective matrix as the overriding crucible in which matrix as the overriding crucible in which interacting minds take on their current form. interacting minds take on their current form. Two Two minds create intersubjectivity. minds create intersubjectivity.

• But equally, intersubjectivity shapes the two But equally, intersubjectivity shapes the two minds. The minds. The center of gravidity has shifted center of gravidity has shifted from the intrapsyquic to the from the intrapsyquic to the intersubjective.».intersubjective.». …«Rather, the therapeutic …«Rather, the therapeutic process will be viewed as occurring in an ongoing process will be viewed as occurring in an ongoing intersubjective matrix»intersubjective matrix»

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A Bússola do GrupanalistaA Bússola do Grupanalista

1 - Princípios gerais ubiquitários na espécie humana que são 1 - Princípios gerais ubiquitários na espécie humana que são referências fundamentais em psicoterapias analíticas e que me referências fundamentais em psicoterapias analíticas e que me servem de alicerces / bússolas como analista: - cont.servem de alicerces / bússolas como analista: - cont.

• O O conflito psíquicoconflito psíquico não paralisante é não paralisante é inerente ao inerente ao desenvolvimento da personalidadedesenvolvimento da personalidade

• A A ambivalência ambivalência não paralisante ocorre naturalmente ao não paralisante ocorre naturalmente ao longo da vidalongo da vida

• A A hereditariedade estabelece tendências dominantes hereditariedade estabelece tendências dominantes mas não é absoluta na determinação de sintomas, mas não é absoluta na determinação de sintomas, doenças, personalidades e interage com o meio.doenças, personalidades e interage com o meio.

• O SH precisa de O SH precisa de ser protegido e cuidado até muito ser protegido e cuidado até muito mais tarde que outros animais ao mesmo tempo que mais tarde que outros animais ao mesmo tempo que tende naturalmente para a diferenciação e tende naturalmente para a diferenciação e autonomia.autonomia.

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A Bússola do GrupanalistaA Bússola do Grupanalista

1 - Princípios gerais ubiquitários na espécie humana que são 1 - Princípios gerais ubiquitários na espécie humana que são referências fundamentais em psicoterapias analíticas e que me referências fundamentais em psicoterapias analíticas e que me servem de alicerces / bússolas como analista: - cont.servem de alicerces / bússolas como analista: - cont.

• O SHO SH tem necessidade de ser e de se tem necessidade de ser e de se sentir amado.sentir amado.

• O SH tem necessidade O SH tem necessidade de ser tratado de ser tratado com justiça e reciprocidade nas com justiça e reciprocidade nas relaçõesrelações

• O SH O SH tem agressividadetem agressividade que pode ser que pode ser mais ou menos defensiva ou predatória.mais ou menos defensiva ou predatória.

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A Bússola do GrupanalistaA Bússola do Grupanalista

1 - Princípios gerais ubiquitários na espécie humana que são 1 - Princípios gerais ubiquitários na espécie humana que são referências fundamentais em psicoterapias analíticas e que me referências fundamentais em psicoterapias analíticas e que me servem de alicerces / bússolas como analista: - contservem de alicerces / bússolas como analista: - cont..

• O SH tem O SH tem sexualidade.sexualidade.

• O SH tem necessidade de O SH tem necessidade de construir e fazer parte de construir e fazer parte de grupos familiares e outros, onde se sinta reconhecido grupos familiares e outros, onde se sinta reconhecido e acarinhadoe acarinhado

• O S.H. tem necessidade de O S.H. tem necessidade de dormir e sonhardormir e sonhar. Os . Os sonhos sonhos são uma importante via de compreensão do mundo do são uma importante via de compreensão do mundo do inconsciente.inconsciente.

• O SH tem O SH tem naturalmente ambições e ideais.naturalmente ambições e ideais.

• O ser humano tem O ser humano tem dificuldade em se confrontar com a dificuldade em se confrontar com a doença e a mortedoença e a morte

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2 2 - Princípios gerais, básicos, que devem reger a - Princípios gerais, básicos, que devem reger a conduta analíticaconduta analítica

• Um analista tem essencialmente de Um analista tem essencialmente de facilitar a liberdade facilitar a liberdade de pensamento e de expressão de emoções e de pensamento e de expressão de emoções e conflitosconflitos

• Um analista Um analista tratatrata, facilitando a descoberta dos pacientes , facilitando a descoberta dos pacientes sobre as suas vidas e personalidades.sobre as suas vidas e personalidades.

• A A empatia e o desejo de compreenderempatia e o desejo de compreender são atitudes são atitudes básicas dos analistas.básicas dos analistas.

• Um analista deve Um analista deve formular hipóteses de compreensãoformular hipóteses de compreensão para as ocorrências patológicas ou geradoras de sofrimento para as ocorrências patológicas ou geradoras de sofrimento de quem o procura. Deve de quem o procura. Deve estar preparado para as estar preparado para as confirmar ou infirmarconfirmar ou infirmar com alguma frequência e sempre com alguma frequência e sempre que necessárioque necessário

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2 - Princípios gerais, básicos, que devem reger a 2 - Princípios gerais, básicos, que devem reger a conduta analítica – cont.conduta analítica – cont.

• Um analista não se pode envolver Um analista não se pode envolver emocionalmente com os seus pacientes emocionalmente com os seus pacientes fora do contexto e do setting analítico fora do contexto e do setting analítico

- Deve avaliar o que foi o sofrimento infantil Deve avaliar o que foi o sofrimento infantil com os objectos primários e com os objectos primários e introspectivamente antecipar se está ou introspectivamente antecipar se está ou não disposto a e capaz de suportar a não disposto a e capaz de suportar a inevitável transferência.inevitável transferência.

• Um analista não se pode confundir com os Um analista não se pode confundir com os seus pacientesseus pacientes

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2 - Princípios gerais, básicos, que devem reger a 2 - Princípios gerais, básicos, que devem reger a conduta analítica – cont.conduta analítica – cont.

• Um analista tem de Um analista tem de avaliar o que tem de idêntico e ou avaliar o que tem de idêntico e ou diferente dos seus pacientes, antecipando áreas de diferente dos seus pacientes, antecipando áreas de incompreensão e eventual conflitoincompreensão e eventual conflito

• Um analista tem que tentar Um analista tem que tentar discernir em cada momento o que é discernir em cada momento o que é predominantemente projectivo e defensivo, em sentido predominantemente projectivo e defensivo, em sentido geral, do que é real na narrativa e sofrimento dos pacientesgeral, do que é real na narrativa e sofrimento dos pacientes

• Estar Estar atento aos sinais da CTatento aos sinais da CT em sentido estrito e que tem a em sentido estrito e que tem a característica de pertencer ao domínio do inconsciente.característica de pertencer ao domínio do inconsciente.

• Tudo o que o analista diz ou faz é importanteTudo o que o analista diz ou faz é importante. Inclui-se o . Inclui-se o silêncio.silêncio.

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3 - 3 - Princípios gerais, básicos, que me regem Princípios gerais, básicos, que me regem como grupanalista e psicoterapeuta de grupo como grupanalista e psicoterapeuta de grupo analítico na instituição e no privado:analítico na instituição e no privado:

- Deve estar - Deve estar atento ao grupo e a cada membro.atento ao grupo e a cada membro.

- O grupo - O grupo está sobretudo ao serviço do indivíduo.está sobretudo ao serviço do indivíduo.

- Teremos de - Teremos de estar atentos à comunicação verbal estar atentos à comunicação verbal e não verbale não verbal. «Ver-se» e «ser visto» Neto (2002) é . «Ver-se» e «ser visto» Neto (2002) é uma mais valia dos processos face a face em que uma mais valia dos processos face a face em que se incluem os gruposse incluem os grupos

- - Os grupos variam, de acordo com muitos Os grupos variam, de acordo com muitos factoresfactores: o condutor, selecção dos membros, : o condutor, selecção dos membros, frequência das sessões, fechados, abertos.frequência das sessões, fechados, abertos.

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3 - Princípios gerais, básicos, que me regem como grupanalista e 3 - Princípios gerais, básicos, que me regem como grupanalista e psicoterapeuta de grupo analítico na instituição e no privado – cont.psicoterapeuta de grupo analítico na instituição e no privado – cont.::

• Os grupos, navegando sozinhos, Os grupos, navegando sozinhos, com demasiada passividade com demasiada passividade do grupanalista fazem os seus membros correr vários do grupanalista fazem os seus membros correr vários riscos, essencialmente decorrentes da passividade e riscos, essencialmente decorrentes da passividade e submissão, ciúme e inveja, que estão na base do espelhar submissão, ciúme e inveja, que estão na base do espelhar malignomaligno

• É É difícil estabelecer o equilíbrio entre a valorização relativa difícil estabelecer o equilíbrio entre a valorização relativa da realidade interna e externada realidade interna e externa..

• O O grupo tem uma função supervisiva do grupanalista.grupo tem uma função supervisiva do grupanalista.

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A Bússola do GrupanalistaA Bússola do Grupanalista

Talvez um dia numa Sociedade creditada, tenhamos de pôr no Talvez um dia numa Sociedade creditada, tenhamos de pôr no nosso CV estes elementos que podem ser determinantes nosso CV estes elementos que podem ser determinantes nas análises/grupanálisesnas análises/grupanálises

A A formação e o treino são comuns no programa geral a formação e o treino são comuns no programa geral a todos os analistas mas não são elaboradas por todos todos os analistas mas não são elaboradas por todos da mesma forma e com o mesmo cometimento. Só se da mesma forma e com o mesmo cometimento. Só se lê e vê o que se quere, ou, o que se podelê e vê o que se quere, ou, o que se pode. .

O que se O que se internaliza numa aprendizagem passa sempre internaliza numa aprendizagem passa sempre pelo crivo da nossa personalidade, das nossas pelo crivo da nossa personalidade, das nossas experiências de vida, das nossas representações, experiências de vida, das nossas representações, incluindo a representação da própria grupanálise e incluindo a representação da própria grupanálise e sofrimento infantil e a forma com cada um as sofrimento infantil e a forma com cada um as elabora e transforma. elabora e transforma.

Parece-me ser importante Parece-me ser importante dizer-se com clareza o que se dizer-se com clareza o que se aprendeu e como se trabalha.aprendeu e como se trabalha.

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• Para terminar só quero deixar mais algumas Para terminar só quero deixar mais algumas notas sobre a notas sobre a natureza do meu padrãonatureza do meu padrão. . Aproveito os congressos para me propor falar Aproveito os congressos para me propor falar de temas que me interessam. Leio sempre de temas que me interessam. Leio sempre algo de novo. algo de novo.

• Citei hoje dois livros: um que é uma Citei hoje dois livros: um que é uma compilação das opiniões actualizadas dos compilação das opiniões actualizadas dos principais psicanalistas americanos. Daniel principais psicanalistas americanos. Daniel Stern, um dos investigadores do Boston Stern, um dos investigadores do Boston Change Process Study Group, Change Process Study Group, menciona a menciona a importância dos estudos sobre a importância dos estudos sobre a observação de crianças para a evolução observação de crianças para a evolução da psicanálise. da psicanálise.

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• O outro é um livro sobre a Terapia O outro é um livro sobre a Terapia psicanalítica de grupo editada e psicanalítica de grupo editada e escrita por autores de formação escrita por autores de formação grupanalítica e que têm trabalhado grupanalítica e que têm trabalhado há décadas na Tavistock Clinic, no há décadas na Tavistock Clinic, no Reino Unido, país em que a Reino Unido, país em que a psicoterapia ainda merece algum psicoterapia ainda merece algum respeito e se aplica no NHS. respeito e se aplica no NHS.

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« The « The psychoanalytic group settingpsychoanalytic group setting is an opportunity is an opportunity for them (the two great satisfactions that life can for them (the two great satisfactions that life can offer: to love and to work) to be seen in action in a offer: to love and to work) to be seen in action in a setting that manages to be both private and also setting that manages to be both private and also «public», a half-way house between the individual «public», a half-way house between the individual and society. and society.

The public nature of the group means that, as well as The public nature of the group means that, as well as learning from personal experience, each member learning from personal experience, each member also has the chance to observe and to learn from also has the chance to observe and to learn from every other. As well, he is exposed to the every other. As well, he is exposed to the observation of others, and to their view of him. observation of others, and to their view of him.

The resulting mixture creates an intensive opportunity The resulting mixture creates an intensive opportunity to to learn from experiencelearn from experience….» …« Using a ….» …« Using a psychoanalytic approach to the individual, together psychoanalytic approach to the individual, together with an understanding of group dynamics, with an understanding of group dynamics, we offer we offer treatment for treatment for individual within the groupindividual within the group».».

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