irrigação do algodÃo

7/26/2019 irrigao do ALGODO

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MARIANA DUARTE MARQUES DA SILVA

REQUERIMENTO HDRICO DA CULTURA DO ALGODOEIRO EM

SOLO DO TIPO FRANCO EM MATO SP

BOTUCATUSP

2016


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MARIANA DUARTE MARQUES DA SILVA

REQUERIMENTO HDRICO DA CULTURA DO ALGODOEIRO EM

SOLO DO TIPO FRANCO EM MATO SP

Trabalho apresentado para aprovao parcial na

disciplina de irrigao e drenagem - Departamento

de Engenharia Rural da Faculdade de Cincias

Agronmicas da UNESP, Campos de Botucatu.

Orientao: Prof. Dr. Rodrigo M. Snchez Romn.

BOTUCATUSP

2016


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RESUMO

H muito tempo a escassez de gua vem sendo debatida mundialmente,

os longos perodo de estiagem e a crise hdrica global acentuaram a preocupao

com o destino e o uso desse bem.

O desafio para agricultura atual o manejo adequado no sistema de irrigao

e drenagem, e atravs do uso racional da gua potencializar a produo.

O software CROPWAT 8.0 foi criado pela Organizao das Naes Unidas

para Alimentao e Agricultura exatamente para auxiliar de forma simples a

elaborao de um calendrio de irrigao para diversas culturas em diferentes

localidades, climas e manejos, baseando-se nos dados divulgados em suaspublicaes tcnicas.

Nesse trabalho, simulou-se a necessidade de irrigao para a cultura do

algodo (Gossypium L.) no municpio de Mato, na regio central do Estado de So

Paulo em solo do tipo Franco, com o objetivo de encontrar a viabilidade no uso da

irrigao.

PALAVRAS-CHAVE:Algodoeiro, solo fraco, Gossypium L, irrigao.


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SUMRIO

1 INTRODUO ...................................................................................................... 52 REVISO LITERRIA .......................................................................................... 6

2.1 Caractersticas botnicas do Algodoeiro ........................................................ 6

2.2 Desenvolvimento do algodoeiro ..................................................................... 7

2.3 Regio central do estado de So Paulo ......................................................... 9

2.4 Solo tipo franco ............................................................................................ 10

3 MATERIAIS E MTODOS .................................................................................. 11

3.1 CropWat ....................................................................................................... 114 RESULTADOS ................................................................................................... 12

4.1 Clima/ ETo ................................................................................................... 12

4.2 Precipitao ................................................................................................. 13

4.3 Cultivo .......................................................................................................... 14

4.4 Solo .............................................................................................................. 16

5 CONCLUSO ..................................................................................................... 18

6 REFERNCIAS BIBLIOGRAFICAS ................................................................... 207 ANEXOS ................................................................ Erro! Indicador no definido.


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1 INTRODUO

Hoje o Brasil um dos maiores exportadores de algodo do mundo e teve nacotonicultura uma de suas primeiras atividades agrcolas.

A principal preocupao da cotonicultura com a qualidade da fibra, para

atender s exigncias das indstrias nacionais e clientes externos.

As tcnicas avanadas de plantio, aliadas utilizao de cultivares melhor

adaptadas ao tipo de solo e clima das regies produtoras contriburam para o

avano da produo. A lavoura manual passou para mecanizada no plantio, nos

tratos culturais e na colheita.Hoje o cultivo no sistema de sequeiro ainda maior, que os de algodo irrigado,

porem o seu uso vem aumentando devido a estudos de produtividade e fitosanidade

na cultura. O sistema de asperso convencional hoje o mais utilizado no Brasil

para irrigar o algodoeiro, mas os grandes produtores tambm investem em piv

central visando uma maior eficincia no uso da rea e da gua, atrelado aos

menores custos com a mo-de-obra.

Mato Grosso e Bahia so responsveis por 82% da produo nacional e se

destacam pelo investimento em biotecnologia, gerenciamento do setor e novas

tcnicas de manejo.

Mapa 1Conab/ Distribuio de algodo no Brasil


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2 REVISO LITERRIA

2.1 Caractersticas botnicas do Algodoeiro

O algodoeiro uma dicotilednia pertencente ao gnero Gossypiumda famlia

Malvaceae. Todas as espcies desse gnero possuem flores completas, com

algumas possuindo sementes abundantemente pilosas das quais se prepara fio para

tecidos. As sementes so fonte de leo comestvel.(Joly, 1991)

uma planta de porte arbustivo ramificado, de ciclo perene ou anual, que

pode atingir uma altura de at dois metros. Suas folhas so largas, alternas, longo-pecioladas e com margens serrilhadas.

As flores so solitrias, de colorao amarelado-dourada a amarelo-parda, com

manchas purpreas na base das ptalas.

Figura 2

Flor de algodoeiro

Figura 1 - Gil Santos inspecionando Altura de Plantas de Algodoeiro em Senador Canedo-GO Brasil 2006/2007 EESC.


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O fruto do tipo cpsula, com 6 a 8 sementes pretas e pequenas, de formato

oblongo, colorao esverdeada e revestidas de plos (fibras) mais ou menos

longos, de cor branca ou branco-amarelada. A raiz principal pivotante e profunda e

com poucas razes secundrias.

Figura 3Diario com a natureza, algodoeiro. 21 de Maio de 2015

2.2 Irrigao no desenvolvimento do algodoeiro

No Brasil, mais comum o algoo sequeiro, porm a cotonicultura irrigada

comea a ganhar espao, porque alm de garantir a estabilidade da produo, ainda

possibilita ganhos excepcionais de produtividade, se comparados com os da

agricultura de sequeiro (EMBRAPA, 2003). Os sistemas de irrigao mais comuns

no Brasil so de piv central e por asperso.

Figura 4Aspersor


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Figura 5 - Pivo central

No plantio, so distribudas de 15 a 20 sementes por metro, o que

corresponde a aproximadamente 15 a 20 kg de sementes/h no espaamento de 1

m. A profundidade de plantio deve ser de 2,5 a 3,0 cm. (Guia Tecnico de campo

APSEMG)

Recentemente foi desenvolvida a Escala do Algodo, ou seja, um sistema

de identificao de estdios de desenvolvimento do algodoeiro, que permite definir

exatamente cada passo do desenvolvimento e crescimento da planta (MARUR;

RUANO, 2001).

Nessa escala o ciclo de vida da planta dividido em 4 fases: fase vegetativa (V),

formao dos botes florais (B), abertura de flores (F) e a abertura de capulhos (C).

FASE VEGETATIVA:

V0-vai da emergncia da plntula at o quando a primeira folha verdadeira chega a

2,5 cm de comprimento.

V1-do final do V0 at a segunda folha verdadeira atinja o mesmo tamanhoV2-Vn- segue o mesmo critrio da anterior

FASE FORMAO DE BOTES FLORAIS

B1-comea quando o primeiro boto floral se torna visvel.

B2- primeiro boto floral do segundo ramo frutfero visvel.

B3-Bn- segue o mesmo critrio


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FLORESCIMENTO

F1-primeiro boto floral do primeiro ramo se transforma em flor.

F2- primeiro boto floral do segundo ramo se transforma em flor.

F3-Fn- segue o mesmo critrio.

ABERTURA DE CAPULHOS

C1- a primeira ma do primeiro ramo se abre, transformando em capulho.

C2- a primeira ma do segundo ramo se abre.

C3- segue o mesmo critrio

Figura 5 - Desenvolvimento do algodoeiro

2.3 Regio central do estado de So Paulo

Mato um municpio brasileiro do Estado de So Paulo localizado na regio

central do Estado. Encontra-se a 585 metros de altitude, tem sua latitude em

213612 Sul e a longitude 4821'57" Oeste. Segundo dados do IBGE 2015 a

populao estimada foi de 81.439 pessoas, sua extenso territorial de 524.899

Km, portanto a densidade demogrfica de 146,30 habitantes por km, o gentlico

Matonense, o atual prefeito chama-se Jose Francisco Dumont e pertence a

mesorregio e a microrregio de Araraquara.

O clima predominante o tropical, com veres quentes e chuvosos e invernos

frios e secos, o bioma dividido em sua maioria em cerrado e Mata Atlntica.


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Figura 6Mato / SP - Google Maps

2.4 Solo tipo franco

O solo franco um tipo de solo que contm uma combinao desejvel de

areia, silte e argila.

Figura 7 - Textura dos solos

O solo franco conhecido como o mais desejvel, porque assim como mostra

a figura acima os trs materiais (areia, silte e argila) tem uma proporo equilibrada

e possibilitam uma drenagem ideal da gua e as melhores caractersticas fsicas e

qumicas para um solo.


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A velocidade em que os solos francos drenam a gua suficientemente boa

para que as razes tenham tempo para absorver a aula, sem causar podrido. A

textura suave, mas parcialmente arenosa e pegajosa, desintegrando-se facilmente

quando compactados. A textura frivel o torna fcil de trabalhar.

Sua cor quase preta e tem uma grande quantidade de matria orgnica.

Quanto a exigncias do algodoeiro H uma circunstncia especial para que o

algodoeiro produza bem: que a acidez do solo no seja muito forte, pois ela fator

limitante para a produo de algodo. Quando o pH do solo se apresenta de

5(cinco) para baixo, h necessidade de se corrigir a acidez do solo, principalmente

se, na anlise deste, aparecer ons de alumnio. A correo se faz com aplicao decalcrio no solo e a cobertura varia da variedade do algodo. A adubao feita

aps a colheita da safra anterior (EMBRAPA, 2003; ROSOLAM, 2006).

3 MATERIAIS E MTODOS

3.1 CropWat

O CROPWAT 8.0 um software gratuito para computadores criado pela FAO

(Organizao das Naes Unidas para Alimentao e Agricultura) que realiza os

clculos de requerimento de gua da cultura e de irrigao, a partir de dados de

diversos climas e culturas.

A ferramenta de fcil acesso e de baixa complexidade isso porque todos os

clculos e dados do programa so baseado em publicaes tcnicas da prpriaFAO, a n 33, Yield response to water e a n 56, Crop Evapotranspiration

Guidelines for computing crop water requirements, porm deve ser utilizado com

cautela j que esse trabalha com sries histricas de clima e pode no representar

cenrios climticos atpicos.

O software, portanto incorpora informaes e realiza clculos complexos como

o da evapotranspirao de referncia (Et0), as necessidades de gua da cultura e

lmina a ser aplicada, cria planos de irrigao em varias condies de manejo e


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avaliar os efeitos na produo da cultura pela chuva e seca e a eficincia de

manejos de irrigao.

4 RESULTADOS

4.1 Clima/ ETo

A entrada e o processamento dos dados de temperatura mnima e mxima (C), umidade

(%), vento (Km/dia) e insolao (horas) resultaram nos seguintes grficos:

Grfico 1 - Temperatura Mnima e Mxima em Mato- SP (3 Decenios)

Grfico 2Vento, foto perodo e Radiao


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Grfico 3 - Evapotranspirao de referncia.

4.2 Precipitao

Entrada e processamento dos dados de precipitao em 3 decnios

Grfico 4 - Umidade, Precipitao e Precipitao Efetiva.

Os clculos foram realizados com a formula FAO/AGLW:

Figura 8 - Formula utilizada no CROPWAT


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4.3 Cultivo

Entrada e processamento de dados da cultura e data de plantio:

Figura 9 - Dados de cultivo

Etapa em dias para as fases de desenvolvimento da cultura do algodo foram retiradas da

publicao tcnica da FAO 56.

4figura 10 - Etapas em dias de desenvolvimento

Coeficiente da cultura (Kc) para as fases inicial, intermediria e na colheita (Manual de

irrigao).


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Figura 11 - Kc do algodoeiro

Quanto a escolha da data de plantio em 12 de Outubro, foi baseada no

calendario de plantio de 2015 do Ministrio da Agricultura, Pecuaria e Abastecimento

para a regio Sudeste.

Figura 12 - calendrio de plantio

Tambm foram levados em considerao para a escolha da data da

semeadura o guia tcnico de campo de algodo e soja da associao dos

produtores de sementes e mudas do Estado de Minas Gerais, que expressa como

poca para semeadura na regio central do Estado de So Paulo entre 10 de

outubro a 10 de novembro.


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Figura 13 - calendrio de plantio centro - SP

Alm disso as chuvas do vero seriam aproveitadas pela cultura na poca de

desenvolvimento e a colheita ocorreria em um perodo que a umidade comea a

baixar favorecendo o processo.

sabido que a poca de semeao tem influncia tambm sobre a maior ou

menor incidncia de determinadas pragas em certos anos.(EMBRAPA, 2009).

4.4 Solo

Para formar o calendrio de Irrigao tambm foram necessrios osparmetros do solo: contedo total da gua disponvel (TAM); o contedo inicial de

umidade do solo (% TAM), indicativo do grau de secura do solo no incio da estao

de crescimento; Profundidade Mxima de Razes.

Figura 14 - Dados do solo Franco


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Figura 15 - DTA do solo Franco

Figura 16 - Dados VIB do solo Franco

Por fim o gfico da reteno de gua no solo, fator esse que tem grande

importncia para a deciso de efetuar uma irrigao, j que o solo tm influencia

direta na necessidade de irrigao da cultura, descrevevendo um agendamento da

irrigao durante todo o perodo de desenvolvimento da cultura.

Grfico 5 - Agendamento de irrigao conforme reteno de gua no solo


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5 CONCLUSO

A partir dos dados obtidos verificou-se a necessidade de implantao de um

sistema de irrigao nesta propriedade. Assim como muitas das culturas deimportncia econmica, o desenvolvimento algodo afetado direta e indiretamente

pela falta de gua, embora seja considerado uma cultura resistente seca, a

deficincia hdrica no perodo critico que vai da florao a frutificao, capaz de

reduzir 50% do seu potencial produtivo, alm de comprometer a qualidade da fibra,

seu principal produto industrial.

No s a falta, mas tambm o excesso de gua podem causar doenas

fisiolgica, ou at mesmo ocasionar a propagao de doenas fungicas, bacterianasou virticas. Portanto, o correto manejo da irrigao crucial para o

desenvolvimento do potencial mximo de produo dessa planta.

Os dados apresentados no relatrio final mostram que h um dficit

significativo. Os meses da fase inicial, estdio I, germinao at 10% do

desenvolvimento vegetativo (FAO, 1979), mesmo ocorrendo no vero mido, apenas

em outubro a precipitao supre os valores de evapotranspirao.

Nos meses seguintes, como o estdio II, onde a planta j tem de 10% a 80%

do desenvolvimento vegetativo, por alteraes climticas que alteraram os dados

locais de precipitao, dentro de um nico ms indicam a necessita-se de irrigao,

enquanto que em alguns momentos a demanda suprida pela chuva.

A Maior demanda por irrigao ocorreu na fase de III, de 80% de

desenvolvimento at o inicio da maturao e durante a fase IV, do inicio do

amadurecimento at a colheita.

Em Dezembro foram 11.1 mm/dec demandado da irrigao j que o valor

pluviomtrico era de 44.4 mm/dec e a evapotranspirao de 55.5 mm/dec, uma

demanda ainda maior ocorreu em Maro chegando a 15.0 mm/dc.

O algodo irrigado vem ganhando cada dia mais espao, mas o cultivo no

sistema de sequeiro ainda maior, porm necessrio fazer uma avaliao dos

custos de cada mtodo, suas implicaes agronmicas, tipo de solo, disponibilidade


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de gua, assim como anlises mais especficas como presso e lmina dgua para

uma melhor orientao.

Grfico 6 - Requerimento de gua pela cultura


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6 REFERNCIAS BIBLIOGRAFICAS

Borm, Aluzio. Algodo do plantio colheita. Editora UFV

FERREIRA, V. M. Irrigao e drenagem. Floriano, PI: EDUFPI, 2011 Estatstica de MatoSP. Disponvel em: http://cidades.ibge.gov.br/

FAO 33. 2006

FAO 56. 2006

http://www.agricultura.gov.br/vegetal/culturas/algodao

Estatstica exportao do algodo http://cepea.esalq.usp.br/algodao/

Caractersticas botnicas do algodo http://nplantas.com/

Tabelas da aula de 30 de maro de 2016 de irrigao e drenagem

Faculdade de Cincias Agronmica / Unesp.

CRIAR E PLANTAR, Algodo-Cultivo. 2001.

EMBRAPA ALGODO, Sistemas de Produo Verso Eletrnica. Janeiro2003. Disponvel em : www.sistemasdeproducao.cnptia.embrapa.br.

irrigação do algodÃo

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